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Economia slides e aulas

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Economia Industrial ou Introdução a Economia
Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA
Campus Bagé – Curso: Engenharia de Produção
Professor Cláudio Sonáglio Albano
Carga Horária: 30h (30h teóricas) – 2 créditos.
E-mail: claudioalbano@Unipampa.edu.br
Primeiro Semestre 2023
Horário : Sexta-feira.
Tarde => 3 e 4 horário – Introdução a Economia.
Noite => 1 e 2 horário – Economia Industrial.
Nosso contato será por intermédio do correio eletrônico institucional dos discentes e o nosso e-mail: claudioalbano@unipampa.edu.br; pelo ambiente moodle da disciplina e/ou contatos presencial/atendimentos, conforme horários estabelecidos.
Oriento que vocês consultem o plano de ensino, no 
Sistema GURI. Leiam o mesmo com atenção, anotem as possíveis dúvidas e entrem em contato conosco, após a apresentação do mesmo.
Com relação ao formato das aulas, elas serão na modalidade presencial.
Economia Industrial
Ementa/conteúdo
CONCEITOS DE ECONOMIA: conceitos, princípios, objetos e problemas de economia; divisão da ciência econômica.
PRINCIPIOS DA DEMANDA, OFERTA E ELASTICIDADE: demanda; oferta; equilíbrio de mercado e elasticidade.
TEORIA DO CONSUMIDOR: teoria da utilidade; curva de demanda individual e o equilíbrio do consumidor e a teoria da escolha.
TEORIA DA FIRMA E DA PRODUÇÃO: conceito de produção, função e fatores de produção; custos de produção, curto e longo prazo.
ESTRUTURAS DE MERCADO: concorrência perfeita; monopólio; oligopólio e fatores que afetam a concorrência e a produção nas estruturas de mercado
NOÇÕES DE MACROECONOMIA: objetivos/conceitos macroeconômicos e instrumentos de política macroeconômica.
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Objetivo
Objetivo Geral:
Ao final da disciplina o aluno deverá ser capaz de interpretar/prever fatos microeconômicos, por intermédio de conceitos e ferramentas para análises de demanda, oferta, elasticidade, fatores e insumos de produção. Também deverá ser capaz de identificar formas de atuar conforme a estrutura de mercado, além de identificar elemento básicos da Macroeconomia.
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Metodologia
Metodologia:
Aulas síncronas/presenciais expositivo-dialogadas.
Trabalhos em grupo através de estudos de caso e exercícios de fixação de conteúdos.
Atividades síncronas e assíncronas: exercícios; estudos de caso; artigos; livros; revistas; jornais; internet.
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Avaliação
Avaliação do Processo de Ensino-Aprendizagem:
Considera as resoluções a Unipampa. O discente deverá ter frequência mínima de 75% e média final igual ou superior a 6,0 para aprovação na componente curricular.
O processo avaliativo será por intermédio da realização de 3 provas desenvolvidas em sala de aula/presencial.
Também será realizado um trabalho assíncrono (fora da sala de aula), com objetivo de recuperar aulas (feriados e outros motivos). Este trabalho poderá acrescentar até 1,0 ponto na média final.
Estas provas compõem a média final (antes recuperação), com peso 9.
A efetiva participação em aula também deverá compor a média final com peso 1.
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Avaliação
Avaliação do Processo de Ensino-Aprendizagem:
Média final do discente (MFD) será a média aritmética das provas desenvolvidas, ou seja, soma da nota das 3 provas, dividida por 3.
Esta, ainda poderá ser acrescida de até 1 ponto pelo critério de participação em aula, além de 1 ponto por trabalhos extraclasse.
Discente que não obtiver aprovação, poderá realizar uma prova (ARE), na última semana de aula.
Discente para realizar este trabalho/exercício deverá ter frequência mínima de 75%.
Para o discente que realizar esta prova a composição de sua nota final (após a recuperação) será a seguinte:
Média final do discente (MFD) – Peso 3.
Atividade de recuperação (ARE) – Peso 7.
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Recuperação e atendimento
Atividades de Recuperação Preventiva do Processo de Ensino-Aprendizagem:
Recuperação de conteúdos por meio de atendimento extraclasse e Prova de Recuperação.
Atendimento aos Discentes:
Dia da semana: Terça-feira. Horário: das 19:00h às 20h30min.
Dia da Semana: Sexta-feira. Horário: das 14:00h às 15h30min.
Local: sala 3127.
Outras opções: deverá ser agendado.
Observação: Agendar via e-mail (claudioalbano@unipampa.edu.br).
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Bibliografia Básica
Bibliografia Básica:
Literatura, está disponível na plataforma virtual, acesse pelo link: https://sites.unipampa.edu.br/sisbi/
Krugmam, Paul, R. Introdução a Economia. Rio de Janeiro. Elsevier. 2007.
Montella, Maura. Economia, administração contemporânea e engenharia da produção: um estudo de firma. Rio de Janeiro. Qualitymark. 2006.
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Bibliografia Complementar
Bibliografia Complementar:
Literatura, está disponível na plataforma virtual, acesse pelo link: https://sites.unipampa.edu.br/sisbi/
Vasconcellos, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro. São Paulo. Atlas. 2008.
Mochon, Francisco. Princípios de Economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2007.
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Cronograma e Programa da Componente Curricular - Presencial
O cronograma/conteúdo poderá ser alterado. Esta alteração será pactuada entre docentes e discentes.
Aula 01 – 24/03 – Acolhida discente. Aula será recuperada com trabalho assíncrono.
Aula 02 – 31/03 - Apresentação do Plano de Ensino/disciplina. Introdução à Economia. Princípios econômicos.
Slide: 14 ao 37.
Aula 03 - 14/04 – Oferta, demanda e equilíbrio de mercado
Slide: 38 ao 53.
Aula 04 – 21/04 – Feriado. Aula será recuperada com trabalho assíncrono.
Aula 05 – 28/04 – Elasticidade. Exercícios de elasticidade.
Slide: 54 ao 60.
Aula 06 – 05/05 – Exercícios – Elasticidade X Oferta X demanda.
Aula 07 – 12/05 - Primeira prova. Desenvolvida em sala de aula.
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Cronograma e Programa da Componente Curricular - Presencial
Aula 08 – 19/05 – Correção da prova. Teoria do Consumidor.
Slide: 61 ao 69.
Deliberar trabalho para recuperar aulas. Entrega até 07 de julho.
Aula 09 – 26/05 – Introdução a custos. Teoria da firma e da produção.
Slide: 70 ao 81.
Aula 10 – 02/06 – Exercícios. Teoria da firma e da produção.
Aula 11 - 09/06 – Feriado. Aula será recuperada com trabalho assíncrono.
Aula 12 – 16/06 – Segunda prova. Desenvolvida em sala de aula.
Aula 13 – 23/06 – Semana acadêmica.
Aula 14 – 30/06 – Correção da segunda prova. Estruturas de mercado.
Slides: 82 ao 103. Exercícios.
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Cronograma e Programa da Componente Curricular - Presencial
Aula 15 – 07/07 – Macroeconomia.
Slides: 104 ao 113.
Prazo final para entrega do trabalho assíncrono.
Aula 16 – 14/07 – Terceira prova. Desenvolvida em sala de aula.
Postagem das notas via sistema Moodle.
Aula 17 – 21/07 – Prova de recuperação. Desenvolvido em sala de aula.
Entrega de notas/trabalhos via Moodle.
Apenas para alunos que não alcançaram a média 6,0 durante as avaliações do semestre.
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O que é economia?
Em sua essência, a economia trata principalmente das escolhas feitas pelas pessoas todos os dias.
Para o senso comum economia diz respeito a finanças, investimentos, mercado de ações... Mas não é só isso, a economia é a ciência que estuda as razões pelas quais as pessoas se comportam e como se comportam.
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Desejos ilimitados x Recursos escassos
E mesmo tendo tudo isso, sempre vão querer algo mais.
Existem 2 verdades que valem para todo mundo, independente de gênero, crença religiosa, cor ou renda: a primeira é que todo mundo tem desejos ilimitados, a segunda é que temos recursos limitados. Por isso não podemos ter todas as coisas que gostamos, pois ou não temos tempo ou não temos dinheiro o suficiente para comprar e fazer tudo que queremos.
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Desejos ilimitados x Recursos escassos
Qual o problema de termos desejos ilimitados?
Porque os recursos são LIMITADOS
Por isso é necessário fazer ESCOLHAS
a ECONOMIA é o estudo das ESCOLHAS!
A economia é o estudo das escolhas, ou seja, que escolhas as pessoas vão ter de fazer para usar o tantinho de recursos disponíveis para satisfazer o tantão de desejos que elas têm.
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Mas porque recursos escassos?
ESCASSEZ: situação em que  não há quantidade suficiente de um recurso para atender a todas as pessoasque o desejam ou o demandam, se ele não for cobrado (tiver preço zero);
PREÇO: existe para equilibrar a oferta de um recurso, bem ou serviço à sua demanda.
Se eu quiser distribuir um produto de graça, não vai ter o suficiente.
Então a gente consegue identificar um bem escasso quando ele ostenta uma etiqueta de preço, indicando que as pessoas querem pagar para tê-lo.
Uma coisa não é escassa quando existe quantidade suficiente dela para satisfazer as necessidades de todo mundo mesmo sem cobrar nenhum preço, porque se ela atende a todos sem faltar a ninguém, não tem porque cobrar um preço por ela: um exemplo de bem não escasso é o ar respirável. Mas se um dia o ar respirável se tornar escasso, certamente algum preço as pessoas terão de pagar para consumi-lo (espero que não ocorra tão breve essa tragédia).
Então com eu decido quem fica com o produto?
Bom, uma forma é pedir dinheiro por ele, assim aqueles que não estão a fim de ter o produto caem fora e os que estão a fim o bastante para pagar a quantia ficam com ele.
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Como fazer escolhas?
ESCOLHAS: se baseiam no que as pessoas acreditam ser o melhor em relação ao seu interesse – egoísmo racional, onde elas analisam os prós e contras de cada decisão. Os economistas chamam isso de custos e benefícios.
Qual é a escolha mais racional?
Depende do indivíduo tomador da decisão
Toda decisão é racional para a pessoa que a toma.
O fato de acharmos uma decisão tomada pelo outro certa ou errada, não quer dizer que ela não tenha sido racional, só significa que a pessoa baseia as suas decisões em parâmetros diferentes dos nossos.
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E o que são recursos?
RECURSOS: são tudo aquilo que é produtivo, ou seja, tudo que produz algo novo e valioso para as pessoas – novos bens e serviços que precisamos ou queremos em nosso dia a dia;
OBS.: dinheiro não é um recurso, ele é apenas um meio para que ocorram trocas de bens e serviços entre as pessoas.
Recurso produtivo é tudo o que usamos para fazer produtos e serviços, como pessoas, combustível, energia, máquinas, fábricas, plantas, animais...
O dinheiro não é um recurso porque ele não produz nada por si próprio. É claro que tendo dinheiro a economia flui bem melhor, porém o dinheiro não tem a característica de produzir coisas, ele é como se fosse a graxa para uma máquina: ele facilita o processo econômico porém não tem a capacidade de produzir algo.
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Tipos de recursos produtivos
RECURSO NATURAL: é tudo o que vem da Terra, ou seja, terrenos para fazendas ou construções de imóveis, plantas, rebanhos, água, petróleo;
TRABALHO: engloba qualquer trabalho humano, físico ou intelectual. O capital humano pode ser aprimorado por meio de treinamentos, experiências, cursos, estudo;
BENS DE CAPITAL: por definição, bem de capital é tudo o que é usado para produzir bens e serviços. Simplificando são as máquinas e equipamentos;
CAPACIDADE EMPRESARIAL: capacidade de identificar uma oportunidade de lucro por meio da organização dos fatores produtivos assumindo para isso alguns riscos.
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Macroeconomia e Microeconomia
Estudo de mercados mais amplos como os Estados, economia Nacional e relações econômicas internacionais.
Macroeconomia
Microeconomia
Estudo de indivíduos e suas ações, as empresas e outras partes do processo produtivo.
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Macroeconomia e Microeconomia
MACROECONOMIA:
Por meio da análise efetuada por essa área da economia, surgem indicadores como: PIB, inflação, juros, câmbio, entre outros;
Esses números são desenvolvidos a partir de análises amplas, que envolvem a produção econômica de um país inteiro e suas trocas com outros países.
se interessa, por exemplo, pelo resultado das contas públicas e suas consequências para a dívida pública, para os juros, investimentos e para o resultado da produção (o PIB)
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Macroeconomia e Microeconomia
MICROECONOMIA:
Desenvolve estudos a partir de construções teóricas importantes:
Teoria do consumidor: que busca entender o comportamento e as escolhas das pessoas na economia;
Teoria de empresa: focada nas corporações e na relação entre capital e trabalho;
Teoria da produção: que analisa minuciosamente a evolução do processo produtivo.
Já a microeconomia olha para questões como: diferenças salariais entre diferentes grupos da sociedade (homens e mulheres, brancos e negros); funcionamento dos diversos setores econômicos; e as motivações das decisões dos consumidores.
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Definição de Economia Industrial
Recordando...
“É uma ciência que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas” (Vasconcellos, 2007);
Principais problemas:
Recursos produtivos são limitados;
Necessidades humanas são ilimitadas.
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Problemas econômicos fundamentais
O que produzir e quanto?
Nível econômico
Como produzir?
Nível tecnológico
Para quem produzir?
Nível social
Nível de referência Econômico - O quê e quanto produzir: Dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais os produtos que serão produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas;
Nível de referência Tecnológico - Como produzir: A sociedade terá de escolher ainda quais os recursos de produção que serão utilizados na produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo como serão produzidos os bens e serviços, pois estes escolherão entre os métodos mais eficientes, isto é, aquele que tiver o menor custo de produção possível;
Nível de referência Social - Para quem produzir: A sociedade terá também de decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A repartição do rendimento dependerá não só da oferta e da procura nos mercados de fatores produtivos, ou seja, da determinação dos salários, das rendas da terra, dos juros e dos lucros do capital, mas também da repartição inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança.
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Mercado
O mercado é o ambiente social ou virtual propício às condições para a troca de bens e serviços;
O mercado aparece a partir do momento em que se unem grupos de vendedores e de compradores, o que permite que se articule um mecanismo de oferta e procura;
É o mercado que determina os preços de bens e serviços, esses preços orientam as decisões sobre o que produzir, comprar e/ou vender;
Assim, a concorrência é vista como uma forma de organizar e auxiliar o mercado na determinação de preços, padrões, dentre outros elementos.
ambiente social ou virtual propício às condições para a troca de bens e serviços
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Concorrência
A concorrência é o fenômeno mais característico das economias capitalistas;
Há concorrência quando dois ou mais produtores tentam conquistar um comprador oferecendo as melhores condições;
As empresas necessitam do entendimento sobre a sua concorrência, além de entender sobre como funciona o mercado, para ter sucesso nas suas ações.
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A mão invisível
“Não é da benevolência do açogueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles tem pelo próprio interesse. 
Adam Smith (1723-1790)
Adam Smith é considerado o pai da Economia moderna e o mais importante teórico do liberalismo econômico. Em plena Revolução Industrial – 1776 – ele publicou um livro que é considerado o marco da Teoria Econômica – "A Riqueza das Nações", o qual serviu de base teórica para a expansão do capitalismo industrial.
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A mão invisível
De acordo com Adam Smith o autointeresse de uma sociedade livre proporcionaria a forma mais rápida de uma nação alcançar o progresso e o crescimento econômico;
Na sua liberal opinião o maior obstáculo a esse progresso econômico seria o intervencionismo do Estado na Economia;
Para ele, existiria uma "mão invisível" que autoregularia o mercado;
Ou seja, se o mercado fosse deixado em paz pelos governos ele se manteria sempre em equilíbrio.
Então, a competição perfeita é um caso em que é difícil o respeito de todos os pressupostos,por isso há muitas controvérsias sobre esse modelo de concorrência uma vez que em virtude de existir a interferência do governo e empresas, impedindo que a mão invisível do mercado, consiga atuar de forma natural.
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Princípios econômicos
São os princípios econômicos, que fornecem uma base para as análises econômicas;
Estão relacionados à forma como as pessoas vivem e agem em uma sociedade.
São eles:
Custo de oportunidade;
O princípio marginal;
Princípio da externalidade;
Princípio do valor real;
Pessoas reagem a incentivos;
A capacidade dos membros de uma sociedade determina seu padrão.
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01-) Como as pessoas tomam decisões: pessoas fazem tradeoffs; custo de algo é o que você desiste para obtê-lo; pessoas racionais pensam na margem; pessoas reagem a incentivos.
02-) Como as pessoas interagem: comércio pode ser bom para todos; mercados geralmente são uma boa maneira de organizar a atividade econômica; às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados.
03-) Como a Economia funciona: padrão de vida de um país depende da sua capacidade de produzir Bens e Serviços; os preços sobem quando o governo emite moeda demais; a sociedade enfrenta um Tradeoff de curto prazo entre Inflação e Desemprego.
Economia Industrial - Princípios
Custo de oportunidade
Os recursos produtivos, muitas vezes escassos, ao serem escolhidos (direcionados) para a produção de um bem, deixarão de ser utilizados para outro;
Exemplo: Frequentar um curso universitário ou trabalhar.
Para obtermos um bem é necessário o sacrifico de abrir mão de outro bem. Este conceito nos permite medir os ganhos e perdas em produzir um bem em detrimento de outro.
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O princípio marginal
Beneficio marginal é o beneficio adicional resultante de um pequeno aumento na atividade;
Custo marginal é o custo adicional resultante de um pequeno aumento na atividade;
Exemplo: Gastar uma hora revendo a matéria para a prova ou assistir televisão.
Indica uma pequena mudança ou uma mudança incremental sem grande impacto.
Determina o custo x benefício de determinada atividade.
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Princípio da externalidade
As decisões individuais frequentemente promovem o bem estar coletivo. Mas nem sempre isto é possível, ou seja, às vezes decisões individuais são contrárias aos interesses de outros;
Exemplo: Uma empresa diminui os seus preços de tal forma que a concorrente não suporte.
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O princípio do valor real
As pessoas estão interessadas não apenas na quantidade em dinheiro, mas principalmente a quantidade de bens que este montante em dinheiro pode adquirir;
Exemplo: Se com R$ 10,00 eu consigo comprar 3 canecas de chopp de uma marca que eu não conheço, porém com os R$ 10,00 eu consigo comprar só 1 da marca que conheço, eu prefiro comprar 3 canecas ao invés de 1.
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Pessoas reagem a incentivos
Muitas decisões são tomadas quando as pessoas reagem a incentivos, para isto consideramos os benefícios e custos de nossas decisões;
Exemplo: As “promoções” que as empresas realizam visando aumentar suas vendas.
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A capacidade dos membros de uma sociedade determina seu padrão
Países/cidades/regiões apresentam diferentes formas de viver de suas sociedades;
Exemplo: Um item que é importante para uma determinada população pode não ter tanta relevância para outra – chuveiro elétrico.
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Preço elevado nos meses de verão;
Preço elevado na época de
Natal;
Preço baixo no final do inverno.
OFERTA X DEMANDA
 - O jogo entre compradores e vendedores nos mercados determina as quantidades e os preços dos diferentes bens e serviços.
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Demanda
Chamamos de demanda de um bem a quantidade demandada desse bem que os consumidores desejam e podem comprar;
Um agente demanda algo quando o deseja e, além disso, possui os recursos necessários para ter acesso a ele.
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Curva de demanda
A curva de demanda tem inclinação negativa, pois quando o preço diminui, a quantidade demandada aumenta;
A curva de demanda mostra a relação entre o preço e a quantidade demandada de um bem.
Quanto mais baixo o preço, mais unidades do bem seriam demandadas.
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Lei da demanda
A lei da demanda se refere à relação inversa entre o preço de um bem e a quantidade demandada: ao aumentar o preço, diminui a quantidade demandada, e o contrário ocorre quando se reduz o preço.
P
D
P
D
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Deslocamentos da curva de demanda
A curva de demanda se desloca quando muda qualquer um dos fatores que influem na demanda, exceto o preço do bem;
Entre os fatores capazes de deslocar a curva de demanda, os mais importantes são:
A renda dos consumidores;
O preço dos bens relacionados;
As preferências dos consumidores;
População.
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Deslocamentos da curva de demanda
A renda dos consumidores: quando a renda média dos consumidores aumenta, eles podem consumir mais, e assim a curva de demanda se desloca para a direita, caso contrário, inverte a situação e a curva da demanda se desloca para a esquerda.
Preço dos bens relacionados: as alterações no preço de um bem não apenas influenciam a demanda desse bem, como também podem causar deslocamentos na curva da demanda de outros bens.
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Deslocamentos da curva de demanda
Preferência dos consumidores: podem acontecer simplesmente porque o gosto do consumidor se modificou no decorrer do tempo ou pela influência de campanhas publicitárias destinadas a alterar os padrões de consumo;
População: a demanda de determinado bem em certo país será significativamente maior do que a demanda desse mesmo bem em um país que tenha metade da população ou, quando esperamos que a gasolina vá subir e enchemos o tanque.
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Oferta
A oferta tem a ver com as condições em que as empresas desejam produzir e vender seus produtos.
Reflete portanto as intenções de venda dos produtores.
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Curva de oferta
É a representação gráfica da relação entre o preço de um determinado bem e a quantidade ofertada, para traçá-la supomos que permanecem constantes todas as variáveis, exceto o preço, capazes de afetar a quantidade ofertada.
A um preço muito baixo, os custos de produção não serão cobertos e os produtores não produzirão nada, conforme o preço vai subindo, começa-se a lançar unidades no mercado e, a preços mais altos, a produção será maior, pois haverá mais lucro.
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Lei da oferta
Expressa a relação direta existente entre o preço e a quantidade ofertada, ou seja, quanto maior for o preço de um bem ou serviço, mais lucrativa poderá ser sua produção e maior será a sua oferta.
P
O
P
O
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Deslocamentos da curva de oferta
A curva de oferta de um bem se desloca quando muda qualquer um dos fatores que influenciam a oferta, exceto o preço do bem;
Esses fatores são:
O preço dos fatores produtivos;
A tecnologia existente;
O número de empresas ofertantes.
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Deslocamentos da curva de oferta
Preço dos fatores produtivos: preço de algum insumo produtivo cai, há um incentivo a produzir mais. Ex.: queda do preço de fertilizantes;
Tecnologia existente: o avanço tecnológico pode interferir na redução de custos, nesse caso os empresários tendem a ofertar mais produtos, independente do preço;
Número de empresas ofertantes: aumenta a oferta em razão da facilidade de instalação ou em função do preço do bem ser atrativo.
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Oferta e demanda: equilíbrio do mercado
Ocorre quando colocamos em contato consumidores e produtores, cada qual com sua respectiva intenção de consumo ou produção particular;
O preço de equilíbrio (preço que esvazia o mercado) é aquele em que a quantidade demandada é igual a quantidade ofertada (quantidade de equilíbrio);
O equilíbrio se encontra na intersecção entre as curvas da oferta e da demanda;
No equilíbrio, dado que a quantidade ofertada e a demandada se igualam, não há escassez (excesso de demanda) nem excedente (excesso de oferta).
Sozinha, nem a curva da demanda nem a curva de oferta nos dirá até onde podem chegar os preços, ou qual a quantidade que deve ser produzida e consumida a cada preço.
Então por tentativa e erro, analisando para cada preço, é possível verificar a existência de excedente (excesso deoferta), de escassez (excesso de demanda) ou ainda de equilíbrio.
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Oferta e demanda: equilíbrio do mercado
Quando o preço é inferior ao preço de equilíbrio, há excesso de demanda (escassez), o que tende a elevar o preço. Quando o preço é superior ao de equilíbrio, há excesso de oferta (excedente) e isso tende a baixar o preço.
Em um mercado livre, os preços tendem a se mover para o nível de equilíbrio.
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Lei da oferta e demanda
O preço de um bem se ajusta para equilibrar a oferta com a demanda, ou seja, é feita uma pressão para atingir o preço de equilíbrio;
Se, a partir de uma posição de equilíbrio, ocorre um deslocamento da curva de oferta ou de demanda, gera-se uma situação de excesso de oferta ou excesso de demanda.
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Os controles de preço
Em alguns mercados o governo intervém fixando preços máximos e preços mínimos;
Para ser relevante essa política um preço máximo precisa ser inferior ao preço de equilíbrio. Ex.: Preço da vacina inferior ao preço de equilíbrio;
Quando o governo estabelece um preço mínimo, quer dizer que esse preço não pode ficar abaixo de certo nível. Ex.: salário mínimo superior ao salário de equilíbrio, gera excesso de oferta (pessoas querendo trabalhar), ou seja, o desemprego.
Esse tipo de política gera excessos de demanda ou de oferta;
Vacina a 50 reais e o governo fixa a 40 reais haverá um aumento da procura e escassez na oferta.
Isso gera filas e não vai para quem realmente precisa, por isso algumas vacinas são destinadas em primeiro momento para crianças e idosos.
Muitos jovens estão dispostos a aceitar um salário inferior ao mínimo em troca da possibilidade de adquirir experiência e formação.
Salário mínimo eleva o salário recebido pelos trabalhadores empregados, mas reduz a renda daqueles que não conseguem emprego.
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Elasticidade
A elasticidade é uma forma de quantificar a sensibilidade da oferta e da demanda às variações de preço;
Para converter a demanda e a oferta em instrumentos verdadeiramente úteis, precisamos saber o sentido em que a quantidade demandada ou oferecida varia quando o preço muda;
A análise da relação percentual entre o preço e as quantidades é feita por meio do conceito de elasticidade.
Em sentido genérico, elasticidade é a alteração percentual de uma variável, dada a alteração percentual em outra.
Assim, elasticidade é sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face ás mudanças de outras variáveis.
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Elasticidade-preço da demanda
Podemos medir utilizando o coeficiente de elasticidade-preço , que é a razão entre a variação de percentual da quantidade de um bem e a variação percentual de seu preço:
Conforme a lei da elasticidade, a cada 1% de variação no preço, a quantidade da demanda se modifica mutuamente em relação à elasticidade.
(qtde atual – qtde inicial)/qtde inicial
(valor atual – valor inicial)/valor inicial
- Depois de mensurada a proporção da elasticidade de um bem e o seu preço, qualquer variação percentual no preço é proporcional a variação da demanda dele.
- Se variar em 15% o preço de um bem, para eu saber a variação da quantidade basta eu multiplicar a elasticidade-preço pela variação de preço.
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Cálculo da elasticidade-preço da demanda
 > |1|: Elástica (variação percentual no preço gera uma grande variação percentual na quantidade);
 < |1|: Inelástica (variação percentual no preço implica uma pequena variação percentual na quantidade);
 = |1|: Elástica unitária (a variação percentual no preço leva a uma variação percentual igual na quantidade).
A curva da demanda tem inclinação negativa, por isso o quociente terá sinal negativo.
Mas uma vez que as variações são expressas em porcentagem a unidade com que medimos não influi na elasticidade.
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Fatores da elasticidade-preço
Tratar-se de um bem de luxo ou de um bem necessário
Caso se trate de um bem de primeira necessidade, é de esperar que a elasticidade seja baixa, pois será difícil deixar de consumi-lo mesmo que seu preço aumente;
Os bens de luxo, ao contrário, costumam apresentar uma demanda bastante elástica, pois o consumidor pode deixar de comprá-los quando os seus preços sobem.
X
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Fatores da elasticidade-preço
Existência de bens substitutos próximos
Diante de uma alta no preço de determinado bem outro bem pode o substituir.
Os bens mais facilmente substituíveis tendem a apresentar uma demanda mais elástica do que os que não são;
X
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Fatores da elasticidade-preço
Parcela da renda gasta com o bem
Os bens que têm uma importância considerável no orçamento do consumidor tendem a ter uma demanda mais elástica;
Já os que contam com participação reduzida na renda dos consumidores costumam ser pouco sensíveis (demanda pouco elástica) a mudança de preço.
X
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Elasticidade - outras
Elasticidade Renda-Demanda => Mede a variação percentual da quantidade da mercadoria comprada resultante de uma variação percentual na renda do consumidor.
 
Elasticidade Preço-Cruzada-Demanda => Este conceito é semelhante ao anterior, mas a diferença é analisado a mudança percentual que ocorre na quantidade demandada em função da modificação do preço em outro bem.
Importante para determinar bens substitutos ou complementares.
 
Elasticidade Preço-Oferta => Aplicado a oferta, o resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre preço e quantidade ofertada é direta. Quanto maior o preço, maior a quantidade que o produtor (empresário) deverá ofertar.
 
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Teoria do Consumidor - Introdução
A cada dia, todos nós tomamos uma infinidade de decisões:
X
O que influencia essa tomada de decisão?
E o que influencia essa tomada de decisão?
A nossa preferência e o nosso recurso financeiro.
No caso do ônibus e do taxi, os dois irão me levar ao meu destino, eu posso escolher o taxi, porém ele é mais caro, se eu dou mais valor ao meu conforto eu pago o taxi.
Caso contrário, se eu prezo pela economia, eu optaria pelo ônibus.
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Ao estudar a conduta dos consumidores, o que pretendemos é entender os princípios que orientam os indivíduos no momento em que eles demandam bens e serviços;
Como ponto de partida, podemos entender que os consumidores tendem a escolher os bens ou serviços que eles preferem, isto é, aqueles que lhes dão maior utilidade ou satisfação, tudo isso levando em consideração a renda que eles tem disponível.
Teoria do Consumidor - Introdução
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Teoria das escolhas racionais
Os consumidores possuem preferências bem definidas. Dado os preços, o consumidor deve alocar a sua renda de modo a atender as suas preferências, para isso é necessário:
Descrever as várias combinações (cestas) de bens que o consumidor pode comprar que dependem do preço do bem e da renda disponível;
Selecionar dentre as combinações aquela que prefere diante das outras.
Cesta é a combinação específica de um ou mais bens;
No exemplo do táxi e ônibus, digamos que temos uma renda destinada ao transporte. Dentro desta renda, várias combinações podem ser feitas em relação a quantas idas de táxi e quantas idas de ônibus podem ser feitas, uma em detrimento da outra.
63
Teoria das escolhas racionais
O que limita as nossas escolhas?
Restrição orçamentária: determina o limite de combinações de bens que o consumidor pode consumir de acordo com a sua renda.
Exemplo 1:
Refri
Pizza
1000
500
Restrição orçamentária
y
x
O que limita as nossas escolhas? Renda.
A partir desse conceito podemos traçar um gráfico da restrição orçamentária (que é o limite de combinações de bens que o consumidor pode consumir).
Faz de conta que a gente pode consumir só dois bens na nossa vida (pizza e refri). Dependendo do preço a gente vai saber o quanto podemos gastar com cada bem. Então vamos olhar para a nossa carteira e ver o quanto temos de dinheiro para comprar tudo em pizza ou tudo em refri. Se eu gastar menos em refri, eu posso comprar um pouquinho de pizza.
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Teoria da utilidade
À medida que aumenta a quantidade consumida de um bem, aumenta a satisfação ou utilidade total proporcionada por tal quantidade;
Embora a utilidade total aumentecom o consumo, seu ritmo é decrescente, pois quanto mais consumimos de um bem, menor é a satisfação adicional a cada nova unidade que consumimos, a esse efeito damos o nome de utilidade marginal.
Utilidade total: se optamos por consumir um bem é porque ele é útil pra nós, então quer dizer que a utilidade total sempre será acrescida toda vez que eu optar por consumir esse bem.
Utilidade marginal: Exemplo do rodízio de pizza.
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Teoria da utilidade
Quando a quantidade consumida de sorvete aumenta, temos um aumento na utilidade total, porém a um ritmo menor a cada unidade consumida. Em contrapartida, a cada litro de sorvete consumido a utilidade marginal diminui, pois é o incremento relativo a satisfação que o consumo daquele produto representa a cada quantidade.
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Teoria da utilidade
Embora a utilidade total aumente com o consumo, seu ritmo é decrescente. Isso demonstra que, conforme aumenta a quantidade consumida do bem, a utilidade marginal decresce.
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Teoria da utilidade
Quando o consumidor deseja maximizar a utilidade derivada de suas compras, ele precisa igualar a utilidade marginal do último real despendido com ele em comparação com a utilidade marginal do último real despendido com o outro bem, levando em consideração a renda disponível para tal;
Ou seja, somente quando a utilidade marginal por real despendido do bem A e do bem B forem as mesmas é que o consumidor estará extraindo a máxima satisfação de sua limitada renda monetária.
No caso da pizza e do refri. O ideal seria consumir um pouco de cada, porém sabemos que a pizza é mais cara que o refri. Dessa forma, o melhor é encontrar a quantidade adequada de pizza e de refri que nos satisfaria ao máximo com a renda que temos disponível.
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Desafio
Por que a água, tão útil à vida humana, custa tão pouco, enquanto diamantes, que são praticamente desnecessários, custam tanto?
X
A utilidade total da água é, na realidade, muito maior que a dos diamantes. Mas o preço, não está relacionado diretamente à utilidade total, e sim à utilidade marginal. O último litro de água que bebemos proporciona uma utilidade muito reduzida, no entanto, o último (e talvez único) diamante que uma pessoa compra geralmente lhe proporciona grande satisfação.
Quanto maior é a quantidade existente de um bem, menor é o desejo relativo de conseguir uma última unidade desse bem.
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Introdução a Custos
O que é custo?
Aplicação de recursos para atingirmos um objetivo
 Parcela do gasto que é aplicada no desenvolvimento de um produto ou serviço
Custo – Dificuldades
 Identificar;
 Mensurar ou apropriar; e
 Distribuir ou ratear.
No caso da pizza e do refri. O ideal seria consumir um pouco de cada, porém sabemos que a pizza é mais cara que o refri. Dessa forma, o melhor é encontrar a quantidade adequada de pizza e de refri que nos satisfaria ao máximo com a renda que temos disponível.
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Introdução a Custos
Grau de Variabilidade - Normalmente os custos variam em:
FIXO: seu valor total não sofre modificações com a mudança nos volumes de produção.
VARIÁVEL: seu valor total sofre modificações com a mudança nos volumes de produção.
No caso da pizza e do refri. O ideal seria consumir um pouco de cada, porém sabemos que a pizza é mais cara que o refri. Dessa forma, o melhor é encontrar a quantidade adequada de pizza e de refri que nos satisfaria ao máximo com a renda que temos disponível.
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Custos – formação do preço
O preço deve possibilitar a organização:
Manter seus níveis de investimentos e produção; e 
prover o retorno do capital aplicado.
Atualmente a margem de lucro está direcionando-se rapidamente devido às seguintes causas:
redução do ciclo de vida dos produtos;
proliferação de linhas de produtos e serviços;
competição entre as empresas em nível global;
explosão tecnológica.
No caso da pizza e do refri. O ideal seria consumir um pouco de cada, porém sabemos que a pizza é mais cara que o refri. Dessa forma, o melhor é encontrar a quantidade adequada de pizza e de refri que nos satisfaria ao máximo com a renda que temos disponível.
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MARKUP
Exemplo: Custeio por absorção total
Custo variável unidade: R$ 5,00
Custos fixos: R$ 100.000,00
Capacidade Produção Máxima: 10.000 unidades
Margem Lucro desejada = 40%.
A empresa está produzindo/vendendo sua capacidade máxima, então o preço de venda é?
Custo unitário = R$ 15,00
Preço de venda = 15,00 * 1,40 => R$ 21,00
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Custos – formação do preço
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Teoria da Firma e da Produção
Tema inicialmente abordado na teoria econômica e posteriormente incorporado às áreas de administração, contabilidade e engenharia. Através desta teoria estudamos a produção e seus custos, sob o ponto de vista econômico.
 
Na microeconomia a Teoria da Firma abrange: Teoria da Produção e Teoria dos Custos 
 
Objetivos
01.) Servir como base para a análise das relações existentes entre produção e custos de produção, que influi na formação de preços em função da tecnologia disponível. 
 
02.) Servir de apoio para análise da procura por fatores de produção, ou seja, entender a disponibilidade dos fatores de produção e alocação destes fatores com a finalidade de maximizar o nível de produção.
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Teoria da Firma e da Produção
Empresa (firma) => é a unidade de produção que atua de forma racional, com objetivo de maximizar os resultados em termos de produção e lucro. Organiza e administra a produção de bens e serviços. Define o que, quanto, quando, como e onde produzir em função de sua previsão de vendas ou carteira de pedidos.
Ocorrem alterações na produção em função de variações apresentadas na demanda. Estas decisões são influenciadas por outros fatores, tais como o sistema econômico e financeiro.
 
Fatores de produção => são os bens ou serviços transformáveis em produção, que podem ser de dois tipos: 
Primários (sem transformação prévia) 
Secundários (passaram por um processo de transformação) 
 
Produção => processo pelo qual uma firma (empresa) transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. A firma compra fatores de produção (matérias primas e insumos), combina-os segundo um processo de produção escolhido, e vende o produto final no mercado. 
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Teoria da Firma e da Produção
Toda Empresa tem uma meta (economicamente)
Economicamente a meta principal de uma empresa é maximizar o lucro, do contrário ela terá uma condição desfavorável em relação a seus concorrentes. 
 
Lucro econômico: é igual a sua receita menos o seu custo total (custos implícitos e explícitos) Se o total das receitas for maior que o total dos custos, a capacidade empresarial tem atuação positiva, caso contrário esta gera um lucro econômico negativo. 
 
Lucro normal: valor que mantém a empresa em um determinado segmento de negócio, sendo lucro inferior ao normal à tendência é que a empresa abdique deste mercado. Quando o lucro excede o valor normal, é chamado de lucro extraordinário ou lucro extra. 
Lucro Normal é igual ao custo de oportunidade de capital
 
Lucro extraordinário: Diferença entre a receita total e o total dos custos contábeis e custos de oportunidade.
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Teoria da Firma e da Produção
Toda Empresa tem uma meta (economicamente)
Economicamente a meta principal de uma empresa é maximizar o lucro, do contrário ela terá uma condição desfavorável em relação a seus concorrentes. 
 
Lucro econômico: é igual a sua receita menos o seu custo total (custos implícitos e explícitos) Se o total das receitas for maior que o total dos custos, a capacidade empresarial tem atuação positiva, caso contrário esta gera um lucro econômico negativo. 
 
Lucro normal: valor que mantém a empresa em um determinado segmento de negócio, sendo lucro inferior ao normal à tendência é que a empresa abdique deste mercado. Quando o lucro excede o valor normal, é chamado de lucro extraordinário ou lucro extra. 
Lucro Normal é igual ao custo de oportunidade de capital
 
Lucro extraordinário: Diferença entre a receita total e o total dos custos contábeis e custos deoportunidade.
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Economia Industrial – Teoria da Firma/Produção
Toda empresa enfrenta Restrições
 
Para uma empresa atingir seu objetivo, ou seja, maximizar o lucro, ela deve tomar as seguintes decisões: o que produzir e quais quantidades, como produzir como organizar e remunerar seu pessoal, como comercializar seus produtos e finalmente o que produzir ou comprar de outras empresas.
 
Restrições tecnológicas => são os recursos vinculados à forma de produção.
 
Restrições de informações => nunca dispomos de todas as informações necessárias. Quando o concorrente deseja lançar um novo produto, quais serão suas características, são alguns exemplos destas restrições.
 
Restrições mercado => são impostas pelas condições normais de mercado, ou seja, pelos clientes e concorrentes.
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Economia Industrial – Teoria da Firma/Produção
Como diferenciar Curto e Longo Prazo em Economia (teoria da produção)?
 
Curto Prazo: é o período de tempo na qual existe pelo menos um fator de produção fixo (edifício industrial e maquinaria) e um fator variável (trabalho e matéria-prima), ou seja, vai mudar conforme o nível produção. 
 
Lei dos Rendimentos Decrescentes: Aumentando-se a quantidade de um fator variável, permanecendo a quantidade dos demais fatores inalterada, a produção, poderá inicialmente, crescer; a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variável, passará a crescer a taxas decrescentes.
É tipicamente um fenômeno de curto prazo, com pelo menos um fator fixo, pois se este fator também variar então a produção ira aumentar, mas neste caso não teremos a curto prazo, mas sim a longo prazo, pois não temos nenhum fator de produção fixo.
 
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Economia Industrial – Teoria da Firma/Produção
Longo Prazo: Todos os fatores de produção variam. Importante analisar as vantagens e desvantagens da empresa aumentar sua dimensão (tamanho), o que implica demandar mais fatores de produção. Isto introduz os seguintes conceitos de Economia de Escala ou Rendimentos de Escala.
 
Rendimento Crescente de Escala: é quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção e a produção cresce numa proporção maior. Uma maior especialização do trabalho pode levar a esta situação.
 
Rendimento Decrescente de Escala: é quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção e a produção cresce numa proporção menor. 
 
Rendimento Constante de Escala: é quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção e a produção cresce na mesma proporção. 
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Economia Industrial – Teoria da Firma/Produção
Custo Marginal e Receita Marginal
 
Receita Marginal: acréscimo da receita da empresa quando essa vende uma unidade adicional de seu produto.
 
Custo Marginal: o acréscimo do custo de produção da empresa quando esta produz uma unidade adicional de seu produto.
 
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Qual tamanho do mercado para servir uma empresa?
Em alguns setores grandes empresas dominam o mercado.
Exemplo: Fabricação de veículos (automóveis).
Em outros pequenas e grandes empresas coexistem.
Exemplo: Software e Bancos.
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
Que fatores determinam o mercado de uma empresa e como esta escolhe seus mercados (fronteiras) ?
 Economias de escala => diminuir custo médio por meio do volume, insumos indivíseis e especialização do trabalho
 Economias de escopo => diferentes bens/serviços são produzidos em um único local
 Curva de aprendizagem => vantagens resultantes do acúmulo de experiência e conhecimento
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
Economias de Escala: quando o custo marginal é menor que o custo médio.
Exemplo: Gravação de CDs de música. 
O custo marginal da reprodução/gravação de um CD é baixo comparado com o custo de gravar o primeiro CD.
Economias de Escopo
Exemplo: Uma empresa oferece um ginásio que pode ser utilizado para diversos eventos, enquanto outra empresa oferece um ginásio que somente pode ser usado para prática de esportes.
Expressões comuns que descrevem estratégias que exploram as economias de escopo: alavancando competências essenciais; concorrendo em termos de capacidades e diversificação rumo a produtos relacionados.
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
Fatores de Economias Escala/Escopo
Relacionados à produção
Custos fixos
Estoques
Outros
Compras
Propaganda
Pesquisa & Desenvolvimento
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
Fatores de Economias Escala/Escopo – Custos Fixos
Certos insumos não são utilizados em uma escala, abaixo de um determinado tamanho mínimo no processo de produção, assim o aumento do volume da produção produz economias de escala de curto prazo.
No longo prazo, economias de escala são obtidas por meio de escolha (melhores) de tecnologia.
Fatores de Economias Escala/Escopo – Estoques
Empresas mantém estoque para evitar o término do mesmo, pois este fato além das perdas em vendas, pode afetar desfavoravelmente a lealdade do cliente.
Grandes empresas podem dar-se ao luxo de manter estoques pequenos (relativo ao volume de vendas) em comparação com pequenas empresas.
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
Fatores de Economias Escala/Escopo – Compras
Grandes compradores podem conseguir maiores descontos, então tem custos de transações menores. 
A barganha dos grandes compradores é mais agressiva, como forma de assegurar o fornecedor.
Fatores de Economias Escala/Escopo – Propaganda
Grandes empresas têm um custo menor para alcançar um cliente potencial e têm um melhor alcançe.
Grandes empresas geralmente têm diversos produtos, isto lhes fornece economia de escopo, com relação a divulgação da marca, isto facilita também a introdução de novos produtos.
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
Fatores de Economias Escala/Escopo – P&D
Existe um tamanho mínimo viável para um projeto ou departamento de P&D. 
Economias de escopo em P&D - idéias de um projeto podem ajudar outro.
As grandes empresas são melhores em inovação comparadas às pequenas empresas?
Fatores de Economias Escala/Escopo – Outras Fontes
Acesso a redes de distribuição
Relações governamentais estabelecidas
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
Deseconomias de Escala
Após um certo tamanho, maior nem sempre é melhor.
As fontes de deseconomias de escala são:
Aumento do custo de mão-de-obra
Diluição dos recursos especializados
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
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Economia Industrial – Estruturas de Mercado
As estruturas de mercado dependem fundamentalmente de 3 características:
a) Número de empresas que compõem esse mercado;
b) Tipo do produto (se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados);
c) Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado
Estruturas de Mercado
 concorrência perfeita;
 monopólio;
 oligopólio; e
 concorrência monopolística.
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Economia Industrial – Estruturas de Mercado
Mercado em Concorrência Perfeita
Quando no mercado existe uma grande quantidade de empresas, fazendo com que uma empresa isoladamente seja insignificante e não tem condições de afetar os níveis de oferta e mercado.
Neste tipo de mercado deve prevalecer as seguintes premissas:
 
- mercado atomizado;
 produtos homogêneos;
 não existem barreiras para novas organizações; e
transparência do mercado.
 
Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade), ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade. 
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Economia Industrial – Estruturas de Mercado
Monopólio
 
Características básicas:
- uma única empresa produtora do bem ou serviço;
- não há produtos substitutos próximos;
- existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
 
As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:
 
monopólio puro ou natural;
 patentes; 
 controle de matérias-primas chaves; e
monopólio estatalou institucional.
Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em mercados monopolizados. 
Isto também influência a elasticidade, pois sem bens substitutos ou concorrentes a demanda tende a ser inelástica.
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Economia Industrial – Estruturas de Mercado
Oligopólio
 
Definido de duas formas:
01.) pequeno número de empresas no setor; ou
02.) pequeno número de empresas domina um setor com muitas empresas. 
 
Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços.
 
No oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a entrada de novas empresas no setor.
 
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Economia Industrial – Estruturas de Mercado
Oligopólio
Tipos de oligopólio:
01.) com produto homogêneo; ou
02.) com produto diferenciado (automóveis)
 
A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão
 
Formas de atuação das empresas
 
01.) concorrem entre si, via guerra de preços ou de promoções - (forma de atuação pouco frequente);
02.) formam cartéis (conluios, trustes). 
 
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Economia Industrial – Estruturas de Mercado
Concorrência Monopolística
Nome é contraditório, pois nesta situação existe concorrência. 
Estrutura de mercado intermediário entre a concorrência perfeita e o monopólio, com as seguintes características:
 
- muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço;
- cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos;
- cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de escolha, de acordo com sua preferência.
 
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Economia Industrial – Estruturas de Mercado
Fatores de Produção
Concorrência perfeita no mercado de fatores
A oferta do fator de produção é abundante, tornando o preço deste fator constante, sendo que os fornecedores não tem grandes condições de manobrar os preços.
 
Monopólio Bilateral
Acontece quando nos dois lados (vendedores e compradores) de fatores de produção, temos um monopólio.
 
Monopsônio – insumos
É o monopólio da compra de insumos, acontece quando temos somente um comprador para um conjunto variado de vendedores. 
 
Oligopsônio – insumos
Contrário ao anterior, é quando temos poucos compradores para muitos vendedores.
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Curva Aprendizagem 
VANTAGEM ABSOLUTA/ COMPARATIVA 
GANHOS DE COMERCIALIZAÇÃO
João tem uma lanchonete, produz salada de frutas e vitaminas.
A cada 90 segundos produz 1 salada de frutas ou 1 vitamina.
Custo oportunidade – 1 salada de frutas é de 1 vitamina.
Custo oportunidade – 1 vitamina é de 1 salada de frutas.
Vende, o máximo, dos produtos em quantidades iguais.
Em 1 hora, ele vende 20 saladas de frutas e 20 vitaminas.
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
Curva Aprendizagem 
VANTAGEM ABSOLUTA/ COMPARATIVA 
GANHOS DE COMERCIALIZAÇÃO
Pedro tem uma lanchonete, produz salada de frutas e vitaminas.
A cada 2 minutos produz 1 salada de frutas.
A cada 10 minutos produz 1 vitamina.
Custo oportunidade – 1 vitamina é de 5 salada de frutas.
Custo oportunidade – 1 salada de frutas é de 0,20 vitamina.
Vende, o máximo, dos produtos em quantidades iguais.
Em 1 hora, ele vende 5 saladas de frutas e 5 vitaminas.
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
Curva Aprendizagem
VANTAGEM COMPARATIVA: esforço de alguém realizar uma atividade se comparado com o de outro
João: a cada 90 segundos produz 1 salada de frutas ou 1 vitamina.
Mesmo tempo para produzir uma salada de frutas e uma vitamina.
Pedro: a cada 2 minutos produz 1 salada de frutas e a cada 10 minutos produz 1 vitamina.
Tempo de uma vitamina é de cinco salada de frutas e o tempo de 1 salada de frutas é de 0,20 vitamina.
VANTAGEM ABSOLUTA: quem consegue melhor produtividade.
João: vende, o máximo, dos produtos em quantidades iguais.
Em 1 hora, ele vende 20 saladas de frutas e 20 vitaminas.
Pedro: vende, o máximo, dos produtos em quantidades iguais.
Em 1 hora, ele vende 5 saladas de frutas e 5 vitaminas.
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
Quem tem vantagem absoluta ? 
Quem tem vantangem comparativa – produção, vitaminas
Quem tem vantagem comparativa – produção, salada frutas
JOÃO, pois produz mais vitaminas e salada de frutas em 1 hora.
JOÃO, pois deixa de produzir 1 salada de frutas para produzir 1 vitamina.
PEDRO, pois deixa de produzir 0,20 vitaminas para produzir 1 salada de fruta.
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
RESUMINDO – PRODUÇÃO POR HORA
		João	Pedro
	Vitamina	20	05
	Salada Fruta	20	05
Eles tem como alterar estes volumes de produção, de modo que ambos produzam mais, ambos os produtos ?
(obs: sem alterar nenhuma variável que influa no processo produtivo)
SIM, unindo esforços e escolhendo o que cada um deve produzir dentro de suas competências – como ?
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
PRODUÇÃO POR HORA – COMBINANDO ESFORÇOS
		João	Pedro
	Vitamina	35	00
	Salada Fruta	05	30
Eles combinam estas produções, de forma aproveitar melhor suas vantagens comparativas.
Fazem o seguinte acordo:
João vende 10 vitaminas para Pedro
Pedro vende 20 saladas para João 
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
PRODUÇÃO HORA – COMBINANDO ESFORÇOS - FINAL
		João	Pedro
	Vitamina	25	10
	Salada Fruta	25	10
Ambos produzem mais, podem vender mais.
É assim que empresas, até mesmo concorrentes, decidem se unir ou
paises decidem o que produzir para comercializar com outros países.
Isto chamamos de Ganhos de Comercialização.
Economia Industrial – Horizontes de uma Empresa
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Economia Industrial – Macroeconomia
Estuda a economia como um todo, analisando e determinando o comportamento dos grandes agregados (de um pais), tais como: emprego e desemprego, taxa de juros e estoque de moedas.
 
Objetivos da macroeconomia => aumentar o nível de empregos, estabilizar os preços, distribuir renda e obter o crescimento da economia. 
 
Não considera o comportamento dos elementos econômicos individuais e de mercados específicos como a micro. 
A abordagem global tem a vantagem de estabelecer relações entre os grandes agregados o que possibilita uma maior compreensão das relações entre estas variáveis.
 
Complementa os estudos da microeconomia, pois o conjunto da economia é a soma dos mercados individuais (objeto de estudo da microeconomia). 
	
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Economia Industrial – Macroeconomia
Objetivos da política macroeconômica
 
A) Alto nível de emprego => As discussões sobre emprego começaram na década de 30, após a grande crise econômica de 1929, até então o pensamento liberal acreditava que o mercado regularia completamente esta situação.
 
B) Estabilidade de preços => Esta diretamente relacionada com controle da inflação que é aumento contínuo e generalizado de preços, esta acarreta uma série de distorções, principalmente sobre a distribuição de renda.
 
C) Distribuição de renda socialmente justa => uma “correta” distribuição de renda promove uma maior igualdade entre seus participantes. 
D) Crescimento econômico => Quando existe desemprego e capacidade ociosa, o produto nacional pode ser aumentado por meio de políticas econômicas que estimulem a atividade produtiva. Mas existe um limite que este crescimento pode ser realizado, este limite é composto por: disponibilidade de recursos disponíveis, tecnologia disponível, novas maneiras de organizar a produção e qualificação de mão-de-obra.
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Economia Industrial – Macroeconomia
Curto e Longo Prazo
A teoria macroeconômica, em sua essencialidade, se preocupa mais com fatores de curto prazo ou questões conjunturais, tais como desemprego e inflação, que podem ser abordados pelos instrumentos de política econômica.
Fatores de longo prazo são estudados na teoria do desenvolvimento e/ou crescimento econômico, que envolvemquestões estruturais que não dependem apenas de instrumentos de política econômica, tais como: fatores tecnológicos, educação, entre outras.
Instrumentos de política econômica => política fiscal, externa, cambial, monetária entre outras.
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Economia Industrial – Macroeconomia
Instrumentos de Política Macroeconômica
Envolve as ações do governo sobre a capacidade produtiva (oferta agregada) e despesas planejadas (demanda agregada), com objetivo de permitir que a economia tenha pleno emprego, baixa inflação e justa distribuição de renda.
 
Política Fiscal => São todos os instrumentos que o governo tem para agir sobre os impostos (política tributária) e controlar seus gastos. 
 
Política Monetária => É atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos.
		
Política Cambial e Comercial => A primeira é atuação do governo sobre a taxa de câmbio, que pode ser fixo ou flutuante, já a segunda se relaciona aos instrumentos de estímulos ou desestímulos as exportações e/ou importações.
 
Política de Rendas => É atuação de forma direta sobre a renda (salários, alugueis), que podem ser afetados, exemplo quando de um congelamento de preços. 
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Economia Industrial – Macroeconomia
A política macroeconômica tradicionalmente compõe-se de alguns mercados, que são os seguintes:
 
Bens e Serviços => composto de dois segmentos um que determina o nível de produção agregada bem como o nível geral de preços, é composto de: empresas, consumidores, governo e setor externo. O outro determina o nível de oferta agregada, é composto pelo nível de emprego e da capacidade instalada de produção.
 
De Trabalho => não se distinguem também os diferentes tipos de trabalho, determina a taxa de salários e nível geral de emprego. 
 
Monetário => composto basicamente das transações que são efetuadas com moedas, seus principais elementos são a taxa de juros e o estoque de moeda.
 
Divisas => a economia de uma nação realiza movimentos (trocas) com outros países a oferta de divisas depende das exportações e entrada de capitais financeiros, enquanto a demanda de divisas depende das importações e da saída de capital financeiro.
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Economia Industrial – Crescimento Econômico
Modo de vida em décadas passadas X Modo de vida atualmente
O que possibilitou ou ocasionou estas transformações?
O crescimento econômico, seguramente é o fator principal desta transformação. 
Os economistas desenvolveram um método para auferir (medir) o crescimento econômico, um pais, estado, cidade, esta medida chama-se PIB. 
Para que esta medida seja mais adequada ao tamanho de cada economia, foi criado o índice chamado de PIB per capita. 
Em economia existem basicamente quatro fatores que podem determinar o crescimento de uma economia, que são os seguintes: acumulo de capital, desenvolvimento tecnológico, educação e investimentos em recursos humanos.
 
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Economia Industrial – Crescimento Econômico
Acúmulo de Capital: 	é o conjunto de máquinas, equipamentos e demais estruturas utilizados pelo setor produtivo de uma economia, comparado (em relação) ao número de trabalhadores desta economia. Se os trabalhadores têm mais recursos a sua disposição teoricamente deverão produzir mais.
Existem algumas formas de realizarmos um aumento (acumulo) de estoque por trabalhador o em economia:
 
Poupança e investimento: quanto mais elevada for a poupança de uma economia mais condições teremos de realizar investimentos, destas forma podemos elevar o estoque de capital por trabalhador. Poupança é qualquer renda que não seja consumida.
 
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Economia Industrial – Crescimento Econômico
 
Crescimento populacional, governo e comércio: quando a população de um pais cresce mais que seus recursos produtivos, verifica-se o principio dos retornos decrescentes, ou seja, acréscimos de fatores variáveis (recursos humanos para o trabalho), com os mesmos recursos fixos (máquinas, equipamentos e estruturas). Neste caso o governo pode intervir no processo fazendo mão de alguns dos recursos da política macroeconômica, tais como: carga tributária. 	Desta forma fica evidente a influência do número de trabalhadores disponíveis em uma economia para que ela possa crescer, países com baixa taxa de natalidade, podem ter falta de mão-de-obra. 
 
Política comercial: muitas vezes, sem possibilidade de gerar recursos internamente, financia seu desenvolvimento com déficit comercial, importar mais bens que exportar, gerando endividamento, mas esperando que a médio e longo prazo esta política possa desenvolver sua economia. Quando o déficit tiver que ser quitado, este deverá ser saldado com os recursos provenientes do crescimento do PIB. Mas esta estratégia somente será valida ser os recursos obtidos no exterior não forem usados para aquisição de bens de consumo.
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Economia Industrial – Crescimento Econômico
Desenvolvimento ou Progresso tecnológico: 	é quando uma economia pode produzir mais bens e serviços, com os mesmos recursos utilizados anteriormente. O progresso tecnológico pode ser entendido de diversas formas, desde a invenção da luz elétrica, que permitiu uma maior produção até novas ideias que permitam a reorganização das organizações, de forma a obterem uma melhor produtividade. 
O progresso tecnológico pode ser gerado de diversas formas, tais como pesquisa em ciência fundamental, geralmente apoiada pelos governos ou organizações de pesquisa. Outra forma é a pesquisa aplicada, mais vinculada diretamente a resultados, geralmente desenvolvida em organizações comerciais. Desta forma mudanças nos processos de produção também pode ser considerada um progresso tecnológico. 
 
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Economia Industrial – Crescimento Econômico
Educação e conhecimento: quanto maior o conhecimento e as qualificações de uma sociedade esta deverá estar mais apta a aproveitar os recursos colocados a disposição da força de trabalho, bem como esta maior qualificação favorece o desenvolvimento de novas formas de trabalho e de progresso tecnológico.
 
Investimentos em recursos humanos: propiciar o aumento do conhecimento e das qualificações, também pode ser entendido como investimento em recursos humanos. Complementando o item anterior este fato gera maiores condições para que os indivíduos possam qualificar o seu trabalho.
	 
Benefícios e custos do crescimento
Os principais benefícios advindos de um crescimento econômico são: crescimento do nível de vida (melhor qualidade de vida), maior arrecadação de impostos para o governo, mais renda a distribuir e o aumento do nível de emprego. 
O desenvolvimento também apresenta seus custos, como por exemplo maiores possibilidades de agressão ao meio-ambiente, esgotar alguns recursos naturais entre outras conseqüências.	 O aumento tecnológico e a incorporação de novas tecnologias e processos a produção são seguramente os itens que propiciaram nos últimos anos uma mudança radical nos níveis de vida da população.
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