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Curso Nova Previdência - Juiz Victor Souza - Incidente de Uniformização de Lei Federal para a Turma Nacional de Uniformização

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PROIBIDA QUALQUER FORMA DE DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTA PETIÇÃO, 
SENDO PROPRIEDADE INTELECUTAL DO IDA CURSOS Página 1 
 
Excelentíssimo Senhor Juiz Federal Presidente da Turma 
Recursal dos Juizados Especiais de _________________. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO: xxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
NATUREZA: PREVIDENCIÁRIA 
 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, já 
qualificado apud acta, por meio de seus procuradores que esta assinam, 
advogados com escritório na cidade de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
vem perante Vossa Excelência, nos autos do processo que move em 
desfavor do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, 
autarquia federal localizada na cidade de XXXXXXXXXXXXXXXXXX, na 
pessoa de seus procuradores federais especializados, não se conformando, 
data venia, com a r. acórdão de fls. xxxxxxxxxxxxxxxxxx, apresentar 
INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI 
FEDERAL PARA A TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO, com 
amparo no artigo 14, §2º da Lei nº. 10.259/01, e Resolução n. CJF – RES-
2015/00345 de 02/06/2015, pelos motivos de fato e de direito que expõe nas 
razões anexas. 
 
Requer, por fim, que o presente recurso seja recebido 
em seus efeitos suspensivos e devolutivo, nos termos da Legislação 
pertinente. 
 
Por oportuno, informe o recorrente que litiga no 
presente feito sob o pálio da Justiça Gratuita. 
 
 Espera deferimento. 
 
 Local e data 
 
 
advogado 
PROIBIDA QUALQUER FORMA DE DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTA PETIÇÃO, 
SENDO PROPRIEDADE INTELECUTAL DO IDA CURSOS Página 2 
 
 
 
EGRÉGIA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DOS JUIZADOS 
ESPECIAIS FEDERAL 
 
 
AUTOS TURMA RECURSAL: XXXXXXXXXXXX 
ORIGEM: JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CIVIL E CRIMINAL DE 
XXXXXXXXXXX 
RECORRENTE: XXXXXXXXXXXXX 
RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL 
 
 
 
RAZÕES DO RECURSO INOMINADO 
 
Egrégia Turma, 
 
Ínclitos Julgadores! 
 
 
I – HISTÓRICO DO PROCESSO 
 
Trata-se de pedido de concessão de aposentadoria 
por idade rural, de homem acima de 60 anos de idade, que sempre 
trabalhou na zona rural, em regime de economia familiar. 
 
Inicialmente, o fato que se pretende provar, é se 
até 18/12/1995, o Recorrente perfazia todos os requisitos 
necessários para a concessão da aposentadoria por idade rural. 
 
Para comprovar o labor rural, até esta data, foram 
juntados certidão de casamento onde consta sua profissão de 
lavrador, fl. 16, ITR’s do ano de 1992 a 1995 fl. 110 e 112, 
comprovando a exploração da Fazenda XXXXXXXXXXXXXXX, no 
total de 254,8ha. 
 
Assim, o que se levou em conta, no julgamento das 
sentença em primeira Instância, que concedeu o benefício ao 
Recorrente, foram os fatos comprovados até o ano de 1995. 
 
Os documentos posteriores, quando ele já contava 
com quase 80 anos de idade, demonstram que toda a produção, 
aquisição de maquinário foi por conta da intervenção dos filhos, que 
cuidam da propriedade atualmente, conforme deixou bem claro a 
PROIBIDA QUALQUER FORMA DE DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTA PETIÇÃO, 
SENDO PROPRIEDADE INTELECUTAL DO IDA CURSOS Página 3 
 
testemunha xxxxxxxxx, que quem tem os maquinários, atualmente, 
são os filhos, que plantam soja e milho. 
 
Assim, os fatos devem ser perquiridos até o 
momento que o Autor completou 60 anos de idade, qual seja 1995. E 
até esta data, ficou claro que ele trabalhava em regime de economia 
familiar, inexistia maquinário, e praticava cultura de subsistência, 
razão pela qual lhe foi concedido o referido benefício previdenciário. 
 
Realizada audiência de instrução e julgamento, o 
pedido foi julgado procedente, porque o Magistrado verificou os 
fatos até o ano de 1995, desconsiderando documentos de 
quando ele já não exercia trabalho precípuo na zona rural, em 
que os filho já cuidavam da propriedade rural. 
 
O Recorrido, inconformado com a decisão, interpôs 
o recurso inominado, que foi provido, sendo que a fundamentação se 
deu com base em documentação datada após o ano de 1995. Ou 
seja, os documentos utilizados para fundamentar o provimento do 
recurso do INSS, são documentos extemporâneos, após o ano de 
1995, época que o segurado não estava na lida rural, e os filhos 
iniciaram uma produção mais organizada e com melhor 
produtividade. 
 
Todavia, esse fato não pode prejudicar os direitos 
adquiridos pelo Recorrente no ano de 1995, época que completou 60 
anos de idade. 
 
Por fim, extensão da terra, é perfeitamente 
compatível com o regime de economia familiar, já que não há 
comprovação da existência de empregados nos cadastros do INSS, 
sendo que não houve desconstituição do direito do Recorrente. 
 
Assim, o recurso do Recorrido foi provido, ao 
argumento principal de que os documentos que não são 
contemporâneos ao período de carência, descaracteriza o direito já 
adquirido. 
 
1.1 DO ACÓRDÃO IMPUGNADO 
 
O acórdão que o Recorrente pretende ver 
reformado aduziu, em resumida síntese, que os documentos após a 
data que o Recorrente completou 60 anos de idade, eram suficientes 
para desconstituir a qualidade de segurado especial do Recorrente: 
 
PROIBIDA QUALQUER FORMA DE DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTA PETIÇÃO, 
SENDO PROPRIEDADE INTELECUTAL DO IDA CURSOS Página 4 
 
(descrever o acórdão impugnado, citando data, 
fonte, número do processo) 
 
Veja que a decisão combatida viola súmula da 
Turma Nacional de Uniformização, senão vejamos: 
 
 
SÚMULA 34 
DJ DATA:04/08/2006 
PG:00750 
Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o 
início de prova material deve ser contemporâneo à época dos fatos a 
provar. 
 
 
Assim, todos os documentos fundamentos para dar 
provimento ao recurso do INSS, foram extemporâneos aos fatos, 
documentos em que os filhos do Recorrente tomaram a 
administração da fazenda, e não descaracterizam o direito adquirido 
do Recorrente ao benefício previdenciário de aposentadoria por 
idade rural, devendo ser desconsiderados do processo. 
 
Apenas para afirmar regra importante do processo 
civil, é que o Réu deve comprovar os fatos desconstitutivos do 
Direito do Autor, o que não foi efetivado no presente caso, em que 
foram juntados apenas documentos extemporâneos aos fatos. 
 
 
II DO MÉRITO 
 
 
A Constituição da República traz proteção ao 
trabalhador agrícola, in verbis: 
 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a 
forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação 
obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
(...) 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de 
previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes 
condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 
1998) 
 
PROIBIDA QUALQUER FORMA DE DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTA PETIÇÃO, 
SENDO PROPRIEDADE INTELECUTAL DO IDA CURSOS Página 5 
 
(...) 
 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e 
sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o 
limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os 
que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, 
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador 
artesanal. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 
1998) 
 
 
A questão jurídica também está disciplina na Lei n. 
8.213/91, que considera o trabalhador rural como segurado especial, 
nestes termos: 
 
 
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência 
Social as seguintes pessoas físicas: 
 
VII - como segurado especial: o produtor, o parceiro, 
o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro, o pescador artesanal 
e o assemelhado, que exerçam suas atividades, individualmente ou 
em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual 
de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros 
e filhos maiores de 14 (quatorze) anos ou a eles equiparados, desde 
que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo. 
(O garimpeiro está excluído por força da Lei nº 8.398, de7.1.92, que 
alterou a redação do inciso VII do art. 12 da Lei nº 8.212 de 24.7.91). 
(redação original) 
 
Ainda nesta linha de raciocínio, o Artigo 143 da Lei 
n. 8.213/91, assegura o benefício de aposentadoria por invalidez no 
valor do salário mínimo, ao trabalhador rural, que comprove o 
exercício de atividade rural, senão vejamos: 
 
Art. 143. O trabalhador rural ora enquadrado como 
segurado obrigatório no Regime Geral de Previdência Social, na 
forma da alínea "a" do inciso I, ou do inciso IV ou VII do art. 11 desta 
Lei, pode requerer aposentadoria por idade, no valor de um salário 
mínimo, durante quinze anos, contados a partir da data de vigência 
desta Lei, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda 
que descontínua, no período imediatamente anterior ao 
requerimento do benefício, em número de meses idêntico à carência 
do referido benefício. (Redação dada pela Lei nº. 9.063, de 1995) 
(Vide Lei nº 11.368, de 2006) (Vide Medida Provisória nº 410, de 
PROIBIDA QUALQUER FORMA DE DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTA PETIÇÃO, 
SENDO PROPRIEDADE INTELECUTAL DO IDA CURSOS Página 6 
 
2007). (Vide Lei nº 11.718, de 2008) 
 
 
Também o artigo 39 da Lei n. 8.213/91, em sua 
redação original, garantiu o benefício de aposentadoria ao segurado 
especial, senão vejamos: 
 
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no 
inciso VII do art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão: 
 
I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de 
auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um) 
salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, 
ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior 
ao requerimento do benefício, igual ao número de meses 
correspondentes à carência do benefício requerido; ou 
 
 
A interpretação dos artigos acima descritos, traduz a 
necessária premissa que é possível para a concessão da 
aposentadoria por idade rural, o segurado deve apresentar início de 
prova material, qualidade de segurado (quinze anos de trabalho 
rural, ainda que descontinuamente), 55 anos de idade se mulher, e 
60 anos de idade se homem. 
 
Assim, o Recorrente comprovou todos os requisitos 
para a concessão da aposentadoria por idade rural, não havendo 
motivo para que o benefício dela seja indeferido. 
 
Nota-se que a investigação da qualidade de 
segurado para o segurado especial deve abranger o período 
imediatamente anterior ao tempo que ele completou a idade, já 
pacificado na jurisprudência pátria. 
 
 
III DA DECISÃO PARADIGMA 
 
 
Diante da Súmula dessa Egrégia Turma Nacional de 
Uniformização, o Recorrente foi injustamente prejudicado pela 
interpretação equivocada da Lei, o que espera seja reformada. 
 
 
SÚMULA 34 
DJ DATA:04/08/2006 
PROIBIDA QUALQUER FORMA DE DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTA PETIÇÃO, 
SENDO PROPRIEDADE INTELECUTAL DO IDA CURSOS Página 7 
 
PG:00750 
Para fins de comprovação do tempo de labor 
rural, o início de prova material deve ser contemporâneo à 
época dos fatos a provar. 
 
Esta súmula da Turma Nacional de Uniformização é 
de fundamental importância, e se aplica ao caso concreto, pois a 
razão para a sentença de primeira instância ser casada foi a 
utilização de documentos extemporâneos aos fatos que se provou 
desde o ajuizamento do pedido inicial. 
 
A prova testemunhal foi convicta e comprovou 
atividade rural, e a produção, na época que ele desempenha 
atividade agrícola, era rudimentar, tanto é verdade que todo o 
acréscimo patrimonial ocorreu quando ele já estava com mais de 70 
anos, e os filhos assumiram a administração do local. 
 
A questão é simples! O Recorrente é segurado 
especial, e a extensão da terra não descaracteriza seu direito, 
ademais, no período até 1995, quando ele completou 60 anos de 
idade, já havia constituído todos os elementos necessários à 
concessão da aposentadoria por idade rural. 
 
IV DA UNIFORMIZAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA 
 
É necessária que a matéria seja uniformizada, pois 
as interpretações das Turmas Recursais não podem ser antagônicas 
a decisão dessa Suprema Corte. 
 
Evidenciado que o v. acórdão combatido está 
totalmente contrário a Jurisprudência sumulada desta Egrégia Corte, 
bem como a Lei n. 8.213/91, não resta outra solução ao Recorrente 
que pedir que este incidente seja acolhido e provido, evidenciando a 
segurança jurídica, nos termos da Resolução do CJF n. 345/2015, 
artigo 6º, no seu inciso II. 
 
 
V - DOS REQUERIMENTOS 
 
Diante do todo exposto, comprovado as 
divergências e contradições às súmulas desta Egrégia Corte, requer-
se o provimento do presente incidente, com a reforma da decisão 
impugnada, tendo por finalidade: 
 
PROIBIDA QUALQUER FORMA DE DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTA PETIÇÃO, 
SENDO PROPRIEDADE INTELECUTAL DO IDA CURSOS Página 8 
 
a) Seja uniformizado o entendimento no 
sentido de que, a prova documental deve ser contemporânea aos 
fatos que pretende provar. 
 
b) Que seja dado provimento ao presente 
recurso, nos termos do artigo 16, II, da Resolução 345/2015 do CJF, 
para julgar procedente o pedido inicial da parte Recorrente. 
 
Informa que litiga pelo pálio da justiça 
gratuita por ser pobre no sentido legal do termo. 
 
 
Espera deferimento e pede Justiça. 
 
Local e data. 
 
 
 
advogado

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