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Ciência e Pesquisa- MÓDULO 04

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Ciência e Pesquisa
Integridade acadêmica
A integralidade acadêmica diz respeito às boas
práticas científicas no que se refere ao respeito às
normas éticas, direitos autorais e outros aspectos que
envolvem as pesquisas científicas, em contraponto às
ações antiéticas nas publicações, como fabricação de
dados, falsificação de resultados e plágio.
A figura do pesquisador deverá ter postura ética,
senso crítico, criatividade, sensibilidade,
imparcialidade em sentido estrito, foco, reflexão,
responsabilidade, comprometimento, dedicação,
paciência e respeito.
Preceitos bioéticos
A Bioética tem como objetivo facilitar o enfrentamento de
questões éticas/bioéticas que surgirão na vida profissional.
Em 1979, Tom Beauchamp e James Childress foram os
primeiros a apresentar os quatro princípios da ética
biomédica: beneficência, não maleficência, autonomia e
justiça. 
O ser Ético é o ser que age de acordo com a moral, isto é,
com a verdade estabelecida em um código. Respeito,
honestidade, não violência e responsabilidade no agir
são alguns princípios éticos que regem a nossa vida moral.
@natysresumos
Princípios da bioética- beneficência
Fazer o bem é um dever; é obrigação ética maximizar
benefícios e minimizar danos ou prejuízos.
Princípios da bioética- autonomia
Os serviços e profissionais de saúde devem respeitar
a vontade, os valores morais e as crenças, a
historicidade, as idiossincrasias de cada pessoa ou,
em caso de ausência de sua consciência, de seu
representante legal
Consentimento livre e esclarecido
Proteção aos vulneráveis
Princípios da bioética- não maleficência
Evitar danos físicos, psíquicos, morais, intelectuais,
sociais, culturais ou espirituais.
Princípios da bioética- Justiça
Garantia de igual consideração dos interesses
envolvidos com a vantagem significativa para o sujeito
e mínimo ônus para os vulneráveis.
Princípio utilizado em circunstâncias especiais, como:
incapacidade de crianças, adolescentes ou adultos, por
diminuição da capacidade de raciocínio e decisão, e nas
patologias neurológicas e psiquiátricas severas;
situações de urgência quando se necessita agir e não
se pode obter o consentimento; risco grave para a
saúde de outras pessoas – obrigação de informar
mesmo sem autorização do paciente. 
Consentimento livre e esclarecido
O consentimento livre e esclarecido consiste em
instrumento para se tentar assegurar a autonomia do
sujeito da pesquisa, por meio da obtenção da sua
anuência à participação.
Seu correto uso pressupõe a concordância, sem
qualquer coerção, após fornecimento e compreensão
da informação sobre os procedimentos. 
Tem como objetivo principal a proteção desses
indivíduos.
É necessário que seja elaborado em linguagem
acessível e possua informações sobre:
 Justificativa, objetivo e procedimentos (porque, para
que e como).
Desconfortos, riscos e benefícios.
Identificação do responsável, forma de
acompanhamento e assistência.
Garantia de esclarecimentos a qualquer momento e
informação clara sobre grupo controle e placebo.
Liberdade para retirar-se sem penalização.
Privacidade de sujeito da pesquisa/confidencialidade.
Formas de ressarcimento.
Formas de indenização.
Não são permitidas ressalvas que impliquem isenção
das responsabilidades do pesquisador e da instituição.
Além disto, todo consentimento deve ser aprovado
pelo Comitê de Ética e conter a assinatura do sujeito
da pesquisa. Uma via deve permanecer com o sujeito
da pesquisa e outra com o pesquisador.
Estudantes, militares, empregados, presidiários,
asilos, associações religiosas devem ter garantia de
plena liberdade de consentimento. 
Em comunidades culturalmente diferenciadas, como
as indígenas, o consentimento deve ser individual e
comunitário por intermédio dos seus líderes.
Crianças, adolescentes, portadores de doença
mental e outros sujeitos com substancial redução de
sua capacidade de consentimento, deve haver:
Ciência e Pesquisa
Justificativa bem fundamentada para escolha de um
desses grupos.
Aprovação pelo Comitê de Ética.
Consentimento livre e esclarecido do representante legal.
 Informação para o indivíduo no limite de sua capacidade.
Riscos e benefícios
A presença de risco é uma característica inerente às
pesquisas em seres humanos. 
Este risco pode ser individual, coletivo, imediato,
tardio, físico, psíquico, dentre outros, contudo sempre
existirá em menor ou maior grau. Assim sendo, é
aceitável quando a finalidade de determinada pesquisa
justificá-lo, da seguinte forma:
Se a pesquisa oferecer elevada possibilidade de
entendimento, prevenção ou alívio do problema
que afeta o sujeito.
Se for de grande importância o benefício
esperado.
Se o benefício for igual ou maior que aquele de
outra alternativa já estabelecida.
@natysresumos
Comitê de ética e pesquisa em seres humanos
Tem como função analisar as pesquisas em seres
humanos nas diversas áreas de conhecimento, bem
como fomentar discussão sobre bioética.
Toda instituição deveria criar, organizar e manter um
CEP e toda pesquisa envolvendo seres humanos
deveria ser submetida à aprovação desse comitê. 
Cada CEP deve ser composto por, no mínimo, 7 
 membros não remunerados, incluindo profissionais
da saúde, ciências exatas, sociais, humanas e, pelo
menos, um representante dos usuários da instituição,
possuindo, assim, caráter multi e transdisciplinar. 
Metade desses membros é escolhida pela instituição
e o restante por eleição entre aqueles com experiência
em pesquisa, com mandato de três anos.
Ao não permitir que mais da metade dos integrantes
de um CEP seja formada por apenas uma categoria
profissional, a resolução impede uma composição
corporativista. 
Do mesmo modo, os dois sexos devem estar
representados de maneira semelhante, não sendo
permitido membro envolvido com a pesquisa
analisada. 
A interrupção de uma pesquisa sem justificativa
aceita pelo CEP é considerada conduta não ética. 
São atribuições dos CEP: 
Revisar os protocolos de pesquisa, resguardando
a integridade e o direito dos voluntários. 
Emitir parecer enquadrando o protocolo em:
aprovado, com pendência (60 dias), retirado, não
aprovado, aprovado e em encaminhado ao
CONEP nos casos relativos às Áreas Temáticas
Especiais. 
Acompanhar o desenvolvimento do projeto.
Ser consultivo e educativo, fomentando a
reflexão sobre ética na ciência. 
Receber denúncia e decidir o destino da
pesquisa. 
Comissão nac. de ética em pesquisa (conep)
É a instância superior aos CEP, vinculada ao Conselho
Nacional de Saúde (CNS), de natureza consultiva,
deliberativa, normativa, educativa e independente. 
Também composta de forma multi/transdisciplinar por
13 membros, dos quais 5 personalidades destacadas
no campo da ética e saúde e 8 personalidades de
atuação outras áreas.
Dentre suas atribuições estão: 
Examinar os aspectos éticos das pesquisas em
seres humanos. 
Adequar e atualizar as normas destas pesquisas. 
Estimular a criação dos CEP. 
Instância final de recursos.
Rever responsabilidade e interromper pesquisas. 
Constituir sistema de informação e acompanhar,
do ponto de vista ético, as pesquisas.
Divulgar estas normas. 
Estabelecer normas para credenciamento dos
centros de pesquisa. 
Analisar todo projeto encaminhado pelos CEP
para parecer. 
Aprovar e acompanhar protocolos de pesquisa
nas áreas temáticas especiais. 
Comitê de ética no uso de animais
Destina-se a fazer a revisão ética de toda e qualquer
proposta de atividade científica ou educacional que
envolva a utilização de animais vivos não-humanos,
essencialmente de grupos vertebrados, sob a
responsabilidade da instituição.
Ciência e Pesquisa
Antes de qualquer atividade envolvendo um animal, o
pesquisador deverá encaminhar a sua proposta à
CEUA, com a ciência de seu superior hierárquico, e só
poderá iniciar a pesquisa ou atividade educacional
envolvendo animais após a avaliação do Comitê,
apresentada em Parecer.
Entende-se por utilização: manipulação, captura,
coleta, criação, experimentação (invasiva ou não-
invasiva), realização de exames ou procedimentos
cirúrgicos, ou qualquer outro tipo de intervenção que
possa causarestresse, dor, sofrimento, mutilação
e/ou morte.
Utilização de Animais não-vivos deve obedecer à
legislação e aos regulamentos internos em vigor,
além de ser compatível, por analogia, com as normas
éticas do regimento da CEUA.
@natysresumos
IMPORTANTE!! É dever primordial da CEUA (Comissão de
Ética na Utilização de Animais) a defesa do bem-estar dos
animais em sua integridade, dignidade e vulnerabilidade,
assim como zelar pelo desenvolvimento da pesquisa e do
ensino segundo elevado padrão ético e acadêmico.

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