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INFECÇÃO URINÁRIA

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Zcb 
 
Ureteres 
Anatomia 
Os ureteres têm 25 a 30 cm de comprimento. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
São tubos estreitos de paredes espessas, que variam entre 1 
e 10 mm de diâmetro ao longo do seu trajeto entre a pelve 
renal e a bexiga urinária. (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Cada ureter começa superiormente, no nível de LII, como 
uma continuação da pelve renal. A partir daí, ele desce na 
posição retroperitoneal através do abdome, entra na pelve 
verdadeira ao cruzar a cavidade pélvica na junção sacroilíaca, 
entra no ângulo posterolateral da bexiga e depois segue 
medialmente dentro da parede posterior da bexiga antes de 
se abrir para o interior da bexiga. (VANPUTTE, JENNIFER, 
RUSSO, 2016) 
Como os rins, os ureteres são retroperitoneais. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
Na base da bexiga urinária, os ureteres se curvam 
medialmente e atravessam obliquamente a parede da face 
posterior da bexiga urinária (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Essa entrada oblíqua na bexiga evita o refluxo de urina da 
bexiga para os ureteres, pois qualquer aumento de pressão 
dentro da bexiga comprime a parede desse órgão, fechando 
assim as extremidades distais dos ureteres. (VANPUTTE, 
JENNIFER, RUSSO, 2016) 
Embora não haja uma válvula anatômica na abertura de cada 
ureter na bexiga urinária, uma válvula fisiológica é bastante 
efetiva. À medida que a bexiga se enche com urina, a pressão 
em seu interior comprime as aberturas oblíquas para os 
ureteres e impede o refluxo de urina. Quando esta 
válvula fisiológica não está funcionando corretamente, é 
possível que microrganismos passem da bexiga urinária para 
os ureteres, infectando um ou ambos os rins. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
Histologia 
A estrutura histológica dos ureteres tubulares é a mesma dos 
cálices renais e da pelve renal; as paredes possuem três 
camadas básicas: mucosa, muscular e adventícia (VANPUTTE, 
JENNIFER, RUSSO, 2016) 
A mucosa de revestimento é composta por um epitélio 
transicional, que estica quando os ureteres se enchem de 
urina, e uma lâmina própria, composta por um tecido 
 
 
 
conjuntivo fibroelástico contendo placas de tecido linfático 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
O muco secretado pelas células caliciformes da túnica mucosa 
impede que as células entrem em contato com a urina, cuja 
concentração de soluto e cujo pH podem diferir 
drasticamente do citosol das células que formam a parede dos 
ureteres (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
A camada muscular intermediária consiste em duas camadas 
de músculo liso: uma camada longitudinal interna e uma 
camada circular externa. Uma terceira camada muscular, a 
camada longitudinal externa, aparece no terço inferior do 
ureter (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Esta disposição é oposta à do canal alimentar, que contém 
camadas circulares internas e longitudinais externas 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
 A túnica muscular do terço distal dos ureteres também 
contém uma camada externa de fibras musculares 
longitudinais. Assim, a túnica muscular do terço distal do ureter 
é longitudinal internamente, circular centralmente e longitudinal 
externamente. O peristaltismo é a principal função da túnica 
muscular. (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
A adventícia (externa) da parede do ureter é um tecido 
conjuntivo típico, uma camada de tecido conjuntivo areolar 
que contém vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos que 
suprem a túnica muscular e a túnica mucosa. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
A túnica adventícia mescla-se a áreas de tecido conjuntivo e 
mantém os ureteres em posição. (TORTORA, DERRICKSON, 
2016) 
Fisiologia 
Cada um dos dois ureteres transporta a urina da pelve renal 
de um rim para a bexiga urinária (TORTORA, DERRICKSON, 
2016) 
Contrações peristálticas das paredes musculares dos ureteres 
empurram a urina para a bexiga urinária, mas a pressão 
hidrostática e a gravidade também contribuem. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
Embora os ureteres sejam inervados por fibras nervosas simpáticas 
e parassimpáticas, o controle neural da peristalse parece 
insignificante comparado à resposta de estiramento local do músculo 
liso ureteral (VANPUTTE, JENNIFER, RUSSO, 2016) 
Ondas peristálticas que vão da pelve renal à bexiga urinária 
variam em frequência de 1 a 5 por minuto, dependendo da 
Infecção Urinária 
Julia Soares • 4° período de medicina • tutoria 15 
velocidade em que a urina está sendo formada. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
Bexiga urinária 
Anatomia 
A bexiga urinária, um reservatório (bolsa) muscular dobrável 
que armazena e expele urina, situa-se abaixo da cavidade 
peritoneal no assoalho pélvico, imediatamente posterior à 
sínfise púbica (VANPUTTE, JENNIFER, RUSSO, 2016) 
Pregas do peritônio mantêm a bexiga em sua posição. 
(VANPUTTE, JENNIFER, RUSSO, 2016) 
Quando ligeiramente distendida em decorrência do acúmulo 
de urina, a bexiga urinária é esférica. Quando está vazia, ela se 
achata. Conforme o volume de urina aumenta, torna-se 
piriforme e ascende para a cavidade abdominal. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
A capacidade média da bexiga urinária é de 700 a 800 mℓ. 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
No assoalho da bexiga urinária encontra-se uma pequena área 
triangular chamada trígono da bexiga. Os dois cantos 
posteriores do trígono da bexiga contêm os dois óstios dos 
ureteres; a abertura para a uretra, o óstio interno da uretra, 
encontra-se no canto anterior. Como a sua túnica mucosa está 
firmemente ligada à túnica muscular, o trígono da bexiga tem 
uma aparência lisa. (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Nos homens, a bexiga situa-se na posição anterior ao reto; 
nas mulheres, a bexiga localiza-se imediatamente anterior à 
vagina e ao útero. Ela é menor nas mulheres, porque o útero 
ocupa o espaço imediatamente superior à bexiga urinária. 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
No ângulo anterior da bexiga (ou ápice) há uma faixa fibrosa 
chamada úraco (“canal urinário do feto”), o remanescente 
fechado de um tubo embrionário chamado alantoide 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
O ângulo inferior (colo) converge para a uretra. Nos homens, 
a próstata, uma glândula do sistema genital, situa-se 
diretamente inferior à bexiga, onde circunda a uretra 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Histologia 
A mucosa dessas estruturas é formada por um epitélio de 
transição e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo, que 
varia do frouxo ao denso. (VANPUTTE, JENNIFER, RUSSO, 
2016) 
Em torno da mucosa há feixes de tecido muscular liso 
(VANPUTTE, JENNIFER, RUSSO, 2016) 
As células mais superficiais do epitélio de transição são 
responsáveis pela barreira osmótica entre a urina e os fluidos 
teciduais. (JUNQUEIRA E CARNEIRO) 
Quando a bexiga se esvazia, a membrana se dobra nas regiões 
delgadas, e as placas espessas se invaginam e se enrolam, 
formando vesículas fusiformes intracitoplasmáticas, que 
permanecem próximo à superfície celular. (VANPUTTE, 
JENNIFER, RUSSO, 2016) 
Quando a bexiga se enche novamente, sua parede se 
distende, e ocorre um processo inverso, com transformação 
das vesículas citoplasmáticas fusiformes em placas que se 
inserem na membrana, aumentando a superfície das células. 
(VANPUTTE, JENNIFER, RUSSO, 2016) 
Essa membrana plasmática especial é sintetizada no complexo 
de Golgi e tem uma composição química peculiar: os 
cerebrosídeos constituem o principal componente da fração 
dos lipídios polares. (VANPUTTE, JENNIFER, RUSSO, 2016) 
Em torno da túnica mucosa está a intermediária túnica 
muscular, também chamada músculo detrusor da bexiga, que 
é formada por três camadas de fibras de músculo liso: as 
camadas longitudinal internamente, circular na parte intermédia 
e longitudinal externamente. (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Em torno da abertura da uretra, as fibras circulares formam 
o músculo esfíncter interno da uretra; abaixo dele está 
o músculo esfíncter externo da uretra, composto por músculo 
esquelético e proveniente do músculo transverso profundodo 
períneo (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
O revestimento mais superficial da bexiga urinária nas faces 
posterior e inferior é a túnica adventícia, uma camada de 
tecido conjuntivo areolar que é contínua com a dos ureteres. 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Sobre a face superior da bexiga urinária está a túnica serosa, 
uma camada de peritônio visceral. (TORTORA, DERRICKSON, 
2016) 
Fisiologia 
A eliminação de urina da bexiga urinária é chamada micção. A 
micção ocorre por meio de uma combinação de contrações 
musculares involuntárias e voluntárias. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
Quando o volume de urina na bexiga excede 200 a 400 mℓ, 
a pressão intravesical aumenta consideravelmente, e 
receptores de estiramento em suas paredes transmitem os 
impulsos nervosos para a medula espinal. Esses impulsos se 
propagam até o centro da micção nos segmentos medulares 
sacrais S2 e S3 e desencadeiam um reflexo espinal 
chamado reflexo de micção. (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Neste arco reflexo, impulsos parassimpáticos do centro da 
micção se propagam para a parede da bexiga urinária e 
músculo esfíncter interno da uretra. Os impulsos nervosos 
provocam a contração do músculo detrusor da bexiga e 
o relaxamento do músculo esfíncter interno da uretra. Ao 
mesmo tempo, o centro de micção inibe neurônios motores 
somáticos que inervam o músculo esquelético esfíncter 
externo da uretra. Com a contração da parede da bexiga 
urinária e o relaxamento dos esfíncteres, ocorre a micção. 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
O enchimento da bexiga urinária provoca uma sensação de 
plenitude, que inicia um desejo consciente de urinar antes de 
o reflexo miccional efetivamente ocorrer. Embora o 
esvaziamento da bexiga urinária seja um reflexo, na primeira 
infância aprendemos a iniciá-lo e interrompê-lo de modo 
voluntário. Por meio do controle aprendido sobre o músculo 
esfíncter externo da uretra e determinados músculos do 
assoalho pélvico, o córtex cerebral pode iniciar a micção ou 
retardar o seu aparecimento por um período de tempo 
limitado (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Uretra 
Anatomia 
A uretra é um pequeno tubo que vai do óstio interno da uretra 
no assoalho da bexiga urinária até o exterior do corpo 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Em homens e mulheres, a uretra é a parte terminal do sistema 
urinário e a via de passagem para a descarga de urina do 
corpo. Nos homens, também libera o sêmen (líquido que 
contém espermatozoides). (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Nas mulheres, a uretra encontra-se diretamente posterior à 
sínfise púbica; é dirigida obliquamente, inferiormente e 
anteriormente; e tem um comprimento de 4 cm A abertura 
da uretra para o exterior, o óstio externo da uretra, está 
localizada entre o clitóris e a abertura vaginal (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
Nos homens, a uretra também se estende do óstio interno da 
uretra até o exterior, mas o seu comprimento e via de 
passagem através do corpo são consideravelmente diferentes 
do que nas mulheres A uretra masculina primeiro atravessa a 
próstata, em seguida o músculo transverso profundo do 
períneo e, finalmente, o pênis, percorrendo uma distância de 
aproximadamente 20 cm. (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
A uretra masculina, que também consiste em uma túnica 
mucosa profunda e uma túnica muscular superficial, é 
subdividida em três regiões anatômicas (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
• A parte prostática, que passa através da próstata. 
• A parte membranácea, a porção mais curta, que atravessa 
o músculo transverso profundo do períneo. 
• A parte esponjosa, a mais longa, que atravessa o pênis. 
O epitélio da parte prostática é contínuo com o da bexiga urinária e 
consiste em epitélio de transição, que se torna epitélio colunar 
estratificado ou epitélio colunar pseudoestratificado mais distalmente 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
A parte prostática da uretra contém as aberturas (1) dos 
ductos que transportam secreções da próstata e (2) 
das glândulas seminais e do ducto deferente, que 
liberam os espermatozoides para a uretra e fornecem 
secreções que neutralizam a acidez do sistema genital 
feminino e contribuem para a mobilidade e a viabilidade dos 
espermatozoides. (TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Os ductos das glândulas bulbouretrais se abrem na parte 
esponjosa da uretra. Eles liberam uma substância alcalina antes 
da ejaculação, que neutraliza a acidez da uretra. As glândulas 
também secretam muco, que lubrifica a extremidade do pênis 
durante a excitação sexual. Ao longo da uretra, mas 
especialmente na parte esponjosa da uretra, as aberturas dos 
ductos das glândulas uretrais liberam muco durante a 
excitação sexual e a ejaculação. (TORTORA, DERRICKSON, 
2016) 
 
Histologia 
O epitélio da parte prostática é contínuo com o da bexiga 
urinária e consiste em epitélio de transição, que se torna 
epitélio colunar estratificado ou epitélio colunar 
pseudoestratificado mais distalmente. A túnica mucosa da 
parte membranácea contém epitélio colunar estratificado ou 
epitélio colunar pseudoestratificado. O epitélio da parte 
esponjosa é composto por epitélio colunar estratificado ou 
colunar pseudoestratificado, exceto perto do óstio externo da 
uretra. Neste local, é composto por epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado. (TORTORA, DERRICKSON, 
2016) 
 A lâmina própria da uretra masculina é composta por tecido 
conjuntivo areolar, com fibras elásticas e um plexo de veias. 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
A túnica muscular da parte prostática é composta 
principalmente por fibras de músculo liso circulares superficiais 
à lâmina própria; estas fibras circulares ajudam a formar o 
músculo esfíncter interno da uretra da bexiga urinária. A túnica 
muscular da parte membranácea consiste em fibras 
musculares esqueléticas provenientes do músculo transverso 
profundo do períneo dispostas circularmente, que ajudam a 
formar o músculo esfíncter externo da uretra. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
A parede da uretra feminina é constituída por uma túnica 
mucosa profunda e uma túnica muscular superficial. A túnica 
mucosa é uma membrana mucosa composta por epitélio e 
lâmina própria (tecido conjuntivo areolar com fibras elásticas e 
um plexo de veias). Perto da bexiga urinária, a túnica mucosa 
contém epitélio de transição, que é contínuo com o da bexiga 
urinária; perto do óstio externo da uretra, é composto por 
epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Entre 
estas áreas, a túnica mucosa contém epitélio colunar 
estratificado ou colunar pseudoestratificado. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
A túnica muscular consiste em fibras musculares lisas dispostas 
circularmente e é contínua com a da bexiga urinária. 
(TORTORA, DERRICKSON, 2016) 
Fisiologia 
A uretra é a parte terminal do sistema urinário e a via de 
passagem para a descarga de urina do corpo. (TORTORA, 
DERRICKSON, 2016) 
Infecção Urinária 
Definição 
A infecção do trato urinário (ITU) pode ser definida como a 
presença de um microrganismo patogênico na urina e, 
consequentemente, nas estruturas que compõem o aparelho 
urinário – uretra, bexiga, rim ou na próstata. (SANAR FLIX) 
Infecção do trato urinário (ITU) é a denominac ̧ão aplicada a 
diversas condic ̧ões clínicas, que variam desde a presenc ̧a 
assintomática de bactérias na urina até a infecc ̧ão renal grave, 
resultando em sepse. (TANAGHO, 2007) 
Classificação da infecção urinária 
Quanto ao sítio anatômico pode ser uma infecção do trato 
urinário baixo (cistites) ou do trato urinário alto (pielonefrites). 
(SANARFLIX) 
• Não complicada descreve uma infecção em um 
paciente saudável com via urinária normal dos pontos 
de vista estrutural e funcional. A maioria desses 
pacientes consiste em mulheres com cistite 
bacteriana isolada ou recorrente ou com pielonefrite 
aguda, e os patógenos infecciosos são habitualmente 
sensíveis e erradicados por um ciclo curto de 
antibioticoterapia oral de baixo custo.(WEIN, 2018) 
 
• Uma infecção complicada está associada a fatores 
que aumentam a probabilidade de adquirir bactérias 
e à diminuição da eficácia da terapia A estrutura e a 
função das vias urinárias estão anormais, o 
hospedeiro está comprometido e/ou as bactérias 
apresentam virulência aumentada ou resistência aos 
agentes antimicrobianos. Esses pacientes são, em sua 
maioria, homens. (WEIN, 2018) 
• Uma primeira infecção ou infecção isolada é a que 
ocorre em um indivíduo que nunca teve uma ITU ou 
que apresenta uma infecção remota de ITU prévia. 
(WEIN, 2018) 
 
• Uma infecção não resolvida é a que não respondeu 
à terapia antimicrobiana e é documentada pelo 
mesmo microrganismo, com perfil de resistência 
semelhante. (WEIN, 2018) 
 
• Uma infecção recorrente é a que ocorre após 
resolução bem-sucedida e documentada de infecção 
antecedente. Existem dois tipos diferentes de 
infecção recorrente: (WEIN, 2018) 
 
1) A reinfecção descreve um novo evento 
associado à reintrodução de bactérias do meio 
externo para dentro das vias urinárias. (WEIN, 
2018) 
2) A persistência bacteriana refere-se a uma ITU 
recorrente causada pela mesma bactéria que 
reemerge a partir de um foco dentro das vias 
urinárias, como cálculo infeccioso ou próstata. O 
termo recidiva é frequentemente usado como 
sinônimo. (WEIN, 2018) 
 ITU recorrente é aquela que ocorre pelo menos 3 vezes ao 
ano ou quando ocorre 2 episódios nos últimos 6 meses 
(SANARFLIX) 
No que diz respeito a origem do patógeno, este pode ser 
advindo da comunidade caracterizando uma ITU comunitária 
ou hospitalar quando o patógeno é adquirido em ambiente 
hospitalar. (SANARFLIX) 
Fala-se em ITU associada a cateter se refere àquela que 
ocorre em pessoas em uso de cateterismo do trato urinário 
ou que tenha feito uso de cateter nas últimas 48h, estes 
pacientes podem apresentar sintomas tanto do trato urinário 
alto como baixo, podendo haver além disso obstrução do 
cateter. (SANARFLIX) 
Epidemiologia 
Esta infecção ocorre tanto indivíduos hospitalizados, quanto 
naqueles que estão na comunidade, representando o 2o sítio 
mais comum de infecção na população em geral e importante 
causa de internação hospitalar. (SANAR FLIX) 
Infecção do trato urinário (ITU) pode ocorrer em ambos os 
sexos e tem prevalência variada, de acordo com a faixa etária 
e as situações individuais em relação à idade e ao sexo. 
(PLANMARK, 2010) 
Em neonatos e em bebês com até 1 ano de idade, a bacteriúria 
está presente em 2,7% dos meninos e em 0,7% das meninas. 
A incide ̂ncia de ITU em bebês do sexo masculino não 
circuncidados é mais elevada que em bebe ̂s circuncidados 
(1,12% em comparação com 0,11%) durante os 6 primeiros 
meses de vida. (TANAGHO, 2007) 
Em crianças com idades entre 1 e 5 anos, a incide ̂ncia de 
bacteriúria em meninas aumenta para 4,5%, enquanto em 
meninos diminui para 0,5%. (TANAGHO, 2007) 
Na maioria dos casos, ITUs em crianças com menos de 5 anos 
estão associadas a anormalidades conge ̂nitas do trato urinário, 
como refluxo vesicoureteral ou obstruc ̧ão. (TANAGHO, 2007) 
A incide ̂ncia de bacteriúria permanece relativamente 
constante em crianças com 6- 15 anos de idade. Contudo, 
nessas crianc ̧as é mais provável que as ITUs estejam 
associadas a anormalidades funcionais do trato urinário, como 
disfunc ̧ão miccional. (TANAGHO, 2007) 
Durante a adolescência, a incide ̂ncia de ITU aumenta de modo 
significativo (para 20%) em mulheres jovens e permanece 
constante em homens jovens. (TANAGHO, 2007) 
Cerca de 7 milhões de casos de cistite aguda são 
diagnosticados anualmente em mulheres jovens; é provável 
que essa seja uma subestimativa da verdadeira incide ̂ncia de 
ITU, porque pelo menos 50% de todas as ITUs não chegam 
a ter atenção médica. (TANAGHO, 2007) 
No entanto, é mais comum em mulheres devido a menor 
extensão da uretra feminina e sua proximidade com o ânus o 
que favorece a ascensão de patógenos pelo aparelho urinário, 
sobretudo, naquelas com vida sexual ativa, de modo que na 
vida adulta as mulheres têm 50 vezes mais chance de adquirir 
ITU do que os homens sendo 30% sintomáticas ao longo da 
vida. (SANAR FLIX) 
Porém, a incidência de ITU aumenta nos homens acima de 50 
anos, relacionada a doenças prostáticas. (SANAR FLIX) 
Com base em dados do Urologic Diseases in North America 
Project, a prevale ̂ncia em geral de ITU durante a vida foi 
estimada em 14 mil por 100 mil homens e 53 mil por 100 mil 
mulheres. Os gastos médicos em geral para o tratamento de 
ITU nos EUA foram estimados em 1 bilhão de dólares para 
homens e 2,5 bilhões de dólares para mulheres. (TANAGHO, 
2014) 
Fatores de risco 
Como já foi dito, a uretra feminina além de mais próxima do 
ânus é mais curta, o que a ascensão das bactérias que 
costumam estar presentes na região retal como a E. coli. 
(SANAR FLIX) 
Além disso, a atividade sexual pode favorecer a entrada das 
bactérias e, o uso de espermicidas por alterarem o pH e a 
flora do introito vaginal está associado ao aumento das 
nfecções por E. coli e consequentemente da incidência de 
cistites. (SANAR FLIX) 
Para as mulheres na pós-menopausa, os fatores de risco são 
diferentes e incluem, comumente, deficiência de estrogênio, 
diminuição de lactobacilos vaginais, procidência da parede 
vaginal anterior (cistocele), cirurgia urogenital, volume residual 
pós-miccional elevado e ITU prévia. (FERNANDES, 2019) 
Quanto às gestantes, alguns fatores são predisponentes pela 
frequência de ITU sintomática ou não, são eles: modificação 
da posição da bexiga, aumento da capacidade vesical devido 
à redução do tônus da bexiga, relaxamento da musculatura da 
bexiga e ureter, assim como a dilatação deste último e da 
pelve renal favorecendo o refluxo vesicoureteral. (SANAR 
FLIX) 
Essas complicações são mais frequentes no terceiro trimestre 
da gravidez e o melhor período para verificação de possível 
bacteriúria é na 16ª semana. (PLANMARK, 2010) 
Os principais fatores de risco para mulheres com 16-35 anos 
de idade relacionam-se ao intercurso sexual e ao uso de 
diafragmas. (TANAGHO, 2014) 
Para mulheres com idades entre 36 e 65 anos, cirurgia 
ginecológica e prolapso de bexiga parecem ser fatores de 
risco importantes. (TANAGHO, 2014) 
Para pacientes com mais de 65 anos, a incide ̂ncia de ITU 
continua a aumentar nos dois sexos. Em pacientes com menos 
de 1 ano e com mais de 65 anos, a morbidade e a morta- 
lidade de ITU alcanc ̧am seus maiores índice. (TANAGHO, 2014) 
A diabetes mellitus e a hiperglicemia são fatores de risco para 
infecções urinarias, pois podem favorecer o desenvolvimento 
das bactérias. (DA SILVA, 2021) 
Vários fatores estão relacionados a este maior risco: controle 
glicêmico inadequado, duração da doença, microangiopatia 
diabética, disfunção leucocitária secundária a hiperglicemia e 
vaginites de repetição. Além dos agentes patogênicos já 
citados, pacientes com DM podem ter ITU causada por 
Acinetobacter spp., estreptococos do grupo B e cândida. 
(SANAR FLIX) 
Fatores que interferem no fluxo urinário podem resultar em 
estase urinária, favorecendo a proliferação bacteriana e 
distensão vesical. Tais fatores podem ser desde estenose 
uretral, hipertrofia prostática até mesmo litíase e tumores no 
trato urinário. (SANAR FLIX) 
Tal fato ocorre pela introdução de um componente não 
orgânico na uretra que pode estar contaminado ou ter se 
contaminado durante a técnica de passagem de sonda, e, além 
disso, repetidas introduções de cateteres urinários, ou seu uso 
por vários dias tornam-se meios de colonização de 
microrganismos, especialmente bactérias que podem causa 
infecções no trato urinário dos pacientes. (DA SILVA, 2021) 
A doença é causada por micro-organismos como o 
Escherichia Coli (E. Coli), que colonizam a parede do cólon, a 
região perianal e também o introito vaginal. Em casos de falta 
de higiene, esses micro-organismos seproliferam e podem 
ascender pela uretra e chegar à bexiga ou rins, causando a 
infecção urinária. 
Define-se ITU de repetição como infecção comprovada por 
urinocultura que tenha ocorrido pelo menos duas vezes em 
seis meses ou três vezes em um ano. (DA SILVA, 2021) 
Há, também, evidências que indicam que o envolvimento 
genético, associado à alteração na resposta do hospedeiro, 
pode predispor algumas mulheres a desenvolverem ITU de 
repetição. (DA SILVA, 2021) 
As práticas sexuais desprotegidas, pois pessoas que não 
utilizam camisinha além do risco de contraírem infecções 
sexualmente transmissíveis (IST), tem maior chance de 
contraírem infecções no trato urinário devido as bactérias ou 
fungos provenientes das mucosas contaminadas dos parceiros 
sexuais. (DA SILVA, 2021) 
A resistência a antibióticos, pois devido ao fácil acesso a esses 
fármacos e ao consumo desenfreado, o organismo de um 
paciente submetido a doses errôneas de antibióticos 
frequentemente pode deixar as bactérias resistentes, e estas 
podem atacar as defesas do corpo com mais facilidades 
causando uma série de malefícios a saúde, entre eles as 
infecções urinarias. (DA SILVA, 2021) 
Fatores de proteção 
Todavia o excesso de higiene, principalmente nas mulheres, 
altera o pH da área genital, e as bactérias invasoras podem se 
difundir para o trato urinário causando infecções. (DA SILVA, 
2021) 
Recomenda-se, para aqueles que não possuem restrição 
hídrica, a ingestão de 2 a 4 litros de água durante o dia, tanto 
na forma pura quanto presente em alimentos e sucos. A água 
auxilia o funcionamento do trato urinário desde o processo de 
filtração do sangue pelo rim, até a diluição da urina, deixando-
a menos concentrada. Além disso, a ingestão de água 
aumenta o volume urinário e a micção irá “lavar” a uretra com 
mais frequência expulsando microrganismos em migração. 
Seguindo a mesma lógica, evite segurar a urina por muito 
tempo, pois a urina parada facilita a proliferação de bactérias 
e, também, a formação de cálculos. 
Os probióticos são microorganismos que podem exercer 
benefícios ao nosso organismo. Os probióticos mais utilizados 
são os Lactobacillus e Bifidobacterium. 
Eles ajudam no tratamento e prevenção de doenças, pois 
mantêm o pH ácido, previnem a colonização do patógeno, 
promovem atividade antimicrobiana, degradam toxinas e 
estimulam a imunidade. A manutenção do pH e a produção 
de peróxido de hidrogênio impede o crescimento da E.coli; 
além de atenuar o processo inflamatório. 
• Alho e cebola - Tanto o alho quanto a cebola contém alicina 
na sua composição, uma substância que, além de ter uma ótima 
ação antioxidante, também é muito eficaz na eliminação de 
bactérias do organismo. 
• Frutas cítricas - Grandes aliadas do sistema imunológico, 
as frutas cítricas não devem ser deixadas de lado no cardápio. As 
melhores opções para infecção urinária são abacaxi, laranja e 
limão. 
• Cranberry - O cranberry é uma fruta rica em antioxidantes e 
que também atua como um alimento diurético. Além de fazer 
sucos, outra sugestão é apostar na barrinha de nuts com coco 
e cranberry Taeq. 
• Uvas - Além dos vários benefícios da uva para o corpo, essa 
fruta também auxilia na recuperação da infecção urinária porque 
age como um anti-inflamatório natural. O suco de uva Taeq é 
excelente para isso! 
https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/frutas-citricas-saiba-quem-faz-parte-desse-grupo-e-o-seus-principais-beneficios_a7222/1
https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/o-que-sao-agentes-antioxidantes-entenda-como-eles-agem-em-defesa-do-organismo_a3668/1
https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/saude-integral-conheca-4-beneficios-da-uva-para-o-corpo_a1300/1
• Mamão - Esse é um dos melhores alimentos para cuidar da 
saúde da bexiga. O mamão papaya orgânico Taeq "limpa" o 
corpo e evita a proliferação de bactérias no sistema urinário. 
• Diuréticos - Optar por alimentos diuréticos naturais, como a 
melancia, melão e pepino, é uma ótima maneira de prevenir e 
tratar a infecção urinária. Eles ajudam a drenar o líquido do corpo. 
Realize a higiene íntima logo antes do ato sexual sempre que 
possível; esvazie a bexiga após a relação, o jato urinário ajuda 
a expelir os microrganismos que, porventura, foram carreadas 
para a uretra; evite sexo anal sem proteção. 
Tomar banho na banheira pode ser bonito, gostoso e 
relaxante, contudo a água quentinha torna-se rapidamente 
povoada por bactérias. Além disso, se a limpeza e desinfecção 
da banheira não forem adequadas, pode haver a presença de 
fungos. 
Troque o absorvente íntimo com frequência, o sangue é um 
meio de cultura rico para os microrganismos e a presença de 
umidade facilita sua proliferação e, consequentemente, 
aumenta o risco de infecção. O ideal é realizar a troca a cada 
4 horas e sempre que necessário. 
Roupas de algodão ou tecidos leves favorecem a circulação 
de ar e reduzem a umidade local. Roupas apertadas também 
são contraindicadas, pois dificultam a circulação de ar e 
aumentam a temperatura da região. 
Etiologia 
As ITUs não complicadas superior e inferior são mais 
frequentemente causadas por E. coli, presente em 70% a 
95% dos casos, e Staphylococcus saprophyticus, 
presente entre 5% a mais de 20% dos casos. (JOHNSON, 
2016) 
O S. saprophyticus só raramente provoca pielonefrite aguda. 
(JOHNSON, 2016) 
Bactérias menos comuns causadoras de ITU não complicada 
incluem outras Enterobacteriaceae (p. ex., Proteus mirabilis, 
Klebsiella spp.) e, raramente, Pseudomonas aeruginosa, 
espécies de Citrobacter (spp.), ou outros uropatógenos. 
(JOHNSON, 2016) 
Entre as mulheres não grávidas saudáveis, o isolamento de 
organismos, como os lactobacilos, os enterococos, os 
estreptococos do grupo B e os estafilococos coagulase-
negativos outros que não S. saprophyticus representam mais 
frequentemente contaminação da amostra de urina. No 
entanto, esses organismos devem ser considerados prováveis 
agentes causadores de ITU em mulheres sintomáticas quando 
encontrados em amostra de jato médio de urina, colhida após 
antissepsia, em contagens elevadas e crescimento puro. 
(JOHNSON, 2016) 
Uma gama mais ampla de bactérias pode provocar ITU 
complicada, e muitas delas são resistentes aos agentes 
antimicrobianos de amplo espectro. (JOHNSON, 2016) 
Embora a E. coli seja o agente mais comum, Citrobacter 
spp., Enterobacter spp., P. aeruginosa, enterococos e 
S. aureus contribuem com uma proporção relativamente 
mais elevada em comparação aos casos de infecções do trato 
urinário não complicada. (JOHNSON, 2016) 
A proporção de infecções causadas por fungos, sobretudo as 
espécies de Candida, vem aumentando. (JOHNSON, 2016) 
Os pacientes com condições crônicas, como lesão medular e 
bexiga neurogênica, são mais propensos a infecções 
polimicrobianas e multidroga resistentes. (JOHNSON, 2016) 
 
Fisiopatologia 
Há quatro maneiras possíveis de entrada de bactérias no trato 
geniturinário. De um modo geral, é aceito que bactérias 
periuretrais ascendendo no trato urinário causem a maioria 
das ITUs. (MCANNOH, LUE, 2014) 
A maior parte dos casos de pielonefrite é causada pela subida 
de bactérias a partir da bexiga, através do ureter e para dentro 
do parênquima renal. Consequentemente, a natureza curta da 
uretra feminina, em combinac ̧ão com sua proximidade íntima 
com o vestíbulo vaginal e o reto, provavelmente predispõem 
as mulheres a ITUs mais frequentes que os homens 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
Outras formas de penetrac ̧ão bacteriana são causas inco- 
muns de ITU. (MCANNOH, LUE, 2014) 
A disseminação hematoge ̂nica pode ocorrer em pacientes 
imunocomprometidos e em neonatos. (MCANNOH, LUE, 2014) 
https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/melancia-a-refrescante-fruta-que-hidrata-o-corpo-de-forma-saudavel-e-nutritiva_a4261/1
https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/melancia-a-refrescante-fruta-que-hidrata-o-corpo-de-forma-saudavel-e-nutritiva_a4261/1Staphylococcus aureus, espécies de Candida e Mycobacterium 
tuberculosis são patógenos comuns que viajam pelo sangue 
para infectar o trato urinário. (MCANNOH, LUE, 2014) 
A disseminac ̧ão linfática ao longo dos vasos linfáticos retais, 
colo ̂nicos e periuterinos tem sido postulada como uma causa 
de ITU; contudo, atualmente, há pouco suporte científico para 
sugerir que a disseminac ̧ão de bactérias por meio de canais 
linfáticos desempenhe um papel na patoge ̂nese da ITU. 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
Extensão direta de bactérias de órgãos adjacentes para 
dentro do trato urinário pode ocorrer em pacientes com 
abscessos intraperitoneais ou fístulas vesicointestinais ou 
vesicovaginais. (MCANNOH, LUE, 2014) 
Infecção recidivante a partir de um foco tratado inadequada- 
mente na próstata ou no rim pode surgir em outras partes 
dos tratos urinários. (MCANNOH, LUE, 2014) 
Os fatores relacionados com o hospedeiro têm um papel 
essencial na patoge ̂nese de ITUs. (MCANNOH, LUE, 2014) 
Fluxo urinário não obstruído com a consequente lavagem de 
bactérias ascendentes é fundamental na prevenção de ITU. 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
Além disso, a própria urina tem caraterísticas específicas 
(osmolalidade, concentração de ureia, concentrac ̧ão de ácidos 
orgânicos e pH) que inibem o crescimento e a colonizac ̧ão 
bacteriana. Ela também contém fatores que inibem a adere ̂ncia 
bacteriana, como a glicoproteína de Tamm-Horsfall – (THG). 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
Tem sido observado que a gravidade da bacteriúria e o grau 
de alterações inflamatórias no trato urinário foram muito 
maiores em camundongos com déficit de THG, sugerindo que 
a THG ajuda a eliminar a infec- ção bacteriana do trato urinário 
e age como um fator geral de defesa do hospedeiro contra 
ITUs. (MCANNOH, LUE, 2014) 
Retenção urinária, estase ou refluxo de urina para o trato urinário 
superior podem promover crescimento bacteriano e infecção 
subsequente. 
Consequentemente, qualquer anormalidade ana- tômica ou funcional 
do trato urinário que impec ̧a o fluxo da urina pode aumentar a 
suscetibilidade do hospedeiro a ITUs. 
Essas anormalidades incluem condições obstrutivas em qualquer nível 
do trato urinário, doenc ̧as neurológicas afetando a func ̧ão do trato 
urinário inferior, diabetes e gravidez. 
De modo semelhante, a presenc ̧a de corpos estranhos (como 
cálculos, cateteres e stents) permite que as bactérias se escondam 
das defesas do hospedeiro. 
O epitélio que reveste o trato urinário não somente prove ̂ 
uma barreira física à infecc ̧ão, mas também tem a capacidade 
de reconhecer bactérias, a fim de ativar as defesas do 
hospedeiro. 
As células uroteliais expressam receptores toll-like (TLR), que, 
após o engajamento por componentes bacterianos 
específicos, levam à produc ̧ão de mediadores inflamatórios. 
Em resposta à presenc ̧a de bactérias, as células de 
revestimento do trato urinário secretam atraidores químicos, 
como a interleucina 8, para recrutar neutrófilos à área e limitar 
a invasão tecidual 
Anticorpos específicos séricos e urinários são produzidos pelo 
rim para aumentar a opsonizac ̧ão bacteriana e a fagocitose, e 
para inibir a aderência bacteriana. 
O papel protetor da imunidade, tanto de mediac ̧ão celular como 
humoral, na prevenção de ITUs permanece obscuro; deficiência de 
função de células B ou células T não tem sido associada à frequência 
aumentada de ITU, nem alterado o curso da infecc ̧ão. 
Entretanto, deve-se notar que os mesmos mecanismos de defesa 
do hospedeiro que ajudam a prevenir/limitar a infecc ̧ão (como as 
respostas inflamatórias) podem levar a dano celular e tecidual. 
A aderência aumentada pode ser devida a ter mais locais de 
ligação para adesinas bacterianas em suas células da mucosa. 
Alterna- tivamente, essas pacientes podem não secretar 
compostos solúveis, que normalmente competem pelos 
mesmos receptores que se ligam às adesinas bacterianas. 
Antígenos de grupo sanguíneo podem compor um grupo 
desses compostos solúveis que inibem a adere ̂ncia bacteriana 
Esses achados sugeririam uma predisposic ̧ão genética a ITU. 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
Entre outros fatores do hospedeiro importantes estão 
incluídas a flora normal da área periuretral ou da próstata, e a 
presença de refluxo vesicoureteral. (MCANNOH, LUE, 2014) 
Nas mulheres, a flora normal da área periuretral, composta de 
microrganismos como os lactobacilos, fornece uma defesa 
contra a colonizac ̧ão por bactérias uropatoge ̂nicas. Alterac ̧ões 
no ambiente periuretral (como mudanc ̧as no pH ou nos níveis 
de estrogênios, ou o uso de antibióticos) podem danificar a 
flora periuretral, permitindo que uropatógenos colonizem e, 
subsequentemente, infectem o trato urinário (MCANNOH, 
LUE, 2014) 
Nos homens, a próstata secreta líquido contendo zinco, que 
tem atividade antimicrobiana potente (MCANNOH, LUE, 2014) 
Nem todas as bactérias são capazes de aderir ao trato urinário 
e infectá-lo. Das muitas cepas de Escherichia coli, as 
uropatogênicas pertencem a um número muito limitado de 
sorogrupos O, K e H. Elas te ̂m propriedades de aderência 
aumentada a células uroepiteliais, resiste ̂ncia à atividade 
bactericida do soro humano, produção de hemolisina e a 
expressão aumentada do antígeno capsular K (MCANNOH, 
LUE, 2014) 
A capacidade da E. coli de aderir a células epiteliais é mediada 
por ligantes localizados nas pontas das fímbrias bacterianas 
(pilosidades). (MCANNOH, LUE, 2014) 
Os ligantes prendem-se a receptores de glicolipídeos ou 
glicoproteínas na membrana superficial das células uroepiteliais. 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
As fímbrias são classificadas por sua capacidade de causar 
hemaglutinação e pelo tipo de açúcar que pode bloquear esse 
processo. (MCANNOH, LUE, 2014) 
➢ As fímbrias P, que podem aglutinar sangue humano, ligam-
se a receptores de glicolipídeos nas células uroepiteliais, 
eritrócitos (antígenos P de grupo sanguíneo) e células 
tubulares renais (MCANNOH, LUE, 2014) 
➢ As fimbrias tipo 1, que podem aglutinar sangue de cobaias, 
ligam-se a resíduos de manosídeo em células uroepiteliais 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
Fímbrias P são observadas em 90% das cepas de E. coli que causam 
pielonefrite, mas em menos de 20% das cepas que causam ITUs 
baixas. Em contrapartida, as fímbrias tipo 1 podem ajudar bactérias a 
aderir à mucosa da bexiga. A maioria das E. coli uropatogênicas tem 
ambos os tipos de fímbrias. (MCANNOH, LUE, 2014) 
 
Uma vez que ocorra ligac ̧ão às células uroepiteliais, outros 
fatores patogênicos bacterianos tornam-se importantes. A 
maioria das cepas uropatoge ̂nicas de E. coli produz hemolisina, 
que inicia a invasão tecidual e torna o ferro disponível para os 
patógenos infectantes (MCANNOH, LUE, 2014) 
A presenc ̧a do antígeno K nas bactérias invasoras protege-as 
da fagocitose por neutrófilos (MCANNOH, LUE, 2014) 
Tem sido observado que muitas bactérias, como a E. coli, te ̂m 
a capacidade de invadir as células do hospedeiro, atuando 
como patógenos intracelulares oportunistas. Tem sido 
mostrado que o fator necrosante citotóxico, as adesinas 
Afa/Dr e fímbrias tipo 1 promovem a invasão das células do 
hospedeiro. (MCANNOH, LUE, 2014) 
A ligac ̧ão da adesina FimH na extremidade distal de fímbrias 
tipo 1 à membrana do hospedeiro leva ao recrutamento de 
adesina quinase focal, fosfoinositídeo-3-quinases, actinina-a e 
vinculina, o que resulta em rearranjos localizados de actina e 
deglutição da bactéria presa por fechamento da membrana 
em volta das bactérias (MCANNOH, LUE, 2014) 
As bactérias intracelulares amadurecem em biofilmes, criando 
protuberâncias semelhantes a vagens sobre a superfície do 
urotélio. As vagens contêm bactérias enclausuradas em uma 
matriz rica em polissacarídeos circundada por uma casca 
protetora de uroplaquina. (MCANNOH, LUE, 2014) 
Manifestações Clínicas 
O quadro clínico da ITU é variável. No entanto, apesar da 
diversidadede sintomas podemos elencar alguns sintomas 
mais sugestivos de infecção do trato urinário baixo (bexiga), 
configurando então as cistites, e, a partir de outros sintomas 
pensar no diagnóstico clínico de pielonefrites ou de infecção 
do trato urinário alto (rins). 
Cistite 
Sintomas de disúria (dor ou dificuldade de micção) associado 
a polaciúria, urgência miccional, dor em região suprapúbica e 
hematúria. (SANAR FLIX) 
Idosos podem ter apresentações atípicas como alteração do 
nível de consciência e/ou alterações do comportamento. 
(SANAR FLIX) 
Pielonefrite aguda 
Os pacientes com pielonefrite aguda apresentam calafrios, 
febre e dor à palpac ̧ão do a ̂ngulo costovertebral. 
Frequentemente, eles te ̂m sintomas do trato inferior 
associados, como disúria, polaciúria e urge ̂ncia miccional. Sepse 
pode ocorrer, com 20 a 30% de todas as sepses siste ̂micas 
resultando de uma infecc ̧ão urinária. (WEIR, 2018) 
É importante ressaltar que a sinais e sintomas sistêmicos 
direcionam para o quadro clínico de pielonefrite tais como 
febre, vômitos e náuseas. (SANAR FLIX) 
Além destes, o sinal de Giordano (punho percussão da loja 
renal) positivo, dor lombar. (SANAR FLIX) 
A pielonefrite pode ser oligossintomática, principalmente em 
grupos como as gestantes, havendo também superposição 
com os sintomas de cistite. (SANARFLIX) 
É importante avaliar o estado geral do paciente e considerar 
internação uma vez que haja suspeita de pielonefrite 
complicada devido ao risco de progressão para um quadro de 
sepse. (SANARFLIX) 
Pielonefrite enfisematosa 
A pielonefrite enfisematosa é uma infecc ̧ão necrosante 
caracterizada por presenc ̧a de gás dentro do pare ̂nquima 
renal ou do tecido perinéfrico. Em torno de 80 a 90% dos 
pacientes com pielonefrite enfisematosa têm diabetes; o 
restante dos casos está associado à obstruc ̧ão do trato 
urinário por cálculos ou à necrose da papila (WEIR, 2018) 
Os pacientes com pielonefrite enfisematosa apresentam-se 
com febre, dor no flanco e vo ̂mitos que não respondem ao 
tratamento inicial com antibióticos parenterais Pneumatúria 
pode estar presente (WEIR, 2018) 
Pielonefrite crônica 
A pielonefrite cro ̂nica resulta de infecção renal repetida, o que 
leva a retração cicatricial, atrofia do rim e insuficie ̂ncia renal 
subsequente. O diagnóstico é feito por exame radiológico ou 
patológico, em vez de pela apresentação clínica. (WEIR, 2018) 
Muitos indivíduos com pielonefrite cro ̂nica não te ̂m sintomas, 
mas eles podem ter uma história de ITU frequente. Em Como 
os pacientes com pielonefrite cro ̂nica frequentemente são 
assintomáticos, o diagnóstico é feito de modo incidental 
quando se inicia investigac ̧ão radiológica para avaliar 
complicações associadas à insuficie ̂ncia renal, como 
hipertensão, distúrbios visuais, cefaleias, fadiga e poliúria. (WEIN, 
2018) 
Pielonefrite xantogranulomatosa 
A pielonefrite xantogranulomatosa (PXG) é uma forma de 
infecção bacteriana crônica do rim. O rim afetado quase 
sempre está hidronefrótico e obstruído. Na maioria dos casos, 
a PXG ocorre unilateralmente. A inflamação grave e a necrose 
obliteram o pare ̂nquima renal. Caracteristicamente, histiócitos 
espumosos cheios de lipídeos (células de xantoma) estão 
presentes, podendo ser confundidos com carcinoma renal de 
células clara (WEIN, 2018) 
Os pacientes com PXG apresentam-se normalmente com dor 
no flanco, febre, calafrios e bacteriúria persistente. Uma história 
de urolitíase está presente em cerca de 35% dos pacientes 
(WEIN, 2018 
No exame físico, muitas vezes pode ser palpada uma 
tumorac ̧ão no flanco. (WEIN, 2018) 
Prostatite 
Prostatite refere-se à inflamação da próstata associada a ITU. 
Pensa-se que a infecc ̧ão resulte de infecc ̧ão uretral 
ascendente ou de refluxo de urina infectada da bexiga para 
os ductos prostáticos. (WERI, 2018) 
Os pacientes com prostatite bacteriana aguda geralmente se 
apresentam com um início abrupto de sintomas siste ̂micos 
(febre, calafrios, mal-estar geral, artralgia, mialgia, dor lombar 
inferior/retal/perineal) e urinários (polaciúria, urge ̂ncia, disúria). 
Eles também apresentam retenção urinária devido à inchac ̧ão 
da próstata. (WEIR, 2018) 
O toque retal revela gla ̂ndula aumentada dolorosa à palpac ̧ão, 
que é irregular e quente (WEIR, 2018) 
O sumário de urina geralmente demonstra leucócitos e, 
ocasional- mente, hematúria (WEIR, 2018) 
Diagnóstico 
A avaliação por meio da anamnese e exame físico é 
fundamental para o diagnóstico. Inclusive, aqueles pacientes 
que apresentam sinais e sintomas de cistite e que não 
apresentam nenhum fator de risco para ITU complicada, 
sequer necessitam ser avaliados por meio de exames 
complementares para proceder com o tratamento pensando 
naqueles patógenos mais prevalentes que já comentamos. 
(SANAR FLIX) 
Sumário de urina 
Com maior freque ̂ncia, a urina é obtida de uma amostra obtida por 
micção. Em crianças sem treinamento para uso do toalete, um 
dispositivo para coleta de urina, como um saquinho plástico, é 
colocado sobre a genitália, e a urina é cultivada do espécime assim 
coletado. Esses dois métodos de coleta de urina são fáceis de se 
obterem, mas pode ocorrer contaminac ̧ão a partir da vagina e da 
área perirretal. Há uma taxa alta de falso-positivos, especialmente em 
espécimes de sacos coletores. A aspirac ̧ão suprapúbica evita a 
contaminac ̧ão potencial; contudo, devido a seu caráter invasivo, é 
usada raramente, exceto em crianc ̧as e em pacientes selecionados. 
A coleta de urina obtida por um cateter urinário é menos invasiva 
que uma aspiração suprapúbica e tem menor probabilidade de 
contaminac ̧ão do que um espécime obtido por micc ̧ão. Se um 
paciente tem uma sonda de permane ̂ncia, um espécime de urina 
deve ser coletado do portal de coleta do cateter.(MCANNOH, LUE, 
2014) 
Exames de urina são realizados para revelar bactérias na urina 
e diagnosticar infecção urinária. Um critério diagnóstico 
amplamente aceito de infecção urinária é a detecção de 
100.000 unidades formadoras de colônia (UFC) ou mais 
bactérias por mililitro (μℓ) de urina (NORRIS, 2021). 
A amostra de urina pode ser examinada com fita reagente ou 
microscopia óptica a procura de biomarcadores de infecção. 
Dois exames simples são a pesquisa de nitrito e de esterase 
leucocitária (NORRIS, 2021) 
A urina pode ser avaliada imediatamente para esterase 
leucocitária, um composto produzido pela fragmentac ̧ão de 
leucócitos na urina. (MCANNOH, LUE, 2014) 
O nitrito urinário é produzido pela redução dos nitratos da 
dieta por muitas bactérias gram-negativas. (MCANNOH, LUE, 
2014) 
Esterase e nitrito podem ser detectados por um teste de fita 
na urina, e são mais confiáveis quando a contagem bacteriana 
é . 100.000 unidades formadoras de colônias (UFC) por mililitro. 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
O exame microscópico da urina para leucócitos e bactérias é 
feito após centrifugação. Quando as contagens de bactérias 
são . 100.000 UFC/mL, as bactérias podem ser detectadas à 
microscopia. Mais de tre ̂s leucócitos por campo de grande 
aumento sugerem uma possível infecc ̧ão. (MCANNOH, LUE, 
2014) 
O teste do nitrito urinário é altamente específico, mas não 
sensível, ao passo que os outros três exames te ̂m uma 
sensibilidade e especificidade de aproximadamente 80%. Uma 
combinação desses exames pode ajudar a identificar aqueles 
pacientes nos quais a urocultura será positiva. Inversamente, 
quando esterase, nitrito, sangue e proteína estão ausentes em 
uma amostra urinária , 2% das amostras de urina serão 
positivas por cultura, fornecendo um valor pre- ditivo negativo 
. 98% e uma sensibilidade de 98% (MCANNOH, LUE, 2014) 
• Colonização: é a multiplicação dos microrganismos no 
hospedeiro, sem indícios aparentes de invasividade ou 
lesão dos tecidos (NORRIS, 2021). 
• Piúria: existência de mais de 5 a 8 leucócitos por campo 
de grande aumento) indicareação do hospedeiro à 
infecção, em vez de colonização bacteriana assintomática 
(NORRIS, 2021) 
Urocultura 
O padrão-ouro para a identificac ̧ão de ITU é a cultura de urina 
quantitativa para bactérias específicas. A urina deve ser 
coletada em um recipiente estéril e cultivada imediatamente 
após a coleta. Quando isso não é possível, a urina pode ser 
guardada no refrigerador por até 24 horas (MCANNOH, LUE, 
2014) 
A amostra então é diluída e semeada em placas de cultura. 
Cada bactéria formará uma única colônia nas placas. O número 
de colo ̂nias é contado e ajustado por mililitro de urina 
(UFC/mL). Definir a quantidade de UFC/mL que representa 
infecção clinicamente significativa pode ser difícil. Depende do 
método de coleta, do sexo do paciente e do tipo de bactéria 
isolado. Tradicionalmente, 100.000 UFC/mL é usado para excluir 
contaminação. Entretanto, estudos te ̂m demonstrado 
claramente que ITU clinicamente significativa pode ocorrer 
com , 100.000 UFC/mL de bactérias na urina (MCANNOH, LUE, 
2014) 
 
Exames de imagem 
Na maioria dos casos de ITU, não há necessidade de exames 
de imagem, visto que os achados clínicos e laboratoriais são 
suficientes para estabelecer um diagnóstico correto e instituir 
um tratamento adequado na maioria dos pacientes. (WIEN, 
2018) 
Todavia, a infecção na maioria dos homens, ou em um 
hospedeiro imunocomprometido, as infecções febris, a 
presença de sinais ou sintomas de obstrução das vias urinárias, 
ausência de resposta à terapia adequada e um padrão de 
infecções recorrentes sugerindo uma persistência bacteriana 
nas vias urinárias justificam a obtenção de exames de imagem 
para identificar as anormalidades subjacentes que exigem uma 
modificação do tratamento clínico ou uma intervenção 
percutânea ou cirúrgica. (WEIN, 2018) 
A ultrassonografia renal é uma importante técnica de 
diagnóstico por imagem, visto que não é invasiva, é rápida e 
fácil de realizar e não oferece nenhum risco de radiação ou 
de meios de contraste para o paciente. A ultrassonografia 
mostra-se particularmente útil para a identificação de 
cálculos, hidronefrose, pionefrose e abscessos 
perirrenais. A ultrassonografia deve ser acompanhada de 
uma única radiografia para cálculos. A ultrassonografia também 
é útil para o diagnóstico de urina residual pós-miccional. (WEIN, 
2018) 
As modalidades radiológicas que oferecem os melhores 
detalhes anatômicos são a TC e a RM. Esses exames são mais 
sensíveis do que a urografia excretora ou a ultrassonografia 
para o diagnóstico de nefrite bacteriana focal aguda, abscessos 
renais e perirrenais e cálculos radiotransparentes (WEIN, 2018) 
A cistouretrografia miccional é um exame importante na 
avaliação do refluxo vesicoureteral. Pode ser utilizada para 
avaliar pacientes com bexiga neuropática e os raros casos em 
que uma mulher apresenta divertículo uretral como causa de 
infecções persistentes. (WEIN, 2018) 
Tratamento 
O sulfametoxazol-trimetoprima (SMX-TMP) é usado 
comumente para tratar muitas ITUs, exceto aquelas causadas 
por Enterococcus e Pseudomonas spp. (MCANNOH, LUE, 
2014) 
Ele interfere no metabolismo bacteriano do folato. 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
O SMX-TMP não deve ser usado em pacientes que tenham 
deficie ̂ncia de ácido fólico, deficie ̂ncia de glicose-6-fosfato 
desidrogenase, síndrome da imunodeficie ̂ncia adquirida (aids) 
ou em mulheres grávidas. (MCANNOH, LUE, 2014) 
As fluoroquinolonas têm um amplo espectro de atividade, 
especialmente contra bactérias gram-negativas. Embora 
tenham atividade adequada contra espécies de estafilococos, 
as fluoroquinolonas não te ̂m boa atividade contra espécies de 
estreptococos e bactérias anaeróbias. (MCANNOH, LUE, 2014) 
Elas interferem na girase do DNA bacteriano, impedindo a 
replicac ̧ão das bactérias. Embora elas sejam altamente eficazes 
no tratamento de ITU, as fluoroquinolonas são relativamente 
caras. (MCANNOH, LUE, 2014) 
As fluoroquinolonas não devem ser usadas em pacientes 
grávidas e devem ser usadas criteriosamente em crianc ̧as 
devido ao seu potencial de dano à cartilagem em 
desenvolvimento (MCANNOH, LUE, 2014) 
A nitrofurantoína tem boa atividade contra a maioria das 
bactérias gram-negativas (exceto Pseudomonas e Proteus 
spp.), estafilococos e espécies de enterococos. . (MCANNOH, 
LUE, 2014) 
 Ela inibe enzimas bacterianas e atividade de DNA. 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
A nitrofurantoína é altamente eficaz no tratamento de ITU e 
é relativamente barata. (MCANNOH, LUE, 2014) 
Os aminoglicosídeos são usados comumente no tratamento 
de ITU complicada. Eles são altamente efetivos contra a 
maioria das bactérias gram-negativas. Quando combinados 
com ampicilina, eles são eficazes contra enterococos. 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
Eles inibem a síntese bacteriana de DNA e RNA. (MCANNOH, 
LUE, 2014) 
Os aminoglicosídeos são usados principalmente em pacientes 
com ITU complicada que precisam de antibióticos intravenosos 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
As cefalosporinas te ̂m boa atividade contra a maioria dos 
uropatógenos As cefalosporinas de primeira gerac ̧ão te ̂m boa 
atividade contra bactérias gram-positivas, E. coli e Proteus e 
Klebsiella spp. As cefalosporinas de segunda gerac ̧ão te ̂m 
atividade aumentada contra anaeróbios e Haemophilus 
influenzae. As cefalosporinas de terceira gerac ̧ão te ̂m 
cobertura mais ampla contra bactérias gram-negativas, porém 
menor contra bactérias gram-positivas. (MCANNOH, LUE, 
2014) 
As cefalosporinas inibem a síntese da parede celular 
bacteriana. (MCANNOH, LUE, 2014) 
As penicilinas de primeira gerac ̧ão são ineficazes contra a 
maioria dos uropatógenos e não são usadas comumente no 
tratamento de ITU. Entretanto, as aminopenicilinas (amoxicilina 
e ampicilina) te ̂m boa atividade contra enterococos, 
estafilococos, E. coli e Proteus mirabilis. Contudo, as bactérias 
gram--negativas podem desenvolver resiste ̂ncia rapidamente 
a muitas aminopenicilinas. A adic ̧ão de inibidores da 
betalactamase, como o ácido clavula ̂nico, torna as 
aminopenicilinas mais ativas contra as bactérias gram-negativas. 
(MCANNOH, LUE, 2014) 
Referências: 
DA SILVA, Pedro Paulo Assunção et al. Fatores de risco para infecções no 
trato urinário: revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 1, 
p. e5812-e5812, 2021. 
Johnson, Richard J. Nefrologia Clínica . Disponível em: Minha Biblioteca, (5ª 
edição). Grupo GEN, 2016. 
Wein, Alan J. Campbell-Walsh Urologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (11th 
edição). Grupo GEN, 2018. 
McAninch, Jack, W. e Tom F. Lue. Urologia geral de Smith e Tanagho. 
Disponível em: Minha Biblioteca, (18ª edição). Grupo A, 2014.

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