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Prévia do material em texto

SOCIOLOGIA
Organização Político-
Administrativa do Estado
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230111255716
LUCIANO DUTRA
Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor 
de livros. Professor de Direito Constitucional com ampla experiência em cursos 
preparatórios para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais e on-line. 
Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela Universidade 
Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado 
em Ciências Militares.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MAYARA LETICIA TRINDADE - 03882001119, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Organização Político-Administrativa do Estado
Luciano Dutra
SUMÁRIO
Organização Político-Administrativa do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Conceito de Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Formas De Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3. Formas de Governo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4. Sistemas de Governo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5. Regimes de Governo ou Regimes Políticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6. Art. 18, Caput . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
7. União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
8. Estados-Membros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
9. Distrito Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
10. Municípios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
11. Territórios Federais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
12. Formação dos Estados-Membros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
13. Formação dos Municípios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
14. Vedação aos Entes Federados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
15. Intervenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Questões de concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
gabarito comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
 
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Luciano Dutra
1) APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), tudo bem? Espero que este texto lhe encontre feliz e com saúde. 
Inicialmente, gostaria de manifestar a minha imensa satisfação de participar dessa 
importante e decisiva caminhada rumo ao tão sonhado cargo público. Muito obrigado por 
confiar no nosso trabalho.
A caminhada não será fácil, mas não se assuste, pois estamos aqui para ajudá-lo(a) 
nesta batalha. Seremos soldados de todas as horas para JUNTOS enfrentarmos essa guerra.
Antes de tudo, permita-me me apresentar. Meu nome é LUCIANO DUTRA ou apenas LD. 
Sou Professor de Direito Constitucional com ampla experiência em cursos preparatórios 
para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais e online e autor de diversas obras, 
dentre as quais o nosso Direito Constitucional Essencial, que já se encontra na 4ª edição 
pela Editora Método. Sou dedicado, também, em estudar a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal. Exerço, com muito orgulho e após intenso esforço, o cargo de Advogado da 
União desde 2009. Comecei minha caminhada na seara dos concursos públicos muito cedo, 
sendo aprovado no concurso público para Escola Preparatória de Cadetes do Exército aos 
15 anos de idade. Graduei-me em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora e sou 
especialista em Direito Público. Sou, ainda, graduado em Ciências Militares pela Academia 
Militar das Agulhas Negras do Exército Brasileiro e Pós-Graduado em Ciências Militares pela 
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército Brasileiro, sendo 4º colocado de minha 
turma. Além disso, importante dizer que fui aprovado em diversos concursos públicos.
Quer me conhecer um pouco mais? Acesse o link https://www.youtube.com/
watch?v=fyhpellsL_Q.
Este material foi preparado com muito carinho e dedicação para servir de ferramenta 
eficaz para a sua aprovação. 
Nosso audacioso objetivo é que você gabarite as questões de Direito Constitucional 
neste tão aguardado concurso para Oficial do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Rio 
de Janeiro.
Pois bem, agora que você já me conhece, passemos aos ensinamentos do desafiador 
Direito Constitucional, trazendo primeiramente dicas valiosas de como estudar nossa 
disciplina. Venha comigo!!!
2) COMO ESTUDAR O DIREITO CONSTITUCIONAL: O TRIPÉ DA APROVAÇÃO
Para ser aprovado em concurso público, independentemente do nível de exigência do 
cargo pleiteado, você precisa ultrapassar a disciplina Direito Constitucional. Para facilitar 
o caminho até a tão sonhada conquista, superando o possível trauma inicial causado pelo 
primeiro contato com os intangíveis e incomuns conceitos do Direito Constitucional, trarei 
 
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uma ferramentatestada e aprovada pelos meus saudosos alunos e alunas: aquilo que 
denominei de TRIPÉ DA APROVAÇÃO. 
Pois bem, meu (minha) querido(a) discente, o estudo do Direito Constitucional para 
concursos públicos se apoia em três bases: uma boa doutrina, a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal e a leitura incessante da Constituição Federal. Além, é claro, da resolução 
das provas anteriores e da escolha de um excelente curso preparatório ( já começou com 
o pé direito, escolhendo o Gran Cursos Online – centro de excelência que já aprovou 
milhares de ex-alunos).
De início, você deve selecionar uma OBRA DE QUALIDADE. Um bom livro para concurso 
público deve trazer os assuntos mais importantes de forma objetiva, sintetizando a doutrina 
constitucionalista mais abalizada, a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, 
e somada, se possível, a quadros sinóticos, dicas e exercícios de fixação retirados das provas 
já aplicadas.
É importante que a obra se encaixe no seu perfil. Para ajudá-lo(a) nesta difícil tarefa, 
seguem algumas indicações bibliográficas, dentre tantas outras existentes no mercado 
editorial: 
• Luciano Dutra, Direito Constitucional Essencial, Editora Método (4ª edição); 
• Alexandre de Moraes, Direito Constitucional, Editora Atlas; 
• Alexandre de Moraes, Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 
Editora Atlas; 
• Dirley da Cunha Júnior, Curso de Direito Constitucional, Editora Juspodivm;
• Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco, Curso de Direito Constitucional, 
Editora Saraiva;
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• Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Curso de Direito Constitucional, Editora Saraiva; 
• Marcelo Novelino, Direito Constitucional, Editora Juspodivm; 
• Pedro Lenza, Direito Constitucional Esquematizado, Editora Saraiva; 
• Sylvio Clemente da Motta Filho, Direito Constitucional: teoria, jurisprudência e 
questões, Editora Campus/Elsevier; 
• Uadi Lammêgo Bulos, Curso de Direito Constitucional, Editora Saraiva; e
• Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional Descomplicado, Editora 
Método.
Como a escolha da obra é algo muito pessoal, o ideal é você ler alguns trechos dos livros 
selecionados e sentir se a linguagem do autor lhe é agradável. Importante lembrar, ademais, 
que nenhuma obra é “completa”, de tal forma que é fundamental acompanhar a leitura do 
livro com as informações atualizadas trazidas por nosso curso de Direito Constitucional.
Não deixe de pesquisar também a obra eletrônica disponibilizada no site do STF chamada 
“A Constituição e o Supremo”. É gratuita e ajuda o candidato no pleno entendimento da 
Constituição Federal à luz das decisões atuais da Suprema Corte. 
MAS, se você adotar nosso PDF como material de estudo, eu lhe asseguro que terá 
TUDO o que é necessário para gabaritar Direito Constitucional. Utilize o livro escolhido 
apenas como complemento, se for o caso.
A segunda base do TRIPÉ DA APROVAÇÃO é a JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL. A maneira mais eficiente para você estar atualizado(a) com as recentes decisões do STF 
é ler os Informativos de jurisprudência disponibilizados semanalmente no site da Corte. 
Mas cuidado ao manusear o Informativo! Não há necessidade de ler todas as partes, mas 
apenas aquelas que se inserem no conteúdo do edital do seu concurso. Tenha senso de 
seleção. Por exemplo, se no seu certame não cai Direito Tributário, você não precisa estudar 
as decisões afetas a esse ramo do Direito. Reconheço o quão difícil é ler e compreender os 
Informativos do STF. Para ajudá-lo(a), terei o zelo de trazer para dentro do nosso PDF as 
decisões recentes do STF que poderão impactar os concursos públicos. Destaque-se que 
a importância do estudo da jurisprudência está intimamente ligada ao grau de dificuldade 
do certame: quanto mais difícil é o concurso maior a cobrança da jurisprudência. Ou seja, 
concursos das carreias jurídicas, concursos das carreiras do Poder Legislativo, concursos 
para a área fiscal, concursos das áreas de gestão e controle cobram com mais frequência a 
jurisprudência do STF. Para você que fará concurso para estas áreas citadas, deixo ao final 
das aulas um repositório de súmulas e jurisprudência aplicáveis, de leitura obrigatória. 
Outros concursos como os das carreiras policiais, concursos para as demais área do Poder 
Executivo, concursos de nível médio exigem mais a literalidade da Constituição Federal e 
não costumam cobrar o conhecimento da jusrisprudência. Caso você deseja fazer estes 
concursos em que a jurisprudência não é muito cobrada, as súmulas e jurisprudência aplicáveis 
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que acompanham o material deverão ser encaradas como mera leitura complementar, se 
houver tempo. Não se trata de leitura obrigatória, é apenas um brinde do LD para você. 
Portanto, direcione a leitura deste PDF de acordo com a sua realidade. Para este concurso 
de Oficial do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Rio de Janeiro, não há necessidade 
de ler a jurisprudência trazida ao final de cada aula. Considere-a como um presente do LD 
para concursos futuros.
Fechando o TRIPÉ DA APROVAÇÃO, é imprescindível ler e reler o TEXTO DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL, palco de cobrança de infindáveis questões. O examinador de qualquer banca, 
muitas das vezes, traz para o bojo da prova a literalidade do Texto Maior. Para tanto, tenha 
sempre em mãos uma Constituição Federal atualizada, contendo as emendas constitucionais 
mais recentes. Temas como os Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (art. 5º), os Direitos 
Sociais (arts. 6º ao 11), o elenco dos bens da União (art. 20), os bens atribuídos aos Estados-
membros (art. 26), a repartição constitucional de competências (arts. 21 a 24), as atribuições 
do Congresso Nacional e de suas Casas - Câmara dos Deputados e Senado Federal (arts. 48 
a 52), as atribuições do Presidente da República (art. 84), as composições e as competências 
dos órgãos do Poder Judiciário (arts. 101 a 126) dependem muito mais do seu esforço pessoal 
em ler a Constituição Federal até a exaustão do que assistir uma brilhante aula expositiva 
ou a leitura de uma obra doutrinária de qualidade. Nesse viés, para facilitar a sua vida, vou 
transcrever no PDF as partes da Constituição Federal que exigem a assimilação por você.
Além da preparação teórica proposta, que necessariamente passará pelo TRIPÉ DA 
APROVAÇÃO, é fundamental a RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES dos concursos públicos anteriores. 
Aqui, também temos uma dica valiosa: faça as questões recentes da banca que realizará o 
seu certame, desde que de editais similares, e todas as questões passadas dos concursos 
anteriores do cargo que você pleiteia, independentemente da banca. Com isso, você fixará 
os conhecimentos já adquiridos e levantará os temas que precisa melhorar. Nosso PDF 
conta, também, com um rol de exercícios minuciosamente selecionados para a sua 
preparação. Além disso, você pode contar com o GRAN CURSOS QUESTÕES que contém 
inúmeras questões para ajudá-lo(a) na sua aprendizagem.
Em se falando das bancas examinadoras, é importantíssimo conhecer o seu “inimigo”. 
Ensina Sun Tzu em “A arte da guerra”, capítulo 10, que: “conheça o inimigoe a si mesmo e 
você obterá a vitória sem qualquer perigo; conheça terreno e as condições da natureza, e 
você será sempre vitorioso”. No seu caso, o “inimigo” é a banca examinadora e o “terreno” 
são as provas passadas desta banca. 
Para facilitar o pleno conhecimento do “inimigo” e do “terreno”, segue uma análise 
pessoal das bancas examinadoras mais importantes, à luz do TRIPÉ DA APROVAÇÃO:
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CESPE Vunesp FCC FGV
DOUTRINA Importante Importante Importante Muito importante
JURISPRUDÊNCIA Muito importante Importante Importante Importante
CF/88 Muito importante Muito importante Muito importante Muito importante
Note que a leitura da Constituição Federal é SEMPRE muito importante!
Concluindo, é certo que o Direito Constitucional estará na sua prova. Não se assuste 
com o “choque” inicial que essa disciplina pode lhe causar. Está longe de ser um “bicho de 
sete cabeças”. Apoie-se no TRIPÉ DA APROVAÇÃO (a doutrina, a jurisprudência do STF e a 
Constituição Federal), faça infindáveis exercícios de fixação e se valha de um excelente curso 
preparatório como o Gran Cursos Online que, com isso, o seu sucesso estará garantido. 
Nosso PDF tem a audácia de garantir a você as informações necessárias para GABARITAR 
Direito Constitucional, basta ter foco, força de vontade e fé na missão!!!
3) O DIREITO CONSTITUCIONAL E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Valeremo-nos, doravante, deste PDF para ensinar-lhe o desafiador e saboroso Direito 
Constitucional. Mas o que é o Direito Constitucional? Segundo as palavras do iluminado 
jurista e, a nosso sentir, o maior constitucionalista do País José Afonso da Silva1, o Direito 
Constitucional pertence ao setor do Direito Público. Distingue-se dos demais ramos do 
Direito Público pela natureza específica de seu objeto e pelos princípios peculiares que o 
informam. Configura-se como Direito Público fundamental por referir-se diretamente à 
organização e funcionamento do Estado, à articulação dos elementos primários do mesmo 
e ao estabelecimento das bases da estrutura política. Conclui o citado mestre que o Direito 
Constitucional pode ser definido como “o ramo do Direito Público que expõe, interpreta 
e sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado”. 
Em nosso Direito Constitucional Essencial2 definimos Direito Constitucional como 
“o ramo do Direito Positivo Público que estuda a Constituição Federal, considerada como 
norma jurídica suprema que organiza o Estado pelos seus elementos constitutivos (povo, 
território, governo, soberania e finalidade), atribuindo-lhe poder e, ao mesmo tempo, 
limitando o exercício desse poder pela previsão de direitos e garantias fundamentais e 
pela separação de poderes”.
1 Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. 39ª edição. 2016. p. 36.
2 Dutra, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 4ª edição. 2019. p. 3.
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Direito Constitucional Constituição
Ramo do Direito Positivo Público 
que estuda a Constituição.
Norma jurídica suprema que cria 
o Estado, atribuindo-lhe poder 
limitado pela previsão de direitos 
e garantias fundamentais e pela 
separação de poderes.
Ainda, nos valendo do nosso Direito Constitucional Essencial, vamos diferenciar Direito 
Público do Direito Privado3. Nos ramos do Direito qualificados como Público, o Estado 
participa da relação jurídica em condição de supremacia em relação aos indivíduos (em 
condição de desigualdade), prevalecendo a vontade coletiva sobre o interesse individual. 
Ao Estado, compete criar normas jurídicas que visam tutelar os interesses coletivos, os 
interesses gerais da sociedade, e aplicá-las; ao povo, cumpre obedecer a ordem jurídica 
estabelecida. É o Direito composto inteiramente por normas de ordem pública, normas 
cogentes, imperativas, de obrigatoriedade inafastável. Como exemplos, temos: Direito 
Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito Processual, Direito Tributário, 
Direito Eleitoral, Direito Ambiental. De outra banda, o Direito Privado trata de relações entre 
particulares (privadas). É composto predominantemente por normas de ordem privada 
(supletiva) que se direcionam a regulamentação dos interesses individuais. Os integrantes 
da relação jurídica estão em pé de igualdade, prevalecendo a autonomia da vontade. 
Como exemplos, citamos: o Direito Civil e o Direito Empresarial.
Convém mencionar que a divisão do Direito entre Público e Privado cumpre uma função 
eminentemente didático-metodológica (trata-se de uma conveniência acadêmica), uma vez 
que o Direito é, a rigor, uno e indivisível. Ademais, essa visão dicotômica do Direito perde mais 
espaço com o nascimento do neoconstitucionalismo (ou novo Direito Constitucional). Com 
a evolução de um novo paradigma de Estado (chamado de Estado pós-Social), as relações 
privadas passam a ser observadas à luz da Constituição Federal. Não por outra razão que 
os direitos fundamentais passam a influenciar as relações privadas (estudaremos a seu 
tempo o tema eficácia horizontal dos direitos e garantias fundamentais que está ligado à 
influência dos direitos fundamentais nas relações jurídico-privadas). Nesse contexto, o Direito 
Civil abandona seu caráter meramente patrimonialista e passa a focar no ser humano, em 
homenagem a dignidade da pessoa humana, fundamento da República Federativa do Brasil 
(art. 1º, inc. III) e princípio básico que orienta os demais direitos e garantias fundamentais4.
3 Dutra, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 4ª edição. 2019, p. 3.
4 Dutra, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 4ª edição. 2019. p. 3-4.
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Como vimos, o objeto de estudo do Direito Constitucional é a Constituição Federal. 
Mas o que é a Constituição? José Afonso da Silva5 demonstra que o termo Constituição 
assume vários significados (é uma palavra plurívoca), tais como: 
a) conjunto dos elementos essenciais de alguma coisa: a constituição do universo, a 
constituição dos corpos sólidos; 
b) temperamento, compleição do corpo humano: uma constituição psicológica explosiva, 
uma constituição robusta; 
c) organização, formação: a constituição de uma assembleia, a constituição de uma 
comissão; 
d) o ato de estabelecer juridicamente: a constituição de dote, de renda, de uma 
sociedade anônima; 
e) conjunto de normas que regem uma corporação, uma instituição: a constituição da 
propriedade; 
f) a lei fundamental de um Estado.
Com efeito, a Constituição, que se traduz em objeto de estudo do Direito Constitucional, 
é justamente o sentido de “lei fundamental de um Estado”, ou seja, “a organização dos 
seus elementos essenciais: um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que 
regula a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo deaquisição e o exercício do 
poder, o estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua ação, os direitos fundamentais 
do homem e as respectivas garantias. Em síntese, a Constituição é o conjunto de normas 
que organiza os elementos constitutivos do Estado”.6
4) ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Querido(a) aluno(a), para conseguirmos compreender o conteúdo de nossa atual 
Constituição Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988, é importantíssimo entender a 
maneira pela qual ela foi estruturada. Então vamos lá! Ela possui um preâmbulo, uma parte 
dogmática, um ato das disposições constitucionais transitórias, emendas constitucionais 
de revisão, emendas constitucionais de reforma e atos internacionais equivalentes à 
emenda à Constituição. Vejamos cada um deles.
O PREÂMBULO é a parte precedente do texto constitucional que irradia uma pauta de 
valores e objetivos adotados pela Constituição Federal. Diz o preâmbulo:
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir 
um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a 
liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores 
5 Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. 39ª edição. 2016. p. 39.
6 Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. 39ª edição. 2016. p. 39-40.
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supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social 
e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, 
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL.
Importante informar que o Supremo Tribunal Federal fixou o entendimento de que o 
preâmbulo da Constituição Federal de 1988 não possui força normativa, reconhecendo 
apenas valor interpretativo. Vale dizer, a força do preâmbulo está na sua capacidade de 
nortear a interpretação e a integração do texto constitucional propriamente dito, sendo 
que, embora o preâmbulo faça parte da Constituição, não possui força autônoma, não 
podendo induzir a declaração de inconstitucionalidade tão só com base em suas disposições.7
DE OLHO NOS DETALHES
O preâmbulo:
1) não possui força normativa;
2) possui função de diretriz interpretativa do texto constitucional;
3) não é considerado verdadeiramente uma norma constitucional; 
4) não é norma de observância obrigatória pelas Constituições Estaduais e pelas Leis Orgânicas 
do Distrito Federal e dos Municípios. Ou seja, não segue o princípio da simetria; 
5) não pode ser utilizado como parâmetro de controle. 
Por seu turno, a PARTE DOGMÁTICA da Constituição Federal de 1988 constitui o seu 
corpo central, reunindo os Princípios Fundamentais (Título I), os Direitos e Garantias 
Fundamentais (Título II), a Organização do Estado (Título III), a Organização dos Poderes 
(Título IV), a Defesa do Estado e das Instituições Democráticas (Título V), a Tributação e 
o Orçamento (Título VI), a Ordem Econômica e a Ordem Financeira (Título VII), a Ordem 
Social (Título VIII) e as Disposições Constitucionais Gerais (Título IX). Enfim, é o texto 
da Constituição Federal que se estende do art. 1º ao art. 250. Da parte dogmática, o 
que é que interessa para você? Depende do seu edital. Nesta apresentação haverá um 
direcionamento específico para o seu concurso.
Por sua vez, o ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS (ADCT) é o 
conjunto de normas constitucionais que assumem dupla função: 
a) realizar a transição entre a nova ordem constitucional e a que foi substituída (por 
exemplo: art. 25, do ADCT – não precisa decorá-lo); 
Art. 25. Ficam revogados, a partir de cento e oitenta dias da promulgação da Constituição, 
sujeito este prazo a prorrogação por lei, todos os dispositivos legais que atribuam ou deleguem 
7 Marcelo Alkmin apud Oliveira, James Eduardo. Constituição Federal anotada e comentada. Editora Forense. 2013. p. 2.
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a órgão do Poder Executivo competência assinalada pela Constituição ao Congresso Nacional, 
especialmente no que tange a:
I – ação normativa;
II – alocação ou transferência de recursos de qualquer espécie.
§ 1º Os decretos-lei em tramitação no Congresso Nacional e por este não apreciados até a 
promulgação da Constituição terão seus efeitos regulados da seguinte forma:
I – se editados até 2 de setembro de 1988, serão apreciados pelo Congresso Nacional no prazo de até 
cento e oitenta dias a contar da promulgação da Constituição, não computado o recesso parlamentar;
II – decorrido o prazo definido no inciso anterior, e não havendo apreciação, os decretos-lei ali 
mencionados serão considerados rejeitados;
III – nas hipóteses definidas nos incisos I e II, terão plena validade os atos praticados na vigência 
dos respectivos decretos-lei, podendo o Congresso Nacional, se necessário, legislar sobre os 
efeitos deles remanescentes.
§ 2º Os decretos-lei editados entre 3 de setembro de 1988 e a promulgação da Constituição serão 
convertidos, nesta data, em medidas provisórias, aplicando-se-lhes as regras estabelecidas no 
art. 62, parágrafo único.
b) disciplinar provisoriamente determinadas situações, enquanto não regulamentadas em 
definitivo por lei (por exemplo: art. 16, do ADCT – também não há necessidade de memorizá-lo). 
Art. 16. Até que se efetive o disposto no art. 32, § 2º, da Constituição, caberá ao Presidente da República, 
com a aprovação do Senado Federal, indicar o Governador e o Vice-Governador do Distrito Federal.
§ 1º A competência da Câmara Legislativa do Distrito Federal, até que se instale, será exercida 
pelo Senado Federal.
§ 2º A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Distrito 
Federal, enquanto não for instalada a Câmara Legislativa, será exercida pelo Senado Federal, 
mediante controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas do Distrito Federal, observado 
o disposto no art. 72 da Constituição.
§ 3º Incluem-se entre os bens do Distrito Federal aqueles que lhe vierem a ser atribuídos pela 
União na forma da lei.
Diga-se que não há qualquer diferença hierárquica entre as normas previstas no ADCT 
e as integrantes da parte dogmática da Constituição Federal. Ambas são formalmente 
constitucionais com o mesmo status jurídico, ou seja, as normas constantes do ADCT servem 
de parâmetro de controle de constitucionalidade, bem como sua alteração deve seguir o 
modelo das emendas constitucionais. 
DICA DO LD
Apesar de cumprirem importante papel na transição 
constitucional, as normas do ADCT não são imprescindíveis 
às constituições, vale dizer, a existência, ou não, de normas 
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transitórias fica ao talantedo constituinte originário 8 
(aquele que redigiu o texto da Constituição Federal).
Vejamos agora as EMENDAS CONSTITUCIONAIS. Elas podem ser de reforma ou de revisão. 
Em cumprimento ao art. 3º do ADCT9, foram promulgadas seis EMENDAS CONSTITUCIONAIS 
DE REVISÃO (ECR). Por se tratar de um procedimento único e exaurido, sob o regime 
constitucional vigente, não é possível a edição de uma nova ECR. Noutro giro, o procedimento 
para a edição de uma EMENDA CONSTITUCIONAL DE REFORMA (EC) é permanente, razão 
pela qual pode, a qualquer momento, ser efetuada uma nova modificação constitucional, 
desde que respeitado o devido processo legislativo constitucional capitulado no art. 6010 (se 
no seu concurso cair processo legislativo, iremos juntos trabalhar este art. 60 no momento 
adequado).
Por fim, a partir da promulgação da Emenda Constitucional 45, de 2004, o Brasil passou a 
admitir ATOS INTERNACIONAIS EQUIVALENTES À EMENDA À CONSTITUIÇÃO, que são os tratados 
internacionais sobre direitos humanos incorporados ao ordenamento jurídico pátrio com força de 
emenda à Constituição. É o que prevê o § 3º do art. 5º: “os tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”. 
O Brasil já possui dois tratados internacionais sobre direitos humanos internalizados segundo o 
quórum diferenciado do art. 5º, § 3º: 1) a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência 
e de seu Protocolo Facultativo, assinado em Nova Iorque, em 2007 (Decreto Legislativo n. 186, de 
2008); e 2) o Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas Cegas, 
com Deficiência Visual ou com outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso, concluído 
no âmbito da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, celebrado em Marraqueche, em 
2013 (Decreto Legislativo nº 261, de 2015).
8 Dutra, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 4ª edição. 2019. p. 64.
9 Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da 
maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
10 Dutra, Luciano. Direito Constitucional Essencial. Editora Método. 4ª edição. 2019, p. 65. 
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Para facilitar nossa memorização quanto à estrutura da Constituição Federal de 1988, vamos a um 
mapa mental. Aliás, você encontrará mapas mentais, esquemas e dicas durante todo nosso curso.
ATOS INTERNACIONAIS = EC
EC DE REFORMA
PREÂMBULO
EC DE REVISÃO PARTE 
DOGMÁTICA
ADCT
art. 5º, §3º
art. 60
procedimento 
permanente
art. 3º do ADCT
procedimento único
6
realizar a transação entre Constituições
disciplinar provisoriamente certas matérias
SERVE PARA
normas do ADCT = normas da parte dogmática (não há hierarquia)
parâmetro de controle 
não é obrigatória a existência
parte precedente
sintetiza valores
serve para orientar a interpretação
não possui força normativa (STF)
não é verdadeiramente uma norma constitucional
não é de observância obrigatória
não é utilizado como parâmetro de controle
corpo principal
arts. 1º ao 250
parâmetro de controle
ESTRUTURA 
DA CF 1988
DOUTRINA
DIREITO CONSTITUCIONAL 
ESSENCIAL 4ª EDIÇÃO STF LER COM MUITA ATENÇÃO
JURISPRUDÊNCIA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
TRIPÉ DA APROVAÇÃO
TUDO
NO
PDF
DO
LD
Conseguiu acompanhar todo o raciocínio até aqui? Espero que sim. Então prossigamos.
Agora que você já me conhece e entendeu o objeto de estudo da nossa querida disciplina, 
vou apresentar-lhe o nosso curso de Direito Constitucional em 6 aulas, para o cargo de 
Oficial do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Rio de Janeiro, assim distribuídas:
Aula um – Organização Político-Administrativa do Estado;
Aula dois – Poder Legislativo;
Aula três – Processo Legislativo;
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Aula quatro – Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária;
Aula cinco – Poder Executivo;
Aula seis – – Poder Judiciário.
Está comigo até aqui? Espero que sim.
Lembre-se de que o Gran Cursos Online possui um fórum de dúvidas para que possamos 
ajudá-lo(a) na plena compreensão do Direito Constitucional. 
Gostaria de receber sua avaliação acerca das nossas aulas. Isso é muito 
importante para nós.
Então vamos ao estudo do tema Organização Político-Administrativa do Estado.
Espero tê-lo(a) como aluno(a). Conte sempre conosco. Fique com Deus, forte abraço e 
bons estudos.
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ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO 
ESTADOESTADO
Olá, meu(minha) aluno(a), como está? Espero que esta aula o(a) encontre bem.
A partir de agora, estudaremos o Título III da nossa Constituição Federal, que trata 
da Organização do Estado, dividindo o nosso encontro, para, num primeiro momento, 
tratarmos da organização político-administrativa do Estado brasileiro e, após, da repartição 
de competências, ok?
Então, aperte o cinto que o avião do Gran Cursos Online vai decolar!
1. CONCEITO DE ESTADO1. CONCEITO DE ESTADO
Querido(a) aluno(a), podemos conceituar Estado como uma reunião de um povo, em 
um território determinado, dotado de um governo soberano. 
Desse conceito, extraem-se boa parte dos elementos que compõem o Estado: povo, 
território, governo e soberania. Incluo como elemento do Estado também a finalidade. 
Vejamos cada um deles.
Povo é o conjunto de nacionais, no nosso caso, o conjunto de brasileiros natos e 
naturalizados.
Por sua vez, o território é o espaço geográfico sobre o qual o Estado exerce o seu poder 
soberano, compreendido pelo espaço terrestre, pelo mar territorial 11 e pelo espaço aéreo 
sobrejacente.
Chama-se governo o conjunto de decisões políticas.
Já soberania, conforme estudamos no Título I da nossa Constituição Federal, ao tratar 
dos fundamentos do Estado brasileiro, é, no plano interno, o poder que o Estado tem de, 
dentro de seu território e sobre o seu povo, impor sua ordem jurídica (suas normas); já 
na órbita internacional, é o dever de observância da igualdade entre os Estados, todos 
igualmente soberanos.
Por fim, considera-se a finalidade de um Estado o atingimento do bem comum, em 
outras palavras, o Estado existe para buscar a concretização do interesse público.
11 Mar territorial: segundo o art. 1º da Lei n. 8.617, 1993, compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura.
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Organização Político-Administrativado Estado
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ESTADO
Conceito
Elementos
reunião de um povo sobre um território determinado 
dotado de governo soberano
Povo – conjunto de nacionais
Território – espaço geográfico sobre o qual o Estado exerce sua 
soberania
Governo – conjunto de decisões políticas
Finalidade – atingimento do bem comum
Soberania
Ótica interna – poder de impor a ordem jurídica
Ótica externa – dever de observância da igualdade 
entre os Estados
Dito isso, vamos retomar um tema que, certa medida, já tratamos ao estudarmos o Título I 
(Princípios Fundamentais). Vamos diferenciar forma de Estado, forma de Governo, sistema 
de Governo e regime de Governo.
Não confunda as nomenclaturas que serão expostas. Fechado?
2. FORMAS DE ESTADO2. FORMAS DE ESTADO
Meu(minha) aluno(a), para saber qual é a forma de Estado adotada por um determinado 
país, devemos observar se há, ou não, repartição do exercício do poder, em função do 
território estatal.
Se não houver repartição de poder, ou seja, se o poder é exercido de forma central, 
se tratará de Estado unitário, também chamado de Estado simples (exemplo: Uruguai). 
O Estado unitário pode ser classificado em: 
a) Estado unitário puro ou centralizado: caso em que haverá somente um Poder 
Executivo, um Poder Legislativo e um Poder Judiciário, exercido de forma central; e 
b) Estado unitário descentralizado: situação em que existirá a formação de entes 
regionais com autonomia para exercer questões administrativas ou judiciárias fruto 
de delegação, mas não se concede a autonomia legislativa que continua pertencendo 
exclusivamente ao poder central.
Já se houver repartição de poderes por entes regionais dotados de autonomia política, 
o Estado será federal, também chamado de federado, complexo ou composto.
É importante lembrar que o Brasil é uma Federação de 3º grau, por segregação, cooperativa 
e assimétrica, conforme já vimos nos princípios fundamentais. Façamos uma revisão!
O Brasil possui um federalismo de 3º grau, porque é formado por três níveis: 
• um nível nacional: exercido pela União;
• um nível regional: exercido pelos Estados-membros;
• um nível local: exercido pelos Municípios.
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Por sua vez, a Federação brasileira é formada por segregação, porque éramos um Estado 
unitário (à luz da CF de 1824) e houve uma descentralização política do Poder (a partir da 
CF de 1891), o que deu origem ao surgimento de outros entes regionais autônomos que 
passaram a exercer parcela do poder estatal. Conforme aponta a doutrina, trata-se de 
movimento centrífugo (para fora) de formação estatal e distribuição do poder. 
Para diferenciar, ocorre uma federação por agregação quando Estados soberanos 
se unem para formar um novo Estado, como aconteceu, por exemplo, na formação dos 
Estados Unidos da América (EUA). Na formação de uma Federação por agregação, há um 
movimento centrípeto (para dentro) de formação estatal.
Somos, ainda, uma Federação cooperativa, na medida em que não há uma rígida 
divisão de competências entre o ente de maior grau (União) e os demais entes federados 
subnacionais (Estados-membros, Distrito Federal e Municípios). Tal fato é observado a 
partir da leitura dos arts. 23, que trata das competências comuns, e 24, que elenca as 
competências concorrentes.
Por outro lado, nos Estados que adotam o modelo de federalismo dual, é verificada 
uma rígida separação de competências entre o ente de maior grau e os demais entes 
descentralizados (como é o caso dos EUA).
Por fim, no federalismo assimétrico, como o nosso, a Constituição Federal parte da 
premissa de que há sérias desigualdades socioeconômicas entre os Estados-membros 
a exigir um tratamento diferenciado na busca da igualdade entre os componentes da 
federação. É o modelo adotado pelo Estado brasileiro, conforme se percebe da leitura do 
art. 3º, inciso III. 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
[...]
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
Já no federalismo simétrico, há divisão igualitária das competências e das receitas estatais.
001. 001. (MPU/ANALISTA PROCESSUAL/2010) Em face da descentralização administrativa e 
política que caracteriza o Estado brasileiro, a República Federativa do Brasil constitui um 
estado unitário descentralizado, dispondo os entes políticos estatais de autonomia para a 
tomada de decisão, no caso concreto, a respeito da execução das medidas adotadas pela 
esfera central de governo.
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Na verdade, em face da descentralização administrativa e política que caracteriza o Estado 
brasileiro, a República Federativa do Brasil constitui um Estado federal, dispondo os entes 
políticos estatais de autonomia política.
Errado.
Há autores, ainda, que identificam uma terceira forma de Estado: a Confederação. 
Aqui, o que se tem é a reunião de Estados soberanos a partir da assinatura de um tratado 
internacional. Enquanto na Federação a ideia é a indissolubilidade do pacto federativo, 
na Confederação, os Estados-partes podem romper a qualquer momento com o tratado 
internacional, ou seja, a regra é a dissolubilidade da Confederação.
FORMAS DE 
ESTADO
Há repartição do exercício do poder em função do território?
Unitário
Poder é central
Cada ente descentralizado possui apenas autonomia 
administrativa
Federação
Poder é descentralizado
Cada ente descentralizado possui autonomia política
Pacto indissolúvel
Criado pela Constituição Federal
Confederação
Cada Estado-parte possui soberania
Pacto dissolúvel
Criado por tratado
DICA DO LD
Características da federação brasileira: 
a) a organização dos nossos entes políticos está disciplinada 
no texto constitucional; 
b) todos os entes políticos (União, Estados-membros, 
Distrito Federal e Municípios) são dotados, apenas, de 
autonomia política; 
c) os entes políticos não possuem direito de secessão, 
isto é, não podem se separar da República Federativa do 
Brasil – princípio da indissolubilidade do pacto federativo 
previsto no art . 1º; 
d) movimento centrífugo de formação da federação; 
e) federalismo assimétrico, tendo em vista o tratamento 
desigual dado pela constituição aos Estados-membros; 
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f) federação protegida como cláusula pétrea, de acordo 
com o art . 60, § 4º, i; 
g) participação dos Estados-membros na formação 
da vontade nacional, caracterizada pela paridade de 
representação no Senado Federal (art. 46, § 1º).
3. FORMAS DE GOVERNO3. FORMAS DE GOVERNO
Já a forma de Governo refere-se à maneira pela qual se dá a instituição do poder na 
sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. As formas de Governo 
são: República ou Monarquia.
002. 002. (AFRE-RN/2005) Sistema de governo pode ser definido como a maneira pela qual se dáa 
instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados.
O conceito refere-se à forma de Governo. Percebeu como é importante tomar cuidado 
com as nomenclaturas?
Errado.
A República possui as seguintes características: 
• eletividade: os representantes são eleitos de forma direta e, excepcionalmente, de 
forma indireta; 
• cumprimento de mandato: significa a temporariedade de permanência no governo 
(necessidade de alternância no poder); 
• dever de prestar contas de seus atos: o governante possui responsabilidades 
perante o povo que o elegeu.
003. 003. (MP-TO/ANALISTA MINISTERIAL/ESPECIALIDADE CIÊNCIAS JURÍDICAS/2006) Decorre do 
princípio republicano a regra constitucional de que o mandato do Presidente da República 
será de quatro anos.
A República exige alternância no poder, isto é, os detentores do poder político devem 
cumprir mandato com prazo certo.
Certo.
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Por sua vez, na Monarquia, as características são: 
• hereditariedade: a instituição do poder não se dá por meio de eleições, mas sim por 
vínculo sanguíneo (o filho do rei, rei será); 
• vitaliciedade: não temporário; o governante fica no poder até sua morte ou eventual 
abdicação do trono; 
• não prestação de contas: o monarca não presta contas de seus atos (ideia que vem 
desde a Idade Média, segundo a qual o rei não pode errar).
Vejamos um paralelo entre a República e a Monarquia:
República Monarquia
Eletividade Hereditariedade
Mandato Vitaliciedade
Dever de prestar contas Sem dever de prestar contas
FORMAS DE 
GOVERNO
Como se dá a relação entre governantes e governados? Há eletividade 
e mandato ou hereditariedade e vitaliciedade?
República
eletividade
mandato
dever de prestar contas
Monarquia
hereditariedade
vitaliciedade
sem dever de prestar contas
4. SISTEMAS DE GOVERNO4. SISTEMAS DE GOVERNO
Os sistemas de Governo podem ser o parlamentarista ou o presidencialista, a depender 
de como se relacionam os Poderes Executivo e Legislativo no exercício das funções 
governamentais, com independência entre eles ou não.
004. 004. (AFC/STN/2005) Forma de governo diz respeito ao modo como se relacionam os 
poderes, especialmente os Poderes Legislativo e Executivo, sendo os Estados, segundo a 
classificação dualista de Maquiavel, divididos em repúblicas ou monarquias.
Na verdade, o sistema de Governo diz respeito ao modo como se relacionam os Poderes, 
especialmente os Poderes Legislativo e Executivo.
Errado.
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No sistema parlamentarista, o primeiro-ministro possui mandato por prazo incerto, uma 
vez que a responsabilidade do governante (chefe de governo) se dá perante o parlamento, 
ou seja, esse sistema é caracterizado pela interdependência entre os Poderes Executivo 
e Legislativo.
Nesse sistema, o primeiro-ministro exerce apenas a chefia de governo, cabendo ao rei 
(no caso da Monarquia) ou ao Presidente (no caso da República) exercer a chefia de Estado. 
Portanto, haverá uma chefia dual.
Já no presidencialismo, o Presidente da República cumpre mandato por prazo certo. 
Nesse caso, há clara independência entre os Poderes Executivo e Legislativo. É o modelo 
brasileiro, conforme se depreende da leitura do art. 2º, para o qual “são Poderes da União, 
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Aqui, o 
Presidente da República exerce, a um só tempo, a chefia de governo e a chefia de Estado 
(chamada de chefia única).
005. 005. (FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ACRE/2006) O parlamentarismo e o presidencialismo 
são formas de governo previstas no texto constitucional.
O parlamentarismo e o presidencialismo são sistemas de Governo. Mais uma vez, o 
examinador “jogou” com as nomenclaturas. 
Errado.
006. 006. (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) No sistema presidencialista adotado no Brasil, 
o presidente, que, em regra, é escolhido pelo povo, governa por um prazo fixo e determinado 
e assume a chefia de Estado e de governo.
Exatamente isso. 
Certo.
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Como se relacionam os Poderes Executivo e Legislativo?
Presidencialismo
independência
mandato por prazo certo
responsabilidade perante o povo
chefia monocrática
Parlamentarismo
interdependência
mandato por prazo incerto
responsabilidade perante o parlamento
chefia dual
Sistemas
de Governo
5. REGIMES DE GOVERNO OU REGIMES POLÍTICOS 5. REGIMES DE GOVERNO OU REGIMES POLÍTICOS 
Aqui, devemos constatar se há ou não participação popular nas formulações estatais.
No regime de Governo autocrático, o povo não participa das formulações políticas 
do Estado, vale dizer, o Governo é estruturado de cima para baixo, a partir da imposição 
da vontade unilateral do detentor do poder político.
Já no regime democrático, há efetiva participação do povo por meio do voto, da 
iniciativa popular de leis, da presença nos tribunais do júri, propondo ação popular etc. É 
um Governo estruturado de baixo para cima (governo do povo, pelo povo e para o povo). 
Conforme já estudamos, o regime de Governo democrático manifesta-se de três 
maneiras distintas: na forma de democracia direta, na forma de democracia indireta (ou 
representativa) e na forma de democracia semidireta (ou participativa). Na democracia 
direta, todas as decisões políticas são tomadas diretamente pelo povo (existiu num passado 
remoto; hoje é muito pouco provável que exista pelo mundo). Por sua vez, na democracia 
indireta (ou representativa), todas as decisões políticas são tomadas indiretamente, por meio 
de representantes eleitos pelo povo. Por fim, na democracia semidireta (ou participativa), 
a maioria das decisões políticas são tomadas por representantes eleitos, mas há traços de 
democracia direta. É o modelo adotado pelo Brasil.
Há participação do povo na formação da vontade estatal?
Democracia
há participação do povo
governo estruturado de baixo para cima
Autocracia
não há participação do povo
governo estruturado de cima para baixo
Regimes de 
Governo
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Ultrapassada essa parte conceitual, vamos avançar pelo estudo da Constituição Federal 
brasileira, vendo, agora, o art. 18, ok? Venha comigo!
6. ART. 18, 6. ART. 18, CAPUTCAPUT
Estabelece a norma em questão que a organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
todos autônomos, nos termos da Constituição Federal. 
007. 007. (PREF. JOÃO PESSOA-PB/AUDITORMUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/2018) No âmbito 
da organização político-administrativa do Estado, apenas a União, os estados e o Distrito 
Federal são considerados entes autônomos.
Todas entidades federativas são autônomas, incluídos os Municípios.
Errado.
Essas entidades políticas (União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios), 
segundo o Código Civil, possuem natureza jurídica de direito público interno. Perceba:
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I – a União;
II – os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III – os Municípios;
IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;
V – as demais entidades de caráter público criadas por lei.
008. 008. (EPPGG/MPOG/2009) A organização político-administrativa da União compreende 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos na forma do disposto na 
própria Constituição Federal.
Percebeu a pegadinha sutil? A organização político-administrativa da República Federativa 
do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos 
na forma do disposto na própria Constituição Federal.
Errado.
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009. 009. (CNJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2013/ADAPTADO) As entidades políticas são pessoas jurídicas 
de direito público interno, como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
É o que estabelece o art. 41 do Código Civil.
Certo.
Muito cuidado com o que eu vou destacar agora! A banca tentará confundi-lo(a) afirmando 
que a União é soberana. Na verdade, a União é autônoma, lembrando, conforme detalhamos 
ao tratar do princípio federativo, que ter autonomia é possuir capacidades de: auto-
organização; autogoverno; autolegislação (ou normatização própria); e autoadministração.
I) Auto-organização: capacidade das entidades federativas (União, Estados-membros, Distrito 
Federal e Municípios) de se auto-organizarem por meio das constituições e leis orgânicas. A 
União se auto-organiza pela Constituição Federal; os vinte e seis Estados-membros se auto-
organizam por suas Constituições Estaduais; o Distrito Federal se auto-organiza por sua Lei 
Orgânica; e os mais de cinco mil Municípios se auto-organizam por suas Leis Orgânicas.
Apesar de o Distrito Federal se auto-organizar por uma Lei Orgânica, esta, na sua essência, 
é uma verdadeira Constituição Estadual. Conforme consignado na ADI n. 3.756, o Distrito 
Federal, muito embora submetido a um regime constitucional diferenciado, está bem mais 
próximo da estruturação dos Estados-membros do que dos Municípios, haja vista que: 
• ao tratar da competência concorrente, a Constituição Federal colocou o Distrito 
Federal em pé de igualdade com os Estados e a União (art. 24); 
• ao versar sobre o tema da intervenção, a Constituição Federal dispôs que a “União 
não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal” (art. 34), reservando para os 
Municípios um artigo em apartado (art. 35); 
• o Distrito Federal tem, em plenitude, os três orgânicos Poderes estatais, ao passo 
que os Municípios somente têm dois (inciso I do art. 29); 
• a Constituição Federal tratou de maneira uniforme os Estados-membros e o Distrito 
Federal quanto ao número de deputados distritais, à duração dos respectivos mandatos, 
aos subsídios dos parlamentares etc. (§ 3º do art. 32); 
• no tocante à legitimação para propositura de ação direta de inconstitucionalidade 
perante o STF, a Constituição Federal dispensou à Mesa da Câmara Legislativa do 
Distrito Federal o mesmo tratamento dado às Assembleias Legislativas Estaduais 
(inciso IV do art. 103); 
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• no modelo constitucional brasileiro, o Distrito Federal se coloca ao lado dos Estados-
membros para compor a pessoa jurídica da União; 
• tanto os Estados-membros como o Distrito Federal participam da formação da vontade 
legislativa da União (arts. 45 e 46).
II) Autogoverno: capacidade das entidades federativas (União, Estados-membros, 
Distrito Federal e Municípios) de estruturarem os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
A capacidade de autogoverno do Distrito Federal e dos Municípios é limitada, uma vez que 
não possuem Poder Judiciário próprio. No caso específico do Distrito Federal, à luz do 
art. 21, inciso XIII, cabe à União organizar e manter o Poder Judiciário do Distrito Federal.
Art. 21. Compete à União:
[...]
XIII – organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos 
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
III) Autolegislação (ou normatização própria): capacidade das entidades políticas 
(União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) de criarem normas jurídicas gerais 
e abstratas.
IV) Autoadministração: capacidade das entidades federativas (União, Estados-membros, 
Distrito Federal e Municípios) de administrar a coisa pública sob sua gestão, especialmente 
servidores e bens.
AUTONOMIA
POLÍTICA
AUTO-ORGANIZAÇÃO
AUTOADMINISTRAÇÃOAUTOLEGISLAÇÃO
AUTOGOVERNO
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Mais uma vez, volto a chamar a sua atenção para não confundir autonomia com soberania. 
Somente o Estado brasileiro (a República Federativa do Brasil), reconhecido como 
pessoa jurídica de direito público internacional, possui soberania. Já a União, os Estados-
membros, o Distrito Federal e os Municípios possuem apenas autonomia política. Fechou?
010. 010. (MPOG/EPPGG/2009) Nem o governo federal, nem os governos dos Estados, nem os 
dos Municípios ou o do Distrito Federal são soberanos, porque todos são limitados, expressa 
ou implicitamente, pelas normas positivas da Constituição Federal.
De fato, o governo federal, os governos dos Estados-membros, os governos dos Municípios 
e o governo do Distrito Federal possuem tão somente autonomia política e não soberania.
Certo.
011. 011. (MPOG/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO GOVERNAMENTAL/2013) A 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são autônomos e possuem capacidade 
de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração.
Exatamente isso!!!
Certo.
Dito isso, vamos estudar agora as entidades federativas (União, Estados-membros, Distrito 
Federal e Municípios) e, também, entender o perfil constitucional dos Territórios. Vamos lá!
7. UNIÃO7. UNIÃO
A União é uma entidade federativa dotada de autonomia política, possuindo as 
capacidades de auto-organização, por meio da Constituição Federal, de autogoverno (arts. 
44, 76 e 92), de autolegislação (art. 22) e de autoadministração (art. 20).
No uso da capacidade de autolegislação, a União pode legislar privativamente sobre as 
matérias do art. 22.
O autogoverno da União fica evidenciado pela capacidade de estruturar o Congresso 
Nacional (art. 44), o Poder Executivo federal (art. 76) e os órgãos federais que compõem o 
Poder Judiciário brasileiro (art.92).
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Dentro da capacidade de autoadministração, os bens da União estão previstos no art. 
20, a saber:
I – os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos: esse inciso 
nos mostra que os bens da União elencados no art. 20 representam um rol meramente 
exemplificativo.
II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, 
definidas em lei: nem todas as terras devolutas pertencem à União, apenas as indispensáveis 
à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de 
comunicação e à preservação ambiental. As demais terras devolutas pertencem aos Estados-
membros (art. 26, IV).
III – os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou 
que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam 
a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as 
praias fluviais: o inciso em questão traz o domínio sobre as águas. Da leitura deste inciso 
e do art. 26, I, extrai-se que as águas pertencem à União ou aos Estados-membros, jamais 
pertencerão aos Municípios ou a particulares.
IV – as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias 
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede 
de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental 
federal, e as referidas no art. 26, II: as ilhas marítimas podem ser costeiras ou oceânicas. 
Estas ilhas pertencem, em princípio, à União. Entretanto, a ilha costeira que contiver sede 
de Município pertencerá ao Município (exemplo: a ilha de Florianópolis), a não ser a parcela 
desta ilha que for afetada ao serviço público federal e a unidade ambiental federal, que será 
área de domínio da União. Agora, em obediência à parte final deste inciso IV, pertencerá aos 
Estados-membros as áreas nas ilhas oceânicas e costeiras que estiverem sob o seu domínio.
V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva: o 
que se entende por plataforma continental e zona econômica exclusiva são conhecimentos 
do Direito Administrativo. De todo modo, a título de cooperação, entende-se por plataforma 
continental o leito e o subsolo do mar até o bordo exterior da margem continental brasileira 
ou até 200 milhas marítimas (art. 11, da Lei nº 8.617, de 1993). Já a zona econômica exclusiva 
representa a faixa de mar que se estende das 12 a 200 milhas marítimas (art. 6º, da Lei nº 
8.617, de 1993). 
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VI – o mar territorial: tal qual o entendimento sobre a plataforma continental e a 
zona econômica exclusiva, o conceito de mar territorial é extraído também do Direito 
Administrativo. Entende-se por mar territorial a faixa de 12 milhas marítimas, onde o 
Estado brasileiro exerce a sua soberania (art. 1º, da Lei nº 8.617, de 1993). 
VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos: também estudado no Direito 
Administrativo, na parte que trata dos bens públicos, entende-se por terreno de marinha 
a faixa de 33 metros de terra às margens dos mares, dos rios navegáveis e lagos.
VIII – os potenciais de energia hidráulica: são de domínio da União o aproveitamento 
energético dos cursos de água.
IX– os recursos minerais, inclusive os do subsolo: tome cuidado porque as bancas 
gostam de “jogar uma casca de banana” aqui. São de domínio da União os recursos minerais, 
INCLUSIVE os do subsolo.
X – as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos: 
qualquer lugar em que se situar uma cavidade natural subterrânea, bem como locais de 
interesse arqueológicos, serão de domínio da União.
XI – as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios: são de domínio da União as 
terras tradicionalmente ocupadas pelos índio, com o intuito de preservá-las e manter o 
vínculo dos índios sobre elas.
O parágrafo primeiro deste art. 20 cuida da participação no resultado ou compensação 
financeira à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Segundo a norma, é 
assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a 
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos 
para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, 
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação 
financeira por essa exploração (redação dada pela EC nº 102, de 2019). A participação 
no resultado está ligada a uma vantagem econômica em razão do domínio sobre o bem 
público a ser explorado. Já a compensação financeira, tem natureza indenizatória, em 
razão de algum dano proveniente desta exploração.
Por fim, o parágrafo segundo deste art. 20 trata da faixa de fronteira. Diz a norma que 
a faixa de até 150 quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada 
como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e 
sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
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Tem que memorizar esse art. 20, especialmente para concursos federais. Assuma esse 
compromisso consigo mesmo(a). Combinado?
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF fixou que a EC 46, de 2005, não interferiu na propriedade da União sobre os 
terrenos de marinha e seus acrescidos, nos moldes do art. 20, inc. VII, situados em ilhas 
costeiras sede de Municípios. Isso significa que são propriedade da União todos os 
terrenos de marinha e seus acrescidos, inclusive aqueles situados nas ilhas costeiras 
com sede de Município.
012. 012. (IRB/DIPLOMATA/2013) Por abranger toda a ordem jurídica do Estado Federal brasileiro, 
a União é pessoa jurídica de direito público internacional que se confunde com a República 
Federativa do Brasil.
Todas as unidades federativas, inclusive a União, são pessoas jurídicas de direito público 
interno. Além do mais, a União não se confunde com a República Federativa do Brasil.
Errado.
013. 013. (MP-PE/ANALISTA/2012) De acordo com o artigo 20, inciso V, da Constituição Federal, 
os recursos naturais da zona econômica exclusiva são bens
a) do Município de Salvador – BA. 
b) do Estado de Pernambuco. 
c) do Estado de Roraima. 
d) da União. 
e) do Município de Recife – PE
Esse tipo de questão nos mostra a importância de memorizar o acima transcrito art. 20, 
da CF/1988.
Letra d.
014. 014. (MPU/TÉCNICO DO MPU/2018) Será compartilhado o domínio de rio que banhe mais de 
um estado-membro, pertencendo a cada um deles a parte que adentrar o seu território.
É bem da União, conforme o art. 20, III, da CF/1988.
Errado.
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015. 015. (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) As atuais terras indígenas demarcadas e localizadas 
no estado do Maranhão são bens públicos federais.
É o que estabelece o art. 20, XI, da CF/1988.
Certo.
8. ESTADOS-MEMBROS8. ESTADOS-MEMBROS
Os Estados-membros são entes que integram a Federação dotados de autonomia política, 
em razão das capacidades de auto-organização (art. 25, caput), de autoadministração (art. 
26), de autogoverno (arts. 27, 28 e 125) e de autolegislação (art. 25, §§ 1º, 2º e 3º).
A capacidade de auto-organização dos Estados-membros fica evidenciada pelo caput 
do art. 25 que determina que os Estados se organizem por suas Constituições.
Por sua vez, a autolegislação está consignada nos parágrafos deste art. 25, segundo o qual:
Art. 25, [...]
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, 
para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 
Vou tratar deste art. 25 com mais profundidade ao ensinar repartição de competências.
De acordo com o autogoverno dos Estados, o art. 27 trata da estruturação do Poder 
Legislativo estadual, o art. 28 da estruturação do Poder Executivo estadual e o art. 125 da 
estruturação do Poder Judiciário estadual. Vejamos.
O art. 27 regula o Poder Legislativo estadual, que será unicameral. Segundo o art. 
27, caput, o número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da 
representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, 
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. Ou seja, 
se um Estado-membro da Federação tem até 12 Deputados Federais, basta multiplicar 
esse número por 3 para saber quantos Deputados Estaduais haverá. Agora, se o Estado 
tem mais de 12 Deputados Federais, o número de Deputados Estaduais será de 36 mais 
o número que ultrapassar 12 Deputados Federais. Pensemos no Estado de São Paulo que 
possui 70 Deputados Federais. O número de Deputados Estaduais será de 36 + (70-12) 
= 94 Deputados Estaduais. Agora, pensemos no Distrito Federal que possui 8 Deputados 
Federais. O número de Deputados Distritais será 8 x 3 = 24. Compreendeu?
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Já o § 1º do art. 27, determina que será de quatro anos o mandato dos Deputados 
Estaduais, aplicando-se-lhes as regras da Constituição Federal sobre sistema eleitoral, 
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e 
incorporação às Forças Armadas.
Por seu turno, o § 2º do art. 27 assevera que o subsídio dos Deputados Estaduais será 
fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, 75% daquele 
estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais.
O art. 27, § 3º, diz que compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento 
interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
Por fim, o art. 27, § 4º, traz a possibilidade de iniciativa popular no processo legislativo 
estadual, exigindo uma regulamentação por lei.
O art. 28, por sua vez, regulamenta o Poder Executivo estadual, definindo que a 
eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, 
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de 
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus 
antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao 
mais, o disposto no art. 77 (que será trabalhado ao tratarmos do Poder Executivo federal) 
(redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021). 
Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração 
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público (art. 28, § 1º). 
Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão 
fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa (art. 28, § 2º).
Já o art. 125, permite que os Estados organizem seu Poder Judiciário, observados os 
princípios estabelecidos na Constituição Federal (autogoverno). Aprofundaremos esse 
estudo em Poder Judiciário.
À luz da autoadministração dos Estados-membros, são bens dos Estados (art. 26): 
I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, 
neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas 
sob domínio da União, dos Municípios ou de terceiros;
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
016. 016. (MPU/ANALISTA PROCESSUAL/2010) As capacidades de auto-organização, autogoverno, 
autoadministração e autolegislação reconhecidas aos Estados federados exemplificam a 
autonomia que lhes é conferida pela Carta Constitucional.
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Exatamente isso!!!
Certo.
017. 017. (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO I/2018) Ilha lacustre que não pertença à União pode ser 
bem do estado federado ou do município, a depender da localização territorial.
Ilha lacustre que não pertença à União pertencerá ao Estado, conforme prevê o art. 26, III, 
da CF/1988. 
Errado.
9. DISTRITO FEDERAL9. DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal (DF) é um ente federativo com competências parcialmente tuteladas 
pela União, conforme se extrai do art. 21, incisos XIII e XIV. Da leitura destes dois incisos, 
verificamos que 6 órgãos que atuam no DF são organizados e mantidos pela União, quais 
sejam: 1) o Poder Judiciário; 2) o Ministério Público; 3) a polícia civil; 4) a polícia militar; 5) 
o corpo de bombeiros militares e 6) a polícia penal (de acordo com a nova redação dada 
pela Emenda Constitucional n. 104, de 2019)
O DF possui autonomia política com capacidades de auto-organização (art. 32, caput), 
de autogoverno (art. 32, §§ 2º e 3º), de autoadministração (art. 32, § 4º) e de autolegislação 
(art. 32, § 1º).
Segundo a cabeça do art. 32, o DF se auto-organiza por sua Lei Orgânica, votada em 
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara 
Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal.
O Distrito Federal possui capacidade de autolegislação, conforme consigna o parágrafo 
1º do art. 32, determinando que são atribuídas ao DF as competências legislativas reservadas 
aos Estados e Municípios (a chamada

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