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Escola de Chicago

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A ESCOLA DE ECONOMIA DE CHICAGO E SEUS FUNDAMENTOS
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata a respeito da Escola de Economia de Chicago,
enfatizando os seus fundamentos e os principais pensamentos de seus mais
notáveis pensadores.
O propósito deste trabalho é apresentar de um modo simples e objetivo quais
são os posicionamentos caracterizantes da Escola de Economia de Chicago e quais
as justificativas apresentados por seus pensadores.
Este trabalho está organizado em 6 capítulos. Em cada capítulo foi
desenvolvido um tema, respectivamente, uma breve abertura do trabalho, as
principais características da Escola de Economia de Chicago, o pensamento
desenvolvido por Knight em relação às probabilidades, a política antitruste, Milton
Friedman e suas ideias e, por fim, traz a conclusão alcançada após o trabalho.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, com o predomínio de
artigos científicos.
2 INFLUÊNCIAS E PENSADORES
A Escola de Chicago, tal qual a Escola Austríaca, é intimamente influenciada
pelo liberalismo clássico, como pode ser observado a partir da sua posição
notadamente defensora do livre mercado, do utilitarismo e do monetarismo, e oposta
às intervenções estatais. A Escola de economia de Chicago é fruto do pensamento
econômico liberal de Milton Friedman e George Stigler. Esses, junto do economista
Frank Knight, estudaram a teoria dos preços, e concluíram que a economia deve ser
preocupação de toda a sociedade, além de que toda economia de mercado é
regulada por um sistema de preços (CORREIA; FALCÃO, 2016).
3 KNIGHT E PROBABILIDADES
O economista americano Frank Knight foi o responsável por expor, com maior
clareza, a diferenciação entre risco e incerteza. Ele afirma que na situação do risco
1
as pessoas sabem qual é o limite, já na incerteza não é possível quantificar o limite
máximo.
Analogamente, Knight desenvolveu a teoria de determinação do lucro, em que
afirma que o lucro só poderia ser alcançado por meio da incerteza (ANDRADE,
2011).
Posteriormente, Knight apresentou três categorias de probabilidade: a
probabilidade “a priori” é quantificável, é lógica e pode ser exemplificada pelos jogos
de azar. A probabilidade estatística também é quantificável, mas baseia-se na
análise de ocorrências passadas, ou seja, é uma avaliação empírica. Já a
probabilidade de estimativa não é quantificável, poderia ser descrita como uma
decisão tomada com base na intuição. Por meio de sua classificação de
probabilidades, Knight pôde concluir que todos os julgamentos são dotados de erros
(ANDRADE, 2011).
Quanto ao quesito monetário, Knight posiciona-se opostamente ao
Keynesianismo, o qual julga ser ineficiente, tendo em vista opinião sobre a inflação:
O monetarismo defendido por Knight, tal como o de Friedman, vai além do
controle da inflação e envolve a emissão de moeda, a teoria dos preços
(Friedman e Stigler), ou mesmo a necessidade de existência de bancos
centrais.Tudo isso também importa no maior ou menor papel do Estado e,
por conseguinte, o seu poder de tributar. A própria inflação pode interessar
ao Estado que com isso arrecada mais, sem que se submeta aos princípios
do consentimento e da representação (CORREIA; FALCÃO, p.19, 2016).
Em síntese, em sua obra, Frank Knight fez uma análise além dos campos da
economia, levando em consideração se a lógica do homem está apoiada na razão
ou nos sentimentos.
4 POLÍTICA ANTITRUSTE
No início dos anos 60, a Escola de Chicago trouxe novas ideias, tal como a
política antitruste, o posicionamento contra a intervenção estatal, as fusões
interpretadas como ilegais, com foco sempre na eficiência, almejando o aumento do
bem-estar do consumidor, tendo em vista a grande influência que sofre da teoria
econômica neoclássica:
2
Pode-se, portanto, concluir que a política antitruste da Escola de Chicago
era desenvolvida a partir de dois supostos: o primeiro afirmava que a melhor
política antitruste disponível no mundo real para maximizar eficiência era a
obtida a partir da teoria do preço do modelo neoclássico; o segundo, por
sua vez, afirmava que a eficiência econômica deveria ser o único objetivo
da aplicação da política antitruste (FERRAZ, 2012, p.194) .
Não é possível determinar se um ato é prejudicial através do nível de
concentração.
A ideia de monopólio, segundo a Escola de Chicago, seria uma ideia ilógica,
afinal o monopólio acabaria sendo dissolvido pelo mercado, pois atrairia novos
agentes para determinado nicho.
Segundo o pensamento da Escola de Chicago, o objetivo das leis antitrustes
seria a eficiência econômica, com esta podendo ser dividida em alocativa e
produtiva.
A Escola de Chicago preocupa-se principalmente com a eficiência alocativa em
detrimento à eficiência produtiva. A eficiência produtiva busca com que a produção
de um bem seja feita com o menor gasto possível (FERRAZ, 2002).
Já a eficiência alocativa (ou melhoria de Pareto), segundo a definição de
Pareto, através da comparação de resultados de diferentes instituições econômicas,
seria a alocação de recursos que melhora a condição de um agente econômico, sem
piorar a situação de outro agente (FERRAZ, 2002).
Devido à "idealização" da eficiência de Pareto, a Escola de Chicago defendeu
a eficiência de Kaldor-Hicks, em que a eficiência alocativa seria aquela em que os
ganhos superam as perdas.
Para a Escola de Chicago, a condição eficiente ótima de produção seria aquela
com o mínimo de custos.
Ainda, a Escola de Chicago caracteriza-se também pela visão de ceticismo
quanto às intervenções governamentais, justificando-se no posicionamento de que o
mercado, sozinho, poderia solucionar problemas como abusos de mercado
(FERRAZ, 2002).
A Escola de Chicago apresentou um olhar inovador sobre defesa da
concorrência de mercado:
O antitruste, sob o prisma da Escola de Chicago, podia ser considerado
paradoxal, visto que, ao mesmo tempo que preserva a concorrência, a
combate. Em poucas palavras, na concepção de Chicago, se uma estrutura
concentrada resultasse na observação de um mercado eficiente, seus
3
efeitos anticompetitivos estariam sendo compensados, e, portanto, essa
seria uma estrutura aceita em uma eventual aplicação de política antitruste
(FERRAZ, 2012, p.199).
No final dos anos 90 surgiu a chamada “Nova Escola de Chicago”, que
apresentava uma nova visão antitruste, em que a lei é importante na regulação,
afinal a legislação tem grande influência sobre os agentes (FERRAZ, 2002).
Nos dias de hoje, não há o domínio de uma determinada visão acerca da
política antitruste.
5 O PENSAMENTO DE FRIEDMAN
Milton Friedman se inspirava pela conceituação de Adam Smith, desta forma
evoluindo em suas ideias econômicas, tornando-se expoente monetarista na Escola
de Chicago. Suas linguagens eram difíceis de compreender pois sua predisposição
sempre foi expositiva sem modismo.
No início de sua carreira gerou polêmicas sobre suas falas sobre metodologia
da economia relacionado positivista e instrumentalista. Seus diversos estudos
envolveram várias observações como acutíssimos (agudos), hiperinflação (inflação)
e ideias Keynesiana:
Tornou-se muito conhecido devido a sua defesa do mercado livre e
competitivo como organizador da atividade econômica, sem cartéis ou
monopólios; pela sua defesa da liberdade de escolha das pessoas atuando
nos mercados, como um valor social básico. E, assim, foi um dos pioneiros
dos estudos das chamadas falhas de governo, em contraposição às falhas
de mercado enfatizadas pelos textos de economia da época. Ficava
indignado com a arrogância impositiva, o imenso desperdício, a má gestão
e a busca do interesse pessoal que ocorre no seio dos governos
(GONÇALVES, 2006, p.56).
Segundo o ponto de vista do economista americano Milton Friedman, a solução
para a economia seria o livre mercado.
Friedman defende que a liberdade econômica é essencial para que exista a
liberdade política.
Para Friedman, uma maior atuação estatal em prol do bem-estar social exige a
maior cobrança de tributos.
4
Porfalhas do governo em requisitos ao mercado enfatizando, desta forma,
fazendo que o operário trabalhe mais tempo e ganhar uma garantia de sustento
através de uma renda mínima para si e sua família.
Devido a esses atos do governo Friedman defende o valor social, através de
uma renda mínima para uma sociedade poderia causar danos em diversas vidas
como azar, doenças, pobre herança material ou genética, entre outros. E em sua
fala certamente com o aumento desse “salário” poderia possibilitar que os sujeitos
tenham o acesso à liberdade entre escolhas e obrigações, fazendo que tenha
diminuição aos requisitos danos e pela corrupção do governo e em geral.
Nesse contexto, considerando a área social, percebe-se a necessidade de uma
maior distribuição de renda e auxílio aos mais necessitados.
Para a Escola de Chicago, uma mudança no modelo de arrecadação de
tributos geraria um embate entre liberdade e igualdade (CORREIA; FALCÃO, 2016).
Além disso:
Para o autor, a arrecadação de tributos e os gastos públicos envolvem a
concessão de poderes discricionários à elite política que, com o auxílio da
burocracia estatal, administra recursos tomados de outrem em benefício de
terceiro (CORREIA; FALCÃO, p.16, 2018).
Ainda, Friedman afirma que caso haja uma minoria bem-sucedida,
empreendedora e afeita ao risco, esta acabaria por influenciar a maioria que,
imitando-as, aumentaria a produtividade de toda sociedade. A competição que daí
surgiria acabaria por evitar a concentração de poderes econômico e político. Este é,
em síntese, o pensamento liberal de Friedman (CORREIA; FALCÃO, 2016).
Desta forma, sua ideia era defender à população ao governo, fazendo que sua
opinião puxasse justamente a questão política onde conviveu.
6 CONCLUSÃO
Neste trabalho, abordou-se acerca dos fundamentos da Escola de Economia
de Chicago e dos pensamentos desenvolvidos pelos seus membros, e conclui-se
que até o presente, pode-se analisar e constatar a presença de elementos e
pensamentos chicagoanos, mostrando que sua influência segue até os dias de hoje.
5
Desenvolver este trabalho foi extremamente importante para aprimorar nossos
conhecimentos e compreensão em relação às características da Escola de
Economia de Chicago e de seus economistas, uma vez que nos ocorreu um maior
aprofundamento acerca do tema, além de ter nos permitido aperfeiçoar
competências como comunicação, organização e seleção de informações.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Rogério P. de. A Construção do Conceito de Incerteza: uma comparação
das contribuições de Knight, Keynes, Shackle e Davidson. Nova Economia, Belo
Horizonte. v.2. n.21. p.171-195, 2011.
CORREIA, Edmundo; FALCÃO, Maurin Almeida. Elites, A Escola de Chicago e o
Tributo. Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas, Pouso Alegre. v.34. n.1.
p.1-20, 2018.
FERRAZ, André Santos. As Abordagens Teóricas sobre Atos de Concentração das
Escolas de Harvard e Chicago. RDC, Brasília. v.2. n.2. p.180-206, 2014.
FIGUEIREDO, Tatiana Silva Poggi de. Do liberalismo ao neoliberalismo:as
influências do ideário liberal na conformação da Escola de Chicago. Leituras de
Economia Política, Campinas, n.15, p.97-127, 2009.
GONÇALVES, Antonio Carlos Porto. As lições de Milton Friedman. Conjuntura
Econômica, p.54-56, 2006.

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