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TraNSPor_SENAD_MJSP_Modulo_1 (1)

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MÓDULO 1
INTRODUÇÃO: ELEMENTOS 
CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS 
DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS 
PSICOATIVAS
EXPEDIENTE
Todo o conteúdo do Curso TraNSPor – Treinamento sobre Novas Substâncias 
Psicoativas, da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos 
(SENAD), Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) do Governo Federal - 
2023, está licenciado sob a Licença Pública Creative Commons Atribuição - Não 
Comercial- Sem Derivações 4.0 Internacional.
BY NC ND
GOVERNO FEDERAL
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Luís Inácio Lula da Silva
MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
Flávio Dino de Castro e Costa
SECRETÁRIA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS E GESTÃO 
DE ATIVOS
Marta Rodrigues de Assis Machado
DIRETORA DE PESQUISA, AVALIAÇÃO E GESTÃO DE INFORMAÇÕES
Maria Paula Gomes dos Santos
COORDENADORA-GERAL DE ENSINO E PESQUISA
Andreia de Oliveira Macedo
CONTEUDISTAS
José Luiz da Costa
Luíza Nicolau Brandão Caldas
Mônica Paulo de Souza
REVISÃO DE CONTEÚDO
Jessica Santos Figueiredo
Maria de Fatima Pinheiro de Moura Barros
Fernanda Flavia Rios dos Santos
APOIO
Maria Aparecida Alves Dias
Gilvan Alves de Araújo
Kathyn Rebeca Rodrigues Lima
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
COORDENAÇÃO GERAL
Luciano Patrício Souza de Castro
FINANCEIRO
Fernando Machado Wolf
CONSULTORIA TÉCNICA EAD
Giovana Schuelter
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO
Francielli Schuelter
COORDENAÇÃO DE AVEA
Andreia Mara Fiala
SECRETARIA
Elson Rodrigues Natario Junior 
Murilo Cesar Ramos
DESIGN INSTRUCIONAL
Supervisão: Milene Silva de Castro
Gabriel de Melo Cardoso
Marielly Agatha Machado
DESIGN GRÁFICO
Supervisão: Caroline Daufemback Henrique
Eduardo Celestino
Laura Matielo Frota
Luana Pillmann de Barros
Vanessa de Oliveira Vieira
REVISÃO TEXTUAL
Cleusa Iracema Pereira Raimundo
PROGRAMAÇÃO
Supervisão: Alexandre Dal Fabbro 
Luiz Eduardo Pizzinato
Thiago Assi
AUDIOVISUAL
Supervisão: Rafael Poletto Dutra
Andrei Krepsky de Melo
Daniel Almeida Vital de Oliveira
Fabíola de Andrade Borges
Luiz Felipe Moreira Silva Oliveira
Robner Domenici Esprocati
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Wilton Jose Pimentel Filho
SUMÁRIO
UNIDADE 1 | CONCEITO ATUAL E CONVENÇÕES 
INTERNACIONAIS SOBRE DROGAS
UNIDADE 2 | COMO UMA NOVA DROGA 
É CONTROLADA INTERNACIONALMENTE 
 E NO BRASIL
1.1 Conceito de novas substâncias psicoativas
2.1 Abordagens para o controle de NSP
1.2 Convenções internacionais sobre drogas
2.2 Criação do Grupo de Trabalho sobre novas drogas
6
10
17
17
APRESENTAÇÃO 5
11
23
REFERÊNCIAS 32
2.3 Novas substâncias psicoativas e o Sistema 
Nacional de Políticas Públicas Sobre Drogas (SISNAD)
26
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 5
MÓDULO 1
APRESENTAÇÃO
Olá, cursista!
Seja bem-vindo ao seu primeiro módulo de estudos!
Este módulo foi projetado para trazer o conceito mais bem aceito de 
novas substâncias psicoativas (NSP) e a relação deste com o sistema 
internacional de controle de drogas, assim como a legislação nacional 
em torno do tema. Por fim, tratará a relação do Sistema Nacional de 
Políticas Públicas sobre Drogas e as novas substâncias psicoativas. 
Bons estudos!
OBJETIVOS DO MÓDULO
 ¤ Descrever o conceito de novas substâncias psicoativas.
 ¤ Descrever os principais tratados internacionais de 
controle de drogas.
 ¤ Descrever os controles de substâncias nacionais e internacionais.
 ¤ Identificar e demonstrar a relação entre novas substâncias 
psicoativas e o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre 
Drogas (SISNAD).
QR CODE
Clique ou aponte a câmera 
do seu dispositivo móvel 
(smartphone ou tablet) 
no QR Code ao lado 
para assistir ao vídeo de 
apresentação do módulo.
https://youtu.be/TqqJqGerm8U
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 6
UNIDADE 1
CONCEITO ATUAL E CONVENÇÕES 
INTERNACIONAIS SOBRE DROGAS
CONTEXTUALIZANDO
Você sabia que as novas substâncias psicoativas (NSP) representam 
um novo fenômeno global no mercado de drogas? Nos últimos anos, 
a proliferação de NSP no mundo resultou em risco significativo para a 
saúde pública, com aumento do abuso e das consequentes admissões 
em serviços de emergência hospitalar e até de fatalidades.
Com a ajuda da internet, novas drogas se espalham tão rapidamente, 
que as forças policiais e agências reguladoras têm dificuldade em 
responder com agilidade quando se trata de identificar e controlar o 
uso dessas substâncias. Por conta disso, os policiais e profissionais 
de saúde estão engajados em buscar soluções para reagir ao impacto 
do uso das novas substâncias psicoativas.
Além disso, em muitos países, a legislação tem se mostrado ina-
dequada para monitorar e controlar a situação, causando um des-
compasso entre a velocidade de proliferação de novas drogas e a 
capacidade de atendimento dos sistemas de saúde, uma vez que a 
quantidade de novas drogas que surgem é maior do que o tempo 
que os profissionais de saúde precisam para compreender o melhor 
tratamento em caso de intoxicação.
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 7
Essa falta de controles legais deu às redes do crime 
organizado a oportunidade e a margem de manobra para 
aumentar sua presença nesse mercado e gerar milhões de 
dólares em lucros para suas organizações.
Os impactos sociais e econômicos negativos das novas substâncias 
psicoativas na comunidade global são significativos, e os desafios 
para as forças policiais, o Judiciário e os formuladores de políticas 
públicas não têm precedentes.
As NSP são encontradas no mercado das drogas de duas formas 
diferentes (LSS/RAB/DPA/UNODC, 2016), veja: 
QR CODE
Clique ou aponte a câmera 
do seu dispositivo móvel 
(smartphone ou tablet) 
no QR Code ao lado 
para assistir ao vídeo de 
animação sobre o mercado 
das drogas.
1. COM O NOME REAL DA SUBSTÂNCIA 
Neste caso, o usuário usa determinada substância 
intencionalmente. 
2. COMO “FALSIFICAÇÕES” DE DROGAS 
TRADICIONAIS
Neste caso, o usuário acredita estar usando outra droga.
As NSP também podem ser vendidas misturadas com drogas contro-
ladas ou não, o que pode representar um risco ainda maior à saúde do 
usuário. Essas novas drogas já foram, e em alguns países ainda são, 
vendidas de forma aberta nas ruas, em lojas, no mercado de drogas 
ilícitas ou pela internet. Esta última forma de distribuição oferece 
maior agilidade ao comércio de drogas ilícitas. 
É importante destacar que o mercado de novas drogas pode ser muito 
dinâmico, pois, quando uma substância passa a ser controlada em 
um país, os fornecedores podem mudar seu foco de vendas para uma 
nova substância não controlada naquele país ou transferir o negócio 
para outro país que não controle aquela substância. 
A primeira opção só é possível porque os fabricantes de drogas, com 
o objetivo de burlar esses controles, podem promover pequenas 
modificações na estrutura molecular de substâncias com conhecida 
ação psicotrópica, gerando uma nova substância ainda não con-
trolada. Um exemplo que ilustra como surgem NSP a partir dessas 
modificações é o caso das catinonas sintéticas. 
https://youtu.be/W1EAvKO6uYQ
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 8
 ¤ O ingrediente ativo catinona da planta khat apresenta efeito 
estimulante e é controlado internacionalmente desde 1971. 
 ¤ Com o objetivo de burlar os controles internacionais, foram 
feitas algumas modificações na molécula original. 
 ¤ Como os nomes dessas novas substâncias não constavam 
nas listas de substâncias de uso proibido, elas não eram 
consideradas ilegais. 
No Brasil era nítido o dinamismo desse mercado de novas drogas, pois, 
tão logo uma substância era proibida, a Agência de Vigilância Sanitária 
(ANVISA) era notificada da presença de uma nova droga parecida, e, 
assim que essa novíssima droga era controlada, outra surgia, e assim 
sucessivamente.Os fabricantes pareciam ter substâncias de substituição 
prontas para venda antes mesmo de uma substância ser controlada. 
Perceba, a seguir, a diferença entre a molécula original da catinona, 
controlada em 1971, e as derivações, controladas em agosto de 2016, 
março de 2017 e junho de 2017.
ESTRUTURA QUÍMICA
O
NH2
Catinona
Controlada internacionalmente 
desde a Convenção de 1971
H C3
3-metilmetcatinona
Resolução-RDC nº 143, 
de 17 de março de 2017
Cl
4-clorometcatinona
Resolução-RDC nº 159, 
de 2 de junho de 2017
4-bromometcatinona
Resolução-RDC nº 103, 
de 31 de agosto de 2016
Br
H
N
O
H
N
O
H
N
O
Exemplos de catinonas sintéticas e a data em que se 
tornaram de uso proscrito no Brasil. 
Outro ponto importante a ser contextualizado são os diversos nomes que 
foram e ainda são dados às NSP. Se você acompanha as notícias sobre 
novas substâncias psicoativas, provavelmente já ouviu alguns destes 
termos em inglês: designer drugs, legal highs, herbal highs, research che-
micals, bath salts, failed pharmaceuticals, party pills. Estes e outros termos 
serão estudados mais profundamente nos módulos seguintes do curso.
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 9
Foto: © [Casimiro] / Adobe Stock.
Todos esses nomes foram e ainda são usados por causa de determi-
nadas características ou do contexto em que essas substâncias foram 
inseridas no mercado.
Mas por que essas substâncias se tornaram drogas de abuso? 
Segundo King e Kicman (2011), incialmente, foi por se parecerem 
com outras drogas já conhecidas. Todavia, também há outros fatores, 
como medicamentos que não chegaram a ser comercializados ou 
substâncias que atuam em uma região semelhante às drogas mais 
tradicionais, mas a estrutura química é diferente.
Ao longo dos anos, outros fatores influenciaram o surgimento de 
novas substâncias psicoativas, o que representou a criação de um 
grupo de compostos bastante heterogêneo, tanto em relação às suas 
estruturas químicas quanto aos seus efeitos. Mas como reunir todas 
em um conceito único? Foi justamente o fato da ausência de controle 
internacional dessas substâncias que deu origem ao conceito mais 
aceito nos dias de hoje.
QR CODE
Clique ou aponte a câmera 
do seu dispositivo móvel 
(smartphone ou tablet) 
no QR Code ao lado para 
assistir ao vídeo sobre a 
Anvisa e o controle de NSP.
As substâncias não eram 
controladas ou proibidas.
As semelhanças estruturais 
tornavam os efeitos semelhantes 
aos de drogas já conhecidas.
FATOR 1 FATOR 2
Podiam ser ainda mais potentes 
do que as drogas tradicionais.
FATOR 3
https://youtu.be/WRfnCHx9Uo8
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 10
PARA FIXAR
As NSP significam um risco para a saúde pública mundial e 
um problema para os órgãos de controle, uma vez que essas 
substâncias podem ter efeitos nocivos semelhantes ou ainda 
mais potentes que os de outras já controladas, mas podem ser 
consideradas legais em muitos países enquanto não forem 
devidamente incluídas na legislação vigente local ou nos 
tratados internacionais.
Aprofunde seus estudos acerca das NSP no tópico a seguir.
1.1 CONCEITO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS 
PSICOATIVAS
Para continuar os seus estudos neste módulo, cabe destacar a definição 
de novas substâncias psicoativas adotada tanto pelo Escritório das Na-
ções Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) quanto pela União Europeia.
“ Drogas com potencial de abuso, na forma pura ou em preparações (misturas), que não são controladas nos termos da Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961 ou pela Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas de 1971, 
mas que podem constituir uma ameaça à saúde pública. 
(UNODC, 2013)
Nesse contexto, o termo “novas” não se refere necessariamente às subs-
tâncias criadas ou sintetizadas nos últimos anos, mas sim às substâncias 
que foram introduzidas recentemente no mercado para uso abusivo.
Ainda sobre as atividades do UNODC, existem cinco áreas de atuação. 
Uma delas consiste em apoiar a implementação de uma abordagem 
equilibrada, abrangente e baseada em evidências para o problema 
mundial das drogas que atenda tanto à oferta quanto à demanda 
(UNODC, 2019, tradução nossa). As principais formas de atuação do 
UNODC nessa área são:
 ¤ Ajudando os Estados-membros a implementar os três 
principais tratados internacionais de controle de drogas e a 
desenvolver políticas consistentes com eles.
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 11
 ¤ Analisando e relatando dados sobre as tendências do tráfico 
de drogas, incluindo prisões, apreensões, preço e pureza das 
drogas ilícitas, para aumentar o conhecimento e promover 
programas que sejam baseados em evidências.
SAIBA MAIS
Conheça mais sobre o Escritório das Nações Unidas sobre 
Drogas e Crime, disponível em: https://www.unodc.org/
unodc/en/about-unodc/index.html, e o Escritório de 
Ligação e Parceria no Brasil, disponível em: https://www.
unodc.org/lpo-brazil/pt/sobre-unodc/index.html. 
1.2 CONVENÇÕES INTERNACIONAIS 
SOBRE DROGAS
O conceito de NSP está diretamente relacionado ao controle inter-
nacional de drogas. Existem três tratados das Nações Unidas que 
juntos formam o sistema internacional de controle de drogas em 
nível global. São eles:
Convenção Única sobre 
Entorpecentes, de 1961, 
conforme emendada pelo 
Protocolo de 1972.
Convenção sobre 
Substâncias 
Psicotrópicas, de 1971.
Convenção Contra o 
Tráfico Ilícito de Drogas 
Narcóticas e Substâncias 
Psicotrópicas, de 1988.
As três convenções são complementares. A principal proposta das 
duas primeiras é sistematizar as medidas de controle internacional, 
com o objetivo de assegurar a disponibilidade de substâncias psi-
coativas para uso médico e científico, e prevenir sua distribuição 
por meios ilícitos. Elas também incluem medidas gerais sobre o 
tráfico e o abuso de drogas.
QR CODE
Clique ou aponte a câmera 
do seu dispositivo móvel 
(smartphone ou tablet) no 
QR Code ao lado para assistir 
ao vídeo de animação sobre 
NSP e as Convenções das 
Nações Unidas.
https://www.unodc.org/unodc/en/about-unodc/index.html
https://www.unodc.org/unodc/en/about-unodc/index.html
https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/sobre-unodc/index.html
https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/sobre-unodc/index.html
https://youtu.be/hFg-f5utVdw
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 12
A seguir, entenda um pouco mais sobre os objetivos fundamentais 
dos tratados internacionais de controle de drogas. Confira:
Um dos objetivos fundamentais dos tratados 
internacionais de controle de drogas é garantir o uso 
de entorpecentes e substâncias psicotrópicas para fins 
médicos e científicos. Como exemplos de substâncias 
que estão nas Convenções de 1961 e 1971, temos as 
substâncias fentanil e clonazepam, respectivamente. 
O fentanil é um poderoso opioide sintético usado como 
analgésico e anestésico. É aproximadamente cinquenta a 
cem vezes mais potente que a morfina. 
Várias formulações contendo fentanil estão na Lista de 
Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da 
Saúde por serem considerados medicamentos eficazes e 
seguros para responder às necessidades de um sistema 
de saúde. Já o clonazepam é um benzodiazepínico 
normalmente prescrito para transtornos psiquiátricos, 
como transtorno do pânico e fobia social. 
Portanto, ambas as substâncias têm o seu lugar bem 
estabelecido na medicina e devem ter seu uso assegurado 
para esse fim. No entanto, também são reconhecidos o 
seu uso abusivo e o seu potencial de causar dependência 
química. Por isso, essas substâncias são controladas 
internacionalmente. 
Na legislação brasileira, o fentanil está relacionado na 
Lista A1. Você já ouviu falar dessa lista? Essa é a lista de 
substâncias entorpecentes. Já o clonazepam está na Lista 
B1, que é referente a substâncias psicotrópicas(sujeitas a 
notificação de receita B). 
Ambas as listas constam na Portaria do Ministério da 
Saúde nº 344, de 12 de maio de 1998, republicada no Diário 
Oficial da União em 1999, e atualizada pelas Resoluções da 
Diretoria Colegiada da ANVISA. Isso significa que não são 
substâncias de uso proibido, mas há um controle da sua 
venda no país, realizado pelo órgão de vigilância sanitária.
Podcast transcrito
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 13
Veja a seguir alguns exemplos desses medicamentos contendo as 
substâncias fentanil e clonazepam, controladas internacionalmente.
Fotos: ©[Plural.jor.] / Plural Curitiba; © [Bruno R.B S.] / 
Adobe Stock; © [Sherry Young] / Adobe Stock.
As Convenções de 1961 e 1971 classificam as substâncias controladas 
em quatro listas ou tabelas, de acordo com seu valor terapêutico 
percebido e seu potencial risco de abuso. Incluídas em um anexo à 
Convenção de 1988, estão duas tabelas listando precursores quí-
micos, reagentes e solventes, os quais são frequentemente usados 
na fabricação ilícita de entorpecentes e substâncias psicotrópicas.
A Convenção de 1988 também reforçou significativamente a obri-
gação dos países de estabelecer infrações penais para combater 
todos os aspectos da produção, posse e tráfico ilícitos de substâncias 
psicoativas (SOUZA; CALDAS; ZACCA, 2019). Os quadros a seguir 
trazem um resumo das listas contidas nos anexos das Convenções 
de 1961 e 1971.
Confira um quadro explicativo sobre as listas da Convenção de 1961:
Listas Potencial efeito nocivo Grau de controle Exemplos de substâncias listadas
I.
Substâncias com 
propriedades viciantes, 
apresentando um sério 
risco de abuso.
Muito rígido; “as drogas na 
Lista I estão sujeitas a todas 
as medidas de controle 
aplicáveis às drogas sob esta 
Convenção” (art. 2.1)
Cannabis e seus 
derivados, cocaína, 
fentanil, carfentanil, 
heroína, metadona, 
morfina, ópio.
II.
Substâncias 
normalmente utilizadas 
para fins médicos e com 
menor risco de abuso.
Menos rígido. Codeína, 
dihidrocodeína, 
propiram.
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 14
III.
Preparações de 
substâncias listadas 
na Lista II, bem como 
preparações de cocaína.
Brando, de acordo com a 
Organização Mundial de 
Saúde, essas preparações não 
apresentam risco de abuso.
Preparações de codeína, 
dihidrocodeína, 
propiram.
IV.
As substâncias mais 
perigosas, já elencadas 
na Lista I, que são 
particularmente 
nocivas e de valor 
médico ou terapêutico 
extremamente limitado.
Muito rígido, levando a uma 
proibição total de "produção, 
fabricação, exportação e 
importação, comércio, posse 
ou uso de qualquer droga, 
exceto para quantidades que 
possam ser necessárias para a 
pesquisa médica e científica" 
(art. 2.5.b)
Heroína, carfentanil.
Detalhes sobre as listas em que as substâncias 
entorpecentes foram classificadas na Convenção de 1961. 
Fonte: Adaptado de EMCDDA (2021). Veja também um quadro explicativo sobre as listas da Convenção 
de 1971:
Listas Potencial efeito nocivo Grau de controle Exemplos de substâncias listadas
I.
Substâncias que 
apresentam alto risco de 
abuso, representando 
uma ameaça 
particularmente séria 
para a saúde pública, com 
muito pouco ou nenhum 
valor terapêutico.
Muito rígido; o uso é proibido, 
exceto para fins científicos ou 
médicos limitados.
LSD, MDMA (ecstasy), 
mescalina, psilocibina, 
tetrahidrocanabinol.
II.
Substâncias que 
apresentam risco de 
abuso, representando 
uma séria ameaça à 
saúde pública, com valor 
terapêutico baixo ou 
moderado.
Menos rígido. Anfetaminas e 
estimulantes do tipo 
anfetamina.
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 15
III.
Substâncias que 
apresentam risco de 
abuso, representando 
uma séria ameaça à 
saúde pública, com valor 
terapêutico moderado ou 
alto.
Essas substâncias estão 
disponíveis para fins médicos.
Barbitúricos, 
incluindo amobarbital, 
buprenorfina.
IV.
Substâncias que 
apresentam risco de 
abuso, representando 
uma pequena ameaça à 
saúde pública com alto 
valor terapêutico.
Essas substâncias estão 
disponíveis para fins médicos.
Tranquilizantes, 
analgésicos, narcóticos, 
incluindo alobarbital, 
diazepam, lorazepam, 
clonazepam, 
fenobarbital, 
temazepam.
Quadro explicativo sobre as listas em que as substâncias 
psicotrópicas foram classificadas na Convenção de 1971. 
Fonte: Adaptado de EMCDDA (2021).
Veja um exemplo da lista de substâncias controladas pela Convenção 
de 1971 fazendo download do PDF, disponível em: https://undocs.
org/ST/CND/1/Add.2/Rev.7
Nos últimos anos, devido ao surgimento crescente de novas subs-
tâncias psicoativas, houve um grande esforço para que fossem 
promovidas mudanças nas listas das Convenções de 1961 e 1971. 
Quando há a revisão dessas listas, os Estados signatários das Con-
venções atualizam suas legislações nacionais. Esses tratados contam 
com uma ampla adesão no mundo, o que dá grande relevância a 
essas mudanças. Embora seja previsto nos textos das próprias 
Convenções o procedimento de revisão das listas, elas não con-
seguem acompanhar o constante aparecimento de NSP. Por isso é 
tão importante o controle nacional de novas drogas.
https://undocs.org/ST/CND/1/Add.2/Rev.7
https://undocs.org/ST/CND/1/Add.2/Rev.7
https://undocs.org/ST/CND/1/Add.2/Rev.7
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 16
Relembre, agora, a definição de NSP e os dados que são controlados 
pelas Convenções de 1961 e 1971.
PARA FIXAR
As NSP são definidas como drogas cujo uso não é controlado 
pelas Convenções de 1961 e 1971, mas que podem constituir 
uma ameaça à saúde pública. A ideia das Convenções é 
controlar o uso de substâncias psicoativas de forma que 
seja garantido o uso médico e científico de forma segura. 
Os anexos das Convenções de 1961 e 1971 trazem 4 grupos de 
substâncias (I, II, III e IV), com diferentes níveis de controle, 
sendo considerados para a inclusão em cada grupo: 
o potencial efeito nocivo, em especial o risco de abuso, 
e o valor médico ou terapêutico dessas substâncias.
Siga para a próxima unidade e continue seus estudos.
Entenda mais sobre a remoção da Cannabis da lista IV da Convenção 
de 1961 com a explicação a seguir.
Podcast transcrito
Em dezembro de 2020, os 53 Estados-membros da 
Comissão de Entorpecentes das Nações Unidas (CND), 
órgão central de formulação de políticas de drogas da 
ONU, votaram para remover a Cannabis da lista IV, na qual 
constava por 59 anos, e à qual se aplicam as medidas de 
controle mais restritivas, que geralmente desencorajam seu 
uso para fins medicinais.
Com 27 votos a favor, 25 contra e uma abstenção, 
a CND abriu a porta para o reconhecimento do potencial 
medicinal e terapêutico da droga, embora seu uso para 
fins não médicos e não científicos continue a ser ilegal. 
De acordo com reportagens, a decisão pode conduzir 
pesquisas científicas adicionais sobre as propriedades 
medicinais da planta.
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 17
UNIDADE 2
COMO UMA NOVA DROGA É 
CONTROLADA INTERNACIONALMENTE E 
NO BRASIL
CONTEXTUALIZANDO
Na unidade anterior, você viu como ocorre o controle global de subs-
tâncias e a sua importância para a atualização do arcabouço legal dos 
países. Nesta unidade, você entenderá como os diversos países abordam 
as temáticas apresentadas, principalmente as questões relativas ao 
registro e controle de substâncias entorpecentes e psicotrópicas.
Você perceberá que a maioria dos países utiliza um sistema de listagem 
nominal para controlar as substâncias entorpecentes ou psicotrópicas. 
No entanto, colocar uma substância potencialmente prejudicial sob 
controle legal pode ser um processo demorado, que muitas vezes re-
quer a coleta deevidências, uma revisão científica dos danos e outras 
consultas. Isso significa que há um lapso temporal desde a entrada de 
uma nova substância no mercado até a implementação do controle 
legal. A escassez de dados sobre essas novas drogas contribui para 
a demora nesse processo. Os fabricantes de NSP frequentemente 
exploram esse intervalo de tempo desenvolvendo e comercializando 
substâncias alternativas para contornar os controles estabelecidos.
2.1 ABORDAGENS PARA O CONTROLE DE NSP
Em geral, os países afetados por um número limitado de novas 
substâncias psicoativas costumam controlar substância por subs-
tância, ou seja, o controle ocorre individualmente em uma listagem 
nominal. Confira:
Longos processos 
legislativos
Procedimentos 
rápidos
Controles 
temporários
Forma de controle: listagem nominal
O processo de inclusão de uma substância na lista nominal 
acontece por meio de:
| PAÍSES AFETADOS POR NÚMERO LIMITADO 
DE SUBSTÂNCIAS
Curso TraNSPor
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 18
Assim, em alguns casos, a inclusão de uma substância na lista no-
minal ocorre por meio de longos processos legislativos ou através de 
procedimentos rápidos e/ou de controles temporários. As proibições 
temporárias permitem a introdução de controles por tempo limitado de 
uma nova droga para proteger a saúde pública de substâncias poten-
cialmente prejudiciais até que evidências científicas suficientes para 
informar as decisões de controles permanentes estejam disponíveis.
Os países afetados por um grande número de NSP recorreram a 
medidas que vão além do controle nominal, aplicando, por exemplo, 
controles genéricos ou por substâncias análogas. Veja:
Controle Análogo
Controle Genérico
Abordagem por 
Efeitos
Substâncias 
quimicamente 
semelhantes a um 
medicamento já 
controlado.
Grupos inteiro
de substâncias,
com base nas
suas estruturas 
químicas.
Substâncias 
controladas com 
base no efeito
que causam
no cérebro.
Forma de controle: listagem nominal
Além da listagem nominal, também temos:
| PAÍSES AFETADOS POR GRANDE NÚMERO DE NSP
Essas medidas permitem o controle de NSP quimicamente semelhantes 
a um medicamento já controlado, chamado de controle por análogos, 
ou de grupos inteiros de NSP, tendo como base estruturas químicas 
genéricas, através do controle genérico, sem a necessidade de se 
referir a cada substância individualmente na legislação. Também há 
a abordagem por efeitos, na qual as substâncias são controladas com 
base no efeito que causam no cérebro, e não por meio da listagem de 
substâncias específicas ou do uso de definições de classes.
No Brasil, na tentativa de acompanhar o crescente aparecimento 
dessas novas drogas, a forma de controle apenas por listagem no-
minal precisou ser alterada com a inclusão do controle por classes 
estruturais, o controle genérico (ANVISA, 2017). Ao utilizar esses 
sistemas complementares, medidas de controle de drogas previstas 
no âmbito do sistema de listagem nominal são estendidas ao grupo 
definido de substâncias do controle genérico.
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 19
2.1.1 LISTA NOMINAL DE SUBSTÂNCIAS
Seguindo o modelo das convenções internacionais de controle de 
drogas, as substâncias são controladas nominalmente após terem 
seus riscos avaliados. Elas são frequentemente inseridas nominal-
mente em tabelas e listas que as classificam com base em seu uso 
médico, seu potencial relativo de abuso e sua probabilidade de causar 
dependência quando usadas abusivamente. Cada lista está sujeita a 
um sistema de controle e restrições. Exemplos dessa abordagem para 
controlar NSP são o controle nominal de benzilpiperazina na Nova 
Zelândia, em 2008 (SHERIDAN, 2007), e o controle de mefedrona no 
Brasil, em 2011 (AMBRÓSIO, 2012), duas substâncias que se tornaram 
controladas internacionalmente apenas em 2015, quando foram 
inseridas na Convenção de 1971 (UNODC, 2015).
VANTAGENS
As substâncias controladas são nominalmente 
especificadas. Seu enquadramento na legislação 
vigente é mais fácil.
Esta abordagem parece ser suficiente em países onde o 
número de novas substâncias psicoativas identificadas 
é limitado e onde a disseminação de NSP no mercado de 
drogas não é previsível em um futuro próximo.
LIMITAÇÕES
Em muitos sistemas de controle de drogas, dados científicos 
e resultados de experiências com seres humanos são 
necessários para avaliar os riscos à saúde associados a uma 
substância antes de decidir sobre seu escopo de controle. 
No caso de muitas NSP, esses dados não estão disponíveis, 
dificultando a justificativa para os controles legais.
O processo legislativo associado à inclusão de novas 
substâncias sob a legislação de controle de drogas é muitas 
vezes demorado, havendo um grande lapso temporal entre 
o momento em que uma nova droga perigosa surge no 
mercado e os controles são introduzidos, colocando em risco 
a saúde dos usuários.
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 20
E você sabe como são as listas nominais de controle de substâncias 
no Brasil? A seguir, conheça mais sobre a lei que determina esse 
controle em nosso país.
Lei nº 11.343/2006 
 
Art. 66
Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º 
desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da 
lista mencionada no preceito, denominam-se drogas 
substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e 
outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, 
de 12 de maio de 1998.
A Portaria SVS/MS nº 344/1998 aprova o Regulamento Técnico sobre 
substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Assim como 
nas Convenções de 1961 e 1971, as substâncias e plantas sujeitas a 
controle especial no Brasil estão organizadas em listas que podem 
ser encontradas no Anexo I dessa portaria. Conheça:
A1 - ENTORPECENTES
(Sujeitas a Notificação de Receita “A”)
A2 - ENTORPECENTES PERMITIDOS 
EM CONCENTRAÇÕES ESPECIAIS
(Sujeitas a Notificação de Receita “A”)
A3 - PSICOTRÓPICAS
(Sujeitas a Notificação de Receita “A”)
B1 - PSICOTRÓPICAS
(Sujeitas a Notificação de Receita “B”)
B2 - PSICOTRÓPICAS ANOREXÍGENAS
(Sujeitas a Notificação de Receita “B2”)
C1 - OUTRAS SUBSTÂNCIAS 
SUJEITAS A CONTROLE ESPECIAL
(Sujeitas a Notificação de Receita 
Especial em 2 vias)
C2 - RETINOICAS
(Sujeitas a Notificação de Receita Especial)
C3 - IMUNOSSUPRESSORAS
(Sujeitas a Notificação de Receita Especial)
C5 - ANABOLIZANTES
(Sujeitas a Receita de Controle 
Especial em 2 vias)
D1 - PRECURSORES DE 
ENTORPECENTES E/OU 
PSICOTRÓPICOS
(Sujeitas a controle do Ministério da 
Justiça e Segurança Pública)
D2 - INSUMOS QUÍMICOS 
UTILIZADOS PARA FABRICAÇÃO 
E SÍNTESE DE ENTORPECENTES 
E/OU PSICOTRÓPICOS
(Sujeitas a controle do Ministério 
da Justiça e Segurança Pública)
E - PLANTAS PROSCRITAS QUE 
PODEM ORIGINAR SUBSTÂNCIAS 
ENTORPECENTES E/OU 
PSICOTRÓPICAS 
F1 - ENTORPECENTES PROSCRITAS
F2 - PSICOTRÓPICAS PROSCRITAS
F3 - PRECURSORAS PROSCRITAS
F4 - OUTRAS SUBSTÂNCIAS 
PROSCRITAS
PROIBIDASCONTROLADAS
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 21
Ao todo, são 16 listas, organizadas de acordo com o valor terapêutico 
e potencial de uso abusivo das substâncias elencadas: A1, A2, A3, B1, 
B2, C1, C2, C3, C5, D1, D2, E, F1, F2, F3 e F4.
SAIBA MAIS
Conheça a Lista de substâncias sujeitas a controle 
especial no Brasil descritas na Portaria 344/98, disponível 
em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/
medicamentos/controlados/lista-substancias
A seguir, veja como ocorre o controle genérico de NSP.
2.1.2 CONTROLES GENÉRICOS DE SUBSTÂNCIAS
Os controles genéricos complementam as listas nominais de subs-
tâncias controladas, proibindo de uma só vez grupos de substâncias 
(que incluem um grande número de NSP) e/ou antecipando controles 
sobre novas substâncias que possam surgir. Oscontroles genéricos 
têm como alvo a estrutura molecular central, que por si só não precisa 
ser psicoativa, sendo detalhadas, pela legislação, as aceitáveis varia-
ções particulares na estrutura, especialmente grupos substituintes 
em posições específicas na molécula.
A linguagem genérica vai além dos termos isômeros, ésteres, éteres 
e sais, e se refere, por exemplo, a subgrupos específicos de NSP, 
como naftoilindóis e benzoilindóis, que são exemplos de estruturas 
de canabinoides sintéticos, sendo indicadas as substituições que 
estão sob controle.
VANTAGENS
Em países afetados pela proliferação de um grande 
número de NSP, esta abordagem permitiu o controle de 
grandes grupos de substâncias presentes no mercado sem 
a necessidade de listá-los nominalmente. Além disso, 
também permitiu a introdução de legislação "à prova de 
futuro", por estar um passo à frente dos fabricantes de 
drogas, controlando antecipadamente as substâncias que 
ainda não surgiram no mercado.
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/controlados/lista-substancias
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/controlados/lista-substancias
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 22
A abordagem genérica parece viável para grupos pequenos 
e simples de NSP porque o número de compostos 
potenciais é limitado.
LIMITAÇÕES
Controlar substâncias com um esqueleto muito maior é um 
desafio devido às possibilidades de diversificação. 
Ao introduzir controles genéricos, deve-se considerar que nem 
todas as modificações em partes da estrutura de um composto 
controlado garantirão necessariamente que o composto 
permaneça farmacologicamente ativo e deva ser controlado.
Na ausência de definições rigorosas de agrupamento de 
compostos e/ou na inclusão de exceções específicas sobre 
medicamentos e substâncias usadas para pesquisa, 
as substâncias que não deveriam ser controladas devido 
ao uso industrial, científico e médico legítimo podem cair 
involuntariamente dentro dos controles genéricos.
A aplicação da legislação genérica pode ser um desafio, 
visto que, em muitos casos, as autoridades responsáveis 
pela aplicação da lei enfrentam dificuldades em 
identificar as substâncias controladas por meio de uma 
abordagem genérica.
Veja a seguir um exemplo de controle genérico presente na legislação 
brasileira: a classe estrutural das catinonas sintéticas, e uma subs-
tância que se enquadra na referida classe (4-F-alfa-PHP).
ESTRUTURA QUÍMICA
O
R
R1 2
2
1
3
5
4
3
2R
R
R
N
H C
21
3
3
F
H
N
O
H C
Estrutura genérica para 
catinonas sintéticas
4-F-alpha-PHP
Fonte: Adaptado de ANVISA (2019).
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 23
O procedimento de atualização das listas pode ter início a 
partir de solicitação de entidades nacionais, como órgãos 
policiais, Ministério Público, órgãos legislativos, a Secretaria 
Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) do Ministério 
da Justiça e Segurança Pública, ou internacionais, como 
a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes 
(JIFE) da Organização das Nações Unidas e o Comitê de 
Especialistas sobre Dependência de Drogas da Organização 
Mundial de Saúde. Além disso, a ANVISA pode dar início ao 
procedimento por iniciativa própria, a partir do registro de 
novos medicamentos ou ainda com base em informações 
veiculadas pela mídia ou após identificar risco potencial de 
alguma substância.
Podcast transcrito
2.2 CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO SOBRE 
NOVAS DROGAS
Conforme vimos anteriormente, no Brasil, são consideradas drogas 
as substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob 
controle especial constantes nas listas do Anexo I da Portaria SVS/
MS nº 344/1998, conforme a Lei nº 11.343/2006, art. 1º, § único e art. 
66. As listas são atualizadas com frequência, por meio de Resolução 
de Diretoria Colegiada (RDC) da ANVISA.
Entenda mais sobre o procedimento para atualização das listas da 
Portaria SVS/MS nº 344/1998.
Em uma iniciativa inédita na América Latina, foi criado um 
Grupo de Trabalho com o objetivo de discutir e aperfeiçoar 
o modelo regulatório para a classificação e controle de 
substâncias. O Grupo de Trabalho para Classificação de 
Substâncias Controladas foi instituído no âmbito da 
ANVISA (2017), com a participação do Ministério da Justiça 
e Segurança Pública, o qual é representado pela Polícia 
Federal (PF/MJSP), pela Secretaria Nacional de Segurança 
Pública (SENASP/MJSP) e pela Secretaria Nacional de 
Políticas sobre Drogas (SENAD/MJSP).
Com o crescente surgimento de novas substâncias psicoativas no 
Brasil, foi necessário buscar melhores estratégias e otimizar o pro-
cesso de controle de novas drogas.
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 24
Veja os órgãos que integram o Grupo de Trabalho para otimizar a 
forma de classificação e controle de substâncias.
Grupo de Trabalho Interministerial
(Portaria 898/2015)
Regulação 
em saúde
Forense 
jurídica e 
política sobre 
drogas
Otimizar a forma de classificação 
e controle de substâncias
Ministério da Saúde:
Polícia Federal (PF)
Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP)
Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (SENAD)
Ministério da Justiça e Segurança Pública: 
ANVISA
Entre as atividades desenvolvidas pelo grupo desde 2015, estão: 
1. Avaliação e proposição de classificação de substâncias.
2. Monitoramento e consulta a sistemas de alerta prévio de 
notificações de aparecimento de drogas de organismos 
internacionais e estrangeiros.
3. Subsídios para controle internacional de substâncias.
4. Comunicação rápida de NSP.
5. Realização de reuniões técnicas, simpósios, conferências e 
outros eventos nacionais e internacionais.
6. Promoção de debates a respeito do conceito de “drogas” 
disposto na Lei nº 11.343/2006.
Entre os principais avanços obtidos após o surgimento do grupo estão 
a adoção de um sistema genérico de classificação de substâncias e 
maior celeridade na análise e controle nominal de novas substâncias.
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 25
ANVISA ÓRGÃOS DE DETECÇÃO
A ANVISA faz a análise e a classificação das 
novas substâncias psicoativas detectadas 
pelos órgãos de detecção.
Ministério da Justiça e Segurança Pública, 
Secretarias de Segurança Pública estaduais, 
Polícia Civil e Polícia Federal são exemplos de 
órgãos que realizam a detecção de NSP.
O Grupo de Trabalho sobre novas drogas é um esforço conjunto de 
vários órgãos que atuam diretamente e contribuem para a execução 
da Política Nacional sobre Drogas. A iniciativa se insere no Sistema 
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD), pois introduz 
novas abordagens na política nacional, sempre tendo como objetivo a 
preocupação com a saúde e o bem-estar da comunidade e das pessoas.
PARA FIXAR
Mundialmente têm sido utilizadas diversas formas de controle 
de substâncias. No Brasil, as duas formas adotadas são: 
a listagem nominal e o controle genérico de substâncias, 
cada uma possui vantagens e limitações no processo de 
identificação e controle das NSP. Para melhorar as estratégias 
e otimizar o processo de controle de novas drogas, em 2015, 
a ANVISA criou o Grupo de Trabalho para Classificação 
de Substâncias Controladas, que conta também com 
representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Fotos: © [AGPhotography] / Adobe Stock; 
© [foton1601] / Adobe Stock.
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 26
2.3 NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS E O 
SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS 
SOBRE DROGAS (SISNAD)
A Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, já mencionada anteriormente, 
também conhecida como Lei das Drogas, é o principal normativo legal 
brasileiro na área dedrogas. Essa lei, entre outras coisas, instituiu 
o SISNAD.
Lei nº 11.343 
Art. 3º
O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar 
e coordenar as atividades relacionadas com:
I. a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção 
social de usuários e dependentes de drogas;
II. a repressão da produção não autorizada e do 
tráfico ilícito de drogas.
§ 1º Entende-se por Sisnad o conjunto ordenado de 
princípios, regras, critérios e recursos materiais e 
humanos que envolvem as políticas, planos, programas, 
ações e projetos sobre drogas, incluindo-se nele, 
por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre 
Drogas dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
§ 2º O Sisnad atuará em articulação com o Sistema Único 
de Saúde – SUS, e com o Sistema Único de Assistência 
Social – SUAS.
Por ter como finalidade articular, integrar, organizar e coordenar as 
atividades relacionadas com a repressão da produção não autorizada 
e do tráfico ilícito de drogas, o SISNAD tem um papel importante 
no combate às NSP. Ao mesmo tempo, é um sistema pautado na 
proteção dos direitos humanos e, portanto, prescreve medidas de 
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários 
e dependentes de drogas, atuação relevante também quando o as-
sunto são novas drogas.
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 27
O SISNAD tem como órgão superior o Conselho Nacional de Políticas 
sobre Drogas (CONAD) e está organizado de modo a assegurar a orien-
tação central e a execução descentralizada das atividades vinculadas 
à Política Nacional sobre Drogas (PNAD), envolvendo diversos atores 
na esfera federal, estadual e municipal por atuar de forma transversal 
entre as políticas públicas dos órgãos (BRASIL, 2021).
Prevenção contra as
drogas e o alcoolismo
Você pode vencer o 
vício e o SUAS (Sistema 
Único de Assistência 
Social) pode te ajudar na 
sua atitude.
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 28
Ministério da Justiça 
e Segurança Pública
Ministério da Mulher, 
da Família e dos Direitos Humanos
Órgãos da Segurança Pública
ANVISA
Ministério da Saúde
Ministério da Cidadania
Polícia Federal
Polícia Rodoviária Federal
SENASP
Órgãos que 
integram
o SISNAD
Veja, a seguir, as atividades realizadas por cada integrante do SISNAD.
 ¥ Ministério da Justiça e Segurança Pública
O Ministério da Justiça e Segurança Pública é responsável pela articulação 
da política de drogas e o combate ao tráfico de drogas e crimes conexos. 
Também é responsável pela gestão dos bens apreendidos em razão do 
tráfico de drogas e por promover capacitação e pesquisa.
 ¥ Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos faz a 
coordenação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo 
e também é responsável pela prevenção ao uso de entorpecentes e 
drogas afins por crianças e adolescentes, assim como a ressocialização 
e proteção dos dependentes químicos.
 ¥ Órgãos da Segurança Pública
Os órgãos da Segurança Pública são responsáveis pelas investigações 
e operações policiais, pela apreensão de drogas e bens oriundos do 
tráfico e pela normatização de substâncias precursoras, ou seja, 
substâncias que são usadas para a fabricação e síntese de drogas.
 ¥ ANVISA
A ANVISA regulamenta, registra, autoriza e monitora o uso de 
medicamentos controlados, e também estabelece a lista de 
substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras 
substâncias de controle especial.
Vários órgãos integram o SISNAD, atuando diretamente ou contri-
buindo para a execução da Política Nacional sobre Drogas (PNAD). 
Veja, abaixo, os principais componentes do SISNAD, no âmbito federal; 
todavia, cabe destacar que esta não é uma representação exaustiva.
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 29
 ¥ Ministério da Saúde
 O Ministério da Saúde é responsável pelos Centros de Atenção 
Psicossocial, pelas Unidades de Pronto Atendimento e pelas Unidades 
Básicas de Saúde. Proporciona o tratamento para pessoas com 
transtornos decorrentes do uso, abuso e dependência de drogas e é 
idealizador do Programa Consultório na Rua.
 ¥ Ministério da Cidadania
O Ministério da Cidadania é responsável pelo Observatório Brasileiro 
de Informações sobre Drogas, pela prevenção e pelo cuidado realizado 
em Comunidades Terapêuticas. Além disso, é responsável pelos 
Centros de Referência Especializados de Assistência Social. 
 
Qualquer resolução eficaz do fenômeno das NSP exige uma abordagem 
integrada dentro do SISNAD. Destacam-se as seguintes ações do 
sistema para a diminuição na proliferação das NSP:
Inovações na legislação com a participação de diferentes órgãos, 
medida já adotada após o surgimento do Grupo
de Trabalho sobre novas drogas. 
Campanhas de informação sobre novas drogas e maior 
coordenação e cooperação entre diferentes atores (operadores do 
Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), do Sistema Único de 
Saúde (SUS), Judiciário e população em geral), visando o bem-estar 
da população brasileira. 
Promoção e fortalecimento da capacidade dos laboratórios de 
análise de drogas e de exames toxicológicos, pois desempenham 
um papel crucial em um Sistema de Alerta Rápido.
Desenvolvimento de plataformas de detecção de NSP nacional 
(Sistema de Alerta Rápido), baseadas nas já existentes, como as 
do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência
e do UNODC, que poderiam ser utilizadas e expandidas para 
uma partilha valiosa de informações e conhecimentos. 
O treinamento do pessoal de saúde deve ser considerado 
fator primordial na luta contra a disseminação das NSP e 
suas terríveis consequências. 
Os órgãos que lidam com as consequências das NSP necessitam 
de apoio para sustentar seus esforços na batalha. 
Incentivo à cooperação internacional em torno do tema.
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 30
Somente a colaboração ajudará os formuladores de políticas a diminuir 
a proliferação de NSP em todo o mundo. 
Agora, retome a seguir os principais pontos deste módulo:
Nos últimos anos, a proliferação de NSP no mundo resultou 
em risco significativo para a saúde pública.
Existem três tratados das Nações Unidas que juntos 
formam o sistema internacional de controle de drogas 
em nível global.
 ¤ A Convenção Única sobre Entorpecentes, de 1961, 
conforme emendada pelo Protocolo de 1972.
 ¤ A Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas, 
de 1971.
 ¤ A Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Drogas 
Narcóticas e Substâncias Psicotrópicas, de 1988.
Essas substâncias não controladas se tornaram drogas de 
abuso por possuírem efeitos semelhantes aos de drogas já 
conhecidas, podendo, inclusive, ser ainda mais potentes do 
que as drogas tradicionais.
Inovações na legislação com a participação de diferentes órgãos, 
medida já adotada após o surgimento do Grupo
de Trabalho sobre novas drogas. 
Campanhas de informação sobre novas drogas e maior 
coordenação e cooperação entre diferentes atores (operadores do 
Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), do Sistema Único de 
Saúde (SUS), Judiciário e população em geral), visando o bem-estar 
da população brasileira. 
Promoção e fortalecimento da capacidade dos laboratórios de 
análise de drogas e de exames toxicológicos, pois desempenham 
um papel crucial em um Sistema de Alerta Rápido.
Desenvolvimento de plataformas de detecção de NSP nacional 
(Sistema de Alerta Rápido), baseadas nas já existentes, como as 
do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência
e do UNODC, que poderiam ser utilizadas e expandidas para 
uma partilha valiosa de informações e conhecimentos. 
O treinamento do pessoal de saúde deve ser considerado 
fator primordial na luta contra a disseminação das NSP e 
suas terríveis consequências.Os órgãos que lidam com as consequências das NSP necessitam 
de apoio para sustentar seus esforços na batalha. 
Incentivo à cooperação internacional em torno do tema.
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO: ELEMENTOS CONTEXTUAIS E CONCEITUAIS DAS NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 31
Você finalizou este módulo, siga adiante e continue seus estudos!
Um dos objetivos fundamentais dos tratados internacionais 
de controle de drogas é garantir o uso de entorpecentes e 
substâncias psicotrópicas para fins médicos e científicos.
Conceito de NSP: drogas com potencial de abuso, na 
forma pura ou em preparações (misturas), que não são 
controladas nos termos da Convenção de 1961 ou pela 
Convenção de 1971.
A Convenção de 1988 reforçou a obrigação dos países 
de estabelecer infrações penais para combater todos 
os aspectos da produção, posse e tráfico ilícitos de 
substâncias psicoativas.
Existem duas formas principais de controle de NSP no Brasil: 
a listagem nominal e o controle genérico de substâncias.
O Grupo de Trabalho para Classificação de Substâncias 
Controladas foi criado em 2015, no Brasil, com o objetivo 
de otimizar o processo de controle de novas drogas.
32
REFERÊNCIAS
AMBRÓSIO, J. C. L. O crescimento do uso de drogas sintéticas “legais” 
no Brasil. Revista Perícia Federal, n. 29, p. 22-25, mar. 2012.
ANVISA. Relatório de atividades 2015/2016: Grupo de trabalho para 
classificação de substâncias controladas (Instituído pela Portaria Nº 
898/2015). Brasília, DF, 2017. Disponível em: https://www.gov.br/
anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/controlados/novas-substan-
cias/arquivos/6668json-file-1. Acesso em: 15 dez. 2020.
ANVISA. Relatório de atividades 2017/2018: Grupo de trabalho para 
classificação de substâncias controladas (Instituído pela Portaria nº 
898/2015). Brasília, DF, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/
anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/controlados/novas-substan-
cias/arquivos/6669json-file-1. Acesso em: 15 dez. 2020.
BRASIL. Lei n.º 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema 
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad; prescreve me-
didas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de 
usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão 
à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes 
e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2006. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/lei/l11343.htm. Acesso em: 15 dez. 2020.
BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Órgãos e ins-
tituições envolvidos na política nacional sobre drogas. Brasília, 
DF, 2021. Disponível em: https://www.justica.gov.br/sua-protecao/
politicas-sobre-drogas/arquivo-manual-de-avaliacao-e-aliena-
cao-de-bens/orgaos-e-instituicoes-envolvidos-na-politica-na-
cional-sobre-drogas. Acesso em: 2 jul. 2021.
BRASIL. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Prevenção 
dos Problemas Relacionados ao uso de Drogas: Capacitação para 
Conselheiros e Lideranças Comunitárias. Brasília, DF: SENAD-MJ/
NUTE-UFSC, 2014. Disponível em: http://conselheiros6.nute.ufsc.
br/wp-content/uploads/avea/textos/capitulo-10.pdf. Acesso em: 
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EMCDDA. Classification of controlled drugs. Lisboa, 2021. Disponível 
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