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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
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Sumário 
Sumário ........................................................................................................... 2 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3 
1- O QUE É DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL? .................................... 4 
2 - HISTÓRICO E CONCEITO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .. 6 
3- DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES AS BASES DO DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTADO ......................................................................................................... 10 
4 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO E SUAS SUB- DIMENSÕES: 
ECONÔMICA, ECOLÓGICA, ESPACIAL, CULTURAL ........................................... 15 
 DIMENSÃO ECONÔMICA ................................................................... 15 
 DIMENSÃO ECOLÓGICA .................................................................... 16 
 DIMENSÃO ESPACIAL ........................................................................ 17 
 DIMENSÃO CULTURAL ....................................................................... 17 
5 – AS POLÍTICAS AMBIENTAIS PÚBLICAS NO BRASIL ........................... 18 
6 – INTERRELAÇÕES DA ECONOMIA E O MEIO AMBIENTE ................... 20 
 RESPONSABILIDADE SOCIAL E A SUSTENTABILIDADE ................ 22 
7 – IMPORTANTES OBSERVAÇÕES SOBRE O ASSUNTO ....................... 23 
 
 
 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
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1- O QUE É DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL? 
Este conceito surgiu durante a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, na qual foram discutidos meios de harmonizar o meio ambiente 
com o desenvolvimento econômico, tendo respeito ao meio ambiente. 
O esgotamento dos recursos naturais pode ser evitar a partir da tomada de 
consciência de sua importância, bem como de um planejamento estruturado para 
conservá-los. 
 Trata -se de equilibrar o ritmo de crescimento econômico e rever práticas 
com o objetivo de preservar recursos naturais imprescindíveis para a sobrevivência 
de gerações futuras. É preciso uma preocupação com a disponibilidade dos 
recursos naturais presentes para as gerações futuras, respeitando, ao mesmo 
tempo, o crescimento e desenvolvimento econômico. O estudo da relação entre 
homem e natureza para entender o que levou e desencadeou a preocupação com 
o desenvolvimento da sustentabilidade nas atividades humanas é de extrema 
importância. 
O ser humano se relaciona com a natureza sempre aconteceu de forma 
bastante discrepante: de um lado o homem, com toda a sua inteligência 
gananciosa, tentando alimentar os seus desejos de consumo e conforto; do 
outro, a natureza, com toda a sua exuberância e riqueza, fonte para todas as ações 
humanas. 
No estudo da existência do planeta Terra, pode-se ter uma ideia da 
extensão dos períodos das transformações que permitiram a existência do ser 
humano hoje. Muito foi destruído e criado até chegar ao estágio atual. A ocupação 
humana teve impacto na biosfera e na disponibilidade dos recursos naturais. 
Um ponto preocupante dessa inter-relação é o uso exacerbado dos recursos, 
causando problemas ambientais ocorreu com o surgimento das cidades e a 
satisfação das necessidades dos homens, sempre utilizando os recursos ambientais. 
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A história das cidades e da civilização é longa. Estima-se que as primeiras 
cidades teriam surgido entre quinze e cinco mil anos atrás. A nossa sociedade tem 
vivido, atualmente, uma gama de problemas decorrentes diretamente da sua 
forma de tratar e se relacionar com a natureza. 
O uso não consciente conduziu o homem a explorar intensamente os 
recursos disponíveis na natureza esquecendo que grande parte deles, além de 
não serem renováveis, quando retirados da natureza em quantidades excessivas, 
deixam na mesma uma lacuna, às vezes irreversível, cujas consequências são 
sentidas em gerações posteriores, principalmente em relação às mudanças 
climáticas. 
A Revolução Industrial, movimento que teve início na Inglaterra a partir da 
segunda metade do século XVIII, deu origem a um conjunto de mudanças 
tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo nos âmbitos econômico 
e social. Ao longo do processo, a era agrícola foi superada, a máquina foi 
substituindo o trabalho humano. Dessa forma, uma nova relação entre capital e 
trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o 
fenômeno da cultura de massa, por exemplo. 
Devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a 
acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor, 
essa transformação foi possível. Com isso o capitalismo tornou-se o sistema 
econômico vigente. O volume de produção aumentou extraordinariamente: a 
produção de bens deixou de ser artesanal e passou a ser maquino-faturada. 
 Com o advento da Revolução Industrial, as populações passaram a ter 
acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em 
busca de trabalho fácil e abundante. Assim, também, as fábricas passaram a 
concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em 
troca de um salário. Antes, o progresso econômico era sempre lento (levou séculos 
para que a renda per capita aumentasse sensivelmente) e, após, a renda per 
capita e a população começaram a crescer de forma acelerada nunca antes 
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vista na história. Por exemplo, entre 1500 e 1780, a população da Inglaterra 
aumentou de 3,5 milhões para 8,5; já entre 1780 e 1880, ela saltou para 36 
milhões, devido à drástica redução da mortalidade infantil. 
As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez 
mais numerosos e mais importantes com a Revolução Industrial. A maneira 
como as populações vivem nos países que foram industrializados se alterou 
drasticamente. Por volta de 1850, na Inglaterra, pela primeira vez em um grande 
país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. 
Haviam aglomerações nas cidades e em subúrbios de casas velhas e 
desconfortáveis, se comparadas com as habitações dos países industrializados hoje 
em dia. O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês: 
tarefas monótonas e repetitivas. A vidana cidade moderna significava mudanças 
incessantes. 
Atualmente estão surgindo novos hábitos, gostos, produtos e com isso, 
necessidade de se fazer adaptações. Com esse objetivo, algumas conferências 
foram realizadas na tentativa de se desenvolver conceitos e decidir medidas 
para melhorar a qualidade de vida e tentar manter a sustentabilidade. Surgiram 
também organizações não governamentais interessadas em defender a causa da 
sustentabilidade. 
2 - HISTÓRICO E CONCEITO DO DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL 
Este tema é recorrente nos últimos anos, dada sua preocupação sobe o 
aspecto econômico que a escassez das energias não renováveis proporciona, 
ou mesmo pelo despertar da consciência humana a respeito da necessidade de 
preservação do planeta para as gerações vindouras. A partir do conceito básico de 
desenvolvimento sustentável, cujo objetivo principal é o de se obter um 
desenvolvimento que seja ao mesmo tempo eficaz e que não venha a 
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comprometer as gerações futuras. Em algumas atividades podem trabalhar sob 
pressão, levando-os à situação de estresse. 
Atualmente, a geração de energia, principalmente elétrica, oriunda de 
fontes renováveis vem despertando o interesse de vários países, por se tratar 
de uma forma de obtenção mais barata e que não agride o meio ambiente. Por conta 
das modernas tecnologias que possibilitam maior escala de economia, essa 
forma “limpa” de obtenção de energia pode se mostrar bastante competitiva. O 
homem vem explorando os recursos naturais desde a época pré-histórica e depois 
essa exploração aumentou com a revolução industrial, chegando aos dias atuais. 
 Quando utilizadas para geração de energia, as fontes renováveis auxiliam 
na diminuição da exploração dos recursos esgotáveis ou não renováveis, pois 
realizam uma exploração sustentável; assim também, com a exploração 
harmônica de fontes renováveis, pode-se cuidar de ecossistemas que são 
impactados negativamente pela geração de substâncias poluentes emitidas no 
meio ambiente quando são transformados em energias úteis para o homem, 
como alguns recursos não renováveis, como petróleo, carvão e gás. 
Considerando os recursos naturais, podemos dizer que os recursos não 
renováveis, além de estarem em processo de esgotamento, são os que mais 
provocam impactos negativos trazem para a natureza, já que sua exploração 
exige tecnologias especiais para extração, muitas vezes de alto custo, em virtude 
das condições de obtenção cada vez mais remotas, além de emitirem mais 
poluentes. Geralmente, seu transporte também costuma oferecer riscos extras, 
como, por exemplo, caso do petróleo. 
Alguns recursos não renováveis, depois de serem utilizados, são ainda 
uma grande ameaça poluente, como é o caso dos resíduos radioativos 
provenientes de energia nuclear. Nos dias de hoje, os níveis de contaminação 
por poluentes oferecem grande preocupação; na geração de energia elétrica, as 
emissões de dióxido de carbono são, quando se utilizam os seguintes recursos, 
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da ordem de: carvão natural, 980 g/kWh; óleo combustível, 818 g/kWh e gás, 
430 g/kWh aproximadamente. 
Esses poluentes gerados contribuem fortemente para o e feito estufa e a 
destruição da camada de ozônio. A responsabilidade pela adoção de medidas para 
reduzir os pontos negativos é das autoridades públicas. Também lhes é conferido a 
responsabilidade pela gestão dos recursos naturais, no combate à pobreza e à 
exclusão social. 
Essa ideia procura conciliar a necessidade de desenvolvimento econômico 
da sociedade com a promoção do desenvolvimento social e com o respeito ao 
meio ambiente, que atualmente é um tema indispensável na pauta de discussão 
das mais diversas organizações, e nos mais diferentes níveis de organização 
da sociedade, como nas discussões sobre o desenvolvimento dos municípios 
e das regiões, correntes no dia a dia de nossa sociedade. 
O desenvolvimento sustentável é aquele preocupado com a 
disponibilidade dos recursos naturais hoje para que estejam garantidos para as 
gerações futuras. A adoção de uma ou outra linha de divisão do desenvolvimento 
sustentável depende do contexto. Assim, não só os aspectos ecológicos, mas 
também outros importantes devem ser considerados no contexto das atividades 
humanas para o desenvolvimento sustentável. 
É importante frisar que o desenvolvimento sustentável visa conciliar 
Desenvolvimento econômico – que é o desenvolvimento de riqueza material 
dos países ou regiões, assim como o bem-estar econômico de seus habitantes 
–; desenvolvimento social – que consiste na evolução dos componentes da 
sociedade (capital humano) e na maneira como estes se relacionam (capital 
social) – e preservação ambiental – que é minimizar a utilização dos bens ambientais 
(recursos naturais), conservando-os o máximo possível. 
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Vários estudiosos sobre o assunto afirmam que todo desenvolvimento é 
social, acrescentando que sem a alteração do capital social e do humano não 
há desenvolvimento. 
É importante frisar que o desenvolvimento sustentável visa conciliar 
Desenvolvimento econômico – que é o desenvolvimento de riqueza material 
dos países ou regiões, assim como o bem-estar econômico de seus habitantes 
–; desenvolvimento social – que consiste na evolução dos componentes da 
sociedade (capital humano) e na maneira como estes se relacionam (capital 
social) – e preservação ambiental – que é minimizar a utilização dos bens ambientais 
(recursos naturais), conservando-os o máximo possível. 
Existem cinco dimensões do que se pode chamar desenvolvimento 
sustentável, a saber: 
A dimensão social, que é entendida como a criação de um processo de 
desenvolvimento sustentado por uma civilização com maior equidade na 
distribuição de renda e de bens, de modo a reduzir o abismo entre os padrões 
de vida dos ricos e dos pobres. 
A dimensão econômica deve ser alcançada através do gerenciamento e 
alocação mais eficiente dos recursos e de um fluxo constante de investimentos 
públicos e privados. 
 A dimensão ecológica deve e pode ser alcançada com o aumento da 
capacidade de utilização dos recursos, limitação do consumo de combustíveis 
fósseis e de outros recursos e produtos que são facilmente esgotáveis, redução 
da geração de resíduos e de poluição por meio da conservação de energia, 
de recursos e da reciclagem. 
A dimensão espacial deve ser dirigida para a obtenção de uma 
configuração rural-urbana mais equilibrada e uma melhor distribuição territorial 
dos assentamentos humanos e das atividades econômicas. 
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A dimensão cultural inclui a procura por raízes endógenas de processos 
de modernização e de sistemas agrícolas integrados, que facilitem a geração 
de soluções específicas para o local, o ecossistema, a cultura e a área. 
A construção do conceito de sustentabilidade é um processo em andamento e 
longe do final. 
No momento atual, as instituições estão cada vez mais preocupadas em 
atingir e demonstrar um desempenho mais satisfatório em relação ao meio 
ambiente. Considerando este panorama, a gestão ambiental tem se configuradocomo uma das mais importantes atividades em qualquer empreendimento. A 
problemática ambiental envolve também o gerenciamento dos assuntos 
pertinentes ao meio ambiente, por meio de sistemas de gestão ambiental, da 
busca pelo desenvolvimento sustentável, da análise do ciclo de vida dos 
produtos e da questão dos passivos ambientais 
 
3- DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES AS BASES DO 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO 
 
Após a problemática da relação entre homem e natureza, ocorreram 
conferências, agendas e criação de leis importantes na tentativa de reverter os 
problemas causados e anteriormente demonstrados. 
Com a intenção de introduzir a ideia do desenvolvimento sustentável, um 
modelo de crescimento econômico menos agressivo para o meio ambiente, foi 
realizada, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (CNUMAD), também conhecida como ECO 92 no ano de 1992, no 
Rio de Janeiro. Este evento contou com representantes de 175 países e de 
organizações não governamentais (ONGs) Essa conferência foi considerada o 
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evento ambiental mais importante do século XX, pois foi a primeira grande 
reunião internacional realizada a pós o fim da Guerra Fria. 
A Agenda 21 é um dos mais importantes documentos referentes ao meio 
ambiente e foi gerado na reunião de 178 nações na Conferência das Nações 
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992. As 
dimensões da sustentabilidade são parte do conteúdo da Agenda 21 global, 
modelo para que os países a aplicassem e escrevessem também sua agenda 
21 nacional e local. Todas essas dimensões que formam parte de um 
desenvolvimento sustentável são mostradas por pesquisadores e governantes. 
O Protocolo de Kyoto foi um tratado resultante de uma série de eventos 
e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança 
Climática (UNFCCC) na ECO-92 no Rio de Janeiro. É baseado em um tratado 
internacional no qual as nações signatárias assumem compromissos mais 
rígidos com o objetivo de reduzir a emissão dos gases que provocam o efeito 
estufa como dióxido de carbono, enxofre etc. Esses gases são considerados, de 
acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento 
global. 
Em 1997 esse documento foi discutido e negociado em Kyoto no Japão. 
Foi aberto para assinaturas em 16 de março de 1998 com ratificação em 15 
de março de 1999. Entrou em vigor oficialmente em 16 de fevereiro de 2005. 
No tratado do Protocolo de Kyoto, um calendário é proposto pelo qual 
os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a quantidade de gases 
poluentes em, pelo menos, 5,2% até 2012. 
Os países signatários teriam que colocar em prática planos para reduzir a 
emissão desses gases entre 2008 e 2012. A ideia é de que a redução das 
emissões de gases ocorra em diversas atividades econômicas e que os países 
participantes estejam abertos a cooperarem entre si. 
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Entre essas atividades podemos citar: melhoria dos setores de energia e 
transportes, respeitando a sustentabilidade; estímulo para o uso de e fontes de 
energia renováveis; priorização dos mecanismos financeiros e de mercado que 
estejam de acordo com os objetivos da convenção; gerenciamento de resíduos e 
controle das emissões de metano; política agressiva de proteção de florestas e 
sumidouros de carbono. 
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL, é um dos mecanismos 
de flexibilização criados pelo Protocolo de Kyoto, tem por objetivo auxiliar o 
processo de redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE) ou de captura 
de carbono (ou sequestro de carbono). 
Os países que têm metas em relação ao Protocolo de Kyoto estão divididos 
em dois subgrupos: (1) aqueles países que necessitam diminuir suas emissões 
e, portanto, podem tornar-se compradores de créditos provenientes do MDL, 
como a Alemanha, Japão, Holanda; e (2) os países que estão em transição 
econômica e por isso podem ser anfitriões de projetos do tipo Implementação 
Conjunta (que é outro mecanismo do Protocolo de Kyoto), como a Ucrânia, 
Rússia, Romênia etc. 
O objetivo é dar apoio aos países em desenvolvimento para que possam 
implementar projetos de redução o u captura de emissão de gases causadores do 
efeito estufa, obtendo os Certificados de Emissões Reduzidas (CERs). 
Sobre o calor o protocolo de Kyoto apresenta uma peculiaridades 
interessantes: os países desenvolvidos estão obrigados a perseguir um corte 
de 5% das emissões de dióxido de carbono e os que são considerados em 
desenvolvimento (Brasil e Índia, por exemplo) têm que diminuir as emissões 
quanto for possível mas sem limites preestabelecidos. As empresas de países 
industrializados estão autorizadas a financiar o desenvolvimento “limpo” em países 
de terceiro mundo. 
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Existem várias áreas e projetos dos países de terceiro mundo que podem 
ser investidos. Em média, cada 6 dólares investidos nesses projetos permitem 
à empresa produzir 1 tonelada a mais de dióxido de carbono. Isso pode gerar 
grandes negócios para as empresas brasileiras, que não irão mais encarar os 
projetos ambientalistas como uma obrigação que só gera prejuízo. 
 Mesmo fora do Protocolo de Kyoto, mu itas empresas nos Estados 
Unidos estão preocupadas com o perigo que representa o aquecimento global 
e, dessa forma, já adotam medidas para reduzir suas emissões de dióxido de 
carbono ou a de seus produtos. Alguns exemplos de empresas são mencionados a 
seguir: a General Motors, investiu milhões de dólares no desenvolvimento de 
veículos movidos a hidrogênio; a General Eletric, por exemplo, conta com uma 
divisão de energia eólica; a American Electric Power, a maior distribuidora de 
eletricidade do país, decidiu adotar as normas do tratado e comprometeu-se a 
reduzir suas emissões de dióxido de carbono em 10% até 2006; desafiando a 
posição da Casa Branca, o governo do estado de Massachusetts anunciou um 
plano de diminuir suas emissões em 10% até 2020. 
Na União Europeia, que é a maior defensora do Protocolo, seus países 
estabelecem cotas de redução de emissões ainda mais ambiciosas do que as 
definidas pelo acordo: a Inglaterra acredita em um índice de redução de 60% até 
2050. 
Mesmo com uma mobilização mundial em torno do controle do dióxido de 
carbono, é grande a comunidade de cientistas que não acredita na causa. Eles 
se dividem em dois grupos: o primeiro considera que o aquecimento global 
simplesmente não constitui ameaça alguma, sendo apenas mais uma das 
alterações que ocorrem no clima do planeta de tempos em tempos e que o 
dióxido de carbono possivelmente tem pouca influência no fenômeno. E ainda 
que o aquecimento venha no futuro a alterar substancialmente o clima e a vida 
na Terra, a humanidade já disporá de tecnologia adequada para anular seus efeitos. 
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 O outro grupo de pesquisadores descarta o Protocolo de Kyoto, uma vez 
que considera seus resultados, mesmo a longo prazo, serão ínfimos e que os 
recursos utilizados para reduzir as emissões de dióxido de carbono – algo entre 
150 bilhões e 350 bilhões de dólares por ano – seriam muito mais bemempregados no combate a males do mundo moderno, como a pobreza, a fome 
e as epidemias. 
Em síntese, é possível apontar que, o aquecimento global, ligado as práticas 
dos humanos, provocam grandes modificações no clima, como furacões, 
derretimento das geleiras, formação de novos desertos em regiões hoje férteis, 
cidades litorâneas seriam inundadas pela elevação do nível dos oceanos, entre 
outros. 
Conhecida como Rio+10 ou Cúpula da Terra II, foi realizada em 2002 
pela ONU, em Johannesburg, na África do Sul, a Cúpula Mundial sobre 
Desenvolvimento Sustentável, tendo como um de seus principais objetivos discutir 
os avanços alcançados pela Agenda 21 e os outros acordos firmados na Cúpula de 
1992, na ECO-92. 
 A partir dessa cúpula, surgiram dois documentos: a) o Plano de 
Implementação; b) a Declaração de Johannesburg. A Declaração de Johannesburg 
afirma e relembra compromissos firmados entre os países em 37 parágrafos e 
elenca desafios que foram e são enfrentados p elas diversas nações 
representadas, reafirmando o compromisso com o desenvolvimento sustentável. 
Esse documento confirma as responsabilidades assumidas pelos países em 
37 parágrafos e elenca desafios que foram e são enfrentados p elas diversas 
nações representadas, reafirmando o compromisso com o desenvolvimento 
sustentável. Enquanto em alguns pontos o plano parece ter atendido às 
expectativas, ou pelo menos, dado uma luz à questão; em outros ele foi, no 
mínimo, vago ao não estipular prazos e metas. Sendo assim, a Cúpula de 
Johannesburg e o “Plano de Ações” não agradou a todos, principalmente às ONGs 
ambientais que participaram do evento. 
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4 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO E SUAS SUB- 
DIMENSÕES: ECONÔMICA, ECOLÓGICA, ESPACIAL, CULTURAL 
 
 DIMENSÃO ECONÔMICA 
Esta dimensão se define como uma progressiva alteração do sistema 
produtivo e de seus padrões qualitativos e quantitativos, mediante uma gestão 
eficiente dos recursos, fornecidos por um fluxo regular de investimentos públicos 
e privados, levando à sociedade a melhoria econômica sustentável. 
A qualificação do processo de gestão mais eficaz refere-se ao aproveitamento 
sem prejuízo do ecossistema. Esse prejuízo para o meio ambiente poderia 
acontecer em virtude de desastres ou impactos negativos ao mesmo, ou por 
prejuízos econômicos, em horizonte de médio ou longo prazo. 
 Um recurso importante na economia dos países é a energia elétrica, sendo o 
energético que movimenta grande parte da indústria e comércio do Brasil. 
O serviço elétrico brasileiro precisa de constantes iniciativas de investimento 
de capital estrangeiro e nacional, visando abrir novos negócios; e esses novos 
negócios são a busca de utilização de novas fontes de geração como a eólica 
(ventos), biomassa, fotovoltaica (luz solar), entre outras renováveis, que ainda 
têm percentagens de utilização relativamente baixas. 
A sustentabilidade econômica é alcançada da alocação e distribuição dos 
recursos naturais dentro de uma escala apropriada. É um mundo, e m termos 
de estoques e fluxos de capital, no qual estão incluídos o capital humano, 
ambiental ou natural e o capital social. A distribuição estará associada à divisão 
dos recursos entre as pessoas, e as quantidades que correspondam a cada 
um dependerão da escala. 
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No setor elétrico sobre a elaboração de projetos com o objetivo de ampliar ou 
instalar novas fontes de geração de energia, não somente deve-se avaliar os 
aspectos macroeconômicos em função da eficiência da operação e retorno dos 
investimentos, mas também alterar ou suplantar os modelos tradicionais que 
medem crescimento e desempenho da economia com modelos de indicadores 
que incorporem a variável ambiental. Existe, atualmente, a tendência de avaliar 
projetos também em função dos impactos ambientais. 
 
 DIMENSÃO ECOLÓGICA 
A fonte primária de recursos utilizados em processos de produção de bens 
e serviços é o capital natural, e este deve ser usado tendo-se em mente a 
minimização e anulação dos danos ocasionados à natureza, porque é a base 
sobre a qual está assentada a espécie humana. Os âmbitos em que os recursos 
naturais estão localizados são o solo, o mar e o ar. Os três são poluídos pelos 
processos industriais, armazenando todos os resíduos tóxicos que afetaram os 
seres vivos: homens, animais e plantas. 
A dimensão ecológica é ampliada através do uso dos recursos potenciais 
dos ecossistemas, com propósitos socialmente válidos, ocasionando um mínimo 
de dano e limitando o consumo de combustíveis fósseis e produtos facilmente 
esgotáveis, substituindo-os por recursos renováveis. 
A geração de energia elétrica ocasiona emissão de agentes poluentes que 
por sua vez provocam mudanças no ecossistema. Considerando essa questão, os 
principais causadores de poluição são as usinas termoelétricas, que precisam 
da combustão de um hidrocarboneto. Os mais utilizados são os derivados do petróleo 
e gás, como também o carvão mineral; todos liberam gases que impactam 
negativamente o meio ambiente. 
Usinas hidrelétricas também ocasionam danos aos ecossistemas, porque 
elas são causadoras de grandes mudanças nos lugares em que são construídas 
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as barragens e os reservatórios; usinas nucleares não poluem o meio ambiente 
durante seu funcionamento, porém, depois da vida útil do material radioativo – 
quando não descartado adequadamente –, podem gerar um grande impacto à 
natureza. 
 
 DIMENSÃO ESPACIAL 
 
Os processos produtivos necessitam de espaço físico para desenvolver-se, 
tanto sobre a terra quanto no mar. De fato, quando há uma boa distribuição 
dos espaços para as atividades produtivas e econômicas, com as atividades dos 
homens, dos animais e das plantas, sem alterar sua condição de vida, pode-se 
dizer que o equilíbrio espacial existe. 
Geralmente quando ocorre a concentração de atividades econômicas dentro 
de um centro urbano, quebra-se a passividade e a qualidade de vida dos seres 
vivos que o habitam. A dimensão espacial deve equilibrar uma melhor 
distribuição territorial de assentamentos humanos e atividades econômicas. Nos 
diferentes tipos de geração de eletricidade, observam-se alterações do espaço 
onde estão localizadas as máquinas e os recursos em geral, que permitem o 
funcionamento das usinas. 
 
 DIMENSÃO CULTURAL 
 
Esta dimensão está num processo de modernização, sem quebra da 
entidade cultural dentro do contexto do ambiente em que se desenvolvem as 
atividades econômicas. Busca raízes endógenas dos modelos de modernização, 
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mantendo a diversidade local e capacita a sociedade na base dos valores de 
tradição e ética, para que sejam transmitidos para todas as gerações. 
É possível afirmar que as dimensões são as variáveis que medem a 
sustentabilidade de todo processo produtivo e asseguram que o significado de 
desenvolvimento sustentável seja abordado em sua totalidade. Podemos relacionar, 
também, a dimensão social do desenvolvimento sustentável, que consiste em 
propiciar um relacionamento mais a fundo com as populações influenciadas por 
umadeterminada produção ou exploração 
5 – AS POLÍTICAS AMBIENTAIS PÚBLICAS NO BRASIL 
Na década de 30 o Estado brasileiro sancionou leis importantes sobre as 
questões ambientais no pais a saber: 
 Código de Caça: dispõe principalmente acerca da proteção à 
fauna brasileira; 
 Código Florestal: instituiu as florestas brasileiras como sendo 
bens de interesse comum a todos os habitantes do país; 
 Código de Minas: regulamenta todas as atividades de extração 
de minerais no Brasil; 
 Código de Águas: regulamenta o uso da água, bem como todo 
o seu aproveitamento como energia hídrica. 
Foram promulgadas também leis que versam sobre o uso de recursos 
naturais, departamentos nacionais como os de Energia Elétrica e de Recursos 
Naturais (considerado como o mais importante em termos de políticas públicas 
para o meio ambiente) foram criados nesse mesmo período. 
Contudo, se por um lado o poder público começava a se mobilizar com 
as causas ambientais, por outro lado a poluição dos rios e do ar ainda era 
considerada, pelo próprio governo brasileiro, como sendo produtos naturais e 
inevitáveis de um país em desenvolvimento, banalizando, assim, toda a 
problemática já instalada. 
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Esse foi o pensamento até os problemas ambientais se tornarem amplos 
ao ponto de tomarem dimensões planetárias. Somente em 1980, o Brasil passa 
a perceber que os problemas ambientais são interdependentes, e, dessa forma, 
demandam políticas de solução. Ações isoladas já não eram vistas como 
eficazes e a legislação federal passa a contemplar problemas específicos como 
degradação do solo, preservação de reservas ecológicas e disposição de 
resíduos sólidos. 
Dentre essas leis, podemos citar: Lei nº 6.803/1980 sobre diretrizes básicas 
para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição; Lei nº 6.766/1981 que 
cria as estações ecológicas; Lei nº 6.902 de 02/07/1981 dispõe sobre a criação de 
reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental. 
A Lei n° 6.9 38/1981 promoveu uma renovada Política Nacional do Meio 
Ambiente, trazendo modificações acerca da interação das ações públicas 
governamentais através de uma abordagem sistêmica. 
Se tornou marcante pois é a pioneira na questão de qualidade ambiental 
propícia à vida e ao desenvolvimento socioeconômico. Nesse mesmo ano, é 
criado o Sistema Nacional do Meio Ambiente, que considera o meio ambiente 
como patrimônio público, cuja proteção deve ser prioritária em vista do uso da 
coletividade. 
A constituição federal de 1988 é considerada como um marco sobre as 
questões ambientais. Esse marco legal leva em consideração a conservação do 
meio ambiente princípio indispensável que deve ser observado em qualquer 
atividade econômica. Outra novidade apresentada na CF de 1988 foi a 
incorporação do conceito de desenvolvimento sustentável. 
Outras importantes novidades apresentadas são: o estabelecimento do 
respeito ao meio ambiente; o estabelecimento de um aproveitamento racional dos 
recursos naturais; a inclusão de sítios arqueológicos como elementos do patrimônio 
cultural. Frise-se que a Constituição Federal de 1988 dedica um capítulo 
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exclusivamente às questões relacionadas ao meio ambiente, o que confirma a 
importância do assunto. 
 
6 – INTERRELAÇÕES DA ECONOMIA E O MEIO AMBIENTE 
De alguma forma, a economia e o meio ambiente se entrelaçam tornando-
se essenciais à sobrevivência da humanidade. As preocupações com o meio 
ambiente na atualidade exigem do cidadão maior conscientização e mudança de 
postura. Nesse novo cenário econômico, a postura dos clientes é caracterizada 
por uma rigidez e uma expectativa de interagir com empresas que tenham 
ética, boa imagem institucional no mercado e que sejam ecologicamente 
responsáveis, preocupadas com a preservação do meio ambiente. Devido à 
globalização da economia e à abertura dos mercados internacionais, o meio 
ambiente se torna uma preocupação mundial assim como a busca pelo equilíbrio 
entre homem e natureza, conciliar o progresso com o respeito ao meio ambiente. 
O desafio da economia é alocar recursos escassos de maneira a obter 
o maior benefício social a partir desses recursos. Com o surgimento das indústrias 
e da urbanização, ocorreu um aumento nos níveis de poluição ambiental se 
comparados com os níveis anteriores à era da industrialização, e os danos 
causados ao equilíbrio do meio ambiente deixaram de ser controláveis. Os 
problemas só se agravaram, com o êxodo rural (migração de pessoas do campo para 
a cidade) e com a falta de consciência e informação sobre o futuro das 
próximas gerações e, num primeiro momento, não havia soluções para amenizar 
o impacto da poluição causada pelo processo de industrialização. 
As cidades crescem a cada dia, assim como a população, o número de 
veículos e do uso de recursos naturais acarretam uma degradação do meio 
ambiente de forma alarmante. Entre os problemas, como já citados em capítulos 
anteriores, estão a poluição de rios e mares, animais ameaçados de extinção 
ou extintos, aumento da radiação solar, degradação e perda da qualidade do 
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solo, piora da qualidade de vida e da saúde das pessoas etc. Do ponto de vista 
econômico, percebe-se que a melhor forma de aperfeiçoar uma economia de 
mercado é através da competição. Ela proporciona a chance de se achar o 
que há de melhor no mercado, sendo mão de obra especializada, matéria-
prima, tecnologia etc. Percebe-se que a competição de desenvolvimento não 
ocorre somente entre empresas, mas também entre países e cidades. 
Um dos atrativos que são oferecidos para promover o desenvolvimento 
de determinada área é a facilidade de financiamento e incentivos fiscais. 
Entretanto, é fundamental dinamizar com serviços de planejamento, verbas para 
pesquisas e convênios com universidades aumentando a chance de sucesso e 
desenvolvimento da empresa e da economia mundial como um todo. É de 
fundamental importância que se proteja o capital natural existente, que tem 
diminuído a cada dia, principalmente para que a economia continue crescendo. 
Para isso, deve-se aumentar a eficiência no uso dos recursos naturais, visto 
que a capacidade humana em recriá-los é limitada e os investimentos na 
mesma não são expressivos. Sob a ótica da sustentabilidade, o mundo ampliou 
sua análise. Como os recursos naturais estão se esgotando, essa análise é de 
fundamental importância. 
Para que uma organização com gestão sustentável seja capaz de 
prosperar, crescer, lucrar e, ao mesmo tempo, fechar ciclos produtivos de 
maneira hábil, deverá seguir fielmente os princípios da sustentabilidade 
econômica, segundo uma definição mais abrangente e ambiciosa, garantindo o 
mínimo impacto ambiental possível em praticamente todas as etapas de seu 
processo produtivo: desde a concepção do produto à sua fabricação, e até 
mesmo no modo como ele será descartado pelo consumidor. 
As empresas identificam as oportunidades de negócios com base nas 
preferências e aumento da conscientização dos consumidores, em adição às 
leis de preservação ambiental que se tornaram mais exigentes. Sendo assim, as 
empresas buscam melhoraratravés da implantação de sistemas de melhoria 
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contínua como os de qualidade total ou gestão da qualidade (certificações ISO 
9000 etc.) para multiplicar seus resultados e se preparar para a competitividade 
no mercado atual. 
 A gestão ambiental mostra sua importância, pois somente a preocupação 
voltada para a qualidade dos produtos e serviços não está sendo suficiente 
para manter-se competitivo, é preciso também atenção ao que a empresa está 
desenvolvendo para com o meio ambiente. 
 RESPONSABILIDADE SOCIAL E A SUSTENTABILIDADE 
A agricultura é uma importante geração de energia e consumo da água 
potável. A seca é uma tragédia anunciada: sabe-se que deve ocorrer, sem se 
saber ao certo quando, onde e com que intensidade virá. As grandes centrais 
hidrelétricas e térmicas são grandes consumidoras desse recurso, sem o qual 
a geração de energia deixa de existir, o que não acontece na geração eólica 
e fotovoltaica, já que, para o caso das centrais fotovoltaicas (células de energia 
solar), o consumo de água é vinte vezes menor do que o das centrais térmicas 
convencionais, que corresponde à água utilizada na lavagem dos módulos para 
que a transmissão da coberta protetora seja maior; as centrais eólicas não 
precisam de água. 
A questão a ser pensada sobre o uso dos recursos naturais e com o 
respeito ao meio ambiente é um dos principais pontos do desenvolvimento 
sustentado. De quem é a culpa? Hoje a maioria dos problemas instalados no meio 
ambiente decorre do uso indevido dos recursos naturais disponíveis na natureza. 
Muito antes de a palavra globalização adquirir a força que tem hoje, já 
se falava numa globalização de problemas, como o buraco na camada de ozônio 
ou o aquecimento global. 
Se constituíram três grandes desafios do desenvolvimento sustentável a saber: 
garantir a disponibilidade de recursos naturais; não ultrapassar os limites da 
Biosfera para assimilar resíduos e poluição e reduzir a pobreza no mundo “Muito 
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antes de esgotarmos os limites físicos do nosso planeta ocorrerão graves 
convulsões sociais provocadas pelo grande desnível existente entre a renda dos 
países ricos e dos países pobres.” 
7 – IMPORTANTES OBSERVAÇÕES SOBRE O ASSUNTO 
Energia renovável é aquela originária de fontes naturais que possuem a 
capacidade de regeneração (renovação), ou seja, não se esgotam. Exemplos: 
energia solar, energia eólica ( dos ventos), energia hidráulica (dos rios), biomassa 
(matéria orgânica), heliotérmica (transforma a irradiação solar em energia térmica 
e depois em energia elétrica), geotérmica (calor interno da Terra), mareomotriz 
(das ondas d e mares e oceanos) e energia azul, também conhecida como 
osmótica (gerada a partir da diferença de concentração de sal entre as águas do 
oceano e de um rio). 
Dentre as medidas que podem ser adotadas tanto pelos governos quanto pela 
sociedade civil em geral para a construção de um mundo pautado na sustentabilidade, 
podemos citar: 
- redução ou eliminação do desmatamento; 
- reflorestamento de áreas naturais devastadas; 
- preservação das áreas de proteção ambiental, como reservas e unidades de 
conservação de matas ciliares; 
- fiscalização, por parte do governo e da população, de atos de degradação ao 
meio ambiente; 
- adoção da política dos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) ou dos 5Rs (repensar, 
recusar, reduzir, reutilizar e reciclar); 
- contenção na produção de lixo e direcioná-lo corretamente para a diminuição 
de seus impactos; 
- diminuição da incidência de queimadas; 
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- diminuição da emissão de poluentes na atmosfera, tanto pelas chaminés das 
indústrias quanto pelos escapamentos de veículos e outros; 
- opção por fontes limpas de produção de energia que não gerem impactos 
ambientais em larga e média escala; 
- adoção de formas de conscientizar o meio político e social das medidas 
acimas apresentadas. 
Essas medidas são, portanto, formas viáveis e práticas de se construir uma 
sociedade sustentável que não comprometa o meio natural tanto na atualidade quanto 
para o futuro a médio e longo prazo. 
 
8 – SÍNTESE DOS PRINCIPAIS CONCEITOS APRESENTADOS 
Desenvolvimento sustentável – processo de aprendizagem social de longo 
prazo, que por sua vez, é direcionado por políticas públicas orientadas por um plano 
de desenvolvimento nacional. Assim, a pluralidade de atores sociais e interesses 
presentes na sociedade colocam-se como um entrave para as políticas públicas para 
o desenvolvimento sustentável. 
Sustentabilidade ecológica – refere-se à base física do processo de 
crescimento e tem como objetivo a manutenção de estoques dos recursos naturais, 
incorporados as atividades produtivas. 
Sustentabilidade ambiental – refere-se à manutenção da capacidade de 
sustentação dos ecossistemas, o que implica a capacidade de absorção e 
recomposição dos ecossistemas em face das agressões antrópicas. 
Sustentabilidade social – refere-se ao desenvolvimento e tem por objetivo a 
melhoria da qualidade de vida da população. Para o caso de países com problemas 
de desigualdade e de inclusão social, implica a adoção de políticas distributivas e a 
universalização de atendimento a questões como saúde, educação, habitação e 
seguridade social. 
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Sustentabilidade política – refere-se ao processo de construção da cidadania 
para garantir a incorporação plena dos indivíduos ao processo de desenvolvimento. 
Sustentabilidade econômica – refere-se a uma gestão eficiente dos recursos 
em geral e caracteriza-se pela regularidade de fluxos do investimento público e 
privado. Implica a avaliação da eficiência por processos macro sociais. 
Sustentabilidade urbana – A sustentabilidade urbana é definida como a 
capacidade das políticas urbanas se adaptarem à oferta de serviços, à qualidade e à 
quantidade das demandas sociais, buscando o equilíbrio entre as demandas de 
serviços urbanos e investimentos em estrutura. 
No entanto, também é imprescindível para a sustentabilidade urbana o uso 
racional dos recursos naturais, a boa forma do ambiente urbano baseado na interação 
com o clima e os recursos naturais, além das respostas às necessidades urbanas 
com o mínimo de transferência de dejetos e rejeitos para outros ecossistemas atuais 
e futuros. 
O desenvolvimento sustentável não deve ser apresentado como um slogan 
político. As condições ambientais já estão bastante prejudicadas pelo padrão de 
desenvolvimento e consumo atual, deste modo, o desenvolvimento sustentável pode 
ser uma resposta aos anseios da sociedade. 
A sustentabilidade consiste em encontrar meios de produção, distribuição e 
consumo dos recursos existentes de forma mais coesiva, economicamente eficaz e 
ecologicamente viável. Um dos desafios da sustentabilidade ambiental urbana é a 
conscientização de que esta é um processo a ser percorrido e não algo definitivo a 
ser alcançado. 
A busca por uma conceituação urbana sustentável está ligada a uma série de 
proposições e estratégias que buscam atuar em níveis tanto locais quanto globais. 
Priorizar o desenvolvimento social e humano com capacidade de suporte ambiental, 
gerando cidades produtoras com atividades que podem ser acessadas por todos é 
uma forma de valorização do espaço incorporando os elementos naturais e sociais. 
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