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Sistema Imunológico, complemento e alergia SISTEMA IMUNOLÓGICO Tem como função reconhecer agentes agressores ou invasores externos (microrganismos ou substâncias toxicas) e defender o organismo da sua ação, sendo constituído por órgãos, células e moléculas que asseguram essa ação. • Os anticorpos são específicos para cada antígeno, se ligam a modo de sinalizar para a destruição por células do sistema imune, (relação chave-fechadura) TIPOS DE ANTICORPOS Imunoglobulina A (IgA) • É encontrada em altas concentrações nas membranas mucosas (entradas), particularmente as que revestem as vias respiratórias e o trato gastrointestinal, bem como a saliva e a lagrima. • Transmitido ao filhote pelo colostro • Imunidade inata Imunoglobulina E (IgE) • É encontrada nos pulmões, na pele, mucosas (entradas do organismo) – na superfície dos mastócitos. • Está associada a reações alérgicas e asmáticas. • Induz o processo alérgico (quando o sistema imunológico reage excessivamente a antígenos ambientais). Imunoglobulina G (IgG) • É encontrada em todos os fluidos corporais. • Único que atravessa a placenta. • É o tipo de anticorpo mais abundante, sendo encontrado em maior quantidade e protegendo contra infecções bacterianas e virais. • É produzido ao entrar em contato com patógeno e protege de futuras infecções, permanecendo por toda a vida - memoria. • É específico - imunidade adaptativa. • É mais demorado - começa a ser produzido de 7 a 15 dias. (por isso sua presença indica uma “infecção velha” no corpo). Imunoglobulina M (IgM) É encontrada principalmente no sangue e fluido linfático. • É o primeiro a ser produzido pelo organismo para combater novas infecções (mais rápido). • Sua alta concentração no sangue indica uma “infecção nova” no corpo. Imunoglobulina D (IgD) • Existe em pequenas quantidades no sangue e é o anticorpo menos compreendido (ainda em estudo). ALERGIA • Quando uma pessoa alérgica entra em contato com um alérgeno, como pólen, poeira, pelos de animais ou certos alimentos, seu sistema imunológico reage de maneira exagerada, produzindo uma resposta imunológica que pode causar sintomas como espirros, coriza, coceira, urticária, falta de ar e até mesmo reações graves, como anafilaxia. AUTOIMUNIDADE • Ocorre quando o sistema imunológico ataca e danifica os tecidos e órgãos do próprio corpo. Nesse caso, o sistema imunológico não reconhece corretamente as células e tecidos saudáveis como "próprios" e os identifica erroneamente como "estranhos" ou "perigosos". Isso leva à produção de anticorpos e células imunológicas que atacam os tecidos saudáveis, causando inflamação e danos. HIPERSENSIBILIDADE • Sensibilidade exagerada do sistema imune relacionada a invasão de algum “corpo estranho”. • Combate os invasores de forma extremamente forte, mesmo que a ameaça seja pequena ou inexistente. • Esse antígeno pode ser externo (Alergia) ou próprio (Autoimunidade). • No caso da autoimunidade, há uma falha no auto tolerância, o que causa as doenças autoimunes. • Existem 4 tipos de reações de hipersensibilidade. Tipo 1- mediada por IgE. O IgE se liga ao antígeno e aos seus receptores específicos nos mastócitos, eosinófilos e basófilos, ativando-os. Tipo 2- mediada por IgE e IgG. Tipo 3- mediada por imunocomplexos circulantes. Ficam presos nos capilares (glomérulos e sinoviais) glomerulonefrite e artrite. Tipo 4- sempre tardia. Mediada por linfócito T. LIBERAÇÃO DE MEDIADORES QUÍMICOS • A histamina, que fica dentro do mastócito, é liberada e cai na corrente sanguínea quando ele se rompe, dando início ao processo alérgico. • As IgE (presentes na superfície dos mastócitos) se ligam ao alérgeno e rompem o mastócito/basófilo. • Como os IgE são anticorpos a um determinado antígeno, significa que já houve um contato anterior • Desencadeiam os 5 sinais cardinais. (edema, calor, rubor, dor, perda de função). HISTAMINA • Responsável pelos 5 sinais cardinais nos processos alérgicos. • Responsável pelo estado de atenção do cérebro. • Responsável pela produção do ácido estomacal (HCL) ANTI-HISTAMÍNICO • Bloqueia a histamina (mas não impede o rompimento dos mastócitos); por isso, bloqueia as reações alérgicas, mas também afeta o estado de atenção e a fome. PROCESSO DE ALERGIA • Exposição ao alérgeno: Uma pessoa sensível a um alérgeno específico, como pólen, alimentos, medicamentos, picadas de insetos ou substâncias químicas, entra em contato com essa substância. • Ativação do sistema imunológico: O sistema imunológico reconhece o alérgeno como uma substância estranha e produz anticorpos chamados imunoglobulina E (IgE) para combatê-la. • Sensibilização: Com exposições repetidas ao alérgeno, o corpo se sensibiliza e produz mais IgE específica para esse alérgeno. • Reexposição ao alérgeno: Quando a pessoa entra novamente em contato com o alérgeno, o alérgeno se liga às moléculas de IgE presentes na superfície dos mastócitos (células do sistema imunológico). • Liberação de histamina: A ligação entre o alérgeno e a IgE desencadeia a liberação de histamina e outras substâncias inflamatórias dos mastócitos. • Sintomas alérgicos: A liberação de histamina provoca uma resposta inflamatória em diferentes partes do corpo, resultando em uma variedade de sintomas alérgicos. Isso pode incluir coceira, vermelhidão, inchaço, espirros, coriza, tosse, falta de ar, urticária, inchaço dos lábios, língua ou rosto, náuseas, vômitos, diarreia, tontura ou até mesmo uma reação alérgica grave conhecida como anafilaxia. *entre os fatores determinantes para as alergias pode-se citar: fatores ambientais, predisposição genética, má alimentação, falta de atividade física, falta de bom sono (maus hábitos de vida), pois deixam o corpo mais sensível e o sistema imune fragilizado. SISTEMAS DE RECONHECIMENTO • Células da imunidade inata tem padrão de reconhecimento único. • Quanto melhor estiver a imunidade, melhor o sistema imunológico consegue reconhecer os padrões PAMPs e DAMPs. • Os PAMPs são moléculas presentes em patógenos, como bactérias e vírus, que são reconhecidas pelo sistema imunológico como estranhas e, portanto, desencadeiam uma resposta imune. • Já os DAMPs são moléculas liberadas por células danificadas ou mortas, que também são reconhecidas pelo sistema imunológico como sinais de perigo e desencadeiam uma resposta imune. SISTEMA COMPLEMENTO • O anticorpo mata o patógeno para que o sistema imunológico possa destruir. • O sistema complemento possui mais de 25 proteínas. • Reações de cascata (proteina que chama outras proteínas). • O sistema complemento abre um (buraco) no patógeno quando o anticorpo-o marca para facilitar a identificação. MAC- complexo de ataque a membrana. VIA CLÁSSICA • Se inicia quando a proteína C1 se liga a ao complexo antígeno-anticorpo. • C1 chama C4 e C2 • C4 e C2 se duvidem, metade fica no vírus e metade volta pro sangue. • Em seguida vem a C3, que também se divide, metade fica no vírus e metade vai pro sangue. • Em seguida vem o C5, C6, C7, C8... • Quando o C9 vem, acontece o MAC- abre o buraco no vírus. VIA ALTERNATIVA • Imunidade inata. • É ativada por microrganismos. • Ocorre na ausência da interação antígeno-anticorpo. Ordem: • C3 é clivado na circulação. • C3 se liga ao fator B, que se liga na superfície da bactéria. • C3a vai para o sangue, C3b se liga no fator B e causa opsonização, facilitando a fagocitose. • A proteina properdina (fator P) estará ligada entre o C3b, fator B e fator D. • Fator B é quebrado e forma 2 fragmentos, Ba que vai para o sangue e Bb que se liga no C3b e forma C3bBb. • Cliva C3, C3a sai para o sangue e C3b opsonização. • C3bBb se liga no C3b formando C3bBb3b que será convertase. • Cliva C5, C5a atrai mais fagócitos pro local da inflamaçãoe C5b vai se ligar a C7, C8, e vários C9(que forma o complexo de ataque a membrana (MAC) e causa a lise do patógeno. VIA DA LECTINA • Imunidade inata. • Sua ativação é independente da ligação antígeno- anticorpo. • Depende da ligação da lectina ligadora de manose (MBL) à resíduos de manose presentes em patógenos. Ordem: • MBL se liga a manose e ativa MASP-1 e MASP-2. • Cliva C2 e C4 e forma (C2a e C2b) e (C4a e C4b). • C4b2a- se ligam na superfície do patógeno, e C2b4a- é liberado para o sangue. • Forma C3 convertase da via da lectina. • C3 se divide, metade vai para o patógeno e metade vai pro sangue • C3b causa opsonização, facilitando a fagocitose, liga- se a C4Bc2a e forma C4b2a3b que forma C5. • C5 se divide em C5a e C5b, C5a atrai mais fagócitos para o local da inflamação, e C5b chama outras proteínas- C6 E C7. • Depois se ligam ao C8 e vários C9, que formam o complexo de ataque a membrana (MAC) - causando lise(destruição) do patógeno.
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