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Princípio da Irretroatividade e Retroatividade
DIREITO TRIBUTÁRIO
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE E RETROATIVIDADE
Vamos dar continuidade à nossa matriz teórica de Direito Tributário. Antes de começar, 
vejamos o seguinte texto:
“Ainda dá tempo para tudo, basta a gente querer. E a parte mais difícil é querer, porque 
querer dá trabalho; te arranca debaixo das cobertas; querer pressupõe suor, planejamento, 
esforço, risco; o querer te cobra, te aponta o dedo: e aí, criatura, que instante não batalhou? 
Querer te chamar para o combate. E lá vai você! Queira, não se contente com o que você já 
tem ou com o que você nunca teve. Queira mais, queira melhor, queira o impossível. Queira 
sem garantia de ser bem sucedido. Simplesmente queira tanto, mas tanto, a ponto de emitir 
sinais (alguém há de captá-los). Recado para os cansados: ainda dá tempo; para os desi-
ludidos: ainda dá tempo; para os frustrados: ainda dá tempo; para os desistentes: tente um 
pouco mais. Você respira? Ainda dá tempo!”
3. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
Irretroatividade significa que a lei é aplicada para frente, para o futuro e para coisas que 
ainda vão acontecer. Como regra, a lei não se aplica a fato gerador passado/pretérito. Ou 
seja, ela não pode retroagir, pois não pode prejudicar a coisa julgada, o direito adquirido e o 
ato jurídico perfeito.
3.1 Regra
Em Direito Tributário, a regra é o princípio da irretroatividade (art. 150, III, a, Constituição 
e art. 144 do CTN). 
• Lei A (publicada em 2030);
• Fato gerador (acontecido em 2032);
• Lei B (publicada em 2034);
• Lançamento do fato gerador (2036);
• Lei C (publicada em 2038).
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Princípio da Irretroatividade e Retroatividade
DIREITO TRIBUTÁRIO
O que a Lei B faz com a Lei A? Revoga a anterior no que for contrário. O que a Lei C faz 
com B? Revoga a anterior no que for contrário. Qual é a lei que se aplica ao fato gerador 
de 2032? É a Lei A. Em 2032, quando o fato gerador aconteceu, a lei que existia e produzia 
efeitos era a Lei A.
Qual é a lei que se aplica ao lançamento de 2036? É a Lei A, pois, conforme o art. 
144 do CTN: 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se 
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
Resumo da ópera: qual é a lei que aplica ao fato gerador? A lei imediatamente anterior. 
Qual é a lei que se aplica ao lançamento? A lei da data do fato gerador.
Suponha o seguinte:
Fato gerador em 2035 sendo lançado em 2037. Qual é a lei que se aplica ao fato gerador 
de 2035? A Lei B, porque é a lei imediatamente anterior. Qual é a lei que se aplica ao lança-
mento de 2037? A Lei B, pois é a lei da data do fato gerador.
Fato gerador em 2039 sendo lançado em 2040. Qual é a lei que se aplica ao fato gerador 
de 2039? É a Lei C, pois é a lei imediatamente anterior. Qual é a lei do lançamento de 2040? 
É a Lei C, pois é a lei da data do fato gerador.
Consta no art. 5º da Constituição que a lei penal não retroage, salvo para beneficiar o coi-
tado do réu. A lei trabalhista não retroage, salvo para beneficiar o coitado do empregado, que é a 
parte hipossuficiente. A lei, em Direito do Consumidor, não retroage, salvo para beneficiar o coi-
tado do consumidor. A lei tributária não retroage, salvo para beneficiar o coitado do contribuinte. 
Destaca-se que, se a lei for retroagir, ela volta para lhe beneficiar. Não existe reformatio 
in pejus, só existe reformatio in melius.
Excepcionalmente, a lei pode retroagir. Em tributário, só se faz o que a lei expressamente 
determina. Vejamos as situações de retroatividade benéfica da lei:
• Lei meramente interpretativa, isto é, aquela que não cria nada e não inova no mundo 
jurídico. É uma lei que apenas explica, conceitua e regulamenta algo que já foi previa-
mente criado (art. 106, I, CTN);
Ex. Lei A publicada em 2030, fato gerador ocorrido em 2032 e nova Lei B publicada em 
2034. Qual é a lei que se aplica ao fato gerador de 2032? É a Lei A, pois é a lei que estava 
em vigência na data da ocorrência do fato gerador. 
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Princípio da Irretroatividade e Retroatividade
DIREITO TRIBUTÁRIO
No entanto, se a Lei B for meramente interpretativa, ela pode retroagir a fato gerador pas-
sado em qualquer hipótese.
• Ato não definitivamente julgado (art. 106, II, CTN);
Nesse caso, não houve coisa julgada, isto é, ainda cabe recurso. Assim, o processo ainda 
está em tramitação.
a) Quando deixe de defini-lo como infração;
b) Quando deixe de ser ação ou omissão;
c) Quando for atribuída uma penalidade menos severa.
Ex.: Lei A publicada em 2030, fato gerador ocorrido em 2032 e nova Lei B publicada em 
2034. Qual é a lei que se aplica ao fato gerador de 2032? É a Lei A, pois é a lei que estava em 
vigência na data da ocorrência do fato gerador. Como regra, a Lei B é aplicada para coisas 
que ainda vão acontecer.
Ocorre que a Lei A foi publicada em 2030 e você não fez nada. Nesse caso, você foi exe-
cutado. Aqui, temos um ato não definitivamente julgado. Assim, se, no meio do processo, vier 
uma nova lei que deixe de considerar o ato como infração, a lei volta para beneficiar e retroagir. 
Acontece que a lei volta para beneficiar e retroagir desde que não tenha implicado em 
falta de pagamento.
Destaca-se que uma pena, em Tributário, é uma multa. Nesse contexto, observe o 
seguinte exemplo:
A Lei A, publicada em 2030, prevê uma alíquota de 15% de tributo. Ademais, há previ-
são de multa de 10% em caso de inadimplemento. Incumbe mencionar que você não pagou 
nada, foi processado e executado.
No decorrer da tramitação do processo, vem a nova Lei B e reduz a alíquota do tributo 
para 12% e reduz o valor da multa para 7%. Qual é a alíquota que será aplicada ao seu 
cliente? O seu cliente continuará com uma alíquota de 15%. Mas, com relação à multa, o 
seu cliente tem direito à multa de 10% ou de 7%? A penalidade menos severa retroage a fato 
gerador passado. Nesse caso, ficará com multa de 7%.
d) Segundo o § 1º do art. 144 do CTN, todas as vezes que uma nova lei aumente os 
poderes de fiscalização e investigação dados ao Fisco, essa lei retroagirá ao fato gerador 
passado. 
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Maria Christina Barreiros D’ Oliveira. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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