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QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 01 Além dos problemas epistemológicos que isso acarretaria, essa possibilidade também implicaria sérias dificuldades com relação à identidade pessoal, pois, para Locke, um ser humano se define por aquilo de que ele tem consciência. O termo ‘ideia’, em Locke, tem um sentido mais exato, e significa tudo o que está presente ao entendimento. Uma ideia: R: é todo e qualquer objeto do entendimento, ou seja, tudo aquilo a que a mente se aplica ao pensar. Assim, não pode haver ideais das quais não temos consciência, pois, neste caso, o entendimento não teria nada que lhe fosse presente. Segundo Locke, as qualidades primárias (ou originais) dos corpos, são aquelas que: R: a mente não pode deles separar, como solidez, extensão, formato e mobilidade. Além disso, segundo Locke, os corpos também possuem qualidades secundárias, que produzem em nós determinadas ideias simples graças a suas qualidades primárias, mas que não podem ser atribuídas a eles propriamente, como: cores, sons, gostos etc. A diferença fundamental entre as qualidades primárias e secundárias é: R: que as primárias pertencem aos corpos quer os percebamos, quer não. As qualidades secundárias (também chamadas sensíveis) são, por sua vez, aquelas que são produzidas em nós pelos corpos e estão apenas na mente. Uma das repercussões importantes da doutrina de Locke que acabamos de examinar se deu na obra de Berkeley que, de certa forma, leva às últimas consequências a noção de que há determinadas propriedades dos corpos que não pertencem a eles, mas às ideais que eles provocam em nós. Para Berkeley, este é o caso não apenas das propriedades secundárias, como já dizia Locke, mas também das próprias propriedades primárias, que Locke atribuía aos corpos. Por essa razão, Berkeley passou para a história da filosofia como um dos poucos defensores de um ponto de vista idealista ou, neste sentido, fenomenalista, isto é: R: como defensor da tese de que todo tipo de realidade é mental, e que a matéria não existe independentemente de ser percebida pela mente. Hume entende por ceticismo mitigado como: R: a posição segundo a qual podemos aceitar as aparências, inclusive as boas hipóteses que as explicam, mas não de uma forma dogmática, isto é, não como certezas ou verdades incontestáveis, mas apenas como boas explicações. QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 02 Com efeito, para o filósofo de Hannover, assim como para Descartes, as verdades eternas e necessárias são fundamentadas em Deus, porém, à diferença do que defende este, não quanto à sua vontade, isto é, não enquanto suas produções, mas quanto ao seu entendimento. Isto é: R: os princípios lógicos e metafísicos que regem a esfera da verdade e do ser em geral estão fundamentados na própria natureza divina e não em sua volição, valendo tanto para nós quanto para Deus. De modo que a criação seja plenamente justificável, e que Deus possa ser considerado sumamente bom, o mundo realizado deve ser o melhor dos mundos possíveis, isto é, a melhor escolha entre múltiplas alternativas. Ou seja: R: o criador realiza o mundo de acordo com os critérios mais acertados, com razões que fazem com que o universo criado seja este e não outro. Existem princípios que são comuns às coisas divinas e às humanas e isto foi muito bem observado pelos teólogos. De fato, os princípios físicos, reconheço-o, são somente humanos: por exemplo, que o ferro não flutua na água, que uma virgem não dá à luz, pois o poder absoluto de Deus, que está acima da natureza, pode fazer que suceda o contrário. Porém, os princípios lógicos e metafísicos são comuns às coisas divinas e humanas porque regem a esfera da verdade e do ser em geral, que é comum a Deus e às criaturas. Tal princípio metafísico é: R: o mesmo não pode ser e não ser, o todo é maior do que a parte, igualmente os princípios lógicos, ou seja, as formas silogísticas, que inclusive Deus e os anjos têm de admitir como verdadeiros. Descartes deseja afirmar a ausência de determinações prévias à gênese e a indiferença de Deus no seu ato, que não ocorre por uma deliberação ou ponderação de razões, uma vez que estas só são instauradas por meio da própria criação, sendo que a desigualdade entre o possível e o impossível, o verdadeiro e o falso, não a precedem. Trata-se de uma tese que, como Laurence Devillairs em seu livro Descartes, Leibniz et les vérités eternelles salienta, conjuga duas ideais que normalmente estão em lados opostos: R: a criação das verdades eternas consiste, com efeito, na simultaneidade entre necessidade, já que estas verdades são por toda eternidade necessárias, e indiferença, pois Deus não é determinado por nada na Sua volição. Entretanto, como já se enfatizou, entre Deus e os homens há um terreno lógico comum que define o que pode ser objeto de pensamento. Ou seja: R: o conhecimento não muda de natureza entre o âmbito divino e o nosso, mas apenas muda o grau de distinção. QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 03 Há textos de Filosofia cuja estranheza, às vezes maximizada, confere-lhes notoriedade perversa, influindo na exata compreensão de problemas e soluções propostos. Esse parece ser, de modo geral, o tom frequente com que se aborda o capítulo do esquematismo na Crítica da Razão Pura. Inúmeras têm sido as referências – nem sempre felizes – às dificuldades que encerra a Schematismuslehre. Observe-se, contudo, que o próprio Kant (Ak., v.xVIII, n.6359, p.686, 1.6-16) é quem primeiro reconhece a questão: R: através da determinação transcendental do tempo, a aplicação das categorias aos fenômenos é mediada e tornada possível. A dificuldade parece ser – posto que a própria determinação transcendental do tempo é já um produto da apercepção em relação à forma da intuição, e, pois, suscita também a própria questão – como é possível a aplicação da categoria à forma da intuição, visto que categoria e forma da intuição são heterogêneas. Qualquer que tenha sido a razão da mudança de estatuto da Einbildungskraft em 1787, parece-me que suas funções, no principal, permaneceram intocadas, mesmo se as considerarmos agora um simples poder subordinado ao entendimento. “Imaginação” ou “entendimento”, tal no limite é secundário, indicando-o, a meu ver, as palavras de Kant: R: " … a síntese da apreensão, que é empírica, deve necessariamente conformar-se à síntese da apercepção, que é intelectual e está inteiramente contida a priori na categoria. É uma e a mesma que, lá, sob o nome de imaginação, aqui, de entendimento, introduz a ligação no múltiplo da intuição". Verdade que a Crítica não prima pela clareza expositiva – mas, de resto, seu primado é outro (Kant, KrV., p.XVII- XIX; Ak., v.N, p.262, 1.26-35). Contudo, ela dispõe de um plano, uma “idéia do todo” (Idee des Ganzen) (Kant, KrV, A, p.64, B, p.89), uma “unidade sistemática” (Idem, A, p.832-5, B, p.860-3). Desse modo, mas sem ser a título de mero efeito dela, o esquematismo está perfeitamente ajustado à: R: arquitetônica crítica, bem como, ademais, à própria arquitetura, ao feitio que a realização da 'ideia' assume nas etapas do discurso. Mas nem por isso ele se resume a uma espécie de adorno: sua presença não está a serviço de um estilo, mas da consecução de um princípio. O pressuposto que fundamenta, quer a “Estética”, quer a “Analítica”, é: “na medida em que deve haver razão nelas [nas ciências), algo aí deve poder ser conhecido a priori” (Idem, B, p.IX).14 O princípio, portanto é: R: nós só conhecemos a priori das coisas o que nós próprios colocamos nelas (Idem, B, p.XVIII); O tempo é a forma pela qual o múltiplo (a prion) é dado à consciência unificadora. Que esta o determine, ou seja, o múltiplo puro temporalmente receptado, tal é o que não pode ser feito na ausência do espaço, forma de recepção do fenômeno externo, por onde o que me afeta é de pronto representado. Justopelo fato de que o tempo (com o múltiplo nele contido) só pode ser expresso por meio do espaço, tem-se então, de um lado, cumprida a exigência de uma imagem para as representações, e, de outro, garantida sua realidade objetiva. Tendo de traçar em pensamento, tenho ainda de determinar espacialmente o próprio tempo, e, com ele, o múltiplo a priori. Com isso, relacionado ao produto podemos afirmar: R: o produto da determinação do múltiplo interno é, por fim, a própria imagem do objeto afetante, que tanto deve estar no intelecto quanto na sensibilidade. QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 04 Na Crítica da Razão Pura, Kant incluiu uma Dialética Transcendental, como uma divisão da Lógica Transcendental, segundo um plano em que as duas disciplinas lógicas, analítica e Dialética, mantinham funções claramente distintas. Em termos explícitos, o melhor que se encontra na Crítica da Razão Pura para justificar o contributo sistemático da Dialética Transcendental para o plano geral da razão é a afirmação de que: R: a Antinomia da razão pura fornece uma demonstração “indirecta” da tese fundamental da obra, ou seja, da idealidade dos fenômenos. Segundo Kant a antinomia da razão é: R: somente de modo indireto o princípio estruturante de um sistema crítico da razão, e muito dos esforços filosóficos dos seus sucessores consistirá, consequentemente, em tornar produtiva e sistemática esta antinomia da razão. Os Fundamentos da Doutrina da Ciência de 1794/1795 de Fichte partem de uma primeira oposição entre a auto posição incondicionada do eu, a oposição deste a um não-eu e a resolução desta oposição na categoria da limitação recíproca. Fichte entende expor, a partir de oposições sucessivamente derivadas da oposição primeira entre eu e não-eu, categorias teóricas como realidade, negação e limitação, todo e partes, causalidade, substancialidade e ação recíproca, o espaço e o tempo, a sensação e a representação, e também categorias práticas como a idealidade, o anseio ou o esforço. Este sistema das condições da experiência e da consciência constitui uma lógica transcendental, o que significa que: R: reapresenta um grande número de características e faculdades humanas não como propriedades de um ente determinado, o “homem”, mas na qualidade de funções ou condições cognoscitivas. Após a acusação de ateísmo lançada contra Fichte em 1799, este viu-se sujeito a uma crítica violenta por parte de quase todos os principais pensadores da época, crítica que se dirigia ao cerne metodológico da sua filosofia, isto é, o ponto de vista da subjetividade transcendental por ele assumido. Este ponto de vista era acusado de se remeter à reflexão subjetiva, sem qualquer perspectiva de acesso a um sistema real da razão. Fichte passou então a entender a sua Doutrina da Ciência como envolvendo também uma teoria crítica da filosofia do absoluto e da filosofia da natureza, cujo principal proponente foi, a partir de 1801, Schelling. Segundo este último, o sistema da filosofia contém duas partes. Quais são elas? R: filosofia transcendental e a filosofia da natureza A liberdade é a capacidade específica do homem de perverter a ordenação ontológica própria entre fundamento e existência. A desordem tornada possível pela liberdade humana e realizada como o mal tem consequências sistemáticas. A forma de oposição vital e de processo de superação real, segundo Schelling: R: “Sem oposição não há vida. O mesmo se passa no homem e em qualquer existente. Também em nós há um racional e um irracional. Qualquer coisa, para que se possa manifestar, carece de algo que sensu strictu, não é ela mesma.” QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 05 O século XIX marca não só o triunfo do liberalismo europeu, ligado ao direito natural, que considera a natureza humana como base da própria lei natural, cuja única realidade é a liberdade do homem; marca também o triunfo do cientificismo, que reconhece uma só natureza material, que engloba e explica o mundo dos valores e o mundo dos fatos. O liberalismo afirmava que: R: o desenvolvimento moral, cultural, econômico e político da sociedade só seria alcançado pelo livre desenvolvimento do espírito e das faculdades do indivíduo. A pouco e pouco, a tendência da ciência e do pensamento político-social centra-se no empirismo e reduz a autoridade do racionalismo, que sustentava a primazia da razão, da capacidade de pensar, em relação ao sentimento e à vontade. Passa então o positivismo a dominar o pensamento típico do século XIX, como método e como doutrina. Tendo estas características, podemos afirmar: R: Como método, embasado na certeza rigorosa dos fatos de experiência como fundamento da construção teórica; como doutrina, apresentando-se. Como revelação da própria ciência, ou seja, não apenas regra por meio da qual a ciência chega a descobrir e prever, isto é, saber para prever e agir. Augusto Comte usa o termo filosofia na acepção geral que lhe davam os antigos filósofos, particularmente Aristóteles, como definição do sistema geral do conhecimento humano; e o termo positiva designa, segundo ele: R: o real frente ao quimérico, o útil frente ao inútil, o certo frente ao incerto, o preciso frente ao vago, o relativo frente ao absoluto, o orgânico frente ao inorgânico, e o simpático frente à intolerância. O Estado Positivo é, pois, o termo fixo e definitivo em que o espírito humano descansa e encontra a ciência. As sociedades evoluem segundo essa lei, e os indivíduos, em outro plano, também realizam a mesma evolução. Partindo do princípio de que o objeto da ciência é só o positivo, isto é, o que pode estar sujeito ao método da observação e da experimentação, Augusto Comte só reconhece as ciências experimentais ou positivas, que tratam dos fatos e das suas leis. Distingue, assim, as ciências abstratas das concretas. As ciências abstratas, que são fundamentais, formam seis grupos e, dispostas na sua ordem hierárquica, quais são eles? R: matemática, astronomia, física, química, biologia e sociologia. Segundo Comte, a sociedade possui um ritmo evolutivo incompatível com a revolução violenta. Deste modo, concebe- a sempre em termos harmônicos. Para ele, a sociedade reflete os diversos estados da vida de um homem; dessa forma, uma vez que os organismos não podem mudar bruscamente, senão através de uma evolução paulatina, também a sociedade está sujeita a esta norma de evolução. Partindo da ideia de que a natureza humana evolui segundo as leis históricas, embora em si mesma não ocorra nenhuma transformação, isto é, existe uma base perene no homem frente ao elemento cambiante da sociedade, Comte divide o estudo da estrutura social em dois campos principais: R: o estudo da ordem social, que ele denomina de estática social, e o estudo da evolução da sociedade, que recebe o nome de dinâmica social. QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 06 Aristóteles é um dos grandes responsáveis pela marginalização do pensamento de Heráclito sobre a contraditoriedade e o conflito. O princípio da identidade, perseguido por Aristóteles, estabelecia a fixação do ser: o que é, é e o que não é, não é. Já em Heráclito encontramos a ideia de movimento do pensamento, a ideia de contraditoriedade da vida, da natureza, do mundo: R: todas as coisas fluem e se alteram sempre, disse ele; mesmo na mais imóvel existe um invisível fluxo e movimento. A atuação profissional na educação coloca a necessidade de conhecer os mais variados elementos que envolvem a prática educativa, a necessidade de compreendê-la da forma mais completa possível. No entanto, não se pode fazer isto sem um método, um caminho que permita, filosófica e cientificamente, compreender a educação. E, se a lógica formal, porque é dual, separando sujeito-objeto, foi se mostrando insuficiente para esta tarefa, parece possível buscar, no método materialista histórico dialético, este caminho.É preciso esclarecer, porém, que o ponto de vista a partir do qual a dialética marxista é aqui tratada é a educação e o ponto a partir do qual a educação é tratada, aqui, é o pensamento marxista. Portanto: R: são de e para educadores as análises das ideias marxistas como paradigmas de interpretação da realidade Karl Marx, alemão, filósofo, economista, jornalista e militante político, viveu em vários países da Europa no século XIX de 1818 a 1883. Na busca de um caminho epistemológico, ou de um caminho que fundamentasse o conhecimento para a interpretação da realidade histórica e social que o desafiava, superou (no sentido de incorporar e ir além) as posições de Hegel no que dizia respeito à dialética e conferiu-lhe um caráter materialista e histórico. Para o pensamento marxista, importa descobrir. R: as leis dos fenômenos de cuja investigação se ocupa; o que importa é captar, detalhadamente, as articulações dos problemas em estudo, analisar as evoluções, rastrear as conexões sobre os fenômenos que os envolvem. Com a crise do socialismo real, sistema político, econômico e social fundamentado na também chamada teoria marxista, o Método tem sido bastante questionado em sua vitalidade, atualidade e até em sua possibilidade de continuar existindo como referencial teórico de compreensão da realidade. Não cabe aqui uma discussão sobre este problema, mas vale a pena observar que as interpretações marxistas da realidade econômica, social, política e cultural da sociedade capitalista moderna foram as interpretações mais completas e originais desta sociedade – reconhecida por muitos pensadores, inclusive aqueles que discordaram de suas ideias socialistas de organização social — e que, neste sentido, sobrevivendo à sociedade capitalista (com todas as suas modificações atuais), sobrevive, ainda, como a mais importante teoria de interpretação, conferindo atualidade e pertinência ao método materialista histórico dialético, que precisa, é claro, ser constantemente contextualizado. Isto posto, compreender o Método é instrumentalizar se para o conhecimento da realidade, no caso, a realidade educacional. O método materialista histórico-dialético caracteriza-se: R: pelo movimento do pensamento através da materialidade histórica da vida dos homens em sociedade, isto é, trata-se de descobrir (pelo movimento do pensamento) as leis fundamentais que definem a forma organizativa dos homens durante a história da humanidade. Se a lógica dialética permite e exige o movimento do pensamento, a materialidade histórica diz respeito à forma de organização dos homens em sociedade através da história, isto é, diz respeito às relações sociais construídas pela humanidade durante todos os séculos de sua existência. E, para o pensamento marxista, esta materialidade histórica pode ser compreendida a partir das análises empreendidas sobre uma categoria considerada central: o trabalho. é preciso considerar que o conceito de trabalho em Marx não se esgota no conceito cotidiano de trabalho, na concepção do senso comum de trabalho que se aproxima da ideia de ocupação, tarefa, um conceito puramente econômico. O conceito de trabalho, categoria central nas relações sociais, tal qual o pensamento marxista o entende, é o conceito filosófico de trabalho, é a forma mais ampla possível de se pensar o trabalho. Nas análises marxistas acerca desta questão, de caráter mais filosófico do que econômico, encontramos que o trabalho é central nas relações dos homens com a natureza e com os outros homens porque esta é sua atividade vital. Isto quer dizer que: R: se o caráter de uma espécie se define pelo tipo de atividade que ela exerce para produzir ou reproduzir a vida, esta atividade vital, essencial nos homens, é o trabalho — a atividade pela qual ele garante sua sobrevivência e por meio da qual a humanidade conseguiu produzir e reproduzir a vida humana QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 07 Hermann Cohen (1842-1918) buscava um último axioma no qual todo o ser identificado com o pensamento pudesse ser derivado e explicado. Via tal princípio no vir-aser. A pesquisa sobre o fundamento, que o pensamento matemático deve seguir, em Cohen exerce um papel central. Chama atenção seu esforço para restaurar a filosofia com o status de uma teoria universal da ciência. A teoria do conhecimento de Cohen tem caráter duplo. Qual a alternativa que melhor explica estes lados? R: por um lado, busca um a priori irredutível, separando conhecimento de experiência, situando-o no puro pensamento; por outro, tenta conciliar o mundo das ideias da lógica pura com o pensamento de Heráclito sobre o devir. Para entender a fenomenologia de Husserl, é preciso compreender como ele apresenta a estrutura da consciência como intencionalidade. Se todo o sentido e valor a dar ao Ser se baseiam em funções intencionais, com essa redução, o eu se manifesta como condição de possibilidade de ter em vista o mundo (fenômeno). Sob esse aspecto, a redução conduz ao eu como subjetividade. Assim, pela redução fenomenológica, chega-se, de maneira reflexiva, ao conhecimento do eu como fonte original de toda a certeza e de todo o saber e ter do mundo. Nesse sentido, todo o conhecimento filosófico fundamenta-se como: R: “conhecimento universal de si mesmo”. O universo das percepções, das impressões sensíveis, de cada eu, segundo Husserl, adquire uma relação com o corpo (Leib) e seus membros como órgãos sensíveis, tornando-se ele mesmo algo “corpóreo”, mas não material. Todas as ampliações, que a experiência possível pode fazer, estão vinculadas ao sentido pré-dado pela apercepção do corpo, e este sentido é determinado pela corporeidade percebida com localização também percebida. O que é localizável não é tudo. Husserl define o corpo (Leib) pela consciência da identidade: como o corpo (Körper) pode mudar constantemente, o que significa que pode perder ou ganhar algo, também podem alterar-se os campos de percepção, isso só pode ser concebido como órgão da vontade. No campo da vontade surgem movimentos livres e mudanças que são únicas. De acordo a reflexão fenomenológica de Husserl, como era visto o outro? R: A reflexão fenomenológica de Husserl mostra o outro como outro, ou seja, como um eu-sujeito consciente não pode estar presente na minha consciência da mesma maneira como outros entes do mundo. Somente é dado como “apresentado” em seu corpo, numa apresentação que nunca encontra sua plenitude numa apresentação. Por isso, o outro é o estranho do eu. Até certo ponto, a fenomenologia pode ser compreendida como explicação do que está implícito, desde o início, no conceito de intencionalidade da consciência. Essa orienta-se para a subjetividade absoluta que se constitui de maneira transcendental, que Husserl também designa como intersubjetividade transcendental ou vida transcendental. Todo o empenho intencional realiza-se na relação entre intenção vazia e plena. Assim o próprio conceito de intencionalidade é, em sua raiz, teleológico. E a teleologia da intencionalidade é uma teleologia da razão, ou seja, transforma a razão latente em razão patente. Já no início de A crise da humanidade europeia e a filosofia, Husserl afirma: R: “Nesta conferência quero ousar a tentativa de suscitar um novo interesse para o tão frequentemente tratado tema da crise europeia, desenvolvendo a ideia histórico-filosófica (ou o sentido teleológico) da humanidade europeia.” Para entender a fenomenologia de Husserl, é preciso compreender como ele apresenta a estrutura da consciência como intencionalidade. Se todo o sentido e valor a dar ao Ser se baseiam em funções intencionais, com essa redução, o eu se manifesta como condição de possibilidade de ter em vista o mundo (fenômeno). Sob esse aspecto, a redução conduz ao eu como subjetividade. Assim, pela redução fenomenológica, chega-se, de maneira reflexiva, ao conhecimento do eu como fonte original de todaa certeza e de todo o saber e ter do mundo. Nesse sentido, todo o conhecimento filosófico fundamenta-se como: R: “conhecimento universal de si mesmo”. QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 08 A tarefa principal da epistemologia consiste: R: na reconstrução racional do conhecimento cientifico, conhecer, analisar, todo o processo gnosiológico da ciência do ponto de vista lógico, linguístico, sociológico, interdisciplinar, político, filosófico e histórico. Qual a preocupação de Piaget, relacionado a Epistemologia Genética? R: foi o estudo da constituição dos conhecimentos válidos, na elaboração de fatos, formalização lógico-matemática e controle experimental a qual chamou de psicogênese interdisciplinar. Na era da positividade, vivemos o desfecho da Antropologia, a desintegração do homem. A Arqueologia proposta por Foucault visa: R: o fundamento das Ciências Humanas, o solo sobre o qual se constrói a Ciência. Quais os problemas abordados pela Epistemologia? R: A Epistemologia aborda problemas lógicos, problemas semânticos, problemas gnosiológicos, problemas metodológicos, problemas ontológicos, problemas axiológicos, problemas éticos, problemas estéticos e problemas pedagógicos. Em que consiste a Epistemologia Pedagógica? R: em ensinar aos alunos a pensar criticamente, ir além das interpretações literárias e dos modos fragmentados de raciocínio. Aprender não apenas a compreender, mas ter acima de tudo a capacidade e competência de problematizar dialeticamente a teoria e a práxis educacional. ENADE – TEORIA DO CONHECIMENTO II “DOGMATIKÓS, EM GREGO, SIGNIFICA „O QUE SE FUNDA EM PRINCÍPIOS‟, OU AQUILO QUE É „RELATIVO A UMA DOUTRINA‟. DOGMATISMO É A DOUTRINA SEGUNDO A QUAL É POSSÍVEL ATINGIR A CERTEZA.” ARANHA, M. L. DE A.; MARTINS, M. H. P. FILOSOFANDO: INTRODUÇÃO À FILOSOFIA. 3. ED. SÃO PAULO: MODERNA, 2003, P. 54. SOBRE AS DIFERENTES FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DO DOGMATISMO, ASSINALE O QUE FOR CORRETO. R: A metafísica tradicional, por acreditar que poderia progredir sem uma crítica da razão, foi considerada, por Immanuel Kant, dogmática. [TEXTO DA QUESTÃO] PLACEDEMÔNIO PEDARETE APRESENTA-SE PARA SER ADMITIDO AO CONSELHO DOS TREZENTOS; E RECUSADO; VOLTA SATISFEITO POR TER ENCONTRADO EM ESPARTA TREZENTOS HOMENS MAIS DIGNOS DO QUE ELE. SUPONHO QUE ESSA DEMONSTRAÇÃO ERA SINCERA; E DE SE ACREDITAR QUE ERA. EIS O CIDADÃO. UMA MULHER DE ESPARTA TINHA CINCO FILHOS NO EXÉRCITO E AGUARDAVA NOTÍCIAS DA BATALHA. CHEGA UM HILOTA; ELA PEDE-IHE, TRÊMULA, INFORMAÇÕES: ”VOSSOS CINCO FILHOS MORRERAM.” — VIL ESCRAVO, PERGUNTEI- TE ISSO? — ”ALCANÇAMOS A VITÓRIA!” A MÃE CORRE AO TEMPLO, ONDE RENDE GRAÇAS AOS DEUSES. EIS A CIDADÃ. ROUSSEAU, J. J. EMÍLIO OU DA EDUCAÇÃO. SÃO PAULO: DIFUSÃO EUROPÉIA DO LIVRO, 1973 (ADAPTADO). TENDO COMO REFERÊNCIA O TEXTO APRESENTADO E A NOÇÃO DE VERDADEIRO CIDADÃO DESENVOLVIDA POR ROUSSEAU, AVALIE AS ASSERÇÕES A SEGUIR E A RELAÇÃO PROPOSTA ENTRE ELAS. I. Rousseau acredita que a educação realizada pelas boas instituições consegue desnaturalizar o homem e torná-lo um verdadeiro cidadão. PORQUE II. A natureza do homem é de grande violência e os instintos naturais precisam ser contidos pela educação, para que ele atinja a condição de civilidade. A RESPEITO DESSAS ASSERÇÕES, ASSINALE A OPÇÃO CORRETA. R: A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. RELACIONE AS TEORIAS DOS CURRÍCULOS ÀS RESPECTIVAS PALAVRAS-CHAVE. 1. TEORIA TRADICIONAL 2. TEORIA CRÍTICA 3. TEORIA PÓS-CRÍTICA ( ) OBJETIVOS E METODOLOGIA ( ) IDENTIDADE E MULTICULTURALISMO ( ) SOCIOLOGIA E CURRÍCULO OCULTO ASSINALE A OPÇÃO QUE INDICA A RELAÇÃO CORRETA, DE CIMA PARA BAIXO. R: 1 – 3 – 2 NO PERÍODO MODERNO, EMERGIU UMA ESCOLA FILOSÓFICA QUE PÔS EM QUESTÃO AS CONCEPÇÕES INATISTAS E METAFÍSICAS DE CONHECIMENTO. PARA OS FILÓSOFOS PARTIDÁRIOS DESSA ESCOLA, O CONHECIMENTO É SEMPRE DECORRENTE DA EXPERIÊNCIA, JAMAIS PODENDO EXISTIR IDEIAS INATAS. O NOME DESSA CORRENTE FILOSÓFICA, BEM COMO O NOME DE UM DE SEUS FILÓSOFOS REPRESENTATIVOS SÃO, RESPECTIVAMENTE: R: Idealismo; Kant.
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