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iStock 2017 Direito Ambiental 1. Acesse a loja de aplicativos do seu smartphone e baixe um leitor de QR CODE. 2. Abra o leitor e fotografe o código. 3. Você será direcionado a este conteúdo. Bons estudos! Acesse este conteúdo pelo smartphone O que é isso? Clique no código e saiba mais. Código Florestal Nesta webaula vamos estudar o Código Florestal, que possui extrema relevância no estudo do Direito Ambiental. Iremos também conceituar área de preservação permanente (APP) e definir Reserva Legal. iStock 2017 Código Florestal Trata-se de dispositivo legal “novo”, uma vez que revogou a Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o antigo Código Florestal. A Lei nº 12.651/2012, conhecida como Código Florestal, dispõe, dentre outros temas, sobre a proteção da vegetação nativa em âmbito nacional. Visa estabelecer normas gerais sobre o tema, dentro da função que cabe à União na competência legislativa concorrente, conforme estabelecido no art. 24 da Constituição de 1988. Neste sentido, Romeu Thomé afirma que o Código Florestal é norma geral, realizada pela União “e, como tal, padroniza conceitos, princípios e procedimentos que devem ser observados e especificados pelos demais entes federativos no exercício de suas competências ambientais” (THOMÉ, 2017, p. 306). Segundo Edis Milaré, o Código Florestal de 2012 é fruto do diálogo de duas frentes: • A primeira, que defende a proteção do meio ambiente, sem preocupar-se em viabilizar o desenvolvimento econômico e; •A segunda, que tenta aliar a defesa do meio ambiente e as atividades do setor produtivo, reconhecendo o caráter capitalista da sociedade contemporânea. Entretanto, na opinião do autor, as modificações trazidas foram tímidas, e a regulamentação ficou arraigada ao instrumento legislativo que o antecedeu (Lei nº 4.771, de 15/09/1965) (MILARÉ, 2013). Ao estabelecer seus princípios, o Código Florestal aponta, como seu objetivo, o desenvolvimento sustentável (BRASIL, 2012, art. 1º), em consonância com o art. 225 da Constituição de 1988. Além disso, também em harmonia com as disposições constitucionais, a lei em tela admite o uso dos recursos naturais que se dispõe a regulamentar, mas com as limitações necessárias à sua proteção. Por meio da criação das áreas de proteção como as Áreas de Preservação Permanente e a Reserva Legal. iStock 2017 Área de preservação permanente (APP) A Lei nº 12.651/2012, no inc. II do art. 3º, conceitua área de preservação permanente (APP) como “área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas” (BRASIL, 2012). Edis Milaré destaca a “intenção do legislador de dar proteção não exclusivamente às florestas e demais formas de vegetação natural, mas aos próprios locais ou às formações geográficas em que tais áreas estão inseridas funcionalmente” (MILARÉ, 2013, p. 1.253). Clique aqui para saber mais O Código Florestal anterior (Lei nº 4.771, de 15/09/1965) foi alterado por várias Medidas Provisórias durante sua vigência. Édis Milaré destaca que a definição de APP, na semelhança do texto hoje vigente, foi introduzida na lei pela Medida Provisória nº 2.166/2001 que, inclusive, trouxe a definição de quais são as funções ecológicas e ambientais dessas áreas, na forma descrita no inc. II, do art. 3º da Lei nº 12.651/2012. De toda forma, restavam, ainda, no Código de 1965, lacunas quanto à definição das metragens e outros parâmetros relativos à APP. Assim, esses eram determinados pelas resoluções CONAMA nº 302 e 303 de 2002, que foram revogadas, diante da abordagem do tema pelo Código Florestal em vigor (MILARÉ, 2013). É importante destacar que o § 4º do art. 3º da Lei nº 12.651/2012 dispensa a observância de faixa de APP para acumulações de água com superfície inferior a 1 (um) hectare. Explore a galeria e conheça o rol legal, trazido pela Lei nº 12.651/2012, que define as áreas de preservação permanente nos seguintes locais: • Faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, desde a borda da calha do leito regular. Exclui-se os efêmeros. A metragem mínima da faixa é determinada pela lei, segundo a largura do curso d’água. • Áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais. A metragem mínima em faixa é determinada, pela lei, em 30 metros, em zonas urbanas e, em zonas rurais segundo a largura do curso d’água. • Áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais. Para áreas de nascentes, dunas e restingas, o Código Florestal ressalva que somente poderá ser autorizada a intervenção em APP em caso de utilidade pública. Ainda, para as restingas e manguezais, a lei autoriza a intervenção, de forma excepcional, para execução de obras habitacionais e de urbanização, em casos de regularização fundiária de interesse social, nas condições estabelecidas no art. 8º (BRASIL, 2012). Também, em caráter excepcional, é admitida a intervenção e dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em APP, “em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas” (BRASIL, 2012, art. 8º). Reserva Legal Segundo o art. 12 da Lei nº 12.651/12, em regra, a Reserva Legal, que deve corresponder a área com cobertura de vegetação nativa, é de observância obrigatória nos imóveis rurais, nos percentuais mínimos em relação à área do imóvel: Amazônia Legal: Floresta: 80% Cerrado: 35% Campos gerais: 20% Demais regiões: 20% Romeu Thomé destaca que a localização da Reserva legal não é escolha do proprietário e deve ser definida pelo órgão ambiental, para o melhor atendimento de sua função, com base em estudos e critérios exigidos pelo Código Florestal (art. 14) (THOMÉ, 2017). A lei define que o órgão estadual deverá aprovar a localização da Reserva Legal após a inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O art. 17 da Lei nº 12.651/2012 permite a utilização da área de Reserva Legal, para exploração econômica, mediante manejo sustentável aprovado pelo órgão ambiental competente. [...] estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos. (BRASIL, 2012, art.1º-A) O Código Florestal possui extrema relevância no estudo do Direito Ambiental, pois: https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cef0e36cb56bc0d80571195a9e6072ec/fd6668e6a27e743f6d77c152006b2d9f Ele é o seu portal gratuito e exclusivo com vagas de emprego em diversas empresas por todo o Brasil. Acesse agora www.canalconecta.com.br, atualize seus dados e encontre seu emprego ideal. Conecte-se agora http://www.canalconecta.com.br/ https://www.canalconecta.com.br/?utm_source=Canal-Conecta&utm_medium=link-pagina&utm_campaign=pagina-saber Bons estudos!
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