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DIREITO DO TRABALHO O DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, AVISO PRÉVIO, A DISPENSA SEM JUSTA CAUSA, RESCISÃO INDIRETA, PEDIDO DE DEMISSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO NO BRASIL Livro Eletrônico 2 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Sumário Apresentação ................................................................................................................................... 3 O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, Pedido de Demissão do Contrato de Trabalho no Brasil ........................................ 4 1. O Décimo Terceiro Salário na Legislação Brasileira ............................................................ 4 2. O Instituto do Aviso Prévio e suas Alterações Legislativas .............................................. 6 3. Dispensa Sem Justa Causa: Conceito e Repercussões ..................................................... 10 4. Rescisão Indireta: Conceito e Repercussões ....................................................................... 11 5. O Pedido de Demissão do Trabalhador .................................................................................13 6. Extinção do Contrato pelo PDV/PDI: mais Informações .................................................. 14 7. A Pandemia e os Sistemas de Dispensa ............................................................................... 14 Resumo .............................................................................................................................................16 Questões de Concurso .................................................................................................................20 Gabarito ........................................................................................................................................... 65 Referências ..................................................................................................................................... 66 Anexo ............................................................................................................................................... 67 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela ApresentAção Olá, meu(minha) querido(a) aluno(a)! Como você está? Meu nome é Maria Rafaela de Cas- tro. Atualmente sou Juíza do Trabalho Substituta no TRT 7ª Região. Estamos continuando aqui sua preparação para as provas de Direito do Trabalho. Você deve ter percebido algumas peculiaridades na minha metodologia pensando no seu sucesso. Eu, por exemplo, gosto muito de usar um livro base como referência. Adotei o livro do pro- fessor e Ministro do TST, Maurício Godinho Delgado. Foi o livro que usei na minha aprovação no cargo de juíza e acho importante trazer alguns trechos para você. Fique tranquilo que uso mais de uma obra para fazer o material, mas optei por usar um dou- trinador específico para trazer algumas informações doutrinárias. Estamos aqui na preparação suficiente do seu material de apoio. Também uso muita jurisprudência e a lei seca no texto escrito para te ajudar a fixar melhor o que precisa saber para as provas. Gosto de trazer mapas mentais para a melhor fixação do conhecimento e, principalmente, “abuso” da jurisprudência porque acho mais fácil para você entender, muitas vezes, o texto sumular ou legal. No fim do material, você terá acesso à legislação mais cobrada nas provas, em trechos, para te ajudar a memorizar melhor sem precisar manusear o Vademecum o tempo inteiro. Também incluo questões inéditas para você surpreender a banca e não o contrário! Fique muito esperto com as minhas dicas pois, geralmente, são dicas que já foram cobradas algu- mas vezes em provas anteriores ou se trata de inovação legislativa. Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí- cios e respondendo questões de provas anteriores. Nesse ponto, esse material vai lhe ajudar a chegar à posse. Espero seu feedback sobre a forma de explicação, didática e dúvidas lá no fórum do aluno. Estamos passando por um momento muito sensível diante da pandemia da COVID 19 e, apesar da distância física, saiba que estou por aqui, do outro lado, estudando muito e prepa- rando o melhor material para você conseguir alcançar seu sonho da aprovação como eu con- quistei. Vamos juntos que vai dar certo! Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno! Confie em si mesmo e conte com nossa equipe do GRAN. Vou ter o maior prazer em conversar com você no Fórum e até gravar aulas com os conteúdos. Vamos começar? Abraços! Maria Rafaela de Castro @mrafaela_castro O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela O DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, AVISO PRÉVIO, A DISPENSA SEM JUSTA CAUSA, RESCISÃO INDIRETA, PEDIDO DE DEMISSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO NO BRASIL 1. o Décimo terceiro sAlário nA legislAção BrAsileirA Vamos abordar aqui um assunto muito importante cobrado em provas acerca do 13º salá- rio. Sua previsão, em bases legais, está no seguinte conjunto normativo: Lei n. 4090/1962, Lei n. 4749/1965 e LC 150/2005. O 13º salário compreende um pagamento a mais da remuneração do trabalhador que, se completados, os 12 meses, confere o direito ao 13º salário INTEGRAL e se não, o PROPORCIONAL. No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus. A gratificação cor- responderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral. A gratificação será proporcional: I - na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de safra, ainda que a relação de emprego haja findado antes de dezembro; e II - na cessação da relação de emprego resultante da aposentadoria do trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro. Então, vamos citar exemplos para ficar mais claro: EXEMPLO Rui começou a trabalhar em 2 de janeiro de 2020 e, no final de 2020, ele aufere R$1.500,00 mensal. No fim do ano de 2020, ele terá direito ao recebimento de mais R$1.500,00 que é seu 13 salário integral. Agora, se Rui começou a trabalhar em junho de 2020, ao final do ano, ele terá que receber o 13º salário também. Porém, como não laborou o ano inteiro, receberá de forma proporcional: 6/12, ou seja, metade do valor que seria devido integralmente, ou seja, R$750,00. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela A gratificação salarial será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano, compensada a importância que, a título de adiantamento,o empregado houver recebido na forma seguinte: Integral ou proporcional. O adiantamento será pago ao ensejo das férias do empregado, sempre que este o requerer no mês de janeiro do correspondente ano. O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento, no mesmo mês, a todos os seus empregados. Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adiantamento da gratificação de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior. Incide contribuição previdenciária. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adianta- mento da gratificação, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior. O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento, no mesmo mês, a todos os seus empregados. DICA! O adiantamento será pago ao ensejo das férias do empregado, sempre que este o requerer no mês de janeiro do correspon- dente ano. Ocorrendo a extinção do contrato de trabalho antes do pagamento, o empregador poderá compensar o adiantamento mencionado com a gratificação devida e, se não bastar, com outro crédito de natureza trabalhista que possua o respectivo empregado. As contribuições devidas ao Instituto Nacional de Previdência Social, que incidem sobre a gratificação salarial referida nesta Lei, ficam sujeitas ao limite estabelecido na legislação da Previdência Social. DICA! De acordo com a Súmula 14 do TST, nesses casos, o empre- gado demitido terá direito a 50% do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela 2. o instituto Do Aviso prévio e suAs AlterAções legislAtivAs Godinho (2020, p. 1436) define o conceito de aviso prévio nos seguintes termos: Aviso prévio, no direito do trabalho, é instituto de natureza multidimensional, que cumpre as funções de declarar à parte contratual adversa a vontade unilateral de um dos sujeitos contratuais no sentido de romper, sem justa causa, o pacto, fixando, ainda, prazo tipificado para a respectiva extinção, com o correspondente pagamento do período do aviso. (GODINHO, 2020, p. 1436) Então, o aviso prévio é um exercício da boa-fé que deve existir na relação de emprego, para fins de encerrar o pacto laboral, que deve ser tanto do empregado quanto do empregador que possui interesse na extinção do pacto laboral. Com isso, AVISO PRÉVIO tem três características: COMUNICAÇÃO, PRAZO E PAGAMENTO. Declara a vontade de romper o contrato. Isso se integra o contrato para todos os fins. Indenizado ou trabalhado: nos dois casos, precisa constar o fim do aviso para a baixa na CTPS do trabalhador. É pago o valor do aviso prévio que é, no mínimo, 30 dias. Natureza salarial quando for trabalhado. PAGAMENTO COMUNICAÇÃO AVISO PRÉVIO Trinta dias no mínimo, conforme preceito constitucional. A cada ano trabalhador, três dias a mais de aviso até o limite de 60 dias de aviso. PRAZO O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de trinta dias aos que per- ceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. Em 2011, tivemos alteração nas regras do aviso prévio proporcional. Aos 30 dias de avi- so-prévio previstos na CLT, serão acrescidos três dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 dias. DICA! O aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço, estabelecido pela Lei n. 12.506/2011, aplica-se também a favor do empre- gador. A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tem- po de serviço. A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. O cabimento do aviso prévio é quando se encerra o contrato de trabalho em contratos por prazo indeterminado e, no caso dos contratos por prazo determinado, é devido quando existem as chamadas cláusulas assecuratórias de direito recíproco que propiciam os efeitos da moda- lidade de contrato por prazo indeterminado ao contrato por prazo determinado. Existem limites no que tange ao aviso prévio e a realização de horas extras, dos quais destaca-se: Súmula n. 230 AVISO PRÉVIO. SUBSTITUIÇÃO PELO PAGAMENTO DAS HORAS REDUZIDAS DA JOR- NADA DE TRABALHO. É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. O aviso prévio pode ser trabalhado – quando, efetivamente, durante o aviso prévio, o tra- balhador executa suas atividades no período determinado. Mas também pode ser indenizado, ocorrendo quando o trabalhador não executa suas atividades, mas deve receber o valor do aviso. No aviso prévio trabalhado, existe a natureza salarial. O aviso indenizado tem natureza indenizatória, sendo que ambos se submetem aos recolhimentos do FGTS e, ainda, a sua con- tagem (sua projeção) deve constar como a data do encerramento do contrato no momento da anotação da baixa da CTPS pelo empregador. Como se calcula o aviso prévio quando estamos diante de salários recebidos na forma variável, professora? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12506.htm 8 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. Além disso, o valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. Tem-se importante entendimento sumulado do TST: Súmula n. 305 do TST FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO. INCIDÊNCIA SOBRE O AVISO PRÉVIO O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contri- buição para o FGTS. É devido o aviso prévio na despedida indireta e na dispensa sem justa causa. Não é devido no caso de dispensa por justa causa do trabalhador e pedido de demissão. O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o em- pregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efei- tos legais. O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do sa- lário integral. É facultado ao empregadotrabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos. Existe direito de retratação no aviso prévio? Sim. Está previsto na CLT. Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. DICA! A retratação para ocorrer precisa de comum acordo entre em- pregado e empregador. O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração corres- pondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. De acordo com o artigo 484 da CLT, havendo culpa recíproca no ato que determinou a res- cisão do contrato de trabalho será reduzida à metade a indenização que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Apenas quando as causas listadas no artigo 483 da CLT, que trata dos casos de culpa ex- clusiva do empregador, entre elas o não cumprimento das obrigações do contrato ou ofensa física, forem concomitantes às faltas cometidas pelo empregado. Ainda segundo a legislação, para que a culpa recíproca seja configurada, as duas partes devem cometer faltas graves e ter uma relação de causalidade, ou seja, uma produz a reação imediata da outra. Destaque-se importante decisão do TST em Orientação Jurisprudencial: Orientação Jurisprudencial 82/TST-SDI-I - Aviso prévio. Baixa na CPTS. CLT, art. 487 «A data de saída a ser anotada na CPTS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado.» O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas considera- das pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo. Na culpa recíproca entre as partes, deve incidir metade do valor do aviso prévio e, ainda, deve ficar atento à nova modalidade de extinção das relações contratuais trazidas pela Refor- ma Trabalhista, destacadamente, no art. 484-A da CLT que promete ser uma das tendências das provas objetivas nos próximos anos: Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: I – por metade a) o aviso prévio, se indenizado; e b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1º do art. 18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990; II – na integralidade, as demais verbas trabalhistas. § 1º A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vin- culada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. § 2º A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. Por fim, fique esperto(a) com essas três súmulas do TST sobre o tema: Súmula n. 182 AVISO PRÉVIO. INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA. LEI N. 6.708, DE 30.10.1979 O tempo do aviso prévio, mesmo indenizado, conta-se para efeito da indenização adicional pre- vista no art. 9º da Lei n. 6.708, de 30.10.1979. Súmula n. 242 INDENIZAÇÃO ADICIONAL. VALOR A indenização adicional, prevista no art. 9º da Lei n. 6.708, de 30.10.1979 e no art. 9º da Lei n. 7.238, de 28.10.1984, corresponde ao salário mensal, no valor devido na data da comunicação do despedimento, integrado pelos adi- cionais legais ou convencionados, ligados à unidade de tempo mês, não sendo compu- tável a gratificação natalina. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br https://www.legjur.com/legislacao/art/dcl_00054521943-487 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm#art18 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm#art18 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm#art18 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm#art18 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm#art20 10 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Súmula n. 314 INDENIZAÇÃO ADICIONAL. VERBAS RESCISÓRIAS. SALÁRIO CORRIGIDO Se ocorrer a rescisão contratual no período de 30 (trinta) dias que antecede à data-base, observado a Súmula n. 182 do TST, o pagamento das verbas rescisórias com o salário já corrigido não afasta o direito à indenização adicional prevista nas Leis n.s 6.708, de 30.10.1979 e 7.238, de 28.10.1984. Algumas situações são importantes que você leve para a prova: • 1) O aviso prévio não pode ser cumprido em casa. Se o empregador não quiser que o obreiro trabalhe, tem que indenizar; • 2) Se é da iniciativa do empregado não continuar no trabalho, precisa dar o aviso prévio ao empregador, em regra; • 3) Se é situação do empregado conseguir outro emprego, aí já não precisa cumprir o aviso prévio e nem deverá ter o referido desconto no TRCT; • 4) No curso do aviso prévio, pode existir retratação; • 5) Se a empregada no aviso prévio engravidar, faz jus à estabilidade no emprego. O mes- mo efeito vale para o caso de acidente do trabalho. Não cabe para configurar a garantia provisória no emprego em situações de dirigente sindical ou cipeiro; • 6) No curso do aviso prévio e, de repente, o obreiro cometer uma situação de justa causa, incidirão os efeitos da dispensa por justa causa, ou seja, o aviso prévio não é impeditivo para justa causa. O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo; • 7) Só existe retratação no aviso prévio se tanto trabalhador como empregador concor- dar. 3. DispensA sem JustA cAusA: conceito e repercussões É o modelo regra de ruptura da relação contratual, principalmente, tratando-se do princípio que vigora quanto à continuidade da relação de emprego e das presunções favoráveis ao tra- balhador, com a aplicação da norma mais favorável. Relembre que o STF afirmou não ser autoaplicável o caput do artigo 7 da CF/1988, afas- tando a aplicabilidade da Convenção 158 da OIT, ocasião em que a dispensa não precisa ser motivada pelo empregador. Logo, admite-se a DENÚNCIA VAZIA do contrato de trabalho. No entanto, isso não é absoluto, na medida em que se proíbe a dispensa discriminatória. Nesse ponto, relembre comigo a súmula abaixo do TST: Súmula n. 443 do TST DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO Presume-se discrimi- natória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução,cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego. Esse conjunto de princípios está concentrado no teor da Súmula n. 212 do TST que é im- portante para a sua prova: Súmula n. 212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de ser- viço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Quando se trata de dispensa sem justa causa, o trabalhador tem o máximo de direitos, inclusive, todas as férias não gozadas durante o contrato de trabalho, e, ainda, as verbas refe- rentes às horas extras não pagas, 13º salários não pagos, aviso prévio, FGTS de todo o período contratual com a multa de 40% e, ainda, direito ao seguro-desemprego se preencher os requi- sitos legais. Além disso, não se pode dispensar quando se trata de garantia provisória no emprego, em regra. Se for esta a opção do empregador, deve ele pagar todo o valor dos salários do período da estabilidade. Estabilidade provisória é a proteção estabelecida na lei que proíbe o empregador de res- cindir o contrato de trabalho e demitir o empregado sem justa causa por um lapso de tempo. No caso da gestante, é preciso ficar atento com o entendimento do STF e do TST, no senti- do de precedentes em que a gestante não consegue estabilidade no emprego após fim do pra- zo do contrato por prazo determinado e da situação da empregada temporária. Esses temas são muito sensíveis e é preciso ficar em constante atualização. 4. rescisão inDiretA: conceito e repercussões Os efeitos da rescisão indireta são os mesmos que já trabalhamos acima sobre a dispensa sem justa causa. Aqui é o direito do trabalhador de resistir a uma relação trabalhista abusiva. Nesse aspecto, o direito de resistência se justifica exatamente pelo descumprimento de obrigações trabalhistas pelo empregador, configurando um abuso do poder diretivo do empre- gador. Esse direito de resistência pode ser exercido pelo trabalhador para fins de receber todas as verbas rescisórias, inclusive, aviso prévio indenizado e FGTS com a multa dos 40% e até alvarás ou as guias de seguro-desemprego. Existe aqui a justa causa do empregador. O empregador errou e, na concepção da CLT, será punido com os efeitos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Lembremos que nos casos de contrato por prazo determinado com cláusula assecuratória recíproca, é possível a rescisão indireta do contrato de trabalho também com todos os efeitos do contrato de trabalho de prazo indeterminado. Com isso, veja na CLT as hipóteses levantadas pelo legislador. Contudo, devem ser con- sideradas outras situações além das que constam, como, por exemplo, situação de assédio moral, assédio sexual, ausência de entregas de EPIs em tempos de pandemia: Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivel- mente a importância dos salários. § 1º O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço. § 2º No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao emprega- do rescindir o contrato de trabalho. § 3º Nas hipóteses das letras “d” e “g”, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. DICA! É possível rescisão indireta do trabalhador em situações de suspensão e interrupção do contrato de trabalho quando o empregador descumpre suas obrigações. O fato de o contrato estar provisoriamente paralisado, pode ocorrer situação que leve o trabalhador a pedir a rescisão do contrato por se tratar de uma das hipóteses de rescisão indireta. Ex.: suspensão in- justificada do plano de saúde ou dos recolhimentos do FGTS no caso de interrupção do contrato. O MESMO RACIOCÍNIO VALE PARA A DISPENSA POR JUSTA CAUSA DO EMPREGA- DOR EM RELAÇÃO AO OBREIRO. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela 001. (FCC/TRT-22ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) O empregado poderá considerar rescin- dido o contrato e pleitear a devida indenização quando forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios aos contratos. A assertiva estava em conformidade com a CLT: Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivel- mente a importância dos salários. Certo. O empregado pode considerar rescindido o contrato quando o empregador não cumprir com as obrigações contratuais, assim podendo pleitear o pagamento das respectivas indeni- zações, permanecendo ou não no serviço até a decisão do processo. 5. o peDiDo De Demissão Do trABAlhADor Nessa situação, o trabalhador não tem mais interesse em continuar a relação de emprego. Com isso, ele pede demissão. O motivo desse pedido de demissão pode ser tanto por encontrar outro emprego ou, simplesmente, por motivos pessoais. Nesse caso, o empregado deve pagar o aviso prévio ao empregador ou cumpri-lo, salvo se for o caso de encontrar outro emprego. Com o pedido de demissão, o empregado permanece com o direito de ter o recolhimento do FGTS, mas não pode levantá-lo e, ainda, não há direito à multa dos 40% do FGTS e nem ao seguro-desemprego. Esse pedido de demissão pode ocorrer tanto em CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADO e em CONTRATOSPOR PRAZO INDETERMINADO. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela DICA! É possível pedido de demissão do trabalhador em situações de suspensão e interrupção do contrato de trabalho quando o empregador descumpre suas obrigações. O fato de o con- trato estar provisoriamente paralisado, pode ocorrer situação que leve o trabalhador tenha interesse no pedido de demissão, mas é preciso ter cautela para não se configurar uma situação de coação disfarçada no caso concreto. O MESMO RACIOCÍ- NIO VALE PARA A DISPENSA POR JUSTA CAUSA DO EMPRE- GADOR EM RELAÇÃO AO OBREIRO. Há precedentes do TST, inclusive, do ano de 2020, em que o pedido de demissão afasta garantia de estabilidade provisória por gravidez. É irrelevante para o deslinde da questão o fato de a empregada desconhecer o seu estado gravídico no momento do pedido de demissão, já que a garantia constitucional de estabilidade gestante provisória, prevista no artigo 10, II, “b”, do ADCT, é para a dispensa arbitrária ou sem justa causa”. Se houve pedido de demissão e não dispensa pelo empregador, é válido. 6. extinção Do contrAto pelo pDv/pDi: mAis informAções É situação de DISTRATO DO CONTRATO DE TRABALHO, na medida em que as partes con- cordam em pôr fim à relação contratual. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou cole- tiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. Com base nisso, há precedentes do STF antes da Reforma Trabalhista que sustentam a possibilidade de QUITAÇÃO GERAL E IRREVOGÁVEL DA RELAÇÃO TRABALHISTA. Nesse caso, existe precedente do STF, no RE n. 590.415, em que ficou deliberado que pode existir os efeitos dessa quitação geral quando se trata de PDV ou PDI aprovado por negociação coletiva trabalhista com a participação de sindicato dos trabalhadores. Tem que existir aqui situação de AMPLA DIVULGAÇÃO que propicie a livre adesão do trabalhador ao que cons- ta no PLANO. Com a Reforma Trabalhista, esses planos tiveram AMPLOS PODERES RESCISÓRIOS, na mesma linha do que já deliberou o STF. Sugiro a leitura, para a prova, do artigo 477-B da CLT. 7. A pAnDemiA e os sistemAs De DispensA A pandemia trouxe, entre outros, a Lei n. 14020/2020, que não pode ser usada contra o trabalhador. Com isso, o empregador, ao aderir às regras de redução de jornada e salário e O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela suspensão contratual do trabalho, deve observar alguns limites relacionados à dispensa do trabalhador. Isso porque quando o empregador aderiu às regras da Lei n. 14.020/2020 que foi o produto da conversão da MP n. 936/2020, ele não pode simplesmente demitir o trabalhador, sob pena de algumas sanções. Durante o gozo desses benefícios, haverá uma ESPÉCIE DE GARANTIA PROVISÓRIA NO EMPREGO. A dispensa sem justa causa que ocorrer durante o período de garantia provisória no empre- go (sujeitará o empregador ao pagamento, além das parcelas rescisórias previstas na legisla- ção em vigor, de indenização no valor de: Art. 11, I – 50% (cinquenta por cento) do salário a que o empregado teria direito no período de ga- rantia provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário igual ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) e inferior a 50% (cinquenta por cento); II – 75% (setenta e cinco por cento) do salário a que o empregado teria direito no período de garantia provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário igual ou superior a 50% (cinquenta por cento) e inferior a 70% (setenta por cento); ou III – 100% (cem por cento) do salário a que o empregado teria direito no período de garantia provisó- ria no emprego, nas hipóteses de redução de jornada de trabalho e de salário em percentual igual ou superior a 70% (setenta por cento) ou de suspensão temporária do contrato de trabalho. Art. 12, § 4º Os acordos individuais de redução de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão temporária do contrato de trabalho, pactuados nos termos desta Lei, deverão ser comunicados pe- los empregadores ao respectivo sindicato da categoria profissional, no prazo de até 10 (dez) dias corridos, contado da data de sua celebração. § 6º Quando as condições do acordo individual forem mais favoráveis ao trabalhador, prevalecerão sobre a negociação coletiva. DICA! O disposto neste assunto não se aplica às hipóteses de pedido de demissão ou dispensa por justa causa do empregado. Ou seja, pode ser aplicada a justa causa ou ser aceito o pedido de demissão. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela RESUMO No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus. A gratificação cor- responderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral. A gratificação será proporcional: I - na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de safra, ainda que a relação de emprego haja findado antes de dezembro; e II - na cessação da relação de emprego resultante da aposentadoria do trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro. Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: trinta dias aos que per- ceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação de- pois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. A data de saída a ser anotada na CPTS deve corresponder a do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. De acordo com o artigo 484 da CLT, havendo culpa recíproca no ato que determinou a res- cisão do contrato de trabalho será reduzida à metade a indenização que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador. Apenas quando as causas listadas no artigo 483 da CLT, que trata dos casos de culpa ex- clusiva do empregador, entre elas o não cumprimento das obrigações do contrato ou ofensa física, forem concomitantes às faltas cometidas pelo empregado. Ainda segundo a legislação, para que a culpa recíproca seja configurada, as duas partes devem cometer faltasgraves e ter uma relação de causalidade, ou seja, uma produz a reação imediata da outra. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superio- res hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensi- velmente a importância dos salários. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Quando se trata de dispensa sem justa causa, o trabalhador tem o máximo de direitos, inclusive, todas as férias não gozadas durante o contrato de trabalho, e, ainda, as verbas refe- rentes às horas extras não pagas, 13º salários não pagos, aviso prévio, FGTS de todo o período contratual com a multa de 40% e, ainda, direito ao seguro-desemprego se preencher os requi- sitos legais. Extinção anormal do contrato de trabalho: Por ato do EMPREGADOR Por ato do EMPREGADO EXTINÇÃO ANORMAL DO CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO COM CLÁUSULA ASSECURATÓRIA DE DIREITO RECÍPROCO Direito a todas as verbas do contrato por prazo indeterminado. Direito ao aviso prévio. Direito à multa de 40% do FGTS. Direito ao pagamento de todas as verbas. Se preencher os requisitos, pode receber o seguro-desemprego. O empregado deve dar o aviso prévio ao trabalhador. Não há direito à multa de 40% do FGTS. Pagamento das demais verbas rescisórias. Não pode sacar o FGTS e nem tem direito ao seguro-desemprego. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Extinção do contrato por prazo indeterminado: Dispensa sem justa causa: tem o máximo de direitos trabalhistas para receber, inclusive, FGTS com a multa de 40% e seguro-desemprego. Morte do empregador? Às vezes. Pedido de demissão: ato do obreiro que perde o direito à multa de 40% do FGTS e seguro-desemprego. EXTINÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO Rescisão indireta: mesmos efeitos da dispensa sem justa causa. Morte do empregado. Extinção do estabelecimento. Dispensa por justa causa. Culpa recíproca - Súmula n. 14 do TST. PDV/PDI - DISTRATO - Reforma Trabalhista. Acordo entre as partes com a Reforma Trabalhista. Dispensa sem justa causa e rescisão indireta: DISPENSA SEM JUSTA CAUSA E RESCISÃO INDIRETA Direito ao aviso prévio proporcional de 30 dias, no mínimo. Direito ao FGTS com a multa de 40% e, se preencher as condições, ao seguro-desemprego. Todas as verbas rescisórias, proporcionais e vencidas. Estudar as Súmulas n. 182, 276, 389 do TST. Direito a todos os reajustamentos coletivos durante o aviso prévio, como, por exemplo, aumento do salário. Baixa a CTPS nos termos do término do aviso prévio, seja trabalhado ou indenizado. Se for demitido 30 dias antes da data-base, terá direito à indenização. Saldo de salários. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Pedido de demissão: O empregado é que deverá conceder o aviso prévio de 30 dias ao empregador. Veja a Súmula n. 276 do TST . Tem direito ao saldo de salários e outras verbas integrais e proporcionais. O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da CF/1988, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII. PEDIDO DE DEMISSÃO DO OBREIRO Não tem direito à multa de 40% do FGTS. Verbas rescisórias: VERBAS RESCISÓRIAS SEGUNDO O TST O empregado que se demite antes de complementar 12 meses de serviço tem direito a férias proporcionais. VERBAS em dispensa sem justa causa no contrato por prazo indeterminado ou determinado quando têm cláusulas assecuratórias: a possibilidade de dispensa pelo empregador de recebimento do empregado das seguintes verbas; aviso prévio, inclusive, com projeção no contrato; 13º salário proporcional; férias proporcionais com 1/3; FGTS com multa dos 40%. Extinção anormal do contrato de trabalho a pedido do trabalhador ou dispensa pela empresa quando existe no contrato CLÁUSULAS ASSECURATÓRIAS DE DIREITO RECÍPROCO: aplicação das normas que norteiam o contrato de trabalho por prazo indeterminado. O pagamento das férias, integrais ou proporcionais, gozadas ou não, na vigência da CF/1988, sujeita-se ao acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII. 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Acerca da cláusula compromissória de arbitragem que o empregador pretende inserir no contrato da empregada, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. a) A inserção não é possível, porque, no Direito do Trabalho, não cabe arbitragem em lides individuais. b) A cláusula compromissória de arbitragem não poderá ser inserida no contrato citado, em razão do salário recebido pela empregada. c) Não há mais óbice à inserção de cláusula compromissória de arbitragem nos contratos de trabalho, inclusive no de Gervásia. d) A cláusula de arbitragem pode ser inserida em todos os contratos de trabalho, sendo admi- tida de forma expressa ou tácita. A arbitragem coletiva era admitida no Direito brasileiro, antes mesmo da Reforma Trabalhista. O grande detalhe da Reforma foi trazer a possibilidade de arbitragem INDIVIDUAL nas lides in- dividuais, mas não pode alcançar qualquer tipo de relação trabalhista, pois depende da reunião de dois requisitos: formação do trabalhador – NÍVEL SUPERIOR – e do salário do referido que precisa ser superior ao dobro do maior benefício pago pelo INSS no que se refere ao RGPS – Regime Geral de Previdência Social. Com base nisso, destaca-se a CLT, no art. 507-A. Passou a legislação trabalhista a prever igualmente, de forma expressa, a possibilidade de utilização da arbitragempara resolver disputas trabalhistas. De acordo com a regra em questão, é possível a inserção de cláusula compromissória (espécie de convenção de arbitragem, ao lado do com- promisso arbitral) em contratos individuais de trabalho quando a remuneração for superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social. A alternativa que preenche os requisitos é a “b”, pois a cláusula compromissória pre- cisa ser expressa, é admitida e exige requisitos específicos para tais fins. Com isso, não se esqueça: é preciso que o trabalhador tenha nível superior e a remuneração do empregado seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Além disso, a cláusula compromissória seja pactuada “por iniciativa do em- pregado ou mediante sua concordância expressa, nos termos previstos na lei 9.307. Trata-se de avanço para a arbitragem no Direito do Trabalho, considerando a jurisprudência do TST em geral refratária à arbitrabilidade de direitos trabalhistas individuais. Letra b. 003. (FGV/2019/OAB/PRIMEIRA FASE) A sociedade empresária Ômega Ltda. deseja reduzir em 20% o seu quadro de pessoal, motivo pelo qual realizou um acordo coletivo com o sindicato O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela de classe dos seus empregados, prevendo um Programa de Demissão Incentivada (PDI), com vantagens econômicas para aqueles que a ele aderissem. Gilberto, empregado da empresa havia 15 anos, aderiu ao referido Programa em 12/10/2018, recebeu a indenização prometi- da sem fazer qualquer ressalva e, três meses depois, ajuizou reclamação trabalhista contra o ex-empregador. Diante da situação apresentada e dos termos da CLT, assinale a afirmati- va correta. a) adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI) não impede a busca, com sucesso, por direitos lesados. b) A quitação plena e irrevogável pela adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI) so- mente ocorreria se isso fosse acertado em convenção coletiva, mas não em acordo coletivo. c) O empregado não terá sucesso na ação, pois conferiu quitação plena. d) A demanda não terá sucesso, exceto se Gilberto previamente devolver em juízo o valor rece- bido pela adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI). a) Errada. Confere quitação geral. b) Errada. A lei fala em norma coletiva que pode ser acordo ou convenção coletiva de trabalho. d) Errada. A lei não tem essa previsão e também em nome dos princípios da segurança jurídica e da boa-fé, em que não se admite essa possibilidade. Em conformidade com as últimas orientações do STF e do TST, a Reforma Trabalhista veio no sentido de fazer constar a quitação geral das regras estabelecidas e das verbas de todo o contrato de trabalho quando se realizar Plano de Demissão Voluntária (PDV) e PDI. O Plano de Demissão Voluntária ou programa de incentivo à demissão voluntária, doravante chamado PDV, tem por objetivo conceder uma vantagem pecuniária ao empregado que se desligar do trabalho voluntariamente. Nos termos do 477-B inserido na CLT pela Lei n. 13.467/2017 (Re- forma Trabalhista), é esta: havendo previsão em norma coletiva, haverá quitação geral, plena e irrevogável dos direitos trabalhistas. Quando se fala em norma coletiva, pode ser ACORDO OU NEGOCIAÇÃO COLETIVA, pois a lei fez referência ao gênero. Em não havendo previsão em nor- ma coletiva, dar-se-á quitação apenas das parcelas e valores, com base na OJ 270 da SDI-1 do TST. Em suma, A Lei n. 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) ao dispor sobre o PDV, em seu art. 477-B, informa que o plano de demissão voluntária ou incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, enseja a quitação plena e irrevogável dos direitos da relação de emprego, desde que previstos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Com base nas li- ções de Henrique Correia (CORREIA, 2018, p. 439), tem-se mais uma que enfatiza a força dos instrumentos coletivos de trabalho. Letra c. 004. (FGV/2019/OAB/PRIMEIRA FASE) Em uma grande empresa que atua na prestação de serviços de telemarketing e possui 250 funcionários, trabalham as empregadas listadas a seguir: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Alice, que foi contratada a título de experiência, e, um pouco antes do término do seu contra- to, engravidou; Sofia, que foi contratada a título temporário, e, pouco antes do termo final de seu contrato, sofreu um acidente do trabalho; Larissa, que foi indicada pelo empregador para compor a CIPA da empresa; Maria Eduarda, que foi eleita para a comissão de representantes dos empregados, na forma da CLT alterada pela Lei nº 13.467/17 (reforma trabalhista). Diante das normas vigentes e do entendimento consolidado do TST, assinale a opção que indica as empregadas que terão garantia no emprego. a) Sofia e Larissa, somente. b) Alice e Maria Eduarda, somente. c) Alice, Sofia e Maria Eduarda, somente. d) Alice, Sofia, Larissa e Maria Eduarda. Aqui estamos tratando de garantia provisória no emprego, inclusive, na nova modalidade de garantia estabelecida pela CLT, que foi a de representantes dos empregados. Com base nisso, no caso de Alice, que foi contratada a título de experiência, e, um pouco antes do término do seu contrato, engravidou, há a proteção do direito do trabalho, nos termos do art. 10 do ADCT da CF/1988 e entendimento do TST; Sofia, que foi contratada a título temporário, e, pouco antes do termo final de seu contrato, sofreu um acidente do trabalho – para o TST aqui existe sim a garantia provisória, por se tratar de ACIDENTE; Larissa, que foi indicada pelo empregador para compor a CIPA da empresa – nesse caso, ela não tem direito à garantia provisória, salvo se tivesse eleita pelos empregados; Maria Eduarda, que foi eleita para a comissão de represen- tantes dos empregados – foi a inovação da Reforma Trabalhista. Então todas teriam a garantia provisória no emprego, salvo a Larissa. Veja aqui o entendimento do TST: de acordo com o item III da Súmula n. 378 do TST, o empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza de garantia provisória de emprego em caso de acidente de trabalho, nos termos do art. 118 da Lei da Previdência Social (Lei n. 8.213/1991). A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito à estabilidade provisória de um repositor de loja da Mazzini – Administração e Empreitas Ltda, de São Paulo (SP). Ele prestava serviços ao Carre- four Shopping Taboão, em Taboão da Serra (SP), e sofreu acidente a caminho do trabalho. A decisão segue o entendimento consolidado do TST sobre a matéria. Acidente e demissão O empregado contou, na reclamação trabalhista, que o acidente acarretou uma lesão que exigiu a realização de procedimento cirúrgico. Durante o afastamento de 30 dias, foi demitido. Ele sustentou que teria direito à estabilidade provisória, pois acidentes ocorridos durante o deslo- camento para o trabalho constituem acidentes de trabalho. Letra c. 005. (FGV/2019/OAB/PRIMEIRA FASE) Reinaldo é empregado da padaria Cruz de Prata Ltda., na qual exerce a função de auxiliar de padeiro, com jornada de segunda a sexta-feira,das 12h O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela às 17h, e pausa alimentar de 15 minutos. Aproxima-se o final do ano, e Reinaldo aguarda ansio- samente pelo pagamento do 13º salário, pois pretende utilizá-lo para comprar uma televisão. A respeito do 13º salário, assinale a afirmativa correta. a) Com a reforma da CLT, a gratificação natalina poderá ser paga em até três vezes, desde que haja concordância do empregado. b) A gratificação natalina deve ser paga em duas parcelas, sendo a primeira entre os meses de fevereiro e novembro e a segunda, até o dia 20 de dezembro de cada ano. c) Atualmente é possível negociar a supressão do 13º salário em convenção coletiva de trabalho. d) O empregado tem direito a receber a primeira parcela do 13º salário juntamente com as férias, desde que a requeira no mês de março. a) Errada. Não há essa previsão, continuando a possibilidade de duas vezes. c) Errada. Nos termos do art. 611-B da CLT. d) Errada. No mês de janeiro. Acerca do 13º salário, existe legislação específica, no sentido de que: Art. 1º A gratificação salarial instituída pela Lei número 4.090, de 13 de julho de 1962, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano, compensada a importância que, a título de adiantamento, o empregado houver recebido na forma do artigo seguinte. Art. 2º Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adianta- mento da gratificação referida no artigo precedente, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior § 1º O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento, no mesmo mês, a todos os seus empregados. § 2º O adiantamento será pago ao ensejo das férias do empregado, sempre que este o requerer no mês de janeiro do correspondente ano. Art. 3º Ocorrendo a extinção do contrato de trabalho antes do pagamento de que trata o Art. 1º des- ta Lei, o empregador poderá compensar o adiantamento mencionado com a gratificação devida nos termos do Art. 3º da Lei número 4.090, de 13 de julho de 1962, e, se não bastar, com outro crédito de natureza trabalhista que possua o respectivo empregado. Letra b. 006. (FGV/2019/OAB/PRIMEIRA FASE) Uma indústria de calçados, que se dedica à expor- tação, possui 75 empregados. No último ano, Davi foi aposentado por invalidez, Heitor pediu demissão do emprego, Lorenzo foi dispensado por justa causa e Laura rompeu o contrato por acordo com o empregador, aproveitando-se da nova modalidade de ruptura trazida pela Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista). De acordo com a norma de regência, assinale a opção que indica, em razão dos eventos relatados, quem tem direito ao saque do FGTS. a) Davi e Laura, somente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela b) Todos poderão sacar o FGTS. c) Laura, somente. Davi pode receber, pois foi dispensado por invalidez. d) Davi, Heitor e Lorenzo, somente. Se Heitor pediu demissão, não pode sacar. Lorenzo não pode receber, pois foi dispensado por justa causa. Quem pediu demissão não pode sacar FGTS. Nos casos de aposentadoria por invalidez é possível o saque do FGTS? Sim, conforme previsto no art. 20 da Lei n. 8.036/1990, a conta do FGTS poderá ser movimentada nos casos de apo- sentadoria pela Previdência Social, inclusive nos casos de aposentadoria por invalidez. Quem pede demissão ou é dispensado por justa causa não pode fazer saque de FGTS. Com isso, as pessoas acima que pediram demissão ou demitidas por justa causa não fazem jus. Mas pela LEI DO FGTS, os aposentados por invalidez podem fazer saque do FGTS, assim como aque- les que fizeram acordo com o seu empregador. A demissão em comum acordo foi incluída na Reforma Trabalhista como forma de regulamentação de negociações ilegais feitas entre empregadores e funcionários. A demissão em comum acordo ocorre quando a empresa e o colaborador definem o fim do contrato de trabalho de forma consensual. Nos termos do art. 484-A da CLT: Assim que firmado o acordo o trabalhador terá direito ao receber o pagamento das verbas rescisó- rias, mas com algumas limitações que antes não existiam e que a fazem ser diferentes das outras formas de extinção do contrato de trabalho. O empregado que aceitar o acordo receberá as verbas rescisórias da seguinte forma: a) o valor devido de aviso prévio indenizado será pago ao empregado apenas a metade, ou seja, a multa rescisória é de 40%, mas será pago ao empregado apenas 20% do calculado sobre o FGTS. Letra a. 007. (FGV/2018/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/PRIMEIRA FASE) Paula trabalha na re- sidência de Sílvia três vezes na semana como passadeira. Em geral, comparece às segundas, quartas e sextas, mas, se necessário, mediante comunicação prévia, comparece em outro dia da semana, exceto sábados, domingos e feriados. A CTPS não foi assinada e o pagamento é por dia de trabalho. Quando Paula não comparece, não recebe o pagamento e não sofre pu- nição, mas Sílvia costuma sempre pedir que a ausência seja previamente comunicada. Paula procura você, como advogado(a), com dúvida acerca da sua situação jurídica. À luz da legisla- ção específica em vigor, assinale a opção que contempla a situação de Paula. a) Paula é diarista, pois trabalha apenas 3 vezes na semana. b) Paula é autônoma, porque gerencia seu próprio trabalho, dias e horários. c) Paula é empregada eventual. d) Paula é empregada doméstica. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela Paula é doméstica, principalmente, porque labora mais dois dias da semana, conforme o art. 1ª da LC n. 150/2015. Ainda preenche os requisitos do art. 3ª da CLT, principalmente, mediante a subordinação jurídica, na medida em que obedece às ordens, jornada, valor do salário e ainda tem que avisar o dia em que não comparece, justificando, não podendo se substituir. Logo, não é autônoma, mas, sim, doméstica. Letra d. 008. (FGV/2018/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/PRIMEIRA FASE) Gilda e Renan são em- pregados da sociedade empresária Alfa Calçados Ltda. há 8 meses, mas, em razão da crise econômica no setor, o empregador resolveu dispensá-los em outubro de 2018. Nesse sentido, concedeu aviso prévio indenizado de 30 dias a Gilda e aviso prévio trabalhado de 30 dias a Renan. Em relação ao prazo máximo, previsto na CLT, para pagamento das verbas devidas pela extinção, assinale a afirmativa correta. a) Ambos os empregados receberão em até 10 dias contados do término do aviso prévio. b) Gilda receberá até o 10º dia do término do aviso e Renan, até o 1º dia útil seguinte ao término do aviso prévio. c) Gilda e Renan receberão seus créditos em até 10 dias contados da concessão do aviso prévio. d) Gilda receberá até o 1º dia útil seguinte ao término do aviso prévio e Renan, até o 10º dia do términodo aviso. a) Certa. Sim, pois com a Reforma Trabalhista foi uniformizado o prazo. b) Errada. Não, pois com a Reforma Trabalhista foi uniformizado o prazo. c) Errada. Não, pois com a Reforma Trabalhista foi uniformizado o prazo. d) Errada. Não, pois com a Reforma Trabalhista foi uniformizado o prazo. A Reforma Trabalhista especificou uma UNIFORMIZAÇÃO DE PRAZOS quanto ao pagamento das verbas rescisórias. No que se refere ao prazo para pagamento das verbas trabalhistas, em que se inclui também o aviso prévio proporcional, não se faz mais distinção, devem ser pagas em até 10 dias, conforme o § 6º do art. 477 pela Lei n. 13.467/2017, sendo aviso prévio traba- lhado ou indenizado. Nesse sentido, dispõe a CLT: Art. 477, § 6º A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela 009. (FGV/2018/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/PRIMEIRA FASE) O sindicato dos empregados em tinturaria de determinado município celebrou, em 2018, acordo coletivo com uma tinturaria, no qual, reconhecendo-se a condição financeira difícil da empresa, aceitou a redução do percentual de FGTS para 3% durante 2 anos. Sobre o caso apresentado, de acordo com a previsão da CLT, assinale a afirmativa correta. a) É válido o acerto realizado porque fruto de negociação coletiva, ao qual a reforma trabalhista conferiu força legal. b) Somente se houver homologação do acordo coletivo pela Justiça do Trabalho é que ele terá validade em relação ao FGTS. c) A cláusula normativa em questão é nula, porque constitui objeto ilícito negociar percentu- al de FGTS. d) A negociação acerca do FGTS exigiria que, ao menos, fosse pago metade do valor devido, o que não aconteceu no caso apresentado. Existe, segundo discriminado na Reforma Trabalhista, do que pode ser delimitado em termos de negociação coletiva. O percentual do FGTS não pode ser objeto de transação. Com base nisso, destaca-se a CLT: Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclu- sivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: I – normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e Previdên- cia Social; II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III – valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); IV – salário mínimo […]. Letra c. 010. . (FGV/2018/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/PRIMEIRA FASE) Considerando a gra- ve crise financeira que o país atravessa, a fim de evitar a dispensa de alguns funcionários, a metalúrgica Multiforte Ltda. pretende suspender sua produção por um mês. O Sindicato dos Empregados da indústria metalúrgica contratou você para, como advogado, buscar a solução para o caso. Segundo o texto da CLT, assinale a opção que apresenta a solução de acordo mais favorável aos interesses dos empregados. a) Implementar a suspensão dos contratos de trabalho dos empregados por 30 dias, por meio de acordo individual de trabalho. b) Conceder férias coletivas de 30 dias. Correto, pois há a possibilidade de férias coletivas. c) Promover o lockout. d) Implementar a suspensão dos contratos de trabalho dos empregados por 30 dias, por meio de acordo coletivo de trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela a) Errada. Precisa de convenção coletiva. c) Errada. É proibido. d) Errada. Aqui, os contratos de trabalhos suspensos geram problemas de continuidade do trabalho aos empregados. O ideal e menos penoso aos trabalhadores é a concessão de férias coletivas aos trabalhadores na medida em que não haverá suspensão dos direitos trabalhistas. LOCKOUT se trata de greve do próprio empregador, o que é vedado expressamente pelo Direito do Trabalho. No caso de suspensão do contrato de trabalho, isso pode gerar uma situação pior ao obreiro, na medida em que suspendem todos os efeitos do contrato de trabalho, seja no que se refere ao direito de recolhimento do FGTS como também da contagem de tempo de contribuição e serviços para a aposentadoria futura do trabalhador ou para a consecução de qualquer outro direito previdenciário. Letra b. 011. (FGV/2018/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/PRIMEIRA FASE) Em 2018, um sindicato de empregados acertou, em acordo coletivo com uma sociedade empresária, a redução geral dos salários de seus empregados em 15% durante 1 ano. Nesse caso, conforme dispõe a CLT, a) uma contrapartida de qualquer natureza será obrigatória e deverá ser acertada com a socie- dade empresária. b) a contrapartida será a garantia no emprego a todos os empregados envolvidos durante a vigência do acordo coletivo. c) a existência de alguma vantagem para os trabalhadores para validar o acordo coletivo será desnecessária. d) a norma em questão será nula, porque a redução geral de salário somente pode ser acertada por convenção coletiva de trabalho. a) Errada. Não é obrigatória a contrapartida. b) Errada. Não necessariamente. d) Errada. Pode ser por acordo coletivo ou convenção coletiva. Nos termos do art. 7ª da CF/1988, é possível a redução de salários mediante negociação cole- tiva. Sobre o tema, ainda, trata o art. 611-A da CLT que trata: § 2º A inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio jurídico. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela § 3º Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. Letra c. 012. (FGV/2018/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/PRIMEIRA FASE) Gustavo foi emprega- do da empresa Pizzaria Massa Deliciosa. Após a extinção do seu contrato, ocorrida em julho de 2018, as partes dialogaram e confeccionaram um termo de acordo extrajudicial, que levaram à Justiça do Trabalho para homologação. O acordo em questão foi assinado pelas partes e por um advogado, que era comum às partes. Considerando o caso narrado, segundo os ditames da CLT, assinale a afirmativa correta. a) Viável a homologação do acordo extrajudicial, porque fruto de manifestação de vontade das partes envolvidas. b) Não será possível a homologação, porque empregado e empregador não podem ter advo- gado comum. c) Impossível a pretensão, porque, na Justiça do Trabalho, não existe procedimento especial de jurisdiçãovoluntária, mas apenas contenciosa. d) Para a validade do acordo proposto, seria necessário que o empregado ganhasse mais de duas vezes o teto da Previdência Social. a) Errada. Precisam de dois advogados diferentes. c) Errada. A Reforma Trabalhista permite. d) Errada. Aqui, se trata de arbitragem individual diferente do que se refere à questão, qual seja, a homologação de acordo extrajudicial. Nesse sentido, destaca-se a CLT que passou a prever a possibilidade de homologação extraju- dicial diferente da arbitragem individual: Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. § 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum. § 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8º art. 477 desta Consolidação. Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença. Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo. Letra b. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela 013. (FGV/2018/OAB/EXAME DE ORDEM) Unificado Primeira Fase Um empregado de 65 anos foi admitido em 10/05/2011 e dispensado em 10/01/2013. Ajuizou reclamação traba- lhista em 05/12/2016, postulando horas extras e informando, na petição inicial, que não ha- veria prescrição porque apresentara protesto judicial quanto às horas extras em 04/06/2015, conforme documentos que juntou aos autos. Diante da situação retratada, considerando a Lei e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. a) A prescrição ocorreu graças ao decurso do tempo e à inércia do titular. b) A prescrição foi interrompida com o ajuizamento do protesto. c) A prescrição ocorreu, porque não cabe protesto judicial na seara trabalhista. d) A prescrição não corre para os empregados maiores de 60 anos. a) Errada. Houve protesto judicial e tal medida tem a chancela do TST. b) Certa. Nos termos do TST. c) Errada. Há entendimento do TST em sentido contrário. d) Errada. Não existe essa previsão. Com a Reforma Trabalhista, houve alteração quanto à suspensão e interrupção da prescrição no Direito do Trabalho. Destaca-se a o TST: Conforme preconiza a OJ 392 da SBDI-1 do TST, o protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho e o ajuizamento da ação, por si só, interrompe o prazo prescricional. Destaca-se também a CLT: Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. § 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. § 2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de altera- ção ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. § 3º A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produ- zindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos. Letra b. 014. (FGV/2016/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO PRIMEIRA FASE) João pretende se aposentar e, para tal fim, dirigiu-se ao órgão previdenciário. Lá ficou sabendo que o seu tempo de contribuição ainda não era suficiente para a aposentadoria, necessitando computar, ainda, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela 18 meses de contribuição. Ocorre que João, 25 anos antes, trabalhou por dois anos como empregado para uma empresa, mas não teve a CTPS assinada. De acordo com a CLT, sobre uma eventual reclamação trabalhista, na qual João viesse a postular a declaração de vínculo empregatício para conquistar a aposentadoria, assinale a afirmativa correta. a) Se a empresa arguir a prescrição a seu favor, ela será conhecida pelo juiz, já que ultrapassa- do o prazo de 2 anos para ajuizamento da ação. b) Não há o instituto da prescrição na seara trabalhista porque prevalece o princípio da prote- ção ao empregado. c) O prazo, na hipótese, seria de 5 anos e já foi ultrapassado, de modo que a pretensão estaria fulminada pela prescrição total. d) Não haverá prescrição, pois a demanda tem por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. a) Errada. Aqui, é pedido declaratório em que não corre a prescrição. b) Errada. Existe previsão sim de prescrição de verbas condenatórias. c) Errada. Há o art. 11 da CLT com prescrição bienal e quinquenal. Destaca-se também a CLT: Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. § 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. § 2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de altera- ção ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. § 3º A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produ- zindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos. Letra d. 015. (FGV/2013/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/PRIMEIRA FASE) Félix trabalhou na empresa Só Patinhas Pet Shop de 03.01.2011 a 15.06.2011, quando recebeu aviso prévio in- denizado. Em 10.07.2013 procurou a comissão de conciliação prévia de sua categoria, recla- mando contra a ausência de pagamento de algumas horas extras. A sessão foi designada para 20.07.2013, mas a empresa não compareceu. Munido de declaração neste sentido, Félix ajuizou reclamação trabalhista em 22.07.2013 postulando as referidas horas extraordinárias. Em defesa, a ré arguiu prescrição bienal. A partir dessa situação, assinale a afirmativa correta. a) Ocorreu prescrição porque a ação foi ajuizada após dois anos do rompimento do contrato O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Bruna Rafaela - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 72www.grancursosonline.com.br O Décimo Terceiro Salário, Aviso Prévio, a Dispensa sem Justa Causa, Rescisão Indireta, DIREITO DO TRABALHO Maria Rafaela b) Não se cogita
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