Buscar

atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência 1
atos ilícitos, excludentes de 
ilicitude, prescrição e 
decadência
ATOS ILÍCITOS
Fatos jurídicos (lato sensu - em sentido amplo)
1. Fatos naturais (stricto sensu - em sentido estrito):
ordinários
extraordinários
2. Fatos humanos - atos jurídicos (lato sensu - em sentido amplo)
lícitos: são atos humanos que a lei defere os efeitos pretendidos pelo 
agente. São os atos praticados em conformidade com a lei e produzem os 
efeitos jurídicos voluntários.
ato jurídico (stricto sensu - em sentido estrito ou meramente lícito)
negócio jurídico
ato-fato jurídico
atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência 2
ilícitos: são atos praticados em desconformidade com o prescrito no 
Ordenamento Jurídico, repercutem na esfera do direito, produzem efeitos 
involuntários. É praticado com infração ao dever legal de não causar danos 
a outrem. Toda conduta culposa que causa dano a alguém gerando o dever 
de repará-lo.
Está presente na parte geral do Código Civil, nos artigos 186 -188 do título 
III, enquanto a responsabilidade civil está na parte especial, no artigo 927.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao 
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um 
direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a 
fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente 
quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não 
excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Da responsabilidade civil - título IX
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a 
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Observação: 
É portanto uma fonte de obrigação: a de indenizar ou ressarcir o prejuízo 
causado.
atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência 3
É praticado com infração a um dever de conduta, por meio de ações ou 
omissões culposas ou dolosas, das quais resulta dano a outrem.
Responsabilidade civil: é quando o causador de um dano tem a responsabilidade 
de reparar através de indenização. Mas nem sempre decorre de um ato ilícito, 
assim como nem todo ato ilícito gera uma responsabilidade de reparar.
1. Espécies de responsabilidade:
Responsabilidade Penal:
Direito Público;
Código Penal;
Mais gravosa - recai no sujeito.
Responsabilidade Civil: 
Direito Privado;
Código Civil;
Menos gravosa - recai no patrimônio.
Espécies de responsabilidade civil:
Responsabilidade Contratual: existe uma relação jurídica prévia;
Responsabilidade Extracontratual: inexiste relação jurídica 
prévia;
Responsabilidade Subjetiva: conduta (ação ou omissão), nexo 
causal, dano e culpa → 04 elementos da responsabilidade civil;
Responsabilidade Objetiva: conduta (ação ou omissão), nexo 
causal e dano.
Pressupostos da responsabilidade civil:
1. conduta (ação ou omissão): a lei refere-se a qualquer pessoa 
que por ação ou omissão venha causar dano a outrem. Na maioria 
dos casos a conduta se dá por ação (atuação positiva).
A omissão ganha relevância jurídica quando o agente é 
responsável por agir ou praticar algum ato que impeça a ocorrência 
atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência 4
do dano. 
Exemplo: a omissão de prestar alimentos, gera o dever aos pais de 
prestá-lo.
2. culpa: lato sensu - abrange toda espécie de comportamento 
contrário ao direito (dolo e culpa)
dolo: violação deliberada, consciente e intencional de um 
dever jurídico. Neste caso, o agente pratica um ato ilícito 
voluntariamente, sua conduta já nasce ilícita.
culpa: conduta voluntária contrária ao dever de cuidado 
imposto pelo direito, com a produção de um evento danoso 
involuntários, porém previsto ou previsível.
elementos: conduta voluntária com resultado involuntário, 
previsão ou previsibilidade, falta de cuidado, cautela, 
diligência ou atenção.
espécies: culpa grave (violação mais séria), leve e 
levíssima.
culpa concorrente: ao lado da culpa do agente, se faz 
presente também a culpa da vítima pelo resultado danoso. 
A indenização deverá ser repartida.
imprudência: proceder sem cautela, de forma positiva, no qual 
o agente está consciente de que deveria se abster.
Exemplo: médico dá injeção sem verificar se o paciente é ou 
não alérgico ao injetado; dirigir em alta velocidade.
negligência: conduta omissiva, quando se deixa de tomar uma 
medida que era devida.
imperícia: incapacidade técnica para o exercício de 
determinada função, profissão ou arte.
3. nexo causal: é a relação de causa e efeito entre a conduta do 
agente e o dano causado.
atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência 5
4. dano: é toda lesão a um bem juridicamente protegido, causando 
prejuízo de ordem patrimonial ou extrapatrimonial.
dano material: é a lesão concreta que atinge o patrimônio da 
vítima, acarretando sua perda total ou parcial. É suscetível de 
avaliação pecuniária.
dano emergente: atinge o patrimônio presente da vítima (1ª 
parte do art. 402, cc.)
lucro cessante: atinge o patrimônio futuro da vítima (2ª parte do 
art. 402, cc.).
dano moral: é toda agressão injusta aos bens imateriais, 
aqueles que integram os direitos de personalidade, tais como 
honra, dignidade, liberdade, imagem, bom nome,..
A pessoa jurídica deve demonstrar cabalmente o dano moral 
sofrido.
dano estético: é a lesão à beleza física, ou seja, à harmonia 
das formas. 
Exemplo: mutilações, cicatrizes,..
2. Interdependência entre o juízo cível e criminal: 
Há casos em que um ilícito repercutirá na esfera cível e criminal. A fim de 
garantir a harmonia entre os julgados, bem como a segurança nas relações 
jurídicas, o legislador estabeleceu a independência relativa entre os juízos 
penal e civil, determinando que em alguns casos a declaração do juízo penal 
(ocorrência ou inocorrência) sejam tomadas como premissas inafastáveis do 
juízo cível.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo 
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, 
quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
EXCLUDENTES DE ILICITUDE - 188, DO CC
Hipóteses em que a conduta do agente, embora cause dano a outrem, não viola o 
dever jurídico, isto é, não está sob censura da lei. São causas de excludente da 
atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência 6
ilicitude, como: exercício regular de um direito, legítima defesa e estado de 
necessidade.
Legítima defesa: art. 188, I, Código Civil. Alguém, usando moderadamente 
dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu 
ou de outrem.
Requisitos: que ela seja injusta (de natureza ilícita); a iminência da 
agressão (reação imediata contra o agressor, desde que presente o temor 
justo de que a agressão seja direcionada a ele; e, que os meios sejam 
proporcionais à agressão.
Se o ato foi praticado contra o próprio agressor, e em legítima defesa, não 
pode o agente ser responsabilizado civilmente pelos danos provocados. 
Entretanto, se por engano ou erro de pontaria, terceira pessoa foi atingida 
(ou alguma coisa de valor), neste caso deve o agente reparar o dano. Mas 
terá ação regressiva contra o agressor, para se ressarcir da importância 
desembolsada. 
Exercício regular de um direito: art. 188, I, 2ª parte, CódigoCivil. Se alguém 
exercita um direito, previsto e autorizado de algum modo pelo ordenamento 
jurídico, não pode ser punido, como se praticasse um delito.
Se o sujeito extrapola os fins delimitados pela lei, fala-se em abuso do 
direito ou exercício irregular do direito, art. 187, CC.
Estado de necessidade: art. 188, II, Código Civil. O agente não age em 
situação injusta, mas atua para proteger um direito seu ou de outrem de uma 
situação de perigo concreto. 
PRESCRIÇÃO X DECADÊNCIA
O Direito tem um prazo para ser exercido, não podendo ser eterno, sendo assim, 
sujeita-se a: prescrição e decadência.
Regulam a perda de um direito pelo decurso de um período de tempo em função 
da inércia ou desinteresse do titular desse direito.
Prescrição: interrompe a possibilidade de se exigir judicialmente um direito em 
consequência da inércia do titular durante certo lapso de tempo.
EXTINGUE A PRETENSÃO - perda do direito de pedir.
atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência 7
Espécies:
Prescrição extintiva: é a perda da possibilidade de reivindicar um direito 
por decurso (perda) do prazo - faz desaparecer os direitos.
Prescrição intercorrente: ocorre no decurso do processo, ou seja, o autor 
já provocou a tutela jurisdicional por meio da ação, se o processo ficar 
paralisado, sem justa causa, caracterizando a desídia (desistência) do 
autor, fica configurada a prescrição intercorrente.
Prescrição aquisitiva: corresponde ao usucapião. Nessa espécie, além 
do tempo e da inércia ou desinteresse do dono anterior, é necessário a 
posse do novo dono.
Prescrição ordinária: o prazo é genericamente previsto em lei, no artigo 
205 do cc. - a prescrição ocorre em 10 anos quando a lei não lhe haja 
fixado outro prazo.
Prescrição especial: o prazo prescricional é pontualmente previsto em lei 
- artigo 206, cc.
Art. 206. Prescreve:
§ 1 o Em um ano:
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a 
consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem 
ou dos alimentos;
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, 
contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data 
em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo 
terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do 
segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, 
árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram 
para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação 
atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência 8
da ata da assembléia que aprovar o laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e 
os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da 
liquidação da sociedade.
§ 2 o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a 
partir da data em que se vencerem.
§ 3 o Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias 
ou vitalícias;
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações 
acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com 
capitalização ou sem ela;
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V - a pretensão de reparação civil;
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-
fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da 
lei ou do estatuto, contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade 
anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do 
balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou 
da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à 
violação;
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do 
vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro 
prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência 9
§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da 
aprovação das contas.
§ 5º Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento 
público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, 
curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da 
conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou 
mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em 
juízo.
Art. 206-A. A prescrição intercorrente observará o mesmo prazo de 
prescrição da pretensão, observadas as causas de impedimento, de 
suspensão e de interrupção da prescrição previstas neste Código e 
observado o disposto no art. 921 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 
2015 (Código de Processo Civil).
A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, em 
qualquer fase do processo, em qualquer instância, exceto: 
1. em sede de recurso especial ou extraordinário;
2. a liquidação de sentença; e,
3. em ação rescisória.
A prescrição pode ser arguida:
1. pelas partes;
2. pelo de juiz, de ofício, somente quando for de interesse de absolutamente 
incapaz;
3. pelo MP, apenas em nome de incapaz e dos interesses de tutela;
4. pelo curador, em favor do curatelado.
Decadência: é a perda de um direito em função do decurso do prazo, ou seja, 
perdeu o prazo, extingui o processo. EXTINGUE O DIREITO PELA INÉRCIA DO 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art921
atos ilícitos, excludentes de ilicitude, prescrição e decadência 10
TITULAR. A eficácia deste direito estava subordinada ao exercício deste, dentro de 
determinado prazo, que se esgotou, sem o respectivo exercício.
Decadência legal: prazo fixado por lei, reconhecido, de ofício, pelo juiz é 
irrenunciável;
Decadência convencional: prazo eleito e fixado pelas partes, não pode ser 
alegado pelo juiz, é renunciável.
prescrição decadência
é um instituto de interesse privado é de interesse público
é renunciável, tácita ou expressamente não admite renúncia
pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição,
pela parte a quem aproveita
pode ser conhecida a qualquer tempo ou
grau de jurisdição
o juiz PODE conhecer de ofício o juiz DEVE conhecer de ofício
os prazos admitem suspensão e interrupção
os prazos não admitem suspensão e
interrupção
os prazos não podem ser modificados por vontade
das partes
—

Continue navegando