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INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prezado(a) aluno(a)! O objetivo deste módulo é listar as perspectivas de diversos estudos relacionados à educação a distância e seu Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) no contexto da aprendizagem. Nesse sentido, pretende relacionar os aspectos importantes dessa ferramenta no ensino e aprendizagem. Além disso, visa pensar como esses ciberespaços devem ser preparados para uma aprendizagem significativa. Em suma, aborda também a lógica de mercado que tem alimentado essa forma de educação. Para isso, conta com o mapeamento de informações bibliográficas específicas do assunto para fornecer uma perspectiva abrangente sobre ambientes virtuais de aprendizagem. Bons estudos! AULA 7– AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM-AVA NAS PLATAFORMAS DE ENSINO A DISTÂNCIA - EAD Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo. ▪ Compreender o conceito de psicologia ▪ Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia ▪ Conhecer as áreas de atuação do psicólogo. Nesse módulo você irá: ▪ Compreender o conceito e o processo do ensino/aprendizagem da Educação a Distância através do Ambiente Virtual de Aprendizagem; ▪ Identificar e facilitar o processo de ensino-aprendizagem; ▪ Conhecer e estimular a colaboração e interação nos cursos EaD. 7 AS FUNCIONALIDADES AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM-AVA NAS PLATAFORMAS DE ENSINO A DISTÂNCIA Como a informação é ensinada e disseminada é fundamental para a compreensão do mundo em que vivemos. Mesmo nos tempos clássicos era possível ensinar a distância por carta. Porém, somente após a Segunda Guerra Mundial, com o advento das novas tecnologias de comunicação, a educação a distância tornou-se algo institucionalizado e dinâmico. A educação não é algo com que as pessoas nascem. É uma convenção social que reforça a sua coesão, uma força conservadora que cria oportunidades e cria incentivos para crianças, jovens e adultos desde a alfabetização até à inserção na vida laboral. Portanto, os meios de educação universal e seu compartilhamento com todos os cidadãos tornaram-se a base da pesquisa e da pesquisa contínua. Nas últimas três décadas, é fácil perceber uma mudança no conceito de aprendizagem devido ao foco nos aspectos sociais da expansão do capitalismo, que impulsiona a globalização ao acelerar a comunicação humana por meio da tecnologia. O uso do tempo social coincide com o tempo real, definindo o ditado de que tempo é dinheiro, principalmente quando se trata de meios técnicos de comunicação e informação e sua linguagem. Outro ponto a ser considerado é que a demanda do mercado também influencia a educação e a direciona para um modelo mais competitivo. Naturalmente, o ensino a distância vence. A transferência de conhecimento descentralizada oferece uma experiência totalmente nova para alunos e educadores, com a capacidade de atingir grandes públicos, mantendo baixo custo operacional. 7.1 Escaneamento do EAD No início do século XXI, as oportunidades de informação tornaram-se tão valiosas, senão mais valiosas, do que os recursos materiais. A educação a distância tornou-se uma prova capaz de transpor fronteiras tangíveis ou intangíveis e quebrar as tradicionais restrições à disseminação do conhecimento. A Educação a Distância é entendido como uma oportunidade de melhorar os indicadores educacionais no Brasil e no mundo, respondendo às diretrizes indicadas por instituições internacionais ligadas à educação. Segundo Bramé e Spirandelli (2010) o desenvolvimento da educação a distância conta com um mecanismo regulador, fruto do próprio desenvolvimento econômico e social. O Brasil tem uma clara necessidade de professores, não esquecendo as orientações da UNESCO, Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial, etc. É uma tendência que muitos países estão adotando, mas essas diretrizes também indicam que os governos têm interesse em atender aos padrões estabelecidos por esses órgãos Em resposta aos acordos internacionais para melhorar e ampliar o processo educacional, a tecnologia parece ser uma panaceia capaz de cumprir a maioria das obrigações dos governantes nos mais diversos ambientes. Esta formação inclui uma dependência crescente de aparatos tecnológicos que, paradoxalmente, deixam mais liberdade aos alunos. Segundo Arieira et al., (2009), verifica-se que o processo educacional é pressionado a utilizar as ferramentas tecnológicas com instrumentos de ensino, além de assumir a incumbência de preparar as pessoas para utilizar-se desses instrumentos, reforçando ainda mais o ciclo de pressão. Esse ciclo torna as pessoas e a escola ainda mais dependentes da tecnologia e de seus benefícios e malefícios, pois nenhum tipo de ação ou descoberta humana é funcionalmente neutra, já que sua utilização é que define seus méritos (p. 320) Se se questiona a neutralidade das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s), ainda que esta permita mais interação e, por isso, crie dissonâncias, é importante notar que esta vantagem se estende a modelos anteriores de ensino a distância. Assim, a educação a distância tornou-se institucionalizada e pedagógica não com os avanços das telecomunicações do século XXI, mas com os materiais impressos e postais da década de 1930. No início da década de 1970, essa visão foi reforçada pelo rádio, televisão, fitas cassete e outros equipamentos analógicos, ampliando o acesso ao processo formativo e, mais especificamente, ao aprendizado. No entanto, em um momento em que as redes de comunicação se tornaram mais interativas, com base no desenvolvimento da Internet e dos computadores pessoais, e no caráter virtual da educação, o atual modelo de educação se configura a distância (FRANCO; CORDEIRO; DEL CASTILLO, 2003). Na década de 1980, o advento dos microcomputadores mudou drasticamente a maneira como usamos os computadores. Seu escopo está se diversificando por diferentes domínios. Da educação à indústria, das atividades de pesquisa e desenvolvimento às atividades de lazer, a tecnologia de comunicação digital faz parte do nosso dia a dia. No Brasil, a primeira experiência nesse sentido ocorreu em meados da década de 1990. A Secretaria de Educação a Distância (SEED) da Secretaria de Educação foi criada em 1996 sob as diretrizes e normas estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9.394. Como se pode ver, as oportunidades oferecidas pela tecnologia podem resolver velhos problemas associados aos métodos tradicionais de ensino. De acordo com Lorini, Um dos méritos do computador no campo da educação é, porém, o de tentar resolver um dos grandes problemas da educação: como respeitar o ritmo da aprendizagem, como evitar defasagens entre os tempos propostos (ou impostos) pela escola e o tempo necessário ao aluno numa atividade particular em um determinado momento da vida (LOLLINI, 1991, p. 47). Os ambientes virtuais de aprendizagem apresentam dinâmicas únicas com recursos educacionais. São ciberespaços criados para vincular virtualmente conteúdos, como solo fértil para significação e interação, onde pessoas e tecnologias interagem e facilitam a construção do conhecimento. Um aspecto crucial são as opções de feedback. Nesse momento, os alunos receberão feedback sobre seudesempenho e poderão avaliar se estão atingindo os objetivos do curso. Em um ambiente virtual de aprendizagem, os arquivos que suportam o ensino a distância são os mesmos da: e-mail, fóruns, chats, reuniões, bancos de recursos e muito mais. Aprender por meio do AVA reconhece que, por meio de soluções de digitalização, fontes múltiplas podem ser nomeadas, hipertextuais, misturadas, remixadas e multimídia, e socializadas a partir de recursos simulados nas mais diversas áreas do conhecimento. A possibilidade de comunicação entre todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem caracteriza, assim, o ambiente virtual de aprendizagem e o desvincula das possibilidades de ensino e comunicação via outras tecnologias (SANTOS, 2003). Desta forma, podemos assegurar que um dos objetivos que o ensino a distância deve continuar a perseguir é o benefício dos alunos face a uma formação crítica e adequada às suas realidades econômicas e sociais. Nesse sentido, precisamos de uma educação problematizada que permita aos alunos experimentar. Para tanto, é fundamental a transmissão de sentido, cujo objetivo é estimular novos caminhos para a dinâmica do conhecimento (MARTINS, 2002). Segundo Prado, As redes fazem do tempo e do espaço uma concentração dinâmica, uma troca contínua de significações, um diálogo entre as diferentes estâncias da criação. [...] Elas oferecem a possibilidade de um diálogo incessante entre as diversas perspectivas, entre os diferentes elementos situados nos numerosos pontos do planeta (PRADO, 1997, p. 297). Desta forma, o conhecimento veiculado pelos processos técnicos é estruturado como código que pode ser compartilhado e reutilizado em diferentes contextos. 7.2 Aprendizagem significativa em EAD As perspectivas metodológicas atuais são baseadas em modelos dinâmicos que consideram a diversidade dos alunos, e o conhecimento só é possível se pudermos reconstruir os conceitos ensinados e cimentá-los em opiniões que sirvam para perceber a realidade. Aprender, portanto, significa adquirir as ferramentas para acessar, entender e retrabalhar o conhecimento ao nosso redor para podermos interagir melhor com o mundo. De acordo com Santos (2006), sete etapas de reconstrução do conhecimento são necessárias para facilitar a aprendizagem significativa dessa forma: compreender, definir, sentir, perceber, discutir, argumentar e transformar. Os modelos de aprendizagem que atendem às necessidades de nosso tempo não são mais modelos tradicionais que pressupõem que os alunos recebam informações prontas e que a única tarefa que eles precisam concluir é repeti-las perfeitamente. A promoção da aprendizagem significativa é baseada em um modelo dinâmico em que são considerados os alunos com todos os seus conhecimentos e conexões intelectuais. A verdadeira aprendizagem ocorre quando os alunos (re)constroem conhecimentos e formam conceitos sólidos sobre o mundo que os capacitam a agir e reagir diante da realidade (SANTOS, 2006, p. 34). Assim, percebe-se que a educação é uma intervenção importante na realidade, tanto para o sujeito que aprende quanto para a sociedade em que está inserido. Aplicando os sete passos sugeridos por Santos, se pode aprender de forma significativa. No entanto, duas condições são necessárias, o interesse dos alunos em aprender e no que é ensinado deve ser significativo (MESSA, 2010). Aqui precisamos esclarecer o conceito de educação que inclui esse ponto de vista. A educação é um processo social que tem como principal tarefa transmitir o patrimônio cultural de uma determinada sociedade e deve capacitar os cidadãos para a construção do conhecimento, promovendo atos libertadores. Assim, o aluno não é um sujeito indiferente que recebe passivamente o conhecimento. Ele deve construir seu conhecimento reconstruindo o conhecimento estabelecido e apresentado a ele. Quanto mais próxima estiver essa perspectiva, mais os ambientes virtuais de aprendizagem poderão entregar os benefícios esperados às reais necessidades dos alunos por meio de questões essenciais que permeiam o conteúdo ministrado. Para Messa, O conhecimento não está nos livros à espera de que alguém venha aprendê-lo; o conhecimento é produzido em resposta a perguntas; todo novo conhecimento resulta de novas perguntas, muitas vezes novas perguntas sobre velhas perguntas (MESSA, 2010, p. 3). Assim, o conhecimento prévio tem se mostrado um capital para a construção de uma aprendizagem significativa. Além disso, os alunos devem demonstrar vontade de relacionar o conhecimento anterior com o novo conhecimento sem linearidade ou arbitrariedade. Encarar a educação a distância como uma aprendizagem significativa e democrática significa considerar os desenvolvimentos tecnológicos em relação ao processo de globalização social discutido por Santos (2003; 2006). Para Santos (2012), a tecnologia deve ter como objetivo contribuir para a emancipação individual, e todos devem ter direito à educação. Nesse contexto, o acesso à tecnologia torna-se mais exclusivo do que inclusivo. Fica claro, portanto, que a falta de aparelhos eletrônicos economicamente inacessíveis pode privar os alunos das oportunidades que surgem. Diante desse processo de globalização, as exigências do mercado provocaram mudanças fundamentais na convivência social e estimularam novas exigências de adaptação ao mercado de trabalho. É daí que vem a mudança de graus para o público quando se olha para o ensino a distância. Quem já deu uma pausa nos estudos pode começar a ensinar hoje. Em muitos casos, a mudança tecnológica iminente tornou esse retorno essencial para sustentar o emprego. No entanto, uma parcela considerável desse público está optando pelo ensino a distância. De acordo com Messa (2010, p. 7), Nos últimos anos, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) estão sendo cada vez mais utilizados no âmbito acadêmico e corporativo como uma opção tecnológica para atender uma demanda educacional. A partir disso, verifica-se a importância de um entendimento mais crítico sobre o conceito que orienta o desenvolvimento ou o uso desses ambientes, assim como, o tipo de estrutura humana e tecnológica que oferece suporte ao processo ensino-aprendizagem. A Educação a Distância tem como princípio ampliar o conhecimento além de barreiras e fronteiras por meio da tecnologia, visando habilitar a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Como tal, tem grande potencial como ferramenta no processo de inclusão social. Assim, A Educação a Distância é considerada uma alternativa para a educação, justificada sua implantação no Brasil pelo alto índice de analfabetismo, a baixa escolaridade da população, a qualificação profissional deficitária e a sua grande extensão territorial do país. [...] Esse conceito nos remete ao contexto sócio-histórico que demandou a possibilidade de oferecer educação a pessoas que estavam distantes dos grandes centros acadêmicos e/ou não tinham disponibilidade de frequentar diariamente uma escola. Nessas condições, as novas tecnologias chegam para suplantar o problema da distância e atender, portanto, às necessidades dessas pessoas (BARROS; CARVALHO, 2011). Portanto, é importante destacar que o processo de ensino e aprendizagem seja um espaço no qual se discutem diferentes formas de pensar o mundo. Essas perspectivas são muitas vezes variáveis e contraditórias, pois reproduzem a complexidade do próprio mundo. A mesma coisa acontece nos ambientes virtuais de aprendizagem, só que diferem os meios de comunicação em que essas perspectivas são expressas. A figura monolítica do professor é substituída por uma multiplicidade de funções capazes de atender às condições geograficamente distribuídasque caracterizam as diferentes necessidades e modalidades impostas pela tecnologia. No entanto, permanecem opiniões divergentes sobre a realidade, a educação e as exigências sociais atuais. Educação e Poder, online ou presencial, andam sempre juntos. De acordo com Souza, A questão da Educação e do Poder sempre esteve presente em todo o processo histórico da humanidade, o “ser-político” e o ser -subserviente andam de mãos dadas nas intrincadas camadas constituídas na sociedade. O peso do capital sempre se fez presente nas dominações das estruturas sociais, Foucault em Genealogia do Poder faz alusões sobre a força econômica nas relações de poder com os segmentos sociais, isto gera relações profundamente complexas, além é claro, de uma quantidade imensurável de teorias que, ao longo do tempo, formam cemitérios culturais, frustrando dominados e às vezes dominantes (SOUZA, 2005, p.95). Outro aspecto fundamental da EAD tecnológica é a disponibilidade de professores, instrutores, monitores e informática para tornar os recursos tecnológicos do AVA amplamente disponíveis e possibilitar a aquisição eficiente do conhecimento. O Suporte Digital deve ser constantemente atualizado e adaptado às necessidades específicas do conteúdo transmitido. O AVA designado e seus recursos são, portanto, necessários para um processo de aprendizagem eficaz nessas condições, mesmo que o conteúdo apresentado seja didaticamente importante. Se a linguagem e a estrutura do material exibido no ambiente virtual não se adequarem ao público-alvo, eles desaparecerão. Assim, os ambientes virtuais de aprendizagem e seus ciberespaços circundantes reúnem, integram e transformam inúmeras mídias e interfaces de usuário. Para citar algumas outras possibilidades atuais, o uso de materiais de jornal, revista, cinema e televisão está entrelaçado com atividades de comunicação síncrona e assíncrona, como fóruns de discussão, salas de bate-papo, listas e blogs (SANTOS, 2003). Os AVA’s devem ser adaptados aos alunos o mais individualmente possível. Os modelos educacionais exigem mudanças nas relações humanas e resultados de aprendizagem, mudanças nos papéis e vários complexos sociais que existem na vida escolar cotidiana. Além disso, trabalha para enfatizar práticas de aprendizagem não lineares e utiliza a possibilidade de construção e desconstrução contínua para determinar o tempo e a sensibilidade de cada aluno a cada etapa do processo. No processo de implementação de um sistema educacional mediado por tecnologia, criadores e administradores devem realmente valorizar seu trabalho, especialmente no planejamento curricular. Isso se deve a diferentes práticas e atitudes educativas, nem todas adequadas a um ambiente virtual. Portanto, deve avaliar atividades caracterizadas pela comunicação e cooperação. Para que o processo de ensino-aprendizagem na educação a distância ocorra é preciso que a gestão contemple as questões pedagógicas, administrativas, tecnológicas, etc. —e, quando se tratar de uma proposta de formação robusta como cursos de graduação, a gestão bem organizada significa envolver uma equipe gestora e não apenas por uma pessoa cuidando de todas as atividades envolvidas (MILL; BRITO, 2009, p.8). No entanto, este plano técnico não deve ser o único foco do planejamento das atividades do AVA. Na aprendizagem, deve-se atentar para a relação do aluno com os conhecimentos adquiridos nas aulas. Nesse sentido, enfatiza a importância da interação não apenas no processo de criação do conhecimento, mas também na composição do próprio sujeito e seu comportamento na sociedade, devendo também ser abordadas as motivações e emoções relevantes dos alunos (MESSA, 2010). A educação não se limita às salas de aula. Estudar faz parte do cotidiano do aluno e o abrange. Ao olhar para a educação a distância, essa perspectiva é reforçada, pois o ambiente virtual permite que pesquisas dinâmicas sejam conectadas no ciberespaço, ampliando resultados e fontes de informação. Daí advém a ideia de que os ambientes virtuais de aprendizagem são considerados espaços livres porque desenvolvem potencialidades de ensino-aprendizagem ao estimular a liberdade nos sistemas de pesquisa. O mesmo ponto se aplica a sistemas de código aberto. Nardin, Fruet e Barros, apontam o ambiente Moodle como um exemplo de como o AVA estimula a liberdade, Porque viabiliza a associação entre as ações de ensino e aprendizagem e, por ser um software livre, propicia a prática da liberdade. Devido a isso, o Moodle amplia a liberdade dos sujeitos, possibilitando sua execução para variados propósitos: a liberdade de aperfeiçoar, copiar, estudar e modificar o programa através do acesso ao código-fonte de forma a colaborar e a beneficiar toda a comunidade. Tal aperfeiçoamento constante potencializa a apropriação do conhecimento científico- tecnológico por toda comunidade, ao permitir a prática da liberdade mediante a interação ativa de seus participantes, de forma que professores e estudantes sejam sujeitos autônomos e críticos no processo, na medida em que não se constituem apenas como usuários e consumidores das tecnologias (NARDIN; FRUET; BARROS, 2009, p. 4). Portanto, entender a importância da educação a distância ajuda a compreender as conexões entre os processos formativos educacionais e o mercado de trabalho. A educação a distância mediada pelas tecnologias de informação e comunicação mostra que as novas possibilidades de comunicação desempenham um papel importante na aquisição da educação formal, portanto, na escalada econômica e social. EaD significa mais oportunidade gratuita e técnica para formação pessoal e profissional. A popularização das ferramentas de comunicação possibilitou ampliar os processos de aprendizagem, redimensionar as relações pessoais e pedagógicas fora do processo de produção do material didático impresso. Entretanto, o surgimento dessa nova perspectiva requer também o desenvolvimento de outros fatores que contribuam para a preservação e sistematização dessa categoria, requerendo a criação, desenvolvimento e manutenção de profissionais de TI ou mesmo de uma comunidade que dela participa. Assim, incentivar os novos rumos do ensino apontados pela EaD para reunir mais alunos para um mesmo fim, com foco no próprio planejamento, mantém-se baixo, mas considerando a diversidade de realidades pessoais. Também não se limita a localidades geográficas específicas, utilizando diversas tecnologias e respeitando a individualidade com que os alunos acessam e compreendem as informações por meio de diversos recursos tecnológicos e midiáticos. Portanto, o AVA propõe uma arquitetura que pode controlar e customizar a taxa de aprendizado. O caminho percorrido pode ser personalizado e monitorado com base nas necessidades individuais do aluno, para que ele possa monitorar seu progresso em relação ao treinamento profissional desejado. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ARIEIRA, J. O. et al. Avaliação do aprendizado via educação a distância: a visão dos discentes. Ensaio: avaliação e políticas públicas em Educação, v. 17, p. 313-340, 2009. BARROS, M. G.; CARVALHO, A. B. G. As concepções de interatividade nos ambientes virtuais de aprendizagem. In: SOUZA, R. P.; MOITA, F. M. C. S. C.; CARVALHO, A. B. G. (Org.). Tecnologias digitais na educação. Campina Grande: EDUEPB, 2011. BRAMÉ, M. L.; SPIRANDELLI, C. C. O crescimento da Educação a Distância: uma discussão sobre seu caráter ideológico. Anais: VIII–Seminário de Pesquisa em Ciências Humanas, Londrina: UEL, 2010. FRANCO, M. A.; CORDEIRO, L. M.; DEL CASTILLO,R. A. F. O ambiente virtual de aprendizagem e sua incorporação na Unicamp. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.2, p. 341-353, jul./dez. 2003. LOLLINI, P. Didática e computadores: quando e como a informática na escola. São Paulo: Loyola, 1991. MARTINS, J. G. Aprendizagem baseada em problemas aplicada a ambiente virtual de aprendizagem. Florianópolis, 2002. MESSA, W. C. Utilização de Ambientes Virtuais de Aprendizagem -AVA: A Busca por uma Aprendizagem Significativa. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 9, 2010. MILL, D.; BRITO, N. D. Gestão da educação a distância: Origens e Desafios. In: Proccedings of 15º CIAED, 15th Congresso Internacional Abed de Educação a Distância, Fortaleza. Brazil. 2009. NARDIN, A. C.; FRUET, F. S. O.; BARROS, F. P. Potencialidades tecnológicas e educacionais em ambiente virtual de ensino-aprendizagem livre. RENOTE, v. 7, n. 3, p. 401-410, 2009. PRADO, G. Dispositivos interativos: imagens em redes telemáticas. In: DOMINGUES, D. (org). A arte no século XXI: a humanização das tecnologias. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997 SANTOS, E. G. T. Educação a distância: entraves e avanços. Revista Brasileira de Educação a Distância, n. 110, p. 16-20, 2012 SANTOS, E. O. Ambientes virtuais de aprendizagem: por autorias livre, plurais e gratuitas. Revista FAEBA, v.12, n.18, 2003. SANTOS, J. C. F. O desafio de promover a aprendizagem significativa. Revista UNIABEU, Rio de Janeiro, v. 20, p. 29-37, 2006 SOUZA, S. Um Cabo de guerra na modernidade: as relações entre educação e o poder. Revista HISTEDBR, Campinas, n. 20, p. 94-105, dez. 2005.
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