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Profa. Dra. Flávia Gehrke UNIDADE III Diagnóstico Laboratorial de Infecções Parasitárias 3 filos: Platyhelminthes: Cestoda – corpo alongado Trematoda – vermes achatados Aschelminthes: Nematoda – vermes cilíndricos Acantocephala: Pseudossegmentação Probóscida armada de ganchos Helmintos Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cestoda Fonte: http://ipt.inpa.gov.br/resource.do?r=inpa-nematoda Fonte: https://swaggology.weebly.com/class-trematoda.html Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Acanthocephala Achatados dorsalmente, não possuem segmentação: “aspecto de folha”. Endoparasitas ou ectoparasitas. Cutícula reveste o corpo. 1 ou mais ventosas que são utilizadas para fixação. Podem ou não ser hermafroditas. Hospedeiro intermediário. Maioria das espécies ovíparas. 3 ordens: Aspudogastrea, Monogenea e Digenea. Trematoda Fonte: https://agencia.fiocruz.br/estudo-cl%C3%ADnico- investigou-uso-de-maiores-dosagens-contra-a-esquistossomose Agente etiológico: Schistosoma mansoni. 200 a 300 milhões de pessoas afetadas. 2º mundo: morbidade e mortalidade. Adultos (♀︎♂︎) habitam as veias do mesentério ou bexiga. Patologia: locais de deposição dos ovos, número de ovos depositados e reação do hospedeiro aos antígenos dos ovos. Ovos: embrionados quando eliminados → eclodem em água doce. Esquistossomose, “xistose, barriga d’água ou mal do caramujo” Fonte: https://agencia.fiocruz.br/estudo-cl%C3%ADnico-investigou-uso-de-maiores-dosagens-contra-a-esquistossomose Esporocistos multiplicam- se em gerações sucessivas de caracóis Ovos: condições de umidade, luz e calor. Ovo → miracídio → caramujo Caramujo → cercária Ciclo biológico da esquistossomose Fonte: Adaptado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Schistosoma#/media/Ficheiro:Esquistossomose-2.png. C C B A BA ou Plexo venoso da bexiga Ovos são levados pela urina. Os adultos emparelham e migram para: Plexo venoso mesentérico do intestino Ovos são expulsos com as fezes. 6 10 3 2 4 5 1 7 8 9 d Miracídios invadem tecidos do caracol Na água os ovos liberam os miracídios Nas fezes Na urinad Atingem o fígado, onde se maturam as formas adultas Disseminam-se pelo sangue Após penetração transformam-se em schistosumulas = Estágio infeccioso = Estágio diagnóstico Penetram a pele i S. Mansoni S. Haematobium S. Japonicum A Cercárias abandonam o caracol e nadam livres na água i Miracídio: 100 a 300 mil cercárias. Cercária → hospedeiro definitivo (coceira local da penetração). Circulação venosa: coração e pulmão. Pulmão: esquistossômulo → circulação arterial → intestino e fígado. Fígado: ramificações porta intra-hepáticas, amadurecem. Diferenciam-se ♂︎♀︎ após 40 dias: adultos. Acasalamento → migração – veia mesentérica inferior. Oviposição > riqueza em amônia. Ovos: fezes em 40 dias. Ciclo biológico da esquistossomose Fonte: Adaptado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Schistosoma#/media/Ficheiro:Esquistossomose-2.png. C C BA ou Plexo venoso da bexiga Ovos são levados pela urina. Os adultos emparelham e migram para: Plexo venoso mesentérico do intestino Ovos são expulsos com as fezes. 10 7 8 i d Atingem o fígado, onde se maturam as formas adultas Disseminam-se pelo sangue Após penetração transformam-se em schistosumulas = Estágio infeccioso = Estágio diagnóstico Patogenia e sintomas Dermatite no local da penetração da cercária. Fase aguda: febre, tosse, mialgia, mal-estar e hepatoesplenomegalia. Verme adulto → ovos: discreta diarreia, rompimentos dos capilares sanguíneos. Granuloma: fecha as ramificações do sistema porta – há uma hipertensão portal. Patogenia, sintomas e diagnóstico Hepatomegalia: represamento sanguíneo. Sintomas clínicos: sangramento gastrointestinal, diarreia, lesão hepática, ascite (barriga d’água), formas hepatoesplênicas mais graves. Diagnóstico Ovos nas fezes ou na biópsia retal. Testes imunológicos. Epidemiologia Doença tropical. 54 países: África e América do Sul. 1,5 milhão de pessoas vivem em áreas de risco – Nordeste: moluscos transmissores. Doença: detectada em todas as regiões. Áreas endêmicas e focais: 19 estados. Epidemiologia, profilaxia e tratamento Profilaxia Evitar banhos em lagoas. Saneamento básico. Combate ao hospedeiro intermediário. Tratamento Loção de niclosamida na pele. Praziquantel: promove a cura em 75 a 95% dos pacientes e/ou redução na percentagem de ovos de 80 a 98%. Eficácia depende da idade e do grau da infecção do parasita. Em relação à patogenia e aos sintomas da esquistossomose, assinale a alternativa correta. a) Chagoma de inoculação, febre, mialgia, hepatoesplenomegalia e mal-estar. b) Acesso malárico, granuloma, dermatite no local da penetração da cercária, febre e tosse. c) Sinal de Romaña, mialgia, mal-estar, hepatoesplenomegalia e granuloma. d) Dermatite no local da penetração da cercária, febre, tosse, mialgia, mal-estar, hepatoesplenomegalia e granuloma. e) Anosmia, dermatite no local da penetração da cercária, mialgia e mal-estar. Interatividade Em relação à patogenia e aos sintomas da esquistossomose, assinale a alternativa correta. a) Chagoma de inoculação, febre, mialgia, hepatoesplenomegalia e mal-estar. b) Acesso malárico, granuloma, dermatite no local da penetração da cercária, febre e tosse. c) Sinal de Romaña, mialgia, mal-estar, hepatoesplenomegalia e granuloma. d) Dermatite no local da penetração da cercária, febre, tosse, mialgia, mal-estar, hepatoesplenomegalia e granuloma. e) Anosmia, dermatite no local da penetração da cercária, mialgia e mal-estar. Resposta Ingestão de carne suína (T. solium) ou bovina (T. saginata) crua ou malcozida. Estômago: ação pepsina → substância cementante dos blocos de quitina. Intestino: sais biliares → oncosferas: ativação e liberação. Oncosferas → embrióforo: intestino delgado – começa a se desenvolver. Após dois meses: forma adulta. Ciclo biológico da teníase Fonte: https://www.cdc.gov/parasites/taeniasis/biology Fixado à mucosa intestinal: escólex; deposição de ovos diariamente, eliminados nas fezes. Pode sobreviver por até 30 anos. 2 a 5 metros: T. saginata; 2 a 7 metros: Taenia solium. Fase inicial: assintomática para o hospedeiro humano. Processos alérgicos e tóxicos, processos hemorrágicos e inflamatórios (infiltrado de leucócitos e eosinófilos) → fixação na mucosa intestinal. Parasita: grande quantidade de nutrientes – os quais são retirados do metabolismo do hospedeiro. Sintomas: fraqueza, tontura, ↑ do apetite, ↓ de peso, dores abdominais, náuseas, astenia, vômitos e, em casos mais graves, obstrução intestinal e apendicite. Patogenia e sintomas Ingestão: água ou alimentos contaminados com ovos. Homem: hospedeiro intermediário: larva de Taenia solium. Cisticercose Fonte: Adaptado de: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as- infecciosas/cest%C3%B3deos-vermes-em- fita/infec%C3%A7%C3%A3o-por-taenia-solium-t%C3%AAnia-da- carne-de-porco-e-cisticercose 1 2 3 4 5 6 7 No intestino, os cisticercos amadurecem e transformam-se em adultos, ligando-se à parede pela cabeça (escólex) Vermes adultos produzem proglótides, que tornam-se prenhas, elas podem liberar os ovos ou separar-se da tênia Ovos ou proglótides desprendidos são transmitidos nas fezes do hospedeiro Ovos se desenvolvem e se transformam em oncosferas, que penetram na parede intestinal Porcos ou humanos são infectados pela ingestão de ovos embrionários ou proglótides prenhas Oncosferas circulam para os músculos e outros órgãos e se transformam em cisticercos Cisticercose humana Cisticercose porcina Humanos ingerem carne de porco crua ou malcozida contendo cisticercos Patogenia Sistema Nervoso Central (SNC): obstruções do fluxo de líquido cefalorraquidiano(LCR). ↑ hipertensão intracraniana (hidrocefalia). Espaços liquóricos: processo inflamatório. Fibroses de granulomas e calcificações. Calcificações do cisticerco: associadas à epileptogênese. Encefalites, crises epilépticas, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. Período médio de incubação de 4 a 8 anos. Tecido subcutâneo ou muscular: inflamação local, morte do parasita e calcificação. Membros inferiores: fadiga e câimbras; musculatura cardíaca (palpitações e ruídos), vários graus de dispneia. Glândulas mamárias: forma rara, nódulo geralmente indolor. Região ocular: retina – descolamento ou perfuração, atingindo o humor vítreo. Fonte: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4178750/mod_resource/content/1/Neurocisticercose.pdf Diagnóstico Teníase: clínico – anamnese. Laboratorial: pesquisa de proglotes, ovos e ELISA. Neurocisticercose: clínico – anamnese. Laboratorial: ELISA: soro dos pacientes e/ou líquido cefalorraquidiano (LCR). Raio X tradicional, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética. Diagnóstico e epidemiologia Epidemiologia América Latina, União Soviética, África e extremo Oriente. Brasil: Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Profilaxia Melhoria no saneamento básico, educação sanitária, tratar doentes, não consumir carne crua ou malcozida, manejo adequado dos suínos e bovinos, fiscalização e inspeção da carne desses animais em matadouros. Tratamento Teníase: Niclosamida, Mebendazol. Cisticercose: cirurgia para retirada do cisticerco, com restrições. Dexametasona: atenuar a inflamação pela presença do cisticerco. Quais são os principais sintomas relacionados com a neurocisticercose? a) Encefalites, febre, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. b) Encefalites, anosmia, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. c) Encefalites, anemia, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. d) Encefalites, crises epilépticas, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. e) Encefalites, diarreia, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. Interatividade Quais são os principais sintomas relacionados com a neurocisticercose? a) Encefalites, febre, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. b) Encefalites, anosmia, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. c) Encefalites, anemia, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. d) Encefalites, crises epilépticas, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. e) Encefalites, diarreia, síndrome de hipertensão intracraniana, meningite cisticercótica e cefaleias constantes. Resposta Nematoda Agente etiológico: Ascaris lumbricoides, “lombriga ou bichas”. Monoxênico: humano. Ovos larvados (L3) infectantes → eclosão no intestino delgado → atravessam a parede intestinal → via venosa/linfática → fígado (2 ou 3 dias) → coração → pulmão (4 a 5 dias) duas mudas → alvéolos pulmonares. Aschelminthes – Ascaris Fonte: https://www.cdc.gov/parasites/pinworm/biology.html Fase pulmonar: Ciclo de Loss – larvas sobem pela árvore brônquica e traqueia → faringe: expectoradas ou deglutidas → intestino delgado: adultos em 20 a 30 dias. 60 dias: maturidade sexual, e são encontrados ovos nas fezes do hospedeiro, podendo viver no organismo do hospedeiro por até 1 ano. Aschelminthes – Ascaris Fonte: https://www.cdc.gov/parasites/pinworm/biology.html Pulmão: tosses e pneumonias transitórias, granulomas e fibroses pulmonares. Crianças: Síndrome de Löffler – febre, tosse, infiltrados pulmonares migratórios associados e eosinofilia sanguínea. Intestino delgado: dor abdominal, cólicas, emagrecimento, desnutrição, distensão de alças, obstruções de alças intestinais e até mesmo sua ruptura. *Eliminados espontaneamente pela boca, ânus, cavidade nasal, sufocando o hospedeiro, e até no canal lacrimal no canto do olho. Hepatites, hepatomegalias, obstruções biliares e icterícia. Patogenia e sintomas Fonte: https://www.researchgate.net/publication/ 38012440_Rare_cause_of_intestinal_obs truction_Ascaris_lumbricoides_infestation _Two_case_reports/figures Alterações cutâneas: cloasma em crianças (rosto, tronco, braços). Casos graves: apendicite aguda, obstrução do canal colédoco e pancreatite aguda. Diagnóstico: Faust e Kato-Katz: pesquisa de ovos. Observação do parasita adulto a olho nu: saída do A. lumbricoides na evacuação. Exames radiológicos. Estudos de líquidos: amostras de escarro e aspirado do estômago do hospedeiro. Exames imunológicos: *nem sempre satisfatórios. Epidemiologia: clima tropical e temperado: 30% da população mundial, frequentemente associada a outras parasitoses por outros helmintos e protozoários. Condições socioeconômicas e de falhas na higiene da população contribuem para a propagação. Profilaxia: acesso a saneamento, educação sanitária, higienização dos alimentos antes de consumi-los. Tratamento: Levamisol, Piperazina, Ivermectina, Albendazol, Mebendazol. Diagnóstico, epidemiologia, profilaxia e tratamento Filariose linfática Fonte: Adaptado de: https://www.cdc.gov/parasites/lymphaticfilariasis/biology_w_bancrofti.html Agente etiológico: Wuchereria bancrofti. Vetor: mosquito, família Culicidae, gênero Culex. Ciclo: heteroxênico. Vetor → hematofagia: L3 penetram na pele → migram para os vasos linfáticos → L4 → vermes adultos → 7 a 8 meses: fêmeas produzem → microfilárias. Ciclo dentro do mosquito: 20 dias. Microfilárias → estômago do vetor → tórax: L1 (6 a 10 dias): L2 → 10 a 15 dias: L3 → probóscida. Mosquito Stages Human StagesWuchereria bancrofti Migrate to head and mosquito’s proboscis L3 larvae L1 larvae Microfilariae shed sheaths, pentrate mosquito’s midgut and migrate to thoracic muscles Mosquito takes a blood meal Adults in lymphatics Adults produce sheathed microfilariae that migrate into lymph and blood channels Infective Stage Diagnostic Stage 7 8 i d 6 2 5 4 3 Mosquito takes a blood meal1 d i Assintomáticos: microfilárias no sangue e não apresentam sintomas. Forma subclínica: vasos linfáticos dilatados, proliferação do endotélio vascular ou no sistema renal → micro-hematúria (exame de urina). Manifestações agudas: linfangite, adenite, febre e mal-estar. Fase crônica: linfedema, hidrocele, quilúria e elefantíase. Patogenia e sintomas Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Elephantiasis.jpg Clínico: área endêmica Eosinofilia pulmonar: alteração pulmonar, eosinofilia no hemograma e altos níveis de IgE total: suspeita. Laboratorial: pesquisa de microfilárias no sangue periférico, quilúria; exames imunológicos. Biópsia por punção ou retirada de fragmentos de tecido do paciente. Ultrassonografia: detectar a forma adulta dentro dos vasos linfáticos. Reação em cadeia da polimerase (PCR): DNA do parasita. Tratamento 3 objetivos: 1) Reduzir ou prevenir a morbidade; 2) Corrigir as alterações no organismo do hospedeiro (edema, hidrocele e processos inflamatórios ou infecciosos); 3) Impedir a transmissão da parasitose a novos hospedeiros. Citrato de dietilcarbamazina (DEC): 6 mg/kg/dia/oral: 12 dias. Diagnóstico e tratamento Quais manifestações agudas e crônicas estão relacionadas à filariose? a) Manifestações agudas: febre, vômitos e mal-estar; fase crônica: elefantíase, linfedema, meningite e quilúria. b) Manifestações agudas: linfangite, adenite, febre e mal-estar; fase crônica: linfedema, hidrocele, quilúria e elefantíase. c) Manifestaçõesagudas: febre, vômitos e cardiomegalia; fase crônica: hidrocele, linfedema, elefantíase e hematúria. d) Manifestações agudas: febre e anosmia; fase crônica: linfedema, hidrocele, quilúria e cardiomegalia. e) Manifestações agudas: febre e anosmia; fase crônica: hematúria, quilúria, hidrocele e cardiomegalia. Interatividade Quais manifestações agudas e crônicas estão relacionadas à filariose? a) Manifestações agudas: febre, vômitos e mal-estar; fase crônica: elefantíase, linfedema, meningite e quilúria. b) Manifestações agudas: linfangite, adenite, febre e mal-estar; fase crônica: linfedema, hidrocele, quilúria e elefantíase. c) Manifestações agudas: febre, vômitos e cardiomegalia; fase crônica: hidrocele, linfedema, elefantíase e hematúria. d) Manifestações agudas: febre e anosmia; fase crônica: linfedema, hidrocele, quilúria e cardiomegalia. e) Manifestações agudas: febre e anosmia; fase crônica: hematúria, quilúria, hidrocele e cardiomegalia. Resposta Agente etiológico: Trichuris trichiura. Transmissão: fecal-oral, vetor mecânico (moscas domésticas), geofagia: crianças e mulheres grávidas. Ciclo monoxênico, sexuado. ♀︎ e ♂: intestino grosso → ♀︎: fecundadas migram do intestino grosso para o reto e ânus – noite: depositam ovos embrionados (L1) → ovos fezes – vermes adultos: 3 a 4 anos no hospedeiro. Fêmea: ovipõe 1.000 a 5.000 ovos/dia (elipsoides). Ovos recém-eliminados pelas fezes: não são infectantes. Tricuríase, tricocefalose ou verme chicote Fonte: Adaptado de: https://www.cdc.gov/dpdx/trichuriasis/index.html Ambiente → L1 → organismo: L2 (vilosidades intestinais) mudam em 3 a 10 dias → ceco: adultos. Fêmeas: 4 a 5 anos. i d Infective Stage Diagnostic Stage 2 43 1 d iAdvanced cleavage 2-cell stage Unembryonated eggs passed in feces 5 Larvae hatch in small intestine Adults in cecum 6 Embryonated eggs are ingested Infecções leves: assintomáticas. Infecções maciças: colite, dor abdominal crônica, diarreia com fezes sanguinolentas, náuseas, vômitos e perda de peso – prolapso retal. Infecções crônicas – crianças: anemia hipocrômica (perda 5 μL/dia de sangue por verme/adulto), alterações cognitivas e retardo de crescimento. Fezes disentéricas: eosinófilos, *raramente: eosinofilia no sangue periférico é acentuada. Epidemiologia: Amazônia e na faixa do litoral com clima equatorial: ↑ incidência. OMS/1998: 1 bilhão de pessoas parasitadas. Crianças em idade escolar: grupo mais suscetível. Profilaxia: medidas de higiene – banhos matinais diários; mudança frequente de roupas; lençóis lavados e fervidos; instalações sanitárias adequadas; higienização correta das mãos antes das refeições e corte das unhas; remoção do pó por aspiradores dentro da casa e uso de desinfetantes; higienização de baias, canis e pocilgas. Infecção, epidemiologia e profilaxia Agente etiológico: Ancylostoma braziliense e Ancylostoma caninum. Ovos: fezes dos cães e gatos infectados → ambiente → larvas 1º estágio (L1) dentro do ovo → eclodem, alimentam: matéria orgânica e micro- organismos → 7 dias: L2 (2 mudas) → 3º estágio (L3) → sobrevivem no solo por várias semanas. Cães e gatos: infectam – vias oral, cutânea e transplacentária – L3: 2 mudas → intestino delgado: maturidade sexual – 4 semanas. Larva migrans cutânea, visceral e ocular Fonte: Adaptado de: https://www.cdc.gov/parasites/zoonotichookworm/biology.html Humanos: L3 penetram na pele, vagam entre a epiderme e a derme, sem completar a sua evolução. Avançam de 2 a 5 cm/dia. Infecções microbianas secundárias. 2 4 3 1 Eggs in feces of animal definitive host 6 Animal definitive hosts Hatched rhabditiform larva develops in environment Infective stage Diagnostic stage Adults in small intestine Migration of larvae through skin Rhabditiform larva develops into infectious filariform larva Cutaneous Larva Migrans Skin penetration 5 Ancylostoma caninum Ancylostoma braziliense Uncinaria stenocephala L3: penetra ativamente na pele do ser humano e migra através do tecido subcutâneo durante semanas ou meses – rastro sinuoso “bicho geográfico”, “bicho das praias” ou “bicho de areia”. Diagnóstico clínico: lesões cutâneas na pele – lesão eritematosa ou vésico-bolhosa serpiginosa com prurido intenso. Tratamento: pomadas – tiabendazol, oral: albendazol e ivermectina. Patogenia, sintomas, diagnóstico e tratamento Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Larva_Migrans_Cutanea.jpg Larva migrans ocular: unilateral – endoftalmia crônica (coroide, retina e vítreo) – perda de visão, em casos graves. Tratamento: corticoides, recomenda-se a vitrectomia nos casos de granuloma periférico. Larva migrans visceral (LMV): permanecem um tempo e depois morrem. Circulação sanguínea → pulmões: escarro, se deglutido, completa o ciclo. Poucos casos registrados de vermes adultos de A. caninum em humanos. Assintomáticas, subagudas ou agudas: número de larvas, órgão invadido e resposta imune Patogenia, sintomas, epidemiologia e profilaxia ↑ subclínico e sem diagnóstico. *Raro: sistema nervoso – granulomas ricos em eosinófilos: ataques epilépticos, meningite e encefalite. Epidemiologia: clima tropical e subtropical; crianças, adultos que trabalham em clubes, praias, parques, jardineiros, agricultores, construção civil e minérios. Profilaxia Cães e gatos: destino adequado das fezes; exame de fezes; tratamento com anti-helmínticos. Humanos: controle da parasitose, educação em saúde, higiene ambiental, especialmente em parques, clubes, praias, creches, impedindo a permanência de cachorros e gatos nessas áreas. Quais são as vias de transmissão da tricuríase? a) Geofagia, fecal-oral e através de vetor mecânico. b) Transfusão sanguínea, fecal-oral e transplacentária. c) Fecal-oral, transplacentária e geofagia. d) Vetor biológico, fecal-oral e transfusão sanguínea. e) Transplacentária, vetor biológico e fecal-oral. Interatividade Quais são as vias de transmissão da tricuríase? a) Geofagia, fecal-oral e através de vetor mecânico. b) Transfusão sanguínea, fecal-oral e transplacentária. c) Fecal-oral, transplacentária e geofagia. d) Vetor biológico, fecal-oral e transfusão sanguínea. e) Transplacentária, vetor biológico e fecal-oral. Resposta ÁVILA-PIRES, F. D.; PFUETZENREITER, M. R. Epidemiologia da teníase/cisticercose por Taenia solium e Taenia saginata. Cienc. Rural, v. 30, n. 3. Santa Maria, 2000. BEHRING, E. R.; BOSCHETTI, I. Política social: fundamentos e história. São Paulo: Cortez, 2010. BRASIL. Código de ética do assistente social. Brasília: CFESS, 1993. BRASIL. Constituição Federal. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. BRASIL. Ministério da Assistência e Desenvolvimento Social. Lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742.htm. COUTO, B. R. O direito social e a assistência social na sociedade brasileira: uma equação possível? São Paulo: Cortez, 2010. Referências FALEIROS, V. de P. A política social do Estado capitalista. São Paulo: Cortez, 2000. FERREIRA, Marcelo Urbano. Parasitologia contemporânea. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2012. LEVENTHAL, R.; CHEADLE, R. Parasitologia médica. 4. ed. São Paulo: Editora Premier, 2000. MARTINELLI, M. L. Serviço social: identidade e alienação. São Paulo: Cortez, 2009. NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 10. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2002. REY, Luis. Bases da parasitologia médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002. ROCHA, Arnaldo. Parasitologia. 1. ed. São Paulo: Editora Rideel, 2013. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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