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Ciência e Pesquisa Integridade acadêmica A integralidade acadêmica diz respeito às boas práticas científicas no que se refere ao respeito às normas éticas, direitos autorais e outros aspectos que envolvem as pesquisas científicas, em contraponto às ações antiéticas nas publicações, como fabricação de dados, falsificação de resultados e plágio. A figura do pesquisador deverá ter postura ética, senso crítico, criatividade, sensibilidade, imparcialidade em sentido estrito, foco, reflexão, responsabilidade, comprometimento, dedicação, paciência e respeito. Preceitos bioéticos A Bioética tem como objetivo facilitar o enfrentamento de questões éticas/bioéticas que surgirão na vida profissional. Em 1979, Tom Beauchamp e James Childress foram os primeiros a apresentar os quatro princípios da ética biomédica: beneficência, não maleficência, autonomia e justiça. O ser Ético é o ser que age de acordo com a moral, isto é, com a verdade estabelecida em um código. Respeito, honestidade, não violência e responsabilidade no agir são alguns princípios éticos que regem a nossa vida moral. @natysresumos Princípios da bioética- beneficência Fazer o bem é um dever; é obrigação ética maximizar benefícios e minimizar danos ou prejuízos. Princípios da bioética- autonomia Os serviços e profissionais de saúde devem respeitar a vontade, os valores morais e as crenças, a historicidade, as idiossincrasias de cada pessoa ou, em caso de ausência de sua consciência, de seu representante legal Consentimento livre e esclarecido Proteção aos vulneráveis Princípios da bioética- não maleficência Evitar danos físicos, psíquicos, morais, intelectuais, sociais, culturais ou espirituais. Princípios da bioética- Justiça Garantia de igual consideração dos interesses envolvidos com a vantagem significativa para o sujeito e mínimo ônus para os vulneráveis. Princípio utilizado em circunstâncias especiais, como: incapacidade de crianças, adolescentes ou adultos, por diminuição da capacidade de raciocínio e decisão, e nas patologias neurológicas e psiquiátricas severas; situações de urgência quando se necessita agir e não se pode obter o consentimento; risco grave para a saúde de outras pessoas – obrigação de informar mesmo sem autorização do paciente. Consentimento livre e esclarecido O consentimento livre e esclarecido consiste em instrumento para se tentar assegurar a autonomia do sujeito da pesquisa, por meio da obtenção da sua anuência à participação. Seu correto uso pressupõe a concordância, sem qualquer coerção, após fornecimento e compreensão da informação sobre os procedimentos. Tem como objetivo principal a proteção desses indivíduos. É necessário que seja elaborado em linguagem acessível e possua informações sobre: Justificativa, objetivo e procedimentos (porque, para que e como). Desconfortos, riscos e benefícios. Identificação do responsável, forma de acompanhamento e assistência. Garantia de esclarecimentos a qualquer momento e informação clara sobre grupo controle e placebo. Liberdade para retirar-se sem penalização. Privacidade de sujeito da pesquisa/confidencialidade. Formas de ressarcimento. Formas de indenização. Não são permitidas ressalvas que impliquem isenção das responsabilidades do pesquisador e da instituição. Além disto, todo consentimento deve ser aprovado pelo Comitê de Ética e conter a assinatura do sujeito da pesquisa. Uma via deve permanecer com o sujeito da pesquisa e outra com o pesquisador. Estudantes, militares, empregados, presidiários, asilos, associações religiosas devem ter garantia de plena liberdade de consentimento. Em comunidades culturalmente diferenciadas, como as indígenas, o consentimento deve ser individual e comunitário por intermédio dos seus líderes. Crianças, adolescentes, portadores de doença mental e outros sujeitos com substancial redução de sua capacidade de consentimento, deve haver: Ciência e Pesquisa Justificativa bem fundamentada para escolha de um desses grupos. Aprovação pelo Comitê de Ética. Consentimento livre e esclarecido do representante legal. Informação para o indivíduo no limite de sua capacidade. Riscos e benefícios A presença de risco é uma característica inerente às pesquisas em seres humanos. Este risco pode ser individual, coletivo, imediato, tardio, físico, psíquico, dentre outros, contudo sempre existirá em menor ou maior grau. Assim sendo, é aceitável quando a finalidade de determinada pesquisa justificá-lo, da seguinte forma: Se a pesquisa oferecer elevada possibilidade de entendimento, prevenção ou alívio do problema que afeta o sujeito. Se for de grande importância o benefício esperado. Se o benefício for igual ou maior que aquele de outra alternativa já estabelecida. @natysresumos Comitê de ética e pesquisa em seres humanos Tem como função analisar as pesquisas em seres humanos nas diversas áreas de conhecimento, bem como fomentar discussão sobre bioética. Toda instituição deveria criar, organizar e manter um CEP e toda pesquisa envolvendo seres humanos deveria ser submetida à aprovação desse comitê. Cada CEP deve ser composto por, no mínimo, 7 membros não remunerados, incluindo profissionais da saúde, ciências exatas, sociais, humanas e, pelo menos, um representante dos usuários da instituição, possuindo, assim, caráter multi e transdisciplinar. Metade desses membros é escolhida pela instituição e o restante por eleição entre aqueles com experiência em pesquisa, com mandato de três anos. Ao não permitir que mais da metade dos integrantes de um CEP seja formada por apenas uma categoria profissional, a resolução impede uma composição corporativista. Do mesmo modo, os dois sexos devem estar representados de maneira semelhante, não sendo permitido membro envolvido com a pesquisa analisada. A interrupção de uma pesquisa sem justificativa aceita pelo CEP é considerada conduta não ética. São atribuições dos CEP: Revisar os protocolos de pesquisa, resguardando a integridade e o direito dos voluntários. Emitir parecer enquadrando o protocolo em: aprovado, com pendência (60 dias), retirado, não aprovado, aprovado e em encaminhado ao CONEP nos casos relativos às Áreas Temáticas Especiais. Acompanhar o desenvolvimento do projeto. Ser consultivo e educativo, fomentando a reflexão sobre ética na ciência. Receber denúncia e decidir o destino da pesquisa. Comissão nac. de ética em pesquisa (conep) É a instância superior aos CEP, vinculada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), de natureza consultiva, deliberativa, normativa, educativa e independente. Também composta de forma multi/transdisciplinar por 13 membros, dos quais 5 personalidades destacadas no campo da ética e saúde e 8 personalidades de atuação outras áreas. Dentre suas atribuições estão: Examinar os aspectos éticos das pesquisas em seres humanos. Adequar e atualizar as normas destas pesquisas. Estimular a criação dos CEP. Instância final de recursos. Rever responsabilidade e interromper pesquisas. Constituir sistema de informação e acompanhar, do ponto de vista ético, as pesquisas. Divulgar estas normas. Estabelecer normas para credenciamento dos centros de pesquisa. Analisar todo projeto encaminhado pelos CEP para parecer. Aprovar e acompanhar protocolos de pesquisa nas áreas temáticas especiais. Comitê de ética no uso de animais Destina-se a fazer a revisão ética de toda e qualquer proposta de atividade científica ou educacional que envolva a utilização de animais vivos não-humanos, essencialmente de grupos vertebrados, sob a responsabilidade da instituição. Ciência e Pesquisa Antes de qualquer atividade envolvendo um animal, o pesquisador deverá encaminhar a sua proposta à CEUA, com a ciência de seu superior hierárquico, e só poderá iniciar a pesquisa ou atividade educacional envolvendo animais após a avaliação do Comitê, apresentada em Parecer. Entende-se por utilização: manipulação, captura, coleta, criação, experimentação (invasiva ou não- invasiva), realização de exames ou procedimentos cirúrgicos, ou qualquer outro tipo de intervenção que possa causarestresse, dor, sofrimento, mutilação e/ou morte. Utilização de Animais não-vivos deve obedecer à legislação e aos regulamentos internos em vigor, além de ser compatível, por analogia, com as normas éticas do regimento da CEUA. @natysresumos IMPORTANTE!! É dever primordial da CEUA (Comissão de Ética na Utilização de Animais) a defesa do bem-estar dos animais em sua integridade, dignidade e vulnerabilidade, assim como zelar pelo desenvolvimento da pesquisa e do ensino segundo elevado padrão ético e acadêmico.
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