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Slides de Aula I

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Profa. Maria Luiza
UNIDADE I
Prática Gerencial
em Saúde Coletiva
Prática Gerencial em Saúde Coletiva 
Gestão de caso é o processo desenvolvido entre profissional e 
pessoa em condição de saúde complexa. Objetiva propiciar atenção 
de qualidade, humanizada; diminuir a fragmentação do cuidado e 
aumentar capacidade funcional.
Gestão 
de casos
Passo 1
Reconhecimento 
do problema
Passo 2
Estabelecimento 
de 1 meta
Passo 3
Colocando a 
meta em prática e 
autoavaliação
Passo 4
Autoavaliação
Estratégia de formação
Autoeficácia Barreiras
Esforços Recursos
Linha de cuidado
 Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) constituem o problema de saúde de maior 
magnitude e correspondem a 72% das causas de mortes, atingindo fortemente camadas 
pobres da população e grupos mais vulneráveis, como a população de baixa escolaridade
e renda.
 Principais DCNT – acidente vascular encefálico, infarto, hipertensão arterial – 31,3%, câncer 
– 16,3%, diabetes – 5,6% e doenças respiratórias – 5,8%.
Caso gerencial abordando Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT 
Nesta unidade, abordaremos: 
 Diabetes
 Hipertensão arterial
 Intervenções efetivas nas DCNT – Organização Mundial da Saúde (OMS)
(WHO, 2011):
 aumentar impostos/preços dos produtos do tabaco; 
 proteger pessoas da fumaça do cigarro/proibir o fumo em lugares públicos;
 advertir sobre perigos do consumo do tabaco;
 fazer cumprir proibição da propaganda/patrocínio/promoção 
de tabaco;
 restringir venda de álcool no varejo;
Caso gerencial abordando Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT
 reduzir ingestão de sal/conteúdo nos alimentos;
 substituir gorduras trans por gorduras poli-insaturadas;
 promover esclarecimento público sobre alimentação/atividade física.
Caso gerencial abordando Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT
Intervenções efetivas nas DCNT
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde (2011).
 Maria, 49 anos, sexo feminino, contadora, trabalha em uma pequena empresa
perto de sua casa, apresenta DM tipo II desde 2013. Recentemente teve dor e dormência em 
extremidades de MMII. Encaminhada pelo endócrino ao cirurgião vascular para averiguar 
alterações microvasculares, o que foi descartado. Persistindo a algia, procura a enfermeira 
da Estratégia Saúde da Família (ESF) para consulta. 
 Relata fumar de vez em quando, principalmente quando se sente ansiosa, e em relação à 
alimentação não consome doces, devido à doença, porém adora pães e pizza.
 Ao EF: peso 91,9 kg; altura: 1,74 m; IMC: 30,4 (obesidade grau I); PA 120x80 mmHg, 
glicemia capilar 350 mg/dL; HbA1c 11%; recebe insulina NPH 16 U (antes do café/almoço)/ 
22U (antes de dormir).
Caso gerencial abordando Doenças Crônicas Não Transmissíveis: diabetes
Caso gerencial abordando Doenças Crônicas Não Transmissíveis: diabetes
Dia Café Almoço Jantar 3h 
Antes Após Antes Após Antes Após
4 81 120 134 102 230 131 97
5 101 122 - - 127 - -
6 130 117 - - 134 - -
7 124 93 - - 171 - -
8 209 101 155 - - - -
9 164 110 101 - - - -
10 150 104 - - 139 - -
11 82 127 110 99 187 127 86
Registro de monitorização de glicemia capilar – antes e após uso de insulina 
Fonte: http://www.folhadosudoeste.jor.br
 Reside com a mãe viúva, que tem 80 anos, HA leve, DMII e artrite reumatoide crônica; o pai 
faleceu há 4 anos, tem um irmão casado que mora distante. Desde a morte do pai, ela 
assumiu o papel de chefe da casa, o irmão tenta ajudar, mas a mãe o dispensa, preferindo 
os cuidados da filha para todas as suas necessidades. Mantém a casa sozinha, faz as 
compras e a limpeza nos finais de semana, embora seu excesso de peso a dificulte. Relata 
estar sempre tão cansada, por isso não vai mais ao teatro, nem a restaurantes, fica mais 
com a família; gostaria de contratar uma pessoa para a limpeza, mas a mãe não aceita 
nenhum estranho e ela não quer aborrecê-la.
 Passa muito tempo preocupada com os problemas de sua mãe, o que deixa pouco tempo 
disponível para atender as suas próprias necessidades.
Caso gerencial abordando Doenças Crônicas Não Transmissíveis: diabetes
 Administra a medicação conforme a prescrição, mas não tem tempo de pensar no controle 
da dieta. Ao ser questionada quanto à monitorização glicêmica, disse que segue as 
recomendações e tenta evitar os alimentos proibidos. Durante o levantamento dos dados, 
ficou claro que os conhecimentos sobre a doença eram mais limitados do que a primeira 
impressão. Ela estava interessada em ter o controle da DM e em perder peso. “Não quero 
me sentir magra, quero me sentir melhor e com mais energia”. Disse não estar tão saudável 
quanto gostaria e manifestou preocupação: “Meu pai morreu por complicações do diabetes e 
minha mãe tem diabetes. Preciso fazer alguma coisa” (adaptado de: LUNEY, 2011).
Caso gerencial abordando Doenças Crônicas Não Transmissíveis: diabetes
Plano de Gestão de Cuidados 
 O termo diabetes mellitus (DM) se refere a um transtorno metabólico de etiologias 
heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, 
proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Conhecer a doença
Classificação:
 Tipo I
 Tipo II
 Gestacional
Sinais e sintomas clássicos:
 Poliúria 
 Polidipsia
 Perda inexplicada de peso 
 Polifagia
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Abordagem do usuário na consulta de enfermagem e a sistematização da assistência
ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM
Histórico
 Realizar a identificação da pessoa;
 Registrar os antecedentes familiares e pessoais; 
 Registrar as queixas atuais, história sobre o diagnóstico de 
DM, os cuidados implementados e tratamento prévio;
 Avaliar a percepção da pessoa diante da doença, 
tratamento e autocuidado;
 Medicamentos utilizados para DM e outros problemas de 
saúde e presença de efeitos colaterais;
 Registrar os hábitos de vida: alimentação, sono e repouso, 
atividade física, higiene, funções fisiológicas;
 Identificar os fatores de risco: tabagismo, alcoolismo, 
obesidade, dislipidemia, sedentarismo.
Consulta de 
enfermagem
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Abordagem do usuário na consulta de enfermagem e a sistematização da assistência
ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM
Exame
físico
 Realizar medidas antropométricas: altura, peso, circunferência 
abdominal e IMC;
 Aferir a pressão arterial com a pessoa sentada e deitada;
 Identificar alterações de visão;
 Realizar o exame da cavidade oral, com atenção para a presença de 
gengivite, problemas odontológicos e candidíase;
 Medir a frequência cardíaca e respiratória e realizar a ausculta 
cardiopulmonar;
 Realizar a avaliação da pele quanto à sua integridade, turgor, 
coloração e manchas;
 Inspecionar os membros inferiores: unhas, dor, edema, pulsos 
pediosos e lesões; articulações (capacidade de flexão, extensão, 
limitações de mobilidade, edemas); pés (bolhas, sensibilidade, 
ferimentos, calosidades e corte das unhas);
 Durante a avaliação ginecológica, quando pertinente, deve-se estar 
atento à presença de candida albicans.
Consulta de 
enfermagem
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Abordagem do usuário na consulta de enfermagem e a sistematização da assistência
Coleta de dados
Dados subjetivos
 Fuma - Alimentação irregular (pães e pizza) - uso de insulinoterapia 
- Reside com a mãe viúva, que tem 80 anos com HA, DMII e artrite 
reumatoide crônica - Pai falecido por complicações do DM e irmão 
mora longe da cidade - Mantém a casa sozinha - Administra a 
medicação conforme a prescrição e monitora de maneira irregular –
Preocupação com a mãe e pouco cuidado com ela mesma.
Dados objetivos
 49 anos
 DM tipo II - glicemia capilar 350 mg/dL
e HbA1c 11% 
 Dor e dormência em extremidades
de MMII 
 IMC: 30,4 (obesidade grau I)
Conhecimento de enfermagem – evidênciasDiagnóstico de enfermagem
 Controle ineficaz da saúde relacionado ao apoio insuficiente (irmão mora 
longe), demandas excessivas (cuidar da mãe idosa) e conhecimento 
insuficiente sobre a doença evidenciado por escolhas de vida diária 
ineficazes com alimentação irregular, descontrole da glicemia.
Dados envolvendo controle da saúde, conhecimento, alterações nutricionais e metabólitos.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Abordagem do usuário na consulta de enfermagem e a sistematização da assistência
ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM
Planejamento/
Intervenções
 Abordar/orientar sobre: sinais de hipoglicemia e hiperglicemia e 
orientações sobre como agir diante dessas situações; 
 Motivação para modificar hábitos de vida não saudáveis: fumo, 
estresse, bebida alcoólica e sedentarismo; 
 Percepção de presença de complicações; 
 Uso de medicamentos prescritos (oral ou insulina), indicação, 
doses, horários, efeitos desejados e colaterais, controle
da glicemia;
 Estilo de vida;
 Uso da insulina e o modo correto de como reutilizar agulhas; 
planejamento de rodízio dos locais de aplicação para evitar 
lipodistrofia;
 Solicitar e avaliar os exames;
 Incentivar participação em grupos educativos. 
Consulta de 
enfermagem
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Abordagem do usuário na consulta de enfermagem e a sistematização da assistência
Consulta de 
enfermagem 
Sinais/sintomas e condições de risco presentes
Glicemia capilar
< 100 mg/dL > 100 e < 126 mg/dL
> 126 mg/dL
Diabetes improvável Glicemia de jejum
Diabetes
Testar glicemia / 
educação em saúde 
Consulta de enfermagem 
para MEV e reavaliação
Consulta médica
Fluxograma de atendimento
Fonte: adaptado de: Rosso (2014).
Enfermeiro 
agir em tempo oportuno
 O DM é uma doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. O tipo 
II corresponde a 90% dos casos e é provocado predominantemente por um estado de 
resistência à ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua secreção, em que 
vários fatores potencializam os riscos.
Quando falamos de fatores de riscos, quais seriam os principais para o diabetes?
Interatividade
 Os principais fatores de risco para diabetes são: idade, história familiar, tabagismo, 
alcoolismo, obesidade, dislipidemia, sedentarismo.
Resposta
 Entre as complicações crônicas do DM, as úlceras de pés e a amputação de extremidades 
são as mais graves e de maior impacto socioeconômico. 
 As úlceras nos pés apresentam uma incidência anual de 2%, tendo a pessoa com diabetes 
um risco de 25% em desenvolver úlceras nos pés ao longo da vida.
 40% a 70% das amputações não traumáticas de membros inferiores.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
 20% das internações de indivíduos com DM ocorrem por lesões nos membros inferiores; 
 85% das amputações de membros inferiores no DM são precedidas de ulcerações,
sendo que os principais fatores associados são a neuropatia periférica, as deformidades
nos pés e os traumatismos.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
O exame físico dos 
pés dos portadores
de DM deve ser 
minucioso
Fonte: http://www.diabetes.org.br/ebook/
Pé diabético
Classificação Fisiopatológica Do pé diabético
Sinais/Sintomas Pé neuropático Pé isquêmico
Temperatura do pé Quente ou morno Frio
Coloração da pele Normal
Pálido com elevação 
ou cianótico com 
declive
Aspecto da pele
do pé
Pele seca e fissurada Pele fina e brilhante
Deformidade do pé
Dedo em garra. Dedo 
em martelo, pé de 
Charcot
Ausente
Avaliação do pé 
Pé diabético
Classificação 
fisiopatológica
Pé neuropático Pé isquêmico
Sensibilidade
Diminuída, abolida
ou paresia
Sensação dolorosa, 
aliviada quando as 
pernas estão 
pendentes
Pulsos pediais
Pulsos amplos
e simétricos
Pulsos diminuídos
ou ausentes
Calosidade 
Presente, 
especialmente na 
planta dos pés 
Ausente
Edema Presente Ausente
Localização mais 
comum
1º e 5º metacarpo e 
calcâneo, redondas, 
com anel querostático, 
não dolorosas
Latero-digital, sem anel 
querotástico, dolorosas
Avaliação do pé 
 Avaliar a pele: hidratação, coloração, temperatura, distribuição dos pelos, integridade de 
unhas e pele.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Fonte: http://www.diabetes.org.br/ebook/
 Avaliação musculoesquelética: inspeção de deformidades – Artropatia de Charcot.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Fonte: http://www.diabetes.org.br/ebook/
 Avaliação vascular: a palpação dos pulsos pediosos e tibial posterior deve ser registrada 
como presente ou ausente.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Fonte: https://pt.slideshare.net/ladufg/p-diab
 Avaliação neurológica: sensibilidade – tátil, vibratória (com diapasão de 128 Hz) e reflexo. 
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Fonte: 
http://189.28.128.100/dab/docs/portal
dab/publicacoes/caderno_36.pdf
 Avaliação da sensibilidade tátil utilizando o teste com monofilamento de 10 gramas de 
Semmes-Weinstem. O tempo total entre o toque para encurvar o monofilamento e sua 
remoção não deve exceder 2 segundos. Serão pesquisados quatro pontos (pontos vermelho-
escuros na figura), em ambos os pés.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf
 Avaliação da sensibilidade tátil: o tempo total entre o toque para encurvar o monofilamento e 
sua remoção não deve exceder 2 segundos.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf
 Avaliação da sensibilidade tátil e vibração.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Fonte: http://www.diabetes.org.br/ebook/
 Método de avaliação do reflexo tendíneo Aquileu: resposta esperada é a flexão plantar 
reflexa do pé, consequente à percussão do tendão.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pf
Tratamento da lesão
Tecidos viáveis: 
granulação e 
epitelização
Tipo de
tecido
Tipo de
exsudato
Quantidade
de exsudato
Conduta
recurso
mínimo
Conduta opção
de cobertura
Epitelização Nenhum Nenhum 
Proteger a
área do sol:
aplicar creme
hidratante
sem álcool
Hidrocoloide:
camada fina até 7 dias
Ácidos Graxos
Essenciais (AGE)
de 1 a 2x/ dia
Granulação
Seroso 
serossanguinolento
Nenhum (-)
a pouco (+)
Aplicar gaze
umedecida
por 24h com
SF0.9% sendo
a troca diária
Hidrocoloide com
borda recortável
por até 7 dias 
Moderado
(médio) ++
a abundante
(++++)
Alginato de cálcio
e sódio, troca até
saturação ou em
até 7 dias
Sanguinolento
Moderado (++)
a abundante
(++++)
Alginato de cálcio
e sódio, troca de
2 a 3 dias
Abordagem educativa: para prevenção de ocorrências de ulcerações nos pés:
 Cuidados pessoais e orientações para o autoexame dos pés.
 Exame diário do pé.
 Atenção aos sapatos.
 Cuidados com as unhas e o risco com a remoção de pele e cutículas.
 Cuidados com traumas externos, evitar caminhar descalço.
 Lembrar o potencial de queimaduras – verificar temperatura da água.
Caso gerencial abordando DCNT: diabetes
Procurar profissional de saúde se perceber 
alterações de cor, edema, fissuras ou diminuição 
de sensibilidade
 Um paciente de 67 anos, portador de diabetes mellitus tipo II há 7 anos; há duas semanas, 
apresentou uma lesão superficial na região do calcâneo do pé direito, com média quantidade 
de secreção serossanguinolenta, sem odores. Não soube referir o que ocorreu, pois não 
sentiu nada, apenas um leve incômodo para andar, quando detectou a presença de uma 
lesão. Durante a consulta de enfermagem, a ferida foi caracterizada como uma úlcera 
superficial pequena, localizada na região do calcâneo do pé direito, com média quantidade 
de secreção serossanguinolenta e sem odores. O enfermeiro observou presença dos pulsos 
poplíteo e tibial posteriores, com perfusão periférica reduzida após digitopressão na polpa 
plantar e nãohavia presença de calos na região, porém o paciente apresentava bolhas no 
calcâneo do pé esquerdo, com pele ressecada e unhas quebradiças em ambos os membros, 
com diminuição de sensibilidade nos metatarsos
e nas polpas plantares.
 Com base nos dados coletados durante a consulta
de enfermagem, conclui-se que o paciente
apresenta sinais de pé neuropático.
Quais os sinais clínicos que representam
o pé neuropático?
Interatividade
 Um paciente de 67 anos, portador de diabetes mellitus tipo II há 7 anos, há duas semanas, 
apresentou uma lesão superficial na região do calcâneo do pé direito, com média quantidade 
de secreção serossanguinolenta, sem odores. Não soube referir o que ocorreu, pois não 
sentiu nada, apenas um leve incômodo para andar, quando detectou a presença de uma 
lesão. Durante a consulta de enfermagem, a ferida foi caracterizada como uma úlcera 
superficial pequena, localizada na região do calcâneo do pé direito, com média 
quantidade de secreção serossanguinolenta e sem odores. O enfermeiro observou 
presença dos pulsos poplíteo e tibial posteriores, com perfusão periférica reduzida 
após digitopressão na polpa plantar e não havia presença de calos na região, porém o 
paciente apresentava bolhas no calcâneo do pé esquerdo, com pele ressecada e unhas 
quebradiças em ambos os membros, com diminuição de 
sensibilidade nos metatarsos e nas polpas plantares.
Resposta
 A Hipertensão Arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação nos 
níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente associada a distúrbios 
metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela 
presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, 
intolerância à glicose e DM.
 Atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% 
dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das 
mortes por doença cardiovascular (DCV). 
 Junto com a DM, suas complicações (cardíacas, renais e AVE) 
têm impacto elevado na perda da produtividade do trabalho e 
da renda familiar, estimada em US$ 4,18 bilhões entre 2006
e 2015. 
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial
HA no Brasil
Fonte: Malachias (2016).
 Carlos, 42 anos, em consulta de enfermagem, comentou que não possuía antecedentes 
mórbidos até essa idade, época em que, durante exame médico de rotina no trabalho, foram 
detectados valores de pressão arterial de 140/96 mmHg. 
 Nessa ocasião, o usuário era completamente assintomático do ponto de vista cardiovascular. 
Exames laboratoriais normais, exceto por uma glicemia de 136 mg/dL e triglicérides de 
180 mg/dL. Tais exames foram repetidos e se confirmaram valores de glicemia e triglicérides 
anormais, tendo sido, na ocasião, feito diagnóstico de hipertensão arterial, diabetes melito
e dislipidemia.
 Após um ano em uma consulta referiu que, desde o 
diagnóstico inicial, vem tomando de forma irregular 25 mg de 
hidroclorotiazida e 100 mg de atenolol, não realiza dieta como 
orientado e, recentemente, o paciente foi encaminhado ao 
oftalmologista, que diagnosticou microaneurisma em vãos
de retina.
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial
 Ao exame físico, calmo, queixando-se de cefaleia occipital intensa há 3 dias, cãibras 
frequentes nas pernas e cansaço moderado ao realizar suas atividades diárias, afebril. 
Ausculta cardíaca rítmica e normofonética, dispneia aos esforços, tórax simétrico, boa 
expansibilidade pulmonar, MV+ sem ruídos adventícios, abdome globoso, RHA+, indolor à 
palpação, palidez e discreto edema em MMII, tempo de enchimento capilar de 4 segundos. 
 Nas medidas antropométricas apresentava um peso de 106 kg, altura de 1,75 m, IMC de 
34,6 kg/m2,circunferência abdominal de 114 cm.
 SSVV: pressão arterial de 170/112 mmHg, com frequência cardíaca de 65 batimentos por 
minuto, pulso pedioso 58bpm, glicemia 210 mg/dL e triglicerídeos 190 mg/dL, colesterol total 
de 210 mg/dL.
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial * continuação
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial
Fonte: adaptado de: 
Malachias (2016, p. 3-5).
Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg)
Normal
Pré-hipertensão
Hipertensão estágio 1
Hipertensão estágio 2
Hipertensão estágio 3
≤ 120
121-139
140-159
160-179
≥ 180
≤ 80
81-89
90-99
100-109
≥ 110
Fatores de riscos
Idade, sexo e etnia
Excesso de peso e obesidade
Ingestão de sal
Ingestão de álcool
Sedentarismo
Fatores socioeconômicos
Genética e história familiar
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial
Histórico
- Realizar a identificação da pessoa (dados socioeconômicos, 
ocupação, moradia, trabalho, escolaridade, lazer, religião, rede 
familiar, vulnerabilidades e potencial para o autocuidado);
- Anotar os antecedentes familiares e pessoais;
- Registrar as queixas atuais, principalmente as indicativas de 
lesão de órgão-alvo, tais como: tontura, cefaleia, alterações 
visuais, dor precordial, dispneia, paresia, parestesias e edema e 
lesões de membros inferiores;
- Identificar a percepção da pessoa diante da patologia, do 
tratamento e do autocuidado;
- Anotar as medicações em uso e presença de efeitos colaterais;
- Investigar os hábitos de vida: alimentação; sono e repouso; 
atividade física, higiene; funções fisiológicas;
- Identificar os fatores de risco (diabetes, tabagismo, alcoolismo, 
obesidade, dislipidemia, sedentarismo e estresse);
- Pesquisar a presença de lesões em órgãos-alvo ou doenças 
cardiovasculares.
Consulta de 
enfermagem
Analisando o caso clínico: 
Comentava ser assintomático,
uso irregular de medicação e 
alimentação e não avaliava com 
frequência, portanto, uma entrevista 
detalhada deve ser necessária. 
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial
 Doenças cardiovasculares:
 hipertrofia de ventrículo esquerdo; 
 angina ou infarto prévio do miocárdio;
 revascularização miocárdica prévia;
 insuficiência cardíaca.
 Episódio isquêmico ou acidente vascular encefálico; 
 Nefropatia; 
 Doença vascular arterial periférica;
 Retinopatia hipertensiva.
 Lesões em órgão-alvo
 Coração 
 Cérebro
 Rim 
 Ocular 
Analisando o caso clínico: não relata doenças prévias, 
porém, durante a entrevista, devemos atentar a esses 
dados e questionar sobre. 
Analisando o caso clínico: apresenta 
microaneurisma em retinas e 
alterações circulatórias 
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial
Consulta de 
enfermagem
Exame 
físico
- Realizar medidas antropométricas: altura, peso, circunferência 
abdominal e IMC;
- Aferir a pressão arterial com a pessoa sentada e deitada;
- Mensurar as frequências cardíacas e respiratória;
- Aferir os pulsos radial e carotídeo;
- Investigar alterações na visão;
- Inspecionar a pele (integridade, turgor, coloração e manchas);
- Inspecionar a cavidade oral (dentes, prótese, queixas, dores, 
desconfortos, data do último exame odontológico);
- Avaliar o tórax/abdômen e realizar a ausculta cardiopulmonar e 
abdominal;
- Avaliar os membros superiores e inferiores: unhas, dor, edema, 
pulsos pediosos e lesões; articulações (capacidade de flexão, 
extensão, limitações de mobilidade, edemas); pés (bolhas, 
sensibilidade, ferimentos, calosidades e corte das unhas).
Analisando o caso clínico: 
apresenta alterações de PA, 
cansaço, dispneia aos esforços, 
palidez e edema de MMII, TEC de 4 
segundos, alterações oftalmológicas 
e obesidade. 
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial
Diagnóstico de
enfermagem
Perfusão tissular periférica ineficaz relacionada à hipertensão e ao sedentarismo, 
evidenciada por palidez e edema de MMII, TEC de4 segundos, alterações da 
coloração da pele e pulso periférico de 58bpm.
Manutenção ineficaz da saúde relacionada a estratégias de enfrentamento 
ineficazes (uso irregular da medicação, pouco controle da PA), evidenciada por 
ausência de interesse em melhorar os comportamentos de saúde.
Resultados esperados
Avaliar os indicadores: 
Estado circulatório Comportamento de busca de saúde 
Pressão arterial Realiza tarefas relacionadas à saúde
Pulso pedioso Busca informações relacionadas à saúde
Coloração da pele Descreve estratégias para eliminar comportamento
Edema periférico não saudável
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial
Intervenções de enfermagem 
Fonte: Brasil (2014, p. 43).
 Realizar uma avaliação completa da circulação 
periférica com a verificação dos pulsos, PA, edema de 
MMII, TEC, cor e temperatura das extremidades.
 Examinar a pele atentando a úlceras e ruptura tissular.
 Monitorar o grau de desconforto, dor e cansaço nas 
AVD.
 Encorajar o usuário à prática de atividade física 
conforme a tolerância e avaliação do educador físico.
 Orientar o usuário sobre os fatores que interferem na 
circulação como tabagismo, roupas apertadas, 
cruzamento das pernas e temperaturas baixas.
 Oferecer informações adequadas sobre saúde e solicitar 
ao usuário que descreva sobre seus cuidados à saúde.
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial
Ações educativas 
do enfermeiro
Planejamento da assistência
Orientações
de saúde
Abordar/orientar sobre: 
1. A doença e o processo de envelhecimento;
2. Motivação para modificar hábitos de vida não 
saudáveis (fumo, estresse, bebida alcoólica
e sedentarismo);
3. Percepção de presença de complicações;
4. Os medicamentos em uso (indicação, doses, 
horários, efeitos desejados e colaterais);
5. Solicitar e avaliar os exames previstos e 
encaminhar aos outros profissionais
quando pertinente.
Caso gerencial abordando doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão 
arterial
Fonte: Brasil (2013). 
Avaliação inicial do 
usuário com HA 
Confirmação do 
diagnóstico
Suspeita e 
identificação de 
causa secundária
Avaliação do 
risco CV
Lesões de 
órgão-alvo 
(LOA) 
medição da PA
exame físico 
> 140x90mmHg
laboratorial
Enfermeiro 
agir em tempo oportuno
O enfermeiro em uma consulta a um paciente hipertenso na Unidade Básica de Saúde deve 
realizar em seu atendimento a entrevista para investigar fatores de riscos e complicações 
cardíacas e no exame físico deve-se avaliar:
Interatividade
O enfermeiro deve avaliar no exame físico: 
 realizar medidas antropométricas como altura, peso, circunferência abdominal e IMC;
 aferir a pressão arterial com a pessoa sentada e deitada;
 verificar as frequências cardíaca e respiratória aferindo os pulsos radial e carotídeo;
 investigar alterações na visão e inspecionar a pele e a cavidade oral.
Resposta
Verificação da pressão arterial
TÉCNICA PARA AFERIR PA
Explicar o 
procedimento/ deixar 
em repouso
Além de explicar o procedimento, o usuário deve 
permanecer em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente 
calmo.
Deve ser instruído a não conversar durante a medição. 
Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou 
depois do procedimento.
Preparo antes do 
exame
Certificar-se de que o paciente NÃO:
- está com a bexiga cheia;
- praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; 
- ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; 
- fumou nos últimos 30 minutos.
Posicionamento - O usuário deve estar sentado, com pernas 
descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na 
cadeira e relaxado;
- O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com 
a palma da mão voltada para cima;
- As roupas não devem garrotear o membro.
Fonte: http://www.eusou12por8.com.br/
Verificação da pressão arterial
Etapas para 
a realização 
da aferição
- Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre 
acrômio e olécrano;
- Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço;
- Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima
da fossa cubital; 
- Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a 
artéria braquial;
- Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial;
- Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula 
ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva; 
- Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível 
estimado da PAS obtido pela palpação; 
- Proceder à deflação lentamente na velocidade de 2 mmHg por 
segundo;
- Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de 
Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade
de deflação; 
Fonte: https://www.manole.com.br/enfermagem-
pelo-metodo-de-estudo-de-caso/p
Verificação da pressão arterial
Etapas para a 
realização da 
aferição
- Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de 
Korotkoff);
- Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para 
confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida 
e completa;
- Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no 
abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da 
PAS/PAD/zero;
- Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um 
minuto.
- Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras 
forem muito diferentes. Caso julgue adequado, considere a média 
das medidas; 
- Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o 
valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência; 
- Informar o valor de PA obtido para o usuário; 
- Anotar os valores exatos e o braço em que a PA foi medida. 
Fonte: 
https://www.manole.com.br/enfermagem
-pelo-metodo-de-estudo-de-caso/p
Caso gerencial – construção do plano conjunto de cuidado
Caso 
gerencial
Reconhecer o problema
Estabelecer metas
Colocar as metas em prática
Autoavaliação
Autorrecompensa
Autoeficácia
Esforços
Recursos
Melhora da saúde
 Dona Rosa, 65 anos, com sobrepeso, viúva, mora sozinha, aposentada. Consultava 
frequentemente a unidade por HAS não controlada, diabetes tipo II e, por se sentir sozinha, 
gostava de ir à unidade para conversar com as pessoas. 
 Por conta da sua hipertensão e diabetes, utilizava quase 12 comprimidos ao dia, divididos 
em quatro tomadas, ela afirmava que usava todos os medicamentos, mas às vezes 
esquecia. A enfermeira que a atendeu percebeu que deveria ser muito difícil uma pessoa 
tomar constantemente tantos medicamentos e em horários tão frequentes.
 Diz comer de tudo, até porque se restringir alimentos se sente “fora da família”, pois não 
pode participar de festinhas que tanto gosta. Sua glicemia é instável variando de 120 a 
250 mg/dL quando faz o monitoramento. Inatividade física.
Caso gerencial – construção do plano conjunto de cuidado
 Não se sente vaidosa e com isso não se preocupa em cuidar da pele e principalmente dos 
pés e diz “– estou velha, não preciso me cuidar, não vou arranjar nenhum namorado...”.
 Diante dos relatos, a enfermeira levou o caso para discussão com a equipe multiprofissional, 
para o médico refazer o esquema terapêutico e também decidiu fazer uma
visita domiciliar.
 Na visita já chegou com a sugestão de um esquema 
terapêutico dividido em duas tomadas e com algumas 
modificações na posologia que diminuíram o número de 
medicamentos em seis comprimidos. Chegando à casa da 
usuária, percebeu, ao longo da conversa, que a casa de dona 
Rosa era muito organizada, mas as caixas de remédios 
estavam espalhadas por todos os cômodos. Ao comentar esse 
fato, ela disse: — É por isso que às vezes me esqueço…
e seguidamente.
Caso gerencial – construção do plano conjunto de cuidado
 A enfermeira perguntou se ela conhecia as caixinhas organizadoras de medicamentos. Dona 
Rosa disse que tinha ouvido falar, mas que nunca tinha visto. Conversaram sobre a nova 
proposta de uso de medicaçãoe foi sugerido a ela que buscasse uma caixinha organizadora 
na unidade no dia seguinte. 
 A enfermeira disse que talvez ela pudesse diminuir a quantidade de medicação se ela 
conseguisse usar a caixinha.
 Ah… seria um alívio — respondeu dona Rosa.
 “Para mim também”, pensou a enfermeira. “Talvez ela não 
tenha uma HA e DM não controlada, mas, sim, problemas de 
organização de uma rotina para a tomada de medicação”.
Caso gerencial – construção do plano conjunto de cuidado * continuação
Fonte: Brasil (2013). 
Caso gerencial – construção do plano conjunto de cuidado
Gerenciando 
o caso
Manejo clínico
Mudanças necessárias 
no estilo de vida
Aspectos psicossociais e 
dificuldades emocionais diante 
da condição crônica
Equipe 
multiprofissional
Legenda: CC* = cognitivo-comportamental, C** = compreensivo, 
AF*** = abordagem familiar, A**** = autonomia.
Caso gerencial – construção do plano conjunto de cuidado
Grupo de 
problemas
Prioridade 
escolhida pelo 
usuário
Profissional 
envolvido 
Metodologia 
preferencial
Plano comum de cuidado
Possíveis atividades na 
unidade ou comunidade
Manejo 
clínico
Desorganização 
no uso de 
medicação
Médico, 
enfermeiro e 
farmacêutico
CC
Manusear caixa de remédios; 
utilizar caixa de remédios; 
instaurar rotina de ingestão de 
medicamentos
Consulta individual; consulta 
de enfermagem; consulta 
coletiva
Manejo 
clínico
Como aprender a 
monitorar a 
glicemia
Enfermeiro e 
médico
CC
Encontro prático com o usuário 
e o profissional de saúde para 
aprender a usar o 
glicossímetro
Consulta individual; consulta 
de enfermagem; consulta 
coletiva
Caso gerencial – construção do plano conjunto de cuidado
Prioridade 
escolhida pelo 
usuário
Profissional 
envolvido 
Metodologia 
preferencial
Plano comum de cuidado
Possíveis atividades na unidade 
ou comunidade
Manejo 
clínico
Como aprender a 
cuidar dos pés
Médico, 
enfermeiro, 
técnico de 
enfermagem
CC*
Encontro prático com o usuário e o 
profissional de saúde para aprender a 
cuidar dos pés; estabelecer metas
Consulta individual, consulta 
coletiva e consulta sequencial, 
conforme estratificação (risco)
Mudanças 
necessárias 
no estilo de 
vida
Mudança de 
hábitos 
alimentares. Ex.: 
reduzir o uso de 
sal
Toda a equipe de 
saúde: 
enfermeiro, 
nutricionista, 
técnico de 
enfermagem, 
ACS
CC
C**
AF***
CC: cozinhar sem sal, só usar saleiro 
à mesa
C: conversar com a pessoa que 
cozinha em casa
AF: quanto ao uso do sal na 
alimentação
Consulta individual; consulta 
coletiva; grupo de apoio
Legenda: CC* = cognitivo-comportamental, C** = compreensivo, 
AF*** = abordagem familiar, A**** = autonomia.
Legenda: CC* = cognitivo-comportamental, C** = compreensivo, 
AF*** = abordagem familiar, A**** = autonomia.
Caso gerencial – construção do plano conjunto de cuidado
Grupo de 
problemas
Prioridade 
escolhida pelo 
usuário
Profissional 
envolvido 
Metodologia 
preferencial
Plano comum de cuidado
Possíveis atividades na 
unidade ou comunidade
Mudanças 
necessárias 
no estilo de 
vida
Aumento da 
atividade física
Médico, 
enfermeiro, 
profissional de 
educação física
CC
C
A***
CC: avaliar rotina diária e acordar 
pequenas e progressivas 
mudanças; reforço positivo diante 
dos insucessos
C: avaliar dificuldades e 
possibilidades; refazer plano 
quando necessário
A: problematizar dificuldades; 
estabelecer desafios; avaliar o 
bem-estar físico e emocional
Grupo de caminhada; recursos 
comunitários de atividade 
física; consulta coletiva
Caso gerencial – construção do plano conjunto de cuidado
Grupo de 
problemas
Prioridade 
escolhida pelo 
usuário
Profissional 
envolvido 
Metodologia 
preferencial
Plano comum de cuidado
Possíveis atividades na 
unidade ou comunidade
Aspectos 
psicossociais 
e dificuldades 
emocionais 
diante da 
condição 
crônica
Dificuldade no 
controle das 
metas glicêmicas. 
Raiva por ter 
diabetes e não 
poder participar 
dos almoços de 
aniversário
Médico, 
enfermeiro e 
psicólogo. 
Toda a 
equipe pode 
apoiar o 
usuário
C
C: avaliar luto diante da nova 
condição.
Identificar rede de apoio. 
Identificar dificuldades. Grupo 
de autocuidado apoiado. Grupo 
terapêutico? Visita domiciliar?
Consulta individual; visita 
domiciliar; psicoterapia em 
grupo; grupo de apoio; 
consulta coletiva e consulta 
sequencial
Legenda: CC* = cognitivo-comportamental, C** = compreensivo, 
AF*** = abordagem familiar, A**** = autonomia.
Caso gerencial – construção do plano conjunto de cuidado
Legenda: CC* = cognitivo-comportamental, C** = compreensivo, 
AF*** = abordagem familiar, A**** = autonomia.
Grupo de 
problemas
Prioridade 
escolhida 
pelo usuário
Profissional 
envolvido 
Metodologia 
preferencial
Plano comum de cuidado
Possíveis atividades na 
unidade ou comunidade
Aspectos 
psicossociais 
e dificuldades 
emocionais 
diante da 
condição 
crônica
Depressão, 
aposentadoria 
sem nenhuma 
outra atividade
Médico, 
enfermeiro, 
psicólogo, ACS, 
farmacêutico. 
Gestão de caso 
– coordenador 
do caso
CC
CA
CC: avaliar rotina diária e acordar 
pequenas e progressivas 
mudanças; reforço positivo diante 
dos insucessos. C: avaliar 
dificuldades e possibilidades; 
refazer plano quando necessário. 
A: problematizar dificuldades; 
estabelecer desafios; avaliar o 
bem-estar físico e emocional
Consulta individual; 
psicoterapia em grupo; grupo 
de apoio; consulta coletiva e 
consulta sequencial
 A atividade do chat apresenta um caso clínico em que os alunos devem ler atentamente 
identificando as etapas do processo de enfermagem e responder às questões descritas. O 
objetivo dessa atividade é fazer o aluno refletir e agir com as principais ações do enfermeiro 
em relação à situação problema exposta, pensando sempre na questão das ações gerenciais 
individuais de cuidado quanto coletivas para a educação em saúde.
Orientação para atividade do chat
 C.A.C., 48 anos, sexo masculino, compareceu à Unidade de Saúde da Família (USF), 
acompanhado da esposa, com quadro de hiperglicemia (glicemia capilar = 370 mg/dL), 
apresentando polifagia, polidpsia e poliúria. Ao exame físico, estava consciente e orientado 
no tempo e espaço, pressão arterial 160 x 100 mmHg, frequência cardíaca 82 bpm, pulsos 
periféricos presentes, tempo de enchimento capilar maior que 3 segundos, frequência 
respiratória 22 rpm, discretamente dispneico aos esforços, temperatura 37,8 °C, IMC 28, 
ausculta pulmonar com roncos em base de pulmão direito, ausculta cardíaca com BRNF 2 T 
s/s, abdome globoso, flácido e indolor à palpação, sons intestinais e eliminações presentes. 
Refere ser portador de HAS desde os 20 anos de idade e não ser portador de DM. Procurou 
a USF devido à fraqueza nos 2 últimos meses, nega internações e cirurgias anteriores,
não sabe informar com clareza qual anti-hipertensivo está em 
uso, pois utiliza a medicação apenas quando a cabeça dói, já 
que não gosta de ir a médicos e nem tomar remédios; informou 
que sua mãe é hipertensa e seu pai é diabético.
Orientação para atividade do chat
 Exames laboratoriais: glicose = 360 mg/dL; colesterol total = 260 mg/dL; LDL = 165 mg/dL; 
HDL = 29 mg/dL; triglicérides = 185 mg/dL; ureia = 28 mg/dL; creatinina = 0,8 mg/dL.
 Fonte: adaptado de: MOHALLEM, A. G. C.; LASELVA, C. R. (coords). Enfermagem pelo método de 
estudo de casos. Barueri: Manole, 2011, p. 319.
A partir das informações, responda:
Questão 1. O que deve ser priorizado no histórico de 
enfermagem desse usuário?
Questão 2. Dentre os fatores de risco, o que o enfermeiro deve 
fazer para basear seu plano de cuidados?
Orientação para atividade do chat
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Atençãoà Saúde, Departamento de Atenção Básica. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2013 b. 160 p.: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). 
(Online). Disponível em: 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf
 LUNNEY, Margaret. Pensamento Crítico para o Alcance de Resultados Positivos em Saúde –
Análises e Estudos de Caso em Enfermagem. 1. ed. Artmed, 2011.
 MOHALLEM, A. G. C.; LASELVA, C. R. (coords). Enfermagem pelo método de estudo de 
casos. Barueri: Manole, 2011.
 WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global status 
report on noncommunicable diseases 2010. Geneva: World 
Health Organization, 2011.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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