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RESUMO - A evolução histórica do Direito

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15
FACULDADE ANHANGUERA
LUCAS DE SOUSA SANTOS
EVOLUÇÃO DO DIREITO
Brasília
1
2022
1 INTRODUÇÃO
O surgimento do Direito acontece como consequência da necessidade da humanidade de, inicialmente, estabelecer regras de sobrevivência, naturalmente se desenvolvendo para regras de convivência. Como qualquer ciência, e principalmente, como uma ciência humana, o Direito ao longo da história está em constante mudança e evolução, e assume diferentes formas e características a depender do contexto histórico, cultural e social.
Existe uma certa dificuldade em se fazer uma explicação científica no que diz respeito ás origens do Direito devido a ausência da escrita nos povos pré-históricos, pois só se passa a considerar a existência de um Direito, com o surgimento da escrita e dos primeiros textos jurídicos. Dessa forma, não se fala em um Direito pré-histórico, mas sim, do Direito Arcaico, que segundo alguns autores, é uma expressão mais abrangente frente as sociedades que conseguiram um certo desenvolvimento jurídico, político e social, mas que não tiveram o domínio da escrita.
Doutrinadores classificam a história do Direito em três segmentos; (1) o Direito arcaico;(2) o Direito antigo e (3) o Direito moderno, ou contemporâneo. 
2 O Direito Arcaico 
O Direito arcaico, também conhecido como Direito das sociedades primitivas era próprio de sociedades sem o domínio da escrita, e por isso, era mantido e conservado pela tradição oral. Nessas sociedades ainda primitivas, o Direito se confundia com a religião e com a política, e não existiam legisladores ou órgãos específicos para emanar leis. Havia muita sustentação em revelações divinas e sagradas, e o medo de uma vingança ou punição divina funcionava para fazer o Direito ser respeitado religiosamente.
 A fonte principal do Direito nem sempre foi a Lei em si, mas nas sociedades primitivas a opinião popular imperava, até o ponto em que se tornavam obrigatórias, conforme os chefes das comunidades iam reutilizando certas decisões para resolver conflitos de um mesmo tipo, algo como uma jurisprudência arcaica.
 Dessa forma, as principais fontes do Direito nesse período eram os costumes, precedentes, os provérbios e as decisões dos chefes.
Além disso, cada grupo social possuía um Direito próprio, único, e vivia com autonomia, e pouco tinha contato com outros povos, a não ser em caso de guerras Por consequência disso, existe uma gama de variedade de Direitos arcaicos(não-escritos).
3 O Direito antigo 
Os autores consideram ínicio do Direito propriamente dito, como sendo no surgimento da escrita ,os primeiros registros da escrita datam de por volta de 4000 A.C, sendo muito provável que as primeiras civilizações a dominarem a escrita tenham sido os Egípicios e os povos da Mesopotâmia
3.1 O Direito Egípcio 
O Egito, durante muito tempo, viveu no regime monárquico, com o poder centralizado no Faraó, este que chegava a ser considerado um deus na terra, pois devido a política e religião ainda serem vistos como um só, o Faraó estava numa posição de administrador religioso tanto quanto da vida civil. Além disso, o monarca Egípcio era considerado dono-proprietário de todo o território, sendo assim, tinha o poder de promulgar leis, cobrar impostos e defendia o Egito de invasores, na posição de comandante chefe do exército. O Faraó também era o responsável por manter o Maat, considerado a “justiça”, uma ordem cósmica divina, que se tornou um guia de discernimento jurídico e social, funcionando como um conjunto de valores para a aplicação do Direito. Com isso, o povo era obrigado a trabalhar em construções, lavouras e outras obras em nome do Faraó. A economia também era controlada e centralizada nas mãos do Faraó, o que levou os chefes de comunidades locais a questionar tal centralização. 
A sociedade egípcia se dividia então em uma pirâmide social na qual a maioria da população vivia em servidão e obrigada a sustentar as elites, com tributos e trabalho. 
Apesar disso, existia um certo desenvolvimento na idéia de propriedade privada e os cidadãos interagiam e faziam muitos contratos entre si, surgindo a figura do escriba que fazia a intermediação de contratos, bem como os certificava.
3.2 O Direito na Mesopotâmia
A Mesopotâmia surge quando diferentes povos, como os assírios, babilônicos e sumérios saem em busca de terras férteis próximas aos rios, para estabelecerem suas comunidades, por isso, a região viu o surgimento das primeiras civilizações e aldeias, em consequência do desenvolvimento da agricultura. Foi nessa região que surgiu o código de leis mais antigo que se conhece até os dias de hoje, que é conhecido como Código de Hamurabi; acredita-se que tenha sido escrito pelo Rei Hamurabi, por volta de 1772 a.C.
O Código de Hamurabi reuniu vários artigos que traziam a descrição de casos para servir de modelo para outros casos futuros que fossem semelhantes. No cerne do código, estava a lei de talião, que previa que as punições aos criminosos deveria ser proporcional ao seu crime, o famoso ‘dente por dente’. Fora a lei de talião, outros pontos que o código tratava era do estupro, da família, sobre escravos, sobre ajuda a fugitivos, roubo, falso testemunho e não cumprimento de contratos.
3.3 O Direito grego
O Direito grego está diretamente ligado ao surgimento das polis, as cidades-estado da grécia antiga, com a escrita dominada, Atenas veio a conhecer seu primeiro código de leis, durante o governo de Drácon. Posteriormente, Sólon veio a criar implementar importantes mudanças no Direito ateniense, como o que foi conhecido como a racionalização do Direito, na qual as leis passaram a valer para todos os cidadãos igualmente, independente da posição social. 
O Direito ateniense veio a criar o tribunal popular, tornando assim a Assembleia do povo a principal instituição grega. Clístenes, veio a introduzir uma nova constituição, que o fez ser até hoje conhecido como o pai da democracia. Com o tempo, as leis passaram a ser escritas em pedras expostas em locais públicos.
O Direito grego influenciou muito fortemente o Direito Romano, e por consequência, todo o Direito ocidental, com seu legado sendo, entre outras coisas, a diferenciação dos tipos de homicídio e a gradação das penas de acordo com a gravidade dos delitos.
3.4 O Direito Romano 
 O Direito romano definido como o conjunto de normas que os romanos criaram e adotaram para si, vigorou por cerca de 12 séculos, desde o seu primeiro rei, até a queda do último imperador. 
A república romana era marcada pela forma de governo com dois cônsules, que agiam como magistraturas únicas. Com o passar do tempo, surgiu a figura dos censores e aos poucos, plebeus conquistaram mais espaço no governo. Devido ao caráter expansionista de Roma, a influência do Direito romano se estendeu por quase toda europa. O império, o conquistar um território, não apenas ocupava, mas também tratava de impor costumes aos povos conquistados, que passavam a fazer do império.
Das características e inovações que o Direito romano trouxe, temos que a propriedade ganhou uma grande importância para os romanos, e passou a ser considerada perpétua, impassível de contestação por outros. Nesse período também, foi criado os conceitos de co-propriedade, a divisão entre direito objetivo e subjetivo, conceito de ato e fato jurídico, e questões de irretroatividade da lei. Além disso, foi nesse período que a ciência jurídica ganhou autonomia.
3.5 O Direito Medieval 
Na era medieval, o Direito ainda era essencialmente, o romano, que já havia sido implementado nos territórios dominados por roma. Porém, a legislação ainda não era totalmente codificada. As invasões germânicas resultaram em vários sistemas de governo autónomos, sustentados por vínculos de subordinação, que resultou no que ficou conhecido como Feudalismo, sendo uma junção do regime escravocrata com o regime comunitário das tribos nórdicas. 
A junção entre ambos veio por meio da Igreja católica, que se consolidou como a mais forte instituição do período medieval. Das características queo Direito assumiu nessa época, temos que os tribunais existiam para a apelação de qualquer pessoa, e as sentenças variavam de região, devido a legislação ainda não ser uniforme. Também na idade média, o Direito começou a ser universidades, que haviam sido criadas recentemente e que eram independentes das escolas Os advogados integrados nessa era tinham a função de defesa dos seus clientes e de registro dos testamentos.
4 O Direito Moderno ou contemporâneo
Considera-se o Direito Moderno como aquele que foi resultado das revoluções que ocorreram a partir do século XIX e sua influência internacional. No regime anterior, onde imperava o Estado Absolutista, algumas características modernas já estavam presentes, bem como o sistema mercantilista é considerado um pré-capitalismo. Essas características repercutiram na construção do Direito moderno, como por exemplo, a figura do soberano que aplica a lei, na coerção estatal e a aplicação por meio de juízes.
O Direito Moderno varia conforme o tempo e o espaço, sendo diferentes ordenamentos jurídicos e impossível que haja um que seja idêntico em conteúdo, por isso, essa fase do Direito é caracterizada por suas características formais. 
Algumas dessas características formais modernas são: o positivismo, na qual a norma é legislada, abandonando o direito natural; a generalidade, na qual o Direito vale para todos e a todos trata de forma igual; a coercividade, na qual traz sanções previstas para quem descumprir uma norma jurídica.
 5 Conclusão
O Direito, como ciência, é uma constante evolução, ainda mais que as outras, o Direito é construído na história, de como foi moldado e como chegou a forma em que assume nos dias atuais. Entender a forma como a sociedade e seus costumes e suas leis interagiam e influenciaram um ao outro é algo se suma importância para a compreensão do próprio contexto e do próprio presente.
É importante estudar a história do Direito também para que se entenda que o Direito não é uma criação arbitrária, mas uma necessidade, que todas as civilizações na história até aqui, tiveram a necessidade dessas normas para que pudessem viver em sociedade.

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