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Aula 17 Tipos de avaliação psicológica

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Aula 17: Avaliação Psicológica
Tipos de avaliação psicológica
PROFESSOR  Me. Diego Maciel 
Diogo Martins
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Objetivos da aula
1. Apontar o panorama histórico da avaliação psicológica
2. Diferenciar o modelo positivista do humanista
3. Diferenciar os diferentes modelos de avaliação: definir o modelo psicodiagnóstico estrutural psicanalítico e o psicodiagnóstico fenomenológico
4. Aplicar as etapas de avaliação sob diferentes abordagens no mesmo caso clínico: psicanálise e fenomenologia
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Diogo Martins
2
O que é avaliação psicológica?
Diagnóstico
1. Queixa
teoria
Investigação científica
2. Hipóteses
técnicas
testes
3. Integração + descrição
Prognóstico
4. TOMADA DE DECISÃO
Diogo Martins
1. O conceito de diagnóstico refere-se ao processo de identificar qual transtorno a pessoa tem de acordo com o DSM ou CID. Por isso, ele não pode ser aplicado à fenomenologia e psicanálise
Reflexão
VERDADEIRO OU FALSO?
Diogo Martins
2. O que é o diagnóstico? Esse é um conceito unitário?
Reflexão
O que você acha?
	Diagnóstico	Definição
	Descritivo (abordagem fenomenológica)	Descrição dos sintomas e sinais formando padrões de associação 
(birras constantes, oposição à autoridade)
(ideação suicida e desvalorização no discurso)
(paralisia sem causas físicas, traição do marido, divórcio dos pais)
	Topográfico	Descrição dos comportamento (molecular, molar, função)
	Nosológico	Associação entre o diagnóstico funcional e o topográfico, permitindo a formulação de hipóteses sobre a etiologia do diagnóstico
(transtorno opositor desafiante)
(depressão grave)
Diogo Martins
2. O que é o diagnóstico? Esse é um conceito unitário?
Reflexão
O que você acha?
	Diagnóstico	Definição
	Estrutural	Psicose
Histeria
	Existencial 	a vegetabilidade, o niilismo e o aventureirismo (Maddi, 1991)
	Ecológico	Avaliação da compatibilidade dos achados da avaliação com os correspondentes de vida cotidiana e a funcionalidade do sujeito, bem como a avaliação dos impactos na vida gerados pelo diagnóstico
Diogo Martins
2. O que é o diagnóstico? Esse é um conceito unitário?
Reflexão
O que você acha?
	DESCRITIVO	TOPOGRÁFICO	NOSOLÓGICO	ESTRUTURAL	EXISTENCIAL	ECOLÓGICO
	Paralisia sem causas motoras
Viu a amante do marido
	Sd: deitar-se
Comp: resolver problemas mentalmente
Cons: estado de alerta aversivo diminuiu
Função: esquiva 	Catatonia F06.1	Neurose histérica
Mecanismos de defesa
Transferência
Repressão, conversão	Foco no modo de existência
Vegetabilidade
Como lida com as questões existenciais?
Vive de acordo com seus valores? 
	Traz prejuízos na relação conjugam, impedindo que decida como vai lidar com a traição do marido
Diogo Martins
2. O que é o diagnóstico? Esse é um conceito unitário?
Reflexão
O que você acha?
	DESCRITIVO	TOPOGRÁFICO	NOSOLÓGICO	ESTRUTURAL	EXISTENCIAL	ECOLÓGICO
	Birra
Oposição à autoridade
	Sd: mãe nega a comprar bolacha
Comp: chora e se joga no chão
Cons: mãe dá a bolacha Função: birra = estratégia para obter reforçador 	Transtorno opositor desafiante	Neurose	Foco no modo de existência
Vegetabilidade
Como lida com as questões existenciais?
Vive de acordo com seus valores? 
	Dificuldades na escola, amigos fogem dele, gera conflitos em casa com os irmãos e com os pais
Diogo Martins
2. O que é o diagnóstico? Esse é um conceito unitário?
Reflexão
O que você acha?
	Diagnóstico	Definição
	Ideográfica	Comparar o indivíduo com ele mesmo ao longo do tempo
	Nomotética	Comparar seu desempenho com a população em geral
Diogo Martins
2. O que é o diagnóstico? Esse é um conceito unitário?
Reflexão
O que você acha?
	NOSOLÓGICO	IDEOGRÁFICA	NOMOTÉTICA
	Transtorno opositor desafiante	Após a intervenção, a frequência com que ele apresenta comportamentos de birra diminuiu 30%	Na escala X, ele apresenta comportamentos acima do esperado para sua idade
Diogo Martins
3. Avaliação psicológica é sempre quantitativa e rotuladora
Reflexão
Diogo Martins
O que é o diagnóstico para a psicologia então?
estudo aprofundado realizado com o objetivo de conhecer determinado fenômeno ou realidade, por meio de um conjunto de procedimentos teóricos, técnicos e metodológicos
A escolha das estratégias e dos instrumentos empregados é feita sempre de acordo com o referencial teórico, o objetivo (clínico, profissional, educacional, forense etc.) e a finalidade (diagnóstico, indicação de tratamento e/ou prevenção), conforme Ocampo et al. (2005), Arzeno (2003) e Trinca (1984a). 
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Diogo Martins
3. Quais os limites do diagnóstico nosológico?
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Reflexão
Diogo Martins
2. O que é o diagnóstico? Esse é um conceito unitário?
Reflexão
O que você acha?
	DESCRITIVO	TOPOGRÁFICO	NOSOLÓGICO	ESTRUTURAL	EXISTENCIAL	ECOLÓGICO
	Birra
Oposição à autoridade
	Sd: mãe nega a comprar bolacha
Comp: chora e se joga no chão
Cons: mãe dá a bolacha Função: birra = estratégia para obter reforçador 	Transtorno opositor desafiante	Neurose	Foco no modo de existência
Vegetabilidade
Como lida com as questões existenciais?
Vive de acordo com seus valores? 
	Dificuldades na escola, amigos fogem dele, gera conflitos em casa com os irmãos e com os pais
Diogo Martins
2. O que é o diagnóstico? Esse é um conceito unitário?
Reflexão
O que você acha?
	DESCRITIVO	TOPOGRÁFICO	ESTRUTURAL	EXISTENCIAL	ECOLÓGICO
	Birra
Oposição à autoridade
	Sd: mãe nega a comprar bolacha
Comp: chora e se joga no chão
Cons: mãe dá a bolacha Função: birra = estratégia para obter reforçador 	Neurose	Foco no modo de existência
Vegetabilidade
Como lida com as questões existenciais?
Vive de acordo com seus valores? 
	Dificuldades na escola, amigos fogem dele, gera conflitos em casa com os irmãos e com os pais
	NOSOLÓGICO
	Transtorno opositor desafiante
Diogo Martins
4.Qual o contexto histórico em que a avaliação psicológica surgiu?
Modelo médico
Demanda social = diagnóstico nosológico * segunda guerra mundial / Binet
Positivismo (Augusto Comte, 1937): 
Objetividade + neutralidade + experimentação
E L F: Evidências + Lógica + Falseabilidade]
“o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro”
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Reflexão
Psicometria
Diogo Martins
5. Pense sobre isso
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Reflexão
Até que ponto números são capazes de expressar o sofrimento e a experiência humana?
Diogo Martins
4.Qual o contexto histórico em que a avaliação psicológica surgiu?
Humanismo e fenomenologia
não se pode utilizar o método das ciências naturais para se estudar o ser humano. 
A neutralidade não é possível, porque o pesquisador não pode ser separado de seu objeto de estudo. O sujeito constitui o objeto por meio de sua subjetividade e é constituído por ele. 
Não é possível estudar o homem como um mero objeto fazendo parte do mundo, pois o mundo não passa de um objeto intencional para o sujeito que o pensa.
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Reflexão
Diogo Martins
5. Como é uma concepção não-psicométrica de avaliação
neutralidade e a objetividade
Subjetividade, aspectos transferenciais e contratransferenciais presentes na relação
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Reflexão
Diogo Martins
6. Pense sobre isso
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Reflexão
Mas como saber se algo é verdade ou não sem evidências empíricas?
Chá de limão, alho e jambu cura a Covid-19
O fato de ninguém ter conseguido tirar a foto da Terra Redonda é uma prova de que a Terra é plana
Diogo Martins
7. Pense sobre isso
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Reflexão
Você vai ao seu psicólogo há mais de 4 anos.
Não gostaria de ter ao menos uma medida feedback de resultados positivos?
Diogo Martins
Não há dicotomia e nem uma guerra pela verdade
Discursos diferentes
Cada paciente se adequará melhor a um terapeuta e linha teórica de acordo com a demanda, vínculo, terapeuta
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Diogo Martins
Etapas da avaliação segundo Arzeno, 2003
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1. Queixa
Motivo latente x manifesto
Defesas e resistências
Fantasias de cura e doença
Como o paciente se apresenta
Transferência e contratransferência
Escolher quais técnicas vai utilizar
Diogo Martins
Solicitação
Primeira entrevista
Integração inicial e hipóteses
Etapas da avaliação segundo Arzeno, 2003
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1. QueixaDiogo Martins
Aplicação
Integração dos dados
Devolutiva e ajustes
Laudo escrito
Caso Ana (psicanálise)
	
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Diogo Martins
Solicitação
Primeira entrevista
Integração inicial e hipóteses
Aplicação
Integração dos dados
Devolutiva e ajustes
Laudo escrito
Integração
“ Ao que se refere a fantasia criada pelo neurótico para se relacionar com o objeto do seu desejo, dá suporte para o desejo do sujeito diante da falta do Outro, ou seja, para tamponar a falta do Outro. É uma maneira e fazer suplência à incapacidade da relação sexual. Desta forma, perder o objeto pode resultar em um choque na fantasia, podendo levar o neurótico a um ato suicida (FREITAS, 2015)”
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2. Hipóteses
Diogo Martins
Integração
“O sujeito feminino dispõe-se a ser o objeto da fantasia do homem. É válido ressaltar que, o homem goza do objeto e a mulher goza como objeto. Para a mulher manter-se nessa posição de objeto é impreterível o amor de um homem, Ao perder esse amor e revelar seu estado de objeto de gozo na dimensão de resto, o que nçao necessariamente, resultar a atos suicidades, tanto actings ou mesmo passagens ao ato.
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2. Hipóteses
Diogo Martins
Integração
Nesta situação de suicídio neurótico, em especial, do tipo clínico histérico aqui estudado, frente a uma perda de objeto, perda de gozo, o sujeito terá que lidar com o desejo do Outro, com a falta do outro e também, com a sua própria falta. E é nesse momento que a fantasia encontra-se abalada e sem apoio, a falta do Outro é evidenciada no real.
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2. Hipóteses
Diogo Martins
Como é a avaliação psicológica ?
1. considera o processo psicodiagnóstico uma prática interventiva: diagnóstico e intervenção são processos simultâneos e complementares;
2. propõe que a devolução seja feita durante o processo e não ao final; 
3. enfatiza o sentido da experiência dos envolvidos no processo;
4. redefine a relação paciente-psicólogo em termos de poder, papéis e realização de tarefas.
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2. Hipóteses
Diogo Martins
Como é a avaliação psicológica ?
No modelo fenomenológico, o cliente é um parceiro ativo e envolvido no trabalho de compreensão e eventual encaminhamento posterior. O psicólogo se afasta do lugar de técnico ou especialista detentor do saber e estabelece com o paciente uma relação de cooperação, em que a capacidade de ambas as partes, de observarem, aprenderem e compreenderem, constitui a base indispensável ao trabalho. Psicólogo e paciente se envolvem, a partir de pontos de vista diferentes, mas igualmente importantes, na tarefa de construir os sentidos da existência de um deles – o cliente (YEHIA, 1995).
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2. Hipóteses
Diogo Martins
Caso V. Fenomenologia-existencial
Ler para o dia 30/04 e perceber a diferenças entre a avaliação psicanalítica e TCC
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2. Hipóteses
Diogo Martins
Caso V. Fenomenologia-existencial
A partir de todas as leituras realizadas, pode-se definir esse “achar a si mesmo” como a possibilidade do indivíduo: 1) saber quem é, do que gosta e do que não gosta (autenticidade); 2) ter seus valores e viver de acordo com eles (maturidade); 3) aceitar a si mesmo, o que significa aceitar seus próprios limites e potencialidades e viver em função de si mesmo e não em função apenas dos outros; 4) ter segurança para ser espontâneo e livre, porém com responsabilidade, sobre a direção de sua vida (originalidade, liberdade e responsabilidade); 5) dirigir sua vida de acordo com valores maduros (maturidade); 6) focar no presente e guiar sua vida não pelo passado, mas sim a um alvo futuro; 7) reflexão acerca do sentido da vida; 8) compreensão da finitude, tanto nossa quanto dos outros; 9) capacidade de criar relacionamentos profundos e significativos com outras pessoas (amizades e relacionamentos íntimos); 10) ser capaz de expressar sentimentos; 11) desenvolver autoconsciência: tornar consciente os aspectos inconscientes, como os seus padrões de comportamento, seus pensamentos e crenças irracionais 12) desenvolver postura fenomenológica: consciência de seu próprio corpo no aqui-e-agora em relação a emoções e sentimentos
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2. Hipóteses
Diogo Martins
Caso V. Fenomenologia-existencial
Conceito de achar a si mesmo (Rolo 
May)
1) saber quem é, do que gosta e do que não gosta (autenticidade);
2) ter seus valores e viver de acordo com eles (maturidade); 
3) aceitar a si mesmo, o que significa aceitar seus próprios limites e potencialidades e viver em função de si mesmo e não em função apenas dos outros; 
4) ter segurança para ser espontâneo e livre, porém com responsabilidade, sobre a direção de sua vida (originalidade, liberdade e responsabilidade); 
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2. Hipóteses
Diogo Martins
Caso V. Fenomenologia-existencial
Conceito de achar a si mesmo (Rolo 
May)
5) dirigir sua vida de acordo com valores maduros (maturidade); 
6) focar no presente e guiar sua vida não pelo passado, mas sim a um alvo futuro; 
7) reflexão acerca do sentido da vida; 
8) compreensão da finitude, tanto nossa quanto dos outros; 
9) capacidade de criar relacionamentos profundos e significativos com outras pessoas (amizades e relacionamentos íntimos); 
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2. Hipóteses
Diogo Martins
Caso V. Fenomenologia-existencial
Conceito de achar a si mesmo (Rolo 
May)
10) ser capaz de expressar sentimentos; 
11) desenvolver autoconsciência: tornar consciente os aspectos inconscientes, como os seus padrões de comportamento, seus pensamentos e crenças irracionais 
12) desenvolver postura fenomenológica: consciência de seu próprio corpo no aqui-e-agora em relação a emoções e sentimentos
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2. Hipóteses
Diogo Martins
Obrigado
Diego Maciel
diegomacielneuropsicologo@gmail.com
Diogo Martins
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}

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