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TEORIA DO CONHECIMENTO II - Respostas

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QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 01 
 Além dos problemas epistemológicos que isso acarretaria, essa possibilidade também implicaria sérias dificuldades 
com relação à identidade pessoal, pois, para Locke, um ser humano se define por aquilo de que ele tem consciência. 
O termo ‘ideia’, em Locke, tem um sentido mais exato, e significa tudo o que está presente ao entendimento. Uma 
ideia: 
R: é todo e qualquer objeto do entendimento, ou seja, tudo aquilo a que a mente se aplica ao pensar. Assim, não pode haver 
ideais das quais não temos consciência, pois, neste caso, o entendimento não teria nada que lhe fosse presente. 
 Segundo Locke, as qualidades primárias (ou originais) dos corpos, são aquelas que: 
R: a mente não pode deles separar, como solidez, extensão, formato e mobilidade. 
 Além disso, segundo Locke, os corpos também possuem qualidades secundárias, que produzem em nós determinadas 
ideias simples graças a suas qualidades primárias, mas que não podem ser atribuídas a eles propriamente, como: 
cores, sons, gostos etc. A diferença fundamental entre as qualidades primárias e secundárias é: 
R: que as primárias pertencem aos corpos quer os percebamos, quer não. As qualidades secundárias (também chamadas 
sensíveis) são, por sua vez, aquelas que são produzidas em nós pelos corpos e estão apenas na mente. 
 Uma das repercussões importantes da doutrina de Locke que acabamos de examinar se deu na obra de Berkeley 
que, de certa forma, leva às últimas consequências a noção de que há determinadas propriedades dos corpos que não 
pertencem a eles, mas às ideais que eles provocam em nós. Para Berkeley, este é o caso não apenas das propriedades 
secundárias, como já dizia Locke, mas também das próprias propriedades primárias, que Locke atribuía aos corpos. 
Por essa razão, Berkeley passou para a história da filosofia como um dos poucos defensores de um ponto de vista 
idealista ou, neste sentido, fenomenalista, isto é: 
R: como defensor da tese de que todo tipo de realidade é mental, e que a matéria não existe independentemente de ser 
percebida pela mente. 
 Hume entende por ceticismo mitigado como: 
R: a posição segundo a qual podemos aceitar as aparências, inclusive as boas hipóteses que as explicam, mas não de uma 
forma dogmática, isto é, não como certezas ou verdades incontestáveis, mas apenas como boas explicações. 
QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 02 
 Com efeito, para o filósofo de Hannover, assim como para Descartes, as verdades eternas e necessárias são 
fundamentadas em Deus, porém, à diferença do que defende este, não quanto à sua vontade, isto é, não enquanto 
suas produções, mas quanto ao seu entendimento. Isto é: 
R: os princípios lógicos e metafísicos que regem a esfera da verdade e do ser em geral estão fundamentados na própria 
natureza divina e não em sua volição, valendo tanto para nós quanto para Deus. 
 De modo que a criação seja plenamente justificável, e que Deus possa ser considerado sumamente bom, o mundo 
realizado deve ser o melhor dos mundos possíveis, isto é, a melhor escolha entre múltiplas alternativas. Ou seja: 
R: o criador realiza o mundo de acordo com os critérios mais acertados, com razões que fazem com que o universo criado 
seja este e não outro. 
 Existem princípios que são comuns às coisas divinas e às humanas e isto foi muito bem observado pelos teólogos. De 
fato, os princípios físicos, reconheço-o, são somente humanos: por exemplo, que o ferro não flutua na água, que uma 
virgem não dá à luz, pois o poder absoluto de Deus, que está acima da natureza, pode fazer que suceda o contrário. 
Porém, os princípios lógicos e metafísicos são comuns às coisas divinas e humanas porque regem a esfera da verdade 
e do ser em geral, que é comum a Deus e às criaturas. Tal princípio metafísico é: 
R: o mesmo não pode ser e não ser, o todo é maior do que a parte, igualmente os princípios lógicos, ou seja, as formas 
silogísticas, que inclusive Deus e os anjos têm de admitir como verdadeiros. 
 Descartes deseja afirmar a ausência de determinações prévias à gênese e a indiferença de Deus no seu ato, que não 
ocorre por uma deliberação ou ponderação de razões, uma vez que estas só são instauradas por meio da própria 
criação, sendo que a desigualdade entre o possível e o impossível, o verdadeiro e o falso, não a precedem. Trata-se de 
uma tese que, como Laurence Devillairs em seu livro Descartes, Leibniz et les vérités eternelles salienta, conjuga 
duas ideais que normalmente estão em lados opostos: 
R: a criação das verdades eternas consiste, com efeito, na simultaneidade entre necessidade, já que estas verdades são por 
toda eternidade necessárias, e indiferença, pois Deus não é determinado por nada na Sua volição. 
 Entretanto, como já se enfatizou, entre Deus e os homens há um terreno lógico comum que define o que pode ser 
objeto de pensamento. Ou seja: 
R: o conhecimento não muda de natureza entre o âmbito divino e o nosso, mas apenas muda o grau de distinção. 
QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 03 
 Há textos de Filosofia cuja estranheza, às vezes maximizada, confere-lhes notoriedade perversa, influindo na exata 
compreensão de problemas e soluções propostos. Esse parece ser, de modo geral, o tom frequente com que se aborda 
o capítulo do esquematismo na Crítica da Razão Pura. Inúmeras têm sido as referências – nem sempre felizes – às 
dificuldades que encerra a Schematismuslehre. Observe-se, contudo, que o próprio Kant (Ak., v.xVIII, n.6359, p.686, 
1.6-16) é quem primeiro reconhece a questão: 
R: através da determinação transcendental do tempo, a aplicação das categorias aos fenômenos é mediada e tornada 
possível. A dificuldade parece ser – posto que a própria determinação transcendental do tempo é já um produto da 
apercepção em relação à forma da intuição, e, pois, suscita também a própria questão – como é possível a aplicação da 
categoria à forma da intuição, visto que categoria e forma da intuição são heterogêneas. 
 Qualquer que tenha sido a razão da mudança de estatuto da Einbildungskraft em 1787, parece-me que suas funções, 
no principal, permaneceram intocadas, mesmo se as considerarmos agora um simples poder subordinado ao 
entendimento. “Imaginação” ou “entendimento”, tal no limite é secundário, indicando-o, a meu ver, as palavras de 
Kant: 
R: " … a síntese da apreensão, que é empírica, deve necessariamente conformar-se à síntese da apercepção, que é intelectual 
e está inteiramente contida a priori na categoria. É uma e a mesma que, lá, sob o nome de imaginação, aqui, de 
entendimento, introduz a ligação no múltiplo da intuição". 
 Verdade que a Crítica não prima pela clareza expositiva – mas, de resto, seu primado é outro (Kant, KrV., p.XVII-
XIX; Ak., v.N, p.262, 1.26-35). Contudo, ela dispõe de um plano, uma “idéia do todo” (Idee des Ganzen) (Kant, KrV, 
A, p.64, B, p.89), uma “unidade sistemática” (Idem, A, p.832-5, B, p.860-3). Desse modo, mas sem ser a título de 
mero efeito dela, o esquematismo está perfeitamente ajustado à: 
R: arquitetônica crítica, bem como, ademais, à própria arquitetura, ao feitio que a realização da 'ideia' assume nas etapas do 
discurso. Mas nem por isso ele se resume a uma espécie de adorno: sua presença não está a serviço de um estilo, mas da 
consecução de um princípio. 
 O pressuposto que fundamenta, quer a “Estética”, quer a “Analítica”, é: “na medida em que deve haver razão nelas 
[nas ciências), algo aí deve poder ser conhecido a priori” (Idem, B, p.IX).14 O princípio, portanto é: 
R: nós só conhecemos a priori das coisas o que nós próprios colocamos nelas (Idem, B, p.XVIII); 
 O tempo é a forma pela qual o múltiplo (a prion) é dado à consciência unificadora. Que esta o determine, ou seja, o 
múltiplo puro temporalmente receptado, tal é o que não pode ser feito na ausência do espaço, forma de recepção do 
fenômeno externo, por onde o que me afeta é de pronto representado. Justopelo fato de que o tempo (com o múltiplo 
nele contido) só pode ser expresso por meio do espaço, tem-se então, de um lado, cumprida a exigência de uma 
imagem para as representações, e, de outro, garantida sua realidade objetiva. Tendo de traçar em pensamento, 
tenho ainda de determinar espacialmente o próprio tempo, e, com ele, o múltiplo a priori. Com isso, relacionado ao 
produto podemos afirmar: 
R: o produto da determinação do múltiplo interno é, por fim, a própria imagem do objeto afetante, que tanto deve estar no 
intelecto quanto na sensibilidade. 
QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 04 
 Na Crítica da Razão Pura, Kant incluiu uma Dialética Transcendental, como uma divisão da Lógica Transcendental, 
segundo um plano em que as duas disciplinas lógicas, analítica e Dialética, mantinham funções claramente distintas. 
Em termos explícitos, o melhor que se encontra na Crítica da Razão Pura para justificar o contributo sistemático da 
Dialética Transcendental para o plano geral da razão é a afirmação de que: 
R: a Antinomia da razão pura fornece uma demonstração “indirecta” da tese fundamental da obra, ou seja, da idealidade dos 
fenômenos. 
 Segundo Kant a antinomia da razão é: 
R: somente de modo indireto o princípio estruturante de um sistema crítico da razão, e muito dos esforços filosóficos dos 
seus sucessores consistirá, consequentemente, em tornar produtiva e sistemática esta antinomia da razão. 
 Os Fundamentos da Doutrina da Ciência de 1794/1795 de Fichte partem de uma primeira oposição entre a auto 
posição incondicionada do eu, a oposição deste a um não-eu e a resolução desta oposição na categoria da limitação 
recíproca. Fichte entende expor, a partir de oposições sucessivamente derivadas da oposição primeira entre eu e 
não-eu, categorias teóricas como realidade, negação e limitação, todo e partes, causalidade, substancialidade e ação 
recíproca, o espaço e o tempo, a sensação e a representação, e também categorias práticas como a idealidade, o 
anseio ou o esforço. Este sistema das condições da experiência e da consciência constitui uma lógica transcendental, o 
que significa que: 
R: reapresenta um grande número de características e faculdades humanas não como propriedades de um ente determinado, 
o “homem”, mas na qualidade de funções ou condições cognoscitivas. 
 Após a acusação de ateísmo lançada contra Fichte em 1799, este viu-se sujeito a uma crítica violenta por parte de 
quase todos os principais pensadores da época, crítica que se dirigia ao cerne metodológico da sua filosofia, isto é, o 
ponto de vista da subjetividade transcendental por ele assumido. Este ponto de vista era acusado de se remeter à 
reflexão subjetiva, sem qualquer perspectiva de acesso a um sistema real da razão. Fichte passou então a entender a 
sua Doutrina da Ciência como envolvendo também uma teoria crítica da filosofia do absoluto e da filosofia da 
natureza, cujo principal proponente foi, a partir de 1801, Schelling. Segundo este último, o sistema da filosofia 
contém duas partes. Quais são elas? 
R: filosofia transcendental e a filosofia da natureza 
 A liberdade é a capacidade específica do homem de perverter a ordenação ontológica própria entre fundamento e 
existência. A desordem tornada possível pela liberdade humana e realizada como o mal tem consequências 
sistemáticas. A forma de oposição vital e de processo de superação real, segundo Schelling: 
R: “Sem oposição não há vida. O mesmo se passa no homem e em qualquer existente. Também em nós há um racional e 
um irracional. Qualquer coisa, para que se possa manifestar, carece de algo que sensu strictu, não é ela mesma.” 
QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 05 
 O século XIX marca não só o triunfo do liberalismo europeu, ligado ao direito natural, que considera a natureza 
humana como base da própria lei natural, cuja única realidade é a liberdade do homem; marca também o triunfo do 
cientificismo, que reconhece uma só natureza material, que engloba e explica o mundo dos valores e o mundo dos 
fatos. O liberalismo afirmava que: 
R: o desenvolvimento moral, cultural, econômico e político da sociedade só seria alcançado pelo livre desenvolvimento do 
espírito e das faculdades do indivíduo. 
 A pouco e pouco, a tendência da ciência e do pensamento político-social centra-se no empirismo e reduz a autoridade 
do racionalismo, que sustentava a primazia da razão, da capacidade de pensar, em relação ao sentimento e à 
vontade. Passa então o positivismo a dominar o pensamento típico do século XIX, como método e como doutrina. 
Tendo estas características, podemos afirmar: 
R: Como método, embasado na certeza rigorosa dos fatos de experiência como fundamento da construção teórica; como 
doutrina, apresentando-se. Como revelação da própria ciência, ou seja, não apenas regra por meio da qual a ciência chega a 
descobrir e prever, isto é, saber para prever e agir. 
 Augusto Comte usa o termo filosofia na acepção geral que lhe davam os antigos filósofos, particularmente 
Aristóteles, como definição do sistema geral do conhecimento humano; e o termo positiva designa, segundo ele: 
R: o real frente ao quimérico, o útil frente ao inútil, o certo frente ao incerto, o preciso frente ao vago, o relativo frente ao 
absoluto, o orgânico frente ao inorgânico, e o simpático frente à intolerância. 
 O Estado Positivo é, pois, o termo fixo e definitivo em que o espírito humano descansa e encontra a ciência. As 
sociedades evoluem segundo essa lei, e os indivíduos, em outro plano, também realizam a mesma evolução. Partindo 
do princípio de que o objeto da ciência é só o positivo, isto é, o que pode estar sujeito ao método da observação e da 
experimentação, Augusto Comte só reconhece as ciências experimentais ou positivas, que tratam dos fatos e das suas 
leis. Distingue, assim, as ciências abstratas das concretas. As ciências abstratas, que são fundamentais, formam seis 
grupos e, dispostas na sua ordem hierárquica, quais são eles? 
R: matemática, astronomia, física, química, biologia e sociologia. 
 Segundo Comte, a sociedade possui um ritmo evolutivo incompatível com a revolução violenta. Deste modo, concebe-
a sempre em termos harmônicos. Para ele, a sociedade reflete os diversos estados da vida de um homem; dessa 
forma, uma vez que os organismos não podem mudar bruscamente, senão através de uma evolução paulatina, 
também a sociedade está sujeita a esta norma de evolução. 
Partindo da ideia de que a natureza humana evolui segundo as leis históricas, embora em si mesma não ocorra 
nenhuma transformação, isto é, existe uma base perene no homem frente ao elemento cambiante da sociedade, 
Comte divide o estudo da estrutura social em dois campos principais: 
R: o estudo da ordem social, que ele denomina de estática social, e o estudo da evolução da sociedade, que recebe o nome 
de dinâmica social. 
QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 06 
 Aristóteles é um dos grandes responsáveis pela marginalização do pensamento de Heráclito sobre a 
contraditoriedade e o conflito. O princípio da identidade, perseguido por Aristóteles, estabelecia a fixação do ser: o 
que é, é e o que não é, não é. Já em Heráclito encontramos a ideia de movimento do pensamento, a ideia de 
contraditoriedade da vida, da natureza, do mundo: 
R: todas as coisas fluem e se alteram sempre, disse ele; mesmo na mais imóvel existe um invisível fluxo e movimento. 
 A atuação profissional na educação coloca a necessidade de conhecer os mais variados elementos que envolvem a 
prática educativa, a necessidade de compreendê-la da forma mais completa possível. No entanto, não se pode fazer 
isto sem um método, um caminho que permita, filosófica e cientificamente, compreender a educação. E, se a lógica 
formal, porque é dual, separando sujeito-objeto, foi se mostrando 
insuficiente para esta tarefa, parece possível buscar, no método materialista histórico dialético, este caminho.É 
preciso esclarecer, porém, que o ponto de vista a partir do qual a dialética marxista é aqui tratada é a educação e o 
ponto a partir do qual a educação é tratada, aqui, é o pensamento marxista. Portanto: 
R: são de e para educadores as análises das ideias marxistas como paradigmas de interpretação da realidade 
 Karl Marx, alemão, filósofo, economista, jornalista e militante político, viveu em vários países da Europa no século 
XIX de 1818 a 1883. Na busca de um caminho epistemológico, ou de um caminho que fundamentasse o conhecimento 
para a interpretação da realidade histórica e social que o desafiava, superou (no sentido de incorporar e ir além) as 
posições de Hegel no que dizia respeito à dialética e conferiu-lhe um caráter materialista e histórico. Para o 
pensamento marxista, importa descobrir. 
R: as leis dos fenômenos de cuja investigação se ocupa; o que importa é captar, detalhadamente, as articulações dos 
problemas em estudo, analisar as evoluções, rastrear as conexões sobre os fenômenos que os envolvem. 
 Com a crise do socialismo real, sistema político, econômico e social fundamentado na também chamada teoria 
marxista, o Método tem sido bastante questionado em sua vitalidade, atualidade e até em sua possibilidade de 
continuar existindo como referencial teórico de compreensão da realidade. Não cabe aqui uma discussão sobre este 
problema, mas vale a pena observar que as interpretações marxistas da realidade econômica, social, política e 
cultural da sociedade capitalista moderna foram as interpretações mais completas e originais desta sociedade – 
reconhecida por muitos pensadores, inclusive aqueles que discordaram de suas ideias socialistas de organização 
social — e que, neste sentido, sobrevivendo à sociedade capitalista (com todas as suas modificações atuais), sobrevive, 
ainda, como a mais importante teoria de interpretação, conferindo atualidade e pertinência ao método materialista 
histórico dialético, que precisa, é claro, ser constantemente contextualizado. Isto posto, compreender o Método é 
instrumentalizar se para o conhecimento da realidade, no caso, a realidade educacional. O método materialista 
histórico-dialético caracteriza-se: 
R: pelo movimento do pensamento através da materialidade histórica da vida dos homens em sociedade, isto é, trata-se de 
descobrir (pelo movimento do pensamento) as leis fundamentais que definem a forma organizativa dos homens durante a 
história da humanidade. 
 Se a lógica dialética permite e exige o movimento do pensamento, a materialidade histórica diz respeito à forma de 
organização dos homens em sociedade através da história, isto é, diz respeito às relações sociais construídas pela 
humanidade durante todos os séculos de sua existência. E, para o pensamento marxista, esta materialidade histórica 
pode ser compreendida a partir das análises empreendidas sobre uma categoria considerada central: o trabalho. é 
preciso considerar que o conceito de trabalho em Marx não se esgota no conceito cotidiano de trabalho, na 
concepção do senso comum de trabalho que se aproxima da ideia de ocupação, tarefa, um conceito puramente 
econômico. O conceito de trabalho, categoria central nas relações sociais, tal qual o pensamento marxista o entende, 
é o conceito filosófico de trabalho, é a forma mais ampla possível de se pensar o trabalho. Nas análises marxistas 
acerca desta questão, de caráter mais filosófico do que econômico, encontramos que o trabalho é central nas relações 
dos homens com a natureza e com os outros homens porque esta é sua atividade vital. Isto quer dizer que: 
R: se o caráter de uma espécie se define pelo tipo de atividade que ela exerce para produzir ou reproduzir a vida, esta 
atividade vital, essencial nos homens, é o trabalho — a atividade pela qual ele garante sua sobrevivência e por meio da qual 
a humanidade conseguiu produzir e reproduzir a vida humana 
QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 07 
 Hermann Cohen (1842-1918) buscava um último axioma no qual todo o ser identificado com o pensamento pudesse 
ser derivado e explicado. Via tal princípio no vir-aser. A pesquisa sobre o fundamento, que o pensamento 
matemático deve seguir, em Cohen exerce um papel central. Chama atenção seu esforço para restaurar a filosofia 
com o status de uma teoria universal da ciência. A teoria do conhecimento de Cohen tem caráter duplo. Qual a 
alternativa que melhor explica estes lados? 
R: por um lado, busca um a priori irredutível, separando conhecimento de experiência, situando-o no puro pensamento; por 
outro, tenta conciliar o mundo das ideias da lógica pura com o pensamento de Heráclito sobre o devir. 
 Para entender a fenomenologia de Husserl, é preciso compreender como ele apresenta a estrutura da consciência 
como intencionalidade. Se todo o sentido e valor a dar ao Ser se baseiam em funções intencionais, com essa redução, 
o eu se manifesta como condição de possibilidade de ter em vista o mundo (fenômeno). Sob esse aspecto, a redução 
conduz ao eu como subjetividade. Assim, pela redução fenomenológica, chega-se, de maneira reflexiva, ao 
conhecimento do eu como fonte original de toda a certeza e de todo o saber e ter do mundo. Nesse sentido, todo o 
conhecimento filosófico fundamenta-se como: 
R: “conhecimento universal de si mesmo”. 
 O universo das percepções, das impressões sensíveis, de cada eu, segundo Husserl, adquire uma relação com o corpo 
(Leib) e seus membros como órgãos sensíveis, tornando-se ele mesmo algo “corpóreo”, mas não material. Todas as 
ampliações, que a experiência possível pode fazer, estão vinculadas ao sentido pré-dado pela apercepção do corpo, e 
este sentido é determinado pela corporeidade percebida com localização também percebida. O que é localizável não 
é tudo. Husserl define o corpo (Leib) pela consciência da identidade: como o corpo (Körper) pode mudar 
constantemente, o que significa que pode perder ou ganhar algo, também podem alterar-se os campos de percepção, 
isso só pode ser concebido como órgão da vontade. No campo da vontade surgem movimentos livres e mudanças que 
são únicas. De acordo a reflexão fenomenológica de Husserl, como era visto o outro? 
R: A reflexão fenomenológica de Husserl mostra o outro como outro, ou seja, como um eu-sujeito consciente não pode estar 
presente na minha consciência da mesma maneira como outros entes do mundo. Somente é dado como “apresentado” em 
seu corpo, numa apresentação que nunca encontra sua plenitude numa apresentação. Por isso, o outro é o estranho do eu. 
 Até certo ponto, a fenomenologia pode ser compreendida como explicação do que está implícito, desde o início, no 
conceito de intencionalidade da consciência. Essa orienta-se para a subjetividade absoluta que se constitui de 
maneira transcendental, que Husserl também designa como intersubjetividade transcendental ou vida 
transcendental. 
Todo o empenho intencional realiza-se na relação entre intenção vazia e plena. Assim o próprio conceito de 
intencionalidade é, em sua raiz, teleológico. E a teleologia da intencionalidade é uma teleologia da razão, ou seja, 
transforma a razão latente em razão patente. Já no início de A crise da humanidade europeia e a filosofia, Husserl 
afirma: 
R: “Nesta conferência quero ousar a tentativa de suscitar um novo interesse para o tão frequentemente tratado tema da crise 
europeia, desenvolvendo a ideia histórico-filosófica (ou o sentido teleológico) da humanidade europeia.” 
 Para entender a fenomenologia de Husserl, é preciso compreender como ele apresenta a estrutura da consciência 
como intencionalidade. Se todo o sentido e valor a dar ao Ser se baseiam em funções intencionais, com essa redução, 
o eu se manifesta como condição de possibilidade de ter em vista o mundo (fenômeno). Sob esse aspecto, a redução 
conduz ao eu como subjetividade. Assim, pela redução fenomenológica, chega-se, de maneira reflexiva, ao 
conhecimento do eu como fonte original de todaa certeza e de todo o saber e ter do mundo. Nesse sentido, todo o 
conhecimento filosófico fundamenta-se como: 
R: “conhecimento universal de si mesmo”. 
QUESTIONÁRIO – TEORIA DO CONHECIMENTO II – AULA 08 
 A tarefa principal da epistemologia consiste: 
R: na reconstrução racional do conhecimento cientifico, conhecer, analisar, todo o processo gnosiológico da ciência do 
ponto de vista lógico, linguístico, sociológico, interdisciplinar, político, filosófico e histórico. 
 Qual a preocupação de Piaget, relacionado a Epistemologia Genética? 
R: foi o estudo da constituição dos conhecimentos válidos, na elaboração de fatos, formalização lógico-matemática e 
controle experimental a qual chamou de psicogênese interdisciplinar. 
 Na era da positividade, vivemos o desfecho da Antropologia, a desintegração do homem. A Arqueologia proposta por 
Foucault visa: 
R: o fundamento das Ciências Humanas, o solo sobre o qual se constrói a Ciência. 
 Quais os problemas abordados pela Epistemologia? 
R: A Epistemologia aborda problemas lógicos, problemas semânticos, problemas gnosiológicos, problemas metodológicos, 
problemas ontológicos, problemas axiológicos, problemas éticos, problemas estéticos e problemas pedagógicos. 
 Em que consiste a Epistemologia Pedagógica? 
R: em ensinar aos alunos a pensar criticamente, ir além das interpretações literárias e dos modos fragmentados de 
raciocínio. Aprender não apenas a compreender, mas ter acima de tudo a capacidade e competência de problematizar 
dialeticamente a teoria e a práxis educacional. 
ENADE – TEORIA DO CONHECIMENTO II 
 “DOGMATIKÓS, EM GREGO, SIGNIFICA „O QUE SE FUNDA EM PRINCÍPIOS‟, OU AQUILO QUE É „RELATIVO A UMA 
DOUTRINA‟. DOGMATISMO É A DOUTRINA SEGUNDO A QUAL É POSSÍVEL ATINGIR A CERTEZA.” ARANHA, M. L. DE A.; 
MARTINS, M. H. P. FILOSOFANDO: INTRODUÇÃO À FILOSOFIA. 3. ED. SÃO PAULO: MODERNA, 2003, P. 54. SOBRE AS 
DIFERENTES FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DO DOGMATISMO, ASSINALE O QUE FOR CORRETO. 
R: A metafísica tradicional, por acreditar que poderia progredir sem uma crítica da razão, foi considerada, por Immanuel 
Kant, dogmática. 
 [TEXTO DA QUESTÃO] 
PLACEDEMÔNIO PEDARETE APRESENTA-SE PARA SER ADMITIDO AO CONSELHO DOS TREZENTOS; E RECUSADO; VOLTA 
SATISFEITO POR TER ENCONTRADO EM ESPARTA TREZENTOS HOMENS MAIS DIGNOS DO QUE ELE. SUPONHO QUE ESSA 
DEMONSTRAÇÃO ERA SINCERA; E DE SE ACREDITAR QUE ERA. EIS O CIDADÃO. 
UMA MULHER DE ESPARTA TINHA CINCO FILHOS NO EXÉRCITO E AGUARDAVA NOTÍCIAS DA BATALHA. CHEGA UM 
HILOTA; ELA PEDE-IHE, TRÊMULA, INFORMAÇÕES: ”VOSSOS CINCO FILHOS MORRERAM.” — VIL ESCRAVO, PERGUNTEI-
TE ISSO? — ”ALCANÇAMOS A VITÓRIA!” A MÃE CORRE AO TEMPLO, ONDE RENDE GRAÇAS AOS DEUSES. EIS A CIDADÃ. 
ROUSSEAU, J. J. EMÍLIO OU DA EDUCAÇÃO. SÃO PAULO: DIFUSÃO EUROPÉIA DO LIVRO, 1973 (ADAPTADO). 
 
TENDO COMO REFERÊNCIA O TEXTO APRESENTADO E A NOÇÃO DE VERDADEIRO CIDADÃO DESENVOLVIDA POR 
ROUSSEAU, AVALIE AS ASSERÇÕES A SEGUIR E A RELAÇÃO PROPOSTA ENTRE ELAS. 
I. Rousseau acredita que a educação realizada pelas boas instituições consegue desnaturalizar o homem e torná-lo 
um verdadeiro cidadão. 
PORQUE 
II. A natureza do homem é de grande violência e os instintos naturais precisam ser contidos pela educação, para que 
ele atinja a condição de civilidade. 
 
A RESPEITO DESSAS ASSERÇÕES, ASSINALE A OPÇÃO CORRETA. 
R: A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
 RELACIONE AS TEORIAS DOS CURRÍCULOS ÀS RESPECTIVAS PALAVRAS-CHAVE. 
 
1. TEORIA TRADICIONAL 
2. TEORIA CRÍTICA 
3. TEORIA PÓS-CRÍTICA 
 
( ) OBJETIVOS E METODOLOGIA 
 
( ) IDENTIDADE E MULTICULTURALISMO 
 
( ) SOCIOLOGIA E CURRÍCULO OCULTO 
 
ASSINALE A OPÇÃO QUE INDICA A RELAÇÃO CORRETA, DE CIMA PARA BAIXO. 
R: 1 – 3 – 2 
 NO PERÍODO MODERNO, EMERGIU UMA ESCOLA FILOSÓFICA QUE PÔS EM QUESTÃO AS CONCEPÇÕES INATISTAS E 
METAFÍSICAS DE CONHECIMENTO. PARA OS FILÓSOFOS PARTIDÁRIOS DESSA ESCOLA, O CONHECIMENTO É SEMPRE 
DECORRENTE DA EXPERIÊNCIA, JAMAIS PODENDO EXISTIR IDEIAS INATAS. O NOME DESSA CORRENTE FILOSÓFICA, BEM 
COMO O NOME DE UM DE SEUS FILÓSOFOS REPRESENTATIVOS SÃO, RESPECTIVAMENTE: 
R: Idealismo; Kant.

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