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UNIVERSIDADE DE INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS (ICSA) CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA TRABALHO DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO I RESUMO DO TEXTO “A CULTURA DA PAZ” Disponível em: http://www.leonardoboff.com/. Último acesso em 18/02/2004. Originalmente Publicado no Jornal do Brasil em 8 de fevereiro de 2002, p.9. Docente: Prof, Dr. Mário Alexandre Lopes Discente: Adolfo Cossa Redenção, 2022 http://www.leonardoboff.com/ O referido texto “A Cultura da Paz” faz uma reflexão acerca da violência presente no nosso mundo. Ele apresenta como o poder pode gerar conflitos dando seguimento ao autoritarismo e ao caos, sendo todas as formas de evolução e revolução humana ocorrendo sobre tragédias, como cita o texto quando fala sobre “cerca de 3 grandes dizimações em massa” (2002, p. 34). Em seguida os autores referenciam sobre nossa cultura do patriarcado, onde há a dominação e superioridade do homem para a mulher. Apesar de ser um texto com mais de 20 anos, as afirmações trazidas aqui se perpetuam até os dias atuais, onde os homens continuam sendo majoritários nos âmbitos de poder, dando continuidade “aos mecanismos de violência como o Estado, as classes, o projeto de tecnociência, os processos de produção como objetivação da natureza e sua sistemática depredação.” (2002, p. 34). Uniu-se ao patriarcado a sede de poder e dominação, gerando as guerras como forma de resolução dos conflitos. “Sobre essa vasta base se formou a cultura do capital, hoje globalizada, sua lógica é a competição e não a cooperação, por isso gera guerras econômicas e políticas e com isso desigualdades, injustiças e violências” (2002, p. 34). Todas as forças se articulam estruturalmente para consolidar a cultura da violência que nos desumaniza a todos. No texto Boff ressalta que a cultura dominante se estrutura ao redor da vontade de poder que se traduz por vontade de dominação. Ressalta ainda que nos processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para uma cultura da paz, fazendo suscitar a pergunta que Einstein colocou a Freud nos idos de 1932: é possível superar ou controlar a violência? Freud responde que: “É impossível aos homens controlar totalmente o instinto de morte”. O texto traz como terceiro ponto os vários tipos de guerra que são usadas como resolução de conflitos. Segundo o autor, a violência que se estagnou atualmente é imperativa, pois a destruição está ameaçando todas as partes e atingindo todos os níveis de barbárie, o resultado de toda essa violência nos trará o mesmo destino que tiveram os dinossauros. A abordagem nos passa ainda alguns lugares de onde buscar a verdadeira cultura de paz e cita a singularidade de 1% de carga genética que nos separa dos primatas superiores, que diferente deles somos seres sociais e cooperativos, e que o ser humano é o único que pode interferir nos processos da natureza e todos ganham se a competitividade for usada do melhor sentido. “O ser humano é o único ser que pode intervir nos processos da natureza e co pilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador. Dispõe de recursos de reengenharia da violência mediante processos civilizatórios de contenção e uso de racionalidade. A competitividade de continuar a valer, mas no sentido do melhor e não de destruição do outro. Assim todos ganham e não apenas um”. “Há muito que filósofos da estatura de Martin Heidegger, resgatando uma antiga tradição que remonta aos tempos de César Augusto, veem no cuidado a essência do ser humano. Sem cuidado ele não vive nem sobrevive”. “Tudo precisa de cuidado para continuar a existir, cuidado representa uma relação amorosa para com a realidade. Onde vige cuidado de uns para com os outros desaparece o medo, origem secreta de toda violência, como analisou Freud”. Então Leonardo Boff conclui, que devemos cultivar a memória e o exemplo de figuras que representam o cuidado e a vivência da dimensão de generosidade que nos habita, como Gandhi, Dom Hélder Câmara e Luther King e outros. Importa fazermos as revoluções moleculares (Guattari), começando por nós mesmos. Cada um estabelece como projeto pessoal e coletivo a paz enquanto método e enquanto meta, paz que resulta dos valores da cooperação, do cuidado, da compaixão e da amorosidade, vividos cotidianamente.
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