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1 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ CIÊNCIAS CONTÁBEIS CAIO DE MIRANDA ALFENA MATHEUS EDUARDO MAXIMILIANO GRAMIGNA TATIANE FIGUEIREDO DA ROSA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM EMPRESAS E O USO ENERGIA VERDE BRASIL 2022 2 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM EMPRESAS E O USO ENERGIA VERDE. RESUMO O objetivo deste estudo é avaliar a possibilidade de se beneficiar e se diferenciar em um mercado competitivo através da sustentabilidade ambiental, assim como o caminho que as pequenas empresas brasileiras podem seguir para alcançar este objetivo. Para este fim, foi realizada uma análise de fontes secundárias e bibliográficas para analisar os conceitos de responsabilidade social, gestão ambiental, cadeias de produção e o ciclo de vida de produtos ambientalmente amigáveis, bem como o surgimento do consumo consciente e a busca de produtos sustentáveis. No ambiente altamente competitivo em que as organizações estão inseridas e com o alto custo de atender às demandas do mercado, tornou-se necessário buscar soluções alternativas para reduzir os custos incorridos no processo de produção. O consumo de eletricidade é um problema constante para as empresas, pois é um dos recursos de produção mais importantes e, portanto, envolve custos elevados. Este estudo analisa a redução de custos através do uso eficiente da eletricidade, com o objetivo de identificar as estratégias adotadas pela empresa para reduzir custos e, consequentemente, as ações que têm contribuído para a proteção ambiental. É claro que as organizações devem procurar métodos para aumentar a eficiência energética, pois a empresa ganhará benefícios ambientais além de ganhos financeiros. Palavras-chave: energia; renovável; aplicação. INTRODUÇÃO O conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável tem sido debatido desde os anos 70, embora em certos pontos do debate global ele apareça indiretamente, de forma teórica. Embora o debate pareça estar diluído, em algumas situações ele é apresentado de forma clara e objetiva, enquanto em outras é abordado com alguma distorção de suas reais características e posições. Neste contexto, foi observado que o debate sobre o conceito e suas especificidades ainda enfrenta 3 obstáculos relacionados à definição do objeto e das responsabilidades dos atores envolvidos, bem como à sensibilidade dos mecanismos regulatórios e de controle aos quais o campo ambiental ainda está sujeito. Entretanto, foram feitos progressos consideráveis com relação às obrigações fiscais impostas a essas instituições e/ou órgãos como uma obrigação ambiental pela Lei No. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Vale destacar neste ponto a importância da produção e uso de energias renováveis como fonte de energia para o consumo público, uma vez que o uso de energias "limpas" é a atividade menos antropogênica em termos de degradação ambiental. A energia renovável é qualquer energia derivada de recursos naturais como a energia solar, eólica, da chuva, das marés e geotérmica, que são recursos ambientais renováveis. Qualquer recurso que utilize essas fontes de energia é considerado energia "limpa" devido a sua capacidade de reduzir os impactos ambientais através de ferramentas de inovação tecnológica ou promovendo formas de recuperar e reutilizar recursos ambientais. Embora o uso de uma fonte de energia "limpa" não tenha necessariamente um baixo impacto ambiental, a discussão sobre a produção de energia alternativa utilizando fontes renováveis de energia com baixas emissões de gases de efeito estufa (GHG) continua sendo uma das propostas mais viáveis para a sustentabilidade ambiental atualmente. Também destaca os incentivos contidos no Projeto de Lei 630 de 2003, que estabelece incentivos para a produção de energia a partir de fontes renováveis alternativas e biocombustíveis, promove pesquisas relacionadas a essas fontes de energia e hidrogênio para fins energéticos, e estabelece o Fundo Nacional para Pesquisa e Desenvolvimento de Fontes Renováveis Alternativas. O objetivo deste documento é, portanto, contextualizar o conceito de sustentabilidade e, com base nesta construção, apresentar possíveis práticas de sustentabilidade para o uso de fontes alternativas de energia que estão atualmente integradas no contexto dos negócios de energia renovável, analisando os benefícios de seu uso nas empresas. Desta forma, pretende-se discutir as possibilidades e necessidades de criação e desenvolvimento de práticas públicas e não governamentais centradas no tema do desenvolvimento sustentável, com base nas obrigações e responsabilidades sociais 4 estipuladas por lei. Deve-se observar também que a sustentabilidade é um conceito vago e que ainda não existem indicadores objetivos e quantitativos mínimos para medir os resultados das ações tomadas. Portanto, o foco continua sendo os processos de gestão e a aplicação das melhores práticas técnica e economicamente viáveis e disponíveis, mesmo que em muitos casos elas sejam aplicadas isoladamente e de forma fragmentada. REFERENCIAL TEÓRICO A compreensão da evolução do conceito discutido nesta seção é necessária para passar a questões mais complexas como a implementação e os mecanismos de monitoramento do progresso. Apesar do uso generalizado do termo, poucas pessoas estão cientes da importância do desenvolvimento sustentável e de suas origens na vida cotidiana. O termo "desenvolvimento sustentável" surgiu em 1980 e a definição é: "[...] o desenvolvimento sustentável deve levar em conta fatores sociais, ecológicos e econômicos; a base de recursos vivos e não vivos; benefícios a longo e curto prazo de ações alternativas". Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU (WCED) propôs uma nova formulação para expandir o conceito: Desenvolvimento Sustentável trata-se de um processo no qual a exploração dos recursos, a orientação do desenvolvimento tecnológico, e mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro a fim de atender as futuras necessidades e aspirações... é aquele que atende as necessidades presentes sem comprometer que as gerações futuras atendam às suas próprias necessidades (CMMAD, 1991, p.46). A citação apareceu pela primeira vez no Relatório Brundtland, nomeado em homenagem a seu líder, campeão de saúde pública e ex-primeiro-ministro norueguês Gro Harlem Brundtland, em um de seus artigos-chave "Nosso Futuro Comum". O relatório foi publicado em 1987 pela Comissão Brundtland, criada pelas Nações Unidas, através da Oxford University Press. Entretanto, o conceito foi formalmente ratificado em 1992 na Cúpula da Terra 92, ou Conferência Mundial do Meio Ambiente 5 da ECO 92, no Rio de Janeiro. Souza (2000) argumenta que o conceito de desenvolvimento sustentável deve servir para enquadrar o debate em torno de questões baseadas em justiça social, padrões de consumo e crescimento demográfico sustentável. Isto é particularmente verdadeiro para o impacto e a qualidade do crescimento, que é um aspecto importante na discussão da questão abordada neste documento. Há uma necessidade de melhoria contínua na proteção do meio ambiente e dos recursos, a busca de tecnologias amigáveis ao meio ambiente e a reformulação da política econômica e da cooperação internacional. Há também a necessidade de integrar políticas públicas e ambientais nos processos de tomada de decisão e na alocação sustentável de terras. Maimon (1996), entre outros, consideram que o termo "desenvolvimento sustentável" tem três dimensões: econômica, social e ambiental. Acredita-se também que o termo "sustentável" é mais frequentemente usado para se referir ao aspecto ecológico, uma vez que depende de recursos naturais renováveis limitados. A dimensão econômica está relacionada a um conjuntode estratégias que permitem a harmonia entre o homem e a natureza, uma coexistência na qual o crescimento e o desenvolvimento se beneficiam da proteção dos recursos naturais, que podemos aplicar à realidade das inúmeras comunidades existentes. Entretanto, de acordo com Donaire (1995), discutir o desenvolvimento sustentável sem abordar as desigualdades sociais é um obstáculo a qualquer ação que possa ser tomada para o crescimento econômico que apoie o desenvolvimento da maneira proposta. O resultado deste processo é um espírito de responsabilidade compartilhada em que o uso dos recursos naturais, o investimento financeiro e o desenvolvimento tecnológico são coordenados. Por sua vez, a ênfase na dimensão econômica propõe estratégias que se concentram na sustentabilidade do sistema econômico. Por outro lado, a ênfase na abordagem social visa criar condições socioeconômicas para o desenvolvimento sustentável, proporcionando maior capacidade de informação. Aponta que ao discutir questões sociais e econômicas, a contribuição do indivíduo para a "equação" não pode ser negligenciada, assim como as questões ambientais não podem ser negligenciadas, pois sem a combinação destes elementos, o desenvolvimento sustentável não terá lugar. De acordo com o 6 Conselho Internacional de Iniciativas Ambientais Locais (ICLEI): desenvolvimento sustentável é um programa de ação para reformar a economia global e regional, com o desafio de desenvolver, testar e disseminar meios para mudar o processo de desenvolvimento econômico de tal forma que ele não destrua os ecossistemas e os sistemas comunitários e que o desenvolvimento econômico local apoie a vida e o poder da comunidade, usando os talentos e os recursos locais (BARBIERI; LAGE, 2001, p.5). O ICLEI acredita que o processo de criação do desenvolvimento sustentável deve ser realizado de forma muito cuidadosa e equilibrada, e que esses três processos - desenvolvimento econômico, desenvolvimento comunitário e desenvolvimento ecológico - não devem ser confundidos com o chamado "conservadorismo" ou "ecologia profunda", também conhecido como "utopia", que são identificados em duas interseções. Barbieri e Lage (2001) argumentam que quaisquer que sejam as políticas de desenvolvimento adotadas, os problemas globais não podem ser ignorados. Tais políticas devem ser implementadas em benefício da dimensão espacial local ou regional, mas sem ignorar o impacto que elas podem ter na sustentabilidade de um sistema ambiental totalmente integrado ao mundo. SUSTENTABILIDADE NO MUNDO CORPORATIVO Autores afirmam que pesquisas procurar determinantes para a presença de empresas e seus índices de sustentabilidade e a popularização de informações sociais através de demonstrações financeiras. Nesse sentido estudos apontam evidências em empresas que possuem características sustentáveis possuem maior potencial de crescimento apresentam Responsabilidade Social Corporativa (RSC) mais elevado Apesar da existência de diversas discussões acerca da conexão entre empresas e sociedade o conceito de RSC é visto como novo na literatura, e diversos escritores apontam a obra Social Responsibilities of the Businessman (1953), de Howard Bowe, como a primeira conjectura sobre o assunto, ao sugerir que os homens de negócios necessitam tomar medidas e seguir diretrizes que vão de acordo com os propósitos e princípios da sociedade que a constitui. (RODRIGUES et al., 2017) 7 FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA A energia verde começou a ganhar quota de mercado no final dos anos 90, depois que os países desenvolvidos assinaram o Protocolo de Kyoto, que propunha a redução das emissões de CO2 e foi ratificado como um tratado em 2005. Essas medidas incentivaram o desenvolvimento de usinas de energia renovável, que contribuem diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Em 2007, havia mais de 4 milhões de consumidores nos Estados Unidos, Europa, Canadá, Austrália e Japão utilizando energia produzida por usinas de energia verde (ANEEL, 2008). Este aumento significativo foi devido a programas oficiais do governo e compras por órgãos públicos, assim como a participação do setor privado e projetos independentes desenvolvidos por empresas de energia. Durante o mesmo período, os países mantiveram incentivos para duas fontes principais: biomassa e energia hidrelétrica. Entretanto, estes não tinham o potencial de complementar a extensão prevista para eles. A pesquisa, portanto, começou a se voltar para "outras fontes alternativas de energia", o que aumentou sua participação no balanço energético mundial em 500% entre 1973 e 2006 (ANEEL, 2008). O grupo "outras fontes" inclui energia eólica, energia solar, energia oceânica, energia geotérmica, biogás (de resíduos animais, lixo e esgoto) e outras. Entretanto, somente as fontes acima serão consideradas neste capítulo, uma vez que elas têm a maior representação na matriz energética em comparação com outras. Essas fontes são consideradas renováveis e ecologicamente corretas, pois reduzem a dependência de combustíveis fósseis, que causam altas emissões de CO2, levando ao efeito estufa, e permitem a diversificação e melhoria da matriz energética. As preocupações ambientais, a volatilidade dos preços do petróleo e a perspectiva de esgotamento do petróleo levaram a um aumento significativo da participação de "outras fontes" no mix global de energia. Entre 2002 e 2006, a capacidade instalada das principais fontes do grupo "outras fontes" aumentou de 20% a 60%. Mesmo considerando este crescimento, esta fonte tem uma participação muito pequena em comparação com outras fontes da matriz energética global. Segundo (IEA, 2018), em 2016, o grupo "outras fontes" representou apenas 1,4% do total da produção global de energia. Isto se deve à pequena escala de produção destas 8 "outras fontes", que geralmente são projetos-piloto que ainda estão em fase de pesquisa e com tecnologia subdesenvolvida, impedindo sua aplicação em escala comercial. Muito desse aumento de produção é, portanto, o resultado do apoio governamental através de políticas de incentivo como reduções tarifárias, isenções fiscais, aquisições compulsórias para empresas de energia e até mesmo a alocação de recursos financeiros. Em 2003, o governo brasileiro expressou sua preocupação com a diversificação energética e a proteção ambiental através de um programa nacional cujo objetivo principal é promover o uso de fontes renováveis de energia para a geração de eletricidade. O programa é chamado Proinfa e foi estabelecido pela Lei 10.438 de abril de 2002 e é administrado pela Eletrobras (ANEEL, 2008). Entretanto, em outubro de 2008, o número total de plantas foi inferior ao esperado, levando o governo a anunciar uma revisão do programa Proinfa a fim de estimular mais investimentos. 3.1. ENERGIA EÓLICA A energia eólica vem da energia cinética criada pela migração das massas de ar devido às diferenças de temperatura na superfície do planeta [5]. É criado quando o vento atinge a superfície das pás das turbinas eólicas, que são parte integrante do dispositivo. O movimento de rotação das pás é responsável pela rotação do rotor da turbina eólica e, portanto, pela geração de eletricidade. A eficiência desta fonte está relacionada às condições climáticas, como a densidade do ar, a área da superfície das pás rotativas e a velocidade do vento. Mesmo à luz dos avanços tecnológicos que possibilitaram o desenvolvimento de equipamentos mais eficientes, esta fonte é altamente dependente das condições climáticas favoráveis. De acordo com ANEEL (2008), há poucos estudos precisos sobre esta fonte de energia. Entretanto, sabe-se que o potencial da energia eólica no planeta é de cerca de 500.000 TWh/ano e, devido a restrições ambientais, apenas 50.000 TWh/ano estão disponíveis para exploração,o que corresponde a 250% da produção mundial de eletricidade em 2007. Com relação ao potencial da energia eólica no Brasil, o país se beneficia da alta disponibilidade do vento, especialmente ao longo de sua extensa costa. Sua velocidade média do vento é o dobro da média mundial e a variabilidade da velocidade é de 5%, o que proporciona maior previsibilidade em termos de volumes de produção [5]. Outro fato muito importante é o aumento da velocidade do vento durante a estação 9 seca, o que pode gerar energia adicional para a energia hidrelétrica. O país não tem um potencial uniforme de produção de energia eólica, ou seja, suas regiões têm diferentes potenciais de produção, que a região nordeste tem o maior potencial de produção de energia eólica, principalmente ao longo da costa 3.2 ENERGIA SOLAR A energia solar é a produção de eletricidade usando a radiação solar. Pode alcançar a terra como calor ou energia luminosa, mas alcança a terra de forma desigual, dependendo da latitude, da estação e das condições atmosféricas. De acordo com MME (2016), a radiação solar pode satisfazer mil vezes a demanda anual de energia na superfície terrestre. Esta radiação, quando recebida, pode ser convertida em calor ou eletricidade. Para utilizá-la como energia térmica, deve ser utilizada uma superfície escura capaz de converter a energia solar em calor, enquanto que para convertê-la em eletricidade, células fotovoltaicas ou mesmo um sistema heliotérmico deve ser utilizado. Um sistema fotovoltaico deve utilizar um material semicondutor que produza um fluxo eletrônico quando exposto à radiação. A principal vantagem deste sistema é a produção de eletricidade, mesmo em dias com pouca luz solar. Em um sistema hipotérmico, a radiação é convertida em calor e depois utilizada em usinas termelétricas para gerar eletricidade (ANEEL, 2008). Entretanto, como outras fontes do grupo "outras fontes", a energia solar ainda representa uma pequena fração da matriz energética global, sendo a de crescimento mais rápido destas fontes ao longo dos anos, com sua participação na matriz energética aumentando em 2000% entre 1996 e 2006. A maioria dos projetos solares são projetados para alimentar áreas isoladas, ou mesmo para fornecer eletricidade. Entretanto, graças a incentivos governamentais, esta realidade mudou ao longo dos anos e a energia solar tornou-se uma opção atraente em todos os mercados. O Brasil é um país com excelentes oportunidades de energia solar, graças às suas características ambientais e localização geográfica, que proporciona luz solar durante todo o ano. Entretanto, sua participação ainda é muito pequena, principalmente para aquecimento, autoconsumo e fornecimento de cidades do interior. Este último é o principal motor para o desenvolvimento do setor de energia solar, para 10 produzir energia para pessoas que vivem longe e que não têm acesso à energia devido à distância da rede de distribuição. 3.3 BIOGÁS O biogás é produzido a partir da biomassa contida nos resíduos (municipais, industriais e agrícolas) e nos esgotos. Ele muda naturalmente de um estado sólido para um estado gasoso graças aos microrganismos que decompõem aerobiamente a matéria orgânica. A recuperação deste gás, que já era naturalmente liberado no meio ambiente, bem como a redução de resíduos, resulta na reutilização destes materiais anteriormente nocivos ao meio ambiente, que agora podem ser utilizados para produzir energia. O biogás é, portanto, a fonte de energia mais ecologicamente correta. Atualmente, existem três maneiras de usar o lixo para produzir energia. A primeira é a incineração direta de resíduos sólidos, a segunda é a gaseificação utilizando termoquímicos, e a mais utilizada é a reprodução artificial de um processo natural no qual microrganismos decompõem substâncias em um ambiente anaeróbico e assim produzem biogás. No Brasil, a participação desta fonte de energia ainda é muito baixa e existem poucas instalações que produzem energia a partir do biogás. A maioria deles está localizada em aterros sanitários, uma vez que esta fonte é mais fácil de obter. 3.4 GEOTERMICA A energia geotérmica é extraída do calor do interior da Terra, onde os principais recursos são os gêiseres, a maior zona de vapor do interior da Terra, e em regiões onde o calor das rochas é utilizado para aquecer água. O aquecimento da água produz vapor que alimenta as usinas térmicas e as mantém em funcionamento. Este segmento ainda está se desenvolvendo lentamente e apenas alguns modelos pequenos foram construídos em todo o mundo. No Brasil, esta energia é utilizada exclusivamente para aquecimento de água, como no caso dos parques térmicos de Caldas Novas (GO) e Poços de Caldas (MG). Devido a seu lento desenvolvimento, é a única fonte entre "outras fontes" que não tem mostrado crescimento significativo nos últimos anos. 11 3.5 MAR A energia marinha é gerada pelas marés, correntes oceânicas e ondas. Ela vem da energia cinética gerada pelo movimento da água ou mesmo da energia gerada pela diferença do nível do mar entre as marés altas e baixas. Esta tecnologia ainda está sendo desenvolvida, mas seu valor não é competitivo com outras fontes de energia. Espera-se que este mercado de energia cresça a longo prazo. Segundo estimativas de organizações internacionais (ANEEL, 2008), o uso desta energia poderia aumentar significativamente a partir de 2025, como mostrado no gráfico 01 descrevendo esta fonte como promissora para o futuro. No Brasil, este potencial é alto, devido às grandes flutuações da maré ao longo da costa do país, especialmente no estado do Maranhão, onde as marés podem chegar a até 7 metros. No entanto, os incentivos para explorar esta fonte no Brasil ainda são baixos e os projetos são tímidos, sem nenhum progresso a curto ou médio prazo. 4. O USO DE ENERGIA RENOVAVEIS EM EMPRESAS A cada ano, as empresas em todo o mundo se concentram cada vez mais em energia renovável e responsabilidade ambiental corporativa. Uma maneira de promover o consumo responsável é incentivar o uso de energia verde nas empresas. Esta estratégia é essencialmente sobre o uso de formas limpas e renováveis de energia, otimizando os custos de uma forma que não prejudique o meio ambiente. O mundo está gradualmente percebendo que a extração de petróleo, por exemplo, não é uma ideia que possa ser sustentada a longo prazo. Afinal, os principais combustíveis utilizados atualmente têm reservas limitadas, representam riscos ambientais e não são tão eficientes quanto poderiam ser. É por isso que, há várias décadas, as comunidades acadêmica e empresarial vêm explorando formas de substituir alguns dos recursos que usamos por energia verde, também conhecida como energia limpa ou renovável. Para qualificar-se, a fonte de energia deve ser inesgotável ou renovável (natural ou feita pelo homem) e não deve prejudicar o ecossistema. 12 Felizmente, as tecnologias de captura, uso e reutilização de recursos energéticos se desenvolveram rapidamente desde o início dessas iniciativas, e muitas dessas ideias podem agora ser aplicadas a qualquer negócio. Além de proteger o meio ambiente, os benefícios também são econômicos. Investir em energia verde significa crescer sem destruir, portanto, desfrutá-la por muito mais tempo. Em 2018, o investimento doméstico na geração de energia renovável ajudou a alcançar 25% da produção mundial de energia a partir de fontes renováveis. Cerca de um terço do crescimento das energias renováveis veio da energia fotovoltaica, hidrelétrica e eólica. No total, as energias renováveis foram responsáveis por quase 45% do crescimento global da geração de eletricidade. Eles são agora responsáveis por cerca de 25% da produção global de energia, atrás apenas do carvão. Entretanto, a participação das energias renováveis na geração deenergia precisa crescer ainda mais rápido para reverter a tendência e cumprir as metas climáticas. Até 2040, a participação da produção global de energia renovável deve aumentar de um quarto hoje para dois terços. No transporte, o caminho é ainda mais longo: a participação das fontes de energia renováveis deve aumentar de 3,5% hoje para 19%. Por esta razão, cada vez mais empresas estão desenvolvendo estratégias para descarbonizar seus processos de produção e cadeias de valor através da compra de energia de fontes renováveis, um elemento-chave da transição de energia renovável conhecida como aquisição de energia verde. No segmento de negócios, especialmente na indústria, é claro que a conta de eletricidade é uma das despesas economicamente mais intensivas. Entretanto, nas últimas décadas, o uso da energia solar pelas empresas tornou-se mais democrático como forma de economizar dinheiro, tornando os processos mais sustentáveis. Neste texto, apresentaremos os benefícios da instalação de um sistema solar nas empresas. O primeiro benefício é a economia de eletricidade. Esta é uma das maiores despesas para uma empresa e, na maioria dos casos, não pode ser evitada. Entretanto, a energia solar tem um grande potencial para reduzir ou neutralizar esses custos, e é também um recurso renovável. Como resultado, as 13 empresas que instalaram sistemas solares alcançam reduções significativas nas tarifas de energia, o que se traduz em economia no orçamento. A vantagem mais significativa do uso de energia renovável é que ela reduz drasticamente suas contas de energia. Se você utiliza atualmente gás natural ou petróleo, você entende quão altos os preços podem disparar. O aumento de preços se traduz em uma conta de energia pesada no final de cada mês. Mudar para fontes alternativas de energia, como a energia solar, é uma maneira de reduzir sua conta mensal de energia. Considere instalar painéis solares a um custo único, sem despesas mensais. A segunda vantagem é a garantia de retorno do investimento feito. De acordo com um relatório da Bain & Company, a energia representa cerca de 5% dos custos para uma empresa de manufatura média. Tal empresa pode seguir um programa de eficiência energética e economizar entre 10% e 30% desses custos dentro de três anos. A empresa de serviços de comunicação BT economizou £2.147 milhões em 2014/15 ao adotar medidas de redução de energia em seus centros de dados. E desde 2002, a empresa de soluções de software adobe concluiu mais de 180 projetos de eficiência energética - reduzindo o uso de eletricidade em 50% e obtendo economias no uso de gás natural mais o uso de água doméstica e de irrigação também. O Relatório 2016 da CSR do grupo varejista Boots afirma "A substituição da iluminação LED nas lojas no Reino Unido... foi responsável por uma redução de consumo de cerca de 7,9 milhões de quilowatts-hora, o suficiente para alimentar mais de 1.700 residências no Reino Unido por um ano". O relatório também afirma que, a partir do final do ano fiscal de 2016, está "no caminho certo para reduzir as emissões de CO2 em 30% entre 2005 e 2020, em uma base comparável. A depreciação estimada do equipamento industrial pode levar uma média de 3 a 5 anos. Isto significa que é somente após o período de depreciação que o cliente começa a receber um retorno sobre o investimento. Ao avaliar um investimento, vários fatores devem ser levados em conta. Estes incluem, mas não estão limitados a: o período de retorno do investimento, os riscos 14 envolvidos, os custos de instalação, a vida útil do equipamento e os custos de aquisição dos produtos. Todas estas informações devem estar disponíveis para que o gerente possa iniciar o processo de tomada de decisão, já que os painéis solares podem durar décadas. Isto significa que se trata de um investimento com uma vida útil muito longa que requer uma análise cuidadosa. Com o solar, o retorno vem na forma de economia mensal nas contas de eletricidade. Condições climáticas adversas podem interromper o fornecimento de energia para seu negócio. Dependendo da natureza de seu negócio, as interrupções de energia podem ser muito ruins para os negócios. Quanto mais longa a interrupção de energia elétrica, mais dinheiro você pode perder. Embora as fontes de energia renováveis também dependam do clima, elas são muito mais confiáveis do que as fontes de energia convencionais. Por exemplo, se um painel solar parar de funcionar, o resto ainda fornece energia para suas operações comerciais. Além disso, leva menos tempo para resolver quaisquer problemas com seus painéis solares ou moinhos de vento do que leva para consertar a rede elétrica. Assim, com uma fonte de energia renovável, você tem menos interrupções para um negócio que funcione sem problemas. Um terceiro aspecto positivo é que o método de geração de energia é fácil de transportar. Um aspecto que motiva a introdução desta tecnologia é seu baixo impacto ambiental. Os painéis solares não emitem resíduos e não representam um risco à saúde dos usuários. O processo de instalação também é bastante simples e não requer nenhuma modificação para tornar o sistema compatível com a grade existente no local. As únicas restrições são o espaço disponível e a demanda no contrato do consumidor, o que pode limitar o tamanho e o número de painéis solares. Um quarto aspecto positivo é a melhoria da imagem da empresa, já que os consumidores estão cada vez mais dispostos a comprar produtos de empresas que se preocupam com seu impacto ambiental. O uso de fontes renováveis de energia é, portanto, essencial para atrair novos clientes e fortalecer a imagem de uma empresa que 15 investe em processos sustentáveis. Esta é agora uma estratégia de marketing muito comum que visa construir a equidade da marca e consolidá-la através de iniciativas que são consideradas verdes. Um último aspecto positivo é o aumento da sustentabilidade corporativa. Até alguns anos atrás, pensava-se que apenas as grandes indústrias, que são as maiores poluidoras, deveriam ser responsáveis pela redução de seu impacto ambiental. Entretanto, este pensamento está longe de ser verdade, pois as pequenas empresas também podem desenvolver processos para proteger o meio ambiente. Economizar eletricidade é apenas uma ideia. Os projetos podem ser implementados para reduzir o consumo de papel, expandir o uso de biocombustíveis para alimentar a frota e substituir equipamentos antigos com alto consumo de eletricidade. O desenvolvimento do uso da energia solar nas empresas é uma consequência natural do desenvolvimento da consciência ambiental, que visa proteger os meios de produção e garantir a qualidade de vida para as gerações futuras. METODOLOGIA O presente trabalho aborda uma metodologia descritiva qualitativa, com a utilização do questionário de 10 questões que deverão ser respondidas em até 10 minutos. Nesta pesquisa para o levantamento bibliográfico foi realizado com base em dados obtidos através do Google Scholar. Para o presente questionário foi realizada uma pesquisa com 10 representantes da área contábil de empresas do público alvo. Você cursou a disciplina de Contabilidade Ambiental ou Gestão Ambiental? – Sim 70% – Não 30% Você sabe o que é contabilidade ambiental? 16 – Sim 80% – Não 20% Já participou de alguma palestra, congresso ou seminário sobre Contabilidade Ambiental? – Sim 10% – Não 90% Já teve contato com algum material da área de Contabilidade Ambiental? – Sim 70% – Não 30% Na sua área de atuação contábil, você teve conhecimento de algum registro em Balanço Patrimonial ou Social sobre o tema Contabilidade Ambiental? – Sim 10% – Não 90% Você sabe a diferença entre energia renovável e não renovável? – Sim 100% – Não 0% Sua empresa se preocupa com que tipo de energia éusada? – Sim 50% – Não 50% Sua empresa possui alguma fonte de energia? – Sim 40% – Não 60% 17 Sua empresa utiliza uma fonte de energia verde? – Sim 30% – Não 70% Dos dois tipos de energias verde mais conhecidos, sua empresa utiliza qual? – Energia Solar 90% – Energia Eólica 10% 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este documento delineia algumas das principais estratégias utilizadas pela empresa para reduzir os custos de eletricidade. Estas medidas produziram bons resultados quando comparadas com a implementação do ano anterior. É apontado que os resíduos não são gerados apenas pelas empresas, mas também pelas diferentes formas de utilização e consumo dos recursos. É bem conhecido que estes recursos, especialmente naturais e financeiros, são limitados e uma situação em que não se presta atenção à redução deste desperdício não pode mais ser tolerada. A busca por esta lacuna se baseia na eficiência dos processos e equipamentos relacionados à eletricidade, utilizando sistemas elétricos com a mesma qualidade e eficiência, mas que utilizam menos energia. Isto reduz o custo de cada atividade envolvida. Utilizando estes métodos, os resultados podem ser analisados em termos contábeis, pois reduzem o custo dos processos, aumentando a lucratividade, condição essencial para a sobrevivência das empresas. Por outro lado, tem sido observado que menos danos ambientais podem ser causados e que a construção de novas fontes de eletricidade pode ser evitada ou mesmo revertida, já que o uso consciente da eletricidade é direcionado para uma melhor utilização dos sistemas existentes. Este estudo contribuiu para a produção acadêmica e profissional do autor, pois o tema escolhido foi apresentado como um fator importante no contexto de problemas ambientais ocultos. É reconhecido que os objetivos do estudo foram alcançados. Este estudo foi muito importante e pode ser utilizado em outras empresas. É possível que as empresas obtenham lucros enquanto protegem o meio ambiente. 19 REFERÊNCIAS ANEEL. Atlas de energia elétrica do Brasil. 3 ed. Brasília. Agência Nacional de Energia Elétrica, 2008 BARBIERI, J. C.; LAGE, A. C. Conceitos, problemas e pontos de partida para políticas de desenvolvimento sustentável. In: Encontro Nacional da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração, 25, 2001, Campinas: ANPAD, 2001 BRASIL. Lei No. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm. Acesso em 25 de novembro de 2022 CAMPOS, Lucila Maria de Souza. Sistema de Gestão e Avaliação de Desempenho Ambiental: uma proposta de implementação. 2001. (Tese de Doutorado em Engenharia de Produção), Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis: 2001 CMMAD. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso Futuro Comum (2ª Ed.). Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas (430 p.) 1991. DONAIRE, D. Gestão ambiental na empresa. São Paulo: Atlas, 1995 MAIMON, D. Passaporte Verde: gestão ambiental e competitividade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1996 MME. Plano Nacional de Energia 2030. Ministério de Minas e Energia, p. 3-226 SOUZA, M. T. S. de. Modelo de organização sustentável: indicadores setoriais dominantes de sustentabilidade – análise de um segmento do setor alimentício. In: Encontro Nacional da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração, 24, 2000, Anais... Florianopolis: ANPAD, 2000. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm 20 RODRIGUES, Rangel et al. O que se tem pesquisado sobre Sustentabilidade Empresarial e sua Evidenciação?Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade,: vol. 11, pp. 87-105. 2017. Disponível em: www.redalyc.org. Acesso em: 28 nov. 2022.
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