Essay Goi Peace

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Elisa dos Santos Vieira
Reframe
Not too long ago, maybe just a few weeks, I was released from work early. I don’t know if you didn’t notice or if you ignored it, but I was not having a good day, it was a bad day, actually. At one point I even went to the bathroom, because I didn’t want to be seen in the middle of a crisis. That day I came closer to suicide than at any other time. But I didn’t succeed, maybe because I lacked the courage, or because I realized that although I was tired and exhausted, I didn’t really want it. Since then, I have been reflecting more than usual on life, the meaning of it, you know? These questions have been in my thoughts for a long time, but they became more frequent after experiences like this.
I started asking myself this question almost instantly. What – in fact – is life? Some people treat it as superfluous, while others value every second. Everyone has their own way of living, based on their own experiences. With the arrival of the pandemic, one of the things I was most afraid of was losing the people I loved, and this brought me closer to them, and made me value their lives more. In this context, life means health. And this only reaffirms that the meaning of life is relative. Life constitutes our existence. It is everything that we experience. But it is not just about us human beings, life is, it exists in so many other things around us. From small plants to ferocious animals. Every little thing like that constitutes and harbors life. Because in general, life is living matter.
On that day, I realized something important, I didn’t know what life was, but even though I didn’t know, I didn’t want to intentionally interrupt it.
Before life was linked to health, or that definition I learned in elementary school that I don’t remember clearly. I am still not sure what it means, but if I were asked today to define life, I would define it in one word: to allow. To allow loving and to smile. To allow yourself to dream and play. To allow yourself to experience the small moments and gestures. To allow yourself to live.
Original in my native language (Portuguese)
Ressignifique
Não faz muito tempo, talvez só algumas semanas, eu fui liberada do trabalho mais cedo. Não sei se não perceberam ou se ignoraram, mas eu não estava em um bom dia, era um péssimo dia na verdade. Teve um momento que eu cheguei a ir ao banheiro, porque não queira que me vissem no meio de uma crise. Naquele dia, eu cheguei mais perto do suicídio que em qualquer outro momento. Mas eu não consegui, talvez por falta de coragem, ou por perceber que embora eu estivesse cansada e esgotada, eu não queria aquilo de fato. Desde então venho refletindo mais que o normal sobre a vida, o significado dela sabe? Esses questionamentos existem a bastante tempo em meus pensamentos, mas se tornaram mais frequentes depois de experiências como essa.
Eu passei a me fazer essa pergunta quase que instantaneamente. O que – de fato – é a vida? Algumas pessoas tratam ela de forma supérflua, enquanto outras valorizam cada segundo. Cada um tem a sua forma de viver, com base nas experiências que vivenciaram. Com a chegada da pandemia uma das coisas que eu mais tinha medo era perder as pessoas que eu amava, isso me aproximou mais delas, e me fez valorizar mais a vida de cada uma. Nesse contexto, vida significa saúde. E isso só reafirma que o significado de vida é relativo. A vida constitui a nossa existência. É tudo aquilo que vivenciamos. Mas não se trata só sobre nós seres humanos, a vida está, ela existe em tantas outras coisas ao nosso redor. De pequenas plantas a ferozes animais. Cada pequena coisa dessas, constitui e abriga vida. Porque de um modo geral, vida é matéria viva.
Naquele dia, eu percebi uma coisa importante, eu não sabia o que era a vida, mas mesmo não sabendo, eu não queria interromper ela intencionalmente.
Antes a vida estava ligada a saúde, ou a aquela definição que aprendi no ensino fundamental da qual não me lembro com clareza. Eu ainda não tenho certeza sobre o que significa, mas se me pedissem hoje para definir a vida, eu definiria ela em uma única palavra: permitir. Se permitir amar e sorrir. Se permitir sonhar e brincar. Se permitir vivenciar os pequenos momentos e gestos. Se permitir viver.