TCE - estágio ambientação

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO
CURSO DE FISIOTERAPIA
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO AMBIENTAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Leonice Lima
FORTALEZA
2023.1
Leonice de Lima Santos
202303944225
RELATÓRIO DE ESTÁGIO AMBIENTAÇÃO
Relatório de Estágio Ambientação para avaliação e obtenção da nota na disciplina de Estágio Ambientação do Centro Universitário Estácio.
FORTALEZA
2023.1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................. 02
2. ATIVIDADE DESENVOLVIDA........................................... 04
3. CONCLUSÃO.................................................................... 09
4. REFERÊNCIAS................................................................. 10
1.INTRODUÇÃO: 
No atual cenário global, a crescente consciência sobre os impactos negativos das atividades humanas impulsionou a busca por práticas sustentáveis em diversos setores da sociedade. Nesse contexto, o estágio de ambientação surge como uma valiosa oportunidade para adquirir conhecimentos e experiências que contribuem para uma atuação mais responsável e consciente no ambiente de trabalho.
O presente trabalho tem como objetivo relatar e analisar minha experiência durante o estágio de ambientação realizado em visitas técnicas em clínicas, hospital e aulas práticas que aprendemos a analisar casos clínicos e imergir mais na área da fisioterapia.
Ao longo deste trabalho, serão apresentadas as principais atividades desenvolvidas como bate-papo com o presidente do SINFITO – CE Mario Muniz sobre nossos direitos pelo sindicato dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais; e, bate-papo com a residente Lurdyanne Maria sobre a fisioterapia na atuação primária. Além disso, os aprendizados adquiridos em visita na clínica escola onde podíamos acompanhar outros alunos de estágio ambulatorial e na hidroterapia.
Durante as visitas técnicas podemos observar os atendimentos da professora e doutora Erika Porto com pacientes efetuando mobilizações de RPG e o Doutor João da Costa com acompanhamentos de lesões. Tivemos também a visita ao Hospital do exército onde podíamos acompanhar a Tenente Juliana e os alunos de estágio em atuação. 
Acredita-se que a divulgação das experiências vivenciadas durante o estágio de ambientação possa contribuir na imersão da prática clínica dos estudantes. Espera-se, assim, que este trabalho possa servir como um ponto de partida para a oportunidade de vivenciar a rotina profissional e entender os desafios enfrentados pelos fisioterapeutas.
Portanto, através deste relato, pretendo compartilhar as vivências e aprendizados adquiridos durante o estágio de ambientação, destacando a importância de um trabalho em conjunto do fisioterapeuta com o paciente e áreas de atuação. 
2. ATIVIDADE DESENVOLVIDA 
Foi realizada uma visita com finalidade didática ao Hospital Geral do Exército (HGE) que fica localizado na Av. Desembargador Moreira,1500 - Aldeota, o qual permite somente servidores militares ativos ou reservistas do Exército e seus dependentes a usufruir dos tratamentos médicos e ter acesso às demais áreas do hospital.
 São recebidos pacientes encaminhados da atenção primária do próprio hospital ou de outras unidades conveniadas, geralmente para diagnóstico, tratamento ou acompanhamento mais complexos. A atenção primária da fisioterapia abrange a avaliação inicial, diagnóstico preliminar e intervenções básicas, enquanto a atenção secundária envolve cuidados mais especializados e intensivos para condições complexas ou lesões que exigem intervenções avançadas.
Os estagiários visitantes tiveram a oportunidade de observar as instalações do hospital, incluindo as áreas de atendimento, salas de tratamento, equipamentos utilizados e estrutura específica para reabilitação, assim como, puderam acompanhar de perto as sessões de tratamento de pacientes, tanto em ambientes individuais como em grupos terapêuticos. Desse modo, permitiu-se que fosse visto de forma prática as técnicas e abordagens utilizadas pelos fisioterapeutas.
Estivemos também em contato com meio ambiente de trabalho de demais estagiários do HGE, no qual observamos pacientes com diversas lesões efetuando exercícios como mobilizações, alongamentos e aplicações de aparelhos de analgesia, todos sob orientação e supervisão da Fisioterapeuta Traumato-ortopédica Tenente Juliana. 
A fisioterapia na atenção secundária, atuada pelos estagiários do hospital, envolve cuidados especializados e específicos para pacientes encaminhados por profissionais de saúde primários. O objetivo é fornecer tratamento e reabilitação mais complexos, além de auxiliar na gestão de condições crônicas e na recuperação pós-cirúrgica.
Podem-se ser realizadas diferentes atividades, dependendo das necessidades do paciente. Alguns exemplos incluem a avaliação mais detalhada, no qual o fisioterapeuta pode conduzir uma avaliação mais abrangente do paciente, utilizando testes especializados e avaliações específicas para identificar os problemas físicos e funcionais; e o tratamento especializado, onde o fisioterapeuta pode implementar um plano de tratamento mais direcionado e individualizado, podendo incluir terapia manual, exercícios terapêuticos, modalidades de fisioterapia, entre outros.
Ademais, vale ressaltar a reabilitação pós-cirúrgica, na qual a fisioterapia desempenha um papel fundamental, pois o fisioterapeuta auxilia o paciente a se recuperar, restaurar a função e fortalecer os tecidos após um procedimento cirúrgico, por exemplo, reabilitação após uma cirurgia ortopédica; assim como o gerenciamento de condições crônicas como doenças musculoesqueléticas crônicas, doenças neurológicas progressivas ou respiratórias crônicas. Isso pode envolver terapia contínua para melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença.
Visto isso, algumas atividades de reabilitação que os estagiários estavam a participar ativamente foram observados três casos clínicos de exercícios de alongamentos e fortalecimento para tratamento de encurtamento dos isquiotibiais, para auxiliar no aumento de amplitude articular e flexibilidade muscular.
O primeiro caso se tratava de uma familiar dependente idosa que teve luxação no joelho após uma queda no banheiro, onde ficou com receio e dificuldades de locomoção, assim necessitando de reabilitação para amplitude de movimento e flexibilidade para deambular, um dos exercícios realizados foi o alongamento na parede paciente posicionou frente a parede, posicionou as mãos nela e foi alternando os lados, cerca de 30 a 40 segundos.
O segundo caso tratava de um oficial na ativa onde lesionou o joelho em treinamento de campo e passará por uma cirurgia de LCA, foi encaminhado a fisioterapia na intenção de evitar o processo cirúrgico ou uma recuperação mais curta, foram aplicados exercícios de fortalecimento dos membros inferiores para ter uma boa recuperação pós-cirúrgico. Um desses foi o exercício Afundo, o paciente fica em pé em posição ântero-posterior, flexiona os dois joelhos como se fosse ajoelhar, mantendo o tronco alinhado com o quadril e retornando a posição inicial.
O terceiro caso foi uma familiar dependente, jovem e sedentária, com pouca amplitude de movimento de quadril, relatou que tinha dificuldade e receio de se alongar. Desse modo, a fim de evitar tal bloqueio, foi-se informado a paciente sobre o processo e a finalidade de cada exercício a ser executado, entretanto, não foi citado que se tratava de alongamento. No fim dos seus exercícios foi informado que se tratava de alongamentos e que teria que ser repetidos em casa, para a surpresa da paciente, que havia executado devidamente e apresentou uma boa amplitude de flexibilidade.
Visto isso, nota-se que é de grande importância também que o fisioterapeuta na atenção secundária possa fornecer educação e aconselhamento ao paciente sobre autocuidado, modificação de atividades, prevenção de recaídas e estratégias para melhorar a funcionalidade a longo prazo e evitar a recorrência de danos.
Adentrando-se à visão científicade cada caso, podemos observar vários artigos que se enquadram a cada quadro clínico. É importante lembrar que o encurtamento dos músculos isquiotibiais é uma condição tratável, mas que requer paciência e consistência no seguimento do plano de tratamento. Consultar um profissional de saúde, como um fisioterapeuta, é fundamental para uma avaliação precisa e um plano de tratamento individualizado.
Os músculos isquiotibiais são constituídos pela união do bíceps femoral, semitendinoso, e semimembranoso, que tem origem na tuberosidade isquiática e suas inserções na porção proximal da superfície medial do corpo da tíbia, face póstero-medial do côndilo medial e côndilo lateral da tíbia para bíceps femoral (ERNLUND; VIEIRA, 2016).
Para que o indivíduo esteja apto fisicamente para realizar as tarefas do dia a dia se faz necessário um conjunto de fatores que possibilite mobilidade, qualidade de movimento e diminuição do risco de lesões, sendo a flexibilidade um componente muito relevante nesse contexto. Caracterizada pela capacidade que o músculo tem de se alongar, permitindo que a articulação se movimente por meio de uma amplitude de movimento (ADM) total, a flexibilidade tem seu maior grau no ser humano ao nascimento, sendo gradualmente modificada progressivamente pelo envelhecimento (SILVA et al., 2021).
Vários fatores que afetam a flexibilidade e podem ser classificados como fatores internos e fatores externos. Os fatores internos são a idade, gênero, tecido adiposo, volume muscular e a genética, e os fatores externos são a temperatura, atividade física e o ambiente (SOLER et al., 2015)
As principais técnicas de alongamentos são, estático, dinâmico, balístico e facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). O alongamento estático consiste em realizar a extensão da fibra muscular e manter o seu comprimento estendido por um determinado tempo, o alongamento dinâmico é a realização de movimentos repetitivos que gradualmente aumentam a sua amplitude e velocidade e o alongamento balístico é aquele em que é realizado vários movimentos rítmicos e rápidos alcançando o ponto de alongamento e relaxando a musculatura e a facilitação neuromuscular proprioceptiva (TRIGO; SEIXAS, 2019).
Atualmente diversas técnicas de alongamento compõem o tratamento fisioterapêutico, estas podem ser encontradas na literatura. Assim sendo, há ainda necessidade de haver mais estudos sobre a sua eficácia e empregabilidade. Uma vez que há muita discussão sobre qual técnica seria a melhor escolha quando se trata de alterações musculoesqueléticas nos IT (RAMALHO; GALORO, 2020).
Com o consentimento dos demais pacientes, os estagiários visitantes puderam ter a oportunidade de interagir com eles, ouvir suas histórias e compreender como a fisioterapia tem contribuído para sua reabilitação e melhora da qualidade de vida com retorno as atividades normais.
3. CONCLUSÃO:
O estágio de ambientação supervisionado proporcionou uma intensa prática dos conhecimentos adquiridos durante o semestre, assim permitindo a vivência de novas experiências futuras.
A visita no Hospital do Exército proporcionou uma percepção da individualidade de cada paciente em relação ao tratamento realizado. O ambiente junto com a fisioterapeuta e Tenente Juliana possibilitou a troca de idéias entre os estagiários. E permitiu uma melhor formação, com a prática dos conhecimentos adquiridos em clínica, podendo ter uma visão mais clara dos exercícios efetuados e transmitidos aos pacientes em uma forma que todos compreendessem. 
Realizar o estágio de ambientação em outras Instituições trouxe a garantia de novos conhecimentos e novas experiências, possibilitou uma avaliação crítica sobre as áreas a serem percorridas do nosso curso, acompanhadas a um amadurecimento acadêmico e profissional.
4.REFERÊNCIAS 
1. ERNLUND, Lucio; VIEIRA, Lucas. Lesões dos isquiotibiais. Artigo de atualização, RBO - Revista Brasileira de Ortopedia, p. 323-382, 19 ago. 2016.
2. RAMALHO, Gabriela; GALORO, Thais. Tecnicas de alongamentos para músculos isquiotibiais: Uma revisão da literatura. Técnicas de alongamento, [s. l.], 2020.
3. SOLER, Días; CRISTÓBAL, Vaquero; ANTÚNEZ, Espejo; MIÑARRO, Lopez. Efecto de un protocolo de calentamiento en la distancia alcanzada en el test sit-and-reach en alunos adolescentes. Nutrición Hospitalaria, [s. l.], 17 nov. 2015.
4. SILVA, Renata; CARNEIRO, Luciana; ATHAYDE, Filipe; METZKER, Carlos. Avaliação da flexibilidade dos isquiotibiais em jovens sedentários e irregularmente ativos do ensino medio de Belo Horizonte/MG. Avaliação de flexibilidade, Revista Inova Saúde, v. 11, n. 2, 2021.
5. TRIGO, Bibiana; SEIXAS, Adérito. Efeito imediato de três técnicas de alongamento na flexibilidade da musculatura posterior. Técnicas de alongamento, [s. l.], p. 1-11, 2019.
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