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Célula MEMBRANA CELULAR A membrana celular é uma película formada por fosfolipídios e proteínas, sua espessura varia entre 7,5 a 10 nm (nanômetros). Foi visualizada pela primeira vez durante a década de 1950, com o advento do microscópio eletrônico. A membrana plasmática é quimicamente constituída por lipídios (glicolipídios, colesterol e os fosfolipídios) e proteínas. Uma coligação fosfato e um grupamento polar. Desse modo a molécula é anfipática, ou seja, uma extremidade é polar ou hidrofílica (voltada para a parte externa) e a outra extremidade é caudalosa, com propriedades apolares ou hidrofóbicas, manifestando aversão à molécula de água (voltada para a parte interna da célula). Essa bicamada lipídica tem em sua composição algumas proteínas, dispostas na superfície da membrana e outras inseridas de tal forma que transpassavam a bicamada (proteínas transmembranas), comunicando a face interna e externa da célula, formando poros capazes de permitir a passagem de substâncias e partículas. Tal composição química favorece a importante função da membrana, no controle que media o fluxo de solvente e soluto específicos e em quantidades necessárias ao metabolismo das células, recebendo denominação de permeabilidade seletiva ou semipermeabilidade. Funções da membrana celular • Proteção das estruturas celulares; • Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular, garantindo a integridade da célula; • Permeabilidade Seletiva: controle da entrada e saída de substâncias da célula; • Transporte de substâncias essenciais ao metabolismo celular; • Reconhecimento de substâncias, graças a presença de receptores específicos na membrana. Proteínas da Membrana Celular - As proteínas da membrana celular têm diversas funções: • Estruturais: Responsáveis pelo apoio e forma da célula. • Proteínas receptoras da membrana celular: Ajudam as células a se comunicarem com seu ambiente externo através do uso de hormônios, neurotransmissores e outras moléculas sinalizadoras proteínas. • Transporte: Através das membranas celulares por meio de difusão facilitada, são as glicoproteínas. TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS A membrana atua como um filtro, permitindo a passagem de substâncias pequenas e impedindo ou dificultando a passagem de substâncias de grande porte. Essa propriedade é chamada de Permeabilidade seletiva. O transporte de substâncias através da membrana plasmática pode ser passivo ou ativo: O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. As substâncias deslocam-se do meio mais concentrado para o menos concentrado. São exemplos: • Difusão simples: É a passagem de partículas de onde estão mais concentradas para regiões em que sua concentração é menor. • Difusão facilitada: É a passagem, através da membrana, de substâncias que não se dissolvem em lipídios, com ajuda das proteínas da bicamada lipídica da membrana. • Osmose: É a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico) para outro mais concentrado (hipertônico). Transporte Ativo: O transporte ativo ocorre com gasto de energia (ATP). As substâncias deslocam-se do local de menor para o de maior concentração. São exemplos: • Transporte em Bloco: Endocitose e exocitose - Ocorre quando a célula transfere grande quantidade de substâncias para dentro ou para fora do seu meio intracelular respectivamente. • Bomba de sódio e potássio: Passagem de íons sódio e potássio para a célula, devido às diferenças de suas concentrações. ALTERAÇÕES CELULARES Ao ser submetida a uma situação de stress ou estímulo, seja contínuo ou não, a célula reage de diversas maneiras, no sentido de retornar ao estado normal. Como todas as respostas do organismo ocorrem a nível celular, o impacto é sentido pelos tecidos e pelos órgãos. No estresse fisiológico ou na exposição a agentes patogênicos, a célula pode desenvolver respostas estruturais e funcionais reversíveis ou não. As respostas são: Hipertrofia, hiperplasia, atrofia, metaplasia e displasia. ATROFIA CELULAR HIPERTROFIA HIPERPLASIA METAPLASIA DISPLASIA É a redução quantitativa dos componentes estruturais celulares, com diminuição do volume das células e dos órgãos. É o aumento do tamanho das células e consequentemente, dos órgãos e de partes do corpo. É o aumento no número de células (proliferação) em um tecido ou órgão [o qual também pode ser mostrar aumento – volume = Hipertrofia] É a alteração reversível na qual um tipo de célula adulta (Epitelial ou Mesenquimal) é substituído por outro tipo de célula adulta de mesma linhagem embrionária É o nome dado para o desenvolvimento celular fora do normal, que pode gerar a má-formação de um tecido ou órgão de qualquer parte do corpo humano ALTERAÇÕES MALÍGNAS As alterações celulares malignas têm caráter irreversível e podem acometer outros órgãos. Fases da Neoplasia Maligna TECIDO CONJUNTIVO RÍGIDO Tecido Cartilaginoso: É uma forma de tecido conjuntivo mais rígido que possui uma cicatrização lenta por ser avascular, é branco ou acinzentado, aderente às superfícies articulares dos ossos. Também é encontrado em outros locais como na orelha, na ponta do nariz. As células constituintes do tecido cartilaginoso são chamas de condrócitos e encontram-se imersos em uma matriz extracelular rica em colágeno e elastina. Nesta matriz há regiões ocupadas por um ou mais condrócitos denominadas lacunas. As cartilagens, com exceção das articulares e a fibrosa, são revestidas por uma bainha de tecido conjuntivo denominada pericôndrio o qual continua gradualmente com a cartilagem por uma face e com o conjuntivo adjacente pela outra, é nele que encontramos os nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. É um tecido não inervado nem vascularizado, a nutrição ocorre através do tecido conjuntivo que o recobre (pericôndrio); as cartilagens que revestem a superfície das articulações móveis não possuem pericôndrio e são nutridas pelo líquido sinovial presente nas cavidades articulares. Função da Cartilagem • Suporte de tecidos moles • Revestimento de superfícies articulares para absorção de choques e facilitação de deslizamentos • Participa da formação e crescimento dos ossos longos Células do Tecido Cartilaginoso Células Condrogênicas: Originárias de células mesenquimais. Fusiformes e estreitas, núcleo ovoide. Condroblasto: Originário de células mesenquimais e condrogênicas. Arredondadas. Apresentam organelas correspondente a síntese. Tipos de Cartilagem A cartilagem é dividida em três tipos: Cartilagem hialina, cartilagem elástica e cartilagem fibrosa. A cartilagem hialina é a mais frequente e sua matriz é rica em fibrilas constituídas principalmente de colágeno tipo II associado a glicoproteínas e proteoglicanas. Ela forma o primeiro esqueleto do embrião e no adulto está presente nas paredes do nariz, traqueia, brônquios, extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos. Quando analisada a fresco a sua coloração é azulada. Na periferia da cartilagem hialina os condrócitos apresentam-se com forma alongada e com seu eixo maior paralelo à superfície. Conforme elas vão se encontrado mais no centro do tecido, eles assumem aspecto arrendado e podem apresentar-se em grupos de até oito células originadas de um único condroblasto. A cartilagem elástica é encontrada no pavilhão e tuba auditiva, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe. Além de conter fibrilas de colágeno na composição da matriz extracelular também há a presença de fibras elásticas (elastina). Quando vista à fresco a sua coloração é amarelada, possui pericôndrio e cresce por aposição, é o tipo de cartilagem menos sujeito a processos degenerativos. Cartilagem fibrosa que é encontrada nos discos vertebrais, nos pontos de ligação dos tendões e ligamentose na sínfise púbica. Possui características intermediárias entre o tecido conjuntivo denso e a cartilagem hialina, sua matriz extracelular é constituída por muitas fibras de colágeno tipo I organizadas em feixes aparentemente irregulares entre os condrócitos, ou em arranjos paralelos ao longo dos condrócitos organizados em fileiras, neste tipo de cartilagem não há a ocorrência do pericôndrio. TECIDO MUSCULAR Músculo Estriado Esquelético É formado por feixes de células longas, cilíndricas, multinucleadas, denominadas fibras musculares. As fibras musculares esqueléticas apresentam os núcleos localizados na periferia, são envolvidas por bainhas de tecido conjuntivo que mantêm as fibras musculares unidas, permitindo que a força de contração gerada por cada fibra individualmente atue sobre o músculo inteiro. O tecido muscular esquelético apresenta três membranas, o epimísio que recobre o músculo inteiro, o perimísio que envolve os feixes de fibras, o endomísio que envolve cada fibra muscular. Células do Músculo Esquelético As células do músculo estriado esquelético possuem filamentos de actina e de miosina em abundância, e a sua organização faz com que se observem estriações transversais, o que conferiu o nome estriado ao tecido. As células possuem uma pequena quantidade de retículo endoplasmático rugoso e ribossomos. O retículo endoplasmático liso (geralmente chamado de retículo sarcoplasmático) é bem desenvolvido e armazena íons Ca²+, importantes para o processo de contração. As mitocôndrias são numerosas e fornecem energia ao processo. Para a obtenção da energia, armazenam glicogênio e gotículas lipídicas. Elas contêm ainda pigmentos de mioglobina, que são proteínas transportadoras de oxigênio semelhantes à hemoglobina. Músculo Estriado Cardíaco É constituído por células alongadas e ramificadas, com aproximadamente 15mm de diâmetro e 85-100 micrômetros de comprimento. Elas se prendem por meio de junções intercelulares complexas, e apresentam estriações transversais semelhantes às do músculo esquelético; porém, ao contrário destes, as células apresentam apenas um ou dois núcleos. As fibras cardíacas estão envoltas em uma camada fina de tecido conjuntivo, que contém uma rede abundante de capilares sanguíneos. No músculo cardíaco existem linhas transversais que aparecem em intervalos irregulares ao longo das células chamados de discos intercalares. Elas podem aparecer, em análises histológicas, como linhas retas ou em forma de escada. O músculo cardíaco contém numerosas mitocôndrias. Neste tecido ocorre um intenso metabolismo aeróbio. O armazenamento de ácidos graxos ocorre na forma de triglicerídeos, e ocorre também um pequeno armazenamento de glicose na forma de glicogênio. Como o consumo de oxigênio é alto, há uma abundante quantidade de mioglobina. Na musculatura cardíaca, existe uma pequena população de células cardíacas modificadas, acopladas às outras células musculares, que possuem papel importante na geração e condução do estímulo cardíaco, permitindo um bombeamento eficiente do sangue. TECIDO EPITELIAL É um tecido formado por células justapostas, intimamente unidas umas às outras através de junções intercelulares ou proteínas de membrana. O tecido epitelial tem como principal função o revestimento das superfícies externas do corpo, das cavidades corporais e dos órgãos, também possui função secretora e de absorção. Além disso, a superfície das células epiteliais pode conter microvilosidades (pequenas projeções do citoplasma), cílios e flagelos. As células são muito próximas, com pouco material extracelular entre elas; As células são unidas de forma bem-organizada; Possui suprimento nervoso; A parte superficial (epiderme) não possui vasos sanguíneos; Possui alta capacidade de renovação através de mitoses e regeneração através da deposição de substâncias; É nutrido e oxigenado através de difusão pela lâmina basal por meio dos capilares presentes no tecido conjuntivo subjacente. Epitélio Escamoso Epitélio Estratificado da Mucosa Vaginal e Ectocérvice : Nesta figura podem ser observadas células epiteliais descamativas, justapostas, que tem origem na lâmina basal, adjacente ao tecido conjuntivo frouxo, de baixo para cima são observadas células cujos núcleos vão diminuindo de tamanho, até a superfície do epitélio, quando as células bem amadurecidas descamam para o meio vaginal. Na sequência, a partir da lâmina basal: Células basais e para basais, células intermediárias e células superficiais.
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