TEMA 08 Espécies de Recursos - III Aula I Embargos de Declaração

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MÓDULO 8: JÚRI, NULIDADES, 
RECURSOS E AÇÕES DE IMPUGNAÇÃO 
 
 
TEMA 8 – ESPÉCIES DE RECURSOS III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
Embargos de declaração (arts. 619 e 620 do CPP) 
 
Tem por objetivo submeter a integração das decisões judiciais, sejam acórdãos, sentenças ou 
decisões interlocutórias. 
 
As decisões judicias precisam ser claras e precisas, sendo oportuno os embargos para dissipar 
a dúvida, a incerteza ou imprecisão nela existente. 
 
A lei descreve os vícios que torna admissível o manejo dos embargos. 
 
a) Ambiguidade 
 
Está caracterizada quando a decisão, em qualquer ponto, permite duas ou mais interpretações. 
Obs. No âmbito da Lei n. 9.099/95, a palavra ambiguidade é traduzida pela palavra dúvida, 
possuindo o mesmo sentido. 
 
b) Obscuridade 
 
Está caracterizada pela ausência de clareza na redação da decisão judicial, tornando impossível 
a compreensão do seu teor. 
 
A obscuridade também é reconhecida quando a decisão não corresponde à realidade dos autos. 
 
c) Omissão 
 
Está caracterizada quando a decisão judicial deixa de apreciar determinado ponto relevante da 
demanda. 
 
Ex. Juiz condena o agente, mas não fixa o regime inicial de cumprimento. 
 
 
 
 
Aula I – Embargos de Declaração 
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d) Contradição 
 
Está caracterizada quando a decisão apresenta aspectos conflitantes entre si. 
 
Na prática forense encontramos a previsão de embargos em relação a diversas decisões, 
exemplos: 
 
 Decisões do juiz singular (art. 382 do CPP); 
 
 Acórdão dos tribunais (arts. 619 e 620 do CPP); 
 
 Decisões do juiz singular e acórdão das turmas recursais dos Juizados Especiais Criminais 
(art. 83, da Lei n. 9.099/95); 
 
 Acórdãos do STJ (arts. 263 a 265 do Regimento Interno do STJ); 
 
 Acórdãos do STF (arts. 337 a 339 do Regimento Interno do STF). 
 
Para fins didáticos, nos apoiaremos nos embargos de declaração previstos no art. 382 (contra 
sentença) e arts. 619/620 (contra acórdão). 
 
Em ambas as hipóteses devem ser opostos os embargos no prazo de 2 dias, contados da 
intimação da sentença ou da publicação do acórdão. 
 
Caso opostos contra sentença, serão os embargos endereçados ao próprio juiz prolator da 
decisão, já na hipótese de opostos contra acórdão, serão os embargos endereçados ao 
desembargador-relator. 
 
Obs. Como regra, não há intimação da parte contrária para se manifestar (contra-arrazoar), 
exceto na hipótese de o magistrado desejar atribuir efeitos modificativos à decisão embargada. 
A oposição de embargos declaratórios interrompe o prazo para o recurso cabível, que voltará a 
fluir integralmente após a decisão dos embargos. Este é o entendimento preponderante, que 
aplica analogicamente o disposto no art. 1.026 do CPC/2015. 
 
As peculiaridades dos embargos declaratórios no JECRIM residem no prazo, forma e efeitos. 
Os embargos no JECRIM podem ser opostos por escrito ou oralmente (art. 83, da Lei n. 
9.099/95), no prazo de cinco dias (art. 83, §1º, da Lei n. 9.099/95), 
 
 
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LEITURA COMPLEMENTAR 
 
“Embargar significa impedir, estorvar, conter, por obstáculo etc. De qualquer modo, os embargos 
são recursos que podem ser divididos em 2 espécies: (a) de declaração; (b) infringentes. 
 
Os embargos de declaração podem ser conceituados como sendo o recurso cabível contra a 
decisão que contiver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão. 
 
Originalmente, os embargos representavam apenas obstáculos à execução da sentença, como 
ainda estão presentes no processo civil. Depois, foram concebidos no sentido literal da palavra. 
Só recentemente é que foi admitida pacificamente a natureza de efetivo recurso. (...)”. 
 
Para a íntegra do texto, acesse o link abaixo: 
Embargos no processo penal 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
PROCESSO PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INTERRUPÇÃO. JURI.DECISÃO 
CONTRARIA A PROVA DOS AUTOS. ANULAÇÃO. INEXISTENCIA.COAÇÃO MORAL 
IRRESISTIVEL. SUMULA 07/STJ.1- OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, MESMO EM 
MATERIA CRIMINAL, INTERROMPEM O PRAZO PARA A INTERPOSIÇÃO DE OUTROS 
RECURSOS (CPC - ART. 538 C/C O ART. 3. DO CPP), O QUE SIGNIFICA DIZER: DESPREZA-
SE POR COMPLETO O TEMPO TRANSCORRIDO PRECEDENTEMENTE.2- A ANULAÇÃO DE 
DECISÃO DO TRIBUNAL DO JURI, SOB O FUNDAMENTO DE CONTRARIA A PROVA DOS 
AUTOS, BEM COMO A ANALISE ACERCA DA NÃO CONFIGURAÇÃO DA EXCLUDENTE 
REFERENTE A COAÇÃO MORAL IRRESISTIVEL, REQUEREM EXAME APROFUNDADO DE 
PROVA, OBSTADO PELA SUMULA N. 07 DESTA CORTE.3- RECURSO ESPECIAL NÃO 
CONHECIDO.(REsp 134.757/DF, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, SEXTA TURMA, 
julgado em 07/10/1997, DJ 27/10/1997, p. 54848) 
 
FONTE BIBLIOGRÁFICA 
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Processo Penal Comentado. 16. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2017. 
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Penal. Rio de Janeiro: Forense, 2017. 
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 14. ed. Rio de 
Janeiro: Forense, 2017. 
 
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https://jus.com.br/artigos/17448/embargos-no-processo-penal
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais. 4. 
ed. Rio de janeiro: Forense, 2015. 
 
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