Buscar

Aula6 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 158 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 158 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 158 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AS GRANDES 
SÍNDROMES 
GERIÁTRICAS “7IS”
Prof. Dr. Emmanuel Dias de Sousa Lopes
Síndromes Geriátricas
■ Complexidade terapêutica
■ Múltipla etiologia
■ Não constituem risco de vida iminente
■ Comprometimento da qualidade de vida da pessoa idosa e de 
seus familiares
■ Podem se apresentar isoladas ou em associação, implicando em 
grande dano funcional e dificultando a realização de AVD´s
1. 
INSTABILIDADE 
POSTURAL
Definição
■ A queda pode ser definida como 
evento não intencional, que tem 
como resultado a mudança de 
posição do indivíduo para nível mais 
baixo em relação à sua posição 
inicial.
■ Queda eventual ≠ Queda recorrente
Tipos
■ Queda acidental é normalmente um evento único que tem
menor probabilidade de voltar a se repetir, é decorrente de
causas extrínsecas, em geral pela presença de um fator de risco
ambiental danoso, como piso escorregadio, degrau sem
sinalização, ou com atitudes de risco como subir em bancos.
■ Queda recorrente normalmente acontece na presença de
fatores etiológicos intrínsecos como: doenças crônicas, poli
farmácia, distúrbios de equilíbrio, déficits sensoriais, entre
outros.
■ 3º lugar entre as causas externas no Brasil e grande causa de
internação e óbito;
■ Os acidentes são a 5ª causa de morte entre os idosos e as
quedas são responsáveis por 2/3 destas mortes.
■ Mulheres idosas entre 60 e 70 anos, independentes e vivendo na
comunidade, mais ativas socialmente, têm maior porcentagem de
quedas fora de casa e lesões graves com maior frequência;
■ 72% delas ocorreram no domicílio.
■ Medo da queda leva a restrição de mobilidade e maior risco 
de fragilidade; 
■ Fator de risco independente para declínio funcional e 
institucionalização; 
■ É um evento sentinela e marcador de fragilidade.
Fragilidade
Perda de peso não intencional (+4,5kg ou 5%)
Perda de força muscular de preensão da mão dominante 
Relato de exaustão – motivação (CES-D)
Baixo nível de atividade física - consumo calórico/ semana 
(Minesotta)
Diminuição da velocidade de marcha
Fragilidade
Frágil - três ou mais critérios presentes
Pré-frágil - um ou dois critérios 
Não-frágil - nenhum critério
■ As quedas são eventos subestimados → não há valorização 
do evento pelo próprio idoso, pelos profissionais de saúde 
menos qualificados e pelas pessoas em geral. 
■ Geralmente, são atribuídas como fatores naturais do 
processo de envelhecimento → é dado pouco valor às 
ações preventivas e/ou reabilitadoras.
Frequência
Incidência de Quedas de idosos na comunidade
■ 65 anos ou mais:
35 -45%: 1 queda no último ano
➢ 50% destes terão uma nova queda 
■ 80 anos ou mais :
50% : 1 queda no último ano
Incidência de quedas em idosos – instituições
– Hospitalizados:
■ 20% caem durante a internação 
– Institucionalizados:
■ Em média 1,5 quedas ao ano por leito
Consequências
■ Ferimentos 
■ Trauma craniano
■ Hospitalização
■ Incapacidade 
■ Fratura
■ Síndrome Pós-queda 
■ Institucionalização
■ Morte
QUEDAS E FERIMENTOS
• 10% sofrem ferimentos
• 25% dos institucionalizados
• 50% serão internados
Fratura Femoral 
■ 90% fraturas resultam de quedas
■ 50% não terão mesma funcionalidade
■ Mortalidade 5-10% mês 
■ Homens : ⅓ morrem no 1º ano 
■ Morte por infecção
Consequências
Fratura Femoral: sua prevenção
■ Tendência preventiva: identificar Osteoporose
➢ 80% Fraturas ocorreram sem diagnóstico de Osteoporose
■ Síndrome Pós Queda
➢ Gatilho para perda autonomia
➢ 12-65% idosos comunidade
➢ Geralmente após uma queda
➢ Fuga de atividades que envolvem mobilidade
➢ Perda de Força Muscular e Controle Postural
➢ Aumenta risco de quedas em 38%
Quedas e 
Institucionalização
Músculo 
e 
Equilíbrio
Função
Medo 
80% idosas preferiam morrer 
do que enfrentar a perda de 
independência e qualidade 
de vida.
Don’t mention the F-word. Help the Aged, 
2005. 
■ Quedas entre idosos pode ser uma manifestação de doença 
aguda 
Idosos tendem a:
➢ Dor visceral reduzida
➢ Regulação autonômica reduzida
➢ Reserva cardiopulmonar reduzida
➢ Relutância em informar sintomas 
Até ¼ dos idosos com TEP agudo apresentam ≥ 1 episódios 
de queda.
Age and Ageing 2003;32: 601-605
Fatores de risco
■ Fatores intrínsecos: são aqueles relacionados ao indivíduo,
levando à instabilidade postural. São responsáveis por
cerca de 70 % dos incidentes de queda.
■ Fatores extrínsecos: são aqueles relacionados ao ambiente
que cerca o indivíduo. São responsáveis por 30% dos
incidentes de queda.
Fatores intrínsecos
■ Idosos com mais de 80 anos;
■ Sexo feminino;
■ Imobilidade;
■ Quedas precedentes;
■ Equilíbrio diminuído;
■ Marcha lenta e com passos curtos;
■ Baixa aptidão física;
■ Fraqueza muscular de MMII e MMSS;
■ Alterações cognitivas;
■ Doença de Parkinson;
■ Poli farmácia;
■ Uso de sedativos, hipnóticos e ansiolíticos.
Fatores extrínsecos
■ Ambientes inseguros e mal iluminados, mal planejados e mal
construídos, com barreiras arquitetônicas representam os principais
fatores de risco para quedas.
■ A maioria das quedas acidentais ocorre dentro de casa ou em seus
arredores, geralmente durante o desempenho de atividades
cotidianas como caminhar, mudar de posição, ir ao banheiro.
■ Cerca de 10% das quedas ocorrem em escadas sendo que descê-las
apresenta maior risco que subi-las.
■ Ausência de reflexos de proteção;
■ Densidade mineral óssea reduzida – osteoporose;
■ Desnutrição;
■ Idade avançada;
■ Resistência e rigidez da superfície sobre a qual se cai;
■ Dificuldade para levantar após a queda
■ Quedas com impacto direto sobre quadril e punho têm maior
probabilidade de resultar em fraturas. Quando há uma superfície
intermediária, por exemplo, uma cadeira, a probabilidade de ocorrer
fratura diminui, bem como com aqueles que conseguem reduzir a
energia da queda, segurando-se.
Avaliação Multifatorial :
■ Baseado em fatores estatiscamente associados
■ Não são necessariamente fatores causais
■ Permite elaboração imediata de intervenção
■ Seis fatores de riscos 
■ Não é uma estratégia de rastreio 
■ Hipotensão Postural
■ Acuidade Visual
■ Marcha e Equilíbrio
■ Reavaliação Medicamentosa
■ Avaliação Funcionalidade
■ Avaliação Cognitiva
■ Hipotensão Ortostática 
■ Hipotensão Postural acomete entre 10-30% idosos da comunidade
■ Mecanismo patológico comum
■ Tende a ser mais intenso com:
– Refeições ricas em calorias
– Calor 
– Período matinal
Abordagem
■ Verificar status Hidratação
■ Drogas: α-bloqueadores, α-agonista central, diuréticos, nitratos.
■ Meia elástica
■ Evitar descondicionamento físico
■ Aumento ingesta Sódio (10g/dia) 
■ 28% dos idosos tem diminuição de audição e 13 % tem de visão ( 
capacidade de diferenciar cores e visão noturna)
■ Aumenta o risco de colisão, principalmente a noite
Marcha e Equilíbrio
■ Observação direta na consulta:
➢ Levantar da cadeira
➢ Anormalidade assimétricas 
➢ Necessidade de apoio de familiar
➢ Uso de bengalas
➢ Fraqueza muscular
Testes de avaliação funcional da marcha
■ Escala de Berg (Berg et al, 1992) 
■ POMA (Tinetti, 1988)
■ Functional Reach (Shumway –CooK et al, 1997) 
■ Timed Up & Go Test (Podsiadlo & Richardson, 1991)
TUG
■ Assento 
• Altura 44-47 cm
• Apoio braço
■ Trajeto
• 3 metros
• QUANTO MENOR O TEMPO PARA EXECUTAR A TAREFA, MELHOR A MOBILIDADE
■  10 seg = sem alterações 
■ 11 a 19 seg = independência em atividades básicas, boa mobilidade 
■ 20 a 29 seg = dependência moderada
■  30 seg = dependente na mobilidade e AVD, risco aumentado de quedas
Revisão Medicamentosa
➢ ≥ 4 medicações (prescrito e não prescrito)
➢ Múltiplas doenças e médicos
➢ Propaganda 
➢ Associação com Anticonvulsivantes, sedativos (BDZ curta e 
longa), antidepressivos, neurolépticos
➢ Mecanismo comum; sedação, sonolência, tontura 
• Revisão do “saquinho plástico”
• Reduzir duplicidade, drogas de ação SNC, efeito anticolinérgico
• Estratégia mais complexa: barganhar doença Vs droga
■Avaliando Cognição: 
➢ falhas de julgamento, percepção, interpretação
➢ Teste Folstein (MEEM)
■ Aplicação rápida 
➢ Bateria breve de memória
Exame Físico
■ Deve se minucioso, detendo-se principal nos sistemas cardiovascular,
neurológico e músculo esquelético.
■ Exame físico convencional: (hidratação, anemia, estado nutricional).
■ Sinais vitais (pressão arterial deitado, sentado, de pé após cinco
minutos para verificar hipotensão postural).
■ Exame neurológico: atento aos sinais de localização, avaliando o
estado mental de orientação e equilíbrio com o teste de Romberg
pode indicar alteração na função vestibular.
■ Testar força muscular e estabilidades da articulações;
■ Pesquisa de trauma oculto (cabeça, coluna, costela, pelve e quadril).
Avaliação do Equilíbrio
■ Instrumentos
■ POMA
■ Berg
■ SPPB
■ Teste de Romberg
Como escolher?
• É adequado à população alvo?
• É simples e aplicável em qualquer ambiente?
• Reproduzem as atividades funcionais diárias do idoso?
• Exige treinamento dos examinadores?
FORÇA DE PREENSÃO MANUAL
■ Estudos prévios demonstraram que existe uma 
correlação entre a FMPM e a força global (e que 
valores baixos de preensão manual estão 
associados à incapacidade (TAEKEMA et al., 2010), 
quedas (AOYAMA et al., 2011) e mortalidade (LIN et 
al., 2012).
FORÇA DE PREENSÃO MANUAL
■ As medidas deverão ser realizadas na mão dominante
■ POSICIONAMENTO:
■ Idoso sentado em cadeira sem braços
■ o cotovelo em 90° de flexão
■ o antebraço e punho em posição neutra
■ Média de 3 medidas
■ RESULTADOS:
■ Foram incluídos 25 estudos 10 incluídos na meta-análise
■ O TUG apresentou capacidade limitada para predizer quedas em idosos da comunidade
e não deve ser usado de forma isolada para identificar idosos com alto risco de quedas
SPPB - Short Physical Performance Battery
■ Alta sensibilidade para identificar mudanças na funcionalidade com o
decorrer dos anos
■ Forte associação com o resultado das medidas de incapacidades e declínio
funcional com o auto relato
■ Preditor de quedas, uso de serviços de saúde, institucionalização,
hospitalização, mortalidade
■ Escore total da SPPB = soma das pontuações de cada teste
■ ZERO (PIOR DESEMPENHO) A 12 PONTOS (MELHOR DESEMPENHO)
■ O RESULTADO PODE RECEBER A SEGUINTE GRADUAÇÃO:
■ - 0 a 3 pontos = Incapacidade ou desempenho muito ruim
■ - 4 a 6 pontos = Baixo desempenho
■ - 7 a 9 pontos = Moderado desempenho
■ - 10 a 12 pontos = Bom desempenho
Tontura
■ Tontura é uma queixa frequente em emergência
■ Acomete cerca de 1/3 da população em algum momento da vida, incidência 
aumenta em idosos
■ Acima de 75 anos é a 3ª maior causa de consulta médica
Tontura
■ Tontura é uma queixa complexa, pois abrange uma série de fenômenos que podem 
ser classificados em:
■ Vertigem
■ Pré-síncope
■ Desequilíbrio
VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA 
➢ Frequente em adultos e idosos
➢ Rara na infância
➢ Vertigem à mudança de posição da cabeça (deitar-se; levantar-se; olhar para 
cima)
➢ Náusea e vômito
■ Não cessa com o fechar dos olhos!
Pré-síncope
■ Sensação de desmaio iminente
■ Associada a palidez, sudorese, taquicardia
■ Pode ter causa autonômica ou cardíaca 
Desequilíbrio
■ Dificuldade no caminhar
■ Pesquisar origem central
■ Associação com sinais neurológicos
2. 
IMOBILIDADE
A Síndrome da Imobilização (SI), apesar de muito usada entre os geriatras, é, na 
realidade, pouco conhecida e entendida por médicos de outras especialidades.
Trabalhos científicos publicados também não adotam essa terminologia, sendo
encontradas referências tais como imobilidade, repouso prolongado no leito (bed
rest) e síndrome do desuso – definida como deterioração dos sistemas corporais
secundários à inatividade musculoesquelética.
Síndrome: conjunto ou complexo de sinais e
sintomas que ocorrem ao mesmo tempo,
individualizam uma entidade mórbida e podem ter
mais de uma etiologia.
Imobilidade: ato ou efeito resultante da supressão de tod
os os movimentos de uma ou mais articulações em decorr
ência da diminuição das funções motoras, impedindo a 
mudança de posição ou translocação corporal.
Síndrome da imobilização: complexo de sinais e sintomas resultantes
da supressão de todos os movimentos articulares, que por
conseguinte, prejudica a mudança postural, compromete a
independência, leva à incapacidade, fadiga e morte.
CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAÇÃO (Classificação Temporal)
Permanência no leito de 07 a 10 dias: “ Repouso “;
de 10 a 15: Imobilização;
Acima de 15: Decúbito de longa duração.
Define-se um paciente com SI quando ele tem as características do critério maior e pelo menos 
duas do critério menor (Carla et al., 2011). 
O critério maior seria
déficit cognitivo médio a
grave e múltiplas
contraturas.
No critério menor é considerado sinais de 
sofrimento cutâneo ou úlcera de decúbito, 
disfagia leve a grave, dupla incontinência e 
afasia
CARACTERIZAÇÃO
INICIO
■ Pode ter início súbito, agudo.
■ Ou de forma crônica ou progressiva.
DURAÇÃO
■ Temporária
■ Prolongada
PREVALÊNCIA E TAXA DE MORTALIDADE
Os indivíduos que chegam a SI, em geral são fragilizados;
Por vezes, cura-se a doença de base, mas sua independência e mobilidade estão irremediavelmente 
comprometidas;
Estudos controlados mostram alta taxa de mortalidade entre os idosos imobilizados no leito – em torno de 
50% (Carla et al., 2011); 
A causa mortis é quase sempre devido à falência múltipla dos órgãos, mas por vezes, uma causa 
específica pode ser encontrada, sendo a pneumonia, a embolia pulmonar e a septicemia as mais 
comuns.
CAUSAS DA IMOBILIDADE
Diversas são as patologias que levam o idoso à imobilidade, as quais podem evoluir para a SI (Laksmi et al., 2008).
Cravos, onicogrifose, úlcera plantar,
Deformidade plantar Freitas, E.V; Py, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4ed-Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
➢ Osteoarticulares – fratura de fêmur, osteoartrose;
➢ Doenças dos pés – deformidade plantar, calosidade, úlcera plantar;
➢ Cardiovasculares – acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca,
cardiopatia isquêmica, doença arterial periférica, sequela de trombose venosa profunda;
➢ Respiratórias – doença pulmonar obstrutiva crônica;
➢ Iatrogenia medicamentosa – neurolépticos, ansiolíticos, hipnóticos;
➢ Déficit neurossensorial – cegueira, surdez;
➢ Neurológicas e psiquiátricas – demência, depressão, doença de Parkinson, neuropatia 
periférica;
➢ Isolamento social;
➢ Desnutrição;
➢ Quedas de repetição
FATORES DE RISCO
■ Intrínsecos : idade avançada, dependência nas AVDs, doenças
neuropsiquiátricas, polipatologias, polifarmácia e instabilidade
postural .
■ Extrínsecos: problemas familiares (limitação $, inviabilidade de
cuidador, exaustão familiar), ambientais, hospitalização prolongada e
institucionalização.
COMPLICAÇÕES
Úlceras por pressão (LPP)
➢ fator desencadeante de ulceras por pressão é a compressão
sobre uma determinada área,
➢ a melhor prevenção é o posicionamento do paciente no leito.
➢ Observar os pontos de apoio para identificar áreas vermelhas,
corrigir a desnutrição, manter a higiene, hidratar e prover
colchões adequados que contribuem para a prevenção da
formação de UP.
Estágios da Úlcera 
de Pressão
Estágio I
■ É um eritema da pele intacta 
que não embranquece após a 
remoção da pressão. 
■ Em indivíduos com a pele mais 
escura, a descoloração da pele, 
o calor, o edema ou o 
endurecimento também podem 
ser indicadores de danos. 
LPP ESTÁGIO 1
■ Estágio II
■ É uma perda parcial da 
pele envolvendo a 
epiderme, derme ou 
ambas.
■ A úlcera é superficial e 
apresenta-se como uma 
abrasão, uma bolha ou 
uma cratera rasa. 
LPP ESTÁGIO 2
h
tt
p
:/
/h
tt
p
s:
//
w
w
w
.c
o
lo
p
la
st
.c
o
m
.b
r/
gl
o
b
al
/b
ra
si
l/
w
o
u
n
d
/c
p
w
sc
_g
u
ia
_p
u
_a
5
_d
7
.p
d
f
Estágio 3
■ Perda da pele na sua 
espessura total, 
envolvendo danos ou 
uma necrose do 
tecido subcutâneoque pode se 
aprofundar, não 
chegando até a 
fáscia muscular.
■ A úlcera se 
apresenta 
clinicamente como 
uma cratera 
profunda. 
■ Estágio 4
■ Perda da pele na sua total 
espessura com uma 
extensa destruição ou 
necrose dos músculos, 
ossos ou estruturas de 
suporte como tendões ou 
cápsulas das juntas. 
LPP ESTÁGIO 4
■ Pontos sensíveis para 
o surgimento de 
úlceras
Escala de Braden (adultos)
✓Identifica e classifica os clientes com risco para LPP;
✓Deve ser aplicada a todos os clientes hospitalizados, no
momento da admissão hospitalar e diariamente.
Escore ≥ 19 = sem risco
Escore 15 a 18= risco leve
Escore 13 a 14= riscomoderado
Escore 10 a 12= risco alto
Escore ≤ 9 = muito alto
Apresentação resumida da Escala de Braden
(Paranhos & Santos, 1999)
h
tt
p
:/
/1
.b
p
.b
lo
gs
p
o
t.
co
m
/-
4
FG
2
ko
6
B
d
W
U
/V
V
kV
C
G
C
Es
p
I/
A
A
A
A
A
A
A
A
ZV
I/
-K
D
G
h
O
yF
h
8
w
/s
1
6
0
0
/t
ab
%
2
B
1
.b
m
pVariáveis Escores
1 2 3 4
Percepção
sensorial
Totalmente
limitado
Muito limitado Pouco limitado Nenhuma
limitação
Umidade Completamente
molhado
Muito
molhado
Ocasionalmente
molhado
Raramente
molhado
Atividade Acamado Confinado a
cadeira
Caminha
ocasionalmente
Caminha
frequentemente
Mobilidade Totalmente
imóvel
Muito limitado Pouco limitado Sem limitação
Nutrição Muito pobre Inadequado Adequado Excelente
Fricção e
cisalhamento
Problema Problema
potencial
Sem problemas -
SISTEMA ESQUELÉTICO
ALTERAÇÕES 
ARTICULARES
Alterações mecânicas e físico-químicas contraturas
limitação da amplitude do movimento articular.
Contraturas devem ser prevenidas com movimento ativo e
passivo e posicionamento no leito com almofadas ou
pranchas.
OSTEOPOROSE
A imobilidade produz intensa e rápida perda de massa
óssea (em torno de 0,9% da massa óssea total/semana).
Essa perda é proporcionada pela falta de atividade
muscular e pela falta de sustentação de peso corporal do
paciente acamado, pouca ingestão de cálcio e falta de
exposição solar.
SISTEMA MUSCULAR
■ Atrofia muscular após 10 dias de permanência 
no leito.
■ Alterações na estrutura e função do sistema
neuromuscular levando a perda de força,
encurtamento de fibras e perda de sarcômeros.
■ Número de unidades motoras diminuídas
resultando em perda de fibras de contração
rápida (tipo II), predominando as de contração
lenta (tipo I).
■ Perda mais acentuada nos MI (20%) em relação
aos MS (10%) em 6 semanas.
■ Perda de 1 a 15% da força total por dia.
■ As fibras de colágeno perdem sua propriedade
elástica , encurtando músculo e tendão.
■ As modificações musculares resultam nas
deformidades articulares.
3. INCAPACIDADE 
COGNITIVA
O cérebro idoso: alterações anatômicas
■ a) tamanho e peso menores, 
■ b) giros mais finos separados por sulcos 
mais abertos e profundos o que resulta 
em regiões corticais menores em 
comparação a cérebros de indivíduos 
jovens.
■ c) o volume cerebral pode diminuir até 
200 cm3. 
■ d) dilatação dos ventrículos
■ e) diminuição da substância branca
Ou seja, com o avanço da idade o peso e volume do
cérebro humano diminuem. Consequentemente mudanças
anatômicas em diversas estruturas do sistema nervoso.
Cançado, Alanis e Horta, 2011.
Repercussões do envelhecimento 
cerebral
■ Diminuição do peso do cerebelo
■ Perda de neurônios do corpo estriado nos núcleos da base
■ Perda de neurônios do núcleo anterior no tálamo
■ Atrofia do tronco cerebral
■ Ateromatose (vasos cerebrais) – depósitos lipídicos, com
estreitamento do do vaso.
Cançado, Alanis e Horta, 2011.
Repercussões do envelhecimento cerebral
■ O número de células nervosas decresce com o
envelhecimento normal, em especial no hipocampo.
■ Depósito amiloide nas células, aparecimento de placas
senis.
■ Angiopatia amiloide cerebral (Depósito de peptídio beta-
amiloide na parede de pequenas artérias)
Cançado, Alanis e Horta, 2011.
Repercussões do envelhecimento 
cerebral
■ Queda de 50% das sinapses a partir da 8ª década, comparada à 5ª e
6ª décadas de vida, na camada do córtex motor pré-central. Como
mecanismo compensador, ocorre aumento das sinapses
remanescentes.
■ Diminuição de 20% dos terminais pré-sinápticos do córtex cerebral
após os 60 anos.
Cançado, Alanis e Horta, 2011.
Demência
■ Latim:
De = Privação Mens = inteligência
Duas correntes conceituais:
Psicológica ou Síndrômica:
Perda intelectual
Médica ou Anatomoclínica:
Irreversibilidade por lesões 
anatomopatológicas.
O conceito amplo do termo vem da corrente psicológica.
Definição - Demência
São caracterizadas pela presença do
declínio progressivo da função cognitiva, com
maior ênfase na perda de memória e
interferência nas atividades sociais e
ocupacionais. O diagnóstico da síndrome
demencial só pode acontecer quando já for
descartado o estado confusional ou delirium.
... . . . . . 
.
Cognição
Atenção
Função 
Executiva
Memória
Linguagem
Habilidades 
Visuoespaciai
s
Cognição - Atenção
■ Manutenção do foco / Concentração
Cognição - Memória
■ Recordar de eventos passados e informações aprendidas.
■ Armazenamento e recuperação de informações.
■ É o acometimento mais evidente.
Cognição – Função Executiva
■ Realização de tarefas que incluam planejamento e organização
■ Resolução de problemas
■ Antecipação de resultados possíveis
■ (Lentidão de pensamento e pior desempenho em novas tarefas)
■ Regula comportamento
■ São voluntárias
Cognição - Linguagem
■ Permite interação social
■ Comunicação e compreensão do significado das mensagens enviadas
e recebidas
■ (Dificuldade em nomeação, discurso repetitivo, dificuldade em reter
mensagens longas ou complexas)
Cognição – Habilidades Visuoespaciais
■ Capacidade de compreender as informações visuais e espaciais
■ Percepção espacial e orientação no espaço (Rotas)
Demência
Com 
comprometimento 
estrutural do SNC
Sem comprometimento estrutural 
do SNC (Causas tóxicametabólicas
– secundárias à doenças 
sistêmicas)
Demências primárias (sinais motores)
Demências secundárias 
(doença cerebrovascular, 
tumores, infecções, 
hidrocefalia)
Demência é manifestação 
clínica principal (Huntington, 
Doença de Alzheimer, 
demência frontotemporal, 
demência com corpos de 
Lewy)
Demência pode ser a 
manifestação clínica principal 
(doença de Parkinson, 
paralisia supranuclear
progressiva)
Caramelli, 2011.
■ Uma vez identificada a síndrome demencial, o diagnóstico diferencial
deve, primeiramente, identificar os quadros reversíveis, de etiologias
diversas.
■ A doença de Alzheimer representa cerca de 60% de todas as
demências.
■ A queixa de dificuldade de memória recente é frequente em idosos e
não representa, necessariamente, a perda objetiva da mesma.
Manfrim e Schmidt, 2011.
Demências
Características Delirium Demência
Início Agudo Insidioso
Duração Dias a semanas Crônica
Curso ao longo do 
dia
Flutuante Normal
Desorientação Muito intensa, precoce Tardia
Atenção Muito alterada Pouco alterada
Alucinações Frequentes Mais raras
Afeto
Temor, ansiedade,
irritabilidade
Lábil
Psicomotricidade Hiper ou hipoativo Mais preservada
Adaptação ao déficit Pobre Relativamente boa
Adaptado de Manfrim e Schmidt, 2011.
Demências
Tipos de Demência / 
Frequência
< 65 anos > 65 anos
Doença de Alzheimer 34% 55%
Demência Vascular 18% 20%
Demência Frontotemporal 12% -
Demência por corpúsculos 
de Lewy
7% 20%
Outros 29% 5%
Manfrim e Schmidt, 2011.
CausasTipos Comum Incomum Rara
Vascular
Doença difusa dos 
pequenos vasos
Angiopatia amiloide
Embolias múltiplas
Vasculite cerebral
Degenerativas Doença de Alzheimer
Doença de Huntington
Doença de Wilson
Doença frontotemporal
Doença por corpos de Lewy
Outras (deg. Corticobasal)
-
Neoplásicas Implantes secundários Tumor cerebral primário
Síndrome
paraneoplásica
(encefalite límbica)
Traumáticas
Hematoma subdural
crônico
Pós-traumática Síndrome Punch-drunk
Hidrocefalia -
Comunicante/não comunicante, 
depressãointermitente do 
adulto
-
Tóxico-
nutricionais
Álcool
Deficiência de tiamina (pelagra)
Deficiência de Vit. B12
Anoxia/intoxicação por 
monóxido de carbono
Intoxicações por metais 
pesados
Infecciosas
Sífilis
HIV
Pós-encefalítica
Doenças
priônicas
Doença de Creutzfeldt-Jakob
Kuru
Doença de Gerstmann
Sträussler-Scheinker
■ Idosos não demenciados, portadores de leve déficit cognitivo que se expressa em
alterações na memória.
■ Para exclusão de demência: preservação do desempenho em AIVD.
■ Pode ser um preditor da demência.
CANINEU, SAMARA e STELLA, 2011.
DOENÇA DE ALZHEIMER 
■ Enfermidade neurodegenerativa
(MESULAM, 2004; TEIPEL, PREUSSNER & FALTRACO, 2006) 
■ Prejuízos das funções cognitivas, comportamento e AVD´s
(McCURRY et al., 2007; GARRIDO & ALMEIDA, 2004) 
DOENÇA DE ALZHEIMER
■ Descrita pelo neuropatologista alemão, Alois Alzheimer em 1907;
■ É a causa mais comum de demência senil e pré-senil;
■ O curso da doença varia entre 5 a 10 anos (expectativa de vida)
EPIDEMIOLOGIA
■ Incidência e Prevalência aumentam com a idade
■ 5 –10 % a partir dos 64 anos
■ 15 –20 % a partir dos 75 anos
■ Prevalência – mulheres Maior expectativa de vida
Lima et al.,2016. 
NEUROPATOLOGIA
■ Placas Beta-amilóides
■ Emaranhados neurofibrilares
NEUROPATOLOGIA
NEUROPATOLOGIA
■ Perda gradativa de memória a curto prazo
■ Déficit de atenção
■ Perda da flexibilidade de dos pensamento e ideias abstratas
■ Apatia
■ Alteração de apetite
■ Desorientação de tempo e espaço
■ Tendências depressivas
■ Agnosia
■ Apraxia
■ Acalculia
■ Afasia e diminuição do vocabulário
■ Alteração da coordenação
■ Labilidade emocional
■ Perda significativa da memória
■ Deambulação
■ Desorientação
■ Incapacidade de deambulação
■ Perda da fala
■ Apatia extrema
■ Perda da deglutição
■ Perda da continência urinária e fecal
■ Degeneração da massa muscular
■ Totalmente dependente (perdas das atividades básicas de vida diária (ABVD)
■ Paciente acamado
■ Óbito 
DIAGNÓSTICO
■ HMA
■ Exame físico geral
■ Exame neurológico geral
■ Exames cognitivos
■ Exames laboratoriais
TRATAMENTO
■ Tratamento Medicamentoso
■ Tratamento Não Medicamentoso
■ Equipe multiprofissional
■ Classificado em 4 categorias que acontecem no idoso:
– Primário: Parkinson
– Secundário: induzido por medicamentos, hidrocefalia, infeccioso,
traumatismos, tumores, entre outros.
– Síndromes parkinsonismo-plus: atrofia de múltiplos sistemas, demência por
corpos de Lewy, Demência Vascular, Doença de Alzheimer
– Doenças heredodegenerativas : Doença de Huntington
■ Nem todo portador de parkinsonismo tem DP.
Pinheiro, 2011.
■ É uma síndrome que envolve bradicinesia e pelo menos mais um entre os sintomas
de tremor, rigidez e instabilidade postural.
■ Doenças extrapiramidais nas quais movimentos anormais acontecem por alteração
na espontaneidade e velocidade dos movimentos voluntários ou por movimentos
involuntários adicionais.
■ São doenças dos gânglios da base.
Pinheiro, 2011.
(Tronco encefálico) Funciona em interação
com o córtex cerebral na função de controle
motor. Vários neurotransmissores estão
envolvidos nos circuitos dos gânglios da
base.
• Ajudam o córtex a
executar padrões de
movimentos aprendidos, mas
subconscientes
• Ajudam a planejar sequencias de
movimentos para efetuar uma tarefa
• Também ajudam a controlar as
dimensões dos padrões de movimento
(movimentos finos, controlados, como o
de escrever em letras grandes ou
pequenas, por exemplo).
■ Representa 80% dos casos de parkinsonismo.
■ Acomete preferencialmente indivíduos >50 anos.
■ O maior fator de risco é a idade e as mulheres são mais acometidas que os
homens.
■ Projeção: Parkinson, demência e doença do neurônio motor devem superar o
câncer e ser a segunda maior causa de morte dos idosos no ano de 2040.
Pinheiro, 2011.
■ Transtorno neurológico complexo e
progressivo. É doença
neurodegenerativa e de longa duração.
■ Degeneração das células da camada
ventral da parte compacta da substância
negra.
■ Identificação de corpos de Lewy
Pinheiro, 2011.
■ São agregados de neurofilamentos que ficam nas células do sistema
nervoso (proteínas anormais), concentrando-se principalmente na
região da substância negra.
■ Os movimentos iniciados no córtex são facilitados
pelos gânglios e os movimentos contrários são
inibidos.
■ São vários neurotransmissores que farão a função
de biossinalização. Um dos que que mais se
destaca é a dopamina, que tem função inibitória.
■ Na DP, existe degeneração dos neurônios
dopaminérgicos, na substância negra, facilitando a
saída de sinais excitatórios para o sistema de
controle motor corticoespinhal.
■ (Podem excitar muitos ou todos os músculos do
corpo, levando à rigidez).
(GUYTON e HALL, 2011)
■ Não existe marcador biológico. Os exames ajudam a descartar outras
possibilidades.
■ A causa permanece desconhecida, com mecanismos etiopatogênicos
diferentes. Pesquisas tem se concentrado em fatores genéticos,
toxinas ambientais, estresse oxidativo e anormalidades mitocondriais.
■ Diagnóstico: identificação de sinais e sintomas que compõem o quadro
clínico. História clínica detalhada e exame físico.
Pinheiro, 2011.
■ Além dos sinais motores, também acontecem: face inexpressiva, depressão, fala
hipofônica, aumento no tempo das AVD, micrografia (redução da letra escrita),
déficit cognitivo, perda do balanço dos braços, cãimbras, acúmulo de saliva e
hipotensão ortostática.
Pinheiro, 2011.
■ Não há.
■ Visa controle dos sintomas. 
■ Manutenção da autonomia, independência funcional e equilíbrio psicológico.
■ Padrão-ouro: levodopa (precursor dopaminérgico).
■ Medidas não farmacológicas: Fisioterapia, terapia fonoaudiológica, orientação 
nutricional.
■ Em torno de 5 anos com uso da L-Dopa, não se observa mais a
melhora da sintomatologia e, então, começam a surgir complicações
motoras, autonômicas e psiquiátricas:
– Wearing-off: encurtamento do efeito do medicamento
– On-off: período de boa resposta x período insatisfatório
– Discinesias (coreia, distonia dolorosa, atetose, mioclonia e tiques)
– Confusão mental, psicose e alucinações
Pinheiro, 2011.
4. 
IATROGENIA 
NO IDOSO
Definição Efeitos adversos que resultam de cuidados e gerenciamento de
saúde e não da doença de base do sujeito.
Origem: 
■ IATRO = Médico
■ GENIA = Origem
São eventos não intencionais que resultam em dano,
complicações, incapacidade, aumento do tempo de internação e
morte.
■
Iatrogenia
Resulta da presença de uma ou mais das seguintes situações:
■ 1. Iatrofarmacogenia
■ 2. Internação hospitalar
■ 3. Iatrogenia da palavra
■ 4. Iatrogenia do silêncio
■ 5. Iatrogenia do subdiagnóstico
■ 6. Iatrogenia por cascata propedêutica
■ 7. Iatrogenia por diastanásia
■ 8. Prescrições de intervenções sem comprovação científica
■ 9. Iatrogenia do excesso de intervenções. 
Idoso e polifarmácia
Aumento da prevalência de multimorbidades → Aumento do consumo
de fármacos.
(Araújo et. al. 2010):
242 idosos → Todos utilizavam em média 4 medicamentos/dia
34% consumiam as medicações de forma inadequada
(Baixa escolaridade e condição sócio-econômica e mais de 70
anos).
Consequências: Depressão, quedas e constipação
Iatrogenia → Síndrome geriátrica
Efeitos dos medicamentos
Anti-hipertensivos, diuréticos e hipnóticos → Quedas e imobilismo
Benzodiazepínicos, consumo excessivo ou retirada abrupta de determinados 
medicamentos → Estado confusional
Idosos que apresentem de forma aguda:
■ declínio funcional
■ confusão mental
■ déficit cognitivo
■ distúrbios comportamentais
■ sintomas depressivos
■ queixas de tonturas
■ alterações da marcha e do equilíbrio
■ quedas repetidas
■ incontinência urinária e/ou fecal.
Efeitos dos medicamentos
Efeitos adversos por idade
Outros eventos iatrogênicos
■ Ser assistido por diversas especialidades que não se conversam;
■ Condutas divergentes
■ Procedimentos terapêuticosinadequados
■ Diagnóstico inadequado
■ Outras ocorrências não evitáveis (quedas, úlcera por pressão)
5. 
INCONTINÊNCIA 
URINÁRIA
Definição
■ É a queixa de qualquer
perda involuntária de urina
pela uretra em quantidade ou
frequência suficiente para se
tornar um problema social ou
de saúde.
EPIDEMIOLOGIA
Sintomas
Perda involuntária de urina; 
Dificuldade de controlar a urina; 
Dificuldade de segurar a urina até 
chegar ao banheiro. 
Fisiologia da Micção
O sistema urinário - Funções: 
Armazenar e eliminar 
a urina.
A micção é um ato voluntário, porém há uma fase 
involuntária: o músculo detrusor, que compõe o 
assoalho da bexiga, contrai e o esfíncter uretral 
externo relaxa, deixando a urina passar. 
A micção é controlada: 
pelo centro inibitório da micção (córtex cerebral); 
pelo centro pontino da micção (tronco cerebral); 
pelo centro sacral (medula). 
Influência: núcleos da base, hipotálamo e o 
cerebelo.
O centro inibitório da micção 
inibe as contrações do 
detrusor
o centro pontino da micção 
coordena os estímulos 
excitatórios e inibitórios
Os estímulos são 
transmitidas à bexiga 
através das fibras nervosas 
da medula até o plexo sacral 
(centro sacral)
Bexiga atinge capacidade fisiológica + 
lugar e momento socialmente 
adequados = micção
Perfeita função e coordenação da 
bexiga e uretra + integridade das 
estruturas e vias nervosas = 
continência
Atrofia cortical (idade), demências, 
AVE, TCE, Parkinson: Afetam 
centro inibitório no córtex, causando 
hiperatividade do detrusor.
1
Diabetes, neuropatia periférica: 
Afetam vias nervosas da medula até 
bexiga.
2
TRM lesa vias nervosas. 
Não há contração detrusor (bexiga 
hipoativa).
3
Alterações da micção no envelhecimento:
Idosos urinam mais à noite 
do que pessoas mais jovens!
Jovens: 2/3 micção durante o 
dia e 1/3 à noite.
Idosos: ½ micção durante o 
dia e ½ à noite.
Redução da contratilidade 
e da capacidade de 
armazenamento vesical
Diminuição da habilidade 
para retardar a micção
Aumento do volume 
residual de 50ml a 100ml 
Surgimento de contrações 
não inibidas do detrusor 
(falha na inibição cortical)
OUTRAS Alterações da micção no 
envelhecimento:
Nos homens, o aumento do volume da próstata é o principal
fator de alteração da micção (a próstata é uma esfera que
“abraça” a uretra e seu aumento leva a um “estrangulamento”
da uretra);
Nas mulheres, a redução de pressão de fechamento uretral é a
principal alteração. Isso é consequência da atrofia do epitélio
(mucosa) uretral e dos tecidos que envolvem a bexiga e a vagina.
A atrofia se dá pela diminuição da vascularização e diminuição
hormonal (estrogênio) após o climatério;
classificação
Incontinência 
urinária 
transitória
Incontinência de 
urgência ou 
bexiga hiperativa 
Incontinência de 
estresse 
Incontinência por 
transbordamento 
Incontinência 
funcional 
Incontinência 
mista
1/3 dos pacientes com incontinência 
apresentam causas reversíveis!
Incontinência urinária transitória
■ CAUSAS REVERSÍVEIS:
■ Delirium, infecção urinária, restrição da mobilidade, aumento da diurese, 
impactação fecal, distúrbios psíquicos.
■ A mais comum: MEDICAÇÃO! Diuréticos, sedativos,...
Incontinência urinária transitória
Delirium: funções cerebrais de controle da micção estão diminuídas;
Infecção urinária e uretrite causam inflamação que diminui a capacidade de controle miccional;
A imobilidade limita o acesso do paciente ao banheiro, o que facilita a incontinência;
A impactação fecal causa incontinência por transbordamento (retenção urinária): há uma 
alteração do ângulo entre o reto e a uretra (obstrução parcial).
Todas estas condições devem ser investigadas na avaliação do idoso 
incontinente!
Incontinência de urgência e bexiga 
hiperativa
Mais comum nos idosos!
Contrações involuntárias do detrusor: urgência miccional. 
Falta da inibição cortical: Acidente Vascular Cerebral (AVC), demência e Parkinson 
(hiperreflexia) ou instabilidade do detrusor;
Hiperatividade do detrusor com redução da contratilidade. Há aumento na 
frequência, porém com uma diminuição da força de contração muscular: 
aumento do volume residual
Incontinência de estresse
É a perda involuntária de urina quando 
há aumento da pressão intra-abdominal 
(tosse, o espirro, o riso ou o exercício);
Causas: hipermobilidade uretral ou 
deficiência esfincteriana intrínseca.
Tipo mais comum em mulheres jovens 
e o segundo, em idosas;
Nos homens: quando há dano no 
esfíncter após retirada total da 
próstata ou radioterapia. 
Alguns medicamentos afetam 
inervação do esfíncter, relaxando-o 
(anti-hipertensivos, bloqueadores alfa-
adrenérgicos)
Incontinência por transbordamento
■ Hiperdistensão da bexiga e esfíncter incompetente = perda de urina
■ Obstrução anatômica (próstata aumentada, impactação fecal);
■ Fatores neurogênicos (diabetes, esclerose múltipla);
■ Anticolinérgicos, anti-hipertensivos, AINH: diminuem força detrusor.
Incontinência funcional
Secundária a fatores que não 
são do trato urinário:
problemas 
musculoesqueléticos, 
problemas psicológicos e 
fatores ambientais (acesso 
difícil ao banheiro).
INCONTINÊNCIA MISTA
Incontinência por estresse + de urgência.
■ O impacto social da 
incontinência urinária é 
extremamente relevante!
Importante estigma social: 
restrição das atividades 
sociais, isolamento e 
depressão.
Constitui-se na 2ª. causa de 
institucionalização nos Estados 
Unidos.
tratamento
Individual!
Baseado na causa 
Uso de laxantes, tratar ITU, tratar delirium, diminuir restrição ao leito, 
investigar aumento da diurese noturna (insuficiência cardíaca)
Tratamento farmacológico e não-farmacológico
Mudanças 
ambientais
Mudanças 
no estilo de 
vida
Técnicas 
corporais
TRATAMENTO NÃO 
FARMACOLÓGICO
ACESSIBILIDAD
E
PERDA DE PESO
REDUÇÃO DE 
ÁLCOOL
REDUÇÃO DE 
CAFÉINA
Técnicas corporais
Treinamento vesical e diário miccional: aumento progressivo do intervalo entre as
micções, visando ao aumento da capacidade de armazenamento;
Técnicas corporais
Exercícios de Kegel:
São contrações lentas do
assoalho pélvico (6
segundos), de 8 a 12
contrações, perto da
potência muscular
máxima (3 a 4x/semana).
Técnicas corporais
■ Cones vaginais:
■ tamanhos e pesos
variado, ao tentar
segurá-los, a mulher
contrai a musculatura
pélvica.
Técnicas corporais
■ Biofeedback:
■ por meio de aparelhos que
monitoram a contração
muscular, facilitação do
aprendizado da correta
contração muscular.
Técnicas corporais
■ Eletroestimulação –
corrente elétrica
aplicada por eletrodos
intravaginais ou intra-
retais, estimulando os
músculos do assoalho
pélvico.
Podem reduzir as perdas em
50 a 80%;
10 a 30% dos idosos podem
atingir a continência;
Necessário capacidade física,
mental e motivação.
TÉCNICAS CORPORAIS
Tratamento cirúrgico
■ É indicada para incontinência de
esforço quando o tratamento
conservador falha.
■ Implante de sling: Introdução de uma fita de
polipropileno (ou de tecido do próprio corpo da
paciente) abaixo da uretra, por via vaginal,
com o objetivo de aumentar a resistência
uretral e reduzir a perda de urina

Continue navegando