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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
Avaliação Presencial – AP2 
Período - 2008/2º 
Disciplina: Método, Ideologia e Ética nas Organizações 
Coordenador da Disciplina: Luis Henrique Abegão 
Gabarito 
Aluno (a):............................................................................................................................ 
Pólo: ................................................................................................................................... 
 
• Só serão aceitas resposta feitas a caneta esferográfica azul ou preta; 
• Não será permitido o uso de consulta a qualquer material exceto caneta 
esferográfica. 
• Respostas escritas a lápis serão consideradas nulas. 
Boa sorte! 
 
Questões discursivas: 
 
1. (Valor 1,0) 
Com base nas discussões apresentadas na disciplina, apresente uma distinção entre moral 
e ética, concentrando-se nos principais argumentos que as diferencia. 
 
2. (Valor 2,0) “Voltemos novamente ao bem que estamos procurando e indaguemos o que 
ele é, pois não se afigura igual nas distintas ações e artes; é diferente na medicina, na 
estratégia e em todas as demais artes do mesmo modo. Que é, pois, o bem de cada uma 
delas? Evidentemente, aquilo em cujo interesse se fazem todas as outras coisas. Na 
medicina é a saúde, na estratégia a vitória, na arquitetura uma casa, em qualquer outra 
esfera uma coisa diferente, e em todas as ações e propósitos é ele a finalidade; pois é 
tendo-o em vista que os homens realizam o resto. Por conseguinte, se existe uma finalidade 
para tudo que fazemos, essa será o bem realizável mediante a ação [...] Mas procuremos 
expressar isto com mais clareza ainda. Já que, evidentemente, os fins são vários e nós 
escolhemos alguns entre eles [...], segue-se que nem todos os fins são absolutos; mas o 
sumo bem é claramente algo de absoluto. Portanto, se só existe um fim absoluto, será o que 
estamos procurando [...] Ora, nós chamamos aquilo que merece ser buscado por si mesmo 
mais absoluto do que aquilo que merece ser buscado com vistas em outra coisa [...] Ora, 
esse é o conceito que preeminentemente fazemos da felicidade”. ARISTÓTELES, Ética a 
Nicômaco (Livro I, 1097a 1097 b). São Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 54-55. 
 
Com base na leitura desse trecho de Ética a Nicômaco e considerando outras idéias 
apresentadas na disciplina sobre a felicidade, COMENTE a seguinte afirmação: O 
objetivo da vida ética é a felicidade. 
 
3. (Valor 2,0) ”As plantas transgênicas são assim chamadas porque recebem um ou mais 
genes de outro organismo para ganhar características supostamente capazes de melhorar 
seu desempenho produtivo e sua resistência a pragas e doenças. De olho nos possíveis 
benefícios econômicos prometidos pelas safras transgênicas, os norte-americanos já 
disseminaram esses organismos em 60% dos alimentos processados em seu país. Mas o 
que essas plantas mutantes podem causar ao meio ambiente e à saúde humana e animal é 
ainda uma grande especulação em terreno desconhecido”. (MUNIZ, Marise. Transgênicos: 
um tiro no escuro. Ciência Hoje. v. 27, n. 160, p. 40, maio 2000) 
 
Levando em consideração as informações desse texto e as discussões da disciplina sobre a 
relação entre ética e ciência, ARGUMENTE a favor de ou contra a seguinte afirmação: A 
ciência é neutra, e seus produtos trazem progresso para a vida dos homens quando 
convertidos em novas tecnologias. 
 
Questões objetivas: 
 
4. (Valor 1,0) “Quando Deus deixava lentamente o lugar de onde tinha dirigido o universo 
e sua ordem de valores, separado o bem do mal e dado um sentido a cada coisa, Dom 
Quixote saiu de sua casa e não teve mais condições de reconhecer o mundo. Este, na 
ausência do Juiz supremo, surgiu subitamente numa temível ambigüidade; a única Verdade 
divina se decompôs em centenas de verdades relativas que os homens dividiram entre si. 
Assim, o mundo dos Tempos Modernos nasceu e, com ele, o romance, sua imagem e 
modelo”. (KUNDERA, M. A arte do romance. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 
12.) 
 
Com base no texto e nas idéias apresentadas nas aulas, considere as afirmativas a 
seguir. 
I. Os Tempos Modernos estão relacionados à consolidação da Igreja Católica como eixo 
central do pensamento e da organização sociopolítica da Europa. 
II. O desenvolvimento do romance, com sua ênfase no indivíduo e na subjetividade, 
expressa uma possibilidade de reorganização do homem moderno com a sua realidade. 
III. Com os Tempos Modernos, as bases filosóficas da Civilização Ocidental entram numa 
crise irremediável, sem que se ergam novos valores capazes de organizar o mundo. 
IV. Dom Quixote é um símbolo das incertezas do homem moderno, e sua trajetória pelo 
mundo é o esforço de construir uma nova ordem de valores. 
 
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I. 
b) apenas I e II. 
c) apenas II e III. 
d) apenas III e IV. 
e) apenas II e IV 
 
5. (Valor 1,0) Uma pesquisadora francesa produziu o seguinte texto para caracterizar 
nosso país: “O Brasil, quinto país do mundo em extensão territorial, é o mais vasto do 
hemisfério Sul. Ele faz parte essencialmente do mundo tropical, à exceção de seus estados 
mais meridionais, ao sul de São Paulo. O Brasil dispõe de vastos territórios subpovoados, 
como o da Amazônia, conhece também um crescimento urbano extremamente rápido, 
índices de pobreza que não diminuem e uma das sociedades mais desiguais do mundo. 
Qualificado de “terra de contrastes”, o Brasil é um país moderno do Terceiro Mundo, com 
todas as contradições que isso tem por conseqüência”. ([Adaptado de] DROULERS, 
Martine. Dictionnaire geopolitique des états. Organizado por Yves Lacoste. Paris: Éditions 
Flamarion, 1995) 
 
O Brasil é qualificado como uma “terra de contrastes” por 
a) fazer parte do mundo tropical, mas ter um crescimento urbano semelhante ao dos países 
temperados. 
b) não conseguir evitar seu rápido crescimento urbano, por ser um país de dimensões 
continentais, com grande extensão de fronteiras terrestres e de costa. 
c) possuir grandes diferenças sociais e regionais e ser considerado um país moderno do 
Terceiro Mundo. 
d) possuir vastos territórios subpovoados, apesar de ter recursos econômicos e tecnológicos 
para explorá-los. 
e) ter sido formado a partir da influência e convivência de culturas diversas, que ainda se 
manifestam de modo predominante em regiões distintas. 
 
 
6. (Valor 1,0) “Um certo carro esporte é desenhado na Califórnia, financiado por Tóquio, o 
protótipo criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos EUA e México, com 
componentes eletrônicos inventados em Nova Jérsei (EUA), fabricados no Japão. (…). Já a 
indústria de confecção norte-americana, quando inscreve em seus produtos ‘made in USA’, 
esquece de mencionar que eles foram produzidos no México, Caribe ou Filipinas”. (Renato 
Ortiz, Mundialização e Cultura) 
 
O texto ilustra como em certos países produz-se tanto um carro esporte caro e sofisticado, 
quanto roupas que nem sequer levam uma etiqueta identificando o país produtor. De fato, 
tais roupas costumam ser feitas em fábricas situadas em zonas-francas, onde os 
trabalhadores nem sempre têm direitos trabalhistas garantidos. 
 
A produção nessas condições indicaria um processo de globalização que: 
a) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econômicas entre eles pela 
aproximação entre um centro rico e uma periferia pobre. 
b) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identificação da origem de 
produção dos bens e mercadorias. 
c) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circulação de bens e capitais e do 
intercâmbio de tecnologia. 
d) compensa as disparidades econômicas pela socialização de novas tecnologias e pela 
circulação globalizada da mão-de-obra. 
e) reafirma as diferenças entre um centro rico euma periferia pobre, tanto dentro como 
fora das fronteiras dos Estados Nacionais. 
 
Para as questões de 7 a 10, julgue se a afirmativa é Certa (C) ou Errada (E): 
7. [ ] (Valor 0,5) 
O conceito de exclusão social não está associado exclusivamente à perspectiva econômica, 
apesar de ter sido colocado em evidência, na segunda metade do século XX, nas discussões 
sobre a crise da sociedade salarial. 
 
8. [ ] (Valor 0,5) 
No Brasil, a exclusão social é resultante de processos históricos seculares que geraram 
conseqüências tais como a falta de integração formal de uma parcela considerável da 
população brasileira no mundo do trabalho. 
 
9. [ ] (Valor 0,5) 
A todo sistema de indicadores está associado um conceito, que expressa um interesse 
teórico, político ou pragmático de investigação social; e os indicadores que compõem o 
sistema dão uma expressão numérica ao conceito. 
 
10. [ ] (Valor 0,5) 
A perspectiva do desenvolvimento como ampliação das capacidades e das oportunidades 
das pessoas, como defendido por Amartya Sen, contribuiu para a fundamentação da 
concepção do IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. 
 
 
GABARITO 
 
Questões discursivas: 
1. (Valor 1,0) 
Com base nas discussões apresentadas na disciplina, apresente uma distinção entre moral 
e ética, concentrando-se nos principais argumentos que as diferencia. 
 
 
 
 
RESPOSTA: 
Apesar das palavras moral e ética terem, etimologicamente, o mesmo significado - moral, 
do latim mores, e ética, do grego ethos, significam, ambas, costume, modo de agir -, há 
uma distinção conceitual entre elas. 
 
A moral representa o conjunto de valores adotados, de modo particular, por um grupo 
social, de forma a estabelecer, por conseqüência, uma distinção entre o que o grupo julga 
ser o bem e a virtude e aquilo que ele considera ser o mal e o vício. 
 
A ética se distingue da moral por não ter uma função normatizadora das situações 
particulares e cotidianas, e sim por exercer um papel de examinadora ou questionadora da 
moral e, por isso, é também denominada de filosofia moral. A ética, portanto, tem um 
caráter universal, diferentemente da moral, que está atrelada à cultura de um grupo social 
em particular. 
 
2. (Valor 2,0) 
Com base na leitura desse trecho de Ética a Nicômaco e considerando outras idéias 
apresentadas na disciplina sobre a felicidade, COMENTE a seguinte afirmação: O 
objetivo da vida ética é a felicidade. 
 
RESPOSTA: 
Considerando a perspectiva dos principais filósofos gregos da Antiguidade, em particular 
a de Aristóteles, está correto afirmar que o objetivo da vida ética é a felicidade, já que para 
eles a felicidade era vista como o propósito dos nossos atos. Mas, para eles, a felicidade só 
poderia ser conquistada por meio do bem viver, da boa ação. Nessa perspectiva, portanto, o 
propósito da vida moral era a felicidade, na medida em que só é possível ser feliz quando 
se vive em acordo com a ética. 
 
De modo semelhante, para os cristãos a felicidade se conquista ao fazer a vontade de Deus, 
na medida em que é desta forma que se entra em comunhão com Ele. A virtude da fé 
estabelece o canal para esta comunhão com Deus, que, por conseqüência, faz com que o 
cristão viva melhor, viva feliz. De forma complementar, a virtude da caridade manifesta-se 
também como fonte inesgotável de felicidade. Portanto, também na perspectiva cristã 
pode-se afirmar que a felicidade é o objetivo da vida ética. 
 
No entanto, na modernidade há uma ruptura com essa perspectiva transcendente da 
felicidade e de sua consideração como o fim último da ética. A separação promovida por 
Kant entre o domínio empírico das necessidades e dos interesses do domínio 
transcendental da liberdade e da finalidade, fez com que a felicidade ficasse restrita ao 
primeiro domínio, passando a ser definida como de caráter exclusivamente pessoal. Se é 
feliz na medida em que se tem a liberdade de escolher segundo as próprias necessidades e 
interesses. Coube ao domínio transcendental a tarefa por estabelecer a universalidade ética, 
a partir do estabelecimento de um dever moral absoluto e autônomo, sem qualquer 
consideração a respeito da felicidade como objetivo da vida ética, que passou a ser regida 
por um dever racional e autonomamente definido. 
 
3. (Valor 2,0) 
Levando em consideração as informações desse texto e as discussões da disciplina sobre a 
relação entre ética e ciência, ARGUMENTE a favor de ou contra a seguinte afirmação: A 
ciência é neutra, e seus produtos trazem progresso para a vida dos homens quando 
convertidos em novas tecnologias. 
 
RESPOSTA: 
Apesar de muitas vezes a ciência reivindicar um tipo de neutralidade quanto à sua 
susceptibilidade a influências externas nas pesquisas, ela é construída socialmente e está 
sujeita aos valores pessoais dos pesquisadores, influências políticas, interesses financeiros 
e comerciais, entre outros. Portanto, é muito difícil defender, de modo incondicional, a 
neutralidade da ciência ou pretender que se conquiste essa condição. Mesmo porque, 
sempre haverá a influência das convicções pessoais do cientista na avaliação de ações 
alternativas na condução de suas pesquisas. 
 
Sendo assim, devemos pensar na ética da ciência e da tecnologia tanto em relação aos 
métodos e procedimentos adotados para se chegar a um determinado resultado, como 
também no impacto que essas descobertas causariam na vida das pessoas ao longo do 
tempo, seja de forma física (como a agressão ao meio ambiente) como também de forma 
comportamental (afetando os modos de vida humana). 
 
Isso não quer dizer, porém, que o avanço científico não traga, efetivamente, progressos 
para a vida dos homens. A questão é de que maneira os resultados são conquistados e quais 
os potenciais impactos que eles podem acarretar para a preservação da vida humana e do 
planeta, levando em consideração a perspectiva da sustentabilidade. Outra consideração é 
quanto ao acesso aos resultados das pesquisas científicas, pois isso pode ser fonte de 
discriminação e até exclusão social, quando as novas tecnologias beneficiam apenas uma 
parcela da população e/ou quando as mesmas são utilizadas como fonte de dominação. 
 
Questões objetivas: 
4. D (Valor 1,0) 
5. C (Valor 1,0) 
6. E (Valor 1,0) 
7. C (Valor 0,5) 
8. C (Valor 0,5) 
9. C (Valor 0,5) 
10. C (Valor 0,5) 
 
 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
Avaliação a Distância – AP2 
Período - 2009/1º 
Disciplina: Método, Ideologia e Ética nas Organizações 
Coordenador da Disciplina: Luis Henrique Abegão 
 
Aluno (a): .......................................................................................................................... 
Pólo: ................................................................................................................................... 
 
• Só serão aceitas resposta feitas a caneta esferográfica azul ou preta; 
 
Boa sorte! 
 
 
GABARITO 
 
 
Questões discursivas: 
 
1. 
a) (Valor 2,0) Tomando como base o que foi discutido na disciplina, sobretudo no 
breve histórico sobre a ética apresentado na segunda aula, você concorda ou 
discorda da visão de Lipovetsky sobre a ética na contemporaneidade? 
Justifique. 
 
RESPOSTA: 
 
Considerando a autonomia do indivíduo como sendo um dos pilares da Modernidade e 
constatando a manifestação cada vez mais freqüente de impasses éticos nos mais 
variados âmbitos: tecnocientífico, político, econômico, ambiental, social etc., em parte 
decorrentes da desconsideração dos propósitos e, conseqüentemente, da 
relativização das conseqüências das nossas ações, é possível concordar com a visão 
de Lipovestsky, quando ele afirma haver, na contemporaneidade, um aprofundamento 
da autonomia daesfera moral, chegando ao ponto de uma individualização da relação 
com a esfera ética. 
 
 
b) (Valor 2,0) Na visão de Lipovetsky, vive-se um processo de individualização 
da relação com a esfera ética. Que conseqüências esse processo acarreta à 
filosofia moral (ética), considerando que a função precípua desta consiste em 
servir como balizadora universal das ações humanas? 
 
RESPOSTA: 
 
Na verdade, esse é o impasse vivenciado por todos os filósofos morais da 
Modernidade: como garantir a universalidade da ética sem colocar em cheque a 
autonomia do indivíduo, ou seja, como estabelecer valores éticos universais capazes 
de exercer um papel de obrigação ou dever moral sem, com isto, ter que recorrer a 
preceitos heterônomos, seja metafísicos ou religiosos. No entanto, a exacerbação 
dessa individualização da relação com a esfera ética coloca em cheque a própria 
função da ética como garantia de uma obrigação moral baseada em valores 
universais. Como esperar, portanto, que tais valores tenham força de dever, quando o 
próprio indivíduo é a medida de seus atos? Esse impasse não se encontra totalmente 
equacionado pela filosofia moral contemporânea. 
 
2. 
a) (Valor 2,0) O quadro evolutivo da RSC proposto por Ashley (2006), mostra que 
a visão mais divulgada ainda é a que se centra nas ações voltadas aos 
empregados e às comunidades. Que aspectos precisam ser observados pelas 
organizações para que uma visão de RSC mais ampla se consolide. Cite pelo 
menos três aspectos, dando exemplos de comportamentos organizacionais 
que corroboram suas indicações. 
 
RESPOSTA: 
 
Para que uma visão mais ampla de RSC se consolide as empresas deveriam atentar-
se, por exemplo, para os seguintes aspectos: 
 
1. a adoção de métodos e ferramentas dedicadas ao desenvolvimento e produção de 
bens e serviços que levem em consideração as necessidades de todos os 
implicados em todo o ciclo de vida do produto, desde seu projeto até o seu 
descarte final. Algumas empresas têm procurado estruturar o seu processo desta 
forma, como, por exemplo, a Natura, ao se preocupar com a forma de obtenção da 
matéria-prima, com a utilização de embalagens reutilizáveis, com indicações sobre 
o produto destinadas a deficientes visuais, dentre outras atitudes por ela adotadas. 
2. a conscientização do consumidor, como o esclarecimento sobre a forma de 
produção e sobre os ingredientes/materiais utilizados, a orientação sobre a melhor 
forma de utilização do produto ou serviço, a disponibilização de formas de descarte 
ambientalmente correto, a sugestão de formas de economia durante o consumo, 
dentre outros aspectos. Um exemplo pode ser o que vem sendo desenvolvido por 
algumas concessionárias de energia elétrica, na orientação sobre o consumo, na 
troca de medidores e até mesmo na doação de lâmpadas e eletrodomésticos de 
menor consumo a famílias carentes. 
3. a seleção e o desenvolvimento de fornecedores, que visa orientar a escolha dos 
fornecedores que atendem a certos requisitos de produção, bem como às 
exigências legais, sejam de ordem fiscal, trabalhista ou ambiental. Mas, implica 
também em práticas de desenvolvimento de fornecedores, ou seja, ações de 
qualificação ou desenvolvimento tecnológico dos fornecedores, por exemplo. Um 
exemplo neste sentido são as exigências impostas pela Petrobrás aos seus 
fornecedores, que devem atender a rígidos requisitos quanto à saúde e segurança 
no trabalho, à impactos ambientais etc. Além disso, a Petrobrás também oferece 
ações de qualificação junto aos seus fornecedores. 
 
 
b) (Valor 2,0) Estabeleça uma correspondência entre o quadro evolutivo da ética 
e RSC proposto por Ashley (2006) e as três orientações da ética nas 
organizações abordadas na disciplina. 
 
RESPOSTA: 
 
Não se pode estabelecer uma correspondência unívoca entre as três visões do 
desenvolvimento da RSC e as três orientações éticas, mas podemos dizer que o 
princípio utilitarista, como orientação ética das organizações, se coaduna com a visão 
clássica da RSC, o que não quer dizer que mesmo uma empresa com uma visão ética 
mais utilitarista não possa desenvolver ações de responsabilidade social direcionadas 
aos seus colaboradores e à comunidade, por exemplo. 
 
Se considerarmos que o princípio relativista, como orientação ética das organizações, 
leva em consideração a adoção de comportamentos difundidos na sociedade, este 
princípio pode estar por trás da orientação das ações de responsabilidade social 
adotadas por empresas que seguem a visão de RSC mais divulgada, segundo Ashley, 
na medida em que tais empresas têm sua cultura organizacional influenciada pelo 
discurso amplamente divulgado. 
 
Podemos dizer que o princípio da ética organizacional baseada na virtude é aquele 
que proporciona o melhor embasamento para as ações de RSC mais amplas, como 
aquelas denominadas como as menos divulgadas, por Ashley, como são as ações 
direcionadas ou que envolvem à natureza; o governo, os fornecedores, os 
consumidores, todos os atuais e futuros stakeholders e a sociedade, numa perspectiva 
sustentável 
 
 
Questões objetivas: 
 
RESPOSTAS: 
 
3. (Valor 1,0) - B 
 
4. (Valor 1,0) - A 
 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
Avaliação Presencial – AP2 
Período - 2010/1º 
Disciplina: Método, Ideologia e Ética na Organizações 
Coordenador da Disciplina: Luis Henrique Abegão 
 
Aluno (a): ............................................................................................................................ 
Pólo: .................................................................................................................................... 
 
• Só serão aceitas respostas feitas a caneta esferográfica azul ou preta; 
• Não será feita revisão da questão quando respondida a lápis. 
 
Boa sorte! 
 
GABARITO 
 
Questões discursivas: 
 
1. a) (Valor 2,0) Quando a autora afirma (trecho 1) que a “...aposta na unidade da 
natureza humana racional...”, condição fundamental para a moral kantiana, é recusada 
pelos “pós-modernos”, demonstrando uma opção pelo relativismo moral, o que isso 
traz como conseqüências para a ética na contemporaneidade? 
 
RESPOSTA: 
O impasse vivenciado por todos os filósofos morais da Modernidade consiste em 
garantir a universalidade da ética sem colocar em xeque a autonomia do indivíduo, ou 
seja, como estabelecer valores éticos universais capazes de exercer um papel de 
obrigação ou dever moral sem, com isto, ter que recorrer a preceitos heterônomos, 
seja metafísicos ou religiosos. No entanto, quando os pós-modernos recusam essa 
possibilidade de uma universalidade, mesmo que baseada na unidade da natureza 
humana racional, isso acaba por colocar em xeque a própria função da ética como 
garantia de uma obrigação moral baseada em valores universais. Como esperar, 
portanto, que tais valores tenham força de dever, quando a aposta é no relativismo 
moral, que, no limite, pode chegar a uma moral individualizada. Esse impasse não se 
encontra totalmente equacionado pela filosofia moral contemporânea. 
 
1. b) (Valor 2,0) Qual a correlação que se pode estabelecer entre a colocação da 
autora sobre a moral teleológica (trecho 2) e a proposta de Habermas de uma ética do 
discurso? 
 
RESPOSTA: 
A ética do discurso, proposta por Habermas, aproxima-se dessa perspectiva de uma 
ética teleológica, conforme apresentada por Anne Fagot-Largeault, na medida em que 
propõe essa abertura, por meio do discurso, a uma convergência das concepções do 
Bem. Contudo, não é fácil estabelecer as condições para a efetiva participação 
argumentativa de todos os implicados, na medida em que o acesso aos meios de 
comunicação e aos fóruns de discussão é completamente desigual entre atores 
envolvidos. Se considerarmos as três forças fundamentais – Estado, economia e 
sociedade civil –, notaremos logo a diferença de poder e espaço de argumentaçãode 
cada uma delas. O próprio Habermas (1987) aponta para o fato de que os 
argumentos da sociedade civil ocupam os microdomínios da comunicação cotidiana e 
apenas de vez em quando condensam-se em discursos públicos mais amplos. 
 
2. a) (Valor: 1,5) Ashley classifica o desenvolvimento da responsabilidade social em 
três momentos: a visão clássica, a mais divulgada e a menos divulgada. A empresa 
alimentícia acima descrita se enquadra em que vertente? Justifique a sua resposta. 
 
RESPOSTA: 
Com respeito à responsabilidade social, podemos dizer que a empresa que 
aproximada da visão mais divulgada, segundo a classificação de Ashley. No entanto, a 
empresa ainda mostra uma visão bastante instrumental da responsabilidade social, 
pois denota estar mais interessada nos resultados que os projetos de responsabilidade 
social possam trazer para a organização. Além disso, as ações de responsabilidade 
social não afetam o ambiente interno. 
 
2. b) (Valor: 1,5) Ao abordar a questão da ética nas organizações, na aula 12, 
falamos de três estilos gerenciais: um de caráter utilitarista (princípio utilitarista), outro 
que segue a cultura corrente do setor (princípio relativista) e outro que procura dar à 
organização uma orientação mais ética (princípio baseado na virtude). A empresa em 
questão se enquadra em qual dessas orientações? Justifique. 
 
RESPOSTA: 
Sobre a orientação ética da empresa, podemos dizer que ela está entre o princípio 
utilitarista e o relativista, sendo que o primeiro prepondera, já que ela traz o lucro como 
princípio máximo da organização. 
 
2. c) (Valor: 1,5) A orientação da empresa no que diz respeito à responsabilidade 
social é compatível ao estilo gerencial praticado? Justifique sua resposta. 
 
RESPOSTA: 
De certa forma, poderíamos dizer que sim, pois a empresa está entre o princípio 
utilitarista e o relativista e suas ações de responsabilidade social seguem uma lógica 
também utilitarista, ou seja, segue a visão mais divulgada com restrições e uma 
ênfase no marketing social das ações. 
 
 
Questão objetiva: 
 
3. (Valor 1,5) Alternativa correta: 
 
c) o IDH, por ser um indicador composto, é mais sensível para avaliar o 
desenvolvimento social de uma região ou país. 
 
 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
 
 
GABARITO 
Avaliação Presencial – AP2 
Período - 2012/2o 
 
Disciplina: Método, Ideologia e Ética nas Organizações 
Coordenador: Luís Henrique Abegão 
QUESTÕES DISCURSIVAS 
1. (Valor 2,0) 
Com base nas discussões apresentadas nas aulas 1 e 2, explique por quê a idéia de 
“dever moral” torna-se um dilema para os modernos e como Kant procurou resolver este 
impasse? 
A autonomia do indivíduo e a razão como condutora da ação humana são as bases 
do pensamento moderno. Sendo assim, a idéia de um dever moral passa a ser vista 
como cerceadora dessa autonomia do indivíduo. Com o avanço da Modernidade, 
portanto, há uma tendência a um relacionamento cada vez mais individual com a 
esfera ética, o que coloca em questão a perspectiva universal da ética. 
Kant procurou contornar esse impasse entre autonomia do indivíduo e dever moral 
estabelecendo argumentos racionais que se traduzem num conjunto de máximas - 
imperativo categórico -, procurando, dessa forma, estabelecer a noção de um dever 
moral absoluto e autônomo. A tentativa kantiana foi a de estabelecer, por meio do 
universalismo do “imperativo categórico”, uma adequação racional entre meios e 
fins, sem precisar recorrer a um centro ordenador heterônomo, seja este o cosmos, 
a Natureza ou Deus. 
2. (Valor 2,0) 
Na aula 8 discutimos questões éticas ligadas ao consumo e o papel a ser desempenhado 
pelo consumidor. O que define o “consumo responsável” e de que forma ele se articula 
com o conceito de sustentabilidade? 
O consumo responsável implica, primeiramente, numa atitude contrária ao 
consumismo. Trata-se, portanto, de um consumo racional, controlado e 
responsável, que leva em consideração as consequências econômicas, sociais, 
culturais e ambientais do ato de consumir. Representa, na prática, um papel ativo 
desempenhado pelo consumidor, que procura, antes de consumir, conhecer a 
reputação da empresa, a origem do produto, as condições de produção, a atitude 
da empresa para com os consumidores, os colaboradores, o meio ambiente e a 
sociedade, dentre outros fatores. Além disso, esse consumidor responsável 
preocupa-se com o recolhimento de tributos, o respeito as regras, o desperdício de 
insumos, o reaproveitamento de materiais etc. 
O consumo responsável está diretamente relacionado ao conceito de 
sustentabilidade, na medida em que este visa estabelecer condições mais justas e 
autênticas no âmbito das dimensões social, econômica, cultural e ambiental, com 
preocupação de garantir às gerações futuras tais condições. Sendo assim, o 
consumidor responsável, ao assumir sua parcela de responsabilidade para com a 
sociedade e o meio ambiente, contribui para a sustentabilidade. 
3. (Valor 2,0) 
A ética está na base do conceito de responsabilidade social e se expressa por meio dos 
princípios e valores adotados pela organização. Não há responsabilidade social sem ética 
nos negócios. Apresente argumentos que justifiquem essa relação entre ética e 
responsabilidade social. 
Compreendendo que Responsabilidade Social vai além do cumprimento das 
obrigações legais, e que representa, portanto, o desenvolvimento de ações que 
levem em consideração não apenas os interesses privados imediatos, mas sim de 
toda a sociedade, e entendendo que a ética busca estabelecer princípios universais 
capazes de evitar qualquer forma de violência, seja ela a dominação, a exploração, 
o totalitarismo, a manutenção das desigualdades sociais etc., não é possível pensar 
numa empresa socialmente responsável que não oriente sua atuação segundo um 
rol de princípios que extrapole uma visão exclusivamente instrumental. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
4. (Valor; 1,0) 
b) O IDH, por ser um indicador composto, é mais sensível para avaliar as situações de 
desigualdade social, bem como o grau de desenvolvimento social. 
 
5. (Valor; 1,0) 
a) A vertente mais conservadora não propõe limites, mas sugere que temas polêmicos 
sejam discutidos amplamente antes de uma liberação de seu pleno desenvolvimento 
científico-tecnológico. 
 
6. (Valor; 1,0) 
c) Desenvolver uma cultura organizacional na qual a reflexão e a conduta ética passem a 
ser exercidas por todos os colaboradores. 
 
7. (Valor; 1,0) Dentre as situações abaixo enumeradas, qual caracteriza comportamento 
adequado, de acordo com a ética empresarial e profissional? 
d) Os membros da diretoria de uma empresa, em busca de lucro maior, procederam à 
reorganização da empresa com corte de empregos ocupados por empregados que não 
produziam adequadamente. 
 
Ques tõe s d is curs ivas : 
1. (Valo r 2,0) A reportage m afirma que nessa nova regulame nta çã o da CONAR “...não 
se rão considerados pertinentes os apelos que divulguem como benefício 
socioambienta l apenas o cumprimento das dispos içõe s legais pe las empresas”. De 
que forma essa afirmativa e stabe le ce um paralelo com a ide ia de Responsabilidade 
Socia l Empresarial, como discutido na Aula 11? 
ELEMENTOS DA AULA 11 QUE ORIENTAM A RESPOSTA À QUESTÃO: 
A RSC refere -se às açõe s que vão além daquelas obrigaçõe s previstas em le is tanto 
sobre as questões trabalhis tas, como também as ambientais e sociais. 
Para Ashley (2006), ao se pensar o conceito de RSC, a s a titudes e a tividade s de 
uma organização precisam, de sse ponto de vis ta , caracteriza r-se por: 
- preocupação com atitudes éticas e moralmente corretas que afe tam todos os 
públicos/stakeholders envolvidos (entendidos da maneira mais ampla possíve l); 
- promoçã o de valores e comportamentos morais que respe itemos padrões 
unive rsais de dire itos humanos e de cidadania, e participa ção na sociedade; 
- re speito ao meio ambiente e contribuição para sua sustentabilidade em todo o 
mundo; 
- maior envolvimento nas comunidade s em que se insere a organiza ção, contribuindo 
para o desenvolvimento e conômico e humano dos indivíduos ou até atua ndo 
dire tamente na á rea socia l, em pa rceria com governos ou isoladamente. 
Este se ria, então, um refere ncia l para a responsabilidade socia l corpora tiva que 
responderia a um novo e mais abrangente papel das empresas dentro da sociedade .. 
No entanto, segundo o Ins tituto do Observa tório Social (2003), o grande problema 
embutido no discurso da responsabilidade socia l, adotado por diversas empresa s, é 
que muitas vezes ta is prá ticas não são aplicadas de ve rda de , fazem parte apenas 
das es tratégias de marketing da s companhias. Sendo assim, a regulamenta ção da 
CONAR procura evita r essa prática e ao mesmo tempo reforça a ideia de que a RSE 
va i para além do cumprimento do que é exigido por le i. 
 
2. (Valo r 2,0) O texto também diz que a regulamentação da CONAR “...recomenda que 
a menção à sustentabilidade em publicidade obedeça a crité rios de veracidade , 
exatidão, pertinência e relevância”, ou se ja , o que es tá sendo informado deve se r 
passíve l de comprovação, e star re lacionado dire tamente a o produto que es tá sendo 
divulga do e representar um benefício ambiental s ignificativo. De que forma a ética da 
virtude, como discutida na Aula 12, contribui pa ra que essa recomendação seja, de 
fato, observada pela s empre sa s? 
ELEMENTOS DA AULA 12 QUE ORIENTAM A RESPOSTA À QUESTÃO: 
A é tica baseada na virtude va i a lém das regras convenciona is da sociedade . São 
a titudes e comportamentos não apenas em função de uma raciona lidade que 
preceitua aquilo que deve se r feito, mas principalmente a gir de uma forma mais 
autônoma, re conhece ndo no próximo os desejos e direitos semelhantes ao seu; ou 
se ja, o seu bem-es tar, a sua segurança , a sua idoneida de moral, transparência nas 
re la ções comercia is e informações sobre produtos e tc., independentemente de que 
os outros este jam fazendo dife rente , mesmo que isso possa significa r abrir mã o de 
obter certas vantagens comercia is . 
A ética da virtude é uma perspectiva segundo a qual o indivíduo agiria em função dos 
va lore s inseridos na própria sociedade, levando e m considera ção não apenas o 
ape lo materia l, mas uma condição mais jus ta de dis tribuição dos ganhos , sem 
agre ssão ao meio ambiente , e o re speito às pessoas , e ntre outros valores que, 
muita s vezes , no ambie nte profissional e no de mercado sã o deixados de lado em 
favor de um “ambiente competitivo”. 
Nesse sentido, a preocupa ção da CONAR quanto à veracidade , e xatidão, pertinência 
e relevância da menção da sus tenta bilidade na publicidade vai ao encontro daquilo 
que se e spera como atuação das empresas alinhada à ética da virtude. 
 
3. (Valo r 2,0) Segundo Helio Ma tta r, dire tor-presidente do Instituto Aka tu, “a publicidade 
é , e m geral, o principa l meio de informação sobre produtos e serviços de que dispõe 
o consumidor. Na medida e m que adota princípios de exatidão, ve racidade e 
re levância , dá melhor uso a o poder de escolha do consumidor, que por sua vez cuida 
do seu próprio bolso, de sua saúde, de sua qua lidade de vida e do planeta ao 
premiar empresas mais sustentáveis e sinalizar às concorrente s que esse é um 
a tributo cada vez mais importa nte”. Em que sentido essa pre ocupação da CONAR, 
como destacado por Matta r, se a linha às propos içõe s do consumo responsável, 
tratado na Aula 10? 
ELEMENTOS DA AULA 10 QUE ORIENTAM A RESPOSTA À QUESTÃO: 
O Consumo Responsáve l procura discutir o consumo em toda s as suas implica ções , 
já que o a to de consumo não se re stringe à compra do bem ou serviço. Há, nesse 
sentido, uma série de decisõe s a nte riores que, se exercidas de forma responsável, 
podem minimizar efe itos nega tivos associados ao consumo, como, por exemplo, a 
escolha de produtores que respeitam a força de trabalho, se us colaboradores, seus 
concorrente s, o meio a mbiente e seus clientes. Ou seja, consumir implica decidir o 
que consumir, por que consumir, como consumir e de que m consumir. Somente 
depois de refle tir a respe ito desses pontos é que se deveria decidir e realiza r a 
compra. E, mesmo após a compra, as implicaçõe s do uso e do descarte do que foi 
adquirido devem ser considerada s constituintes do ato de consumo. 
Em linhas ge rais, esse exercício de re fle xão a respe ito da s diversas implicações e 
impactos (que podem ser negativos, ma s também positivos), provocados por nossos 
a tos de consumo, é o que procura estimular o movimento do consumo consciente ou 
responsável. Esse movimento te m como preocupa ção funda mental a garantia da 
sustentabilidade da vida humana no planeta, não a penas e m seu aspecto ambiental, 
ma s também econômico e socia l. Nesse se ntido, nossas escolhas como 
consumidores deveriam leva r em consideração não apenas os impactos nega tivos 
ao meio ambiente de correntes dos nossos atos de consumo, se ja no que tange à 
exploração dos recursos na tura is como insumos de produção, quanto à deposição no 
me io ambiente de resíduos derivados da produção e do consumo. 
As consequências econômica s e socia is das nossas escolhas devem ser igualmente 
ponde radas . Mas esses são elementos mais difíceis de serem avaliados pelos 
consumidores, pois as informaçõe s não são tão cla ras e disponíveis quanto é o 
discurso ambiental sobre a importância da economia e pre se rvação dos recursos 
natura is . Nesse sentido, a regulamentação da CONAR procura ga rantir ao 
consumidor que as e mpresas se ja m transparentes na divulgação das informações 
qua nto às suas práticas, bem como sobre seus produtos/se rviços. 
 
Ques tõe s obje tivas : 
4. (Valor 1,0) – D 
5. (Valor 1,0) – B 
6. (Valor 1,0) – B 
7. (Valor 1,0) – D 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Avaliação Presencial – AP2 
Período - 2014/1o 
 
Disciplina: Método, Ideologia e Ética nas Organizações 
Coordenador: Luís Henrique Abegão 
 
GABARITO 
1. De que forma o conceito de sustentabilidade amplia a perspectiva da universalidade, 
intrínseca ao conceito de ética? 
 
R.: A perspectiva aberta pela discussão sobre a sustentabilidade no s leva a incluir em 
nossas considerações éticas as gerações futuras, portanto, a universalidade extrapola a 
comunidade humana atual e passar a incluir os que virão. Desta forma, a prudência passa 
a ser a virtude por excelência, conforme propõe Hans Jonas em sua Ética da 
Responsabilidade. 
 
2. As Aulas 5 e 6 versam sobre ética e justiça social, discutindo questões relacionadas à 
pobreza. Estabeleça um paralelo entre os temas centrais abordados nas Aulas 5 e 6 e a 
dimensão social da sustentabilidade. 
 
R.: Nas aulas 5 e 6 refletimos sobre as questões éticas ligadas às situações de 
vulnerabilidades e desigualdades sociais. Vimos que a pobreza requer uma abordagem 
multidimensional e que sua superação é o caminho para um contexto de maior justiça 
social. Portanto, não é possível falar em sustentabilidade a partir da manutenção de um 
contexto social desigual, ou seja, a sustentabilidade exige a superação das situações de 
pobreza e de desigualdade social, seja internamente aos países ou entre eles. 
Como o pontos destacados pelo próprio Relatório Brundtland, devemos: 
• dar a máxima prioridade às necessidades essenciais dos pobres do mundo; 
• aceitar que, nos países subdesenvolvidos, as necessidades básicas de grande número de 
pessoas não estão sendo atendidas e queestas pessoas aspiram legitimamente a uma 
qualidade de vida melhor. 
3. Trace um paralelo entre a dimensão econômica da sustentabilidade e a discussão sobre 
ética e economia da Aula 7, sobretudo com respeito à perspectiva de Hans Jonas sobre a 
meta-compromisso da economia. 
 
R.: Como dito no texto de referência da prova, o desenvolvimento sustentável deve ser 
visto como um processo que tem na atividade de produção um fator de serviço às 
exterioridades e, portanto, um instrumento, e não um fator autárquico e autoreferido que 
se institui como um fim em si mesmo e faz de seus critérios instrumentais de 
produtividade valores mais altos da síntese social. Ou seja, se a dimensão produtiva da 
economia deve ser vista como um fator de serviço e não apenas como um estímulo ao 
consumo, o que dizer a dimensão financeira da economia, cujo potencial de serviço é 
ainda mais reduzido. Nesse sentido, a dimensão econômica da sustentabilidade deve se 
aproximar da perspectiva da meta-compromisso da economia de Hans Jonas, que diz que 
a função desta é a de garantir condições de vida digna a todos os que dela participam. 
 
4. A dimensão ambiental da sustentabilidade apresenta conexões com questões abordadas 
nas Aulas 3 e 4 sobre ética e ciência, na Aula 8 sobre o papel dos consumidores e nas 
Aulas 11 e 12 sobre ética e responsabilidade social empresarial. De forma objetiva, 
aponte pelo menos um aspecto da dimensão ambiental envolvendo: 
 i) ciência ou tecnociência; 
 ii) consumidores; e 
 iii) empresas. 
 
R.: Com respeito à ciência e à tecnologia, a sustentabilidade impõe o princípio da 
prudência, ou seja, deve-se evitar a crença cega nas possibilidades da tecnociência, 
inclusive na crença de que ela é capaz de resolver os impasses criados por ela própria. 
Quanto aos consumidores, cabe assumirem um papel mais ativo e responsável nos atos de 
consumo, buscando minimizar os impactos ambientais das suas escolhas e atitudes. 
Já as empresas precisam investir em processos produtivos mais eficazes e eficientes, 
capazes de minimizar os impactos ambientais da atividade produtiva, exetendo esse 
conceito aos momentos de uso e de descarte dos produtos. 
 
5. As normas ISO 26000 e ABNT NBR 16001, que tratam da Responsabilidade Social 
Empresarial (RSE), já incluem nos aspectos por elas avaliados critérios relacionados à 
contribuição da empresa para a sustentabilidade. Como essa incorporação da 
sustentabilidade à RSE amplia a visão normalmente divulgada sobre a mesma. 
 
R.: Na visão normalmente divulgada da RSE esta se dá, sobretudo, por meio de ações 
direcionadas aos seus colaboradores, bem como por meio de projetos direcionados à 
comunidade. A incorporação da dimensão da sustentabilidade à RSE passa a exigir da 
empresa uma percepção de seu papel como colaboradora de um desenvolvimento 
sustentável e de que a continuidade de seus negócios depende da sua contribuição efetiva 
na consolidação, juntamente com o Estado e a sociedade, de um contexto social 
sustentável. 
 
Método, Ideologia e Ética nas Organizações 
Avaliação Presencial – AP2 
Junho de 2015 
GABARITO 
Coordenador da disciplina: Luís Henrique Abegão 
O resultado geral da AP2 de MIEO foi pouco satisfatório, com notas muito baixas. 
Considero que o principal motivo que levou a isso foi a falta de cuidado em interpretar 
e compreender o que estava sendo solicitado em cada questão, associado ao fato de 
que muitos respondem utilizando apenas o senso comum, sem levar em consideração 
os conceitos e argumentos trabalhados ao longo da disciplina. 
Ética não é uma questão, apenas, de manifestação da opinião pessoal sobre um dado 
assunto. Na verdade esse é um grande problema da ética hoje em dia: a nossa 
relação individualizada com a esfera ética, como se fossemos capazes de determinar 
de forma autônoma aquilo que é certo ou errado. 
Para mostrar que, para aqueles que leram o material com dedicação e tomaram o 
cuidado de compreender o que estava sendo solicitado em cada questão, era 
perfeitamente possível responder bem as questões a partir dos elementos 
apresentados no conteúdo programático e na prova, decidi colocar como “gabarito” as 
respostas das questões discursivas de uma aluna do polo de Piraí. 
1 a) (Valor 1,0) Tendo como referência as discussões da Aula 10, o que representa essa 
transição para além do consumismo? 
A palavra chave aqui é o consumo consciente, um conceito cada vez mais difundido no Brasil e 
no mundo . Trata-se de uma linha de pensamento que vai contra o consumismo, e incentiva o 
consumidor a refletir sobre as suas necessidades de consumo e o impacto que podem gerar na 
sociedade e no meio ambiente. Antes da compra o indivíduo deve pensar o que está 
consumindo, por que consumir determinado produto, quando consumi-lo, como e, ainda, de 
quem está consumindo. E, além de saber a origem dos produtos, é importante também 
conhecer o impacto que o descarte pode gerar no meio ambiente. 
1 b) (Valor 1,5) Considerando o conceito da meta-compromisso da economia de Jonas, 
apresentado na Aula 7, comente o trecho da citação acima, que diz “...a humanidade pode 
manter uma qualidade decente de vida para todos (e não apenas para os atuais 
consumidores)...”. 
O conceito da meta-compromisso da economia, elaborado por Jonas, diz que a função da 
economia é oferecer condições de vida digna a todos que dela fazem parte ou participam. 
Lendo assim, logo me vem à memória a perspectiva de Sen sobre a pobreza, que revela que 
esta precisa ser tratada segundo uma abordagem multidimensional. A pobreza vai além das 
privações geradas pela falta de liberdade econômica, atingindo também a liberdade social de 
participação política e exercício da cidadania. Ética passa por justiça social, ou seja, pela 
construção de elementos que favoreçam a redução das desigualdades sociais, em prol de um 
desenvolvimento realmente sustentável. Especialmente nos países subdesenvolvidos, como é 
o caso do Brasil, uma grande parcela da população vive na pobreza ou extrema miséria, sem 
condições de ter acesso às necessidades básicas e sem uma qualidade de vida decente. 
2 a) (Valor 1,5) Descreva os dois traços culturais da realidade organizacional dominante, 
apresentados na Aula 12, que exigem substancial revisão para que a ética empresarial possa ser 
posta em prática. 
Há três abordagens ou visões da ética nas organizações, sendo mais comuns o princípio 
utilitarista, que visa apenas maximizar o lucro da empresa com a construção de uma 
“imagem” de empresa ética, e o princípio relativista, que até consegue incorporar certos 
valores exigidos ou valorizados pela sociedade. Ambos são insuficientes para lidar com a 
realidade atual, cada vez mais pautada no consumo consciente e no desenvolvimento 
sustentável. É preciso ir além, construindo uma ética da virtude, com base em valores 
humanos já bem conhecidos pela sociedade: respeito à s pessoas e ao meio ambiente, 
transparência nos negócios, tratar o outro da mesma forma que gostaria de ser tratado, entre 
outras coisas que muitas vezes são deixadas de lado por causa do “mercado competitivo”, mas 
que são cada vez mais valorizados pelos consumidores. 
2 b) (Valor 1,0) A ética está na base do conceito de responsabilidade social e se expressa por 
meio dos princípios e valores adotados pela organização. Não há responsabilidade social sem 
ética nos negócios. Apresente argumentos que justifiquem essa relação entre ética e 
responsabilidade social. 
A Responsabilidade Social Corporativa é um conjunto de ações que vai além das obrigações 
impostas pelas leis. Essas ações são colocadas em prática por empresas que prezam a ética nos 
negócios, e podem ser traduzidas por: preocupação com as atitudes éticas que afetam todos 
os stakeholders, promoção de valores e comportamentos morais praticados pela sociedade, 
respeito ao meio ambiente e contribuição efetiva para a sustentabilidade e o envolvimento 
comas comunidades em que está inserida, com o objetivo de promover o desenvolvimento 
econômico e humano dos indivíduos. 
2 c) (Valor 1,0) O Código Moral expressa as diretrizes éticas de uma organização. Indique pelo 
menos dois benefícios do código moral para a prática da ética nas organizações. 
Com o Código Moral, a organização terá uma visão clara e transparente das regras de conduta 
que devem guiar suas ações junto a todos os stakeholders com quem ela se relaciona. Além 
disso, o Código Moral possibilita que haja um alinhamento na tomada de decisões no âmbito 
organizacional, evitando discrepâncias, injustiças, inconsistências e até desvios éticos. 
Questões Objetivas (Valor 1,0): 
3 A 
4 B 
5 B 
6 D 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
GABARITO 
 
 
Avaliação Presencial – AP2 
Período - 2015/2
o 
 
 
 
Disciplina: Método, Ideologia e Ética nas Organizações 
Coordenador: Luís Henrique Abegão 
QUESTÕES DISCURSIVAS: 
1. (Valor 1,5) Dowbor diz que o Artigo do ETH “...ajuda imensamente na luta por uma economia que 
funcione “. Qual a relação entre essa preocupação de Dowbor e a perspectiva de Hans Jonas sobre a meta 
compromisso da economia, como discutido na aula sobre Ética e Economia? 
RESPOSTA 
Segundo Jonas, a meta-compromisso constitutiva da economia é a de prover aos seus membros 
os benefícios físicos necessários para sustentar as suas vidas ou, no mínimo, sustentar a vida 
coletiva que compõe a própria esfera econômica. Essa consideração de Jonas coloca em questão 
a concentração de poder econômico - assim como o reverso dessa moeda, a desigualdade social - 
como decifrado pelo ETH. A consideração de Dowbor quanto à contribuição do estudo do ETH na 
luta por uma economia que funcione está relacionada à importância que essa revelação da 
concentração do poder econômico tem para uma reflexão sobre a impossibilidade da economia 
capitalista atual de promover maior equidade social. 
2A) (Valor 1,5) Descreva os dois traços culturais da realidade organizacional dominante, apresentados na 
Aula 12, que exigem substancial revisão para que a ética empresarial possa ser posta em prática. 
RESPOSTA 
Há três abordagens ou visões da ética nas organizações, sendo mais comuns o princípio 
utilitarista, que visa apenas maximizar o lucro da empresa com a construção de uma “imagem” 
de empresa ética, e o princípio relativista, que até consegue incorporar certos valores exigidos ou 
valorizados pela sociedade. Ambos são insuficientes para lidar com a realidade atual, cada vez 
mais pautada no consumo consciente e no desenvolvimento sustentável. É preciso ir além, 
construindo uma ética da virtude, com base em valores humanos já bem conhecidos pela 
sociedade: respeito às pessoas e ao meio ambiente, transparência nos negócios, tratar o outro da 
mesma forma que gostaria de ser tratado, entre outras coisas que muitas vezes são deixadas de 
lado por causa do “mercado competitivo”, mas que são cada vez mais valorizados pelos 
consumidores. 
2B) (Valor 1,5) A ética está na base do conceito de responsabilidade social e se expressa por meio dos 
princípios e valores adotados pela organização. Não há responsabilidade social sem ética nos negócios. 
Apresente argumentos que justifiquem essa relação entre ética e responsabilidade social. 
RESPOSTA 
A Responsabilidade Social Corporativa é um conjunto de ações que vai além das obrigações 
impostas pelas leis. Essas ações são colocadas em prática por empresas que prezam a ética nos 
negócios, e podem ser traduzidas por: preocupação com as atitudes éticas que afetam todos os 
stakeholders, promoção de valores e comportamentos morais praticados pela sociedade, respeito 
ao meio ambiente e contribuição efetiva para a sustentabilidade e o envolvimento com as 
comunidades em que está inserida, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e 
humano dos indivíduos. 
2C) (Valor 1,5) O Código Moral expressa as diretrizes éticas de uma organização. Indique pelo menos dois 
benefícios do código moral para a prática da ética nas organizações. 
RESPOSTA 
Com o Código Moral, a organização terá uma visão clara e transparente das regras de conduta 
que devem guiar suas ações junto a todos os stakeholders com quem ela se relaciona. Além 
disso, o Código Moral possibilita que haja um alinhamento na tomada de decisões no âmbito 
organizacional, evitando discrepâncias, injustiças, inconsistências e até desvios éticos. 
QUESTÕES OBJETIVAS: 
3. (Valor 1,0) – D 
 
4. (Valor 1,0) – B 
 
5. (Valor 1,0) – A 
 
6. (Valor 1,0) – C 
 
Método, Ideologia e Ética nas Organizações 
Gabarito da Avaliação Presencial – AP2 
1o SEMESTRE 2016 
Coordenador da disciplina: Luís Henrique Abegão 
 
Questões discursivas: 
1a. Por que o conceito de tecnociência coloca em questão a ideia da neutralidade ética da 
ciência? Remetendo a questão à discussão das aulas 3 e 4, podemos dizer que apesar de 
muitas vezes a ciência reivindicar um tipo de neutralidade quanto à sua susceptibilidade a 
influências externas nas pesquisas, ela é construída socialmente e está sujeita aos valores 
pessoais dos pesquisadores, influências políticas, interesses financeiros e comerciais, entre 
outros. Portanto, é muito difícil defender, de modo incondicional, a neutralidade da ciência ou 
pretender que se conquiste essa condição. Mesmo porque, sempre haverá a influência das 
convicções pessoais do cientista na avaliação de ações alternativas na condução de suas 
pesquisas. Especificamente quando tratamos do conceito de tecnociência, a influência dos 
interesses na condução da ciência é manifesta, já que tal perspectiva científica consiste 
exatamente na busca pela conversão dos conhecimentos científicos em aparatos tecnológicos 
segundo interesses que podem ser comerciais, políticos ou institucionais. 
1b. Cite dois dilemas éticos relacionados ao desenvolvimento e produção de transgênicos. Os 
Organismos Geneticamente Modificados (OGM) apresentam várias implicações éticas, sejam 
relacionadas ao cultivo ou consumo, sendo que neste último aspecto o grau de incerteza ainda 
é grande. Vamos relacionar algumas implicações: 
i. Apesar das empresas que desenvolvem os OGM afirmarem que há mecanismos seguros 
que impedem a dispersão do material genético modificado na natureza, constata-se que há 
uma poluição gênica. E pelo fato de serem os OGM mais resistentes, essa contaminação 
acarreta, no longo prazo, diminuição da biodiversidade; 
ii. No caso das sementes transgênicas, o dispositivo do gene terminator, que não permite a 
geração de sementes férteis para o plantio de novas safras, faz com que os agricultores 
tornem-se reféns dos fornecedores de sementes transgênicas, e não só das sementes mas 
também dos defensivos agrícolas, que são específicos para os OGM; 
iii. Por tratar-se de uma patente, no caso de uma contaminação espontânea, o agricultor que 
teve seu cultivo contaminado poderá ser obrigado a pagar royalties à empresa detentora da 
patente; 
iv. No caso dos impactos aos organismos das pessoas e animais que consomem alimentos 
transgênicos, por não haver incentivos, as pesquisas nesse campo são ainda incipientes, mas já 
há indícios, a partir de pesquisas com ratos, de que pode ocorrer uma incidência maior de 
tumores em razão do consumo de transgênicos, dentre outras complicações. 
2. Considerando que o conceito de sustentabilidade passou a ser incorporado pela 
responsabilidade social, qual a sua contribuição para a mudança da visão mais divulgada da 
responsabilidade social corporativa para a mais recente? A perspectiva mais ampla e mais 
recente da RSC incorpora a preocupação coma a sustentabilidade e considera que o capital 
também deve assumir a responsabilidade por garantir as condições para que as gerações 
futuras possam satisfazer suas necessidadescomo nós hoje o fazemos. Nesse sentido, o capital 
deve incorporar a perspectiva da ética nos negócios e considerar a sua contribuição para a 
manutenção ou melhoria das condições ambientais, sociais, político-institucionais e 
econômicas. Isso difere da visão mais divulgada sobe responsabilidade social, ainda limitada à 
uma preocupação quanto às relações éticas com todos os stakeholders da organização e uma 
contribuição social da empresa manifestada na forma de apoio a projetos sociais, conduzidos 
pela própria empresa ou por terceiros por ela patrocinados. 
Questões objetivas: 
3. Com respeito aos conceitos de ética e moral, assinale a opção correta. 
A) Para Kant, a noção de dever moral não fere a autonomia do sujeito, na medida em que o dever 
moral representa a submissão da vontade à razão, que se orienta pelo imperativo categórico. 
B) A ética na Idade Média prezava pela garantia da autonomia do agente moral, que deveria ser 
responsável, assumindo as consequências por seus atos a partir de uma avaliação racional das 
alternativas de ação. 
Errada: A ética na Idade Média consistia em observar a vontade de Deus. 
C) A existência da moral indica necessariamente a presença explícita de uma ética, entendida como 
filosofia moral, isto é, uma reflexão que discute, problematiza e interpreta o significado dos valores 
morais. 
Errada: A existência da moral não implica na existência de uma ética questionadora da moral, de caráter 
universal. 
D) Com exceção do que ocorreu na Antiguidade, a ética não tem por objetivo procurar o fundamento 
dos valores que norteiam o comportamento, tendo em vista a historicidade presente nos valores. 
Errada: A ética, como filosofia moral, questiona os valores morais com o propósito de estabelecer uma 
regra universal. 
 
4. É correto afirmar que a relação da charge com o que se discutiu sobre a ética na contemporaneidade 
na Aula 2 está no fato de que: 
A) Só o exercício do poder pode estabelecer um referencial ético válido. 
Errada: O desafio da ética na Modernidade é o de não colocar em cheque a autonomia do indivíduo, 
sendo assim não pode ser impositiva. 
B) Há várias morais e nenhuma possibilidade de uma ética universal. 
Errada: Apesar de tratar-se de um desafio ainda não resolvido por completo, autores como Kant, 
Habermas e Jonas, apresentados na aula 2, buscaram os fundamentos para uma ética de caráter 
universal. 
C) Há um processo de individualização da relação com a esfera ética. 
D) Os valores morais tradicionais não devem ser questionados pela ética. 
Errada: A ética, como filosofia moral, pode vir a questionar até mesmo os valores considerados 
tradicionais. 
 
5. Como vimos na Aula 5, Amartya Sen 
compreende o desenvolvimento como liberdade, 
ou seja, à medida que as pessoas adquirem mais 
liberdade e opções de escolhas podem alcançar 
um melhor nível de desenvolvimento econômico 
e social. Na charge acima, podemos dizer que há 
uma situação de maior liberdade e outra com 
privações de liberdade, dada por diversos 
obstáculos. Estabelecendo essa associação entre a 
charge e o pensamento de Amartya Sen sobre a 
pobreza é correto afirmar: 
A) O caminho sem ratoeiras indica que a superação da pobreza depende exclusivamente da conquista 
da liberdade econômica. 
Errada: Segundo Sen, a pobreza é multidimensional e não depende apenas do acesso a renda para ser 
superada. 
B) As ratoeiras são contingências que, nas situações de pobreza, tornam-se obstáculos à conversão 
da renda em liberdade econômica. 
C) As ratoeiras podem ser contingências à liberdade econômica, mas esta não interfere na conquista 
de liberdade social. 
Errada: Para Sen, a liberdade econômica contribui para a conquista de liberdade social e vice versa. 
D) A eliminação das ratoeiras depende do esforço de cada um, que, por mérito, conquistará liberdade 
econômica e social. 
Errada: As situações de vulnerabilidade social dificilmente serão superadas apenas por esforço 
individual, pois para Sen a superação da pobreza depende de capacidades e oportunidades. 
 
6. No contexto da globalização, torna-se cada vez mais importante fomentar e desenvolver relações 
éticas entre parceiros de negócios, empresas e clientes. Os códigos morais das organizações são 
mecanismos utilizados nesse desenvolvimento. A respeito da ética empresarial e da gestão ética nas 
empresas, assinale a opção correta. 
A) O fato de uma empresa conseguir atender plenamente uma norma internacional garante, por si só, 
uma postura ética abrangente em sua relação com os stakeholders. 
Errada: Há normas que oferecem uma boa orientação sobre a relação da organização com os 
stakeholders, mas não substituem esforço pela construção de um código moral próprio da organização. 
B) O código moral de uma organização financeira contém, fundamentalmente, regulamentação ética 
sobre questões relativas a transações financeiras. 
Errada: Um código moral deve tratar de todos os aspectos relativos aos relacionamentos entre empresa 
e stakeholders. 
C) O fato dos líderes entenderem e seguirem os valores éticos adotados pela organização contribui 
para a observância da ética empresarial pelos colaboradores. 
D) Em situações que possam afetar a imagem da empresa, não é antiético omitir dos stakeholders 
informações da empresa, para se evitar compreensões equivocadas. 
Errada: A transparência nas relações é um fundamento da ética empresarial, por tanto as omissões 
contraiam este princípio. 
 
7. A ideia de desenvolvimento sustentável tem sido cada vez mais discutida junto às questões que se 
referem ao crescimento econômico. De acordo com tal conceito considera-se que: 
A) os países subdesenvolvidos praticam um desenvolvimento sustentável pelo fato de sua baixa 
industrialização acabar preservando melhor o meio ambiente do que os países ricos. 
Errada: A degradação do meio ambiente não é exclusividade da atividade industrial. 
B) ocorre uma oposição entre crescimento econômico e proteção ao meio ambiente e, portanto, é 
inevitável os riscos ambientais associados ao desenvolvimento. 
Errada: A discussão da sustentabilidade consiste exatamente em equacionar um modo de produção e 
de consumo de menor impacto ambiental. 
C) deve-se buscar uma forma de progresso socioeconômico que não comprometa o meio ambiente 
sem que, com isso, deixemos de utilizar os recursos nele disponíveis. 
D) são as riquezas acumuladas nos países ricos, em prejuízo das antigas colônias durante a expansão 
colonial, que devem, hoje, sustentar o crescimento econômico dos povos. 
Errada: A sustentabilidade implica também numa melhor distribuição de riqueza entre os países 
desenvolvidos e em desenvolvimento, mas as bases para um crescimento econômico sustentável devem 
ser construídas endogenamente em cada país. 
 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
Avaliação Presencial – AP2 
Período - 2016/2
o 
 
Disciplina: Método, Ideologia e Ética nas Organizações 
Coordenador: Luís Henrique Abegão 
 
 
GABARITO 
 
QUESTÕES DISCURSIVAS: 
1. La Taille, autor de Formação Ética: do Tédio ao Respeito de Si (Artmed, 2009), argumenta: “Se formos 
pensar no que é certo ou errado há muita semelhança em 50 anos. Todo mundo diz „o certo seria, porém...‟. 
Não é o problema de ausência ou presença de valores, é uma questão de força, de enfraquecimento do senso 
moral. Nesse tempo em que tudo é fragmentado, a moral se torna quase um luxo, porque pressupõe 
conservação e nesse mundo nada se conserva. O valor tem que ser introjetado, senão se torna fraco, e a 
possibilidade de transgressão aumenta”. 
Reflita sobre a colocação de La Taille e responda: 
a) (Valor 1,0) Com base nas discussões sobre ética ao longo da disciplina, comente a afirmativa do autor: “O 
valor tem que ser introjetado, senão se torna fraco, e a possibilidade de transgressão aumenta”. 
Entende-se por moralo conjunto de valores, normas de conduta, convenções sociais assumidos culturalmente 
por um dado grupo social. No entanto, cada indivíduo, como agente moral, tem a liberdade de assumir ou não 
como parâmetro para as suas ações os valores da sociedade da qual faz parte. O autor, ao dizer que “o valor 
tem que ser introjetado, senão se torna fraco, e a possibilidade de transgressão aumenta”, portanto, o reforço 
dos valores morais depende do comportamento de cada agente moral em particular. E só é possível a 
construção de uma perspectiva ética a partir da assunção de valores compartilhados e do exercício da virtude. 
b) (Valor 1,5) Quando o autor afirma: “Não é o problema de ausência ou presença de valores, é uma questão 
de força, de enfraquecimento do senso moral. Nesse tempo em que tudo é fragmentado, a moral se torna 
quase um luxo, porque pressupõe conservação e nesse mundo nada se conserva”. Considerando o que foi 
discutido sobre a ética na Modernidade, quais são as pressões que enfraquecem o senso moral e de que forma 
elas comprometem a nossa relação com a esfera ética? 
A Modernidade manifesta-se num movimento de valorização da razão e da autonomia do indivíduo, como 
condições necessárias à ação. A construção de uma ética baseada em argumentos estritamente racionais que 
não coloque em questão a autonomia do indivíduo passa a ser um desafio para os modernos, na medida em 
que a ética implica necessariamente em imposição de limites à ação. Essa dificuldade, associada à 
exacerbação do individualismo, que induz os comportamentos egoístas, a maximização do autointeresse, 
acaba favorecendo uma relação individual com a esfera ética, que afeta diretamente a perspectiva universal 
da ética. 
c) (Valor 1,5) Com referência ao mundo empresarial, de que forma são constituídos os fundamentos de 
caráter moral no âmbito de uma organização e de que forma as questões apontadas pelo autor interferem 
nisto? 
Os fundamentos de caráter moral de uma organização nascem dos valores morais compartilhados por seus 
sócios, dirigentes e funcionários e são constitutivos da cultura organizacional. No entanto, a organização está 
inserida num contexto social e compartilha com este os valores morais, ou seja, a organização, para que seja 
reconhecida e aceita pela sociedade, não pode desconsiderar os valores morais dos contextos com os quais 
ela interage. Vale dizer, ainda, que o código moral é apenas uma expressão formal do exercício dos valores 
morais no âmbito da organização e na relação com os stakeholders. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS: 
2. (Valor 1,0) 
 
A questão apresentada por Calvin, na tirinha do Bill Watterson, tem uma relação com a ética, no seguinte 
contexto: 
a) apenas na Antiguidade, onde a reflexão sobre a finalidade das coisas se fazia presente, como no 
pensamento de Aristóteles, e, portanto, a ética era responsável por conduzir uma reflexão sobre o sentido da 
existência humana. 
b) na Modernidade, quando o domínio do homem sobre a natureza passa a responder parcialmente à pergunta 
sobre o sentido da existência humana, reservando à ética as questões relacionadas à convivência entre os 
homens. 
c) nos dias de hoje, onde há uma tendência a uma individualização da relação com a esfera ética, e essa 
questão quanto à razão da existência humana garante um sentido universal à ética, alinhando-a à reflexão 
sobre a sustentabilidade. 
d) na Idade Média, quando a ética cristã estabelecia como sendo o sentido da vida humana, segundo a virtude 
da esperança, o esforço pessoal por trilhar o caminho da santidade com o objetivo de desfrutar da vida eterna 
no paraíso. 
3. (Valor 1,0) A cidadania pode ser dividida em duas categorias: cidadania formal e substantiva. A cidadania 
formal é referente à nacionalidade de um indivíduo e ao fato de pertencer a uma determinada nação. A 
cidadania substantiva é de um caráter mais amplo, estando relacionada com direitos sociais, políticos e civis. 
O sociólogo britânico T.H. Marshall afirmou que a cidadania só é plena se for dotada de direito civil, político 
e social. 
Com o passar dos anos, a cidadania no Brasil sofreu uma evolução no sentido da conquista dos direitos 
políticos, sociais e civis. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer, tendo em conta os milhões que 
vivem em situação de pobreza extrema, a taxa de desemprego, um baixo nível de alfabetização e a violência 
vivida na sociedade. 
Com base nas discussões das Aulas 5 e 6 sobre ética e desenvolvimento é correto afirmar, sobre o texto 
acima, que: 
a) o conceito de cidadania substantiva, como abordado no texto, estabelece um paralelo com o conceito de 
liberdade substantiva de Amartya Sen, uma das dimensões garantidoras da superação da pobreza. 
b) o desenvolvimento social depende principalmente do acesso da população a uma renda digna, sobretudo 
por meio do trabalho, sendo que a conquista da cidadania substantiva não contribui para isso. 
c) para Amartya Sen liberdade econômica e liberdade substantiva devem caminhar juntas para que haja 
superação da pobreza, e juntas elas representam a cidadania substantiva conforme abordado pelo texto. 
d) a preocupação com o desenvolvimento econômico precede a preocupação com o desenvolvimento social, 
pois se não houver riqueza que possa ser distribuída não faz sentido falar em cidadania substantiva. 
 
 
 
 
4. (Valor 1,0) 
 
Nas Aulas 3 e 4 tratamos de dilemas éticos da ciência e, em especial, das questões suscitadas pela 
tecnociência, quando abordamos, por exemplo, os problemas relacionados aos organismos geneticamente 
modificados ou transgênicos. Nas Aulas 5 e 6 fizemos uma reflexão sobre desenvolvimento e justiça social 
ao abordar questões como desigualdade social e pobreza. 
Considerando as questões abordadas nas Aulas 3, 4, 5 e 6 e observando a charge acima, é correto afirmar 
que: 
a) o objetivo precípuo da produção de transgênicos é a possibilidade concreta de resolver a questão da fome 
no mundo, o que depende, ainda, de um sistema logístico capaz de garantir a distribuição de alimentos em 
nível mundial. 
b) a segurança alimentar das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza está comprometida em razão do 
acesso precário ao alimento; portanto, a segurança alimentar do consumo de transgênicos não pode ser 
questionada. 
c) se a produção de transgênicos possibilitasse a distribuição de alimentos aos pobres, a questão da pobreza 
estaria em grande parte equacionada, já que a pobreza consiste em acesso precário à renda, que se destina em 
boa parte à alimentação. 
d) o controle sobre as sementes transgênicas pelas empresas garante a elas um poder sobre uma dimensão da 
vida humana – a alimentação – que, independente de seu potencial de eliminação da fome, deve passar por 
um crivo ético. 
 
5. (Valor 1,0) Atualmente, a responsabilidade social corporativa tem ocupado a agenda das organizações, 
não só brasileiras como mundiais. A perspectiva contemporânea da responsabilidade social, materializada em 
certificações como a ISO 16001 e a ABNT NBR 26000, pode ser entendida como: 
a) um compromisso ético da empresa para com os diversos agentes sociais com os quais ela se relaciona, 
orientado não apenas por objetivos econômicos, mas também sociais e ambientais. 
b) um compromisso da empresa para com seus proprietários e acionistas, visando à melhoria dos resultados 
financeiros e à maximização dos lucros, conforme a visão de Milton Friedman. 
c) uma prática social corporativa provocada pelo aumento de pressões decorrentes da globalização como: 
competitividade, necessidade de inovação e valorização das marcas. 
d) um balanço social decorrente da crescente demanda dos investidores por informações a respeito das 
atividades empresariais não restritas aos resultados de caráter financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
6. (Valor 1,0) A ética das organizações é considerada um fator importantíssimo para a sobrevivência tanto 
das pequenas quantodas grandes empresas. As organizações estão percebendo a importância da ética como 
instrumento para melhorar sua imagem, o que permitirá o aperfeiçoamento da relação com os empregados, 
clientes e demais stakeholders. A respeito da ética empresarial, assinale a opção correta. 
a) Apesar de desvinculada da visão e da missão da empresa, por tratar dos valores compartilhados e não dos 
interesses e metas da organização, a ética empresarial depende da manutenção de um código moral 
empresarial atualizado e da formação contínua de todos os empregados nesse campo específico. 
b) O código moral empresarial é um instrumento criado para coibir o desempenho inadequado dos 
colaboradores em suas interações com públicos diversos. Para isso é necessário que a empresa desenvolva o 
conteúdo do código com clareza e objetividade, facilitando a compreensão dos seus empregados. 
c) Os códigos morais empresariais tratam estritamente do relacionamento entre chefia e empregado, porque 
essa díade é a responsável pelos maiores conflitos nas organizações. Além do mais, a cultura organizacional 
traduzida pelo código moral se configura a partir desse relacionamento hierárquico. 
d) A atualidade exige uma atuação consciente das organizações em relação aos contextos econômico, social e 
ambiental, o que fundamenta a ética empresarial. Sendo assim, a ética empresarial extrapola as relações 
internas à organização, voltando-se para todos os aspectos e atores sociais com os quais se relaciona. 
 
7. (Valor 1,0) O desenvolvimento sustentável implica num equilíbrio entre as dimensões ambiental, social e 
econômica e a responsabilidade social empresarial deve contribuir para este equilíbrio. Nesse sentido, é 
correto afirmar que na atuação da empresa: 
I. a responsabilidade ambiental reflete a consciência de que a empresa é parte de um ecossistema, sendo 
fundamental o compromisso com a minimização dos impactos ambientais e a preservação do meio ambiente. 
II. a responsabilidade social reconhece a inserção da empresa no contexto da comunidade e da sociedade 
como um todo, e que seu sucesso no longo prazo depende de um ambiente socialmente equilibrado e estável. 
III. o desempenho econômico da empresa incorpora os compromissos e práticas voltadas à remuneração justa 
dos colaboradores e atendimento de forma equilibrada às necessidades de todas as partes interessadas. 
IV. o aperfeiçoamento contínuo dos processos, produtos e serviços, procurando atender às expectativas de 
clientes, colaboradores, fornecedores e acionistas, garante necessariamente um desenvolvimento sustentável. 
Está correto o que consta em: 
a) I, II, III e IV. 
b) I, II e III apenas. 
c) I, II e IV apenas. 
d) II, III e IV apenas. 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Avaliação Presencial – AP2 
Período - 2017/1º 
Disciplina: Método, Ideologia e Ética nas Organizações 
Coordenador: Edson Peixoto de Resende Filho 
 
ALUNO: MATR: 
 
Questões: 
 
1- Toda filosofia moral tem um princípio moral de base, a saber, uma justificação 
necessária para qualificar uma ação como sendo moral ou certa. De modo que toda 
ação que não realize o princípio moral enunciado carece de justificação. 
 
Escolha a opção incorreta: 
A- Mandamento divino, Vontade de Deus, submeter-se aos desígnios Divinos, moral 
cristã. 
B- Ética das virtudes, Ação virtuosa, adotar o meio-termo ou a justa medida, 
Aristóteles. 
C- Ética do dever, Imperativo categórico, cumprir incondicionalmente deveres 
Universais, Immanuel Kant. 
D- Utilitarismo, Consequências presumidas são boas, Maximizar o bem para maior 
número, John Stuart Mill. 
E- Ideologia, Ideais de perfeição moral, promover o bem estar social, Karl Marx. (X) 
 
1- A Ética, como Filosofia moral, ou seja, um corpo de conhecimentos que investiga o 
sentido dos valores morais; tem como tarefa colocar em questão os valores morais 
que a sociedade contemporânea (classe dominante) elege e enaltece em detrimento 
de outros valores morais representativos de outros grupos sociais (minorias). 
Escolha a opção correta: 
A- A Ética deve controlar o poder político corrupto. 
B- A Ética promove o bem estar social quando intervém de forma equilibrada no 
mercado. 
C- Cabe à Ética, como reflexão crítica dos valores morais, reforçar esta dominação 
imposta pela ideologia dominante. 
D- Para o filósofo Habermas a “ética do discurso” deve levar em conta a posição de 
todos os envolvidos no ato de se estabelecer o sentido do valor moral. (X) 
E- A Ética é uma reflexão que visa harmonizar as religiões, permitido que todos 
possam adotar seus credos sem serem importunados. 
 
2- A economia moderna capitalista promoveu uma ruptura com a ética e seu objetivo 
essencial de indagar sobre o sentido da existência, ou seja, um compromisso 
permanente de investigação que não se limita apenas ao nosso presente, mas se 
dirige também às gerações futuras. Este questionamento do sentido da vida busca 
um bem que seja geral e no qual a ideia de justiça possa ser estendida a todos os 
grupos sociais. 
Escolha a opção incorreta: 
A- O comportamento econômico racional como maximização do auto-interesse 
invalida o intuito ético de buscar o sentido da realização social como bem geral 
para todos. 
B- Ao negar que as pessoas atuem sempre de forma auto-interessada, estou 
afirmando então que elas agem sempre de forma altruística. (X) 
C- Podemos criticar a visão utilitarista afirmando que ao associar bem estar à 
felicidade ou à satisfação de desejos, acarreta a impossibilidade de comparação 
interpessoal, bem como equívocos quanto às condições efetivas de bem-estar 
social. 
D- A “ética da responsabilidade” defende como tarefa da filosofia moral a 
regulação do agir humano enquanto potencial para colocar em risco a auto-
afirmação do ser que se expressa na perenização da vida. 
E- O princípio da responsabilidade elege como foco central, o “outro”, sobretudo, 
os mais vulneráveis, aqueles desprovidos de representação social. 
 
3- A responsabilidade social das empresas vem adquirindo atualmente novos 
contornos. Como podemos caracterizar esta expansão das tarefas das empresas no 
âmbito da responsabilidade social? (a resposta deverá ter no máximo dez linhas) 
 
4- No século XX, as descobertas científicas passaram a ter ampla aplicabilidade prática 
nas indústrias e empresas, essa aliança viabilizou a instrumentalização da ciência 
visando à criação e o aprimorando de produtos que melhoram a vida das pessoas. 
Essa nova etapa no desenvolvimento da ciência a caracteriza como? 
Escolha a opção correta: 
A- Método científico 
B- Tecnociência (X) 
C- Cientificismo 
D- Ideologia 
F- Inovação 
 
5- O ambiente ético é muito importante para as organizações, visto que institui 
algumas regras compartilhadas pelos agentes, funcionários e colaboradores. Assim é 
correto afirmarmos que: 
Escolha a opção correta: 
A- Caberá à sociedade instituir regras morais para as organizações. 
B- As regras morais compartilhadas geram exclusivamente restrições e inibições de 
criatividade. 
C- No mundo atual, as organizações precisam se preocupar exclusivamente com 
sua imagem e não criar regras de conduta para seus agentes. 
D- O ambiente ético nas organizações pode contribuir para inovações e para 
vantagens competitivas. (X) 
E- O comportamento moral dos gestores das organizações é assunto de fórum 
íntimo. 
 
6- Alguns teóricos, como Bateman e Snell (2006), identificaram três tipos de condutas 
éticas que podem orientar administradores e empresas, são eles: 
Escolha a opção correta: 
A- Cristã, a baseada na virtude e ideológica. 
B- Ideológica, utilitarista e baseada na virtude. 
C- Utilitarista, baseada na virtude e a relativista. (X) 
D- Utilitarista, baseada na virtude e a cristã.

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