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• Pergunta 1 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(ENADE, 2018) A crise de 2008 levou a economia mundial, além do colapso financeiro, a 
um impacto generalizado no comércio internacional, com quedas das taxas de exportações 
e de investimentos externos. Os países integrantes do Brics não ficaram excluídos dessas 
estatísticas. Os resultados mostram que a queda no comércio teve a duração de dois anos e 
as recuperações começaram a surgir após esse choque. 
 
BANERJEE, R.; VASHISTH, P. The Financial Crisis: impact on BRIC and policy 
response. Revista Tempo do Mundo, vol. 2, n. 2, 2010, p. 57-80. 
 
 
O gráfico a seguir apresenta as variações das exportações de bens e serviços, em relação ao 
Produto Interno Bruto (PIB), dos países integrantes do Brics, durante o período de 2005 a 
2015. 
 
 
 
 
Fonte: WOLRDBANK DATA & STATISTICS, 2018. Disponível 
em: https://data.worldbank.org/indicator. Acesso em: 15 jul. 2018. 
 
 
Com base no gráfico, é correto concluir que: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
As exportações dos Brics sofreram rápida queda no ano seguinte ao da 
crise de 2008, reflexo da vulnerabilidade das potências emergentes aos 
fatores sistêmicos da economia política internacional. 
Respostas: a. 
A África do Sul foi uma exceção entre as nações emergentes ao atingir a 
taxa de 35% do PIB com exportações de bens e serviços, demonstrando 
maior dinamismo comercial que os demais países do Brics. 
 b. 
 
As exportações dos Brics sofreram rápida queda no ano seguinte ao da 
crise de 2008, reflexo da vulnerabilidade das potências emergentes aos 
fatores sistêmicos da economia política internacional. 
 
c. 
A Rússia, a Índia e a China atingiram índices de exportações de bens e 
serviços semelhantes entre si em 2013, após suas recuperações 
econômicas influenciadas pelo baixo índice de investimento público. 
 
d. 
A crise de 2008 afetou, de forma homogênea, as dinâmicas comerciais dos 
países, que atingiram o menor índice nas taxas de exportação de bens e 
serviços nesse mesmo ano. 
 
e. 
As políticas de austeridade e o baixo índice de investimento nos setores 
de bens manufaturados contribuíram para a estabilidade das taxas 
brasileiras. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: B. 
Comentário: A alternativa “b” é a correta. As exportações dos Brics 
sofreram rápida queda no ano seguinte ao da crise de 2008, reflexo da 
vulnerabilidade das potências emergentes aos fatores sistêmicos da 
economia política internacional. A coordenação entre o Brasil, a Rússia, a 
Índia e também a China tendeu a ter início de forma bastante informal no 
ano de 2006, com reunião de trabalho entre os chanceleres dos quatro 
países à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas. Desde então, o 
acrônimo, criado por alguns anos antes do mercado financeiro, não mais se 
limitou a identificar quatro economias emergentes. 
 
• Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(ENADE, 2015) “Refugiados Rohingya abandonados no mar”, “A Itália se prepara para 
outra onda de migrantes”, “Os turistas dizem que os solicitantes de asilo estão estragando 
suas férias na Grécia”, “Cambodia concorda em aceitar refugiados recusados pela 
Austrália”. Nas últimas semanas de julho de 2015, os nossos jornais foram dominados por 
essas manchetes, cada uma delas testemunhando uma crise humanitária com dimensões 
verdadeiramente globais. Segundo as Nações Unidas, o número de pessoas desraigadas por 
perseguições e conflitos armados já ultrapassa 50 milhões, o maior número desde o fim da 
Segunda Guerra Mundial. 
 
I. O papel do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) é 
assegurar proteção internacional aos refugiados e auxiliar os governos a facilitar o 
repatriamento voluntário ou a integração dos refugiados em novos locais. 
II. O conceito de non-refoulement, basilar da proteção internacional aos refugiados, 
consiste no direito do indivíduo refugiado de não ser forçado a retornar, ou não ser 
expulso, para uma condição em que a sua vida e/ou liberdade sejam ameaçadas. 
III. Embora a proteção ao refugiado esteja prevista no ordenamento jurídico brasileiro, o 
país não conseguiu se consolidar como acolhedor de refugiados, em razão de sua imagem 
externa de Estado. 
 
Está correto o que se afirma em: 
 
Resposta Selecionada: c. 
I e II, apenas 
Respostas: a. 
II, apenas. 
 
 b. 
III, apenas. 
 c. 
I e II, apenas 
 d. 
I e III, apenas 
 e. 
I, II e III. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: C. 
Comentário: De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
“todos têm o direito de procurar e de gozar asilo em outros países devido à 
perseguição”. E de acordo com a Convenção dos Refugiados das Nações 
Unidas, os Estados devem “não expulsar ou retornar um refugiado de 
maneira alguma para as fronteiras dos territórios onde a sua vida ou 
liberdade possam estar ameaçadas”. 
A alternativa correta é a letra C. Somente as afirmações I e II estão corretas. 
A afirmação I está correta. O papel do ACNUR é assegurar proteção 
internacional aos refugiados e auxiliar os governos a facilitar o 
repatriamento voluntário ou a integração dos refugiados em novos locais. O 
ACNUR não diz respeito a uma organização supranacional e, portanto, não 
pode substituir a proteção dos países. Seu papel principal é garantir que os 
países estejam conscientes das suas obrigações de dar proteção aos 
refugiados. 
A afirmação II também está correta. Segundo o princípio de non-
refoulement (“não devolução”), os países estão proibidos de expulsar uma 
pessoa para um território onde a mesma possa estar exposta à perseguição. 
A Convenção das Nações Unidas, no Estatuto dos Refugiados, de 1951, teve 
como objeto a tutela dos refugiados europeus, após a Segunda Guerra 
Mundial. 
A afirmação III está incorreta. O Brasil vem concedendo refúgio. Um 
exemplo disso é que desde o início da crise na Síria, o Brasil vem 
concedendo refúgio a mais sírios do que os principais portos de destino de 
refugiados na Europa. Segundo dados do Conare (Comitê Nacional para os 
Refugiados), vinculado ao Ministério da Justiça, 2.077 sírios receberam 
status de refugiados do governo brasileiro de 2011 até agosto de 2015 
 
• Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(ENADE, 2009) A crise financeira internacional que eclodiu nos Estados Unidos, em 15 de 
setembro de 2008, com a falência do banco Lehman Brothers, com 158 anos de existência, 
foi resultado de uma série de decisões de política econômica tomadas desde o início desta 
década, que quase levaram ao colapso total o sistema financeiro internacional. Qual foi a 
causa dessa crise? 
 
Resposta 
Selecionada: 
a. 
A falha de regulamentação do sistema financeiro e a ampla circulação 
dos chamados “papéis tóxicos”, que abalaram o mercado imobiliário 
norte-americano. 
Respostas: a. 
 
A falha de regulamentação do sistema financeiro e a ampla circulação 
dos chamados “papéis tóxicos”, que abalaram o mercado imobiliário 
norte-americano. 
 
b. 
A política de equilíbrio orçamentário adotada pelo governo Bush, que 
resultou na severa restrição do crédito nos Estados Unidos. 
 c. 
O câmbio sobrevalorizado da China. 
 
d. 
O excesso de poupança interna nos Estados Unidos, que demonstrava a 
desconfiança da população com a saúde financeira do país. 
 
e. 
O pacote de ajuste estrutural aplicado pelo FMI aos Estados Unidos, que 
levou a demandas por reformas nas instituições de Bretton Woods. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: A 
Comentário: Tendo sido a principal causa da crise a popularização, entre 
investidores, da compra de títulos lastreados (ou seja, fundamentados) 
pelo pagamento de hipotecas. Estes títulos eram vistos historicamente 
como muito seguros, já que o pagamento das hipotecas raramente é 
suspenso (pois a pessoa que não paga pode perder a própria casa) e os 
juros obtidos na modalidade são razoavelmente altos, com baixíssimo risco. 
Devido à falta de supervisão governamental, o que acontecia é que títulos 
deste tipo que continham hipotecas dealtíssimo risco eram agrupados 
como se fossem de baixo risco, criando uma bolha de crédito que se tornou 
impossível de controlar quando as pessoas não pagaram as suas hipotecas. 
 
• Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(ENADE, 2009) Um indivíduo, sob custódia policial, é torturado em um país da América do 
Sul. O resultado de suas tentativas de utilizar o sistema jurídico doméstico para defender 
seus direitos é negativo. De que forma o regime internacional de direitos humanos pode ter 
um papel nesse contexto? 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Como ser humano, normas estabelecidas no contexto do sistema 
internacional limitam a ação do Estado. A tortura é regulamentada por 
uma convenção da ONU contra a tortura. Essa é a base para movimentos 
sociais, coalizões de Estados e organizações não governamentais buscarem 
enfrentar o problema. 
Respostas: a. 
Como cidadão do país, a tortura é uma questão para ser resolvida pelas 
instâncias que organizam a relação entre Estado e sociedade dentro do 
território soberano do Estado. Não há relação com regimes internacionais. 
 
b. 
Como cidadão sul-americano, o indivíduo está protegido apenas pelo 
sistema interamericano de direitos humanos. 
 
c. 
Como ser humano, normas estabelecidas no contexto do sistema 
internacional limitam a ação do Estado. A tortura é regulamentada por 
uma convenção da ONU contra a tortura. Essa é a base para movimentos 
sociais, coalizões de Estados e organizações não governamentais buscarem 
enfrentar o problema. 
 d. 
 
Essa é uma questão a ser negociada no âmbito do sistema ONU. Cada caso 
de desrespeito aos direitos humanos gera novas normas a serem 
negociadas. 
 
e. 
Se o indivíduo for um estrangeiro, ele estará protegido pelo regime 
internacional de direitos humanos desenvolvido para proteger os que não 
são cidadãos. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: C 
Comentário: A prática da tortura é expressamente proibida pela Declaração 
Universal dos Direitos Humanos e qualquer governo ou agente público que 
a realize está sujeito a sanções internacionais e punições em cortes 
internacionais. Deste modo, ele pode tanto servir de motivador ideológico 
para grupos organizados da sociedade civil, como a Anistia Internacional, 
que buscam defender o respeito a estes princípios como fundamentais para 
a sociedade, como pode servir para que agentes públicos sejam 
responsabilizados, de modo a coibir a prática. 
 
• Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Observe a charge a seguir: 
 
 
 
 
LATTUF, Carlos. 24 jan. 2011. 
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/11/Hosni_Mubarak_facing_the_Tunisia_domino_effect.png. Acesso 
em: 27 set. 2022. 
 
 
A charge acima, de Carlos Latuff, indica um “efeito dominó” propiciado pela Primavera Árabe e a consequente derrubada do 
ditador Hosni Mubarak no Egito. Esse efeito em cadeia que marcou a onda de protestos nos países árabes iniciou-se: 
Resposta Selecionada: a. 
Na Tunísia, com a derrubada de Zine El Abidine Ben Ali. 
Respostas: a. 
Na Tunísia, com a derrubada de Zine El Abidine Ben Ali. 
 b. 
Na Lígia, com a morte de Muammar al-Gaddafi. 
 c. 
Em Israel, com a independência da Palestina. 
 d. 
Na Síria, na guerra civil contra Bashar al-Assad. 
 e. 
No Iêmen, com a renúncia de All Abdullah Saleh. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta: A 
Comentário: A chamada Primavera Árabe faz referência ao conjunto de revoluções contra ditaduras em países 
árabes no norte da África e no Oriente Médio. A primeira dessas revoluções e que desencadeou as demais 
ocorreu na Tunísia, quando Zine El Abidine Ben Ali foi deposto depois de apenas um mês de protestos. 
 
• Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(ENEM, 2011) No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos 
centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% 
têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da 
economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em 
meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio 
corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na 
Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países 
vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes 
sociais – como o Facebook e o Twitter – ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da 
África a ilhas do Golfo Pérsico. 
 
Fonte: SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. Istoé Internacional. 2 mar. 
2011. 
 
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu 
aos jovens árabes: 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
Difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população. 
Respostas: a. 
Reforçar a atuação dos regimes políticos existentes. 
 b. 
Tomar conhecimento dos fatos sem se envolver. 
 c. 
Manter o distanciamento necessário à sua segurança. 
 
d. 
Disseminar vírus capazes de destruir programas dos 
computadores. 
 e. 
Difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: E 
Comentário: A questão do Enem, de caráter puramente interpretativo, 
solicita a identificação da ligação entre o acesso à internet e as revoltas no 
mundo árabe. No caso, essa relação fez-se pela rápida difusão de 
informações, quando a revolta na Tunísia inspirou as demais. Assim, as 
redes sociais permitiram a propagação de ideais revolucionários de caráter 
mobilizador. 
 
 
• Pergunta 7 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(ENEM, 2019) A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela 
Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi um 
acontecimento histórico de grande relevância. Ao afirmar, pela primeira vez em escala 
 
planetária, o papel dos direitos humanos na convivência coletiva, ela pode ser considerada 
um evento inaugural de uma nova concepção de vida internacional. 
 
Fonte: LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). In: MAGNOLI, D. 
(Org.) História da paz. São Paulo: Contexto, 2008. 
 
A declaração citada no texto introduziu uma nova concepção nas relações internacionais ao 
possibilitar a: 
Resposta Selecionada: b. 
Defesa dos grupos vulneráveis. 
Respostas: a. 
Superação da soberania estatal. 
 b. 
Defesa dos grupos vulneráveis. 
 c. 
Redução da truculência belicista. 
 d. 
Impunidade dos atos criminosos. 
 e. 
Inibição dos choques civilizacionais. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: B 
Comentário: Elaborada após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos traz como pilar a defesa dos 
grupos vulneráveis, algo inédito na relação entre os países. Entre seus 
pilares estão: a autodeterminação dos povos, a condenação da escravidão e 
a defesa de grupos minoritários 
 
 
• Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(UERJ) Rússia e China rejeitam ameaça de guerra contra Irã. 
A Rússia e a China manifestam sua inquietude com relação aos comentários do chanceler 
francês, Bernard Kouchner, sobre a possibilidade de uma guerra contra o Irã. Kouchner 
acusou a imprensa de “manipular” suas declarações. “Não quero que usem isso para dizer 
que sou um militarista”, disse o chanceler, dias antes de os cinco membros permanentes do 
Conselho de Segurança da ONU – França, China, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – se 
reunirem para discutir possíveis novas sanções contra o Irã por causa de seu programa 
nuclear. 
(Adaptado de www.estadao.com.br, 18/09/2007). 
O Conselho de Segurança da ONU pode aprovar deliberações obrigatórias para todos os 
países-membros, inclusive a de intervenção militar, como ilustra a reportagem. Ele é 
composto por quinze membros, sendo dez rotativos e cinco permanentes com poder de 
veto. 
A principal explicação para essa desigualdade de poder entre os países que compõem o 
Conselho está ligada às características da: 
 
Resposta Selecionada:a. 
Geopolítica mundial na época da criação do organismo. 
Respostas: a. 
Geopolítica mundial na época da criação do organismo. 
 b. 
Parceria militar entre as nações com cadeira cativa no órgão. 
 c. 
Convergência diplomática dos países com capacidade atômica. 
 d. 
Influência política das transnacionais no período da globalização. 
 e. 
Pelo Conselho ser o organismo mais democrático da ONU. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: A 
Comentário: A organização do Conselho de Segurança da ONU aconteceu 
logo depois do final da Segunda Guerra Mundial e prestigiou aqueles países 
que saíram fortalecidos ou vencedores desse conflito: EUA, França, Reino 
Unido e União Soviética (atualmente, a Rússia). Além deles, também 
integrou a China, que exercia um importante e crescente papel geopolítico. 
 
• Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(ENADE, 2018) Se a ascensão dos partidos da classe trabalhadora foi um importante 
subproduto da democratização, a ascensão do nacionalismo na política foi outro. O 
nacionalismo, em si, evidentemente não era novo. Todavia, no período de 1880 a 1914, ele 
avançou dramaticamente e seu conteúdo ideológico e político transformou-se. Seu próprio 
vocabulário indica a significação desses anos. A palavra nacionalismo apareceu pela 
primeira vez em fins do século XIX, para descrever grupos de ideólogos de direita na 
França e na Itália, que brandiam entusiasticamente a bandeira nacional contra os 
estrangeiros, os liberais e os socialistas, e a favor daquela expansão agressiva de seus 
próprios Estados, que viria a ser tão característica de tais movimentos. A palavra 
nacionalismo, embora originalmente descrevesse apenas uma versão de direita do 
fenômeno, provou ser mais conveniente do que o desajeitado princípio de nacionalidade, 
que fora parte do vocabulário da política europeia desde 1830; e assim veio a ser utilizada 
igualmente para todos os movimentos que consideravam a causa nacional como de 
primordial importância política: mais exatamente, para todos os que exigiam o direito à 
autodeterminação, ou seja, em última análise, o direito de formar um Estado independente, 
destinado a algum grupo nacionalmente definido. O número de tais movimentos ou, pelo 
menos, dos líderes que afirmavam falar por eles, e sua significação política aumentariam de 
modo impressionante nessa época. 
 
(HOBSBAWM, E. A era dos impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988). 
 
Sobre a importância política do vocábulo nacionalismo e suas consequências, assinale a 
opção correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
A autodeterminação dos povos, no contexto pós-Primeira Guerra Mundial, 
tornou-se um referencial dos movimentos de libertação nacional e de 
contestação dos tradicionais impérios europeus na África e na Ásia. 
 
Respostas: a. 
Os fenômenos da xenofobia e da superioridade do homem branco estavam 
ausentes na fundamentação do discurso nacionalista das potências 
europeias na expansão do imperialismo do século XIX. 
 
b. 
A autodeterminação dos povos, no contexto pós-Primeira Guerra Mundial, 
tornou-se um referencial dos movimentos de libertação nacional e de 
contestação dos tradicionais impérios europeus na África e na Ásia. 
 
c. 
A efervescência nacionalista do período pré-Primeira Guerra Mundial 
pode ser associada ao crescimento dos movimentos revolucionários de 
esquerda na Europa, que culminaram na Revolução Russa de 1917. 
 
d. 
O ciclo de revoluções europeias, definido pelo autor do texto como Era das 
Revoluções, significou a evolução político-ideológica dos nacionalismos no 
século XVIII, servindo de base para a unificação italiana e alemã. 
 
e. 
 A crise do Império Otomano ao longo do século XIX e a disputa pela zona 
de influência desse império diminuíram os impulsos nacionalistas da 
direita europeia e os movimentos de trabalhadores de esquerda no 
período pré-Primeira Guerra Mundial. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: B. 
Comentário: A autodeterminação dos povos, no contexto pós-Primeira 
Guerra Mundial, tornou-se um referencial dos movimentos de libertação 
nacional e de contestação dos tradicionais impérios europeus na África e na 
Ásia. O nacionalismo é uma tese ideológica, surgida após a Revolução 
Francesa. Em sentido estrito, seria um sentimento de valorização do qual 
foi marcado pela aproximação e a identificação com uma nação. O 
nacionalismo é a ideologia fundamental da terceira fase da história, a fase 
industrial, quando os estados nacionais se tornaram a forma da 
organização político-cultural. 
 
• Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
 
(ENADE, 2012) Os ataques aos Estados Unidos da América, em setembro de 2001, tiveram 
impacto na agenda de segurança internacional. Devido a sua natureza e características 
singulares em um contexto de globalização – mobilidade de capital, mobilidade de pessoas, 
constituição de redes transnacionais –, tais ataques desafiam algumas concepções 
anteriormente em voga a respeito do ordenamento das relações internacionais. A respeito 
desse tema, avalie as afirmações abaixo. 
 
I. A ênfase à chamada “guerra ao terror” na agenda internacional envolveu 
políticas de combate à lavagem de dinheiro em paraísos fiscais. 
II. Nos termos da Escola de Copenhague, a “securitização” do fenômeno do 
terrorismo permite ações de intervenção em Estados soberanos. 
III. O fato de vários países concordarem que o terrorismo é um problema real 
sugere que a definição do termo é inequívoca. 
 
IV. Na “luta contra o terror”, as ações de combate ao terrorismo são 
centradas em atores transnacionais. 
 
É correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: a. 
I e II, apenas. 
Respostas: a. 
I e II, apenas. 
 b. 
II e IV, apenas. 
 c. 
III e IV, apenas. 
 d. 
I, II e III, apenas. 
 e. 
I, III e IV, apenas. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta: A 
Comentário: A afirmativa I está correta, uma vez que, após os atentados 
terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, realizados pela rede Al 
Qaeda, de Osama Bin Laden, ficou evidenciada a necessidade de um maior e 
mais amplo monitoramento da origem dos recursos financeiros obtidos 
pelas organizações terroristas internacionais. Isso porque tais recursos 
representam a força vital para manter esses grupos atuantes, sendo um 
fator determinante para a amplitude de suas ações. 
A afirmativa II também está correta, pois, de acordo com a Escola de 
Copenhague, a securitização seria uma forma extrema da politização, sendo 
que qualquer assunto passa de não politizado (ou seja, o Estado não discute 
e não busca lidar com o tema) para politizado, havendo a construção de 
debates e políticas públicas para se aferir uma resolução para a questão 
proposta. Transpondo essa análise para o cenário político dos Estados 
Unidos pós 11 de setembro, é visível como o governo norte-americano 
apresentou o terrorismo como uma ameaça existencial e fez uso da 
securitização para justificar as guerras preventivas empreendidas no 
Oriente Médio. 
A afirmativa III está errada, porque o terrorismo, como uma ameaça 
emergencial após os ataques de 2001 e as suas relações com as percepções 
de ameaça no cenário internacional, dizem respeito especialmente aos 
Estados Unidos e a alguns países da Europa, como a Inglaterra, que também 
sofreram ataques da mesma origem e natureza dos EUA, deixando inclusive 
vítimas. 
A afirmativa IV está errada, uma vez que a “luta contra o terror” teve o 
Estado, especialmente o estadunidense, como agente da ação de combate 
ao terrorismo.

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