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Escola Superior de Ciências da Saúde 
Bruna Cardoso 
 
 1 
Síndrome de Abstinência 
Neonatal 
HRAN-ALCON 
 
 
 
Trata-se de uma doença que ocorre 
quando o bebê nasce com sintomas de 
abstinência por conta do uso de 
determinadas substâncias pela mãe 
durante a gravidez. Algumas das 
principais drogas que causam a síndrome 
de abstinência neonatal são a metadona, 
os opiáceos e a heroína. 
O álcool também pode causar a doença, 
uma vez que ele pode passar pela 
placenta e fazer com que o bebê acabe 
ingerindo essas substâncias também. 
Existe uma discussão sobre a maconha 
causar ou não a doença. Enquanto não se 
pode afirmar que sim, é importante lembrar 
que o uso da maconha causa diversos 
outros malefícios ao bebê também, ou 
seja, não importa se essa substância irá ou 
não causar a síndrome de abstinência 
neonatal, a recomendação é que a mulher 
não a use durante a gestação, nem 
durante a amamentação e nem perto do 
bebê. 
É importante lembrar que nem sempre as 
ingestões dessas drogas se dão por causa 
de um vício ou de maus hábitos da mãe, 
pois esse problema também pode ocorrer 
por conta de um tratamento com 
remédios que a mulher precisou fazer. 
Estima-se que entre 55% e 94% dos bebês 
que nascem de mães que usaram esse 
tipo de substância durante a gravidez 
tenha a síndrome de abstinência neonatal 
no mundo todo. A média no Brasil é de 76 
casos ao ano. 
 
A síndrome de abstinência envolve 
principalmente os sistemas nervoso 
central e autônomo e o sistema 
gastrointestinal. As manifestações clínicas 
variam: 
- Choros incessantes; 
- Manchas na pele; 
- Tremores; 
- Dificuldade para mamar; 
- Fácil irritabilidade; 
- Febre; 
- Perda de peso excessiva; 
- Irritabilidade; 
- Convulsões; 
A DOENÇA 
SINTOMAS DA SÍNDROME DE 
ABSTINÊNCIA NEONATAL 
 
Escola Superior de Ciências da Saúde 
Bruna Cardoso 
 
 2 
Os sinais geralmente se desenvolvem nos primeiros dias após o nascimento. 
Esses lactentes apresentam maior risco 
de internação na UTI, complicações no 
parto, necessidade de tratamento 
farmacológico e tempo de internação 
prolongado, desfechos que separam a 
mãe e seu bebê em um momento crítico 
para o desenvolvimento infantil. 
O tempo médio de hospitalização para 
bebês com a síndrome é de 17 dias em 
geral e 23 dias para aqueles que 
necessitam de tratamento. 
 
As drogas transferem-se através 
da placenta para o feto; 
As drogas lipofílicas e de baixo peso 
molecular atravessam a placenta e a 
barreira hematoencefálica fetal mais 
facilmente que as drogas hidrofílicas; 
Exemplos de drogas lipofílicas incluem: 
opióides, cocaína, álcool, benzodiazepinas 
e barbitúricos. 
As drogas não são metabolizadas ou 
excretadas devido à imaturidade 
do fígado e rim fetal. 
As drogas acumulam-se nos tecidos fetais, 
alterando os níveis de neurotransmissores 
como norepinefrina, dopamina, serotonina 
e ácido gama-aminobutírico (pela sigla em 
inglês, GABA). 
Após o parto, a descontinuação abrupta 
da(s) droga(s) resulta em síndrome de 
abstinência. 
 
 
- Antecedentes médicos detalhados e 
testes toxicológicos da mãe 
- Exame físico do recém-nascido 
- Teste toxicológico do recém-nascido 
(ver tabela abaixo) 
FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA 
DIAGNÓSTICO DA DOENÇA 
Escola Superior de Ciências da Saúde 
Bruna Cardoso 
 
 3 
- Testes laboratoriais 
- Se houver suspeita de infeção: 
hemograma completo, glicose sérica, 
cálcio sérico, testes de função tiroideia, 
hemoculturas 
Se houver antecedentes maternos de 
comportamentos de alto risco, cuidados 
pré-natais precários ou infeções 
sexualmente transmissíveis (ISTs) 
É especialmente importante considerar 
diagnósticos alternativos quando não há 
antecedentes e os resultados toxicológicos 
não estão disponíveis 
- Hipocalcemia, hipoglicemia, lesão 
cerebral, encefalopatia hipóxico-
isquémica, sépsis, hipertiroidismo e 
mioclonias 
 
Estratégias de prevenção primária são 
necessárias para enfrentar a epidemia do 
uso de opioides e o desenvolvimento 
associado da síndrome de abstinência 
neonatal. A identificação de lactentes em 
risco é importante para garantir uma 
avaliação clínica precisa, promover a 
intervenção precoce e mitigar os sinais de 
abstinência no recém-nascido. 
A prevenção da síndrome de abstinência 
neonatal se dá por meio da 
conscientização das mães em relação aos 
hábitos que se deve ter durante a gravidez. 
Porém, quando falamos em mães viciadas, 
a questão fica mais séria, pois a 
internação dessas mulheres muitas 
vezes é necessária para que o bebê não 
corra riscos maiores como o aborto ou a 
má formação dos órgãos, por exemplo. 
 
O cuidado inicial de todas as crianças que 
foram expostas a substâncias no útero 
deve ser individualizado, de suporte e não-
farmacológico. 
PREVENÇÃO DA SÍNDROME DE 
ABSTINÊNCIA NEONATAL 
 
TRATAMENTO DA SÍNDROME DE 
ABSTINÊNCIA NEONATAL 
 
Escola Superior de Ciências da Saúde 
Bruna Cardoso 
 
 4 
Podemos dividir os tipos de tratamento 
para essa condição em dois: os 
farmacológicos e os não farmacológicos. 
Dessa forma, podemos apontar com mais 
precisão o que cada um deles oferece para 
que a síndrome de abstinência neonatal 
seja melhorada. 
TRATAMENTOS NÃO FARMACOLÓGICOS 
- Limitar a exposição a luzes e ruídos; 
- A nutrição adequada para minimizar a 
perda de peso também deve ser parte 
da terapia inicial; 
- Massagem; 
- Manter temperatura estável; 
- Aleitamento materno, se possível; 
- Fluidoterapia, se necessário; 
- Pele a pele; 
- Embalar; 
- Balanço vertical; 
- Posicionamento (deitado de lado em 
forma de c) 
- Estimulação sensorial mínima 
- Quarto escuro e silencioso 
- Quarto conjunto com mãe 
TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS 
Se apresentarem sintomas de SAN que 
não melhoram com medidas de suporte 
Sistema de pontuação modificado de 
abstinência neonatal de Finnegan (pela 
sigla em inglês, FNASS): 
O Escore de Finnegan determina a 
presença da síndrome de abstinência em 
crianças menores de dois anos. 
Essa escala o Enf pode aplicar 
É aplicável com duas horas de vida e a 
cada quatro horas, conforme 
necessidade. 
Avalia 21 dos sinais mais comuns de 
síndrome de abstinência de drogas 
neonatais como padrão de choro, sono, 
respiratório, resposta em reflexo de Moro, 
tônus muscular, convulsão, coloração da 
pele, capacidade de sucção e eliminações 
em vômito e fezes. 
Apesar da extensão é instrumento 
relativamente fácil e confiável, quando 
aplicada por profissionais treinados. No 
entanto, o potencial de viés e subjetividade 
pode afetar os escores, e os limiares para 
tratamento relatados na literatura variam. 
Para obter pontuação média diária, as 
medições são realizadas a cada quatro 
horas até que a criança esteja estável. 
Se três pontuações consecutivas ≥ 8, o 
tratamento para a retirada é iniciado 
(HAMDAN, 2017). 
Escola Superior de Ciências da Saúde 
Bruna Cardoso 
 
 5 
 
Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo- Câmara Técnica Parecer Coren-SP 007/2019
Outros testes de rastreio disponíveis 
incluem: 
- Sistema de pontuação neonatal de 
abstinência de drogas (o Lipsitz) 
- Índice de abstinência neonatal de 
narcóticos (pela sigla em inglês,NNWI) 
- Inventário de abstinência neonatal 
(pela sigla em inglês, NWI) 
Opióides 
- Tratamento de primeira linha: 
morfina 
Escola Superior de Ciências da Saúde 
Bruna Cardoso 
 
 6 
o Monitorizar por possível dificuldade 
respiratória! 
- Alternativas: 
o Metadona: Cuidado com o 
prolongamento do intervalo QT! 
o Buprenorfina: Cuidado em bebés 
com exposição a álcool devido ao 
efeito aditivo 
- Terapias adjuvantes: 
o Clonidina 
o Fenobarbital (útil em bebés 
expostos a opióides e 
barbitúricos/benzodiazepinas) 
Benzodiazepinas: reintrodução da 
benzodiazepina, seguido de redução 
gradual até a descontinuação 
Estimulantes: O fenobarbital pode ser 
usado nos casos extremos. 
Álcool: benzodiazepinas, com desmame 
lento 
Antidepressivos: se a criança 
desenvolver convulsões 
→ anticonvulsivante 
 
 
1. PEBMED. Vocêsabe tratar a síndrome 
de abstinência neonatal? 
https://pebmed.com.br/voce-sabe-
tratar-a-sindrome-de-abstinencia-
neonatal/ 
2. Conselho Regional de Enfermagem de 
São Paulo- Câmara Técnica Parecer 
Coren-SP 007/2019 
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2019/06/Parecer-
007.-2019-Escalas-UTI-
Pedi%C3%A1trica.pdf 
3. National Institute on Drug Abuse, 
National Institutes of Health, and U.S. 
Department of Health and Human 
Services (2019). Dramatic Increases in 
Maternal Opioid Use and Neonatal 
Abstinence Syndrome. Retrieved 
from https://www.drugabuse.gov/relate
d-topics/trends-
statistics/infographics/dramatic-
increases-in-maternal-opioid-use-
neonatal-abstinence-syndrome 
4. Jilani SM, Frey MT, Pepin D, et al. 
(2019). Evaluation of State-Mandated 
Reporting of Neonatal Abstinence 
Syndrome — Six States, 2013–
2017. Retrieved 
from https://www.cdc.gov/mmwr/volum
es/68/wr/mm6801a2.htm 
5. Karen McQueen, R.N., Ph.D., and 
Jodie Murphy-Oikonen, M.S.W., Ph.D. 
(2016). Neonatal Abstinence 
Syndrome. Retrieved 
from https://www.nejm.org/doi/10.1056/
NEJMra1600879?url_ver=Z39.88-
2003&rfr_id=ori%3Arid%3Acrossref.or
g&rfr_dat=cr_pub%3Dwww.ncbi.nlm.ni
h.gov 
6. Emily J Ross, Devon L Graham, Kelli M 
Money, and Gregg D Stanwood (2015). 
Developmental Consequences of Fetal 
Exposure to Drugs: What We Know and 
What We Still Must Learn. Retrieved 
from https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/
articles/PMC4262892/ 
7. Marylou Behnke, Vincent C. Smith, 
COMMITTEE ON SUBSTANCE 
ABUSE, and COMMITTEE ON FETUS 
AND NEWBORN (2013). Technical 
report: Prenatal Substance Abuse: 
Short- and Long-term Effects on the 
Exposed Fetus. Retrieved 
from https://pediatrics.aappublications.
REFERÊNCIAS 
Escola Superior de Ciências da Saúde 
Bruna Cardoso 
 
 7 
org/content/pediatrics/131/3/e1009.full.
pdf

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