Buscar

INTERVENÇÃO PARA ADOLESCENTES MED DA COMUNIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
DEPARTAMENTO DE MEDICINA
TRABALHO DE PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA
ADOLESCENTES
Medicina da Comunidade 3
JOÃO PEDRO THOMSON
MARIA EDUARDA AKEMI
MARIA IZABEL BELOTI
NATHALIA RODRIGUES
Grupo F
Guarapuava, 14 de outubro de 2022
1. Introdução
Conforme abordado ao longo do semestre, a adolescência é uma das épocas em
que há maiores riscos de exposição à drogas, álcool, doenças sexualmente transmissíveis,
gravidez indesejada e insegurança familiar.
Assim, é de fundamental importância a discussão do papel que a atenção primária
em saúde exerce na prevenção, identificação e intervenção nos casos necessários. Como
já comentado anteriormente, a principal estratégia de prevenção é através da escola, por
meio do PSE, Programa de Saúde na Escola.
2. Fatores de risco e suas intervenções
1) Tabagismo
Os principais objetivos da intervenção em grupos de adolescentes são de estimular a
interrupção do uso do tabaco para aqueles que já usam, a prevenção de recaídas para
aqueles que estão em remissão e a prevenção primária daqueles que alegam não serem
tabagistas.
Primeiramente, deve-se enquadrar os adolescentes entre essas categorias e
estabelecer um plano de ação, dependente de cada realidade. Em todos os casos, deve-se
estabelecer a estratégia motivacional, independente se é usuário ou não.
ESTRATÉGIA MOTIVACIONAL
Essa intervenção consiste em apresentar as recompensas e vantagens da interrupção
do uso e os riscos e desvantagens do uso.
Além disso, auxilia aqueles que ainda não decidiram parar de fumar decidirem
interromper para que as demais intervenções sejam feitas.
Dentre as vantagens é importante destacar
●A melhora da saúde
●Paladar e olfato mais aguçado
●Melhora do odor em ambientes de convívio com amigos e familiares
●Será um melhor exemplo para as crianças
●Seus familiares e filhos terão mais saúde
●Melhora do desempenho em atividades físicas
●Redução do envelhecimento e aparecimento de rugas
●Melhora do próprio bem estar
Dentre os riscos, deve ser mencionado:
●Agudos: dificuldade respiratória, asma, infertilidade, a;gerações no feto
●Crônicos: infarto, câncer, bronquite crônica, acidentes vasculares
●Ambientais: aumento de cânceres nos familiares próximos, maior tendência de os
filhos fumarem e prejudicarem a saúde, maior probabilidade de desenvolverem asma,
bronquite, doenças respiratórias.
O mais relevante é indagar o adolescente de quanto ele acha que seu consumo de
cigarro custa, mediante o numerosa maços compra na semana. Isso fará uma grande
diferença para aqueles que têm uma qualidade financeira menor e que poderiam reverter
esses gastos na compra de uma moto, em um tratamento de saúde que um familiar
necessite, entre outros.
Outro aspecto importante é explicar a composição do cigarro, já que muitos
desconhecem as substâncias presentes e sua grande maleficência. O cigarro é composto
por cerca de 4700 aditivos tóxicos, como o alcatrão que causa muitas comorbidades como o
câncer. Além disso, tem a nicotina que é a causadora da dependência química do cigarro.
Dispositivo muito usado por jovens, o cigarro eletrônico, contém substâncias perigosas
também, há relatos de conter metais pesados por exemplo, além da fumaça ser um risco
para os pulmões e as várias substâncias que se encontram no líquido, que podem causar
danos aos tecidos.
INTERVENÇÃO BREVE
Outra possibilidade, para aqueles que estão em uso prolongado, de vários
maços/ano, é a intervenção breve, que consiste em uma estratégia de atendimento com
tempo limitado, foca a mudança de comportamento, sensibiliza para busca de tratamento.
Intervenções breves bem sucedidas não incluem medicações, treino de habilidades,
condicionamentos ou psicoterapia. O primeiro impacto da IB é motivacional, seu efeito é
desencadear a decisão e o comprometimento com a mudança.
Uma maneira eficaz é a intervenção psicossocial breve, que consiste de 4-5 sessões
de frequência semanal com 1 hora de duração, individual ou em grupo terapêutico. Sendo
essas sessões compostas de:
●Primeira: apresentação, definição de data para interromper o uso e planejar
estratégias
●Segunda: orientação para o uso de terapia de reposição da nicotina, discussão das
dificuldades e planejamento de estratégias (indicação de uma atividade esportiva, terapia
comportamental)
●Terceira: monitorização das situações de risco (evitar locais que muitos fumantes
estejam presentes)
●Quarta: discussão da alta
Seguimento podendo conter mais quatro sessões.
INTERVENÇÃO INTENSIVA
Essa abordagem é utilizada para aqueles que decidiram interromper o uso, mas
optam por um acompanhamento mais denso. Essa consiste em planos de 12 meses, com
cada mês especificado a frequência de sessões, podendo ser em grupo ou individual.
No primeiro mês, faz-se 4 sessões, uma vez na semana, cada uma com seus
objetivos:
●1 sessão: entender por que fuma e como isso afeta a saúde
●2 sessão: estabelecer os primeiros dias sem fumar
●3 sessão: apresentar como vencer os obstáculos para parar de fumar
●4 sessão: os benefícios para parar de fumar
No segundo mês, faz-se reuniões quinzenais e do 3-12 mês, faz-se mensalmente,
para acompanhar a evolução do adolescente.
2) Alcoolismo
O alcoolismo é um problema de saúde no mundo, e, geralmente, tem que ser tratado
por uma equipe multidisciplinar, devido às consequências do desgaste para a saúde, para a
família e sociedade.
A prevenção ao uso de álcool deve ter como meta diminuir ou evitar os problemas
causados pelas substâncias antes que eles surjam, oferecendo possibilidades de mudança
efetiva na comunidade ao estimular comportamentos e hábitos saudáveis. Com isso,
pode-se promover a saúde, e seu alcance é ampliado quando está alinhada a políticas
públicas e utiliza estratégias redutoras de danos, uma vez que o público-alvo deste tipo de
intervenção não apresenta diagnóstico de síndrome da dependência de substâncias.
Os planos preventivos visam atingir a população inteira, sem se limitar a fatores de
risco individuais, e são normalmente desenhadas para um público-alvo amplo. Objetivam
prevenir ou retardar o uso nocivo de substâncias psicoativas.
O plano operativo pode se basear nos seguintes tópicos, tendo como agente a equipe
básica de saúde juntamente com os profissionais da educação, em apoio com escolas e
universidades.
1. AMPLIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO
- FINALIDADE: Aumentar o conhecimento e orientar o indivíduo sobre o alcoolismo e suas
complicações; Difundir para comunidade e integrantes da equipe de saúde tais informações
- AÇÃO: Por meio de palestras educativas com a população alvo; Apresentação do tema
aos usuários através de vídeos educativos; Avaliação do nível de conhecimento da
população sobre alcoolismo; Mobilização Social e articulação institucional com a rede de
ensino e social, para que haja realização de programas com o tema sobre alcoolismo
- RESULTADOS ESPERADOS: População mais informada sobre a doença, mais
comprometida com o tratamento; Adoção da cultura do autocuidado com a saúde, o que
implica manter-se abstêmio ou não entrar no vício; Abstenção do álcool.
2. PROMOÇÃO DA SAÚDE
- FINALIDADE: Discutir a importância de modificar os hábitos e estilo de vida; Estimular a
participação em atividades recreativas e desportivas sem consumo de álcool. Tal adoção da
cultura do autocuidado com a saúde implica manter-se abstêmio ou não entrar no vício.
- AÇÃO: Campanhas e projetos educativos
- RESULTADOS ESPERADOS: Redução do índice de alcoolismo; Melhoria nas condições
de saúde física e mental dos usuários alcoólatras.
3. AUMENTO DO VÍNCULO FAMILIAR
- FINALIDADE: Aumentar a convivência familiar para que haja diminuição dos conflitos
entre alcoólatras e familiares, e possam viver em harmonia.
- AÇÃO: Criação de grupos de apoio a famílias com acompanhamento de psicológicos a fim
de entender se há fatores condicionantes ao consumo de álcool dentro do próprio lar.
- RESULTADOS ESPERADOS: Redução ao mínimo possível dos fatores condicionantes ao
consumo de álcool; Manutenção de vínculos dos pacientes alcoólatrasna sociedade,
estudando ou trabalhando; Manutenção de um ambiente harmônico no lar.
Desse modo, através da conscientização do indivíduo sobre os malefícios do
consumo excessivo de álcool, promoção da saúde do indivíduo e melhor preparo
psicológico do ambiente familiar, pode-se atenuar as taxas de alcoolismo, desestimulando
aqueles que ainda não adentraram nesse mundo e atenuando os efeitos sobre àquelas
pessoas alcoólatras.
3) Doenças sexualmente transmissíveis e
gravidez indesejada
O objetivo principal da intervenção deve ser orientar os adolescentes sobre o uso de
preservativos a fim de sensibilizá-los para a prevenção de Doenças Sexualmente
Transmissíveis e gravidez precoce.
A escola é o ambiente social no qual o indivíduo passa grande parte de sua vida, e
é um dos principais elementos para contatos interpessoais, por isso deve contribuir para o
desenvolvimento de uma educação sexual que promova no adolescente senso de
auto-responsabilidade e compromisso para com sua própria sexualidade, e além da ação
direta que exerce nos educandos, indiretamente incentiva a própria família a desempenhar
o seu papel.
A intervenção deve frisar a discussão objetiva e clara com os adolescentes,
geralmente em salas de aula ou em outros meios de comunicação, visando também criar
vínculo entre o adolescente e a ESF. O processo deve ser participativo, incorporando aos
poucos os jovens ao processo e dando a eles autonomia para questionamentos, já que
esse tema pode, muitas vezes, ser tratado com muito constrangimento pelas famílias, se
sequer tratado.
Os agentes dessa intervenção são principalmente os professores, aliados à
estratégia de prevenção em saúde, mas os profissionais da saúde envolvidos no contexto
da ESF também devem ser integrados, gerando uma co-responsabilidade entre
profissionais da educação e da saúde.
Os principais meios e materiais para incentivar o uso de preservativo se dá por meio
de artigos e manuais do ministério da saúde, contudo a elaboração de folders e panfletos
didáticos pode ser o melhor caminho por ser mais próximo da linguagem do público. A
sugestão do caminho para o ensino sexual nas escolas é que ele seja feito de forma
transversa, de forma integrada com todas as disciplinas.
O uso de preservativo deve ser incentivado, porém também é necessário explicitar
claramente como se dá o seu uso, onde encontrar o produto e quando é necessário seu
descarte.
Além disso, outros métodos contraceptivos devem ser expostos, deixando claro a
necessidade do uso do preservativo, seja masculino ou feminino independente do método.
O sus oferece gratuitamente anticoncepcional oral ou injetável, bem como outros métodos
não tão usuais.
No fim da intervenção, os adolescentes têm que possuir consciência de autocuidado
e autonomia, para que possam realizar escolhas conscientes e eficazes de cunho
preservativo e saudável.
A seguir, algumas formas lúdicas para fazer a prevenção:
-Caixa de perguntas: abordar questões que criam uma situação de Negociação do
Uso do Preservativo:
2. Se alguém falar: Ah! Você tem uma camisinha! O que Você responde?
3. Se alguém falar: Não tenho camisinha comigo. O que Você responde?
4. Se alguém falar: Eu não sou homossexual e não uso drogas injetáveis, por isso não
preciso me preocupar. O que Você responde?
5. Se alguém falar: Não precisamos de camisinha. Sou virgem. O que Você
responde?
6. Se alguém falar: Camisinha! Você está me ofendendo! Pensa que sou carregador
de doenças? O que Você responde?
7. Se alguém falar: Tomo pílula. Você não precisa usar camisinha. O que Você
responde?
-Aula prática: como utilizar corretamente o preservativo
1. Dinamizador ensina e ilustra com a mão ou banana, como colocar um preservativo.
2. Cada participante colocará um preservativo na mão do parceiro.
3. Será solicitado ao participante que abra a mão vestida com o preservativo,
distanciando os dedos, após, fazer a reflexão sobre a resistência da camisinha.
-Jogo da memória: conhecer as principais IST´s e quais são prevenidas pelo
preservativo
1. O dinamizador fará uma apresentação sucinta, em formato expositivo dialogado,
das principais DST’s com suas formas de contágio e prevenção, ressaltando quais dessas
são passíveis de prevenção com a utilização do preservativo.
2. Uma caixa contendo papeletas com os sintomas, as formas de contágio e
prevenção de cada doença, irá passar de mão em mão até que a música pare. O aluno
sorteado com a caixa irá tirar uma papeleta e terá que colá-la na opção correta da doença,
representada imagens projetadas pelo data show.
3. O dinamizador fará comentários que auxilie no processo de aprendizagem e irá tirar
as dúvidas que surgirem.
3. Conclusão dos cuidados gerais com o
adolescente
Os resultados de tais intervenções têm por função a prevenção do uso de drogas,
sejam elas lícitas ou ilícitas, álcool, infecções sexualmente transmissíveis e gravidez
precoce. Também buscam promover a saúde e hábitos saudáveis em um contexto amplo na
vida do adolescente.
Em relação à atenção básica, tem-se a caderneta de saúde do adolescente como
instrumento de apoio fundamental aos profissionais atuantes nas ESF, UBS, e NASF. As
ações e serviços de saúde voltados para adolescentes são pautados pelos princípios éticos
de beneficência, da não maleficência, de respeito à autonomia e pelo melhor interesse de
adolescentes.
Temos como uns dos princípios da atenção familiar a realização de ações educativas
de modelos promocionais e preventivos de saúde por meio de atividades artísticas,
esportivas e culturais, rádio ou jornal comunitário, campeonatos, gincanas, grupos de
voluntários, palanque da cidadania, olimpíadas desportivas ou intelectuais. Assim, o
principal meio para atuação da APS na adolescência é a comunidade escolar, a porta de
entrada para o acompanhamento básico.

Outros materiais