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Redes Programáveis - Aula 3

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Redes De�nidas por Software
Aula 02: Exemplos de Aplicações SDN – Open�ow: seus
desa�os e problemas
Apresentação
Qualquer tecnologia, ou proposta realizada, apresenta uma série de vantagens e desvantagens. Nesta unidade,
conheceremos várias aplicações que podem se utilizar dos benefícios proporcionados pelas Redes De�nidas por Software
(SDNs).
Além disso, abordaremos as principais de�ciências das SDNs, apontadas principalmente por empregados de grandes
empresas de telecomunicações, que fazem com que sua aceitação em grande escala de SDNs ainda se dê de maneira
lenta.
Objetivos
Listar aplicações que podem empregar SDN;
Apontar os principais problemas da tecnologia SDN.
 Fonte: Shutterstock
 Aplicações da tecnologia SDN
Como visto, a tecnologia SDN possibilita que, para o futuro da Internet, novas ideias sejam testadas sem que se altere a
rede (Internet) atual. Dessa forma, novos protocolos podem ser testados sem que estejam prontos para uso em ambiente
real.
A seguir, listaremos alguns exemplos de aplicações no qual a SDN pode ser vista como uma possível solução às
di�culdades que se apresentam, assim como desa�os e di�culdades inerentes a cada caso de aplicação:
Aplicação SDN 1 | Desenvolvimento e Pesquisa
Aplicação SDN 2 | Conectividade Rural
Aplicação SDN 3 | Atualização de Data Centers
Aplicação SDN 4 | Terceirização de Aplicativos Móveis
Aplicações SDN 5 | Máquinas Virtuais Móveis
Aplicação SDN 6 |Arquitetura SDN para Internet das Coisas – Internet of Things (IoT)
Atenção
Grande parte das informações a seguir foi extraída de Hu et al. (2014), em que se listaram em tópicos alguns exemplos de
aplicações de utilização factíveis para SDN.
 Exemplos de aplicações
 Clique no botão acima.
Exemplos de aplicações
1. Aplicação SDN 1 | Desenvolvimento e Pesquisa
A Internet foi originalmente construída com o objetivo de pesquisa e desenvolvimento. Durante sua concepção e
origem, seus criadores nunca imaginaram a vasta rede em que ela se tornou atualmente.
Por isso, preocupações com segurança e mobilidade não foram consideradas durante sua formação. Mesmo
porque os computadores não eram móveis, e os pesquisadores estavam com seus esforços voltados para a
construção de um ambiente que facilitasse a proliferação de ideias.
No entanto, mesmo com seu crecimento em número de usuários, a maioria de seus principais conceitos não
mudou muito desde a fundação da Internet. E, logicamente, foram surgindo diversos hardwares desenvolvidos de
acordo com a necessidade, para torná-la melhor.
Porém, à medida que a tecnologia foi evoluindo, a Internet passou a não ser capaz de atender aos novos
requisitos tão bem quanto poderia se tivesse sido projetada desde o começo já se pensando em tais aplicações.
Uma atualização da Internet se faz necessária – a chamada Internet do futuro –, porém, isso cria muitos
desa�os, sobretudo porque ela sempre está em constante uso. Atualmente é difícil testar novas ideias e
estratégias para resolver os problemas encontrados na Internet.
As tecnologias das SDNs fornecem um meio de testar essas ideias para uma Internet do futuro sem alterar a rede
atual. Conforme menciondo na unidade anterior, a “SDN permite que novos protocolos de rede sejam de�nidos e
experimentados em condições reais em redes de produção”.
Uma vez que ela possibilita a separação do tráfego de dados e controle, é mais fácil isolar o hardware do
software. Com isso, é possível experimentar novos esquemas de endereçamento e facilitar o teste de novos
planejamentos de arquitetura da Internet.
Geralmente, não é fácil experimentar novos tipos de redes, pois é comum elas usarem esquemas de
endereçamento diferentes e incluírem outros aspectos não padronizados que di�cultam que essas mudanças
sejam agregadas às redes existentes.
O OpenFlow permite que roteadores, comutadores e pontos de acesso de muitas empresas diferentes usem a
separação dos planos de controle e dados. Os dispositivos encaminham pacotes de dados que foram recebidos
com base em regras de�nidas pelo controlador.
Os dispositivos, se não tiverem uma regra para o pacote de dados que chegou, irão encaminhá-lo ao controlador
para revisão. O controlador determina o que fazer com o pacote e, se necessário, envia uma nova regra ao
dispositivo para que ele possa manipular futuros pacotes de dados da mesma maneira.
Com base nos campos dos cabeçalhos, o controlador pode decidir o que fazer com um pacote. A segunda versão
e as versões subsequentes do OpenFlow alteraram as estruturas de correspondência para que o número e a
contagem de bits de cada campo de cabeçalho pudessem ser especi�cados. Assim, seria mais fácil implementar
novos protocolos.
A Internet trouxe muitas vantagens, sem as quais a maioria das pessoas não conceberia viver, mas com ela
vieram também novas ameaças, como ataques de DNS (Domain Name Service), roubo de identi�cação pessoal e
outros problemas de segurança que antes eram muito menores ou praticamente inexistentes.
Assim, é necessário que, de alguma forma, haja melhoramentos para, em um projeto futuro, ajudar a proporcionar
uma Internet menos imperfeita, o que levará a ainda mais inovações.
2. Aplicação SDN 2 | Conectividade Rural
A SDN não apenas leva a inovações na área de pesquisa de novos protocolos, mas também possui outras
aplicações, como, por exemplo, tornar a Internet mais difundida.
Um problema que experimentamos é a falta de conectividade, principalmente no uso de Internet nos celulares,
mesmo em grandes centros urbanos ou em ambientes de ensino. Em algumas regiões pouco povoadas, é muito
difícil ter conexão com a Internet.
As áreas rurais são muitas vezes ignoradas pelas grandes empresas de telecomunicações, em decorrência dos
pequenos lucros obtidos no oferecimento do serviço e da di�culdade de atualizar e manter os equipamentos de
rede quando necessário.
Dessa forma, a SDN pode simpli�car o uso de data centers complexos no meio corporativo. Sua adesão torna,
assim, mais simples a implantação de redes Wi-Fi em meio rural.
É possível que recentes inovações aliviem as principais questões com os ambientes rurais com populações
esparsas, pequenas margens de lucro, restrições de recursos etc. Com essas inovações, temos maior alcance de
equipamentos Wi-Fi e SDN.
A SDN é extremamente interessante por separar a construção da rede de sua con�guração, colocando a
funcionalidade de controle e gerenciamento no controlador central.
Essa separação possibilita que as empresas diminuam os custos iniciais de implantação em ambientes rurais e,
consequentemente, que haja uma maior margem de lucros. À medida que essa adoção tornar as redes rurais
mais lucrativas, mais empresas estarão dispostas a dar acesso a mais e mais áreas rurais, conforme sugerido em
Hasan et al. 2013.
Além disso, a SDN permitiria que o gerenciamento da rede fosse realizado por outra empresa. Assim, uma
empresa local precisaria apenas se concentrar na construção física e na manutenção dos componentes
necessários para a rede, enquanto a con�guração estaria a cargo de outra empresa.
Existem, no entanto, várias di�culdades envolvidas na criação dessa solução de rede rural, entre elas o fato de
uma rede assim nunca ter sido con�gurada na prática em nenhum lugar.
Um verdadeiro ambiente de teste em uma área rural precisaria ser conduzido para encontrar a viabilidade dessa
solução. As empresas também teriam de aprender aceitando a ideia de que a cooperação seria bené�ca para
todos os envolvidos.
3. Aplicação SDN 3 | Atualização de Data Centers
É difícil conectar diferentes redes de data centers. Frequentemente, elas usam arquiteturas e topologias próprias,
que criam problemas ao se mesclarem com outras redes.
No entanto, muitas vezes há a necessidade de se combinarem duas ou mais redes diferentes.
Exemplo: quando uma nova empresa é adquirida, a rede original deve ser expandida para incorporar a nova rede,
mas, com esses problemas mencionados, tal mesclagem geralmente consome mais tempo do queo desejável.
A SDN traz uma solução para esse problema de rede. Boughzala et al. (2011) propuseram usar um software de
serviço de infraestrutura de rede baseado em OpenFlow para conectar redes de data centers.
Os autores a�rmaram ainda que essas redes de data centers interconectadas poderiam resolver problemas de
latência, por exemplo, movendo a carga de trabalho para redes subutilizadas.
Se uma rede estiver ocupada em determinada hora do dia, a carga de trabalho poderá ser concluída mais cedo
em uma rede de fuso horário diferente ou em uma que seja mais e�ciente no uso de energia.
Eles também testaram sua solução usando duas topologias de rede de data center. O aplicativo de software de
serviço de infraestrutura de�ne as regras do OpenFlow para conectividade de rede em diferentes operações.
Geralmente, levaria muito tempo para os switches descobrirem todas as regras, de modo a criarem uma
descrição de recursos que contivesse todos os itens disponíveis do data center.
Dois tipos diferentes de regras foram usados: regras globais e especí�cas. As regras globais são baseadas na
topologia do data center, enquanto as regras especí�cas determinam como as operações são tratadas pelo
hardware.
Contudo, a solução proposta apresentou uma limitação: descobriu-se que é difícil escalar, ou seja, tratar de
muitos equipamentos ao mesmo tempo. Isso porque, para essa solução, é necessário combinar um grande
número de campos de pacotes de múltiplos protocolos em diferentes camadas. Além disso, em casos graves, os
tempos de pesquisa podem ser lentos devido a colisões de mensagens.
Tal abordagem requer que uma série de regras sejam estabelecidas – um número proporcional ao de switches e
servidores na rede. À medida que mais regras são introduzidas, é mais difícil garantir que todas elas sejam válidas
e nenhuma delas con�ite com uma regra de�nida anteriormente.
Os autores, no entanto, criaram um conjunto genérico de regras de con�guração para data centers, o que permite
que data centers que usem o OpenFlow sejam interconectados facilmente.
No futuro, deve-se testar essa abordagem em uma situação do mundo real ou, pelo menos, criar um testbed
(ambiente de teste) com mais de dois data centers.
4. Aplicação SDN 4 | Terceirização de Aplicativos Móveis
Nos últimos anos, os dispositivos móveis se tornaram cada vez mais populares, tanto para consumidores em
geral quanto para empresas. Para torná-los realmente úteis em um ambiente de negócios, eles precisam enviar
dados com segurança para outros servidores e outras máquinas de trabalho.
Como a vida útil e o desempenho da bateria são elementos críticos em plataformas móveis, qualquer software
adicional necessário para a segurança precisaria ser leve o su�ciente para não impedir nem piorar o
funcionamento do dispositivo.
Gember et al. (2012) fazem duas considerações importantes quanto à terceirização de criação de softwares para
dispositivos móveis: a privacidade e o compartilhamento de recursos. A privacidade é necessária para
aplicativos de negócios porque as pessoas geralmente trabalham com dados que precisam ser mantidos
seguros.
Alguns deles podem ser enviados apenas entre certas pessoas, enquanto outros não exigem o mesmo nível de
segurança. A capacidade de determinar quais dados requerem segurança adicional é importante no
desenvolvimento de aplicativos móveis.
Além disso, o compartilhamento de recursos é essencial para a terceirização de dispositivos móveis, pois permite
que estes explorem as máquinas ociosas ou que não estão usando totalmente seus recursos.
A SDN foi usada para controlar a rede e selecionar recursos – uma boa escolha porque ser menos intensiva no
uso de recursos do que as outras opções.
Os recursos selecionados devem ser capazes de atender aos requisitos de segurança listados anteriormente. O
controlador determinará se esse dispositivo está disponível para descarregamento seguro, mantendo a economia
de energia.
Em caso negativo, os dados não poderão ser transferidos do dispositivo móvel. Se a economia de energia não for
necessária, qualquer recurso disponível com capacidade su�ciente será usado.
Na proposta de Gember et al. (2012), a STE foi capaz de fornecer controles de tomada de decisão, sem ignorar os
requisitos de segurança ou economia de energia, sendo capaz de usar os benefícios das SDNs. Além disso,
mostrou-se escalável a acomodar muitos dispositivos móveis.
5. Aplicações SDN 5 | Máquinas Virtuais Móveis
Uma atividade comercial que está se tornando cada vez mais comum são aplicações rodando em máquinas
virtuais, as quais permitem que as empresas sejam mais �exíveis e tenham custos operacionais menores.
No entanto, para se extrair todo o potencial de uma dessas máquinas, é preciso haver um meio de torná-la mais
portátil. O principal problema aí é a necessidade de se manter o endereço IP dela no processo. Para isso, a
máquina virtual teria de permanecer na mesma sub-rede ou um novo esquema precisaria ser criado.
Descobriu-se que os métodos atuais de manipulação de máquinas virtuais não eram e�cientes. A escolha das
soluções encontradas em Mann et al. (2012) inclui o uso de um IP móvel ou um DNS dinâmico.
O principal problema dessas duas soluções é que alguém precisa recon�gurar manualmente as con�gurações de
rede depois de remover a máquina virtual. Isso limita as empresas e os data centers na facilidade de transportar
suas máquinas virtuais para novos locais.
O CrossRoads foi um aplicativo desenvolvido por Mann et al. (2012) para resolver o problema de mobilidade para
máquinas virtuais.
Projetado para permitir a mobilidade de máquinas virtuais online e o�ine, ele tem, de acordo com os autores, três
�nalidades principais. São elas:
Cuidar do tráfego de data centers e de usuários externos.
Fazer uso do OpenFlow com a suposição de que cada data center use um controlador OpenFlow.
Usar pseudo-endereços para endereços IP e MAC, de modo que eles permaneçam constantes durante a
portabilidade enquanto permitem que o IP real seja alterado.
A implementação básica de seu software foi criar regras para encontrar as máquinas virtuais em diferentes redes.
O controlador CrossRoads controlaria os endereços IP e MAC reais dos controladores em cada data center, bem
como as máquinas virtuais em sua própria rede.
Quando uma solicitação é enviada para um aplicativo em execução em determinada máquina virtual, uma
solicitação é transmitida para os controladores.
Se o controlador receber uma solicitação para uma máquina virtual que não esteja em sua tabela, ele transmitirá
a solicitação para os outros controladores; o controlador que possui o endereço IP real da máquina virtual envia o
endereço MAC para o controlador original, e este, por sua vez, pode atualizar sua tabela caso receba outra
solicitação em um futuro próximo.
Para testar sua implementação, Mann et al. (2012) con�guraram um ambiente de teste virtual que consistia em
dois data centers.
6. Aplicação SDN 6 |Arquitetura SDN para Internet das Coisas – Internet of Things (IoT)
Com o crescente interesse na Internet das Coisas (IoT; do inglês, Internet of Things) e as limitações das redes
convencionais, já se esperavam pesquisas que envolvessem IoT e SDN.
Porém, ainda, existem poucos estudos que apresentam arquiteturas SDN voltadas para IoT. Segundo Lins (2015),
a SDN possui algumas particularidades que podem ajudar em diversos aspectos da IoT, tais como gerência de
energia, gerência da rede e controle de acesso.
Resumidamente, IoT é a extensão da conectividade da Internet em dispositivos físicos e objetos do dia a dia.
Dispositivos ou objetos comuns são embarcados com a possibilidade de conectividade com a Internet e a outros
hardwares (como sensores).
Assim, segundo Brown (2016), esses dispositivos podem comunicar-se e interagir com outras pessoas pela
Internet, além de ser monitorados e controlados remotamente.
Giannelli et al. (2014) apresentam uma arquitetura para redes sem �o heterogêneas com um controlador SDN emcamadas. Os autores realizam o experimento em um cenário IoT com a integração de veículos elétricos, locais de
recargas, infraestrutura de redes inteligentes e um conjunto de usuários.
Flauzac et al. (2015) apresentam três tipos de arquitetura que mesclam redes Ad Hoc e IoT com SDN. Eles
propõem uma nova arquitetura com vários controladores SDN com igual interação, uma arquitetura escalável
com vários domínios SDN. Em cada domínio, pode-se ter redes com ou sem infraestrutura, e cada controlador é
responsável apenas pelo seu domínio.
As comunicações entre domínios são feitas com controladores especiais chamados border controllers
(controladores de fronteira), conforme ilustra a Figura 2.1.
Os controladores de fronteira trabalham em uma nova interação distribuída, a �m de garantir a independência de
cada domínio em caso de falha. Essa arquitetura foi adotada para garantir segurança na rede inteira, onde cada
controlador tenta prevenir ataques à rede.
SDN e IoT prometem mudar a maneira como as redes são utilizadas e gerenciadas. Nos próximos anos, mais pesquisas
surgirão para uma melhor adaptação e aperfeiçoamento dessa tecnologia. O Quadro 2.1 resume os diferentes tipos de
aplicações e as necessidades para que ocorram.
 Figura 2.1 – Exemplo de arquitetura para IoT utilizando SDN. Fonte: Faluzac et al. 2015.
 Quadro 2.1 – Diferenças entre Aplicações. Fonte: Modificado de Hu et al. (2014).
 Desa�os de Pesquisa
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
A SDN foi considerada revolucionária na indústria de redes. Dentre suas
promessas, Pinhão et al. (2018) destacam a �exibilidade, o controle
centralizado e a interfaces abertas entre os dispositivos, possibilitando
uma rede e�ciente e adaptativa.
Embora a tecnologia esteja amplamente preparada para
substituir a infraestrutura de rede tradicional baseada em
hardware, não decolou como inicialmente prevista a taxa
de adoção de SDN por ISPs (do inglês, Internet Service
Providers – Provedores de Serviço Internet) e empresas
de rede.
Uma pesquisa conduzida por D’Souza et al. (2016) contou
com 50 engenheiros atuantes em empresas de Redes de
Computadores, a quem se perguntou quais são os
maiores desa�os ou de�ciências da SDN. O resultado das
respostas pode ser visto a seguir, na Figura 2.2:
Os resultados indicam que 29% dos entrevistados, o
maior grupo, sentiram que a QoS é o maior obstáculo à
implementação da SDN. Esse motivo foi seguido por 22%
dos engenheiros escolhendo um único ponto de falha,
17% selecionando escalabilidade e 8% optando pela
segurança como a principal preocupação com a
implementação de SDN.  Figura 2.2 – Desafios de implementação de SDN. Fonte: D’Souza et al. (2016).
Cerca de 8% também sentiu que a SDN está em sua fase inicial, mostrando que precisa de mais tempo para se preparar
para a indústria. Além dessa percepção, 5% dos entrevistados estavam preocupados com a falta de um padrão para
governar a SDN, e os 11% restantes tinham diversos motivos. No geral, esse estudo ajudou a demonstrar a importância de
mais pesquisas sobre QoS em uma infraestrutura SDN.
A seguir, discutiremos brevemente alguns desses pontos.
QoS
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
QoS (do inglês, Quality of Service) é uma consideração muito importante,
sobretudo para o OpenFlow, que essencialmente precisa ter algum
suporte básico para QoS, mas, por outro lado, pode tornar-se bastante
complexo para ser manipulado.
Uma �exibilidade adicional deve estar disponível para permitir que os fornecedores tenham mais suporte a QoS e
diferenciem seus produtos de outros. Atualmente, a maioria dos switches e roteadores suporta alguns requisitos nativos
de QoS.
É possível esperar que os switches OpenFlow forneçam provisões para mapear �uxos para uma classe de serviço ou
tenham sua própria classe de serviço. A QoS não era suportada nas versões anteriores do OpenFlow. No entanto, espera-
se que futuras versões tenham a capacidade de atribuí-la aos pacotes.
Escalabilidade
O problema de escalabilidade normalmente ocorre no controlador. Podemos identi�car três desa�os especí�cos:
1. A latência (atraso) introduzida em razão da troca de informação entre vários dispositivos da rede e o controlador.
2. A forma como os controladores SDN se comunicam com outros controladores.
3. O tamanho e a maneira como funciona a base de dados do controlador.
O primeiro desa�o pode ser resolvido com uma infraestrutura de controlador par a par ou distribuída, pois, dessa forma,
pode-se compartilhar a carga de comunicação do controlador.
Atenção
No entanto, essa abordagem não elimina o segundo desa�o (que são as interações entre os controladores), visto que, para
esse problema, é necessária uma visão global da rede. Tal solução, na verdade, abre outro tipo de problema (o chamado
multicontrolador) e compreende o problema de sincronização e comunicação entre controladores.
Segurança
Potenciais vulnerabilidades de segurança existem em toda plataforma SDN. A introdução de interfaces abertas e
protocolos conhecidos para simpli�car a programação de rede em qualquer provedor abre uma boa brecha para
atacantes.
Tendo conhecimento total de como controlar a rede e acesso ao controlador, o funcionamento dela pode rápida e
facilmente ser aproveitado em benefício do atacante. Portanto, Lins (2015) ressalta que tais questões devem receber a
devida atenção no design da plataforma SDN.
A segurança em SDN só será tão boa como a política de segurança que
for de�nida. Implementação de mecanismos de autenticação e
autorização existentes podem resolver alguns aspectos do desa�o de
segurança.
Enquanto isso, técnicas de detecção e proteção contra ameaças continuarão a
evoluir.
A chave, porém, é que, de forma e�caz e abrangente, organizações individuais de�nam suas políticas de segurança, a �m
de explorarem toda a extensão disponível de proteção da rede.
Interoperabilidade
É necessário também considerarmos a interoperabilidade e a padronização para apoiar a transição do modelo de rede
tradicional para SDN. A �m de simpli�car a implantação de novas infraestruturas baseada na tecnologia SDN, todos os
elementos e dispositivos na rede devem possuir a capacidade de rodar OpenFlow.
No entanto, já há instalada (e em operação) uma vasta base de equipamentos de redes muitas vezes em setores vitais das
empresas que não possuem tal característica de “entender” o OpenFlow.
Saiba mais
Simplesmente trocar essas redes para novas infraestruturas ainda não é possível. No entanto, segundo Lins (2015), essa
pode ser uma medida adequada para ambientes fechados, tais como centros de dados e redes de campus.
 Conclusão
As SDNs têm muitas aplicações, incluindo pesquisas e
testes de novos protocolos, aumento da conectividade
em ambientes rurais, melhoramento de data centers,
entre outras.
À medida que a Internet continua a crescer e se torna
disponível para mais e mais pessoas, ela precisa adaptar-
se às constantes mudanças. O que pode facilitar essas
melhorias é o fato de as SDNs permitirem que os dados e
os planos de controle sejam separados.
 Fonte: Shutterstock
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 Atividade
1. Como vantagem das SDNs, podemos citar:
a) Apresentar uma arquitetura simplificada.
b) Ter maior escalabilidade devido à sua arquitetura.
c) Ser um meio mais seguro quanto ao OverFlow.
d) Ser um meio de testar novas ideias.
e) Prolongar a atual Internet, que está saturada.
2. Cite algumas aplicações que podem utilizar SDN.
a) Pesquisa e desenvolvimento, melhora ou aumento da conectividade em ambientes esparsos, uso em data centers, IoT.
b) Pesquisa e desenvolvimento, em geral, embora não seja ideal para IoT.
c) Idealmente aplicações que não demandem fluxo grande de dados.
d) Exclusivamente aplicações com grande flutuação de taxas.
e) Aplicações que demandem conservação de energia.
3. Por que a arquitetura SDN é considerada menos segura que as de rede tradicional?a) Porque seus protocolos são recentes e pouco testados.
b) Porque utiliza interface aberta, em que se tem acesso a seu funcionamento.
c) Porque os equipamentos ficam sem autonomia.
d) Porque o OpenFlow ainda está em testes.
e) Porque os switches OpenFlow podem agir como bem entenderem.
4. Quais são os grandes desa�os apontados para SDN?
a) Facilidade de uso, pois trata-se de algo novo.
b) Arquitetura extremamente complexa e mal documentada.
c) Exigência exclusiva do protocolo OpenFlow para seu funcionamento.
d) Exigência exclusiva de equipamentos da mesma empresa, para funcionamento adequado.
e) Garantir QoS ao fluxo de mensagens, segurança, estabilidade, entre outros.
5. Quais as implicações de termos um único controlador SDN?
a) Obrigatoriamente ele deve executar apenas o OpenFlow.
b) Facilidade de manuseio.
c) Problema de ponto único de falha, visto que ele é o elemento principal da arquitetura.
d) Impossibilidade de estender a rede com um único controlador.
e) Grande gasto de número de portas no equipamento.
6. Que caraterísticas tornam a SDN tão atrativa para a IoT?
a) Gastar pouca energia em relação às outras tecnologias.
b) Gerenciar energia, gerenciar a rede e controlar o acesso.
c) Ser aplicada a qualquer equipamento.
d) Ter a qualidade de segurança mais apurada em relação às outras tecnologias.
e) Utilizar o protocolo OpenFlow.
Notas
Referências
BOUGHZALA, B.; BEN ALI, R.; LEMAY, M.; LEMIEUX, Y.; CHERKAOUI, O. OpenFlow supporting interdomain virtual machine
migration. 8th International Conference on Wireless and Optical Communications Networks (WOCN). IEEE. 2011, Paris, France,
pp. 1–7.
BROWN, E. Who needs the internet of things? Linux.com. Retrieved. Outubro, 2016.
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FLAUZAC, O.; GONZALEZ, C.; HACHANI, A.; NOLOT, F. SDN based architecture for iot and improvement of the security. 29th
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GIANNELLI, C.; BELLAVISTA, P.; VENKATASUBRAMANIAN, N.; QIN, Z.; DENKER, G. A software de�ned networking architecture
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HASAN, S.; BEN-DAVID, Y.; SCOTT, C.; BREWER, E.; SHENKER, S. Enhancing rural connectivity with software-de�ned networks.
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LINS, T. Redes De�nidas por Software (Software De�ned Networks) SDN. 2015. [Online]. Disponível em:
//www.decom.ufop.br/imobilis/redes-de�nidas-por-software-software-de�ned-networks-sdn/
<//www.decom.ufop.br/imobilis/redes-de�nidas-por-software-software-de�ned-networks-sdn/> . Laboratório Imobilis
Computação Móvel. Acesso em: 16 jul. 2019.
MANN, V.; VISHNOI, A.; KANNAN, K.; KALYANARAMAN. S. CrossRoads: seamless VM mobility across data centers through
software-de�ned networking. Network Operations and Management Symposium (NOMS). IEEE. 2012, Maui, HI, pp. 88–96.
https://www.decom.ufop.br/imobilis/redes-definidas-por-software-software-defined-networks-sdn/
PINHÃO, G.L.L.; GAMA, L.V.; COSTA, R.E.S. Trabalho da disciplina de Redes de Computadores I – UFRJ (2018.1). [Online].
Disponível em: https://www.gta.ufrj.br/ensino/eel878/redes1-2018-1/trabalhos-vf/sdn/. Acesso em: 16 jul. 2019.
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using software-de�ned networking. European Workshop on Software-De�ned Networking (EWSDN). IEEE. 2012, Darmstadt:
Germany, pp. 73–78.
Próxima aula
Plano de dados;
Plano de controle.
Explore mais
Assista ao video: SDN, NFV and OpenFlow for Skeptics: 4. OpenFlow Deployments <https://www.youtube.com/watch?
v=7vjyH7fzV2U> .
https://www.youtube.com/watch?v=7vjyH7fzV2U

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