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Direito Ambiental Unidade 2 Seção 3

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Direito Ambiental
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Código Florestal
Nesta webaula vamos estudar o Código Florestal, que possui extrema relevância no estudo do
Direito Ambiental. Iremos também conceituar área de preservação permanente (APP) e
definir Reserva Legal.
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Código Florestal
Trata-se de dispositivo legal “novo”, uma vez
que revogou a Lei nº 4.771, de 15 de setembro
de 1965, o antigo Código Florestal. A Lei nº
12.651/2012, conhecida como Código
Florestal, dispõe, dentre outros temas, sobre a
proteção da vegetação nativa em âmbito
nacional. Visa estabelecer normas gerais sobre
o tema, dentro da função que cabe à União na
competência legislativa concorrente, conforme
estabelecido no art. 24 da Constituição de
1988.
Neste sentido, Romeu Thomé afirma que
o Código Florestal é norma geral,
realizada pela União “e, como tal,
padroniza conceitos, princípios e
procedimentos que devem ser
observados e especificados pelos demais
entes federativos no exercício de suas
competências ambientais” (THOMÉ,
2017, p. 306).
Segundo Edis Milaré, o Código Florestal de
2012 é fruto do diálogo de duas frentes:
• A primeira, que defende a proteção do
meio ambiente, sem preocupar-se em
viabilizar o desenvolvimento econômico e; 
•A segunda, que tenta aliar a defesa do
meio ambiente e as atividades do setor
produtivo, reconhecendo o caráter
capitalista da sociedade contemporânea.
Entretanto, na opinião do autor, as
modificações trazidas foram tímidas, e a
regulamentação ficou arraigada ao
instrumento legislativo que o antecedeu
(Lei nº 4.771, de 15/09/1965) (MILARÉ,
2013).
Ao estabelecer seus princípios, o Código Florestal aponta,
como seu objetivo, o desenvolvimento sustentável (BRASIL,
2012, art. 1º), em consonância com o art. 225 da
Constituição de 1988. Além disso, também em harmonia
com as disposições constitucionais, a lei em tela admite o
uso dos recursos naturais que se dispõe a regulamentar,
mas com as limitações necessárias à sua proteção. Por meio
da criação das áreas de proteção como as Áreas de
Preservação Permanente e a Reserva Legal.
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Área de preservação permanente
(APP)
A Lei nº 12.651/2012, no inc. II do art. 3º,
conceitua área de preservação permanente
(APP) como “área protegida, coberta ou não por
vegetação nativa, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a
estabilidade geológica e a biodiversidade,
facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas” (BRASIL, 2012).
Edis Milaré destaca a “intenção do
legislador de dar proteção não
exclusivamente às florestas e demais
formas de vegetação natural, mas aos
próprios locais ou às formações
geográficas em que tais áreas estão
inseridas funcionalmente” (MILARÉ,
2013, p. 1.253).
Clique aqui para saber mais
O Código Florestal anterior (Lei nº 4.771,
de 15/09/1965) foi alterado por várias
Medidas Provisórias durante sua vigência.
Édis Milaré destaca que a definição de APP,
na semelhança do texto hoje vigente, foi
introduzida na lei pela Medida Provisória
nº 2.166/2001 que, inclusive, trouxe a
definição de quais são as funções
ecológicas e ambientais dessas áreas, na
forma descrita no inc. II, do art. 3º da Lei
nº 12.651/2012.
De toda forma, restavam, ainda, no Código
de 1965, lacunas quanto à definição das
metragens e outros parâmetros relativos à
APP. 
Assim, esses eram determinados pelas
resoluções CONAMA nº 302 e 303 de
2002, que foram revogadas, diante da
abordagem do tema pelo Código Florestal
em vigor (MILARÉ, 2013).
É importante destacar que o § 4º do art. 3º da Lei
nº 12.651/2012 dispensa a observância de faixa de
APP para acumulações de água com superfície
inferior a 1 (um) hectare.
Explore a galeria e conheça o rol legal, trazido pela Lei nº 12.651/2012, que define as áreas de
preservação permanente nos seguintes locais:
• Faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente,
desde a borda da calha do leito regular. Exclui-se os efêmeros. A metragem
mínima da faixa é determinada pela lei, segundo a largura do curso d’água. 
• Áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais. A metragem mínima em
faixa é determinada, pela lei, em 30 metros, em zonas urbanas e, em zonas
rurais segundo a largura do curso d’água.
• Áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de
barramento ou represamento de cursos d’água naturais.

Para áreas de nascentes, dunas e
restingas, o Código Florestal ressalva que
somente poderá ser autorizada a
intervenção em APP em caso de
utilidade pública. Ainda, para as
restingas e manguezais, a lei autoriza a
intervenção, de forma excepcional, para
execução de obras habitacionais e de
urbanização, em casos de regularização
fundiária de interesse social, nas
condições estabelecidas no art. 8º
(BRASIL, 2012).
Também, em caráter excepcional, é admitida a
intervenção e dispensada a autorização do
órgão ambiental competente para a execução,
em APP, “em caráter de urgência, de atividades
de segurança nacional e obras de interesse da
defesa civil destinadas à prevenção e mitigação
de acidentes em áreas urbanas” (BRASIL, 2012,
art. 8º).
Reserva Legal
Segundo o art. 12 da Lei nº 12.651/12, em
regra, a Reserva Legal, que deve corresponder a
área com cobertura de vegetação nativa, é de
observância obrigatória nos imóveis rurais, nos
percentuais mínimos em relação à área do
imóvel:
Amazônia Legal: 
Floresta: 80% 
Cerrado: 35%
Campos gerais: 20%
Demais regiões: 
  20%
Romeu Thomé destaca que a localização da
Reserva legal não é escolha do proprietário e
deve ser definida pelo órgão ambiental, para o
melhor atendimento de sua função, com base
em estudos e critérios exigidos pelo Código
Florestal (art. 14) (THOMÉ, 2017). A lei define
que o órgão estadual deverá aprovar a
localização da Reserva Legal após a inclusão do
imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
O art. 17 da Lei nº 12.651/2012 permite
a utilização da área de Reserva Legal,
para exploração econômica, mediante
manejo sustentável aprovado pelo órgão
ambiental competente.
[...] estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de
Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração
florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem
dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e
prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus
objetivos.
(BRASIL, 2012, art.1º-A)
O Código Florestal possui extrema relevância no estudo do Direito
Ambiental, pois:
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