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1- Ramos do Trigêmeo e Vasc. do Olho 2- Fisiopatologia da Dengue 3- Febre da Dengue e Antipiréticos Doenças FebrisDoenças Febris AgudasAgudas SP 2.2 SP 2.2Morfo e Lab Gabriella Faria Tutoria TBL 4- Doenças Febris - Foco em Dengue 5- Epidemiologia, Sintomas e Alertas 6- Grupos de Dengue 7 a 9 - Infecções de Pele e de Partes Moles 10 - Referências Vascularização do Olho Ramos do Trigêmeo Nervo Maxilar -> Sensitivo Receptores nervosos para a face abaixo dos olhos e para a região maxilar Nervo Mandibular -> Motor e Sensitivo Sensibilidade da porção mais inferior da face, a região da mandíbula e o assoalho da cavidade oral. Fornece ramos motores para todos os músculos mandibulares, incluindo os músculos da mastigação. Um importante ramo que inerva a língua é o nervo lingual. Algumas Aplicações Clínicas 1 Ramos do Trigêmeo e Vasc. do OlhoRamos do Trigêmeo e Vasc. do Olho Nervo Oftálmico -> Sensitivo Inervação da fronte, do nariz e das regiões oftálmicas da face. Deixa o crânio através da fissura orbitária superior na parte óssea da órbita. Subramo nasociliar -> se relaciona diretamente com a dor retro-orbital sentida na dengue. Na Herpes Zóster, há tropismo pelo SN, podendo acometer o trigêmeo e, portanto, o sub-ramo nasociliar -> Lesões na face e especialmente no nariz. O nervo trigêmeo (trigémeo) é o quinto nervo craniano Artéria Oftálmica Artéria Central da Retina (passa no disco óptico) Oftálmica superior e inferior Drenam para o seio cavernoso Artéria Carótida Interna Drenagem venosa: Dor Retro-Orbital e Dengue Algumas Aplicações Clínicas DENGUE Frequência Cardíaca Débito Cardíaco Volume Sistêmico Permeabilidade Capilar Extravasamento de Plasma Hematócrito Alterações Morfológicas da Dengue Macrófagos/ Monócitos Vírus Miócitos TNF-a AAS Mialgia Dor Retro-orbital Histamina + Permeabilidade Citocina IL-6 Febre Plaquetopenia Ligação Irreversível com as plaquetas Diminuição da função plaquetária! Poucas plaquetas circulantes CHOQUE HIPOVOLÊMICO A dor retro-orbital é uma característica comum das doenças febris agudas, incluindo a dengue A dor retro-orbital é uma dor intensa atrás dos olhos, que é descrita pelos pacientes como uma sensação de pressão ou peso. Acredita-se que a dor retro-orbital seja causada pela inflamação e congestão dos seios paranasais e da órbita. 2 Fisiopatologia da DengueFisiopatologia da Dengue Alterações celulares: A infecção pelo vírus da dengue pode causar alterações nas células sanguíneas, incluindo linfócitos, plaquetas e células vermelhas do sangue. Essas alterações podem levar a uma diminuição do número de plaquetas no sangue, o que aumenta o risco de sangramento. Inflamação: A infecção pelo vírus da dengue pode causar inflamação em vários órgãos, incluindo o fígado, pulmões e coração. A inflamação pode levar a danos nos órgãos e a sintomas como dor abdominal e dificuldade respiratória. Necrose: A infecção pelo vírus da dengue pode causar necrose (morte de tecido) em órgãos como o fígado e os rins. A necrose pode levar a insuficiência de órgãos e é uma das principais causas de morte na dengue hemorrágica. Edema: A infecção pelo vírus da dengue pode causar edema (acúmulo de líquido) em vários órgãos, incluindo o cérebro. O edema cerebral pode levar a sintomas como dor de cabeça intensa, confusão e convulsões. Além da dor retro-orbital, as doenças febris agudas, como a dengue, podem causar várias alterações morfológicas, que incluem: A estimulação excessiva ou irritação do nervo nasociliar pode levar à dor retro-orbital. Acredita-se que a inflamação e congestão dos seios paranasais, que são inervados pelo subramo nasociliar, possam contribuir para a dor retro- orbital na dengue. A relação entre o subramo nasociliar e a dor retro-orbital é: RNA vírus de fita simples Gênero Flavivirus Transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti Quando o mosquito infectado pica um ser humano, o vírus é introduzido no corpo e se replica nas células do sistema imunológico, incluindo os macrófagos. O vírus infecta vários tecidos, incluindo o fígado, baço e linfonodos. Vírus da dengue A dengue grupo A e grupo B causam sintomas semelhantes, incluindo febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações e erupções cutâneas. No entanto, o curso da doença pode variar de leve a grave, dependendo do sorotipo do vírus envolvido e das características genéticas do hospedeiro. A patogênese da dengue grave (ou dengue hemorrágica) é mais complexa e envolve uma resposta imunológica exacerbada, levando a uma liberação excessiva de citocinas e danos ao endotélio vascular. Isso pode levar a uma diminuição da pressão sanguínea e risco de choque circulatório e falência de múltiplos órgãos. Febre na Dengue Efeito Antipirético no SNC Hipotálamo Prostaglandinas Ácido Araquidônico Paracetamol e Dipirona Temperatura Inibição Febre Diminui 3 Febre na Dengue e AntipiréticosFebre na Dengue e Antipiréticos Durante a infecção pelo vírus da dengue, o sistema imunológico do corpo é ativado e produz substâncias chamadas citocinas, que causam febre. A febre ajuda a aumentar a temperatura corporal, o que ajuda a inativar o vírus. Febre: alteração na temperatura por ação de interleucinas no hipotálamo: IL-6 IL-1 TNF TFN O vírus da dengue eleva IL-6 e TNF no endotélio do hipotálamo (receptor TLR) que aumenta a produção de PGE2. A febre na dengue é geralmente abrupta, com início súbito e pode durar de 2 a 7 dias. A temperatura pode chegar a 40°C e geralmente é acompanhada de outros sintomas, como: dor de cabeça dor nas articulações e nos músculos fadiga náuseas vômitos erupções cutâneas É importante lembrar que a febre alta e prolongada, especialmente em crianças, pode levar a complicações e exigir tratamento médico. É recomendado procurar um profissional de saúde se a febre persistir por mais de três dias ou se houver outros sintomas associados, como dor abdominal, vômitos persistentes, dificuldade em respirar ou erupções cutâneas graves. Inibição da cox no hipotálamo, inibindo a produção de prostaglandinas que atuam aumentando a temperatura Termorregulação na febre É um analgésico e antipirético amplamente utilizado Age inibindo a produção de prostaglandinas, que são responsáveis pela febre e dor. Pode causar danos ao fígado em doses elevadas ou em pacientes com problemas hepáticos. Anti-inflamatório não esteroide (AINE) que possui propriedades analgésicas e antipiréticas. Age inibindo a produção de prostaglandinas e outros mediadores inflamatórios. Pode causar problemas gastrointestinais em doses elevadas ou em pacientes com história de úlceras ou doenças gastrointestinais. AINE que possui propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. Age inibindo a produção de prostaglandinas e outros mediadores inflamatórios. Também é usado como um agente antiplaquetário em pacientes com doenças cardiovasculares. Pode causar problemas gastrointestinais, bem como sangramento e outras complicações em doses elevadas ou em pacientes com histórico de úlceras ou doenças gastrointestinais. Analgésico e antipirético A ação antipirética da dipirona é atribuída principalmente à sua capacidade de inibir a produção de prostaglandinas. Também pode atuar diretamente sobre os vasos sanguíneos, reduzindo a inflamação e a dor. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão reações alérgicas, distúrbios gastrointestinais e problemas de pele. Em casos raros, a dipirona pode causar agranulocitose, uma diminuição significativa no número de glóbulos brancos no sangue que pode levar a infecções graves. Os antipiréticos são medicamentos usados para reduzir a febre. No Brasil, os antipiréticos mais utilizados incluem o paracetamol, o ibuprofeno e o ácido acetilsalicílico (AAS). Paracetamol Ibuprofeno Ácido acetilsalicílico (AAS) (Aspirina) Dipirona Antipiréticos mais usados Principais Doenças Febris 4 Doenças Febris - Foco na DengueDoenças Febris - Foco na Dengue Dengue: A dengue é uma doençafebril aguda causada pelo vírus da dengue e transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. Sintomas: Mialgia, Febre alta, Dor de cabeça, Dor retroocular Influenza: A influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença respiratória aguda causada pelo vírus da influenza. Sintomas: Mialgia, Febre alta, Dor de cabeça, Tosse, Dor de garganta. Chikungunya: A chikungunya é uma doença febril aguda causada pelo vírus chikungunya e transmitida pela picada de mosquitos infectados. Sintomas: Mialgia, Febre alta, Dor de cabeça e Dor nas articulações. Febre do Nilo Ocidental: A febre do Nilo Ocidental é uma doença febril aguda causada pelo vírus do Nilo Ocidental e transmitida pela picada de mosquitos infectados. Sintomas: Mialgia Febre alta For de cabeça Dor nas articulações. Epidemiologia Sinais de Alerta 5 Epidemiologia, Sintomas e AlertasEpidemiologia, Sintomas e Alertas A dengue é uma doença viral endêmica em várias regiões tropicais e subtropicais do mundo, incluindo a América do Sul, Central e Caribe, África, Ásia e Oceania. O vírus da dengue é transmitido por mosquitos do gênero Aedes, principalmente o Aedes aegypti. Sintomas febre alta dor de cabeça dor retro-orbitária dores musculares e articulares náusea vômito dor abdominal erupções cutâneas Febre alta (geralmente maior que 39°C) que dura de 2 a 7 dias; Hemorragias (petéquias, equimoses, sangramento gengival, hemorragias nasais, sangue nas fezes ou na urina); Acumulação de líquidos (ascite, derrame pleural ou pericárdico); Hipotensão arterial; Taquicardia; Dificuldade respiratória; Confusão mental ou irritabilidade; Hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado); Prova de tourniquet positiva (presença de petéquias após a compressão do membro com um manguito inflado). A dengue tipo A e tipo B apresentam um quadro clínico semelhante, que geralmente inclui os seguintes sintomas: Em geral, os sintomas duram cerca de 7 dias, mas em alguns casos podem persistir por mais tempo. A dengue hemorrágica é uma forma grave da doença que pode evoluir para choque e falência múltipla de órgãos. As principais manifestações clínicas da dengue hemorrágica incluem: A dengue hemorrágica é uma emergência médica que requer cuidados intensivos e tratamento imediato. O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico frequente são fundamentais para prevenir complicações graves e óbito. Dor abdominal intensa e contínua; Vômitos persistentes; Acumulação de líquidos (ascite, derrame pleural ou pericárdico); Sinais de hemorragia (petéquias, equimoses, sangramento gengival, hemorragias nasais, sangue nas fezes ou na urina); Diminuição da pressão arterial (hipotensão); Aumento da frequência cardíaca (taquicardia); Dificuldade respiratória; Sonolência, irritabilidade ou confusão mental. Sinais de alerta da dengue são indicadores de que a doença pode estar progredindo para uma forma mais grave, como a dengue hemorrágica. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sinais de alerta da dengue incluem: Grupos de Risco Crianças com menos de 5 anos; Idosos acima de 65 anos; Gestantes; Pessoas com doenças crônicas (diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, entre outras); Imunodeprimidos (pessoas com HIV/AIDS, câncer, em tratamento com quimioterapia ou imunossupressores, entre outras condições); Viajantes para regiões endêmicas de dengue. Em casos suspeitos de dengue, o monitoramento clínico e laboratorial é essencial para detectar sinais precoces de gravidade. Sinais de Choque a) Taquicardia. b) Extremidades distais frias. c) Pulso fraco e filiforme. d) Enchimento capilar lento (>2 segundos). e) Pressão arterial convergente (<20 mm Hg). f) Taquipneia. g) Oliguria (< 1,5 ml/kg/h ). h) Hipotensão arterial (fase tardia do choque). i) Cianose (fase tardia do choque). Grupo A Grupo C Iniciar fase de expansão rápida parenteral imediatamente com solução salina isotônica: 20 ml/kg em até 20 minutos, podendo repetir até 3 vezes de acordo com avaliação clínica. Reavaliar clínica e hematológicamente a cada 15-30 minutos e hematócrito em 2 horas. Continuar monitorando os pacientes Realizar exames complementares obrigatórios como: hemograma completo dosagem de albumina sérica transaminases Recomenda-se radiografia de tórax e ultrassonografia de abdome. Outros exames podem ser realizados conforme a necessidade. Exames para confirmação de dengue são obrigatórios, mas não são essenciais para a conduta clínica. O paciente deve ser acompanhado em leito de terapia intensiva. Na resposta inadequada, caracterizada pela persistência do choque, deve-se avaliar o hematócrito e a coagulação. Hemorragias devem ser investigadas e pode ser necessária a transfusão de substâncias como plasma e plaquetas. A infusão de líquidos deve ser interrompida ou reduzida à velocidade mínima necessária se houver término do extravasamento plasmático, normalização da PA, pulso e perfusão periférica, diminuição do hematócrito na ausência de sangramento, diurese normalizada e resolução dos sintomas abdominais. Notificar o caso. Após preencher critérios de alta, o retorno para reavaliação clínica e laboratorial segue orientação conforme grupo B. a) Caso suspeito de dengue. b) Presença de sinais de choque, sangramento grave ou disfunção grave de órgãos. Conduta: 6 Grupos de DengueGrupos de Dengue a) Caso suspeito de dengue. b) Ausência de sinais de alarme. c) Sem comorbidades, grupo de risco ou condições clínicas especiais. Conduta • Exames laboratoriais complementares a critério médico. • Prescrever paracetamol e/ou dipirona. • Não utilizar salicilatos ou anti-inflamatórios não esteroides. • Orientar repouso e prescrever dieta e hidratação oral. Paciente com hematócrito normal: Paciente com surgimento de sinais de alarme: a) Caso suspeito de dengue. b) Ausência de sinais de alarme. c) Com sangramento espontâneo de pele (petéquias) ou induzido (prova do laço positiva). d) Condições clínicas especiais e/ou de risco social ou comorbidades (lactentes, menores de 2 anos, gestantes, idade acima de 65 anos, hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doenças hematológicas crônicas, doença renal crônica, doença ácido péptica, hepatopatias e doenças autoimunes). Conduta a) Solicitar exames complementares: • Hemograma completo, obrigatório para todos os pacientes. • Colher amostra no momento do atendimento. • Liberar o resultado em até 2 horas, no máximo 4 horas. • Avaliar a hemoconcentração. • Outros exames, de acordo com a condição clínica associada ou a critério médico. b) O paciente deve permanecer em acompanhamento e observação até o resultado dos exames. c) Prescrever hidratação oral. d) Prescrever paracetamol e/ou dipirona. e) Seguir conduta conforme reavaliação clínica e resultados laboratoriais: » Tratamento ambulatorial com reavaliação clínica diária. » Retorno para reclassificação do paciente, com reavaliação clínica e laboratorial diária, até 48 horas após a queda da febre ou imediata, na presença de sinais de alarme. » Liberar o paciente para o domicílio com orientações de se manter em repouso, não se automedicar, buscar serviço de urgência e eliminar criadouros do vetor. » Seguir conduta do grupo C. f) Notificar o caso. g) Os Exames específicos para confirmação não são necessários para condução clínica. Sua realização deve ser orientada de acordo com a situação Grupo B Para pacientes do Grupo C, iniciar a reposição volêmica imediata e realizar exames complementares obrigatórios, incluindo hemograma completo, dosagem de albumina sérica e transaminases, radiografia de tórax e ultrassonografia de abdome. Outros exames podem ser realizados conforme necessidade, e reavaliação clínica e hematócrito devem ser feitos após cada fase de expansão de hidratação. Se houver melhora clínica e laboratorial, iniciar a fase de manutenção, e se não houver melhora, conduzir como Grupo D. Exames para confirmação de dengue são obrigatórios, mas nãoessenciais para conduta clínica. Prescrever paracetamol e/ou dipirona, notificar o caso e preencher cartão de acompanhamento. Orientar sobre a eliminação de criadouros do Aedes aegypti e a importância do retorno para reavaliação clínica. Pacientes do Grupo C devem permanecer em leito de internação até estabilização e critérios de alta, por um período mínimo de 48 horas. a) Caso suspeito de dengue b) Presença de sinais de alarme. Grupo D Celulite e Erisipela Streptococcus pyogenes Staphylococcus aureus Outras Exames complementares Hemograma Proteína C Reativa Hemoculturas (2) se houver febre USG para afastar coleções Fatores Predisponentes Obesidade Insuficiência venosa e arterial Edema linfático Trauma local Eczema ou outra dermatite Micose interdigital Imunodepressão Infecções cutâneas de repetição Complicações Erisipela e Celulite Linfangite Linfonodomegalia Vesículas ou bolhas Petéquias Lesões muito extensas FASCIÍTE NECROSANTE (fáscia) Necrose do tec. Subcutâneo e da Fáscia muscular. Febre alta, toxemia e prostração. Progress’ão rápida, edema, bolhas e necrose Alta letalidade, prognóstico grave Tratamentos Desbridamennto cirúrgico Antibioticoterapia de amplo espectro Amputação em alguns casos Miosite (músculo) Sepse e choque. Antibióticos orais ou venosos, beta-lactâmicos (reavaliação empír Penicilina Cefalosporinas de 1a geração Repouso e elevação do membro, quando possível Hidratação da pele Tratar fatores predisponentes Agentes responsáveis -> bactérias Diagnóstico -> clínico! Tratamentos 7 Infecções de Pele e de Partes MolesInfecções de Pele e de Partes Moles A erisipela e a celulite são duas infecções de origem bacteriana que acometem as camadas interiores da pele, aproveitando-se de alguma lesão da mesma que sirva como porta de entrada. A grande diferença entre a erisipela e a celulite é o local onde a bactéria se aloja e causa a infecção. Na erisipela a infecção se dá nas camadas mais próximas do exterior, acometendo a epiderme e a camada mais superficial da derme. Já a celulite é uma infecção mais profunda, infectando o tecido gorduroso na hipoderme e a camada profunda da derme. Ambas lesões são muito semelhantes e, muitas vezes, difíceis de serem distinguidas. Tanto a erisipela quanto a celulite se apresentam clinicamente como uma infecção da pele, com rubor (vermelhidão), calor local, intensa dor e edema (inchaço) no local acometido. Como a erisipela é uma infecção mais superficial que a celulite, algumas características ajudam no diagnóstico diferencial. Na erisipela, a lesão costuma apresentar um discreto relevo e suas bordas são muito nítidas. Ao se examinar a pele é fácil saber aonde começa e aonde termina a infecção. A delimitação entre pele doente e pele sã é clara. A celulite, porque acomete tecidos mais profundos, não apresenta esses limites tão claros. A lesão costuma ser mais difusa e nem sempre é possível saber exatamente onde começa e onde termina a infecção. A foto abaixo mostra um exemplo claro da diferença entre celulite e erisipela. Na erisipela os sintomas sistêmicos, como febre, suores e calafrios costumam aparecer precocemente, assim que surgem os primeiros sinais de infecção na pele. Na celulite o quadro costuma ser mais arrastado, primeiro aparecendo a lesão, e só depois de alguns dias é que surge a febre. Outros sintomas da infecção podem ser perda do apetite, náuseas, vômitos, mal-estar, inapetência e dores de cabeça. A erisipela costuma ocorrer mais em crianças e idosos, já a celulite é mais comuns em adultos acima dos 50 anos. Os membros inferiores são os locais mais acometidos tanto na erisipela quanto na celulite. Todavia, qualquer área da pele pode ser acometida. 8 Infecções de Pele e de Partes MolesInfecções de Pele e de Partes Moles Impetigo Foliculite e Furunculose Couro cabeludo Extremidades Nádegas Coxas Peróxido de benzoíla Mupirocina Sabonete anti-séptico Infecção de pele com necrose do folículo pilossebáceo Agentes etiológicos Staphylococcus aureus Manifestações Clínicas Dor Vermelhidão Edema Nódullo endurecido com pelo central Evolui para drenagem do conteúdo -> carnegão Tratamento Antibiótico sistêmico se houverem repercussões sistêmicas ou febre Higiene e aplicação de calor no local Drenagem, com auxílio de compressa morna Drenagem cirúrgica Local: Tratamento Furúnculo Acometimento do folículo piloso Manifestações Clínicas Dor leve Prurido Irritação Pústulas superficiais ou nódulos inflamatórios ao redor do folículo piloso. Staphylococcus aureus Agumas vezes, Pseudomonas aeruginosa Clínico Pústula no óstio do folículo piloso Não afeta o crescimento do pelo Começa com uma pápula que costuma se resolver ou virar uma pústula. Furunculose: furúnculos de repetição Agentes etiológicos Diagnóstico Foliculites 9 Infecções de Pele e de Partes MolesInfecções de Pele e de Partes Moles Streptococcus pyogenes Staphylococcus aureus Tópico -> mupirocina Sistêmico -> penicilina ou cefalosporinas de 1a geração Lesões numerosas com adenopatia ou localizadas em regiões como couro cabeludo, perioral e nasal. Impetigo crostoso Impetigo bolhoso Ectima ”mini erisipela”, um impetigo que atinge a derme e deixa cicatriz Lesões indolores com bolhas que rompem facilmente, e acabam sendo substituídas por crostas. Agentes etiológicos: Tratamento Tipos: ABBAS, A.K.; KUMAR, V.; ASTER, J. C. Robbins & Cotran patologia: bases patológicas das doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. DANGELO, J. G., FATTINI, C. A. Anatomia sistêmica e segmentar: para o estudante de medicina. São Paulo: Atheneu, 2004. MOORE, K. L., DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. SOBOTTA, Johannes; PUTZ, Reinhard; PABST, Reinhard. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. SCHUNKE, M., SCHULTE, E., SCHUMACHER, U. Prometheus, atlas de anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Slides de TBL Laurence L. Brunton, Randa Hilal-Dandan, Björn C. Knollmann. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman e Gilman. Editora Artmed, 13a edição, São Paulo, 2019. Protocolo Colaborativo - Manejo Dengue: Suspeita Clínica, Diagnóstico e Tratamento. Belo Horizonte. 2020. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 5. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. World Health Organization (WHO). Dengue and severe dengue. Disponível em: https://www.who.int/news- room/q-a-detail/dengue-and-severe-dengue Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Seasonal Influenza (Flu). Disponível em: https://www.cdc.gov/flu/about/disease/index.htm Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Chikungunya Virus. Disponível em: https://www.cdc.gov/chikungunya/index.html Centers for Disease Control and Prevention (CDC). West Nile Virus. Disponível em: https://www.cdc.gov/westnile/index.html ReferênciasReferências 10 Este material foi feito com muito carinho e esforço, peço que tenha o bom senso de não compartilhar! Agradeço. Obrigada por me ajudar comprando os meus resumos! Ass.: Gaby https://www.who.int/news-room/q-a-detail/dengue-and-severe-dengue https://www.cdc.gov/flu/about/disease/index.htm https://www.cdc.gov/chikungunya/index.html https://www.cdc.gov/westnile/index.html
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