Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Dra. Tais Fortes UNIDADE II Enfermagem Integrada A resolução do Cofen n. 567 (BRASIL, 2018) regulamenta a competência da equipe de enfermagem no cuidado às feridas. De acordo com essa resolução, cabe ao enfermeiro capacitado a avaliação e prescrição de coberturas para tratamento das feridas crônicas. Esta resolução determina que cabe ao enfermeiro avaliar, prescrever e executar curativos em todos os tipos de feridas em pacientes sob seus cuidados, além de coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidado de pessoas com feridas. Prevenção e tratamento de feridas Deve-se considerar fatores que interferem no processo de cicatrização como idade e o seu estado nutricional, pacientes acamados ou em uso de cadeira de rodas. A cicatrização é um processo sistêmico, isso significa que depende do organismo como um todo, seu estado nutricional, emocional, psicossocial e ambiental evitando focar-se apenas na ferida, realizando controle rigoroso de doenças de base como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Melittus (DM). Pacientes com DM e HAS possuem maior probabilidade de desenvolver feridas crônicas por complicações vasculares, podendo ser potencializados por outros fatores como o tabagismo e a obesidade. Fatores que comprometem a perfusão tecidual, aumentando o risco de desenvolver lesões e dificultando a cicatrização quando elas ocorrem. Prevenção e tratamento de feridas – Avaliação A cicatrização pode ser classificada em: Primeira intenção: ocorre em feridas pequenas em que as bordas estão próximas, não apresentam infecção e nem muito edema, as bordas são unidas por meio de sutura. Segunda intenção: ocorre grande perda de tecido, maior afastamento das bordas com ou sem infecção, as características impedem a sutura e as lesões são mantidas abertas, deixando-as se fecharem por meio de epitelização. Pode ser seguida de aproximação mecânica após uma primeira fase de cicatrização. Terceira intenção: durante o processo de aproximação das bordas da ferida, ocorre abertura da lesão, também conhecida como “Deiscência”, devendo ser identificada a causa, para posterior tratamento, podendo ser indicada a limpeza ou desbridamento. Prevenção e tratamento de feridas – Cicatrização O enfermeiro, ao realizar a avaliação da ferida, deve observar todo seu aspecto a fim de decidir qual o melhor tratamento a ser seguido: Considera a área de abrangência e extensão da lesão por meio de medidas de largura e comprimento para realização de comparação e evolução da ferida. Avalia o aspecto da área adjacente que se estende ao redor da ferida observando se está íntegra, lacerada, macerada, com presença de eczema, celulite, edema, corpos estranhos ou sujidades. Avalia o aspecto da lesão, tipo de tecido predominante (granulação, esfacelo ou necrose). Quanto ao exsudato, é importante observar a quantidade e a característica, no que se refere à coloração, o volume, se muito ou pouco, se fluido ou espesso, purulento, hemático, seroso ou serossanguíneo, além da presença ou não de odor. Considerar se há a dor e suas características. Investigar sinais de infecção. Prevenção e tratamento de feridas O processo de cicatrização de uma lesão ou ferida se dá de maneira gradativa, preparando e reparando a pele. São tecidos participantes destes processos: Tecido de granulação: com coloração rósea ou avermelhada, é de extrema importância no processo de cicatrização, aparentemente brilhante e úmido. É rico em colágeno, localizado na superfície da lesão, indolor, porém sangra ao mínimo toque, implicando em muito cuidado na realização da limpeza e no curativo. Tecido epitelial ou de epitelização: aparece posteriormente na ferida como um novo tecido róseo e brilhante, desenvolve-se a partir das bordas, favorecendo o fechamento da ferida. Tecido macerado: caracterizado pela borda esbranquiçada, indica o extravasamento de líquido e exsudato, o excesso de umidade na ferida dificulta a exsudação. Prevenção e tratamento de feridas Esfacelo (necrose de liquefação): é uma membrana fibrosa, composta de conjunto de células mortas acumuladas no exsudato, dificulta o crescimento das células saudáveis e a aproximação das bordas da ferida. Fibrina: é proteína formada no plasma, a partir da ação da trombina sobre o fibrinogênio e que é a principal componente dos coágulos sanguíneos. Contribui para a cicatrização, desde que não seja em excesso, o que pode deixar as bordas com restrição de crescimento. Tecido necrótico: resultante da morte celular e tecidual e perda da função orgânica e do metabolismo de forma irreversível. Prevenção e tratamento de feridas Existem componentes no preparo do leito da ferida, e cada um deles enfoca uma diferente anomalia fisiopatológica que compromete a lesão crônica. Estes componentes oferecem aos Enfermeiros uma abordagem global do tratamento das lesões crônicas, amparada nos termos do acrônimo TIMERS. Prevenção e tratamento de feridas Acrônimo Significado T Tecido inviável ou deficiente I Infecção ou inflamação M Manutenção da umidade E Epitelização da margem R Reparação/Regeneração S Situação Social, Psicossocial, Adesão, Compreensão e escolha do paciente A avaliação de uma lesão ou ferida é ato privativo do enfermeiro. Para estabelecer a conduta, ele deve observar: a) Aspectos nutricionais e idade do paciente. b) Condição socioeconômica e estatura. c) Participação do paciente e presença de resíduos tóxicos. d) Umidade da região afetada, deve ser mantida sempre bem úmida. e) Se a cobertura prescrita é de boa duração. Interatividade A avaliação de uma lesão ou ferida é ato privativo do enfermeiro. Para estabelecer a conduta, ele deve observar: a) Aspectos nutricionais e idade do paciente. b) Condição socioeconômica e estatura. c) Participação do paciente e presença de resíduos tóxicos. d) Umidade da região afetada, deve ser mantida sempre bem úmida. e) Se a cobertura prescrita é de boa duração. Resposta Lançado em 2013 pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa, propõe um conjunto de medidas para prevenir e reduzir a ocorrência de incidentes nos serviços de saúde – eventos ou circunstâncias que poderiam resultar ou que resultaram dano desnecessário ao paciente. A primeira medida é a obrigatoriedade de todos os hospitais do País, públicos e privados, criarem os Núcleos de Segurança do Paciente. Esses núcleos deverão promover ações para a implantação da gestão de risco no serviço de saúde, com vistas à segurança do paciente, e integração e articulação multiprofissional nos processos de gerenciamento e gestão de riscos. Sua missão é também, entre outros pontos, fixar e acompanhar o uso dos protocolos de segurança do paciente. Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) Passo 1 – identificação do paciente A identificação do paciente é prática indispensável para garantir sua segurança em qualquer ambiente de cuidado à saúde, incluindo, por exemplo, unidades de pronto atendimento, coleta de exames laboratoriais, atendimento domiciliar e em ambulatórios. Passo 2 – cuidado limpo e cuidado seguro (higienização das mãos) Higienizar as mãos é remover sujidade, suor, oleosidade, pelos e células descamativas da microbiota da pele, com a finalidade de prevenir e reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde. Passo 3 – cateteres e sondas (conexões corretas) A administração de fármacos e soluções por cateteres, sondas e seringas é prática de enfermagem comum que pode ser desenvolvida em ambientes de atendimento à saúde. 10 passos para segurança do paciente Passo 4 – cirurgia segura Apresenta medidas para tornar o procedimento cirúrgico mais seguro e ajudar a equipe de saúde a reduzir a ocorrência de danos ao paciente, promovendo a realização do procedimento certo, no local e paciente corretos. O uso de uma ou de várias listasde verificação (checklist) traz inúmeras vantagens. Passo 5 – sangue e hemocomponentes (administração segura) A administração intravenosa de sangue total ou hemocomponentes é feita de um indivíduo (doador) para outro (receptor). Passo 6 – paciente envolvido com sua segurança O paciente pode e deve contribuir para a qualidade dos cuidados à sua saúde, fornecendo informações importantes a respeito de si mesmo e interagindo com os profissionais da saúde. 10 passos para segurança do paciente Passo 7 – comunicação efetiva A comunicação é um processo recíproco, uma força dinâmica capaz de interferir nas relações, facilitar e promover o desenvolvimento e o amadurecimento das pessoas, influenciando comportamentos. Passo 8 – prevenção de queda A queda pode ser definida como a situação na qual o paciente, não intencionalmente, vai ao chão ou a algum plano mais baixo em relação à sua posição inicial. 10 passos para segurança do paciente Passo 9 – prevenção de lesão por pressão Lesão por pressão é uma lesão na pele e/ou nos tecidos ou estruturas subjacentes, geralmente localizada sobre uma proeminência óssea, resultante de pressão isolada, ou combinada com fricção e/ou cisalhamento. Passo 10 – segurança na utilização da tecnologia A segurança na utilização da tecnologia compreende o benefício e o impacto no uso de um ou mais recursos em prol do restabelecimento da saúde do paciente. 10 passos para segurança do paciente A segurança do paciente envolve toda a equipe de saúde, paciente e acompanhante. São dez passos e entre eles: a) Dieta correta. b) Leito correto. c) Médico identificado. d) Exames corretos. e) Paciente identificado. Interatividade A segurança do paciente envolve toda a equipe de saúde, paciente e acompanhante. São dez passos e entre eles: a) Dieta correta. b) Leito correto. c) Médico identificado. d) Exames corretos. e) Paciente identificado. Resposta Os registros de enfermagem são essenciais para o processo do cuidar. Além de possibilitar uma comunicação segura entre os profissionais de enfermagem e a equipe de saúde, servem ainda a inúmeras finalidades relacionadas ao ensino, pesquisa, esclarecimento de processos éticos e judiciais, bem como para a avaliação da qualidade da assistência prestada, entre outros. Cada pessoa que escreve no prontuário de um paciente é responsável pela informação ali anotada. Informatização em saúde No Brasil, na década de 1970, o Processo de Enfermagem (PE) surge como um modelo operacional para a assistência desenvolvido com conceitos e sistemas de classificação. É composto por fases: 1) histórico, anamnese, entrevista e/ou exame físico; 2) diagnóstico de enfermagem ou problema de enfermagem; 3) metas terapêuticas e determinação do nível de seu alcance em termos de tempo e de abrangência; 4) prescrições e aprazamento; 5) implantação da ação terapêutica, conduta terapêutica ou intervenções, operacionalização da conduta terapêutica de uma abordagem individualizada do problema; 6) avaliação, evolução. Informatização em saúde Cipe – Em 1989, foi apresentada ao Conselho Internacional de Enfermagem (CIE), durante o Congresso Quadrienal em Seul, Coreia, a necessidade de desenvolvimento de um sistema classificatório internacional. Como resposta, o CIE iniciou, em 1991, o projeto da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – CIPE®. North American Nursing Diagnosis Association – Nanda – A utilização das taxonomias Nanda/NIC/NOC no processo de sistematização da assistência de enfermagem possibilitou o estabelecimento de uma ligação entre as etapas do processo, favoreceu a aplicação do método científico à práxis de enfermagem, mostrou-se factível do ponto de vista do alinhamento entre as três taxonomias, foi compatível com o referencial teórico adotado, e possibilitou a inclusão de técnicas comunicacionais e educacionais no processo de cuidar. Modelos de registro de Enfermagem Nursing Intervention Classification NIC – foi elaborada, pois, por meio da utilização da linguagem para diagnósticos de enfermagem da Nanda, surgiu a necessidade de criar uma classificação padronizada similar para as áreas de intervenção e resultados. Nursing Outcomes Classification NOC – método padronizado para documentar os resultados, NOC ou Classificação dos resultados de enfermagem, tem como objetivo definir intervenções de resultados, de forma a facilitar a sua utilização. Modelos de registro de Enfermagem Conhecido como Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), é atualmente um grande desafio na área da informática, sua implantação nas unidades hospitalares, ambulatoriais e demais serviços abre uma discussão quanto a mudanças históricas dos processos de trabalho, rotinas assistenciais, preceitos éticos, armazenamentos dos dados exigidos em lei, informatização de todos os setores prioritários, planejamento e capacitação de todos os envolvidos. O PEP deve contemplar todos os atendimentos e internações, inclusive os de emergência ou de Unidades Básicas de Saúde (UBS), permitindo o acompanhamento de cada evento com uma visão detalhada da história e da evolução clínica dos pacientes. Todas as áreas devem estar envolvidas, iniciando pela gestão hospitalar que deve ter a visão dos participantes em cada ação como almoxarifado, farmácia, serviço de nutrição, higiene e manutenção, além de serviços ligados diretamente ao paciente. Prontuário Eletrônico (PEP) de Sistema de Informações em Enfermagem e Prontuário Pessoal Possibilita que o serviço de saúde, pacientes, gestores, seguradora de saúde interajam de forma eficiente, com meios de armazenar o histórico dos atendimentos, imagens diagnósticas, dados relevantes dos tratamentos anteriores. A implantação do PEP precisa estar inserida em uma política institucional porque envolve, além do cuidado ao paciente, a parte administrativa e a auditoria. Prontuário Eletrônico (PEP) de Sistema de Informações em Enfermagem e Prontuário Pessoal A Telessaúde, como componente da Estratégia de Saúde Digital para o Brasil, tem como finalidade a expansão e melhoria da rede de serviços de saúde, sobretudo da Atenção Primária à Saúde (APS), e sua interação com os demais níveis de atenção fortalecendo as Redes de Atenção à Saúde (RAS) do SUS. Após a publicação do Decreto n. 9795, de 17 maio de 2019, o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Saúde Digital, estabelecerá as Diretrizes para a Telessaúde no Brasil, no âmbito do SUS: Transpor barreiras socioeconômicas, culturais e, sobretudo, geográficas, para que os serviços e as informações em saúde cheguem a toda população; Maior satisfação do usuário, maior qualidade do cuidado e menor custo para o SUS; E-saúde, Telessaúde Atender aos princípios básicos de qualidade dos cuidados de saúde: segura, oportuna, efetiva, eficiente, equitativa e centrada no paciente; Reduzir filas de espera; Reduzir tempo para atendimentos ou diagnósticos especializados; Evitar os deslocamentos desnecessários de pacientes e profissionais de saúde. Telessaúde no Brasil Teleconsultoria – é uma consulta registrada e realizada entre trabalhadores, profissionais e gestores da área de saúde, por meio de instrumentos de telecomunicação bidirecional, com o fim de esclarecer dúvidas sobre procedimentos clínicos, ações de saúde e questões relativas ao processo de trabalho, podendo ser síncrona (realizada em tempo real, geralmente por chat, web ou videoconferência) ou assíncrona (por meio de mensagens off-line); Telediagnóstico – é um serviço autônomo que utiliza as tecnologias de informação e comunicação para realizar serviços de apoio ao diagnóstico a distância e temporal; Tele-educação – conferências, aulas e cursos, ministrados por meio da utilização das tecnologias de informação e comunicação; e Telessaúde – Serviços Segunda Opinião Formativa– é uma resposta sistematizada, construída com base em revisão bibliográfica, nas melhores evidências científicas e clínicas e no papel ordenador da atenção básica à saúde, a perguntas originadas das teleconsultorias e selecionadas a partir de critérios de relevância e pertinência em relação às diretrizes do SUS. As Teleconsultorias, os Telediagnósticos, as Segundas Opiniões Formativas e as ações de Tele-educação demandadas pelos profissionais de saúde do SUS poderão ser elaborados e respondidos por Teleconsultores a partir de qualquer Núcleo de Telessaúde Técnico- Científico ou Ponto de Telessaúde. Telessaúde – Serviços Por meio da Resolução 696/2022, Cofen normatiza atuação da Enfermagem em Saúde Digital. A prática de Telenfermagem engloba Consulta de Enfermagem, Interconsulta, Consultoria, Monitoramento, Educação em Saúde e Acolhimento da Demanda Espontânea, mediadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A emissão de receitas e a solicitação de exames a distância deverão ser feitas com o uso de assinatura eletrônica, por meio de certificados e chaves emitidos pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). O exercício da Telenfermagem deve ser feito por meio de plataformas adequadas e seguras. Todas as ações deverão ser registradas, para garantir o armazenamento, a guarda e a segurança dos dados pessoais sensíveis. Todas as ações mediadas por TICs devem ser antecedidas de consentimento expresso do paciente. A autorização poderá ser por escrito ou de forma verbal, desde que o enfermeiro transcreva em prontuário físico ou eletrônico ou no registro de atividades coletivas. Telenfermagem é regulamentada no Brasil Com a tecnologia na vida das pessoas, a saúde não poderia ficar de fora. Assinale a alternativa correta: a) Após o teleatendimento, as gravações são descartadas. b) O atendimento pessoal não pode ser substituído. c) A enfermagem está autorizada a realizar teleatendimento. d) As redes não validam os exames compartilhados. e) O usuário do serviço não precisa se identificar. Interatividade Com a tecnologia na vida das pessoas, a saúde não poderia ficar de fora. Assinale a alternativa correta: a) Após o teleatendimento, as gravações são descartadas. b) O atendimento pessoal não pode ser substituído. c) A enfermagem está autorizada a realizar teleatendimento. d) As redes não validam os exames compartilhados. e) O usuário do serviço não precisa se identificar. Resposta Os hemocomponentes e hemoderivados se originam da captação de sangue por um doador. No Brasil, este processo está regulamentado pela Lei n. 10.205, de 21 de março de 2001, e por regulamentos técnicos editados pelo Ministério da Saúde. Toda doação de sangue deve ser voluntária e não gratificada direta ou indiretamente, assim como o anonimato do doador deve ser garantido. As técnicas atuais de processamento permitem a produção e o armazenamento de diferentes hemocomponentes com preservação de suas características terapêuticas, possibilitando que menor volume e somente elementos sanguíneos dos quais o receptor necessita sejam aplicados, o que minimiza os riscos inerentes à terapêutica transfusional. A partir de uma única doação, vários pacientes poderão ser beneficiados de forma mais segura. Hemocomponente e hemoderivados Hemocomponentes e hemoderivados são produtos diferentes. Quando gerados um a um nos serviços de hemoterapia, a partir do sangue total, por meio de processos físicos (centrifugação, congelamento) são denominados hemocomponentes. Quando obtidos em escala industrial, a partir do fracionamento do plasma por processos físico-químicos, são denominados hemoderivados. Hemocomponente e hemoderivados Hemocomponentes Hemoderivados Sangue total (ST) Plasma rico em plaqueta (PRP) Concentrado de plaquetas (CP) Crioprecipitado (CRIO) Albumina Globulinas Concentrado de fatores de coagulação Plasma fresco congelado (PFC) Plasma de 24h (P24) Concentrado de hemácias (CH) Fonte: Anvisa (2009). Conferir os resultados dos exames que aparecem no rótulo da bolsa; Iniciar a transfusão até 30 minutos após o recebimento do hemocomponente; Antes de instalar o equipo, certificar-se de que o paciente pode receber a transfusão; Atentar para o tempo de cada hemocomponente, conforme preconizado. Hemocomponente e hemoderivados – Enfermagem Garantir, sempre que possível, a assinatura do Termo de Consentimento Informado, pelo paciente, familiar/responsável; Analisar e conferir a solicitação de transfusão, certificando que foi realizada em formulário próprio, contendo todos os requisitos definidos pela legislação, ou a recusa da mesma, se incompleta, inadequada, ilegível ou rasurada; Certificar que o hemocomponente foi preparado conforme protocolo institucional, obedecendo às normas técnicas, desde a coleta de amostra aos testes pré-transfusionais; Assegurar que o hemocomponente liberado para transfusão contenha identificação da doação e resultados dos exames sorológicos, validade e integridade do hemocomponente, identificação do receptor e resultado dos exames pré-transfusionais; Pré-procedimento Certificar que o paciente ou responsável legal está ciente e autoriza a transfusão. A recusa deverá ser registrada em prontuário e comunicada ao médico solicitante; Verificar a permeabilidade da punção, o calibre do cateter, presença de infiltração e sinais de infecção, para garantir a disponibilidade do acesso; Confirmar obrigatoriamente a identificação do receptor, do rótulo da bolsa, dos dados da etiqueta de transfusão, validade do produto, realização de inspeção visual da bolsa (cor e integridade) e temperatura, por meio de dupla checagem (Enfermeiro e Técnico de Enfermagem) para segurança do receptor; Pré-procedimento Manter a etiqueta de transfusão afixada à bolsa durante todo o procedimento de transfusão, de forma a permitir a conferência imediata e a qualquer momento dos dados de identificação do paciente, do hemocomponente e resultados dos testes pré-transfusionais. Afixar a etiqueta de transfusão ao prontuário do paciente após o término da transfusão; Certificar que os sinais vitais sejam aferidos e registrados para analisá-los antes, durante e após a transfusão; Garantir acesso venoso adequado, exclusivo e equipo com filtro para macroagregados (170µ); Pré-procedimento Confirmar novamente a identificação do receptor, confrontando com a identificação na pulseira, e rótulo do insumo a ser infundido; Verificar duas vezes o rótulo do hemocomponentes para assegurar-se de que o grupo e tipo Rh concordam com o registro de compatibilidade; Verificar se o número e tipo no rótulo do sangue ou hemoderivado no prontuário do paciente estão corretos confirmando mais uma vez em voz alta o nome completo do paciente; Verificar o conteúdo da bolsa, quanto a bolhas de ar e qualquer alteração do sangue ou hemocomponente (bolhas de ar podem indicar crescimento bacteriano; a coloração anormal ou turvação podem ser sinais de hemólise); Intraprocedimento Assegurar que a transfusão seja iniciada nos 30 minutos após a remoção da bolsa da Conservadora de Hemácias do banco de sangue; Iniciar a transfusão com gotejamento lento e mantendo a etiqueta afixada à bolsa durante a infusão; Monitorar o paciente e informar ao Serviço Transfusional sobre qualquer efeito adverso imediato ou tardio da transfusão. Intraprocedimento Verificar que os sinais vitais sejam aferidos e compará-los com as medições de referência; Descartar adequadamente o material utilizado e assegurar que todos os procedimentos técnicos, administrativos, de limpeza e desinfecção e do gerenciamento de resíduos sejam executados em conformidade com os preceitos legais e critérios técnicos cientificamente comprovados; Todas asatividades relacionadas à doação e transfusão de sangue devem ser registradas e documentadas de forma a garantir a rastreabilidade dos processos e produtos, desde a obtenção até o destino final, incluindo a identificação do profissional que realizou o procedimento. O registro da transfusão no prontuário do paciente deve conter obrigatoriamente: data, horário de início e término; sinais vitais no início e no término; origem e identificação das bolsas dos hemocomponentes transfundidos; identificação do profissional que a realizou; registro de reações adversas, quando for o caso. Monitorar o paciente quanto à resposta e à eficácia do procedimento. Pós-transfusão As reações Transfusionais (RT) imediatas são aquelas que podem acontecer desde a instalação do hemocomponente até 24 horas após. Podem ser divididas ainda em imunes e não imunes, a depender da causa, e ter diferentes níveis de gravidade. A equipe assistencial deve reconhecer e conter os danos o mais rápido possível de modo que o risco do receptor seja o mínimo possível e a atuação médica e de enfermagem seja adequada e resolutiva. Reações Tranfusionais De forma geral, as condutas que devem ser adotadas ao mínimo indício de alguma das reações imediatas deve ser: Interromper imediatamente a transfusão; Manter acesso venoso com SF 0,9%; Conferir os dados da bolsa com os dados do paciente; Chamar o médico assistente; Verificar sinais vitais e padrão respiratório; Medicar conforme prescrição médica; Coletar nova amostra do paciente; Enviar amostra, a FIT e a bolsa junto com o equipo para o serviço de hemoterapia; Comunicar à Agência Transfusional; Realizar notificação no Prontuário e setor responsável. A terapia com hemoderivados é utilizada com frequência e impõe alguns cuidados. Está correto afirmar que: a) Todos podem doar sangue. b) Há vários procedimentos para serem realizados antes, durante e depois da transfusão. c) Se houver reação à transfusão, a mesma deve ser concluída antes de ser retirada. d) Uma bolsa de sangue não utilizada deve ser descartada no lixo do posto de enfermagem. e) Hemoderivados e hemocomponentes são sinônimos. Interatividade A terapia com hemoderivados é utilizada com frequência e impõe alguns cuidados. Está correto afirmar que: a) Todos podem doar sangue. b) Há vários procedimentos para serem realizados antes, durante e depois da transfusão. c) Se houver reação à transfusão, a mesma deve ser concluída antes de ser retirada. d) Uma bolsa de sangue não utilizada deve ser descartada no lixo do posto de enfermagem. e) Hemoderivados e hemocomponentes são sinônimos. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar