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INCLUSÃO ESCOLAR: O auxílio pedagógico frente aos desafios e possibilidades em sua implementação nas escolas regulares. Raquel Monteiro Braga[footnoteRef:0] [0: Pós-Graduanda Educação Psicopedagogia (Pós-Graduação Lato sensu), pelo Instituto Pedagógico Brasileiro/ FACIBRA - Belo Horizonte. 2017. Email: raquelmbraga@gm.il.com. ] Orientador: Lucas Eustáquio Paiva[footnoteRef:1] [1: Coordenador Pedagógico de Metodologia Científica do Curso de Psicopedagogia da Faculdade IPB de Belo Horizonte .] RESUMO A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em escolas regulares ganhou maior dimensão nos últimos anos. O conceito de inclusão vem sendo discutido em todo o território brasileiro, sob diferentes perspectivas e enfoques teóricos. Mas, ao analisar profundamente sobre esse assunto pode-se perceber que o processo de inclusão escolar tem como pressuposto a mobilização da sociedade para um novo olhar frente às diferenças humanas, elegendo-as como um valor a ser assumido por todos os profissionais envolvidos: da área da educação, dos especialistas, assim como os pais e familiares desses alunos especiais, partindo do princípio de que a principal característica do ser humano é a pluralidade, e não a igualdade ou a uniformidade. O objetivo deste artigo é analisar o processo de inclusão escolar em escolas regulares, bem como os desafios e dificuldades que surgem nessa trajetória, pois cada participante, com suas atitudes e pensamentos, vai interferindo no processo educacional, reafirmando conceitos e pré-conceitos e quebrando paradigmas. Serão analisados alguns estudos e obras realizadas por autores, e uma análise mais profunda sobre os desafios da inclusão de um aluno especial nas escolas regulares. Através desse estudo será possível verificar a prática dos profissionais da psicopedagogia em situações de interação com esses alunos. É possível perceber que algumas escolas enfrentam grandes dificuldades e desafios frente às perspectivas de inclusão no ensino desses alunos com necessidades especiais, principalmente porque este novo paradigma exige um repensar sobre o fazer pedagógico, uma transformação da escola atual para uma escola para todos, permeada pelo respeito ao sujeito singular e social. Palavras-chave: Inclusão Social. Necessidades educacionais. Escolas regulares. Desafios. 1 INTRODUÇÃO O tema do presente artigo retrata sobre os desafios e dificuldades encontradas na implementação diante do desafio da inclusão, especificamente, o processo de inclusão de alunos com deficiência na escola regular e o auxílio do psicopedagogo. Para o desenvolvimento do trabalho, busca-se responder ao seguinte questionamento: é possível uma escola regular oferecer uma prática pedagógica de qualidade, de forma a propiciar aprendizagem e realmente incluir crianças com deficiência e como o psicopedagogo pode ajudar nessa inclusão? A escolha desse tema, justifica a forma de entender como se processa a inclusão de pessoas com deficiência na rede regular de ensino, perante uma sociedade que precisa vencer preconceitos, rever valores e buscar novos paradigmas diante de uma educação para todos. Com o presente estudo, pretende-se ampliar o conhecimento e a discussão sobre o desafio que é incluir os portadores de necessidades especiais nas escolas regulares, e também em um contexto mais amplo que é a sociedade e principalmente o meio em que vivem. O movimento pela inclusão escolar é um assunto debatido em todo o mundo e, nas últimas décadas, esta discussão cresceu consideravelmente no Brasil. Como consequência, tem originado a elaboração de políticas públicas educacionais para a inclusão de alunos com necessidades especiais e educacionais. A inclusão desses alunos nas escolas regulares é uma proposta que teve o início, no Brasil, marcado pela sua participação na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jontiem, Tailândia, no Fórum Mundial da Educação, em Dacar, Senegal e, principalmente, com a Declaração de Salamanca, em 1994, quando os princípios da educação inclusiva ficaram mais claros (MEC/SEESP, 2008). A Educação deve ser realmente uma realidade para todos, na qual todos possam aprender o verdadeiro sentido de se tornar um cidadão pleno. A educação especial pode ser conceituada como uma educação voltada para os portadores de deficiências como: auditivas, visuais, intelectual, física, sensorial, surdo cegueira e as múltiplas deficiências. De acordo com Serrão e Baleeiro (1999), a cidadania se constrói pelo reconhecimento e respeito às diferenças individuais, pelo combate ao preconceito, ampliação de consciência em relação aos direitos e deveres e na confiança no potencial de transformação de cada um. Para Veigas (2003), a instituição escolar deve desenvolver, a partir da legislação vigente, propostas e níveis de acessibilidade capazes de viabilizar a prática de uma educação inclusiva, partindo de níveis diferentes: currículo, gestão e metodologias. Construir uma escola inclusiva significa assumir um compromisso em se rever concepções e paradigmas em torno da educação, respeitando e valorizando a diversidade dos alunos, atendendo as suas necessidades e desenvolvendo o potencial de cada um. A Educação Inclusiva no Brasil é hoje um desafio enfrentado pelos profissionais da Educação. Contudo, é importante ressaltar o conceito de inclusão: atender aos alunos portadores de necessidades especiais na vizinhança da sua residência; propiciar a ampliação do acesso destes alunos às classes regulares; propiciar aos professores um suporte técnico; perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e processos diferentes; levar os professores a estabelecer formas criativas de atuação com as crianças portadoras de deficiência; propiciar um atendimento integrado ao professor de classe comum do ensino regular. Portanto, o conceito de inclusão é bem diferente do que se tem visto em algumas escolas regulares: levar crianças às classes comuns sem o acompanhamento do professor especializado; ignorar as necessidades específicas da criança; fazer as crianças seguirem um processo único de desenvolvimento, ao mesmo tempo e para todas as idades; extinguir o atendimento de educação especial antes do tempo; esperar que os professores de classe regular ensinem as crianças portadoras de necessidades especiais sem um suporte técnico adequado. A questão principal que circunda a inclusão está em como desenvolver no cotidiano escolar uma postura com práticas e políticas inclusivas. Muitas vezes, essa postura esbarra na falta de capacitação na área, em recursos financeiros escassos e, principalmente, no preconceito. Para entender essa realidade é necessário aproximar-se, vivenciá-la e senti-la no seu contexto. Nesse movimento para uma educação para todos, com foco na inclusão escolar, as escolas regulares de ensino necessitam superar os desafios e dificuldades para garantir um ensino que viabilize um meio de compreensão, interação e desenvolvimento não só dos alunos “ditos como normais”, mas também dos alunos de inclusão, uma agregada a outra para que realmente exista uma educação de qualidade. O Psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e esclarecer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino-aprendizagem. Na escola, o psicopedagogo poderá contribuir no esclarecimento de dificuldades de aprendizagem que não têm como causa apenas deficiências do aluno, mas que são consequências de problemas escolares. Seu papel é analisar e assinalar os fatores que favorecem, intervêm ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. Propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando evitar processos que conduzam às dificuldades da construção do conhecimento. 2 DESENVOLVIMENTO A educação inclusiva é um tema que, nas últimas décadas, tem ganhado significativo espaço nos debates em torno da construção de uma educação de qualidade e para todos. No entanto, discutir a educação inclusiva implica refletir sobre as políticas públicas educacionais,sobre os modelos construídos para abordarem o fenômeno educativo e sobre os desafios e as dificuldades que a escolar regular deve transpor para que, de fato, venha a ser uma escola para todos. Diante desse contexto, é importante ressaltar que a rede de conhecimentos vai se formando dentro de instituições e assim cada vez mais é necessário inserir a Psicopedagogia para estudar como ocorrem as essas relações interpessoais nestes ambientes. 2.1 AS POLÍTICAS PÚBLICAS Não se pode falar em inclusão sem antes mencionar seu contexto histórico e sobre as políticas públicas. Sendo assim, historicamente o privilégio de grupos em detrimento da exclusão de outros, nas escolas regulares, foi legitimado por políticas e práticas educacionais que reproduziam a ordem social vigente. Mesmo diante da democratização da escola e do binômio inclusão/exclusão, grupos que não estão dentro dos padrões de normalidade continuam segregados. (MEC/SEESP, 2008). Assim a construção de uma política pública não é algo muito fácil, pois esbarra em alguns limitadores que se estendem, desde a ideologia presente até o distanciamento de quem elabora essa política da realidade onde a mesma será implementada. De acordo com Barbosa (2005), é extremamente necessário o conhecimento de todos os elementos para sanar o problema, tais como a demanda os recursos disponíveis ou ausentes. Nas políticas públicas relacionadas à igualdade de oportunidades na educação inclusiva, torna-se necessário estabelecer uma aproximação com a realidade das escolas, dialogando com as mesmas, para, assim, através de uma definição de ações educacionais em conjunto, se elabore uma política de atendimento integral, que contemple não só as suas necessidades, mas também as necessidades dos alunos. Algo a ser pontuado nesse contexto e que merece atenção especial é o direito à igualdade. Em alguns aspectos, este direito acaba funcionando como um rolo compressor, pois passa por cima de todas as diferenças no seu mais amplo conceito, nivelando a todos. Por consequência, descaracteriza os sujeitos e, se alguém não foi nivelado, fica excluído. As pessoas com necessidades especiais têm o direito de serem iguais, quando existe desigualdade no seu acesso às oportunidades, quando há diferença pela situação limitadora. Para Carneiro (2008), a implementação das políticas públicas com vistas a uma educação inclusiva requer a sensibilização e a conscientização da sociedade e da própria comunidade escolar frente à diversidade humana; o desenvolvimento de parcerias entre escola comum e instituições especializadas; o reconhecimento da ausência de investimentos financeiros para capacitação em todos os níveis e, finalmente, o apoio permanente ao docente. Tal prerrogativa tem, no Brasil, amparo legal, sendo que algumas das referências documentais sobre o direito à educação das pessoas com deficiência e que apresentem necessidades especiais são encontradas nos seguintes documentos: emenda constitucional nº12 de 1978, Constituição Federal de 1988, Lei nº 7.853 de 1999 (Lei da Integração), Decreto nº 3.298 de 1999 (regulamenta a Lei nº 7.853), Declaração de Salamanca de 1994, LDBEN nº 4.024/61, Lei nº 5.692/71 (Diretrizes para o 1º e 2º graus), Política Nacional de Educação Especial – MEC/1994, LDBEN nº 9.394/96, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial – CNE/2001, Plano Nacional de Educação Lei nº 10.172 de 2001 (FERREIRA, 2006), Convenção de Guatemala de 1999 promulgada pelo Decreto nº 3.956/2001, Lei nº 10.436/02 (Libras), Programa Educação Inclusiva: direito a Diversidade em 2003 (programa do MEC), Decreto nº 5.296/04 (regulamenta as leis nº 10.048/00 e nº 10.098/00 para promoção de acessibilidade), Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE de 2007, Decreto nº 6.094/2007 para implementação do PDE e, em outubro de 2007, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, SEESP, 2008). Um outro documento importante em nível nacional, discutido consideravelmente por Carneiro (2008), foi produzido pela Procuradoria Federal dos Direitos Humanos, em 2004, intitulado “O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns da rede regular” (conhecido também como cartilha do MEC). Esse documento apresenta aspectos do campo do Direito Constitucional com os desdobramentos imperativos na área do Direito Educacional, além de orientações pedagógicas para a organização e funcionamento da escola no modelo inclusivo. De acordo com o referencial teórico do citado documento, entende-se que serão as escolas inclusivas que funcionarão como fontes de germinação para a construção de sistemas educacionais inclusivos. Posiciona conceitos e ideias, tais como a política nacional de educação inclusiva; a construção de sistemas educacionais inclusivos; a organização e funcionamento de escolas inclusivas; a transformação da escola em ambiente livre de discriminações; a implementação e viabilização de escolas inclusivas que atendam a todos. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como focos a acessibilidade e a garantia de participação e aprendizagem dos alunos com necessidades especiais (HADDAD, 2008). 2.2 A INCLUSÃO A preocupação com a educação das pessoas portadoras de necessidades especiais no Brasil é recente, tendo se iniciado efetivamente no século XIX inspirado em experiências norte-americanas e europeias. O histórico pode ser dividido em quatro grandes períodos, a saber: Até 1854 os portadores de deficiências de qualquer natureza – física, mental ou sensorial – eram excluídos tanto da família como da sociedade, sendo acolhidos em asilos e instituições de cunho filantrópico e/ou religioso. Entre 1854 e 1956 foi marcado pelo gradual surgimento de algumas escolas especiais de caráter privado, com ênfase no atendimento clínico especializado. Neste período a sociedade começava a compreender que os deficientes poderiam ser produtivos, e o atendimento foi migrando lentamente do âmbito da saúde para o da educação. De 1957 a 1993 constituiu-se em um período marcado por ações oficiais de âmbito nacional. A educação especial se estabeleceu como sendo uma modalidade de educação escolar, que assegurava um conjunto de serviços educacionais especiais, organizados nas diferentes instituições de ensino, sendo: apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns. O objetivo era de garantir o acesso a educação escolar formal e desenvolver as potencialidades dos alunos. Em 1990, com a participação do Brasil na Conferência Mundial sobre Educação para Todos na cidade de Jomtien, na Tailândia, se estabeleceu os primeiros ensaios da política de educação inclusiva. E desde 1994, a concepção de educação inclusiva substituiu definitivamente o conceito de educação especial com base na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), que ampliou o conceito de necessidade educacional especial e defendeu a necessidade de inclusão dos alunos especiais no sistema regular de ensino, tendo por princípio uma “Educação para Todos”. A proposta da educação inclusiva se baseia na adaptação curricular, realizada através da ação de uma equipe multidisciplinar que oferece suporte tanto ao professor quanto ao portador de necessidades especiais, por meio do acompanhamento, estudo e pesquisa de modo a inseri-lo e mantê-lo na rede comum de ensino em todos os seus níveis. O direito do aluno com necessidades especiais e de todos os cidadãos à educação, é um direito constitucional. Uma educação de qualidade para todos implica entre outros fatores a necessidade de um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças. Com a implementação da LDB nº 9394/96 (BRASIL, 1996), que no seu capítulo V, define educação especial como modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para portadores de necessidades especiais, observou-se a necessidade de capacitar os professores, pela responsabilidade que têm em relação ao trabalho desenvolvidocom a maioria das crianças e adolescentes em idade escolar. Esta capacitação teria que abordar questões voltadas tanto para o melhor convívio e entendimento com estes alunos com necessidades educacionais especiais quanto aos seus processos de aprendizagem e necessidades adaptativas. Contudo, o que se percebe é que para essa mudança ocorrer torna-se necessário ir muito além de simples capacitações e especializações de caráter informativo para o professore lidar com esse tipo de aluno. Toda a escola deve estar engajada para essa nova etapa, desenvolvendo um projeto político pedagógico que envolva estes alunos especiais, tendo instrumental didático, esclarecimento sobre as necessidades especiais do aluno, entre muitas outras coisas. Os paradigmas que têm predominado em Educação Inclusiva, tem se originado pelo fato de que, a despeito de todos os esforços, os alunos com deficiências, condutas típicas e síndromes neurológicas, psiquiátricas ou quadros psicológicos graves e, ainda, os de altas habilidades (Superdotados) continuam excluídos, seja das escolas regulares, seja do direito à apropriação do saber na intensidade e ritmo necessários para sua aprendizagem. A inclusão dos alunos portadores de necessidades especiais, no ensino regular, tem sido objeto de sérios questionamentos. Um dos grandes desafios que se coloca à escola regular é a preparação, interação e conscientização da equipe pedagógica, bem como na formação, participação e formação de professores, ainda que se façam necessários programas de formação mais significativos para uma qualificação maior desses profissionais. Nesta perspectiva, percebe-se como a escola pode contribuir para o sucesso ou o insucesso do aluno e, que através desses mecanismos forma-se o tipo de ser humano desejável para uma determinada sociedade. Na questão da inclusão do aluno com necessidades especiais, o especialista deve concentrar-se em uma investigação sobre o funcionamento da instituição, seu currículo, a pedagogia que orienta a ação educativa e o tipo de avaliação, e sugerir as modificações necessárias para reduzir as diferenças e a amplitude dos possíveis insucessos escolares, não só dessas crianças, mas de todos os alunos. Os instrumentos para se atingir os objetivos da inclusão do aluno com necessidades especiais na escola regular são necessariamente o conhecimento das teorias educacionais e das propostas existentes neste sentido, e sua divulgação aos profissionais da Educação tais com os professores que estão mais perto desses alunos todos os dias, aprendendo e ensinando com os mesmos, para que ocorra a sensibilização e a conscientização da comunidade escolar. 2.3 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DIFICULDADES E DESAFIOS O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular decorre, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos por meio da adequação das práticas pedagógicas à sua diversidade. E só se consegue atingir esse sucesso, quando a escola regular assume que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam também do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. Para transformar a escola em local de inclusão e aprendizagem, significa oferecer as condições para que todos os alunos possam atuar efetivamente nesse espaço educativo, focando as dificuldades do processo de construção para o ambiente escolar e não para as características particulares dos alunos. Para alguns profissionais que atuam em escolas hoje, ainda é difícil entender a possibilidade de se fazer inclusão. Essa resistência é compreensível, diante do modelo pedagógico-organizacional conservador que vigora na maioria das escolas. Poucos são os profissionais que se arriscam a encarar a ideia de ministrar um ensino inclusivo em uma sala de aula com cadeiras enfileiradas, um livro didático aberto na mesma página, uma só tarefa no quadro e uma só resposta válida e esperada nas provas. Uma educação só pode ser viável se for uma educação integral do ser humano. Uma educação que se dirige à totalidade aberta do ser humano e não apenas a um de seus componentes. Morin (2004, p. 11). Ao se tratar da inclusão, deve ser considerado os aspectos ligados a formação do professor, uma vez que, este deve estar preparado e seguro para trabalhar com o aluno com necessidade especial. Conforme já destacava Piaget: A preparação dos professores constitui questão primordial de todas as reformas pedagógicas em perspectiva, pois, enquanto não for a mesma resolvida de forma satisfatória, será totalmente inútil organizar belos programas ou construir belas teorias a respeito do que deveria ser realizado. (1984, p. 62) É necessário compreender dois aspectos: O primeiro seria o problema social da valorização ou da revalorização do corpo docente primário e secundário, a cujos serviços não são atribuídos o devido valor pela opinião pública, donde o desinteresse e a penúria que se apoderaram dessas profissões e que constituem um dos maiores perigos para o progresso, e mesmo para a sobrevivência de nossas civilizações doentes. O segundo, seria a formação intelectual e moral do corpo docente, problema muito difícil, pois quanto melhores são os métodos preconizados para o ensino mais penoso se tornam o ofício do professor, que a pressupõe não só o nível de uma elite do ponto de vista dos conhecimentos do aluno e das matérias como também uma verdadeira vocação para o exercício da profissão. Para esses dois problemas existe uma única e idêntica solução racional: uma formação completa para os mestres de todos os níveis. Os três elementos apontados por Perrenoud (2000) se constituem em aspectos fundamentais para a construção de profissionais que assumam a tarefa de desbravar e abrir novos caminhos, construindo com isso uma autonomia individual e liderança na gestão de sala de aula. Na condição de profissionais reflexivos, as receitas prontas não são mais adequadas e sim as habilidades para identificar, definir, projetar, avaliar os desafios. Na formação de professores de educação especial inclusiva, essa ambiguidade manifesta-se, por exemplo, na forma como as políticas públicas consideram essa questão. Também fica evidente, na construção do saber e, do saber fazer, desses futuros docentes, pois os currículos de sua formação inicial privilegiam, predominantemente, a especificidade do trabalho com determinados alunos “especiais”. Bueno (1998) apud Nunes et al (1998, p. 70). A ênfase nas características e dificuldades específicas das diversas deficiências reiterou, ainda mais uma “especificidade docente” que não levou em conta perspectivas ampliadas sobre a relação entre o fracasso escolar e processo pedagógico. Bueno (1999) assinala que um ensino de qualidade para crianças com necessidades especiais, na perspectiva de uma educação inclusiva, envolve pelo menos, dois tipos de formação profissional docente: professores “generalistas” do ensino regular, com um mínimo de conhecimento e prática sobre alunado diversificado; e professores “especialistas” nas diferentes “necessidades educacionais especiais”, quer seja para atendimento à essa população, quer seja para apoio ao trabalho realizado pelos profissionais de classes regulares que integrem esses alunos. Para tanto se faz necessário “a preparação de todo o pessoal que constitui a educação, como fator chave para a promoção e progresso das escolas inclusivas” (Declaração Salamanca, p. 27). E também, “a provisão de serviços de apoio é de importância primordial para o sucesso das políticas educacionais inclusivas.” (SALAMANCA, p. 31) A profissionalização desses professores se dá a partir do momento em que lhe é permitido racionalizar e analisar a própria prática, partindo da autocritica, revisando-a, fundamentando-a na construção do crescimento da unidade de ensino como um todo. O professor é um agente fundamental no processo de inclusão, mas ele precisa ser apoiado e valorizado, pois sozinho não poderá efetivar a construção de uma escola fundamentada numa concepçãode inclusão. 2.3 O PAPEL COMPLEMENTAR DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DA EDUCAÇÃO REGULAR É de suma importância termos consciência que a educação inclusiva não se faz apenas por decretos ou diretrizes. Ela é construída na escola por todos, na confluência de várias lógicas e interesses sendo preciso saber articulá-los. Por ser uma construção coletiva requer mobilização, discussão e ação de toda a comunidade escolar. Concretizar a inclusão é um grande desafio já que envolve mudanças na concepção de sociedade, de homem, de educação e de escola. Mudar concepções já solidificadas e enraizadas em nome de um outro modelo de educação não é uma tarefa fácil, principalmente quando as mudanças vão favorecer pessoas que foram injustiçadas, excluídas e marginalizadas na sociedade e consequentemente na escola. O número de alunos incluídos na educação inclusiva, nos últimos anos, triplicou, no entanto, o preconceito e a falta de conhecimento das leis que os amparam e beneficiam, ainda deixam um grande contingente de pessoas com deficiência fora da escola regular. Existe a necessidade de se promover uma reestruturação das escolas de ensino regular e da educação especial (MEC,SEESP,2008). Diante das mudanças nas legislações, as práticas de ensino têm originado algumas confusões conceituais e mistura de papéis entre diferentes segmentos que participam deste contexto. Por um tempo considerável, entendeu-se que a escola especial, paralela à escola regular, era a maneira mais adequada para atender os alunos com necessidades especiais. A Declaração de Salamanca, já em 1994, apontava a necessidade de que esses alunos frequentassem a escola regular, em uma perspectiva inclusiva. Porém, mesmo com a disseminação dessa proposta, as políticas implementadas não atingiram esse propósito. É necessário destacar que, tradicionalmente, a educação especial se organizou como um atendimento especializado que substituiria o ensino comum, o que na época levou à criação de instituições especializadas (MEC/SEESP, 2008). O primeiro ponto a considerar é o papel da escola comum e da escola especial na questão da escolaridade dos alunos com necessidades especiais. O paradigma de inclusão preconiza que o acesso à escola comum se dê indistintamente, incluindo em sua clientela heterogênea esses alunos e responsabilizando-se por sua escolaridade regular. Já a escola especial deverá posicionar-se como elemento de apoio à escola comum, buscando complementar e não substituir a mesma. Neste sentido: As escolas especiais se destinam ao ensino do que é diferente da base curricular nacional, mas que garante e possibilita ao aluno com deficiência a aprendizagem destes conteúdos quando incluídos nas turmas comuns do ensino regular; oferecem atendimento educacional especializado, que não tem níveis, seriações, certificações. Mantoan (2006, p. 26). Portanto, sendo a escola especial uma modalidade de ensino, não cabe à mesma o caráter formador ou de certificação da escolaridade. Ela existe para agir de maneira contributiva com a escola regular, buscando desenvolver as potencialidades destes alunos, a fim de que concretizem a aprendizagem. Desse modo, a educação especial é uma modalidade de ensino que envolve todos os níveis e modalidades, realizando o atendimento educacional especializado, disponibilizando e orientando sobre recursos e serviços que favoreçam o processo de ensino e aprendizagem nas turmas da escola regular. Com relação ao atendimento especializado, o mesmo deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou em instituição especializada que o ofereça (MEC, SEESP, 2008). Segundo Glat e Fernandes (2005), diante desse contexto, o papel da educação especial não visa apenas importar métodos e técnicas especializadas para a classe regular, mas sim constituir-se um suporte permanente e efetivo para os alunos e professores, como um conjunto de recursos. É importante salientar que o papel do docente neste novo cenário da educação é decisivo para a construção de uma escola inclusiva. A formação docente é entendida, nesse estudo, conforme pontua Rodrigues (2006), como sendo um processo contínuo e complexo que ocorre a partir de seus valores, formação específica (graduação), capacitações e ressignificações, através de uma prática reflexiva, continuada e coletiva. É necessário, também, que na essência desta formação esteja bem clara a ideia de que a inclusão dos alunos com necessidades especiais nas escolas regulares deve se dar com vistas a uma efetiva aprendizagem e não meramente no sentido de promover sua socialização. Ao contrário, as atividades socializadoras devem ocorrer como forma de facilitar a integração entre todos os indivíduos, o que, por certo, se traduzirá em facilidade de aprendizagem dos estudos propostos em aula (PRIETO, 2006). E esse é um dos desafios fundamentais de uma educação que contribua para quebrar o encanto do desencanto, para nos livrar da resignação, para recuperar ou para construir nossa consciência em critérios de igualdade de justiça, uma sociedade na qual a proclamação da liberdade individual não questiona os direitos e a felicidade de todos. Uma sociedade em que a diferença seja uma possibilidade para a construção de nossa autonomia, não o argumento para legitimar injustas desigualdades econômicas, sociais e políticas (GENTILI, 2003, p. 54). As escolas podem avançar no desenvolvimento de uma pedagogia centrada no aluno enfatizando a responsabilidade dos educadores em ensinar as crianças com ou sem deficiência a partir da desconstituição do discurso da deficiência que envolve uma proposta de escola que não é capaz de beneficiar todos os alunos. A ampliação das oportunidades de formação dos profissionais da educação para a inclusão, o uso de novas abordagens pedagógicas, o investimento na educação infantil, o conhecimento do percurso educacional dos alunos e a construção de políticas de atenção às diferenças no ensino regular provoca um impacto significativo sobre a qualidade da educação. 2.5 A CONTIBUIÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA INCLUSÃO EM ESCOLAS REGULARES A escola pode ser considerada responsável por grande parte da formação do ser humano. O trabalho do Psicopedagogo nas escolas tem um caráter preventivo no sentido de procurar criar competências e habilidades para solução dos desafios e dificuldades no processo de implementação da inclusão. O papel do psicopedagogo é muito importante. Deve ser pensado a partir da escola, a qual cumpre uma importante função social que é socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo e a inclusão social de alunos com deficiências, ou seja, através da aprendizagem, o sujeito é inserido, de forma mais organizada no mundo cultural e simbólico que incorpora a sociedade. Desta forma devem ser estabelecidas prioridades, dentre elas: diagnóstico e busca da identidade da escola, definições de papéis na dinâmica relacional em busca de funções e identidades, diante do aprender, análise do conteúdo e reconstrução conceitual, além do papel da escola no diálogo com a família. Como forma preventiva, o psicopedagogo estuda as formas para que se ocorra a aprendizagem do conteúdo escolar, identificando os obstáculos e os elementos facilitadores, sendo isso uma atitude de investigação e intervenção. Desta forma, o psicopedagogo preocupa-se especialmente com a escola, que é pouco explorada e há muito que fazer, pois grande parte da aprendizagem ocorre dentro da instituição, na relação com o professor, com o conteúdo e com o grupo social escolar como um todo. De acordo com Fagali: “... trabalhar as questões pertinentes às relações vinculares professor-aluno e redefinir os procedimentos pedagógicos, integrando o afetivo e o cognitivo, através da aprendizagem dos conceitos, nas diferentes áreas do conhecimento”. (FAGALI, 2002, p. 10) O psicopedagogo terá como objetivo principal trabalhar os elementos que envolvem a aprendizagem. A relação dialética entre sujeito e objeto deverá ser construída positivamente para que o processo ensino-aprendizagem sejade maneira saudável e prazerosa. O desenvolvimento de atividades que ampliem a aprendizagem faz-se importante, através dos jogos e da tecnologia que está ao alcance de todos. Com isso, há a busca da integração dos interesses, raciocínio e informações que fazem com que o aluno atue operativamente nos diferentes níveis de escolaridade. Por isso, a educação deve ser encarada como um processo de construção do conhecimento que ocorre como uma complementação, cujos lados constituem de professor e aluno e o conhecimento construído previamente. Neste contexto, o psicopedagogo institucional, como um profissional qualificado, está apto a trabalhar na área da educação, dando assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhoria das condições do processo ensino-aprendizagem, bem como para prevenção dos problemas de aprendizagem. Por meio de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo possibilita uma intervenção psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em espaços institucionais. Juntamente com toda a equipe escolar, está mobilizado na construção de um espaço adequado às condições de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos. Elege a metodologia e/ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar e/ou desobstruir tal processo. Os desafios que surgem para o psicopedagogo dentro da instituição escolar relacionam-se de modo significativo. A formação pessoal e profissional implica a configuração de uma identidade própria e singular que seja capaz de reunir qualidades, habilidades e competências de atuação na instituição escolar. A psicopedagogia é uma área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e com os problemas dele decorrentes. Se existissem nas escolas psicopedagogos trabalhando com essas dificuldades, o número de crianças com problemas seria bem menor. Ao psicopedagogo cabe avaliar o aluno e identificar os problemas de aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus potenciais construtivos e em suas dificuldades, encaminhando-o, por meio de um relatório, quando necessário, para outros profissionais - psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, etc. que realizam diagnóstico especializado e exames complementares com o intuito de favorecer o desenvolvimento da potencialização humana no processo de aquisição do saber. Solé (2000, p. 29) afirma que essa intervenção tem um maior alcance quando realizada no ambiente em que o aluno desenvolve suas atividades e por meio das pessoas que, cotidianamente, se relacionam com ele, uma vez que os processos de aprendizagem se relacionam diretamente com a socialização e integração dos alunos no contexto sócio - educacional em que estes estão inseridos. Nessa perspectiva, “O psicopedagogo não é um mero “resolvedor” de problemas, mas um profissional que dentro de seus limites e de sua especificidade, pode ajudar a escola a remover obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o conhecimento e a formar cidadãos por meio da construção de práticas educativas que favoreçam processos de humanização e reapropriação da capacidade de pensamento crítico” (TANAMACHI, 2003, p. 43). Dessa forma, acredita-se que o trabalho da Psicopedagogia quando encontra consonância e parcerias na escola, pode promover efeitos muito positivos para a minimização das dificuldades que emergem no contexto escolar, apesar de representar um constante desafio, pois requer o envolvimento de toda a equipe, e um desejo permanente de mudanças, para que as transformações, de fato, ocorram. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo deste artigo foi analisar e levar em consideração as demandas atuais da Educação Inclusiva no âmbito das escolas regulares, o que pode levar a constituir um ponto de partida para transformar certas tradições às quais estamos acostumados. Uma reforma da educação para a cidadania envolve também uma reforma dos educadores. Essa é uma tarefa política cuja finalidade é fazer dos educadores pessoas mais informadas e mais eficazes na transformação da sociedade. A inclusão implica na mudança de políticas educacionais e de implementação de projetos educacionais do sentido excludente ao sentido inclusivo. Educação Inclusiva é muito mais do que uma escola especial, sua prática não precisa estar limitada a um sistema paralelo de educação, e sim fazer parte da educação como um todo, acontecendo nas escolas regulares e constituindo-se em mais um sinal de qualidade em educação, quando oferecida a qualquer aluno que dela necessite. A educação inclusiva no modelo atual é um desafio que nos obriga a repensar a escola, sua cultura, sua política e suas práticas pedagógicas. Dessa forma estará atendendo não somente aqueles com deficiência, mas todos aqueles atualmente marcados pelo ciclo de exclusão e do fracasso escolar. A prática escolar com uma atitude inclusiva prima pelas interações, pelo convívio em grupo, pelas trocas de experiências, pela construção e vivências de valores, configurando-se em um cenário que vai além da aquisição de conhecimentos e atinge a constituição de uma identidade aberta e acolhedora da pluralidade e diversidade. Desta forma, todos aqueles que fazem parte da escola têm que passar por um processo de transformação e construção de valores, ou seja, um novo olhar sobre o que é incluir de fato. Essa política determina que as escolas estejam aptas a trabalhar com as diferenças. No entanto, o que se observa é que a adaptação desses alunos é muito difícil. Principalmente, pela má preparação dos professores e consequentemente, de toda a instituição. Felizmente, o número de brasileiros que apresentam alguma deficiência e buscam as escolas regulares está aumentando, procurando se fortalecer e se consolidar. A recomendação para que pessoas com deficiência sejam educadas na rede regular de ensino está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996. Concretizar realmente a inclusão é um grande desafio, pois envolve mudanças na concepção de sociedade, de homem, de educação e de escola. Tais mudanças não são tão simples e fáceis já que as pessoas beneficiadas foram historicamente injustiçadas, marginalizadas e excluídas da sociedade, e, em consequência, da escola. Cabe ressaltar que a inclusão não é uma ameaça, muito menos uma mera questão de terminologia, é apenas uma expressão linguística e física de um processo histórico que não se iniciou e nem terminará hoje. Na verdade, a inclusão não tem fim, se entendida dentro deste enfoque dinâmico, processual e sistêmico. Portanto, o estudo psicopedagógico atinge seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para atender às necessidades de aprendizagem. Para isso, deve-se analisar o Projeto Político-Pedagógico, sobretudo quais as suas propostas de ensino e o que é valorizado como aprendizagem. Desta forma, o fazer psicopedagógico se transforma podendo se tornar uma ferramenta poderosa no auxílio de aprendizagem. SCHOOL INCLUSION: The pedagogical aid in face of the challenges and possibilities in its implementation in regular schools ABSTRACT The inclusion of students with special educational needs in regular schools has increased in recent years. The concept of inclusion has been discussed throughout the Brazilian territory, under different perspectives and theoretical approaches. However, when analyzing deeply on this subject, it can be seen that the process of school inclusion presupposes the mobilization of society to a new look at human differences, choosing them as a value to be assumed by all professionals involved: As well as the parents and relatives of these special students, assuming that the main characteristic of the human being is plurality, not equality or uniformity. The objective of this work is to analyze the process of school inclusion in regular schools, as well as the challenges and difficulties that arise in this trajectory, since each participant, with their attitudes and thoughts, interferes in the educational process,reaffirming concepts and preconceptions and breaking Paradigms. We will analyze some studies and works carried out by authors, and a deeper analysis on the challenges of including a special student in regular schools. Through this study it will be possible to verify the practice of professionals in psychopedagogy in situations of interaction with these students. It is possible to perceive that some schools face great difficulties and challenges in the perspective of inclusion in the teaching of these students with special needs, mainly because this new paradigm requires a rethinking of the pedagogical making, a transformation from the present school to a school for all, permeated by Respect to the individual and social subject. Key-words: Social Inclusion. educational needs. regular schools. Challenges. REFERÊNCIAS AAKER, David Austin. Criando e administrando marcas de sucesso. São Paulo: Futura, 1996. ALVES, Maria Leila. O papel equalizador do regime de colaboração estado-município na política de alfabetização. 1990. 283 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de Campinas, Campinas, 1990. Disponível em: <http://www.inep.gov.br/cibec/bbe-online/>. Acesso em: 15 jul. 2016. 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