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AS GRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICAS “7IS” Prof. Dr. Emmanuel Dias de Sousa Lopes Síndromes Geriátricas ■ Complexidade terapêutica ■ Múltipla etiologia ■ Não constituem risco de vida iminente ■ Comprometimento da qualidade de vida da pessoa idosa e de seus familiares ■ Podem se apresentar isoladas ou em associação, implicando em grande dano funcional e dificultando a realização de AVD´s 1. INSTABILIDADE POSTURAL Definição ■ A queda pode ser definida como evento não intencional, que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para nível mais baixo em relação à sua posição inicial. ■ Queda eventual ≠ Queda recorrente Tipos ■ Queda acidental é normalmente um evento único que tem menor probabilidade de voltar a se repetir, é decorrente de causas extrínsecas, em geral pela presença de um fator de risco ambiental danoso, como piso escorregadio, degrau sem sinalização, ou com atitudes de risco como subir em bancos. ■ Queda recorrente normalmente acontece na presença de fatores etiológicos intrínsecos como: doenças crônicas, poli farmácia, distúrbios de equilíbrio, déficits sensoriais, entre outros. ■ 3º lugar entre as causas externas no Brasil e grande causa de internação e óbito; ■ Os acidentes são a 5ª causa de morte entre os idosos e as quedas são responsáveis por 2/3 destas mortes. ■ Mulheres idosas entre 60 e 70 anos, independentes e vivendo na comunidade, mais ativas socialmente, têm maior porcentagem de quedas fora de casa e lesões graves com maior frequência; ■ 72% delas ocorreram no domicílio. ■ Medo da queda leva a restrição de mobilidade e maior risco de fragilidade; ■ Fator de risco independente para declínio funcional e institucionalização; ■ É um evento sentinela e marcador de fragilidade. Fragilidade Perda de peso não intencional (+4,5kg ou 5%) Perda de força muscular de preensão da mão dominante Relato de exaustão – motivação (CES-D) Baixo nível de atividade física - consumo calórico/ semana (Minesotta) Diminuição da velocidade de marcha Fragilidade Frágil - três ou mais critérios presentes Pré-frágil - um ou dois critérios Não-frágil - nenhum critério ■ As quedas são eventos subestimados → não há valorização do evento pelo próprio idoso, pelos profissionais de saúde menos qualificados e pelas pessoas em geral. ■ Geralmente, são atribuídas como fatores naturais do processo de envelhecimento → é dado pouco valor às ações preventivas e/ou reabilitadoras. Frequência Incidência de Quedas de idosos na comunidade ■ 65 anos ou mais: 35 -45%: 1 queda no último ano ➢ 50% destes terão uma nova queda ■ 80 anos ou mais : 50% : 1 queda no último ano Incidência de quedas em idosos – instituições – Hospitalizados: ■ 20% caem durante a internação – Institucionalizados: ■ Em média 1,5 quedas ao ano por leito Consequências ■ Ferimentos ■ Trauma craniano ■ Hospitalização ■ Incapacidade ■ Fratura ■ Síndrome Pós-queda ■ Institucionalização ■ Morte QUEDAS E FERIMENTOS • 10% sofrem ferimentos • 25% dos institucionalizados • 50% serão internados Fratura Femoral ■ 90% fraturas resultam de quedas ■ 50% não terão mesma funcionalidade ■ Mortalidade 5-10% mês ■ Homens : ⅓ morrem no 1º ano ■ Morte por infecção Consequências Fratura Femoral: sua prevenção ■ Tendência preventiva: identificar Osteoporose ➢ 80% Fraturas ocorreram sem diagnóstico de Osteoporose ■ Síndrome Pós Queda ➢ Gatilho para perda autonomia ➢ 12-65% idosos comunidade ➢ Geralmente após uma queda ➢ Fuga de atividades que envolvem mobilidade ➢ Perda de Força Muscular e Controle Postural ➢ Aumenta risco de quedas em 38% Quedas e Institucionalização Músculo e Equilíbrio Função Medo 80% idosas preferiam morrer do que enfrentar a perda de independência e qualidade de vida. Don’t mention the F-word. Help the Aged, 2005. ■ Quedas entre idosos pode ser uma manifestação de doença aguda Idosos tendem a: ➢ Dor visceral reduzida ➢ Regulação autonômica reduzida ➢ Reserva cardiopulmonar reduzida ➢ Relutância em informar sintomas Até ¼ dos idosos com TEP agudo apresentam ≥ 1 episódios de queda. Age and Ageing 2003;32: 601-605 Fatores de risco ■ Fatores intrínsecos: são aqueles relacionados ao indivíduo, levando à instabilidade postural. São responsáveis por cerca de 70 % dos incidentes de queda. ■ Fatores extrínsecos: são aqueles relacionados ao ambiente que cerca o indivíduo. São responsáveis por 30% dos incidentes de queda. Fatores intrínsecos ■ Idosos com mais de 80 anos; ■ Sexo feminino; ■ Imobilidade; ■ Quedas precedentes; ■ Equilíbrio diminuído; ■ Marcha lenta e com passos curtos; ■ Baixa aptidão física; ■ Fraqueza muscular de MMII e MMSS; ■ Alterações cognitivas; ■ Doença de Parkinson; ■ Poli farmácia; ■ Uso de sedativos, hipnóticos e ansiolíticos. Fatores extrínsecos ■ Ambientes inseguros e mal iluminados, mal planejados e mal construídos, com barreiras arquitetônicas representam os principais fatores de risco para quedas. ■ A maioria das quedas acidentais ocorre dentro de casa ou em seus arredores, geralmente durante o desempenho de atividades cotidianas como caminhar, mudar de posição, ir ao banheiro. ■ Cerca de 10% das quedas ocorrem em escadas sendo que descê-las apresenta maior risco que subi-las. ■ Ausência de reflexos de proteção; ■ Densidade mineral óssea reduzida – osteoporose; ■ Desnutrição; ■ Idade avançada; ■ Resistência e rigidez da superfície sobre a qual se cai; ■ Dificuldade para levantar após a queda ■ Quedas com impacto direto sobre quadril e punho têm maior probabilidade de resultar em fraturas. Quando há uma superfície intermediária, por exemplo, uma cadeira, a probabilidade de ocorrer fratura diminui, bem como com aqueles que conseguem reduzir a energia da queda, segurando-se. Avaliação Multifatorial : ■ Baseado em fatores estatiscamente associados ■ Não são necessariamente fatores causais ■ Permite elaboração imediata de intervenção ■ Seis fatores de riscos ■ Não é uma estratégia de rastreio ■ Hipotensão Postural ■ Acuidade Visual ■ Marcha e Equilíbrio ■ Reavaliação Medicamentosa ■ Avaliação Funcionalidade ■ Avaliação Cognitiva ■ Hipotensão Ortostática ■ Hipotensão Postural acomete entre 10-30% idosos da comunidade ■ Mecanismo patológico comum ■ Tende a ser mais intenso com: – Refeições ricas em calorias – Calor – Período matinal Abordagem ■ Verificar status Hidratação ■ Drogas: α-bloqueadores, α-agonista central, diuréticos, nitratos. ■ Meia elástica ■ Evitar descondicionamento físico ■ Aumento ingesta Sódio (10g/dia) ■ 28% dos idosos tem diminuição de audição e 13 % tem de visão ( capacidade de diferenciar cores e visão noturna) ■ Aumenta o risco de colisão, principalmente a noite Marcha e Equilíbrio ■ Observação direta na consulta: ➢ Levantar da cadeira ➢ Anormalidade assimétricas ➢ Necessidade de apoio de familiar ➢ Uso de bengalas ➢ Fraqueza muscular Testes de avaliação funcional da marcha ■ Escala de Berg (Berg et al, 1992) ■ POMA (Tinetti, 1988) ■ Functional Reach (Shumway –CooK et al, 1997) ■ Timed Up & Go Test (Podsiadlo & Richardson, 1991) TUG ■ Assento • Altura 44-47 cm • Apoio braço ■ Trajeto • 3 metros • QUANTO MENOR O TEMPO PARA EXECUTAR A TAREFA, MELHOR A MOBILIDADE ■ 10 seg = sem alterações ■ 11 a 19 seg = independência em atividades básicas, boa mobilidade ■ 20 a 29 seg = dependência moderada ■ 30 seg = dependente na mobilidade e AVD, risco aumentado de quedas Revisão Medicamentosa ➢ ≥ 4 medicações (prescrito e não prescrito) ➢ Múltiplas doenças e médicos ➢ Propaganda ➢ Associação com Anticonvulsivantes, sedativos (BDZ curta e longa), antidepressivos, neurolépticos ➢ Mecanismo comum; sedação, sonolência, tontura • Revisão do “saquinho plástico” • Reduzir duplicidade, drogas de ação SNC, efeito anticolinérgico • Estratégia mais complexa: barganhar doença Vs droga ■Avaliando Cognição: ➢ falhas de julgamento, percepção, interpretação ➢ Teste Folstein (MEEM) ■ Aplicação rápida ➢ Bateria breve de memória Exame Físico ■ Deve se minucioso, detendo-se principal nos sistemas cardiovascular, neurológico e músculo esquelético. ■ Exame físico convencional: (hidratação, anemia, estado nutricional). ■ Sinais vitais (pressão arterial deitado, sentado, de pé após cinco minutos para verificar hipotensão postural). ■ Exame neurológico: atento aos sinais de localização, avaliando o estado mental de orientação e equilíbrio com o teste de Romberg pode indicar alteração na função vestibular. ■ Testar força muscular e estabilidades da articulações; ■ Pesquisa de trauma oculto (cabeça, coluna, costela, pelve e quadril). Avaliação do Equilíbrio ■ Instrumentos ■ POMA ■ Berg ■ SPPB ■ Teste de Romberg Como escolher? • É adequado à população alvo? • É simples e aplicável em qualquer ambiente? • Reproduzem as atividades funcionais diárias do idoso? • Exige treinamento dos examinadores? FORÇA DE PREENSÃO MANUAL ■ Estudos prévios demonstraram que existe uma correlação entre a FMPM e a força global (e que valores baixos de preensão manual estão associados à incapacidade (TAEKEMA et al., 2010), quedas (AOYAMA et al., 2011) e mortalidade (LIN et al., 2012). FORÇA DE PREENSÃO MANUAL ■ As medidas deverão ser realizadas na mão dominante ■ POSICIONAMENTO: ■ Idoso sentado em cadeira sem braços ■ o cotovelo em 90° de flexão ■ o antebraço e punho em posição neutra ■ Média de 3 medidas ■ RESULTADOS: ■ Foram incluídos 25 estudos 10 incluídos na meta-análise ■ O TUG apresentou capacidade limitada para predizer quedas em idosos da comunidade e não deve ser usado de forma isolada para identificar idosos com alto risco de quedas SPPB - Short Physical Performance Battery ■ Alta sensibilidade para identificar mudanças na funcionalidade com o decorrer dos anos ■ Forte associação com o resultado das medidas de incapacidades e declínio funcional com o auto relato ■ Preditor de quedas, uso de serviços de saúde, institucionalização, hospitalização, mortalidade ■ Escore total da SPPB = soma das pontuações de cada teste ■ ZERO (PIOR DESEMPENHO) A 12 PONTOS (MELHOR DESEMPENHO) ■ O RESULTADO PODE RECEBER A SEGUINTE GRADUAÇÃO: ■ - 0 a 3 pontos = Incapacidade ou desempenho muito ruim ■ - 4 a 6 pontos = Baixo desempenho ■ - 7 a 9 pontos = Moderado desempenho ■ - 10 a 12 pontos = Bom desempenho Tontura ■ Tontura é uma queixa frequente em emergência ■ Acomete cerca de 1/3 da população em algum momento da vida, incidência aumenta em idosos ■ Acima de 75 anos é a 3ª maior causa de consulta médica Tontura ■ Tontura é uma queixa complexa, pois abrange uma série de fenômenos que podem ser classificados em: ■ Vertigem ■ Pré-síncope ■ Desequilíbrio VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA ➢ Frequente em adultos e idosos ➢ Rara na infância ➢ Vertigem à mudança de posição da cabeça (deitar-se; levantar-se; olhar para cima) ➢ Náusea e vômito ■ Não cessa com o fechar dos olhos! Pré-síncope ■ Sensação de desmaio iminente ■ Associada a palidez, sudorese, taquicardia ■ Pode ter causa autonômica ou cardíaca Desequilíbrio ■ Dificuldade no caminhar ■ Pesquisar origem central ■ Associação com sinais neurológicos 2. IMOBILIDADE A Síndrome da Imobilização (SI), apesar de muito usada entre os geriatras, é, na realidade, pouco conhecida e entendida por médicos de outras especialidades. Trabalhos científicos publicados também não adotam essa terminologia, sendo encontradas referências tais como imobilidade, repouso prolongado no leito (bed rest) e síndrome do desuso – definida como deterioração dos sistemas corporais secundários à inatividade musculoesquelética. Síndrome: conjunto ou complexo de sinais e sintomas que ocorrem ao mesmo tempo, individualizam uma entidade mórbida e podem ter mais de uma etiologia. Imobilidade: ato ou efeito resultante da supressão de tod os os movimentos de uma ou mais articulações em decorr ência da diminuição das funções motoras, impedindo a mudança de posição ou translocação corporal. Síndrome da imobilização: complexo de sinais e sintomas resultantes da supressão de todos os movimentos articulares, que por conseguinte, prejudica a mudança postural, compromete a independência, leva à incapacidade, fadiga e morte. CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO (Classificação Temporal) Permanência no leito de 07 a 10 dias: “ Repouso “; de 10 a 15: Imobilização; Acima de 15: Decúbito de longa duração. Define-se um paciente com SI quando ele tem as características do critério maior e pelo menos duas do critério menor (Carla et al., 2011). O critério maior seria déficit cognitivo médio a grave e múltiplas contraturas. No critério menor é considerado sinais de sofrimento cutâneo ou úlcera de decúbito, disfagia leve a grave, dupla incontinência e afasia CARACTERIZAÇÃO INICIO ■ Pode ter início súbito, agudo. ■ Ou de forma crônica ou progressiva. DURAÇÃO ■ Temporária ■ Prolongada PREVALÊNCIA E TAXA DE MORTALIDADE Os indivíduos que chegam a SI, em geral são fragilizados; Por vezes, cura-se a doença de base, mas sua independência e mobilidade estão irremediavelmente comprometidas; Estudos controlados mostram alta taxa de mortalidade entre os idosos imobilizados no leito – em torno de 50% (Carla et al., 2011); A causa mortis é quase sempre devido à falência múltipla dos órgãos, mas por vezes, uma causa específica pode ser encontrada, sendo a pneumonia, a embolia pulmonar e a septicemia as mais comuns. CAUSAS DA IMOBILIDADE Diversas são as patologias que levam o idoso à imobilidade, as quais podem evoluir para a SI (Laksmi et al., 2008). Cravos, onicogrifose, úlcera plantar, Deformidade plantar Freitas, E.V; Py, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4ed-Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. ➢ Osteoarticulares – fratura de fêmur, osteoartrose; ➢ Doenças dos pés – deformidade plantar, calosidade, úlcera plantar; ➢ Cardiovasculares – acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, cardiopatia isquêmica, doença arterial periférica, sequela de trombose venosa profunda; ➢ Respiratórias – doença pulmonar obstrutiva crônica; ➢ Iatrogenia medicamentosa – neurolépticos, ansiolíticos, hipnóticos; ➢ Déficit neurossensorial – cegueira, surdez; ➢ Neurológicas e psiquiátricas – demência, depressão, doença de Parkinson, neuropatia periférica; ➢ Isolamento social; ➢ Desnutrição; ➢ Quedas de repetição FATORES DE RISCO ■ Intrínsecos : idade avançada, dependência nas AVDs, doenças neuropsiquiátricas, polipatologias, polifarmácia e instabilidade postural . ■ Extrínsecos: problemas familiares (limitação $, inviabilidade de cuidador, exaustão familiar), ambientais, hospitalização prolongada e institucionalização. COMPLICAÇÕES Úlceras por pressão (LPP) ➢ fator desencadeante de ulceras por pressão é a compressão sobre uma determinada área, ➢ a melhor prevenção é o posicionamento do paciente no leito. ➢ Observar os pontos de apoio para identificar áreas vermelhas, corrigir a desnutrição, manter a higiene, hidratar e prover colchões adequados que contribuem para a prevenção da formação de UP. Estágios da Úlcera de Pressão Estágio I ■ É um eritema da pele intacta que não embranquece após a remoção da pressão. ■ Em indivíduos com a pele mais escura, a descoloração da pele, o calor, o edema ou o endurecimento também podem ser indicadores de danos. LPP ESTÁGIO 1 ■ Estágio II ■ É uma perda parcial da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas. ■ A úlcera é superficial e apresenta-se como uma abrasão, uma bolha ou uma cratera rasa. LPP ESTÁGIO 2 h tt p :/ /h tt p s: // w w w .c o lo p la st .c o m .b r/ gl o b al /b ra si l/ w o u n d /c p w sc _g u ia _p u _a 5 _d 7 .p d f Estágio 3 ■ Perda da pele na sua espessura total, envolvendo danos ou uma necrose do tecido subcutâneoque pode se aprofundar, não chegando até a fáscia muscular. ■ A úlcera se apresenta clinicamente como uma cratera profunda. ■ Estágio 4 ■ Perda da pele na sua total espessura com uma extensa destruição ou necrose dos músculos, ossos ou estruturas de suporte como tendões ou cápsulas das juntas. LPP ESTÁGIO 4 ■ Pontos sensíveis para o surgimento de úlceras Escala de Braden (adultos) ✓Identifica e classifica os clientes com risco para LPP; ✓Deve ser aplicada a todos os clientes hospitalizados, no momento da admissão hospitalar e diariamente. Escore ≥ 19 = sem risco Escore 15 a 18= risco leve Escore 13 a 14= riscomoderado Escore 10 a 12= risco alto Escore ≤ 9 = muito alto Apresentação resumida da Escala de Braden (Paranhos & Santos, 1999) h tt p :/ /1 .b p .b lo gs p o t. co m /- 4 FG 2 ko 6 B d W U /V V kV C G C Es p I/ A A A A A A A A ZV I/ -K D G h O yF h 8 w /s 1 6 0 0 /t ab % 2 B 1 .b m pVariáveis Escores 1 2 3 4 Percepção sensorial Totalmente limitado Muito limitado Pouco limitado Nenhuma limitação Umidade Completamente molhado Muito molhado Ocasionalmente molhado Raramente molhado Atividade Acamado Confinado a cadeira Caminha ocasionalmente Caminha frequentemente Mobilidade Totalmente imóvel Muito limitado Pouco limitado Sem limitação Nutrição Muito pobre Inadequado Adequado Excelente Fricção e cisalhamento Problema Problema potencial Sem problemas - SISTEMA ESQUELÉTICO ALTERAÇÕES ARTICULARES Alterações mecânicas e físico-químicas contraturas limitação da amplitude do movimento articular. Contraturas devem ser prevenidas com movimento ativo e passivo e posicionamento no leito com almofadas ou pranchas. OSTEOPOROSE A imobilidade produz intensa e rápida perda de massa óssea (em torno de 0,9% da massa óssea total/semana). Essa perda é proporcionada pela falta de atividade muscular e pela falta de sustentação de peso corporal do paciente acamado, pouca ingestão de cálcio e falta de exposição solar. SISTEMA MUSCULAR ■ Atrofia muscular após 10 dias de permanência no leito. ■ Alterações na estrutura e função do sistema neuromuscular levando a perda de força, encurtamento de fibras e perda de sarcômeros. ■ Número de unidades motoras diminuídas resultando em perda de fibras de contração rápida (tipo II), predominando as de contração lenta (tipo I). ■ Perda mais acentuada nos MI (20%) em relação aos MS (10%) em 6 semanas. ■ Perda de 1 a 15% da força total por dia. ■ As fibras de colágeno perdem sua propriedade elástica , encurtando músculo e tendão. ■ As modificações musculares resultam nas deformidades articulares. 3. INCAPACIDADE COGNITIVA O cérebro idoso: alterações anatômicas ■ a) tamanho e peso menores, ■ b) giros mais finos separados por sulcos mais abertos e profundos o que resulta em regiões corticais menores em comparação a cérebros de indivíduos jovens. ■ c) o volume cerebral pode diminuir até 200 cm3. ■ d) dilatação dos ventrículos ■ e) diminuição da substância branca Ou seja, com o avanço da idade o peso e volume do cérebro humano diminuem. Consequentemente mudanças anatômicas em diversas estruturas do sistema nervoso. Cançado, Alanis e Horta, 2011. Repercussões do envelhecimento cerebral ■ Diminuição do peso do cerebelo ■ Perda de neurônios do corpo estriado nos núcleos da base ■ Perda de neurônios do núcleo anterior no tálamo ■ Atrofia do tronco cerebral ■ Ateromatose (vasos cerebrais) – depósitos lipídicos, com estreitamento do do vaso. Cançado, Alanis e Horta, 2011. Repercussões do envelhecimento cerebral ■ O número de células nervosas decresce com o envelhecimento normal, em especial no hipocampo. ■ Depósito amiloide nas células, aparecimento de placas senis. ■ Angiopatia amiloide cerebral (Depósito de peptídio beta- amiloide na parede de pequenas artérias) Cançado, Alanis e Horta, 2011. Repercussões do envelhecimento cerebral ■ Queda de 50% das sinapses a partir da 8ª década, comparada à 5ª e 6ª décadas de vida, na camada do córtex motor pré-central. Como mecanismo compensador, ocorre aumento das sinapses remanescentes. ■ Diminuição de 20% dos terminais pré-sinápticos do córtex cerebral após os 60 anos. Cançado, Alanis e Horta, 2011. Demência ■ Latim: De = Privação Mens = inteligência Duas correntes conceituais: Psicológica ou Síndrômica: Perda intelectual Médica ou Anatomoclínica: Irreversibilidade por lesões anatomopatológicas. O conceito amplo do termo vem da corrente psicológica. Definição - Demência São caracterizadas pela presença do declínio progressivo da função cognitiva, com maior ênfase na perda de memória e interferência nas atividades sociais e ocupacionais. O diagnóstico da síndrome demencial só pode acontecer quando já for descartado o estado confusional ou delirium. ... . . . . . . Cognição Atenção Função Executiva Memória Linguagem Habilidades Visuoespaciai s Cognição - Atenção ■ Manutenção do foco / Concentração Cognição - Memória ■ Recordar de eventos passados e informações aprendidas. ■ Armazenamento e recuperação de informações. ■ É o acometimento mais evidente. Cognição – Função Executiva ■ Realização de tarefas que incluam planejamento e organização ■ Resolução de problemas ■ Antecipação de resultados possíveis ■ (Lentidão de pensamento e pior desempenho em novas tarefas) ■ Regula comportamento ■ São voluntárias Cognição - Linguagem ■ Permite interação social ■ Comunicação e compreensão do significado das mensagens enviadas e recebidas ■ (Dificuldade em nomeação, discurso repetitivo, dificuldade em reter mensagens longas ou complexas) Cognição – Habilidades Visuoespaciais ■ Capacidade de compreender as informações visuais e espaciais ■ Percepção espacial e orientação no espaço (Rotas) Demência Com comprometimento estrutural do SNC Sem comprometimento estrutural do SNC (Causas tóxicametabólicas – secundárias à doenças sistêmicas) Demências primárias (sinais motores) Demências secundárias (doença cerebrovascular, tumores, infecções, hidrocefalia) Demência é manifestação clínica principal (Huntington, Doença de Alzheimer, demência frontotemporal, demência com corpos de Lewy) Demência pode ser a manifestação clínica principal (doença de Parkinson, paralisia supranuclear progressiva) Caramelli, 2011. ■ Uma vez identificada a síndrome demencial, o diagnóstico diferencial deve, primeiramente, identificar os quadros reversíveis, de etiologias diversas. ■ A doença de Alzheimer representa cerca de 60% de todas as demências. ■ A queixa de dificuldade de memória recente é frequente em idosos e não representa, necessariamente, a perda objetiva da mesma. Manfrim e Schmidt, 2011. Demências Características Delirium Demência Início Agudo Insidioso Duração Dias a semanas Crônica Curso ao longo do dia Flutuante Normal Desorientação Muito intensa, precoce Tardia Atenção Muito alterada Pouco alterada Alucinações Frequentes Mais raras Afeto Temor, ansiedade, irritabilidade Lábil Psicomotricidade Hiper ou hipoativo Mais preservada Adaptação ao déficit Pobre Relativamente boa Adaptado de Manfrim e Schmidt, 2011. Demências Tipos de Demência / Frequência < 65 anos > 65 anos Doença de Alzheimer 34% 55% Demência Vascular 18% 20% Demência Frontotemporal 12% - Demência por corpúsculos de Lewy 7% 20% Outros 29% 5% Manfrim e Schmidt, 2011. CausasTipos Comum Incomum Rara Vascular Doença difusa dos pequenos vasos Angiopatia amiloide Embolias múltiplas Vasculite cerebral Degenerativas Doença de Alzheimer Doença de Huntington Doença de Wilson Doença frontotemporal Doença por corpos de Lewy Outras (deg. Corticobasal) - Neoplásicas Implantes secundários Tumor cerebral primário Síndrome paraneoplásica (encefalite límbica) Traumáticas Hematoma subdural crônico Pós-traumática Síndrome Punch-drunk Hidrocefalia - Comunicante/não comunicante, depressãointermitente do adulto - Tóxico- nutricionais Álcool Deficiência de tiamina (pelagra) Deficiência de Vit. B12 Anoxia/intoxicação por monóxido de carbono Intoxicações por metais pesados Infecciosas Sífilis HIV Pós-encefalítica Doenças priônicas Doença de Creutzfeldt-Jakob Kuru Doença de Gerstmann Sträussler-Scheinker ■ Idosos não demenciados, portadores de leve déficit cognitivo que se expressa em alterações na memória. ■ Para exclusão de demência: preservação do desempenho em AIVD. ■ Pode ser um preditor da demência. CANINEU, SAMARA e STELLA, 2011. DOENÇA DE ALZHEIMER ■ Enfermidade neurodegenerativa (MESULAM, 2004; TEIPEL, PREUSSNER & FALTRACO, 2006) ■ Prejuízos das funções cognitivas, comportamento e AVD´s (McCURRY et al., 2007; GARRIDO & ALMEIDA, 2004) DOENÇA DE ALZHEIMER ■ Descrita pelo neuropatologista alemão, Alois Alzheimer em 1907; ■ É a causa mais comum de demência senil e pré-senil; ■ O curso da doença varia entre 5 a 10 anos (expectativa de vida) EPIDEMIOLOGIA ■ Incidência e Prevalência aumentam com a idade ■ 5 –10 % a partir dos 64 anos ■ 15 –20 % a partir dos 75 anos ■ Prevalência – mulheres Maior expectativa de vida Lima et al.,2016. NEUROPATOLOGIA ■ Placas Beta-amilóides ■ Emaranhados neurofibrilares NEUROPATOLOGIA NEUROPATOLOGIA ■ Perda gradativa de memória a curto prazo ■ Déficit de atenção ■ Perda da flexibilidade de dos pensamento e ideias abstratas ■ Apatia ■ Alteração de apetite ■ Desorientação de tempo e espaço ■ Tendências depressivas ■ Agnosia ■ Apraxia ■ Acalculia ■ Afasia e diminuição do vocabulário ■ Alteração da coordenação ■ Labilidade emocional ■ Perda significativa da memória ■ Deambulação ■ Desorientação ■ Incapacidade de deambulação ■ Perda da fala ■ Apatia extrema ■ Perda da deglutição ■ Perda da continência urinária e fecal ■ Degeneração da massa muscular ■ Totalmente dependente (perdas das atividades básicas de vida diária (ABVD) ■ Paciente acamado ■ Óbito DIAGNÓSTICO ■ HMA ■ Exame físico geral ■ Exame neurológico geral ■ Exames cognitivos ■ Exames laboratoriais TRATAMENTO ■ Tratamento Medicamentoso ■ Tratamento Não Medicamentoso ■ Equipe multiprofissional ■ Classificado em 4 categorias que acontecem no idoso: – Primário: Parkinson – Secundário: induzido por medicamentos, hidrocefalia, infeccioso, traumatismos, tumores, entre outros. – Síndromes parkinsonismo-plus: atrofia de múltiplos sistemas, demência por corpos de Lewy, Demência Vascular, Doença de Alzheimer – Doenças heredodegenerativas : Doença de Huntington ■ Nem todo portador de parkinsonismo tem DP. Pinheiro, 2011. ■ É uma síndrome que envolve bradicinesia e pelo menos mais um entre os sintomas de tremor, rigidez e instabilidade postural. ■ Doenças extrapiramidais nas quais movimentos anormais acontecem por alteração na espontaneidade e velocidade dos movimentos voluntários ou por movimentos involuntários adicionais. ■ São doenças dos gânglios da base. Pinheiro, 2011. (Tronco encefálico) Funciona em interação com o córtex cerebral na função de controle motor. Vários neurotransmissores estão envolvidos nos circuitos dos gânglios da base. • Ajudam o córtex a executar padrões de movimentos aprendidos, mas subconscientes • Ajudam a planejar sequencias de movimentos para efetuar uma tarefa • Também ajudam a controlar as dimensões dos padrões de movimento (movimentos finos, controlados, como o de escrever em letras grandes ou pequenas, por exemplo). ■ Representa 80% dos casos de parkinsonismo. ■ Acomete preferencialmente indivíduos >50 anos. ■ O maior fator de risco é a idade e as mulheres são mais acometidas que os homens. ■ Projeção: Parkinson, demência e doença do neurônio motor devem superar o câncer e ser a segunda maior causa de morte dos idosos no ano de 2040. Pinheiro, 2011. ■ Transtorno neurológico complexo e progressivo. É doença neurodegenerativa e de longa duração. ■ Degeneração das células da camada ventral da parte compacta da substância negra. ■ Identificação de corpos de Lewy Pinheiro, 2011. ■ São agregados de neurofilamentos que ficam nas células do sistema nervoso (proteínas anormais), concentrando-se principalmente na região da substância negra. ■ Os movimentos iniciados no córtex são facilitados pelos gânglios e os movimentos contrários são inibidos. ■ São vários neurotransmissores que farão a função de biossinalização. Um dos que que mais se destaca é a dopamina, que tem função inibitória. ■ Na DP, existe degeneração dos neurônios dopaminérgicos, na substância negra, facilitando a saída de sinais excitatórios para o sistema de controle motor corticoespinhal. ■ (Podem excitar muitos ou todos os músculos do corpo, levando à rigidez). (GUYTON e HALL, 2011) ■ Não existe marcador biológico. Os exames ajudam a descartar outras possibilidades. ■ A causa permanece desconhecida, com mecanismos etiopatogênicos diferentes. Pesquisas tem se concentrado em fatores genéticos, toxinas ambientais, estresse oxidativo e anormalidades mitocondriais. ■ Diagnóstico: identificação de sinais e sintomas que compõem o quadro clínico. História clínica detalhada e exame físico. Pinheiro, 2011. ■ Além dos sinais motores, também acontecem: face inexpressiva, depressão, fala hipofônica, aumento no tempo das AVD, micrografia (redução da letra escrita), déficit cognitivo, perda do balanço dos braços, cãimbras, acúmulo de saliva e hipotensão ortostática. Pinheiro, 2011. ■ Não há. ■ Visa controle dos sintomas. ■ Manutenção da autonomia, independência funcional e equilíbrio psicológico. ■ Padrão-ouro: levodopa (precursor dopaminérgico). ■ Medidas não farmacológicas: Fisioterapia, terapia fonoaudiológica, orientação nutricional. ■ Em torno de 5 anos com uso da L-Dopa, não se observa mais a melhora da sintomatologia e, então, começam a surgir complicações motoras, autonômicas e psiquiátricas: – Wearing-off: encurtamento do efeito do medicamento – On-off: período de boa resposta x período insatisfatório – Discinesias (coreia, distonia dolorosa, atetose, mioclonia e tiques) – Confusão mental, psicose e alucinações Pinheiro, 2011. 4. IATROGENIA NO IDOSO Definição Efeitos adversos que resultam de cuidados e gerenciamento de saúde e não da doença de base do sujeito. Origem: ■ IATRO = Médico ■ GENIA = Origem São eventos não intencionais que resultam em dano, complicações, incapacidade, aumento do tempo de internação e morte. ■ Iatrogenia Resulta da presença de uma ou mais das seguintes situações: ■ 1. Iatrofarmacogenia ■ 2. Internação hospitalar ■ 3. Iatrogenia da palavra ■ 4. Iatrogenia do silêncio ■ 5. Iatrogenia do subdiagnóstico ■ 6. Iatrogenia por cascata propedêutica ■ 7. Iatrogenia por diastanásia ■ 8. Prescrições de intervenções sem comprovação científica ■ 9. Iatrogenia do excesso de intervenções. Idoso e polifarmácia Aumento da prevalência de multimorbidades → Aumento do consumo de fármacos. (Araújo et. al. 2010): 242 idosos → Todos utilizavam em média 4 medicamentos/dia 34% consumiam as medicações de forma inadequada (Baixa escolaridade e condição sócio-econômica e mais de 70 anos). Consequências: Depressão, quedas e constipação Iatrogenia → Síndrome geriátrica Efeitos dos medicamentos Anti-hipertensivos, diuréticos e hipnóticos → Quedas e imobilismo Benzodiazepínicos, consumo excessivo ou retirada abrupta de determinados medicamentos → Estado confusional Idosos que apresentem de forma aguda: ■ declínio funcional ■ confusão mental ■ déficit cognitivo ■ distúrbios comportamentais ■ sintomas depressivos ■ queixas de tonturas ■ alterações da marcha e do equilíbrio ■ quedas repetidas ■ incontinência urinária e/ou fecal. Efeitos dos medicamentos Efeitos adversos por idade Outros eventos iatrogênicos ■ Ser assistido por diversas especialidades que não se conversam; ■ Condutas divergentes ■ Procedimentos terapêuticosinadequados ■ Diagnóstico inadequado ■ Outras ocorrências não evitáveis (quedas, úlcera por pressão) 5. INCONTINÊNCIA URINÁRIA Definição ■ É a queixa de qualquer perda involuntária de urina pela uretra em quantidade ou frequência suficiente para se tornar um problema social ou de saúde. EPIDEMIOLOGIA Sintomas Perda involuntária de urina; Dificuldade de controlar a urina; Dificuldade de segurar a urina até chegar ao banheiro. Fisiologia da Micção O sistema urinário - Funções: Armazenar e eliminar a urina. A micção é um ato voluntário, porém há uma fase involuntária: o músculo detrusor, que compõe o assoalho da bexiga, contrai e o esfíncter uretral externo relaxa, deixando a urina passar. A micção é controlada: pelo centro inibitório da micção (córtex cerebral); pelo centro pontino da micção (tronco cerebral); pelo centro sacral (medula). Influência: núcleos da base, hipotálamo e o cerebelo. O centro inibitório da micção inibe as contrações do detrusor o centro pontino da micção coordena os estímulos excitatórios e inibitórios Os estímulos são transmitidas à bexiga através das fibras nervosas da medula até o plexo sacral (centro sacral) Bexiga atinge capacidade fisiológica + lugar e momento socialmente adequados = micção Perfeita função e coordenação da bexiga e uretra + integridade das estruturas e vias nervosas = continência Atrofia cortical (idade), demências, AVE, TCE, Parkinson: Afetam centro inibitório no córtex, causando hiperatividade do detrusor. 1 Diabetes, neuropatia periférica: Afetam vias nervosas da medula até bexiga. 2 TRM lesa vias nervosas. Não há contração detrusor (bexiga hipoativa). 3 Alterações da micção no envelhecimento: Idosos urinam mais à noite do que pessoas mais jovens! Jovens: 2/3 micção durante o dia e 1/3 à noite. Idosos: ½ micção durante o dia e ½ à noite. Redução da contratilidade e da capacidade de armazenamento vesical Diminuição da habilidade para retardar a micção Aumento do volume residual de 50ml a 100ml Surgimento de contrações não inibidas do detrusor (falha na inibição cortical) OUTRAS Alterações da micção no envelhecimento: Nos homens, o aumento do volume da próstata é o principal fator de alteração da micção (a próstata é uma esfera que “abraça” a uretra e seu aumento leva a um “estrangulamento” da uretra); Nas mulheres, a redução de pressão de fechamento uretral é a principal alteração. Isso é consequência da atrofia do epitélio (mucosa) uretral e dos tecidos que envolvem a bexiga e a vagina. A atrofia se dá pela diminuição da vascularização e diminuição hormonal (estrogênio) após o climatério; classificação Incontinência urinária transitória Incontinência de urgência ou bexiga hiperativa Incontinência de estresse Incontinência por transbordamento Incontinência funcional Incontinência mista 1/3 dos pacientes com incontinência apresentam causas reversíveis! Incontinência urinária transitória ■ CAUSAS REVERSÍVEIS: ■ Delirium, infecção urinária, restrição da mobilidade, aumento da diurese, impactação fecal, distúrbios psíquicos. ■ A mais comum: MEDICAÇÃO! Diuréticos, sedativos,... Incontinência urinária transitória Delirium: funções cerebrais de controle da micção estão diminuídas; Infecção urinária e uretrite causam inflamação que diminui a capacidade de controle miccional; A imobilidade limita o acesso do paciente ao banheiro, o que facilita a incontinência; A impactação fecal causa incontinência por transbordamento (retenção urinária): há uma alteração do ângulo entre o reto e a uretra (obstrução parcial). Todas estas condições devem ser investigadas na avaliação do idoso incontinente! Incontinência de urgência e bexiga hiperativa Mais comum nos idosos! Contrações involuntárias do detrusor: urgência miccional. Falta da inibição cortical: Acidente Vascular Cerebral (AVC), demência e Parkinson (hiperreflexia) ou instabilidade do detrusor; Hiperatividade do detrusor com redução da contratilidade. Há aumento na frequência, porém com uma diminuição da força de contração muscular: aumento do volume residual Incontinência de estresse É a perda involuntária de urina quando há aumento da pressão intra-abdominal (tosse, o espirro, o riso ou o exercício); Causas: hipermobilidade uretral ou deficiência esfincteriana intrínseca. Tipo mais comum em mulheres jovens e o segundo, em idosas; Nos homens: quando há dano no esfíncter após retirada total da próstata ou radioterapia. Alguns medicamentos afetam inervação do esfíncter, relaxando-o (anti-hipertensivos, bloqueadores alfa- adrenérgicos) Incontinência por transbordamento ■ Hiperdistensão da bexiga e esfíncter incompetente = perda de urina ■ Obstrução anatômica (próstata aumentada, impactação fecal); ■ Fatores neurogênicos (diabetes, esclerose múltipla); ■ Anticolinérgicos, anti-hipertensivos, AINH: diminuem força detrusor. Incontinência funcional Secundária a fatores que não são do trato urinário: problemas musculoesqueléticos, problemas psicológicos e fatores ambientais (acesso difícil ao banheiro). INCONTINÊNCIA MISTA Incontinência por estresse + de urgência. ■ O impacto social da incontinência urinária é extremamente relevante! Importante estigma social: restrição das atividades sociais, isolamento e depressão. Constitui-se na 2ª. causa de institucionalização nos Estados Unidos. tratamento Individual! Baseado na causa Uso de laxantes, tratar ITU, tratar delirium, diminuir restrição ao leito, investigar aumento da diurese noturna (insuficiência cardíaca) Tratamento farmacológico e não-farmacológico Mudanças ambientais Mudanças no estilo de vida Técnicas corporais TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO ACESSIBILIDAD E PERDA DE PESO REDUÇÃO DE ÁLCOOL REDUÇÃO DE CAFÉINA Técnicas corporais Treinamento vesical e diário miccional: aumento progressivo do intervalo entre as micções, visando ao aumento da capacidade de armazenamento; Técnicas corporais Exercícios de Kegel: São contrações lentas do assoalho pélvico (6 segundos), de 8 a 12 contrações, perto da potência muscular máxima (3 a 4x/semana). Técnicas corporais ■ Cones vaginais: ■ tamanhos e pesos variado, ao tentar segurá-los, a mulher contrai a musculatura pélvica. Técnicas corporais ■ Biofeedback: ■ por meio de aparelhos que monitoram a contração muscular, facilitação do aprendizado da correta contração muscular. Técnicas corporais ■ Eletroestimulação – corrente elétrica aplicada por eletrodos intravaginais ou intra- retais, estimulando os músculos do assoalho pélvico. Podem reduzir as perdas em 50 a 80%; 10 a 30% dos idosos podem atingir a continência; Necessário capacidade física, mental e motivação. TÉCNICAS CORPORAIS Tratamento cirúrgico ■ É indicada para incontinência de esforço quando o tratamento conservador falha. ■ Implante de sling: Introdução de uma fita de polipropileno (ou de tecido do próprio corpo da paciente) abaixo da uretra, por via vaginal, com o objetivo de aumentar a resistência uretral e reduzir a perda de urina
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