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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU NÚCLEO DE SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: SAÚDE COLETIVA DOCENTE: DRA. MARIA DA CONCEIÇÃO ALEXANDRE CASTRO DISCENTE: Gabriela Maria Leão Santos da Silva (01570585) RECIFE, 2023 INTRODUÇÃO Foi realizado uma palestra de grande relevância, que abordou diversos aspectos do sistema de saúde pública brasileiro para a melhor compreensão acerca do tema. A palestrante destacou que a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) representou um marco histórico para a saúde pública no país. Ela ressaltou que o SUS surgiu a partir de intensas mobilizações populares, lideradas por sindicatos, movimentos sociais e profissionais de saúde, que exigiam um sistema de saúde universal e integral, acessível a toda a população brasileira. Durante sua apresentação, foram abordados também os princípios fundamentais do SUS, como a universalidade, integralidade, equidade, descentralização e participação social, os diferentes níveis de atenção e as normas operacionais que regem o funcionamento do SUS. Além disso, destacou a importância das políticas nacionais de promoção da saúde e dos pactos pela saúde para a garantia do acesso universal e integral à saúde no país. A palestrante também pontuou alguns dos principais desafios enfrentados pelo SUS para que sejam assegurados os princípios que norteiam esse sistema de saúde, tais como a equidade, a integralidade e a universalidade e a busca pela integralidade do acesso à saúde, em consonância com seus princípios. uma palestra que abordou vários aspectos importantes do sistema de saúde pública brasileiro. A palestrante destacou que a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) foi um marco importante na história da saúde pública no Brasil e se originou da luta de vários setores da sociedade, incluindo sindicatos, movimentos sociais e profissionais de saúde, que exigiam um sistema de saúde universal e integral com acesso para toda a população. A palestra abordou os princípios, níveis de atenção e normas operacionais do SUS e destacou a importância das políticas nacionais de promoção da saúde e dos pactos pela saúde para garantir o acesso universal e integral à saúde no Brasil. O texto ainda menciona o Pacto pela Vida, lançado em 2006, que tinha como objetivo reduzir a mortalidade infantil e materna, combater as doenças crônicas não transmissíveis e a violência. O Pacto reforçou o compromisso dos gestores com a qualidade da atenção à saúde, a vígil ância em saúde, a promoção da saúde e a participação social . DESENVOLVIMENTO A palestra abordou de forma clara e objetiva diversos aspectos importantes para entender a estrutura do sistema de saúde pública brasileiro, desde sua criação até os dias atuais. A palestrante destacou que a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) foi um marco importante da história da saúde pública do Brasil, e se originou a partir da luta de vários setores da sociedade brasileira, como sindicatos, movimentos sociais e profissionais da saúde, que exigiam um sistema de saúde universal e integral, com acesso para toda a população - após um longo período de ditadura militar. A criação do SUS foi importante no processo de redemocratização do país, por meio da Constituição Federal de 1988 e da 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986. Isso foi uma resposta à constatação de que o sistema de saúde no Brasil era extremamente desigual, com acesso restrito a uma minoria privilegiada, enquanto a maioria da população ficava sem assistência médica adequada. O SUS foi implementado por meio de uma série de políticas públicas, como a criação do Fundo Nacional de Saúde e dos Conselhos de Saúde, que garantem a participação da sociedade na gestão do sistema de saúde. Além disso, o Sistema Único de Saúde foi estruturado em princípios, níveis de atenção e normas operacionais, para garantir a oferta de serviços de saúde para todos. Os princípios do SUS, definidos na Constituição Federal e na Lei Orgânica da Saúde, são a base para a organização e funcionamento do sistema. O princípio da universalidade garante que todos os brasileiros têm direito ao acesso à saúde, sem qualquer tipo de discriminação. O princípio da integralidade garante que todos os aspectos da saúde de uma pessoa são levados em consideração no atendimento médico. O princípio da equidade garante que todos têm acesso à saúde de acordo com suas necessidades. O princípio da descentralização garante que as responsabilidades e recursos são distribuídos entre as diferentes esferas de governo. E o princípio da participação social garante a participação da sociedade na gestão do sistema de saúde. A palestrante abordou de forma sucinta a respeito das Normas Operacionais Básicas do Sus, elas regulamentam a organização e o funcionamento do Sistema de Saúde, definindo as responsabilidades dos gestores e profissionais de saúde. Elas também garantem a participação da sociedade civil na gestão do SUS, visando assegurar que a população tenha voz nas decisões sobre a Saúde Pública. As normas operacionais básicas do SUS foram estabelecidas a partir da 8ª Conferência Nacional de Saúde, a Lei 8.080/90 dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Já a Lei 8.124/90 dispõe sobre a participação da comunidade nas gestões do SUS e sobre as transferências intergovernamentais na área da saúde. Os níveis de atenção básica são a porta de entrada do SUS e são responsáveis pela atenção integral à saúde. O SUS conta com três níveis de atenção básica: a atenção primária, que é realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs); a atenção secundária, que é realizada nos hospitais gerais e especializados, responsáveis pelos atendimentos de média complexidade; e a atenção terciária, que é realizada nos hospitais de alta complexidade. As diretrizes e prioridades do SUS, aliadas às políticas nacionais de promoção da saúde e aos pactos pela saúde, são fundamentais para garantir o acesso universal e integral à saúde no Brasil. Essas políticas são importantes para promover a saúde e prevenir doenças, além de garantir que os recursos do setor sejam bem geridos e utilizados para atender às necessidades da população. Em relação aos pactos pela saúde podemos destacar que representam acordos entre as três esferas de governo (federal, estadual e municipal) com o objetivo de organizar e fortalecer o SUS. O primeiro Pacto pela Saúde foi lançado em 2006, e desde então já foram firmados outros dois pactos, em 2010 e 2016. Cada pacto traz metas e diretrizes específicas para o fortalecimento do sistema de saúde em todo o país. O Pacto pela Vida foi lançado em 2006 com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil e materna, além de combater as doenças crônicas não transmissíveis e a violência. O pacto reforça o compromisso dos gestores com a qualidade da atenção à saúde, a vigilância em saúde, a promoção da saúde e a participação social, reorganiza a gestão do SUS, com a criação das Redes de Atenção à Saúde, que integram os diferentes serviços de saúde em cada região, para garantir um atendimento mais integrado e resolutivo. Já o Pacto em Defesa do SUS foi criado em 2010 com o objetivo de fortalecer o Sistema Único de Saúde por meio de ações que buscam ampliar o acesso, a qualidade a eficiência dos serviços, por meio da ampliação do acesso aos serviços, da melhoria da gestão e da qualificação dos profissionais de saúde. Além de garantir o financiamento adequado para o setor. Por fim, o Pacto de Gestão do SUS, estabelece as responsabilidades e metas de cada gestor do SUS e define as diretrizes para a gestão do sistema de saúde em cada esfera de governo. Os pactos também incluem medidas para ampliar o financiamento do SUS e para garantir a participação da sociedade civil na gestão do sistema de saúde, essa medida tem como objetivo garantir que o financiamento do SUS acompanhe o crescimentoda demanda por serviços de saúde. A palestrante discorreu acerca dos desafios enfrentados pelo SUS, esses desafios são muitos e variados, e têm sido agravados pela crise econômica e política que o país tem enfrentado nos últimos anos. Um dos principais desafios é a subfinanciamento do sistema, que impede a realização de investimentos em infraestrutura e recursos humanos, à falta de profissionais capacitados e ao acesso limitado a medicamentos e tecnologias têm piorado a situação, e dificultado a ampliação do acesso e da qualidade dos serviços de saúde, Além disso, a gestão do SUS é complexa, envolvendo a articulação entre diferentes esferas de governo, a participação da sociedade civil na tomada de decisões e a integração de diversos serviços de saúde, como hospitais, clínicas e postos de saúde. Outro desafio importante é a necessidade de melhorar a eficiência e a efetividade do SUS, garantindo que os recursos disponíveis sejam utilizados da melhor forma possível e que os serviços de saúde atendam às necessidades da população. Para isso, é preciso investir em processos de gestão e monitoramento que permitam avaliar o desempenho do sistema e identificar as áreas que precisam de maior atenção, pois esses défices resultam na superlotação dos serviços de emergência, que muitas vezes são a única opção para pacientes que não têm acesso à atenção primária. A falta de investimentos em infraestrutura e equipamentos, aliada à escassez de profissionais capacitados, muitas vezes resulta em longas filas de espera, falta de leitos e demora no atendimento, o que pode comprometer a efetividade dos tratamentos e agravar o quadro de saúde dos pacientes. É relevante a necessidade de melhorar a infraestrutura de saúde, especialmente em regiões remotas e subatendidas, bem como expandir o acesso aos serviços de saúde para a população em geral. Essas questões são especialmente relevantes em um país como o Brasil, com dimensões continentais e uma distribuição desigual de recursos e serviços de saúde. No entanto, reconheço que o SUS tem potencial para ser um modelo de sistema de saúde universal e integral, que valoriza a participação e o controle social e que tem como base a solidariedade e a responsabilidade coletiva. Também é importante destacar, que apesar dos desafios, o SUS tem contribuído para melhorar a saúde da população brasileira de diversas formas, principalmente através das Políticas Públicas. Essas políticas têm o objetivo de garantir o acesso igualitário a serviços de saúde e ações de promoção da saúde para todos os segmentos da população, independentemente de sua raça, gênero ou orientação sexual, e visam reduzir as desigualdades sociais e de saúde no país. Um exemplo é Política Nacional de Promoção da Saúde, um conjunto de estratégias e ações voltadas para a promoção de estilos de vidas saudáveis, que busca promover hábitos saudáveis e prevenir doenças, com ações que vão desde a promoção da atividade física e da alimentação saudável até a redução do consumo de tabaco e álcool. Dentre as ações da política, destacam-se campanhas de vacinação, programas de educação em saúde, incentivo à prática de atividade física, alimentação saudável, redução do consumo de tabaco e álcool, prevenção e controle do câncer, entre outras. A palestrante abordou sobre a ação e prevenção do câncer de mama, um dos objetivos da Política Nacional de Promoção da Saúde e da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, que tem como objetivo reduzir a mortalidade e morbidade causadas pela doença, por meio de ações de prevenção, detecção precoce, diagnóstico, tratamento e reabilitação. Essas estratégias são implementadas em todo o território nacional, envolvendo governos, organizações não governamentais, instituições de ensino e pesquisa e outros atores sociais. A prevenção e o controle do câncer de mama são fundamentais para a promoção da saúde das mulheres, contribuindo para a redução da mortalidade e para a melhoria da qualidade de vida das mulheres afetadas pela doença. CONCLUSÃO A palestra foi extremamente esclarecedora com uma abordagem clara e objetiva sobre os diversos aspectos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, a palestrante ofereceu uma análise completa do SUS, discutindo desde sua criação até os desafios atuais enfrentados pelo sistema. A palestrante destacou a importância da participação popular na construção do SUS e da implementação de políticas públicas de promoção da saúde para garantir a universalidade e integralidade do atendimento. Além disso, foram apresentados os princípios e normas operacionais que regem o funcionamento do sistema, bem como a importância das políticas nacionais de promoção da saúde e dos pactos pela saúde para garantir o acesso universal e integral à saúde no Brasil, permitindo uma compreensão mais profunda de sua estrutura e organização. Dessa forma, a palestra foi de extrema relevância para entender a importância do SUS como marco histórico da saúde pública brasileira e os desafios que ainda precisam ser enfrentados para a sua consolidação, pois a oradora apresentou uma visão ampla e detalhada do Sistema Único de Saúde, sendo de grande valia para entender a estrutura do sistema de saúde público do Brasil.
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