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Questão 1 Respondida Temos escutado muitas vezes a expressão “O estado é laico”. É usada como chave que fecha a porta (e não abre) para a manifestação de membros e organizações da Igreja católica na sociedade. Leis foram aprovadas para impedir que governantes favoreçam grupos religiosos em suas ações pelo bem da sociedade. Vemos nesta atitude uma distorção do que seja a laicidade do Estado. Esta situação permite a formulação de algumas perguntas. O cidadão católico deve renunciar às suas convicções religiosas para participar da vida da sociedade? O católico deve ser impedido de participar da vida pública e política simplesmente porque professa a fé cristã? A contribuição de um católico na escolha dos rumos da comunidade política deve ser invalidada, porque se posiciona a partir da sua fé? O voto do fiel religioso deve ser anulado, porque vai eleger um presidente para o Estado laico? É preciso lembrar alguns tópicos que regem a relação Estado e Igreja. A Constituição garante à Igreja o direito ao reconhecimento jurídico da própria identidade. Seus membros têm os mesmos direitos e deveres de todo e qualquer cidadão. A Igreja sempre teve consciência de que deve atuar para o bem do Estado e seus cidadãos. O cristão tem o direito e o dever de participar na vida e na organização da sociedade política. Cabe ao Estado e à autoridade política garantir este direito. A partir desse trecho sobre a laicidade, analise as afirmativas a seguir. I. Com a laicidade, o Estado brasileiro oficializou o catolicismo como a religião oficial, mas, não proibiu a prática de outras religiões. II. Ninguém pode ter seus direitos reduzidos sob justificativas religiosas, uma vez que a laicidade do Estado brasileiro estabelece fundamentos constitucionais que possibilitam que os indivíduos disponham de plena liberdade para exprimirem sua fé, de modo protegido e pleno. III. O Estado laico brasileiro tem sua origem marcada a partir da comparação entre a Constituição Política do Império do Brasil (1824) e Constituição da República Federativa do Brasil (1988) com o desenvolvimento da separação dos poderes político e religioso do Estado brasileiro. Considerando o contexto apresentado, é correto o que se afirma em: I, apenas. II, apenas. I e II, apenas. I e III, apenas. II e III, apenas. I e II, apenas. Sua resposta A alternativa correta é: I e III, apenas. I - Falso. Adotado atualmente na grande maioria dos países do globo, a exemplo do Brasil, a laicidade determina que não há uma religião oficial do Estado e permite que os cidadãos estejam livres – e protegidos – para praticarem a religião que escolherem. II - Verdadeiro. A laicidade do Estado brasileiro que estabelece fundamentos constitucionais para que ninguém tenha seus direitos reduzidos sob justificativas religiosas, que possibilita que os indivíduos disponham de plena liberdade para exprimirem sua fé de modo pleno e salvaguardado – tornado ilegais ofensas por parte tanto do Estado quanto de outros indivíduos ou órgãos da sociedade civil -, e que impede que órgãos estatais – Poder Judiciário, polícias, hospitais públicos ou quaisquer que sejam – estabeleçam uma religião manifesta, sob risco de afetar a liberdade religiosa e o tratamento igualitário aos cidadãos nacionais. Percebe-se, portanto, a centralidade deste conceito para a manutenção da pluralidade da democracia de nosso país. III - Falso. Repare como a separação dos poderes político e religioso se desenvolveu no Estado brasileiro, a partir da comparação entre a Constituição Política do Império do Brasil (1824), nossa atual carta constitucional, e da Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Atente para o fato de que, no Império, havia uma religião oficial do Estado, o que justificava, inclusive, a retirada de direitos políticos dos praticantes de outros credos, ao passo que o documento de 1988 afirma a laicidade do Estado e a liberdade religiosa. Prova final Sociedade Brasileira e Cidadania Acertos 6 de 10 Nota 36 pontos Corretas Erradas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 PróximaAnterior Correção da prova Tamanho da fonte Dúvidas ao tutor
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