Buscar

PRESCRIÇÃO E DECADENCIA

Prévia do material em texto

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA – 
AULA DIA 12.09.2020
Prof.ª Eleonora M.O.Calvo
· PRESCRIÇÃO
· DECADÊNCIA
· PRECLUSÃO
· PEREMPÇÃO
		SUBJETIVO 	PRESCRIÇÃO
DIREITOS				SEM PRAZO PARA SER EXERCIDO
		POTESTATIVO	
					COM PRAZO PARA SER EXERCIDO
					
								DECADÊNCIA
================================================
Direito subjetivo: direito x dever – PRAZO PRESCRICIONAL
Ex.: 	
“A” tem contrato aluguel com “B”
“B” tem o dever de prestação com “A”
”B” não pagou o aluguel para “A”
“A” nasce a pretensão de cobrar o aluguel de “B” no prazo de 3 anos (art.206 par. 3º I CC)
PRESCRIÇÃO
É a perda da pretensão ao exercício do direito de ação, em decorrência do decurso do tempo previsto em lei
Nasce no momento em que o direito foi violado 
- direito subjetivo – dever 
					
Art. 189 CC. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206 .
Direito potestativo: direito x mera sujeição – PRAZO DECADENCIAL
Ex.: 
“A” impõe de forma unilateral a “B” e sujeita “B” a vontade de “A” – sem poder de contestar
Ex.: empregado tem o direito de pedir a dispensa. O empregador vai ter que se sujeitar. 
Divórcio: uma das partes aceitando ou não, o divórcio será processado.
.
sem prazo	 para ser exercido
Ex. divórcio – é um direito potestativo do cônjuge que pode ser exercido enquanto estiver casado
DIREITO POTESTATIVO
com prazo para ser exercido
Ex.: Anulação contrato vício de consentimento – 4 anos (178 CC)
DECADÊNCIA
DECADÊNCIA
É a perda do direito potestativo pelo não exercício no prazo fixado na lei ou no negócio jurídico
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Critério científico Agnelo Amorim Filho
PRESCRIÇÃO
É a perda da pretensão ao exercício do direito de ação, em decorrência do decurso do tempo previsto em lei
Direito subjetivo x dever
AÇÃO CONDENATÓRA
O prazo será prescricional (ação de indenização, ação de cobrança de honorários profissionais). 
Porque a ação condenatória – meio de proteção do direito suscetível de violação (direito a uma prestação negativa ou positiva de outrem).
Direitos que se exercem mediante pretesão condenatória – sujeitos à prescrição – natureza patrimonial.
 
Art. 206 CC. Prescreve:
§ 1º Em um ano:
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
§ 3º Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V - a pretensão de reparação civil;
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:
a) 
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
§ 5º Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
Critério científico Agnelo Amorim Filho
DECADÊNCIA
É a perda do direito potestativo pelo não exercício no prazo fixado na lei ou no negócio jurídico
Direito potestativo x mera sujeição
AÇÃO CONSTITUTIVA
Ação constitutiva não se exige uma prestação do réu, mas apenas se pleiteia a formação, modificação ou extinção de um estado jurídico e a sentença decorrente não carece de execução, pois o conteúdo de tal ação esgota-se com o provimento jurisdicional pleiteado.
Ação constitutiva positiva (ação renovatória de locação) ou 
Ação constitutiva negativa (anulatória do negócio jurídico por erro), o prazo será decadencial.
Ex.: Ação de anulação de negocio juridico por coação (art. 178 II CC)
Art. 178 CC. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
Ex.: ação de anulação de casamento por coação (art. 1560 inciso IV CC)
Art. 1.560 CC. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
IV - quatro anos, se houver coação.
 
PRETENSÕES PERPÉTUAS (imprescritíveis)
Ação constitutiva sem prazo previsto em lei para seu exercício (Ação de investigação de paternidade, ação de alimentos)
Ação declaratória (ação declaratória de existência e inexistencia de relação jurídica) – visa a obtenção certeza jurídica.
PRECLUSÃO E PEREMPÇÃO
PRECLUSÃO
Perda da faculdade processual, pelo seu não uso dentro do prazo peremptorio (improrrogável) pevisto pela lei (preclusão temporal), ou pelo fato de já havê-la exercida (preclusão consumativa), ou pela prática de ato incompatível com aquele que se pretenda exercitar no processo (preclusão lógica).
Obs.: Materia de ordem publica ou de direito indisponivel – não ocorre preclusão
Art. 337 § 5º CPC 
Art, 485 § 3º CPC 
PEREMPÇÃO
Perda do direito de ação pelo autor que deu causa 3 arquivamentos sucessivos. O direito material não é extinto – podendo ser oponivel na defesa.
Art. 486 par. 3º CPC
· PRESCRIÇÃO (arts. 189 a 206 CC)
DISPOSIÇÕES GERAIS
1. Requisitos
a) vioalão do direito, com o nascimento da pretensão
b) inércia do titular
c) decurso do tempo fixado em lei
Art. 189 CC. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206 .
1.2. Prazos da Prescrição
Taxativos art. 205CC (regra geral) e art.206 CC (regras especiais).
2. PRETENSÕES IMPRESCRITÍVEIS
· Estado de pessoas (estado de filiação, condição conjugal, ação de separação judicial, de interdição, de investigação de paternidade)
SÚMULA 149 STF
É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança.
· Direito de família (pensão alimentícia)
· Direito de propriedade (reivindicatória)
3. PRETENSÃO E EXCEÇÃO PRESCREVEM NO MESMO PRAZO
Art. 190 CC. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.
Após violado o direito a pessoa adquire a pretensão – pode ser exercida em juízo através de ação 
Exceção é a defesa que cabe contra a pretensão (ex. exceção do contrato não cumprido; compensação de dívida)
Art. 190 CC – a pretensão e a exceção prescrevem no mesmo prazo.
Se a pretensão estiver prescrita – exceção também estará prescrita
Ex.: Exceção do contrato não cumprido
“A” – pretensão de cobrar dívida derivada de um contrato de “B”
“B” alega – defesa (exceção) – não paga a dívida porque ‘A’ não cumpriu o contrato - contratonão cumprido
	
Ex. compensação de dívida
Antônio – pretensão de cobrar judicialmente “B”. 
Pretensão de cobrança de dívida está prescrita (3 anos )
205 par. 3º VIII CC)
 	“B” alega – defesa (exceção) a compensação de dívidas 
 A exceção de compensação de dívidas também estará prescrita (3 anos) – 205 par. 3º VIII CC)
4. RENÚNCIA DA PRESCRIÇÃO
Art. 191 CC. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Requisitos:
· Prescrição consumada
a renúncia da prescrição somente pode ocorrer após a sua consumação.
Ex.: “A” deve aluguel para “B” – prazo prescricional 3 anos
“B” cobrou aluguel de “A” após 3 anos – “A” sabia da prescrição da dívida e mesmo assim fez o pagamento do aluguel para “A” – renunciou a prescrição
→ Espécies de renúncia
· Renúncia Expressa em decorrência de manifestação de vontade do devedor. 
O devedor declara por escrito que não invocará a prescrição, pode o autor propor a demanda, junta a declaração com a petição inicial, e não poderá o juiz pronunciá-la de ofício, pois a renúncia já ocorreu. A demanda prosseguirá e o mérito será analisado.
· Renúncia tácita (presumida)
tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição
Ex.: Ato de reconhecimento da dívida por parte do devedor, depois de consumada a prescrição – pagamento parcial visando à solução futura da lide.
O devedor espontaneamente pagou dívida prescrita, não haverá demanda de cobrança e a renúncia terá produzido todos os seus efeitos.
Caso uma pessoa pague uma dívida prescrita ele poderá requerer o valor de volta?
Não. O credor no caso da prescrição perde a pretensão (direito de exigir o crédito em juízo) 882 CC
Art. 882 CC Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita.
· Não prejudique terceiro (credores)
Se um devedor renunciar a prescrição – não alcançará o fiador (terceiro)
“A” cobrança de aluguel “B” após 4 anos (prescrição 3 anos)
“B” renunciou a prescrição quando parcelou a dívida em 6 prestações.
Se “B” não pagar as prestações “A” não poderá cobrar as prestações do fiador – porque a renúncia da prescrição pelo devedor não vai alcançar o fiador – terceiro
 
5. PRAZOS DE PRESCRIÇÃO NÃO PODEM SER ALTERADOS
Art. 192 CC. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.	
Ex.:
Art. 206. Prescreve:
§ 1º Em um ano:
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo
6. PRESCRIÇÃO ALEGADA EM QUALQUER GRAU DE JURISDIÇÃO
Art. 193 CC. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
 			A parte que vai ser beneficiada com a prescrição
A prescrição não está sujeita à prescrição temporal
Art. 193 CC. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição
durante o processo de conhecimento
 recurso de apelação
Prescrição matéria de ordem pública – interesse social.
Prescrição pode ser arguida de ofício independentemente do requerimento das partes.
A prescrição não pode ser alegada pela primeira vez nos tribunais superiores. 
Para que o recurso (recurso extraordinário) seja admitido pelo tribunal superior (STF) / (recurso especial) seja admitido pelo tribunal superior (STJ) será necessário que toda a matéria tenha sido apreciada nas instâncias ordinárias.
CUIDADO
Prescrição pode ser alegada durante fase de conhecimento, antes do trânsito em julgado da decisão.
Decisão transitada em julgada – fase de execução - não poderá alegar prescrição na fase da execução sob pena de violar coisa julgada.
condomínio representada síndico
7. AÇÃO CONTRA QUEM DEU CAUSA À PRESCRIÇÃO
Art. 195 CC. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Art. 4º CC São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;  
IV - os pródigos.
CUIDADO
Não abrange os absolutamente incapazes porque contra eles não corres a prescrição. Art. 198 I CC
Art. 198 CC. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3 o ;
art. 3º CC São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
8. PRESCRIÇÃO INICIADA CONTINUA CONTRA SEU SUCESSOR
Art. 196 CC. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
Sucessão de atos entre vivos - 
Sucessão de “causa mortis” Ex.: Indenização pelo sucessor – acidente de trânsito.
“A” sofre acidente de trânsito e falece após 2 anos. Prescrição 3 anos para reparação já estava correndo contra “A”. Seus sucessores terão 1 ano para requerer a reparação.
Sucessão Pessoa Jurídica
Ex.: Banco “A” é sucessor do Banco “B” 
CAUSAS QUE IMPEDEM OU SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO
 (art. 197 a 201 CC)
NOTA: 
Impedimento da prescrição: a prescrição ainda não começou a correr e não vai correr em virtude da causa que está impedindo.
Suspensão da prescrição: o prazo de prescrição já iniciou, mas foi suspenso em razão de uma das causas que suspendeu previsto no CC. Cessando a causa que suspendeu a prescrição ela volta a correr somando-se o tempo que já transcorreu antes da causa de suspensão.
Ocorrendo uma das causas previstas nos arts. 197 a 200 CC – se o prazo de prescrição não começou a correr, essa causa vai IMPEDIR que a prescrição começa a correr. Haverá IMPEDIMENTO.
Ocorrendo uma das causas previstas nos arts. 197 a 199 CC – se o prazo de prescrição já tinha iniciado a correr, essa causa vai SUSPENDER o prazo de prescrição. Haverá SUSPENSÃO
Art. 197. Não corre a prescrição – 
· I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
IMPEDIMENTO
“A” é casado com “B” pelo regime de separação de bens.
Na constância do casamento, durante o casamento “A” emprestou para “B” R$ 10.000,00
O fato de “A” ser casado com “B” IMPEDE que corra a prescrição
O casamento impede a prescrição, mas quando “A” divorciar de “B” começa a correr a prescrição que até então estava impedida de correr pelo fato do casamento (dívida contraída na constância do casamento).
SUSPENSÃO
“A” emprestou para “B” R$ 10.000,00 em 01/01/2018 para pagamento em 01/01/2019 – título de crédito – prescrição de 3 anos.
“B” não pagou a dívida na data do vencimento. 
“A” casou com “B” em 01/01/2020 – com o casamento SUSPENDEU a prescrição que já havia iniciado em 02/01/2019.
“A” divorciando de “B” a prescrição volta a correr contando tempo que já havia transcorrido antes da data do casamento.
· II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
Durante o poder familiar não corre prescrição entre pais e filhos.
Poder familiar: até 18 anos. Completando 18 anos adquire a capacidade civil.
Poder familiar: perda ou suspensão por decisão judicial (antes de 18 anos)
Poder familiar: perda por emancipação.
Ex.: “A” herdou R$ 10.000,00 da sua mãe e, durante o poder familiar emprestou para seu pai.
No entanto seu pai não pagou a dívida e durante o poder familiar não corre a prescrição.
CAUSA DE IMPEDIMENTO: poder familiar.
· III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Sujeito à Tutela - tutelados
Art. 1.728 CC. Os filhos menores são postos em tutela:
I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;
II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.
Sujeitos à Curatela - curatelados
Art. 4o CC São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;  
IV - os pródigos.
CAUSAS DE IMPEDIMENTO OU SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO – com base na condição especialda pessoa – titular do direito
Art. 198 CC. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
 O dispositivo destina proteger as pessoas – situações especiais
· I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
Não corre prescrição – ABSOLUTAMENTE INCAPAZES 
Prescrição inicia aos 16 anos de idade
Ex.: Josafa (impúbere), 15 anos, representado por seu pai Ricardo move ação de indenização acidente de trânsito em face de Paulo.
Ocorre a morte de Ricardo (pai de Josafá) – lapso prescricional começa a correr a partir em que completar 16 anos 
Impúbere (absolutamente incapaz)
Púbere (relativamente incapaz)
· II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
Serviço público: 
“A” é funcionário público e prestando serviços na Austrália, a favor da União.
O inquilino de “A” não pagou o aluguel enquanto ele estava na Austrália.
Quando “A” (ausente do país) voltar da Austrália poderá cobrar o aluguel uma vez que o prazo prescricional não estava correndo.
· III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Forças Armadas: Exército, marinha e Aeronáutica
Obs.: 
LEI 1101/2005 – Lei de Falência
Art. 6o A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário.
CLT
Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.
CAUSAS DE IMPEDIMENTO OU SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
· I - pendendo condição suspensiva;
Violado o direito nasce a pretensão – começa a correr a prescrição
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
Ex.: “A” contratou serviço pedreiro “B” e pagará somente quando concluir o serviço.
Condição suspensiva – o valor será pago quando concluir o serviço.
Pendente a condição suspensiva o direito não foi violado e, dessa forma, a prescrição não começa a correr.
· II - não estando vencido o prazo direito não se tornou exigível;
· III - pendendo ação de evicção. 
		 
Ação de evicção: (art. 447 CC) – ocorre somente em contratos onerosos
Evencer – desapossar judicialmente.
EVICTOR (autor) 	 EVICTO (réu) adquirente da coisa litigiosa
Reivindica a coisa
comprova o seu direito 
preexistente e reivindica a coisa 
ALIENANTE 
(transferiu a coisa litigiosa ao evicto – bem de EVICTOR)
(Contrato oneroso)
Evicção ocorre quando uma pessoa que adquiriu o bem (evicto) perde a posse ou a propriedade por decisão judicial para um terceiro (evictor)
Enquanto a ação reivindicatória não é julgada definitivamente (trânsito em julgado) fica suspenso o prazo para que o adquirente exija do alienante a restituição do preço e a indenização por eventuais perdas e danos que tenha sofrido.
QUANDO O FATO DEVE SER APURADO NO CRIME NÃO CORRE A PRESCRIÇÃO NA ÁREA CÍVEL ANTES DA SENTENÇA PENAL
Art. 200 CC. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Ex.: Atropelamento
Prescrição começa a correr da data do trânsito em julgada da sentença penal e não da data do ato ilícito. A ação cível depende do fato que está sendo apurado no juízo criminal
Se a ação cível não depender do fato que está sendo apurado no crime a prescrição iniciará a partir do evento danoso.
Art. 201 CC. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
Suspensão da prescrição – benefício personalíssimo
Ex.:OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL
Credores solidários “A” “B” “C” x “D” DEVEDOR
						Ausente do país – suspensa a 			 a serviço público prescrição
“D” devedor R$ 10.000,00 
Obrigação divisível – a suspensão da prescrição de “B” em cobrar “D” não aproveita “A” e “C”
Ex.:OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL
Credores solidários “A” “B” “C” x “D” DEVEDOR
						Ausente do país – suspensa a prescrição a serviço público prescrição
“D” devedor de um trator 
Obrigação indivisível – a suspensão da prescrição de “B” em cobrar “D” aproveita “A” e “C”
CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO
(art. 202 a 204 CC)
	INTERRUPÇÃO
	SUSPENSÃO
	
Prazo volta a ser contado integralmente quando cessa a causa que lhe dá origem
	
A contagem é do tempo que ainda faltava quando começou.
	
Depende comportamento ativo credor (em regra)
	
Decorre automaticamente certos fatos previstos na lei,
A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper (art. 202 PU CC).
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
ATO QUE PROVÉM DO CREDOR
· I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
Interrupção do prazo prescricional para o credor começa a correr a partir da realização da citação do devedor e ainda válida.
Começa a contar o prazo prescricional do zero novamente, a partir da data da propositura da ação
Art. 240 § 1º CPC A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
ATO QUE PROVÉM DO CREDOR
· II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;
 protesto judicial disciplinado art.726 e ss CPC
Credor protesta judicialmente o devedor para que pague a dívida.
Prevenir responsabilidades e prover a conservação de direitos - geralmente um credor tenta evitar, através do protesto judicial, que o seu devedor promova a alienação de um imóvel que poderia servir de garantia para o pagamento da dívida
Protesto contra alienação de bens.
ATO QUE PROVÉM DO CREDOR
· III - por protesto cambial;
Interrupção do prazo prescricional para o credor começa a correr na data em que se efetivou o protesto. 
Começa a contar o prazo prescricional do zero novamente, no dia seguinte da data que se efetuou o protesto.
ATO QUE PROVÉM DO CREDOR
· IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
A interrupção do prazo prescricional para o credor começa a correr no dia que apresentar o título de crédito em juízo de inventário
Começa a contar o prazo prescricional do zero novamente após o trânsito em julgado da decisão que julgou o pedido de pagamento da dívida.
Pela apresentação do título de crédito em concurso de credores
ATO QUE PROVÉM DO CREDOR
· V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
Ex.: citação do devedor por edital – interrompe o prazo de prescrição e a prescrição começa a contar do zero novamente.
ATO QUE PROVÉM DO DEVEDOR QUE RECONHECE O DIREITO DO CREDOR
· VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
A interrupção da prescrição ocorre sem a manifestação volitiva do credor com por exemplo parcelamento da dívida. 
Ato reconhecendo o direito do credor
Começa a contar o prazo prescricional do zero novamente da data do parcelamento da dívida
PESSOAS LEGITIMADAS PROMOVER A INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO
Art. 203 CC. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
Possibilidade de fluir o prazo prescricional no curso do processo
Execução ou cumprimento de sentença nao encontrou bens.Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação.
Ação de indenização
3 anos (prescrição)
 Pedido procedente – decisão transitada em julgado
Cumprimento de sentença
Não encontra bensArt. 921 CPC.  Suspende-se a execução:
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
§ 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição.
§ 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente
§ 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4º e extinguir o processo.
DECADÊNCIA (207 a 211 CC)
É a perda do direito potestativo pelo não exercício no prazo fixado na lei ou no negócio jurídico
Decadência legal		decadência convencional
Art. 207 CC. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 26.par. 2º CDC O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II – VETADO[endnoteRef:1]]; [1: TESTANDO CONHECIMENTO
Sobre a prescrição e a decadência, é INCORRETO afirmar:
quando houver prazo para o exercício de direito potestativo, o prazo será decadencial.
quando consumada, a prescrição extingue a pretensão.
a pretensão nasce a partir do momento em que o direito é violado.
a prescrição nunca pode ser suscitada de ofício pelo juiz
Se a decadência for convencional, nos termos preconizados pelo Código Civil Brasileiro, a parte a quem aproveita pode alegá-la:
em qualquer grau de jurisdição, e o juiz poderá suprir a alegação.
em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
até o término do prazo para contestação, mas o juiz não pode suprir a alegação.
até o término do prazo para contestação, e o juiz poderá suprir a alegação.
até a data da prolação da sentença de primeiro grau, mas o juiz não pode suprir a alegação.
Acerca das disposições do Código Civil de 2002 sobre a prescrição, analise as afirmativas abaixo:
I. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.
II. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
III. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
Assinale a alternativa correta.
As afirmativas I, II e III estão corretas
Apenas as afirmativas I e II estão corretas
Apenas as afirmativas II e III estão corretas
Apenas as afirmativas I e III estão corretas
] 
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
Os prazos de decadência são peremptórios
Não sofrem impedimento, suspenção ou interrupção.
Ex.: ação de anulação de negócio jurídico por dolo omissivo – 4 anos a conta da data da assinatura do contrato (178 CC).
O prazo de 4 anos é peremptório – não sofre impedimento, suspenção ou interrupção
Nota: Exceção ao prazo de decadência ser peremptório contra o absolutamente incapaz não corre a decadência.
Art. 208 CC
Art. 208 CC. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 195 CC. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Não admite a fluência de prazo decadencial: contra os absolutamente incapazes (art. 198 I CC)
Art. 209 CC. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Art. 210 CC. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art. 211 CC. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
DECADÊNCIA CONVENCIONAL
	PRESCRIÇÃO	
	DECADÊNCIA
	O prazo pode ser interrompido e suspenso
	O prazo NÃO pode ser interrompido e suspenso (207 CC)
	É renunciável
	NÃO pode ser renunciado (209 CC)
Página 6 de 6

Continue navegando