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Gestão na Qualidade do Ar - Módulo II_

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Módulo II - Gestão de Redes de Monitoramento da Qualidade do Ar
Aula 05 - Estações de Monitoramento
5.1 Rede de monitoramento da qualidade do ar
5.2 Metodologia e tipos de equipamentos de medição
5.3 Infraestrutura básica
5.4 Redes estaduais de monitoramento da qualidade do ar no Brasil
5.5 Gestão de redes de monitoramento da qualidade do ar
Referências Bibliográficas
Aula 07 - Validação dos dados amostrados de qualidade do ar
3
4
Aula 06 - Certificação dos Equipamentos para Medição da Qualidade do Ar
6.1 Certificação dos equipamentos para medição da qualidade do ar
27
28
7
9
10
22
26
Referências Bibliográficas 33
Referências Bibliográficas 41
7.1 Aspectos Gerais
7.2 Limpeza e Verificação dos Dados
7.3 Critérios e Frequência de Validação dos Dados
7.4 Metodologias de Validação
7.5 Controle de Qualidade dos Dados
7.6 Registro de Dados
7.7 Cálculos
35
35
36
37
38
39
39
34
Aula 08 - Interpretação e representatividade dos dados monitorados
Referências Bibliográficas 49
8.1 Interpretação dos Dados Monitorados para Qualidade do Ar
8.2 Representatividade dos Dados
8.2.1 Representatividade Temporal dos Dados
8.2.2 Representatividade espacial das estações
8.3 Avaliação da meteorologia local e da qualidade do ar
8.4 Análise de Tendências
43
43
44
45
46
47
42
Aula 09 - Divulgação dos dados de qualidade do ar
Referências Bibliográficas 57
9.1 Introdução
9.2 Formas de Divulgação dos Dados para os Diferentes Públicos
9.2.1 Relatório da Qualidade do Ar
9.2.2 Índice da Qualidade do Ar
9.2.3 Boletim de Qualidade do Ar
9.3 Plano de Emergência para Episódios Críticos de Poluição do Ar
51
51
51
51
53
56
50
SUMÁRIO
3
AULA 5
MÓDULO II – GESTÃO DE REDES DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO
Gestão da Qualidade do ar
4
Dentre os diferentes impactos ambientais existentes nas cidades do mundo, principalmente 
nas grandes metrópoles, a poluição do ar ocupa um lugar de destaque, tendo como fonte 
principal nos centros urbanos, as emissões de veículos automotores.
Uma ferramenta importante para o monitoramento das concentrações de poluentes 
atmosféricos é a implantação de uma rede de monitoramento da qualidade do ar, composta 
por estações de monitoramento.
5.1 REDE DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
Esses objetivos indicam a natureza das amostras (dados) que serão coletadas nas estações, 
entretanto, quando analisados, observa-se que, raramente, os pontos de monitoramento 
atenderão mais do que dois ou três objetivos. Por isso, é necessário priorizar os objetivos, com a 
finalidade de melhor selecionar os locais de monitoramento mais representativos para atendê-
los, bem como obter dados de qualidade adequada.
• Determinar as maiores concentrações que podem ocorrer na área coberta 
pela rede;
• Determinar as concentrações mais representativas em áreas de alta 
densidade populacional;
• Determinar o impacto de grandes fontes de emissões de poluentes 
atmosféricos na qualidade do ar da região;
• Determinar os níveis de concentração de fundo ou de background⁴;
• Determinar a extensão do transporte de poluentes entre as áreas, bem 
como o potencial para a formação de poluentes secundários⁵;
• Determinar os impactos causados ao bem-estar da população nos grandes 
centros, em áreas rurais e remotas, tais como os efeitos sobre a vegetação 
e a redução na visibilidade;
• Avaliar a qualidade do ar, de acordo com os requisitos legais estabelecidos;
• Propiciar o acompanhamento de tendências de médio e longo prazo;
• Orientar a tomada de decisão e verificação da eficácia dos programas de 
controle e a necessidade de aprimoramentos.
As estações de monitoramento da qualidade do ar, em geral, são projetadas 
para atender a um ou mais dos seguintes objetivos:
Concentração de fundo ou background – É definido como sendo uma concentração teoricamente natural de uma 
substância ou elemento em uma amostra, considerando as variáveis temporal e espacial da área sob investigação.
Poluentes Secundários – São poluentes resultantes da reação dos poluentes primários (contaminantes diretamente emitidos 
pelas fontes para o ambiente) com substâncias presentes na camada baixa da atmosfera e frações da radiação solar.
⁴
5
Gestão da Qualidade do ar
5
Uma rede de monitoramento da qualidade do ar é estabelecida a partir do inventário de 
emissões e dos dados meteorológicos locais. Após, é realizada a modelagem atmosférica, 
podendo-se trabalhar com os modelos matemáticos de dispersão, que permitem predizer a 
concentração dos poluentes ao nível do solo⁶. Estes modelos, geralmente do tipo Gaussiano, 
são baseados em simplificações e idealizações e contam com um fator de segurança. Seu 
principal objetivo é determinar os locais onde ocorrerão as máximas concentrações de 
poluentes e sob quais condições meteorológicas elas poderão ocorrer.
Selecionar um número de estações de monitoramento 
da qualidade do ar que seja consistente com os objetivos 
do monitoramento e escolher locais de amostragem 
representativos da qualidade do ar da região;
O atributo mais importante referente à 
qualidade dos dados de
qualquer estação de monitoramento do
ar é a representatividade. A coleta
de amostras (dados) representativas da 
qualidade do ar depende
basicamente dos seguintes fatores:
Considerar as restrições peculiares identificadas em cada 
local impostas pelos aspectos da topografia, pela meteorologia 
e por outras fontes de emissões existentes na área. Esses 
aspectos deverão ser documentados.
Selecionar os locais distantes de obstáculos que 
representem obstruções ao fluxo do ar. Entretanto, é 
sabido que nem sempre é possível evitar todos os 
obstáculos;
III
I
II
• Fixação dos objetivos;
• Determinação dos parâmetros que serão monitorados;
• Seleção dos locais de monitoramento e montagem da infraestrutura 
necessária;
• Determinação da duração e frequência das medições ou amostragens;
• Seleção das metodologias de medição e análise;
• Seleção dos equipamentos e dos fornecedores;
• Determinação dos métodos de calibração e controle de qualidade;
• Determinação da metodologia de coleta e armazenamento dos dados;
• Determinação dos procedimentos de processamento e análise dos dados e 
relatórios;
As principais etapas para projetar uma rede são:
Altura do nível do solo – É utilizada uma altura de 2 metros, que representa a altura dos receptores principais (população).6
Gestão da Qualidade do ar
6
Uma rede de monitoramento da qualidade do ar, a partir da seleção dos locais de 
monitoramento, da frequência das medições e dos parâmetros que serão amostrados, pode 
ser estabelecida com os seguintes tipos de estações:
• Determinação dos custos de equipamento e de pessoal;
• Determinação dos custos operacionais e de manutenção que incluem
peças sobressalentes, padrões, pessoal técnico especializado.
• Estação Móvel: estação que pode operar em um veículo (furgão, caminhão, 
trailer etc.) em movimento ou estacionado em lugar pré-estabelecido (Figuras 
24, 25 e 26).
• Estação Fixa: estação que opera em pontos fixos, especificados em relação às 
coordenadas geográficas e pré-estabelecidas, de acordo com a modelagem 
(Figuras 27, 28 e 29).
Gestão da Qualidade do ar
7
5.2 METODOLOGIA E TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
A escolha dos tipos de equipamentos de medição deve levar em consideração, além dos 
padrões legais a serem atendidos, os recursos necessários para sua aquisição, as certificações 
obtidas pelos mesmos, a operação, manutenção e a funcionalidade dos equipamentos.
Depende diretamente, também, dos objetivos da medição, tais como: atendimento aos 
padrões legais, controle dos processos poluidores, comparação de métodos diferentes de 
medição, avaliação das ações de controle estabelecidas, avaliação da exposição aos poluentes, 
avaliação da deposição de poluentes na flora e fauna, dentre outras.
As metodologias e equipamentos atualmente desenvolvidos para detectar a quantidade de 
material particulado e de gases tóxicospresentes no ar atmosférico podem ser classificados da 
seguinte forma:
Equipamentos automáticos (contínuos)
São equipamentos eletrônicos contínuos desenvolvidos para análise de baixa concentração 
de poluentes (Figura 30).
O quadro 7 apresenta os parâmetros medidos, a faixa de medição e o limite de detecção de 
equipamentos contínuos de qualidade do ar existentes no mercado atualmente.
Fonte: Manual dos equipamentos Envea, Thermo e Ecotech
Quadro 7: Parâmetros medidos, a faixa de medição e o limite de detecção de equipamentos contínuos de qualidade do 
ar existentes no mercado atualmente.
Parâmetro Medido 03 CO/CO2 S02/H2S/ TRS BTEX HC TotalNO-NO2-NOxNH3
Faixa de Medição (ppm) 0-1/0-10
<0,2 0,2 <20 <0,4
0-1/0-10 0-1/0-10 Max. 10-500-100
0-10
0-1000 0-1 0-10
0,5 a
10.000
0,5
(/24h)
-
- - - -
(benzeno)
<0,5-
-
50 0,1 0,1
- -
- - - - -
-
- - -
-
Faixa de Medição (µg/m³)
Limite de Detecção (ppb)
Limite de Detecção (µg/m³)
NO2 Hg PM10/ PM2.5
Figura 30: Fotos ilustrativas de analisadores contínuos de monitoramento de poluentes atmosféricos
Fonte: Manual dos equipamentos Envea, Thermo e Ecotech
Gestão da Qualidade do ar
8
Equipamentos ativos (manuais)
Equipamentos passivos
Microssensores
Neste tipo de equipamento é feita a sucção de um volume de ar por uma bomba, fazendo-o 
passar por um meio coletor, químico ou físico (material absorvente), por um período de tempo 
determinado. Posteriormente, esse material é encaminhado a um laboratório para análise do 
poluente específico. São usados para amostragens de material particulado (total e inaláveis), 
SO2, NOx, NH3, dentre outros poluentes.
Esses equipamentos apresentam níveis de detecção mais altos e uma influência muito maior de 
interferentes em relação aos monitores eletrônicos contínuos, sendo também de menor custo.
Os equipamentos passivos funcionam através de difusão molecular durante um período de 
tempo previamente definido e posterior análise em laboratório.
Os microssensores integrados consistem em sensores eletroquímicos desenvolvidos 
recentemente com o avanço da nanotecnologia, aliada à utilização de algoritmos (Figura 31).
Esse tipo de circuito eletrônico permite medir e traduzir as menores variações nos níveis de 
concentrações de um poluente específico, no qual a confiabilidade da medição é obtida 
limitando o efeito das variações de umidade e usando um filtro de entrada de ar específico, 
combinado ao sistema dinâmico de amostragem de ar.
Alguns fabricantes fornecem, hoje, medições específicas comparáveis aos métodos de 
referência utilizados em monitores de qualidade do ar contínuos.
Esse tipo de sensor está sendo utilizado largamente na Europa, paralelamente à utilização 
dos analisadores contínuos certificados por agências reconhecidas (acreditadas). A utilização 
em paralelo é em função dos mesmos só terem obtido, até o momento, certificações das 
diretivas europeias. No Quadro 8 pode-se observar alguns tipos de poluentes analisados por 
microssensores.
Quadro 8: Poluentes analisados por microssensores
Fonte: Envea Autonomous networks of sensor-based mini-stations (Disponível em: https://www.rsi-electro.com)
Parâmetro Medido NO2 CO NH3 SO2 nmVOCO3 / NO2
Resolução (pmm) 0-2/0,25 0-2/0,25
20 20
0-20 0-25 0-1 0-2
0-16
0-1
10 a
1.000
-
- - - - -
500/
200
500 5050 10
--
N/A
Resolução (µg/m³)
Limite de Detecção (ppb)
H2S/ CH4S PM10/ PM2.5
Gestão da Qualidade do ar
9
Figura 31: Fotos ilustrativas de microssensores contínuos de monitoramento de poluentes atmosféricos
Fonte: Manual dos equipamentos
Bioindicadores
Refere-se à utilização de seres vivos (flora e fauna) na avaliação da qualidade do ar, sendo 
métodos complementares aos métodos físico-químicos.
5.3 INFRAESTRUTURA BÁSICA
A implantação de uma rede de monitoramento da qualidade do ar envolve, primeiramente, 
a definição de quais tipos de equipamentos serão instalados, podendo ser composta por 
equipamentos contínuos (eletrônicos), equipamentos manuais e/ou microssensores, além da 
possibilidade de instalação de bioindicadores. Após a definição dos equipamentos de medição 
e da quantidade de estações a serem implantadas, deve-se definir a infraestrutura básica para 
instalação da rede e a equipe técnica especializada envolvida.
A infraestrutura básica a ser implantada para uma estação completa que 
utilize, principalmente, analisadores contínuos de monitoramento, refere-se a:
• Alimentação elétrica estável e contínua;
• No Breaks – para equalização da alimentação elétrica;
• Tomadas de entradas de amostras (manifolds) – com o objetivo de minimizar 
os interferentes, como a umidade;
• Climatização da estrutura (containers) onde serão instalados os analisadores;
• Sistemas de calibração (cilindros e equipamentos);
• Sistema de controle de acesso;
• Sistema de comunicação de dados.
Gestão da Qualidade do ar
10
Uma das etapas necessárias no projeto de uma rede de monitoramento é a determinação 
dos custos iniciais de aquisição de equipamentos, da operação e manutenção, assim como a 
identificação do pessoal necessário, que envolve especialistas em qualidade do ar (químicos, 
engenheiros, técnicos ambientais, meteorologistas, instrumentistas, dentre outros, assim 
como biólogos - em caso de utilização de bioindicadores). Deve ser considerando também a 
qualificação e o treinamento necessário para a equipe de trabalho.
Um fator que frequentemente define o tamanho de uma rede, ou seja, o número de 
instrumentos e a sua sofisticação‚ é o orçamento disponível para a sua instalação. Os custos 
de uma rede devem incluir também os custos de análises de laboratório, como exemplo, 
a análise de presença de metais ou orgânicos em filtros de quartzo ou fibra de vidro, além 
dos custos referentes a materiais de consumo, de expediente, combustíveis, consultoria com 
meteorologista para avaliação e interpretação de dados, e outros especialistas que se julgue 
necessário consultar.
O monitoramento da qualidade do ar no Brasil ainda é incipiente. Das 27 Unidades Federativas, 
apenas 12 (Bahia - BA, Ceará - CE, Distrito Federal - DF, Espírito Santo - ES, Goiás - GO, Mato 
Grosso do Sul - MS, Minas Gerais - MG, Paraná - PR, Pernambuco - PE, Rio de Janeiro - RJ, Rio 
Grande do Sul - RS e São Paulo - SP) realizam algum tipo de monitoramento, e, ainda, com 
grande variação da quantidade de estações em operação e dos poluentes monitorados.
Das 12 Unidades Federativas que realizam monitoramento, somente 7 (CE, DF, ES, GO, MG, RJ 
e SP) disponibilizam os dados pela internet, o que corresponde a 26% dos estados brasileiros. 
Com relação aos relatórios de qualidade do ar, tem-se que somente 6 estados (DF, ES, GO, RJ, 
RS e SP) publicaram informações atualizadas nos últimos 4 anos, o que corresponde apenas a 
22% das Unidades Federativas. O quadro 9 e a Figura 32 sintetizam as informações obtidas a 
partir de consulta aos órgãos gestores de cada Unidade Federativa.
5.4 REDES ESTADUAIS DE MONITORAMENTO
 DA QUALIDADE DO AR NO BRASIL 
Gestão da Qualidade do ar
11
UF Órgão Ambiental Página web
Monitoramento da
Qualidade do Ar1
Relatório da
Qualidade do Ar1
Dados
Disponíveis1
AC Instituto de Meio Ambiente eAnálises Climáticas IMAC
Instituto de Meio Ambiente de
Alagoas - IMA
Instituto do Meio Ambiente e de
Ordenamento Territorial
do Amapá - IMAP
IInstituto de Proteção Ambiental
do Amazonas IPAAM
Instituto do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos - INEMA
Superintendência Estadual do
Meio Ambiente - SEMACE
Instituto Brasilia Ambiental -
IBRAM
Instituto Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos -
IEMA-ES
Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável
Secretaria de Estado do Meio
Ambiente e Recursos Naturais -
SEMA
Secretaria de Estado de Meio
Ambiente
Instituto de Meio Ambiente de
Mato Grosso do Sul - IMASUL
Fundação Estadual do Meio
Ambiente - FEAM
Fundação Estadual do Meio
Ambiente - FEAM
Superintendência de 
Administração do Meio
Ambiente- SUDEMA
Instituto Ambiental do Paraná -
IAP
Agência Estadual de Meio
Ambiente - CPRH
Instituto Estadual do Ambiente - 
INEA
Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente
do Rio Grande do Norte - IDEMA
Fundação Estadual de Proteção
Ambiental Henrique Luiz
Roessler - FEPAM
Secretaria do Estado de
Desenvolvimento Ambiental - 
SEDAM
Fundação Estadual do Meio
Ambiente e Recursos Hidricos
- FEMARH
Instituto do Meio Ambiente de
Santa Catarina - IMA
Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo
Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos -
SEMARH
Instituto Natureza do Tocantins
http://www.imac.ac.gov.br Não Não Não
Não Não Não
Não Não Não
Não
Sim
Sim Sim
Sim Sim Sim
Sim Sim Sim
Sim
Sim
Sim Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim Sim
Sim Sim
Sim Sim Sim
Sim Sim
Não Não
Não Não
Não
http://www.ima.al.gov.br
http://www.imap.ap.gov.br
http://www.ipaam.am.gov.br
http://www.inema.ba.gov.br
https://www.semace.ce.gov.br
http://www.ibram.df.gov.br
https://iema.es.gov.br
http://www.secima.go.gov.br
http://www.sema.ma.gov.br
http://www.sema.mt.gov.br
http://www.imasul.ms.gov.br
http://www.feam.br
https://www.semas.pa.gov.br
https://www.semas.pb.gov.br
http://www.lap.pr.gov.br
http://www.cprh.pe.gov.br
http://www.inea.rj.gov.br
http://www.idema.rn.gov.br
http://www.fepam.rs.gov.br
http://www.sedam.ro.gov.br
http://www.femarh.rr.gov.br
http://www.ima.sc.gov.br
https://cetesb.sp.gov.br
https://www.semarh.se.gov.br
https://naturatins.to.gov.br
Total
Percentual
12
11%
7
26%
2
22%
AL
AP
AM
CE
BA
DF
ES
GO
MA
MT
MS
MG
PA
PB
PR
PE
RJ
PI
RN
RS
RO
RR
SC
SP
SE
TO
http://www.semar.pi.gov.br
Secretaria do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos do Estado do
Piauí-SEMAR
Não Não Não
Não Não Não
Não Não
Não2
NãoNãoNão
Não
Não2
Não
NãoNão
Não
NãoNãoNão
NãoNão
Não
Não
NãoNãoNão
NãoNãoNão
NãoNãoNão
NãoNãoNão
NãoNãoNão
Quadro 9: Síntese das informações disponíveis sobre qualidade do ar no Brasil em 2019, conforme
informado pelos órgãos ambientais estaduais
Dados ou relatórios disponíveis a partir de 2015 (ou mais recentes), foram considerados como “Sim”.1
Os estados do Paraná e Minas Gerais elaboraram e divulgaram relatórios anuais de qualidade Os estados 
do Paraná e Minas Gerais elaboraram e divulgaram relatórios anuais de qualidade do ar da Região 
Metropolitana de Curitiba e da Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2001 e 2013, respectivamente. Esses 
relatórios não foram considerados neste estudo, pois não estão atualizados.
2
Gestão da Qualidade do ar
12
Elaboração: MMA
UF Órgão Ambiental Página web
Monitoramento da
Qualidade do Ar1
Relatório da
Qualidade do Ar1
Dados
Disponíveis1
AC Instituto de Meio Ambiente eAnálises Climáticas IMAC
Instituto de Meio Ambiente de
Alagoas - IMA
Instituto do Meio Ambiente e de
Ordenamento Territorial
do Amapá - IMAP
IInstituto de Proteção Ambiental
do Amazonas IPAAM
Instituto do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos - INEMA
Superintendência Estadual do
Meio Ambiente - SEMACE
Instituto Brasilia Ambiental -
IBRAM
Instituto Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos -
IEMA-ES
Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável
Secretaria de Estado do Meio
Ambiente e Recursos Naturais -
SEMA
Secretaria de Estado de Meio
Ambiente
Instituto de Meio Ambiente de
Mato Grosso do Sul - IMASUL
Fundação Estadual do Meio
Ambiente - FEAM
Fundação Estadual do Meio
Ambiente - FEAM
Superintendência de 
Administração do Meio
Ambiente - SUDEMA
Instituto Ambiental do Paraná -
IAP
Agência Estadual de Meio
Ambiente - CPRH
Instituto Estadual do Ambiente - 
INEA
Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente
do Rio Grande do Norte - IDEMA
Fundação Estadual de Proteção
Ambiental Henrique Luiz
Roessler - FEPAM
Secretaria do Estado de
Desenvolvimento Ambiental - 
SEDAM
Fundação Estadual do Meio
Ambiente e Recursos Hidricos
- FEMARH
Instituto do Meio Ambiente de
Santa Catarina - IMA
Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo
Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos -
SEMARH
Instituto Natureza do Tocantins
http://www.imac.ac.gov.br Não Não Não
Não Não Não
Não Não Não
Não
Sim
Sim Sim
Sim Sim Sim
Sim Sim Sim
Sim
Sim
Sim Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim Sim
Sim Sim
Sim Sim Sim
Sim Sim
Não Não
Não Não
Não
http://www.ima.al.gov.br
http://www.imap.ap.gov.br
http://www.ipaam.am.gov.br
http://www.inema.ba.gov.br
https://www.semace.ce.gov.br
http://www.ibram.df.gov.br
https://iema.es.gov.br
http://www.secima.go.gov.br
http://www.sema.ma.gov.br
http://www.sema.mt.gov.br
http://www.imasul.ms.gov.br
http://www.feam.br
https://www.semas.pa.gov.br
https://www.semas.pb.gov.br
http://www.lap.pr.gov.br
http://www.cprh.pe.gov.br
http://www.inea.rj.gov.br
http://www.idema.rn.gov.br
http://www.fepam.rs.gov.br
http://www.sedam.ro.gov.br
http://www.femarh.rr.gov.br
http://www.ima.sc.gov.br
https://cetesb.sp.gov.br
https://www.semarh.se.gov.br
https://naturatins.to.gov.br
Total
Percentual
12
11%
7
26%
2
22%
AL
AP
AM
CE
BA
DF
ES
GO
MA
MT
MS
MG
PA
PB
PR
PE
RJ
PI
RN
RS
RO
RR
SC
SP
SE
TO
http://www.semar.pi.gov.br
Secretaria do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos do Estado do
Piauí-SEMAR
Não Não Não
Não Não Não
Não Não
Não2
NãoNãoNão
Não
Não2
Não
NãoNão
Não
NãoNãoNão
NãoNão
Não
Não
NãoNãoNão
NãoNãoNão
NãoNãoNão
NãoNãoNão
NãoNãoNão
Dados ou relatórios disponíveis a partir de 2015 (ou mais recentes), foram considerados como “Sim”.1
Os estados do Paraná e Minas Gerais elaboraram e divulgaram relatórios anuais de qualidade do ar da Região 
Metropolitana de Curitiba e da Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2001 e 2013, respectivamente. Esses 
relatórios não foram considerados neste estudo, pois não estão atualizados.
2
Gestão da Qualidade do ar
13
Não realiza o monitoramento da qualidade do ar
Realiza o monitoramento da qualidade do ar
(Não disponibiliza os dados do monitoramento
e não divulga Relatório de Qualidade do Ar
Realiza o monitoramento da qualidade do ar
(Disponibiliza os dados do monitoramento e
não divulga Relatório de Qualidade do Ar
Realiza o monitoramento da qualidade do ar
(Disponibiliza os dados do monitoramento e
divulga Relatório de Qualidade do Ar
Elaboração: MMA
A distribuição das estações de monitoramento da qualidade do ar no país é apresentada na 
Figura 33, de forma agregada, e na Figura 34, de forma regionalizada, a partir das informações 
obtidas junto aos órgãos gestores de cada Unidade Federativa.
A representação especializada das estações de monitoramento permite constatar que há 
uma alta concentração na região Sudeste, congruente com a maior concentração populacional 
e industrial. No Nordeste, três estados dispõem de estações de monitoramento (BA, CE e 
PE), assim como na região Centro-Oeste (DF, GO e MS). Na região Sul, dois estados fazem 
monitoramento (PR e RS), enquanto na região Norte nenhum estado dispõe de estação de 
monitoramento da qualidade do ar. Com o levantamento realizado, foi possível identificar 347 
estações de monitoramento, distribuídas em 121 municípios.
Figura 32: Situação das informações sobre monitoramento da qualidade do ar no Brasil
Gestão da Qualidade do ar
14
Figura 34: Distribuição das estações de monitoramento no Brasil por região geográfica.
Figura 33: Distribuição das estações de monitoramento no Brasil.
Elaboração: MMA
Elaboração: MMA
RS
SC
PR
SP
MS
RJ
Legenda
Estação de monitoramento
Limite estadual
ES
MG
GO
DF
BA
MT
TO
PE
PI
SE
AL
PB
RN
CEMA
PA
AP
AM
RR
RO
AC
Legenda
Região Sudeste Região Centro Oeste
Região SulRegião Nordeste
Estação de monitoramento
Limite estadual
BH
SE
AL
PB
PE
RN
PI
MA CE
RS
SC
PR
RJ
SP
ES
MG
MT
MS
GO
DF
Gestão da Qualidade do ar
15
O Gráfico 5 apresenta o número de estações e os respectivos poluentes monitorados em cada 
uma das 12 UFs que realizam o monitoramento da qualidadedo ar. As redes mais representativas 
estão localizadas nas Regiões Sudeste: 297 estações – 85,3% do total; e Sul: 20 estações – 5,7% 
do total. As redes de monitoramento dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais 
são as que possuem maior quantidade de estações: 140, 87 e 52, respectivamente; e também 
que monitoram maior quantidade de poluentes: 18, 15 e 17, respectivamente.
O Gráfico 6 demonstra os tipos de estações utilizadas para o monitoramento dos poluentes. 
Das 347 estações identificadas, a maioria (230, correspondendo a 66%) é do tipo automática, 
seguidas das semiautomáticas (84, correspondendo a 24%) e, finalmente, as estações manuais 
(33, correspondendo a 10%), que são as menos utilizadas.
Gráfico 5: Quantidade de estações e de poluentes monitorados por Unidade Federativa.
Gráfico 6: Tipos de estações de monitoramento nas UFs que realizam monitoramento
Elaboração: MMA
Elaboração: MMA
Estações Poluentes
RJ
SP
MG
ES
PR
MS
PE
BA
DF
RS
GO
CE
140
87
52
52
17
4
4
14
6
5
2
1
18
15
17
17
12
8
12
11
2
8
1
6
2
1
Manual SemiAutomática Automática
230
66%
33
10%
84
24%
Gestão da Qualidade do ar
16
Somando-se todos os poluentes atmosféricos monitorados, temos um total de 26 poluentes, 
conforme demonstrado no Gráfico 7. São eles: Acetaldeído; Formaldeído; Partículas Totais em 
Suspensão (PTS); Partículas Inaláveis (MP10); Partículas Inaláveis Finas (MP2,5); Ozônio (O3); Óxidos 
de nitrogênio (NOx); Dióxido de Nitrogênio (NO2); Dióxido de Enxofre (SO2); Monóxido Nitrogênio 
(NO); Monóxido de carbono (CO); Hidrocarbonetos totais (HCT); Metano (CH4); Hidrocarbonetos 
não metano (HCnM); Chumbo (Pb), Benzeno (BEN); Tolueno (TOL); Fumaça (FMC); Compostos de 
Enxofre Reduzido Total (ERT); Etil-benzeno (Etil benz); Meta, Para e Orto-xileno (M. P e O-xileno); 
Óxidos de Enxofre (SOx); Amônia (NH3); Tolueno (TOL), Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xilenos 
(BTEX) e Ácido sulfídrico (H2S).
Destes, 9 poluentes (PTS, MP10, MP2,5, SO2, NO2, O3, CO, Pb e FMC) são regulados pela 
Resolução Conama nº 491/2018. Dos poluentes elencados nesta resolução, apenas o Pb, de 
forma destacada, não aparece relacionado no monitoramento dos 12 estados.
Os poluentes mais comumente monitorados nesse grupo são as partículas inaláveis (MP10 
e MP2,5), o Ozônio, as Partículas Totais em Suspensão e os Óxidos de Nitrogênio, sendo o 
MP10 presente em 241 estações, ou seja, em 69% das estações de monitoramento, conforme 
demonstrado no gráfico 7.
O poluente MP2,5, que começou a ser regulado a nível nacional apenas com a publicação da 
Resolução Conama nº 491/2018, é monitorado em apenas 90 estações (26% do total). Dentre 
todos os poluentes atmosféricos, os materiais particulados (MP) são os que causam os efeitos 
mais nocivos sobre a saúde⁷. Esses poluentes se caracterizam como uma mistura complexa 
de sólidos com diâmetro reduzido, cujos componentes apresentam características físicas e 
químicas diversas. Em geral, o material particulado é classificado de acordo com o diâmetro das 
partículas, devido à relação existente entre seu diâmetro e a possibilidade de penetração no 
trato respiratório. As partículas de MP10 (diâmetro menor que 10 micrômetros) e MP2,5 (diâmetro 
menor que 2,5 micrômetros) incluem partículas inaláveis que são pequenas o suficiente para 
penetrar na região torácica do sistema respiratório.
Gráfico 7: Quantidade de estações em que cada poluente é monitorado.
Elaboração MMA
MP10 241
O3 149
PTS 147
NOx 126
126NO2
SO2 113
CO 110
NO 107
MP2.5 90
HCT 49
HOnM 36
36CH4
TOL 25
BEN 24
Orto Xil 10
M e P Xileno 10
FMC 10
Etil Benz 10
H2S 9
ERT 7
NH3 6
XIL 5
SOx 4
BTEX
FORMAL
ACETAL
2
1
1
220 230 250240210190 200170 180150 160130 140110 12090 10070 8040 50 6020 300 10
Disponível em: https://www.who.int/gho/phe/outdoor_air_pollution/en/. Acesso em 18 de junho de 2019.7
https://www.who.int/gho/phe/outdoor_air_pollution/en/
Gestão da Qualidade do ar
17
Não realiza o monitoramento de MP
Realiza o monitoramento de MP10
Realiza o monitoramento de MP10
e MP2.5
Elaboração: MMA
Das 12 UFs que monitoram a qualidade do ar, somente 5 estados (ES, MG, MS, RJ e SP) 
monitoram MP10 e MP2,5 simultaneamente; enquanto BA, CE, DF, PE, PR e RS monitoram somente 
o poluente MP10; e o estado de Goiás não monitora nenhum dos dois poluentes em sua rede 
estadual.
A Figura 35 demonstra que os estados sem monitoramento de Material Particulado se 
situam, predominantemente, nas Regiões Norte e Centro-Oeste. É fundamental que, ao menos 
as capitais dos 16 estados que atualmente não monitoram MP10 ou MP2,5, por abrigarem 
maior concentração de população, sejam alvo de políticas públicas federais e estaduais que 
incentivem o monitoramento, em especial, destes poluentes e o controle da qualidade do ar. 
Importante destacar que a divulgação dos resultados do monitoramento, além de cumprimento 
de exigência legal, é de grande importância para a sociedade.
O Gráfico 8 possibilita uma visão geral das redes de monitoramento em operação no Brasil, 
demonstrando os municípios, a quantidade de estações e a quantidade de diferentes poluentes 
monitorados por Unidade Federativa. Os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo concentram 
66%, das estações de monitoramento, sendo que o Rio de Janeiro possui o maior número de 
estações (140), distribuídas em 27 municípios, monitorando 18 tipos diferentes de poluentes. 
Já o estado de São Paulo cobre uma maior quantidade de municípios (43), porém com menor 
quantidade de estações de monitoramento (87) e de poluentes (15), em comparação com o 
estado do Rio de Janeiro.
Figura 35: Panorama do monitoramento de Material Particulado MP10 e MP2,5 no Brasil.
Gestão da Qualidade do ar
18
Elaboração: MMA
Elaboração: MMA
Em relação aos poluentes monitorados nas 347 estações, a maioria monitora apenas 1 poluente 
(97 estações, ou 28%) ou 2 poluentes (86 estações, ou 25,0%), conforme pode ser visualizado no 
Gráfico 9.
Gráfico 9: Número de estações por poluentes monitorados.
Gráfico 8: Extrato das redes estaduais de monitoramento da qualidade do ar no Brasil.
0
RJ SP MG ES PR MS PE BA DF RS GO CE
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Municípios Estações Poluentes
27
43
18
7 7
1 2
6
1 1 15
8
5 1
1
6
18
15
17
17
140
87
52
52 17
8
12
12
14
11
2
264 4
1 2 1 1 15
1
17
16
15
14
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
4
4
9
6
28
20
30
19
19
86
97
2
1
0 24
Quantidade de Estações
48 72 96 120
11
5
2
6
Quantidade de Poluentes Monitorados
Gestão da Qualidade do ar
19
0
1
1
1
1
223
2 3
10
20
30
40
50
60
70
4 5 6 7 8 12 23 46
6141217
62
Quantidade de estações Municípios
Dos 121 municípios que possuem estações de monitoramento da qualidade do ar, Rio de 
Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), com 46 e 23 respectivamente, são os municípios que possuem a 
maior quantidade de estações (66% das 347 em operação), seguidas de Volta Redonda (RJ) com 
12, Belford Roxo (RJ) e Itaguaí (RJ) com 8, conforme apresentado no Gráfico 10.
Há uma grande discrepância da quantidade de estações de monitoramento por município. 
Por um lado, temos município que dispõe de 46 estações (RJ), enquanto a maioria dos outros 
possui apenas 1 estação (62 municípios, que corresponde a 51,2% do total), como demonstrado 
no Gráfico 11.
Gráfico 10 - Municípios com maior número de estações de monitoramento
Gráfico 11: Estações operando por município.
Rio de Janeiro
0
8
8
12
23
46
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
São Paulo
Volta Redonda
Bolford Roxo
Itaguaí
Elaboração: MMA
Elaboração: MMA
Gestão da Qualidade do ar
20
*E
s
ti
m
a
ti
v
a
 p
o
p
u
la
c
io
n
a
l 
IB
G
E
 2
0
1
8
Elaboração: MMA
Outro aspecto relevante a partir da análise realizada é que, mesmo havendo 17 municípios 
com população acima de 1 milhão de habitantes (22% da população total), apenas 8 desses 
municípios (47%) dispõem de estação de monitoramento da qualidade do ar(Quadro 10).
 Quadro 10: Redes de monitoramento nos municípios com mais de 1 milhão de habitantes
Posição Município Unidade Federativa Possui rede demonitoramentoPopulação
1° São Paulo São Paulo 12.176.566 Sim
2° Rio de Janeiro Rio de Janeiro 6.688.927 Sim
3° Brasília Distrito Federal 2.974.703 Sim
4° Salvador Bahia 2.857.329 Não
5° Fortaleza Ceará 2.643.247 Não
6° Belo Horizonte Minas Gerais 2.501.576 Sim
7° Manaus Amazonas 2.145.444 Não
8° Curitiba Paraná 1.917.185 Não
9° Recife Pernambuco 1.637.834 Não
10° Goiânia Goiás 1.495.705 Não
11° Belém Pará 1.485.732 Não
12° Porto Alegre Rio Grande do Sul 1.479.101 Não
13° Guarulhos São Paulo 1.365.899 Sim
14° Campinas São Paulo 1.194.094 Sim
15° São Luís Maranhão 1.094.667 Não
16° São Gonçalo Rio de Janeiro 1.077.687 Sim
17° Maceió Alagoas 1.012.382 Não
De acordo com os dados levantados junto às Unidades Federativas, em agosto de 2019, 12 
UF realizam o monitoramento da qualidade do ar, e apenas 6 dessas (SP, RJ, ES, DF, RS e GO) 
elaboraram relatórios anuais recentes (de 2015 a 2018).
Os estados do Paraná e de Minas Gerais elaboraram relatórios de qualidade do ar da Região 
Metropolitana de Curitiba e da Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2001 e 2013, 
respectivamente. Não foram identificados relatórios anuais recentes dos demais estados que 
realizam o monitoramento da qualidade do ar (BA, CE, MS e PE).
Gestão da Qualidade do ar
21
Os relatórios anuais avaliados permitem concluir que o monitoramento da qualidade do ar no 
Brasil ainda é incipiente, pois, mesmo nos 6 estados que divulgam relatórios atualizados, cada 
um adota um formato próprio de disponibilização de seus dados, sem padronização, o que 
dificulta a avaliação e a comparação entre os dados obtidos.
Apesar da tendência de melhoria observada na qualidade do ar a partir dos relatórios 
avaliados, as informações levantadas demonstram a necessidade de aprimoramento na gestão 
da qualidade do ar em todas as esferas federativas, de modo a assegurar níveis de poluentes 
que gerem menor risco de exposição à população.
Em fevereiro de 2020, a ONU - Meio Ambiente, juntamente com a ONU - Habitat e a empresa 
IQAir lançaram a maior plataforma de dados da poluição do ar do mundo8. A Plataforma esta 
que reúne dados de poluição do ar em tempo real de mais de 4.000 colaboradores - incluindo 
cidadãos, comunidades, governos e setor privado. Esta plataforma tem como objetivo sanar a 
lacuna de informações, analisar a poluição do ar e aumentar a conscientização da população.
O acesso à plataforma pode ser feito por meio do link: https://www.iqair.com/unep
Considerando a análise apresentada pelos relatórios dos estados de SP, RJ, ES, DF, RS e GO, 
é possível constatar uma tendência de melhoria da qualidade do ar nessas localidades; porém, 
ainda é possível observar, por exemplo, a ultrapassagem do padrão para o poluente ozônio, 
tanto em zonas urbanas quanto em regiões industrializadas.
• As redes de monitoramento estaduais são heterogêneas: algumas monitoram 
somente alguns poluentes enquanto outras monitoram todos os regulados 
pela Resolução Conama nº 491/2018 ou até outros poluentes não regulados 
pela resolução;
• O conjunto de informações levantadas não permite avaliar se todas as redes 
de monitoramento geram dados suficientes para um diagnóstico adequado 
da qualidade do ar localmente;
• Diversos fatores como a descontinuidade da operação, a baixa cobertura, as 
falhas nas redes de monitoramento e a ausência de monitoramento de todos 
os poluentes regulados revelam a existência de problemas estruturais nas 
redes em operação.
Por fim, é importante destacar que:
8
Importante
É importante destacar que este levantamento não avaliou a conformidade dos 
dados quanto à certificação dos equipamentos, rastreabilidade das calibrações e 
validação de dados.
https://www.iqair.com/unep
Gestão da Qualidade do ar
22
5.5 GESTÃO DE REDES DE MONITORAMENTO
DA QUALIDADE DO AR
Critérios a serem observados para instalação de estações de monitoramento da qualidade do ar
A metodologia básica utilizada para o projeto de uma rede de monitoramento da qualidade 
do ar consiste em utilizar as estimativas teóricas fornecidas pelos modelos, com o objetivo de 
reduzir o número de locais onde será feito o monitoramento, priorizando-se aqueles que são 
críticos e que medirão concentrações altas ou em receptores considerados críticos.
Devido ao elevado custo dos equipamentos utilizados, é importante que seja usado o menor 
número (porém suficiente) de estações, que forneçam os dados desejados e com um nível de 
confiança aceitável.
O transporte e a diluição de poluentes na atmosfera são avaliados em função da direção do 
vento, sua velocidade, turbulência e topografia. A dispersão dos gases e do material particulado 
fino depende dos processos naturais de mistura, causados pela turbulência existente na 
atmosfera.
A turbulência depende, por sua vez, fundamentalmente, da energia recebida do sol, que varia 
muito ao longo do dia, dependendo também da cobertura de nuvens, época do ano etc.
A partir do inventário de emissões e dos dados meteorológicos locais, pode-se então trabalhar 
com os modelos matemáticos de dispersão, que permitem predizer a concentração dos 
poluentes à altura do nível do solo⁹.
Esses modelos, geralmente do tipo Gaussiano, são baseados em simplificações e idealizações 
e contam com um fator de segurança. Seu principal objetivo é determinar os locais onde 
ocorrerão as concentrações máximas e sob quais condições meteorológicas eles poderão 
ocorrer.
Conforme já apresentado, o ponto inicial do projeto da rede consiste em fixar os objetivos da 
mesma e a utilização dos dados. Uma vez escolhidos os objetivos, o próximo passo é determinar 
os parâmetros físico-químicos que serão medidos, assim como os parâmetros meteorológicos. 
Outros parâmetros fundamentais são a topografia e a densidade e distribuição demográfica. A 
etapa seguinte consiste em selecionar os locais onde deverão ser feitas as medições e coletas 
de amostras.
Importante
Ao se determinar a viabilidade técnica de um determinado local para a instalação de 
uma estação de monitoramento do ar, deve-se considerar sua representatividade, em 
função de sua exposição aos poluentes e combinações de condições meteorológicas 
e topográficas, assim como obstáculos locais. Esta etapa inclui a fase de modelagem 
matemática e a visita a campo para a escolha do local a ser instalada a estação.
A exposição ou o impacto provocado num local dependem fundamentalmente da 
posição relativa entre o local e as fontes emissoras, assim como dos efeitos do relevo 
do terreno e, até‚ da presença de prédios ou grandes estruturas.
A localização dos receptores humanos também é extremamente importante, e 
pode modificar a localização de uma estação, em especial se existem receptores 
críticos tais como hospitais, creches, escolas etc.
Altura do nível do solo – É utilizada uma altura de 2 metros, que representa a altura dos receptores principais 
(população)
9
Gestão da Qualidade do ar
23
O número de estações necessárias pode ser afetado pela diversidade do terreno, regimes 
meteorológicos existentes e presença de receptores sensíveis.
Podem existir, também, restrições em relação aos recursos monetários e humanos existentes 
e ao nível de confiança estatística desejada nos resultados.
A escala espacial que se deseja representar também deve ser analisada. As escalas podem 
ser divididas nas seguintes categorias:
Compreende medição da concentração de poluentes típicos de grandes áreas rurais de 
geografia relativamente homogênea e que se estendem por dezenas ou, até‚ centenas de 
quilômetros.
Representa as concentrações de uma cidade com escala de dezenas de quilômetros. Em 
geral, são necessárias várias estações para se poder obter valores realmente representativos.
Define a concentração de uma área correspondente a um bairro ou bairros, com o usodo solo 
relativamente uniforme ou homogêneo. As dimensões normais deste tipo de categoria são de 
um a vários quilômetros.
Geralmente define estudos com áreas de dimensões de dezenas e centenas de metros. Esta 
escala compreende estudos relativos a estradas e ruas, assim como a avaliação das emissões 
fugitivas de unidades industriais.
Compreende estudos de pequena escala, com dimensões de até dezenas de metros.
As escalas temporais das medições dos poluentes basicamente são definidas pela legislação. 
Porém, dependendo do instrumento disponível‚ frequentemente é de interesse medir as 
variações das concentrações com escala temporal mais detalhada do que a exigida pela 
legislação.
Os critérios para localização das entradas de ar para o monitoramento da qualidade do ar são 
apresentados no Quadro 11.
Escala regional
Escala urbana
Escala de vizinhança ou bairro
Escala média
Microescala
Gestão da Qualidade do ar
24
Os desafios encontrados pelos órgãos ambientais na implantação, operação e manutenção de 
redes são muitos e quase sempre estão relacionados à falta de recursos, sejam eles humanos, 
financeiros ou de infraestrutura operacional, levando a diferentes arranjos para sua gestão.
Como exemplo, destacam-se a seguir modelos de gestão aplicados no território brasileiro 
atualmente:
Neste modelo de gestão, o órgão ambiental possui responsabilidade total e direta pela 
operação de sua rede. Nesse caso, todas as atividades relacionadas à operação e manutenção 
das estações são desenvolvidas por técnicos do próprio órgão, necessitando de conhecimento 
técnico específico e estrutura laboratorial para a realização de manutenções e reparos nos 
equipamentos.
Por meio de processo licitatório, uma empresa prestadora de serviços especializada em 
operação e manutenção de redes de qualidade do ar é contratada para operar as estações 
pertencentes ao órgão ambiental.
Neste modelo de gestão, uma empresa especializada é contratada pelo órgão ambiental 
para realizar o monitoramento da qualidade do ar na região, cabendo à empresa a aquisição, 
implantação, operação e manutenção da rede.
Operação própria do órgão ambiental
Operação parcialmente terceirizada
Operação totalmente terceirizada (compra de dados)
Quadro 11: Características e microlocalização de estações de monitoramento.
Fonte: MMA, 2020 - adaptado de EPA, CRF 40, Part 58, Appendix E¹⁰
Poluente Altura deamostragem (m)
Distância de
árvores Distância de obstáculos
Escala de
Representatividade
CO
Micro
Demais escalas
2 a 3,5
2 a 5
Todas as
escalas 2 a 5
>10
O dobro da altura do
obstáculo da sonda de
amostragem
SO2
03
NO2
MP10/ MP 2,5
EPA, United States Environmental Protection Agency. 40 CFR. Disponível em https://www.epa.gov/laws-
regulations/regulations. Acesso em 25 maio 2021
10
https://www.epa.gov/laws-regulations/regulations
https://www.epa.gov/laws-regulations/regulations
Gestão da Qualidade do ar
25
Fluxograma 1: Modelo de gestão de uma rede de monitoramento da qualidade do ar
Fonte: Jurandir Brito
1. Definição dos objetivos da rede de 
monitoramento
2. Priorização dos objetivos
3. Determinação dos parâmetros
4. Seleção dos locais de monitoramento 
(Modelagem/Visita técnica a campo/ 
Entrevistas/Avaliação de segurança 
patrimonial/ Verificação da existência de 
energia elétrica)
5. Seleção das metodologias a serem 
utilizadas
6. Seleção de fornecedores
7. Obtenção de orçamento para aquisição 
dos equipamentos e infraestrutura
1. Determinação da equipe de trabalho 
(equipes de Operação/Calibração/ Manu-
tenção/Tratamento e Análise de dados/ 
Comunicação)
2. Elaboração do Plano de Calibração 
(Determinação dos métodos e frequên-
cias de calibração)
3. Elaboração do Plano de Controle de 
Qualidade
4. Determinação dos procedimentos de 
processamento e análise de dados e 
elaboração de relatórios (Análise e trata-
mento de dados)
5. Elaboração do Plano de Manutenção 
Preditiva/Preventiva/ Corretiva (méto-
dos, rotinas e frequências de manuten-
ções)
6. Determinação dos custos operacionais 
anuais e de manutenção que incluem 
peças sobressalentes, gases padrão, 
consultorias especializadas como mete-
orologia e outras especificas
1. Definição do ponto exato de cada 
estação
2. Definição do modelo de estação a ser 
implantada
3. Definição da empresa para implanta-
ção/ construção das estruturas
4. Definição dos fornecedores dos 
equipamentos para aquisição
5. Determinação da metodologia de 
coleta e armazenamentos de dados
6. Definição da data de Start-UP
Etapa I
Projeto
Etapa II
Implantação
Etapa III
Operação/
manutenção
Nesse caso, a rede é operada e mantida pelas empresas que exercem atividades potencialmente 
poluidoras licenciadas pelo órgão ambiental como, por exemplo, por meio de condicionantes 
das licenças ambientais ou termos de ajustamento de conduta (TAC).
Em qualquer modelo de gestão adotado, a qualidade dos dados deve ser garantida pelos 
órgãos ambientais competentes.
Um modelo de gestão de uma rede de monitoramento da qualidade do ar é apresentado 
no Fluxograma 1, utilizando como ferramenta um fluxograma de processo com o objetivo de 
representar a sequência e interação das atividades do processo.
Operação realizada por empresas licenciadas
Gestão da Qualidade do ar
26
MMA, Ministério do Meio Ambiente. Guia técnico para o monitoramento e avaliação da qualidade 
do ar. Brasília: MMA, 2020. 136 p.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Outdoor air pollution. Disponível em: https://www.who.
int/gho/phe/outdoor_air_pollution/en/. Acesso em 18 de junho de 2020.
EPA, United States Environmental Protection Agency. 40 CFR. Disponível em https://www.epa.
gov/laws-regulations/regulations. Acesso em 25 maio 2021
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
27
AULA 6
MÓDULO II - GESTÃO DE REDES DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
CERTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DA QUALIDADE DO AR
Gestão da Qualidade do ar
28
6.1 CERTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
PARA MEDIÇÃO DA QUALIDADE DO AR
Certificação é um processo no qual uma entidade independente (Certificadora Reconhecida 
/ Acreditada) avalia se determinado produto, no caso de monitoramento da qualidade do ar, 
analisadores contínuos de monitoramento, ou amostradores não contínuos de monitoramento, 
atendem às normas técnicas estabelecidas pela agência certificadora.
Essa avaliação se baseia em auditorias no processo, na coleta e em ensaios de amostras. O 
resultado satisfatório dessas atividades resulta na concessão da certificação, informando que o 
equipamento está em conformidade com as normas estabelecidas pela empresa Certificadora.
Os laboratórios de testes para a certificação de um analisador ou amostrador devem ser 
acreditados pela ISO/IEC 17.025 e padrões de teste apropriados e rastreados para a realização 
dos testes definidos pela norma. Os laboratórios de teste têm que dar evidência sobre as 
incertezas atribuídas aos procedimentos de teste individuais aplicados durante o teste de 
desempenho.
A primeira agência certificadora de um analisador ou amostrador foi a US EPA (United 
States Environmental Protection Agency), através dos regulamentos estabelecidos no Código 
de Regulamentos Federais dos EUA (Code of Federal Regulations - CFR). As agências mais 
reconhecidas (acreditadas) para certificação, atualmente, são a EPA (United States Environmental 
Protection Agency), o CEN (European Committee for Standardization) e a agência de normatização 
alemã (TÜV Rheinland Group).
Além dessas, outros países também possuem agências que acreditam equipamentos de 
monitoramento da qualidade do ar. A figura 36 apresenta algumas agências regulamentadoras 
no mundo. No Brasil, apenas amostradores manuais e semiautomáticos são acreditados pela 
RBC – Rede Brasileira de Calibração.
Figura 36: Algumas agências certificadoras no mundo.
Fonte: Jurandir Brito
Tome nota
Um processo de certificação consiste em 2 etapas: os testes de laboratório e os 
testes de campo.
Os testes de laboratóriosão projetados para avaliar se um analisador ou 
amostrador pode atender, sob condições controladas, os requisitos técnicos dos 
critérios de desempenho relevantes.
O teste de campo ocorre por um período mínimo de 3 meses e é projetado para 
avaliar se um analisador ou amostrador pode continuar a trabalhar e atender aos 
critérios de desempenho relevantes em um ambiente real.
Gestão da Qualidade do ar
29
Para a acreditação são definidos critérios de desempenho e procedimentos para testes 
dos sistemas de medição automatizados que medem gases e material particulado. O critério 
de desempenho é um valor que corresponde ao maior desvio permitido para cada teste, 
independente do sinal do desvio determinado no teste. Esses critérios são especificados para 
gás e monitoramento de partículas, em laboratório e campo.
• Limite de detecção;
• Linearidade (lack off it) - em condições de laboratório e de campo; 
• Sensibilidade cruzada (cross-sensitivity) - para prováveis interferentes contidos 
no gás residual que não seja o componente medido;
• Influência das variações na taxa de fluxo;
• Influência das variações da pressão do gás residual;
• Tempo de resposta em condições de laboratório e de campo;
• Influência das condições ambientais nas leituras de zero11 e zero-ref12 (desvio 
do zero) e amplitude (desvio do span13);
• Desempenho e precisão em relação a um método de referência padrão em 
campo;
• Reprodutibilidade de dois analisadores sob condições de campo idênticas;
• Disponibilidade e intervalo de manutenção sob condições de campo;
• O Zero - dependente do tempo e da variação de amplitude, sob condições de 
campo, in-situ14;
• Desvio padrão de repetibilidade em pontos zero e span;
• Influência nas vibrações para analisadores empilhados (montado em pilha);
• Excursão do feixe de medição do analisador in-situ;
• Eficiência do conversor para analisador que mede NOx. 
Os principais procedimentos de teste são os seguintes:
Zero - é a medição do ponto zero do equipamento. Esta medida permite determinar o desvio ocorrido 
neste ponto, entre as duas últimas calibrações.
Zero-Ref. - função dos monitores de poluentes que permite realinhar o valor medido para o ponto zero, 
no valor teórico do “0”.
Span - concentração do gás padrão para calibração de cada monitor específico para o poluente 
correspondente.
In situ – É uma expressão do latim que significa “no lugar” ou “no local”
1 1
1 2
1 3
1 4
Gestão da Qualidade do ar
30
Estimativa associada a um valor de medição, que caracteriza a faixa de valores dentro da qual 
o “verdadeiro valor” é assegurado estar, com um nível de confiança especificado.
Proximidade de concordância entre resultados de teste mutuamente independentes obtidos 
sob condições prescritas. É medida pela imprecisão, pelo desvio padrão de repetibilidade ou 
pelo desvio padrão de reprodutibilidade, conforme o caso.
Proximidade de concordância entre resultados de sucessivas medições da mesma 
característica, sujeitas às condições: mesmo procedimento de medição, mesmo observador 
(analista), mesmo instrumento de medição, usado nas mesmas condições, mesmo lugar, e em 
curto intervalo de tempo.
Proximidade de concordância entre resultados de medição da mesma característica, onde as 
medições foram realizadas em condições diferentes, como: princípio ou método de medição, 
observador (analista), instrumento de medição, lugar, condições de uso e tempo.
O quadro 12 apresenta especificações técnicas de um analisador contínuo certificado por uma 
agência acreditada, exemplificando algumas especificações técnicas analisadas pela agência 
reguladora.
Incerteza de medição
Precisão
Repetibilidade
Reprodutibilidade
Quadro 12: Exemplo de especificações técnicas de um analisador contínuo certificado.
Especificações Técnicas
Princípio de medição
Faixa de Medição
Limite de Detecção
Ruído
Desvio do Zero
Desvio do Span
Tempo de resposta
Linearidade
Vazão de amostragem
Vazão de amostragem
Temperatura de operação
Principle of measurementPrinciple of measurement
Measurement rangeMeasurement range
Detection Limit (2a)Detection Limit (2a)
NoiseNoise
Zero driftZero drift
Span driftSpan drift
Response timeResponse time
LinearityLinearity
Sample flow-rateSample flow-rate
Sample flow-rateSample flow-rate
Standard operating temperatureStandard operating temperature
UF Fluorescence SO²
0-1ppm/0-10 ppm 
(user selectable or auto-ranging)
Detection Limit (2a)
<0.2 
<1 ppb/24h
<0.5%/24h
20-120 sec (programmable)
1% (of full Scale)
20 l/h
20 l/h
0° C to +35° C
Tome nota
A incerteza, a precisão, a repetibilidade e a reprodutibilidade são os mais importantes 
parâmetros analisados.
Gestão da Qualidade do ar
31
Fonte: adaptado de Envea¹⁵
O Ministério do Meio Ambiente, conforme descrito no Guia Técnico para o Monitoramento e 
Avaliação da Qualidade do Ar (MMA, 2020), recomenda que os equipamentos de monitoramento 
da qualidade do ar tenham certificação emitida por Organismos Reconhecidos / Acreditados 
competentes para realizar a atividade de certificação, pois, assim, o certificado emitido terá maior 
credibilidade no âmbito da avaliação da conformidade. Desse modo, pode-se assegurar que 
os dados produzidos são precisos e, portanto, aptos para indicar o atendimento aos requisitos 
legais.
No guia também são apresentadas as características dos métodos de referência e equivalentes, 
com objetivo de orientar a escolha dos equipamentos. Os Métodos de Referência definidos no 
Guia se caracterizam como sendo os métodos que a literatura internacional recomenda por 
atenderem padrões de desempenho adequados. São a referência para que outros métodos 
disponíveis - os Métodos Equivalentes - sejam utilizados, desde que tenham grau semelhante 
de desempenho aos Métodos de Referência certificados.
Os anexos de “A” a “I”, desse mesmo Guia Técnico, apresentam os Métodos de Referência e 
os critérios para definição de Métodos Equivalentes, com base nos parâmetros adotados pelas 
agências certificadoras. O fluxograma 2 apresenta o fluxograma do processo de certificação 
demonstrando a sequência e interação das atividades no processo.
Especificações Técnicas
Princípio de medição
Faixa de Medição
Limite de Detecção
Ruído
Desvio do Zero
Desvio do Span
Tempo de resposta
Linearidade
Vazão de amostragem
Vazão de amostragem
Temperatura de operação
Principle of measurementPrinciple of measurement
Measurement rangeMeasurement range
Detection Limit (2a)Detection Limit (2a)
NoiseNoise
Zero driftZero drift
Span driftSpan drift
Response timeResponse time
LinearityLinearity
Sample flow-rateSample flow-rate
Sample flow-rateSample flow-rate
Standard operating temperatureStandard operating temperature
UF Fluorescence SO²
0-1ppm/0-10 ppm 
(user selectable or auto-ranging)
Detection Limit (2a)
<0.2 
<1 ppb/24h
<0.5%/24h
20-120 sec (programmable)
1% (of full Scale)
20 l/h
20 l/h
0° C to +35° C
https://www.envea.global/design/medias/AF22e_SO2_air_quality_analyzer_e-Series_EN_1019.pdf1 5
Gestão da Qualidade do ar
32
Sim
Não atende
O comitê encaminha
para revisão
O fabricante solicita teste de aprovação do
equipamento à agência.
A agência submete ao comitê certificador.
Após aprovado, inicia a condução dos testes.
A agência avalia o equipamento encaminhado
pelo fabricante de acordo com as normas.
A agência submete todas as documentações
geradas (testes, relatórios, avaliações, etc.)
ao comitê certificador.
O comitê certificador verifica
se os documentos enviados
atendem aos requisitos
A agência
realiza avaliações
adicionais
A agência publica
o certificado do
equipamento
A agência cria um
certificado para o 
equipamento
testado.
A agência inicia uma
vigilância contínua de
acordo com a norma.
A agência assina e 
emite o certificado.
Fluxograma 2: Fluxograma do processo de certificação
de equipamento de monitoramento
Elaboração MMA
Gestão da Qualidade do ar
33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Qualidade Ambiental. Guia técnico para 
o monitoramento e avaliação da qualidade do ar. Brasília: MMA, 2020. 136 p.
34
AULA 7
MÓDULO II – GESTÃO DE REDES DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
VALIDAÇÃO DOS DADOS AMOSTRADOS
DE QUALIDADE DO AR
Gestão da Qualidade do ar
35
7.1 ASPECTOS GERAIS
Um dos principais objetivos dos órgãos ambientais é garantir que seus programas ambientais 
e as decisões referentes à gestão ambiental sejam tomadas com base nos dados que tenham 
a qualidade requerida e esperada para seu uso. Para alcançar este objetivo é necessário 
desenvolver uma série de atividades, desde as fases de planejamento e implementação de um 
projeto de monitoramento do ar até a geração de dados confiáveis (US EPA, 2002-A).
Após obter as medições da qualidade do ar, os dados são analisados para determinar se são 
válidos. A validação de dados é o processo que analisa os dados para dividi-los em aceitáveis e 
duvidosos, segundo critérios rigorosos. Embora a validação seja feita após as medições, ela tem 
a vantagem de funcionar como um filtro, que permite descartar dados considerados errados ou 
falsos. O uso de sistemas e metodologias de validação dos dados permite reduzir drasticamente 
as possibilidades de erros (FRONDIZI, 2008). A validação é feita pelos técnicos treinados e com 
auxílio de um pacote de softwares compatíveis com os equipamentos de monitoramento, o que 
é imprescindível devido ao grande volume de dados medidos pelas estações de monitoramento 
do ar.
O monitoramento contínuo da qualidade do ar pode apresentar falhas no funcionamento dos 
monitores, no sistema de armazenamento de dados, na comunicação, no suprimento de energia, 
entre outros. Para que os objetivos do monitoramento do ar sejam cumpridos, o funcionamento 
das redes de monitoramento é tão importante quanto a análise e o tratamento dos dados pois, 
em conjunto, permitem maximizar a sua integridade.
A limpeza e verificação dos dados constituem a primeira fase da análise e gerenciamento de 
dados, que antecede a validação, e servem para identificar todos aqueles valores anômalos que 
não representam situações reais na medição da qualidade do ar:
Consiste, entre outras coisas, na atribuição (automática ou manual) de flags para a análise e 
identificação de uma série de valores que não representam as concentrações reais dos poluentes 
medidos. Flags são valores nulos e fora do intervalo típico das concentrações esperadas em uma
Limpeza dos dados
7.2 LIMPEZA E VERIFICAÇÃO DOS DADOS
Importante
Para realizar a gestão dos dados medidos pelas estações de monitoramento do ar, é 
necessário ratificar os critérios e procedimentos utilizados na sua limpeza, verificação 
e validação, bem como no controle e garantia da qualidade das informações, a partir 
da geração dos dados nas estações de medição até que sejam relatados sob a 
forma de indicadores de qualidade do ar, para garantir que as informações sejam 
compatíveis e comparáveis entre estações da mesma rede e entre as redes dos 
diferentes estados. A eficácia das decisões tomadas com base nesses dados depende 
de sua qualidade, da facilidade de acesso a eles, da forma como são agrupados e 
de sua interpretação. Em muitos países, como no Brasil, os métodos de medição 
são regulamentados a fim de garantir que as informações geradas pelas redes de 
medição sejam confiáveis (INE MÉXICO).
Gestão da Qualidade do ar
36
A verificação é considerada como uma etapa intermediária da gestão de dados, e consiste em 
uma análise detalhada, realizada com base nos objetivos e escopos de cada rede para medir 
a qualidade de ar. Pretende-se nesta fase, como o próprio nome indica, confirmar a veracidade 
dos dados que pareçam suspeitos ou com valores extremos, e que tenham sido identificados 
na análise dos bancos de dados por meio de procedimentos estatísticos. Esta fase inclui a 
comparação dos dados com algumas fontes externas de informações, tais como: a correlação 
espacial e temporal com outros locais de monitoramento situados próximos e com os resultados 
de auditorias nos equipamentos. A verificação é, portanto, uma análise detalhada dos dados 
para confirmar ou modificar os flags atribuídos na fase de limpeza, e também para adicionar 
mais flags dependendo da experiência do avaliador e da tendência dos dados (INE MÉXICO). 
De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (US EPA), a verificação 
de dados refere-se ao processo de analisar se estão completos, corretos e correspondem aos 
métodos, procedimentos ou requisitos estabelecidos (US EPA, 2002-A).
O processo de validação de dados rastreia a causa para a sua não conformidade e inclui 
determinar, quando possível, as razões para a ocorrência das falhas que impedem o cumprimento 
dos requisitos dos métodos e procedimentos. Efetua, também, uma avaliação do impacto das 
falhas no conjunto geral dos dados. A validação estende a avaliação de dados, portanto, além 
do método, procedimento e verificação de dados, para determinar a qualidade analítica de um 
conjunto de dados específico. A validação dos dados pode também se concentrar em requisitos 
específicos dos dados para um determinado projeto, tais como um Plano de Garantia de 
Qualidade (QA). Pode ser feita por um validador externo, que realizará uma avaliação detalhada 
dos registros de dados específicos que requerem interpretação ou revisão, referida também 
como uma validação de dados focada (US EPA, 2002).
Após a verificação dos dados deve-se aplicar os critérios de: precisão, erros sistemáticos ou 
Verificação dos dados
7.3 CRITÉRIOS E FREQUÊNCIA DE VALIDAÇÃO DOS DADOS
determinada área, que podem ser referentes a alarme dos monitores, dados de calibração, 
falhas de energia, manutenção dos equipamentos etc. Esta atividade deve ser feita pelos 
técnicos que conheçam bem a rotina de operação e calibração dos equipamentos e também 
pelos especialistas em qualidade do ar da rede. Os dados nunca são excluídos; eles são apenas 
marcados com flags para verificação posterior pelo pessoal responsável pelas estações.
Tome nota
Após a verificação dos dados, os principais indicadores da qualidade, tais como: 
precisão, erros sistemáticos ou tendências (Bias), representatividade, completude, 
comparabilidade e rastreabilidade são aplicados para avaliar a qualidade e validar 
os dados. A verificação e a validação são geralmente etapas sequenciais e realizadas 
por pessoas diferentes. Por exemplo, a verificação dos dados começa, em algumas 
ocasiões, nas estações de medição, enquanto a validação dos dados é realizada, 
posteriormente, na central de controle da rede de monitoramento do ar (INE 
MÉXICO). Desta maneira, o relatório de avaliação da qualidade do ar deve detalhar 
a metodologia utilizada para o tratamento dos dados gerados pelas estações de 
monitoramento do ar locais.
Gestão da Qualidade do ar
37
Erros sistemáticos ou Tendência (Bias) - Distorção sistemática ou persistente de um processo 
de medição que causa erros em uma direção. Por exemplo, um erro de 15% a mais em todas as 
concentrações de dióxido de enxofre, pode indicar erro de calibração;
Avalia se as medições feitas refletem adequadamente o ambiente que está sendo monitorado;
Um termo qualitativo que expressa a medida de confiança de que um dado ou conjunto de dados 
pode ser comparado a outro para tomar decisões. Por exemplo, comparar as concentrações de 
um poluente em duas estações próximas uma da outra;
A quantidade de dados válidos que precisa ser obtida por um sistema de medição. É exigido 
no mínimo 90% de dados válidos nas estações de monitoramento do ar (AESRD, 2014).
A frequência de validação dos dados varia entre as redes, mas deve ser realizada rotineiramente, 
uma vez por dia nas grandes redes, ou uma vez por semana nas redes menores, com o objetivo 
de dar mais consistência e credibilidade aos dados.
Os dados invalidados devem serdevidamente registrados, para justificar o motivo da 
invalidação, e não devem ser usados para elaboração de indicadores e de relatórios.
Os responsáveis pela validação dos dados devem ter um bom conhecimento da rede 
de monitoramento do ar, das fontes de emissões situadas no seu entorno, assim como da 
meteorologia e topografia da região, o que permitirá maior segurança na validação.
Representatividade
Comparabilidade
Completude
Teste de Consistência Interna
Correlação entre as Estações
As metodologias de validação de dados permitem reduzir muito os erros de medição. Existem 
muitas metodologias de validação, como por exemplo:
Usado para localizar valores individuais, no conjunto de dados, que possam ser atípicos. Esse 
teste é justamente de consistência interna, o que não permite saber se ocorre erro sistemático, 
o que pode resultar, por exemplo, em um erro de 15% em todos os dados. Um teste bem simples 
consiste na plotagem dos dados do conjunto que permite analisar quais dados estão fora dos 
padrões razoáveis (FRONDIZI, 2008).
Consiste em examinar os resultados medidos para um mesmo poluente, por exemplo 
partículas, em duas ou mais estações da rede situadas na mesma bacia aérea e observar se os
7.4 METODOLOGIAS DE VALIDAÇÃO
tendência (bias), representatividade, comparabilidade, completude e rastreamento para avaliar 
os objetivos da qualidade e validar os dados (INE MÉXICO).
Esses critérios, que serão definidos a seguir, são os principais indicadores da qualidade, de 
acordo com a US EPA (US EPA, 2002-B):
Concordância entre medições repetidas do mesmo parâmetro sob condições idênticas ou 
muito semelhantes, calculada como a amplitude (faixa de medição) ou como o desvio padrão;
Precisão
Erros sistemáticos ou Tendência (Bias)
Gestão da Qualidade do ar
38
Obter um desempenho geral satisfatório do programa 
de monitoramento
Práticas de rotina e documentação das tarefas e dos 
procedimentos de operação, calibração, manutenção e 
manuseio dos dados
Possuir um programa de treinamento
As características importantes 
para um programa de controle de 
qualidade são
Possuir um programa de auditoria e melhoria contí-
nua, incluindo atualizações dos equipamentos e 
procedimentos para manter o bom desempenho das 
estações, e
Ter uma metodologia específica e quantificada para 
avaliar o monitoramento
IV
V
II
I
III
dados e as diferenças entre as medições são aceitáveis ou não. As duas estações podem ter 
medido valores altos para o mesmo dia e hora para um determinado poluente, o que pode 
ser devido às emissões ou às condições meteorológicas, ou seja, não devem ser descartados 
(FRONDIZI, 2008).
Toda rede de monitoramento do ar deve ter um programa de controle de qualidade. Para que 
os dados obtidos em toda e qualquer estação de monitoramento da qualidade do ar sejam 
válidos, úteis e menos sujeitos a erros, é necessário um nível mínimo de qualidade, pois com 
frequência são tomadas decisões importantes a partir dos dados coletados nas estações, tais 
como a seleção de outro local para instalar um empreendimento, instalação de sistemas de 
controle da poluição, processos judiciais ou até pagamento de multas por danos ambientais.
7.5. CONTROLE DE QUALIDADE DOS DADOS
• Fornecer uma indicação de rotina que permita detectar a operação incorreta 
dos equipamentos;
O objetivo geral do programa de controle de qualidade é melhorar a qualidade 
dos dados medidos. Para isso pode-se selecionar alguns objetivos específicos, 
tais como (FRONDIZI, 2008):
Gestão da Qualidade do ar
39
7.7 CÁLCULOS
A avaliação da qualidade dos dados de monitoramento do ar, de acordo com a US EPA, é 
definida como uma avaliação estatística e científica do conjunto de dados para determinar a 
validade e desempenho do projeto de coleta de dados e testes estatísticos realizados e para 
determinar a adequação do conjunto de dados para seu uso final (US EPA, 2002-A).
• Detectar rapidamente uma operação errada;
• Estar preparado para efetuar uma correção no menor tempo possível, uma 
vez detectada a operação ou condição errada (por meio da manutenção ou 
mudança de procedimento); e
• Determinar a consistência e representatividade dos dados coletados, a partir da 
busca e do fornecimento de informações adicionais que permitam descrever 
apropriadamente a qualidade dos dados coletados.
• Quem executou a ação de validação;
• Quando a ação de validação foi concluída;
• Quais foram o(s) parâmetro(s) afetado(s);
• A identificação e justificativa de quaisquer ajustes ou invalidações de dados;
• Uma breve descrição de qualquer ação corretiva que tenha sido desempenhada 
para abordar problemas com os dados;
• A identificação e justificativa da validade de dados anômalos ou outliers (dados 
que se diferenciam drasticamente de todos os outros); e
• Qualquer ação adicional para efetuar alterações pós-validação.
A validação de dados efetuada deve ser documentada para possibilitar a revisão e ajuste de 
dados e do próprio processo de validação, sempre que necessário. 
7.6 REGISTRO DE DADOS
O registro de validação de dados deve incluir as seguintes informações (AESDR, 2014):
Gestão da Qualidade do ar
40
Importante
As estações contínuas, em geral, possuem um pacote de softwares compatíveis 
com os equipamentos, que são configurados em cada rede de monitoramento, 
considerando os parâmetros monitorados (poluentes e parâmetros meteorológicos) 
para coletar, armazenar, efetuar cálculos, tais como: médias das concentrações para 
os intervalos de tempo estabelecidos na legislação (médias horária; de 8 horas; diária; 
e anual); desvio padrão e algumas análises estatísticas, tais como regressão linear e 
teste T, aplicado para avaliar a consistência interna (BELOUAFA et al, 2017).
Gestão da Qualidade do ar
41
BELOUAFA, S. et al. Statistical tools and approaches to validate analytical methods: methodology 
and practical examples, 2017. Disponível em: https://www.metrology-journal.org/articles/
ijmqe/full_html/2017/01/ijmqe160046/ijmqe160046.html Acesso em 25 de maio de 2021 .
CANADÁ. Alberta Environment and Sustainable Resource Development (AESRD). Air Monitoring 
Directive Chapter 6: Ambient Data Quality for Verification and Validation of Continuous Ambient 
Air Quality Data. Disponível em: https://open.alberta.ca/dataset/bfe75885-c945-4ea2-
a48d-9cafa7367cc5/resource/49b431c7-8e7e-4155-aed0-8b0127fc8145/download/2014-
airmonitoring6-ambientdataquality-jun24-2014.pdf Acesso em 25 de maio de 2021.
EUA. United States Environmental Protection Agency. Guidance on Environmental Data 
Verification and Data Validation, 2002-A. Disponível em https://www.epa.gov/sites/production/
files/2015-06/documents/g8-final.pdf Acesso em 25 de maio de 2021.
_____. United States Environmental Protection Agency. Guidance for Quality Assurance 
Project Plans, 2002-B. Disponível em: https://www.epa.gov/sites/production/files/2015-06/
documents/g5-final.pdf Acesso em 25 de maio de 2021.
FRONDIZI, Carlos A. Monitoramento da qualidade do ar: teoria e prática. Rio de Janeiro: E-papers, 
2008, 276 p.
MÉXICO. Instituto Nacional de Ecologia do México. Manual 5 - Protocolo de Manejo de Datos 
de la Calidad del Aire. Disponível em: https://sinaica.inecc.gob.mx/archivo/guias/5%20-%20
Protocolo%20de%20Manejo%20de%20Datos%20de%20la%20Calidad%20del%20Aire.pdf 
Acesso em 25 de maio de 2021.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42
AULA 8
MÓDULO II – GESTÃO DE REDES DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
INTERPRETAÇÃO E REPRESENTATIVIDADE
DOS DADOS MONITORADOS
Gestão da Qualidade do ar
43
8.1 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS MONITORADOS
 PARA QUALIDADE DO AR
A interpretação dos dados medidos para a qualidade do ar é uma tarefa muito importante, 
porque, a partir da interpretação correta e dos dados validados, é possível fazer o diagnóstico 
da qualidade do ar da região e sua gestão, além de tomar decisões, caso necessário, para evitar 
a degradação da qualidade do ar da região cobertapela rede.
A interpretação dos dados é feita em conjunto com o conhecimento do inventário de emissões, 
da topografia e da meteorologia da região. A participação de um meteorologista é fundamental 
nesta fase, além dos especialistas em qualidade do ar que operam a rede.
As estações que compõem uma rede de avaliação da qualidade do ar devem ter objetivos 
claros, para que os dados obtidos sejam corretamente interpretados. Para tanto, é necessário 
que sejam observados critérios na localização de estações e na descrição de pontos de 
amostragem já existentes.
A partir do monitoramento de rotina e dos dados espaciais, é possível efetuar uma análise 
comparativa das concentrações medidas com os padrões de qualidade do ar, tanto para longos 
períodos de exposição (em geral as médias anuais), quanto para curto tempo de exposição 
(menor ou igual a 24 horas). Os resultados obtidos no monitoramento refletem as variações na 
matriz de emissões dos poluentes, tais como:
Ao final, tem-se o diagnóstico da qualidade do ar da região, e dados suficientes para sua gestão.
8.2 REPRESENTATIVIDADE DOS DADOS
Importante
Para apresentar resultados representativos da poluição atmosférica, o 
monitoramento deve atender a uma série de critérios técnicos e ser realizado de 
maneira periódica e contínua para avaliar as condições mais diversas. A ocorrência 
de falhas no monitoramento afeta a interpretação dos dados obtidos, assim, as 
principais ocorrências devem ser registradas.
Alterações no parque industrial;
Implantação de tecnologias mais limpas;
Mudanças de combustível;
Modificação na frota de veículos;
Alteração de tráfego; e
Condições meteorológicas observadas ao longo do ano em análise.
A adoção de critérios de representatividade de dados é de extrema importância em sistemas 
de monitoramento. O não atendimento a esses critérios para uma determinada estação 
Gestão da Qualidade do ar
44
O monitoramento da qualidade do ar consiste em obter uma distribuição espacial e temporal 
correta, e que permita obter medições de concentrações que sejam representativas para a 
região. Esta é uma tarefa complexa, que deve levar em conta um grande número de fatores, 
tais como:
Localização adequada da estação
Observar os critérios do Guia Técnico para o Monitoramento do MMA quanto à 
microlocalização da estação
Frequência das medições
É preciso considerar a representatividade dos dados desde o projeto da rede quando, com 
base na modelagem, são selecionados os locais para instalar as estações.
Para que ela mantenha distância de fontes de emissões, como vias de tráfego e fontes de 
emissões industriais, bem como de obstáculos, como árvores e prédios, que afetam o fluxo do 
ar e mascaram os resultados.
O ideal é ter medições contínuas, ao longo de pelo menos um ano, nas diferentes estações 
do ano, para obter representatividade temporal, mas nem sempre é possível. Existem as 
campanhas para medir as concentrações de background, ou seja, as concentrações da poluição 
do ar nas áreas que não são diretamente afetados pelas fontes de emissões locais, por exemplo 
para o EIA/RIMA que, em geral, duram um mês. O órgão ambiental deve orientar a realização 
das campanhas de medição para obter dados representativos da região, durante as diferentes 
estações do ano, especialmente para empreendimentos com potenciais impactos ambientais.
São considerados representativos os dados gerados em rede que observam, no mínimo, as 
condições estabelecidas no Quadro 13. Em casos específicos da necessidade de utilização de 
dados mensais, deve ser utilizado o critério de validação dos dados especificados no Quadro 13. 
Porém, esse critério não deve ser utilizado para validação da média anual.
8.2.1 REPRESENTATIVIDADE TEMPORAL DOS DADOS
ou período significa que as falhas de medições ocorridas comprometem a interpretação do 
resultado obtido (CETESB, 2020).
O monitoramento contínuo da qualidade do ar pode apresentar falhas no funcionamento 
dos monitores, no sistema de armazenamento de dados, na comunicação, no suprimento de 
energia, entre outros. Porém, em redes bem operadas, a perda ou a não geração de dados 
tendem a ser pouco representativas.
Importante
Como o monitoramento deve representar o ar da região em estudo, faz-se necessária 
a adoção de critérios de representatividade temporal e espacial dos dados. O não 
atendimento desses critérios para uma determinada estação ou período significa 
que as falhas de medição ocorridas comprometem a interpretação do resultado, à 
luz dos padrões vigentes. No entanto, mesmo sem a representatividade requerida, 
os dados devem ser sempre reportados, com as devidas ressalvas, e podem ser 
úteis para uma análise menos completa.
Gestão da Qualidade do ar
45
Fonte: CETESB, 2020
Quadro 13: Tempo mínimo de amostragem para que os dados sejam considerados representativos
A exigência de representatividade em cada quadrimestre garante que os dados anuais 
englobem as diferentes condições meteorológicas em diferentes períodos do ano. 
As redes devem ser concebidas para atender uma série de objetivos, de forma otimizada, 
garantindo a medição da qualidade do ar em locais de diferentes características, de modo que 
as estações atendam às necessidades de monitoramento distintas e que permitam fornecer 
informações, tais como:
A classificação da representatividade espacial depende da localização da estação, 
considerando-se: poluente de interesse, proximidade das fontes de emissão, intensidade 
das emissões, condições de topografia, relevo e transporte dos poluentes. Depende também 
da posição da sonda de amostragem em relação à altura de captação e à proximidade de 
obstáculos (edificações, árvores etc.).
Os resultados do monitoramento efetuado devem representar as concentrações do poluente 
de interesse em uma escala espacial compatível com os objetivos estabelecidos.
O conceito de escala espacial de representatividade diz respeito à extensão da parcela de ar no 
entorno da estação de monitoramento que apresenta concentrações relativamente uniformes 
e similares às concentrações medidas na estação. Dependendo dos objetivos, as escalas de 
representatividade mais apropriadas para as estações de monitoramento são assim definidas:
8.2.2 REPRESENTATIVIDADE ESPACIAL DAS ESTAÇÕES
Tipo de Média Critério de Validação
Média horária
Média diária
Média mensal
Média anual
3/4 das medidas válidas na hora
2/3 das médias horároas válidas no dia
2/3 das médias diárias válidas no mês
1/2 das médias diárias válidas obtidas em
cada quadrimestre (jan-abr; mai-ago; e set-dez)
Os mais altos níveis de concentração de poluentes esperados para a área de abrangência 
da rede;
As concentrações representativas das áreas de maior densidade populacional;
O impacto da poluição no meio ambiente devido a determinadas fontes ou grupos de fontes 
(CETESB, 2020).
Microescala
Representatividade espacial de áreas com dimensão de até 100 metros.
Gestão da Qualidade do ar
46
Mesoescala (ou escala média)
Escala de bairro
Escala urbana
Representatividade espacial de blocos de áreas urbanas abrangendo dimensões entre 100 e 
500 metros.
Representatividade espacial de áreas de bairros urbanos com atividade uniforme e dimensões 
entre 500 e 4.000 metros.
Representatividade espacial de cidades ou regiões metropolitanas, da ordem de 4 a 50 
quilômetros (MMA, 2020).
São inúmeros os fatores meteorológicos que determinam o comportamento dos poluentes 
primários na atmosfera, sendo que, dentre eles, o comportamento da precipitação pluviométrica 
permite verificar, qualitativamente, se a atmosfera esteve mais ou menos estável, favorecendo 
ou não a dispersão destes poluentes.
A ocorrência da precipitação indica que a atmosfera está instável (turbulenta), influenciando 
outras variáveis meteorológicas relativas à dispersão da poluição.
Para a caracterização das condições de dispersão dos poluentes secundários, como ozônio, 
são usadas outras variáveis

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