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RESUMO PARA CONCURSO LÍNGUA PORTUGUESA Elaborado por Anelize Roveri Arcanjo SUMÁRIO 1. Acentuação.......................................................................................................................3 2. Separação de sílabas.........................................................................................................5 3. Ortografia.........................................................................................................................6 4. Fonologia........................................................................................................................12 5. Pontuação......................................................................................................................15 6. Uso de Crase...................................................................................................................18 7. Morfologia......................................................................................................................20 8. Concordância Verbal.......................................................................................................30 9. Concordância Nominal...................................................................................................32 10. Figuras de Linguagem.....................................................................................................35 11. Análise Sintática..............................................................................................................41 12. Regência Nominal...........................................................................................................47 13. Regência Verbal..............................................................................................................48 ACENTUAÇÃO Uma sílaba tônica existe sempre, mas nem sempre ela é marcada pelo acento gráfico. Existem regras de acentuação gráfica, que estabelecem quando uma sílaba é ou não acentuada graficamente. Para entendê-las, você precisa saber que existe uma classificação das palavras de acordo com a posição da sílaba tônica. · PALAVRAS COM DUAS OU MAIS SÍLABAS: · OXÍTONAS: As palavras cuja acentuação tônica recaem na última sílaba, chamam-se oxítonas. Serão acentuadas quando terminarem “a(s), e(s), o(s), em, ens ou ditongo aberto ói(s), éi(s), éu(s). Exemplo: sofá, café, chapéu, herói. · PAROXÍTONAS: As palavras que têm acentuação na penúltima sílaba, chamam-se paroxítonas e são as de maior número em língua portuguesa. Serão acentuadas paroxítonas terminadas em “i(s), us, um, uns, l, n, r, x, ps, ã, ãs, ão, ãos, on, ons, ditongo oral crescente ou, decrescente, seguido ou não de s. LINURXÃO · PROPAROXÍTONAS: As palavras acentuadas na antepenúltima sílaba chamam-se proparoxítonas. Toda proparoxítona tem acento. Resumindo... · MONOSSÍLABOS OU PALAVRAS COM UMA ÚNICA SÍLABA: São muitas as palavras formadas por uma única sílaba, e elas também podem ser tônicas ou átonas, de acordo com a intensidade com que são pronunciadas em uma frase. Exemplo pá, pé, pó. · São acentuados quando terminados em: ”a, e, o e em ditongo aberto”. MONOSSÍLABOS · HIATO: quando duas vogais estão juntas na mesma palavra, mas em sílabas diferentes. O hiato é formado por VOGAL + VOGAL. · DITONGO: quando duas vogais fazem parte da mesma sílaba. Pode ser formado por vogal + semivogal ou semivogal + vogal. No caso de tritongo, ele é formado por semivogal + vogal + semivogal. E O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO ? Com o Novo Acordo Ortográfico - 2009: · Fim da acentuação dos ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas, ou seja, aquelas que possuem acento tônico na penúltima sílaba. Exemplos: jóia – joia, idéia – ideia e assembléia – assembleia. · Fim da acentuação para os ditongos oo e ee nas palavras paroxítonas. Exemplos: veêm – veem, voô – voo e enjoô – enjoo. · Abolição do acento agudo nas vogais i e u quando aparecem depois de ditongo. Exemplo: feiúra – feiura. · O acento diferencial foi abolido de diversas palavras, que agora devem ser analisadas dentro do contexto da oração. Exemplos: pára – para, pêlo – pelo e pêra – pera. · O acento diferencial foi mantido em alguns casos, como por exemplo tem/têm e pode/pôde. SEPARAÇÃO DE SÍLABAS 1) Os dígrafos “ch”, “nh”, “lh”, “gu” e “qu” pertencem a uma única sílaba. Exemplo: fo – lha, chu – va. 2) As letras que formam os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs”, e “xc” não podem ficar juntas. Exemplo: ter – ra, pás – sa – ro. 3) Os ditongos e tritongos devem pertencer a uma única sílaba. Exemplo: fei – xe, cai – xa, Pa- ra – guai. 4) O mesmo não acontece com os hiatos, pois eles não podem permanecer juntos em uma única sílaba. Exemplo: ca – de – a – do, lu – a, ma – gi – a, sa – ú – de. 5) Os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas não devem permanecer juntos, a não ser aqueles em que a segunda consoante é “l” ou “r”. Exemplo: flau – ta (permaneceram jutos, pois a segunda letra é representada pelo “l”), pra – to (o mesmo ocorre com este exemplo), ap – to, ab – dô – mem, cír – cu – lo. Mas atenção! Não se esqueça de que alguns grupos consonantais iniciam palavras, por isso, não devem ser separados. Como é o caso de: pneumonia (pneu – mo – ni – a), psicólogo (psi – có – lo – go). ORTOGRAFIA · ACENTOS: Na Língua Portuguesa há quatro acentos gráficos, que podem ser definidos da seguinte forma. · Acento agudo (´) – é usado em vogais para indicar que a sílaba em que ela se encontra é tônica, ou seja, possui o som mais forte. O acento agudo faz com que as palavras sejam pronunciadas de forma aberta: célebre, acarajé, filé. · Acento circunflexo (^) – pode ser usado apenas nas vogais, A, E e O, indicando que elas devem ser pronunciadas de forma fechada: ângulo, ônus, ônibus, bônus. · Til (~) – é ele que dá o som anasalado às vogais A e O: propõem, constituição, preposição, ação. · Acento grave (`) – é usado para indicar a ocorrência de crase. · USO DE CH E X: QUANDO EU UTILIZO CH OU X ? Utiliza-se CH em: · Em palavras de origem francesa (chofer (chauffeur), creche (crèche), debochar (débaucher), fetiche (fétiche), guichê (guichet) e champignon (champignon)). Utiliza-se X em: · Depois de ditongos (peixe, ameixa e caixa) EXCEÇÕES! As palavras guache, recauchutar e caucho. · Em palavras iniciadas pela sílaba “en”: enxada, enxerto e enxurrada; EXCEÇÕES! A palavra enchova, que é um regionalismo da palavra anchova, que tem origem genovesa: anciua. Outras exceções são as palavras formadas pela sílaba inicial “en”, seguidas por radical com “ch”. Alguns exemplos são: enchente, enchumaçar e encharcar. · Em palavras iniciadas pela sílaba: “me” (mexilhão, México e mexer) EXCEÇÃO! A palavra mecha (referindo-se aos cabelos) cuja origem é francesa, da palavra mèche. Algumas vezes a confusão pode ser ocasionada por conta da palavra mexe (do verbo mexer) que é grafada com x. · Em palavras de origem tupi (capixaba, caxumba, xaxim, queixada, Pataxó, abacaxi, araxá e Xingu) EXCEÇÃO! A palavra que nomeia a cidade catarinense de Chapecó, que é uma derivação do tupi Xapeco e quer dizer, da donde se avista o caminho da roça. · Em palavras de origem africana (afoxé, axé, xingar, xangô, maxixe, orixá, borocoxô, xodó e fuxico) EXCEÇÕES! São as palavras cachaça, chilique e cachimbo. · Em palavras de origem árabe (almoxarifado, elixir, haxixe, xarope, xadrez, xeque e enxaqueca) EXCEÇÕES! São as palavras alcachofra e chafariz. · USO DE S OU Z: QUANDO EU UTILIZO S OU Z ? Utiliza-se S em: · Em palavras que derivam de uma primitiva grafada com s (casa – casinha, casarão, análise – analisar e pesquisa – pesquisar) EXCEÇÃO! Catequese – catequizar. · Após ditongo quando houver o som de z (coisa e maisena) · Nos sufixos “ês”, “esa”, “esia” e “isia”, quando indicarem nacionalidade, título ou origem (burguesia, portuguesa, poetisa e camponês) EXCEÇÃO! A palavra juíza, que deriva do masculino, juiz. · Na conjugação dos verbos pôr e querer (ele pôs, ele quis, e nósquisemos) · Nos sufixos gregos “ase”, “ese”, “ise” e “ose” (crise, tese, frase e osmose) EXCEÇÕES! São as palavras deslize e gaze. · Em palavras terminadas em “oso” e “osa” (gostosa e populoso) Utiliza-se Z em: · Palavras terminadas em ez e eza serão escritas com z quando se tratarem de substantivos abstratos provenientes de adjetivos, portanto, indicando uma qualidade (certeza, nobreza, maciez e sensatez) · Utiliza-se o z nas palavras derivadas com os sufixos “zinho” “zito” “zada” “zarrão”, “zorra”, “zudo”, “zeiro”, “zal” e “zona” (cafezal, homenzarrão, papelzinho e açaizeiro) EXCEÇÕES! Ocorrem quando o radical da palavra de origem possui o s: casa – casinha, asa – asinha e Teresa – Teresinha. · Quando a derivação resulta em verbos terminados com o som de “izar” (economizar e aterrorizar) EXCEÇÃO! Quando o radical da palavra de origem possui o s: analisar e improvisar. · USO DE C, Ç, S e SS: QUANDO EU UTILIZO C, Ç, S OU SS ? · Antes de A, O ou U, utiliza-se o Ç (açúcar e aço) · Depois de consoante, utiliza-se S. · Entre vogais, o correto é usar SS (concurso e pessoa) · O S é utilizado em palavras que derivam de verbos terminados em “correr” “pelir” e “ergir” (compelir – compulsório, discorrer – discurso e imergir – imersão) · Os verbos terminados em “dar” “der” “dir” “ter” “tir” e “mir” recebem o S quando perdem as letras D, T e M em suas derivações (redimir – remissão – remisso, expandir – expansão – expansível e iludir – ilusão – ilusório) · Verbos não terminados em “dar” “der” “dir”, “ter” “tir” e “mir” recebem Ç quando mudam o radical (excetuar – exceção e proteger – proteção) · Verbos que mantêm o radical recebem Ç em suas derivações (fundir – fundição e reter – retenção) · Utiliza-se C ou Ç após o ditongo quando houver som de S (traição e coice) · Utiliza-se C ou Ç nos sufixos “aça”, “aço”, “ação”, “çar”, “ecer’, “iça”, “iço”, “nça”, “uça”, “uço” (esperar – esperança, dente – dentuço, rico – ricaço e merece – merecer) · Em palavras de origem árabe (açude, alface, alvoroço, celeste, cetim, açoite, açafrão) EXCEÇÕES! São arsenal, safra, salada e carmesim. · Em palavras de origem tupi (camaçari, açaí, cacique, piaçava, paçoca, Iguaçu e cupuaçu) · Em palavras de origem africana (caçula, cachaça, miçanga, lambança, cangaço e jagunço) · USO DE G e J: QUANDO EU UTILIZO G OU J ? Utiliza-se G: · Nas palavras originárias do latim e do grego, normalmente, o G da Língua Portuguesa é equivalente. Latim gestu – gesto gelu – gelo agitare – agitar Grego gymnastics – ginástica hégemonikós – hegemônico · Quando a palavra é derivada de outras palavras grifadas com G (faringite – faringe e selvageria – selvagem) EXCEÇÕES! São coragem – corajoso e viagem – viajar. · Quando as palavras terminam nos sufixos “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio” e “úgio” (refúgio, prestígio e sacrilégio) · Utiliza-se G quando os substantivos são terminados em “gem” (sondagem, viagem e passagem) EXCEÇÕES! São as palavras pajem e lambujem. · Quando os verbos são terminados em “ger” e “gir” (eleger e rugir) · Depois de R (divergir e submergir) Utiliza-se J em: · Em relação ao J, ele não existe nem no latim e nem no grego clássico. Portanto, ele ocorre quando há consonantização do I semiconsoante latino ou palatalização do S + I, ou do grupo DI + Vogal. · Nas palavras derivadas de outras que são grafadas com J (lojista – loja, gorjeta – gorja). · Nos verbos terminados em “jar” (arranjar, encorajar, enferrujar) · Palavras de origem árabe (azulejo, berinjela, jaleco, jarra, laranja) EXCEÇÕES! São giz, girafa e álgebra. · Em palavras de origem tupi (jururu, maracujá, jerimum, marajó, jibóia) EXCEÇÃO! Sergipe · Palavras que possuem origem africana (jabá, Iemanjá, acarajé, jiló, Jurema) · USO DE MAL E MAU: A palavra mal é oposto de bem, enquanto a palavra mau é oposto de bom. Basta fazer a substituição para perceber se ouso é correto, ou não. Vale lembrar, ainda, que quando estiver acompanhado de artigo ou pronome, mal será um substantivo. MAL BEM MAU BOM · Exemplo: Sofro desse mal desde os dez anos de idade. Porém, quando modificar um verbo ou adjetivo, mal será um advérbio. · Exemplo: Chegou em casa e mal olhou para o marido. Na direção contrária, a palavra mau sempre é usada como um adjetivo. · Exemplo: Os maus exemplos não devem ser seguidos. · USO DE POR QUE, PORQUE, POR QUÊ, PORQUÊ: · Porque (junto e sem acento) – é usado basicamente em respostas e explicações, indicando a causa ou explicação de algo. Pode ser substituído por: pois, uma vez que, dado que, visto que, etc. Exemplo: Não vou ao shopping porque estou me sentindo mal. · Por que (separado e sem acento) – é usado para fazer perguntas ou para fazer relação com um termo anterior da oração. Confira algumas formas de substituí-lo: por qual razão e por qual motivo. É SEMPRE UTILIZADO LONGE DO PONTO DE INTERROGAÇÃO! Exemplo: Por que você não cumpriu o acordo de venda? · Por quê (separado e com acento) – é usado no final de frases interrogativas, podendo ser seguido tanto por ponto de interrogação, quanto por ponto final. É SEMPRE UTILIZADO PERTO DO PONTO DE INTERROGAÇÃO OU DO PONTO FINAL! Exemplos: Minha irmã foi embora sem que eu soubesse o por quê. Você deixou o caderno em casa por quê? · Porquê (junto e com acento) – é usado para indicar o motivo, razão ou causa de alguma coisa. Sempre aparece acompanhado de artigos definidos ou indefinidos, mas pode aparecer, ainda, acompanhado de numeral ou pronome. Exemplo: Gostaria de saber os porquês de eu não ter sido convidada para a festa do condomínio. Resumindo... Porque – Usado em respostas Por que – Usado no início de uma questão. Por quê – Usado no fim de perguntas. Porquê – Usado como substantivo – precedido de artigo (do motivo, o motivo) · USO DE ONDE E AONDE: Aonde – verbos que indicam ação Onde – verbos “fixos” · USO DE A CERCA E ACERCA: A cerca – é substantivo Acerca – em relação a alguma coisa. · USO DE A FIM E AFIM: A fim – com intenção de Afim – no sentido de afinidade · PALAVRAS HORMÔNIMAS E PARÔNIMAS: Palavras homônimas (IGUAL PRONÚNCIA, ESCRITA E SIGNIFICADOS DIFERENTES)– são aquelas palavras que possuem exatamente a mesma pronúncia mas que têm significados e escritas diferentes. cerrar (fechar) – serrar (cortar) laço (nó) – lasso (gasto, cansado) cheque (ordem de pagamento) – xeque (jogada de xadrez) Palavras parônimas (SEMELHANÇA EM PRONÚNCIA E ESCRITA, SIGNIFICADO DIFERENTE) – tanto a pronúncia, quanto a escrita são parecidos. Contudo, o significado é diferente. comprimento (extensão) – cumprimento (saudação) emergir (vir à tona) – imergir (mergulhar) tráfego (trânsito) – tráfico (comércio ilícito) NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: O novo acordo ortográfico está em vigor desde 2009, porém, foi em 2016 que o uso das novas regras tornou-se obrigatório. Confira quais foram as principais alterações. · Mudança no alfabeto: Acréscimo das letras K, W e Y. Agora, oficialmente, o alfabeto brasileiro conta com 26 letras. Na prática, essas letras são usadas em nomes próprios e nas abreviaturas de símbolos internacionais, tais como km (quilômetro) e kg (quilograma). · Trema: Uma das principais mudanças do novo acordo ortográfico foi a queda do uso do trema. Agora, seu uso ocorre apenas em nomes próprios estrangeiros e derivados, a exemplo de Müler. · Acentuação: · Fim da acentuação dos ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas, ou seja, aquelas que possuem acento tônico na penúltima sílaba. Exemplos: jóia – joia, idéia – ideia e assembléia – assembleia. · Fim da acentuação para os ditongos oo e ee nas palavras paroxítonas. Exemplos: veêm – veem, voô – voo e enjoô – enjoo. · Abolição do acento agudo nas vogais i e u quando aparecem depois de ditongo. Exemplo: feiúra – feiura. · O acento diferencial foi abolido de diversas palavras, que agora devem ser analisadas dentro do contexto da oração. Exemplos: pára – para, pêlo – pelo e pêra – pera. · O acento diferencial foi mantido em alguns casos, como por exemplo tem/têm e pode/pôde. · Hífen: As regras de hifenização sofreram diversas alterações por conta do novo acordo ortográfico. Conheça os principais casos. · Não há uso de hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s, que neste caso, serão duplicadas. Exemplo: auto-retrato – autorretrato. · Vale lembrar que o hífen será mantido na ligação dos prefixos hiper, super e inter com elementos iniciados por r. Exemplos: inter-regional e super-resistente. · O hífen é usado quando o prefixo termina com a mesma vogal que começa o segundo elemento. Exemplo: antiinflamatório – anti-inflamatório. · Ao contrário, não se usa hífen quando quando o prefixo termina em vogal diferente da que começa o segundo elemento. Exemplo: auto-estima – autoestima. · Ainda que o segundo elemento se inicie com a vogal “o”, não se usa hífen em palavras prefixadas por co. Exemplo: cooperar. · Não há uso de hífen em palavras composta que, através do uso, formam uma unidade. Exemplo: manda-chuva – mandachuva. · Não há uso de hífen em por do sol e em formações com o prefixo mini. OBS! Basicamente o hífen foi retirado em quase todos os casos, exceto: - Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem - Nas formações dos prefixos hiper, super, inter, quando associados com outro termo que é iniciado com r. - Nas formações com os prefixos ex, vice, pós, pré e pró - Translineação (mudança de frase) – usar 2 hífens, por exemplo: auto - - oração FONOLOGIA É o estudo dos sons ou fonemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a oposição entre vocábulos. O sistema fonético português do Brasil apresenta aproximadamente 33 fonemas. A letra representa o fonema. Vogais: são a, e, i, o, u – quando funcionam como base de uma sílaba (há apenas uma para cada). Exemplo: cai-xa. Em cai, a é vogal e i é semivogal. Na palavra feira (fei-ra), a letra e é a vogal e i é semivogal. Normalmente as letras i e u são semivogais. Consoantes: qualquer letra ou conjunto de letras representando um só som – possa ser soada com o auxílio de uma vogal. Resoo nasal M/N: indica que as letras M e N não são pronunciadas, apenas tornam a vogal nasal, portanto, haverá duas letras com um fonema só. Exemplo: am-bu-lân-cia; man-chem (2 vogais a e e; 2 consoantes m e ch(x); 1 semivogal y (o segundo m); 1 resoo nasal an; representação mâx~ey. No total, são 7 letras e 5 fonemas. · Encontros Vocálicos: É o agrupamento de vogais e semivogais. - Hiato: ocorre quando há o encontro de duas vogais, porém ocorre sua separação nas sílabas. Exemplo: Lu-a-na. - Ditongo: ocorre quando há o encontro de uma vogal e uma semivogal e não há separação silábica. Exemplo: cai-xa. - Tritongo: ocorre quando há o encontro de uma semivogal, vogal e semivogal e não há separação silábica. Exemplo: á-gua. · Encontros Consonantais: É o agrupamento de consoantes. - Encontro consonantal puro: o encontro consonantal fica na mesma sílaba. Exemplo: Bra-sil/ pla-ne-ta. - Encontro consonantal disjunto: o encontro não fica na mesma sílaba. Exemplo: ap-to/ cac-to. - Encontro consonantal fonético: a letra x com som de ks. Exemplo: Maxi (maksi); nexo (nekso); axila (aksila); crucifixo (crucifikso) · Dígrafos: É o agrupamento de 2 letras com apenas um fonema. Os principais dígrafos são: rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, qu, gu, ch. Gu e qu serão dígrafos apenas se estiverem seguidos de e ou i. · SÍLABAS: Sílaba é um fonema ou grupos de fonemas que são pronunciados por uma única emissão de voz. A base das sílabas na Língua Portuguesa são as vogais. Sem vogais, não há sílabas. De acordo com a menor ou maior intensidade na pronúncia, classificamos as sílabas em átonas ou tônicas. Sílabas Átonas: pronúncia é realizada por baixa intensidade Sílabas Tônicas: pronúncia é realizada por maior intensidade Exemplo: leite (lei-te). Lei: sílaba tônica; Te: sílaba átona. Hiato –há separação de sílabas;Ditongo – não há separação de sílabas. OBS! Só haverá em uma palavra apenas uma sílaba tônica. · Monossílaba: pó · Dissílaba: ci-pó; lu-ar · Trissílaba: ca-fe-zal · Polissílaba: hi-po-pó-ta-mo 1)Não se separam os ditongos e tritongos: Exemplo: foi-ce; Pa-ra-guai. 2)Não se separam os dígrafos. Exemplos: ch, nh, lh, gu, qu 3)Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba. Exemplo: psi-có-lo-go; re-fres-car. 4)Separam-se as vogais dos hiatos. Ex: ca-a-tin-ga; fi-el; sa-ú-de. 5)Separam-se as letras dos dígrafos. Ex: rr, ss, sc, sç, xc. 6)Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é o l ou r. Exemplo:ap-to; con-vic-ção; a-brir; a-pli-car. A Fonética é o ramo da linguística que estuda os sons da fala humana para efetivar a comunicação. · Letra: é a representação gráfica dos sons da fala. · Fonema: é a menor unidade de som capaz de estabelecer distinção entre duas palavras. Os fonemas são os sons produzidos pelos falantes e representam as unidades sonoras que formam as palavras de uma língua. Os seres humanos produzem sons que se articulam, juntam-se e formam as palavras. Para representar graficamente os sons, utilizamos as letras. É importante que se compreenda a diferença entre as letras e os fonemas. Observe as palavras abaixo: a) Sapato Letras: s, a, p, a, t, o Fonemas: / s /, / a /, / p /, / a/, / t /, / o / O número de letras (6) é igual ao número de fonemas (6). b) Hebreu Letras: h, e, b, r, e, u Fonemas: / e /, / b /, / r /, / e /, / u / O número de letras (6) não é igual ao número de fonemas (5), pois a letra 'h' não representa nenhum fonema/som. c) Sexo Letras: s, e, x, o Fonemas: / s /, / e /, / k /, / s /, / o / O número de letras (4) não corresponde ao número de fonemas (5), pois a letra / x / tem som de / ks /. CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS: · Fonemas sonoros: Sons que fazem vibrar as pregas vocais; · Fonemas surdos: Sons que não fazem vibrar as pregas vocais; · Fonemas orais: Sons liberados apenas pela boca; · Fonemas nasais: Sons liberados pela boca e pelo nariz. TIPOS DE FONEMAS: · Vogais: Sons que passam pela boca livremente. Temos cinco vogais: A, E, I, O, U. Elas são consideradas como sendo a base das sílabas da Língua Portuguesa. · Semivogais: São os fonemas / i / e / u / quando são pronunciados ao lado de outras vogais e em uma mesma sílaba. A semivogal / i / pode ser representada pelas letras 'i' e 'e', e a semivogal 'u' pode ser representada pelas letras 'u' e 'o' na Língua Portuguesa. REGRAS DE SEMIVOGAL: As 3 características devem acontecer ao mesmo tempo: I-Tem que estar ao lado de uma vogal II-Tem que ter o som de /i/ ou /u/ (não necessariamente são as vogais i ou u). II- Tem que ser um som fraco · Consoantes: Sons que encontram obstáculos ao passar pela boca. Temos 19 consoantes: B, C, D, F, G, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Z. A letra 'H' é diacrítica, ou seja, não é considerada consoante pelo fato de não representar, sozinha, nenhum fonema. PONTUAÇÃO Os tipos de sinais de pontuação: · VÍRGULA: A vírgula é um sinal gráfico usado para indicar uma pausa no discurso, além de separar termos que tenham a mesma função sintática ou, ainda, apostos e vocativos. Exemplos de uso: Preciso comprar vestido, sandália e brincos para o casamento. O professor, especialista em redes sociais, ministrou uma palestra nesta manhã. Assim, Vitor, fica difícil de te defender! CASOS EM QUE NÃO SE USA VÍRGULA: 1) Entre o sujeito e o predicado, entre o verbo e seus objetos, entre nome e complemento nominal, entre nome e adjunto adnominal; 2) Entre a oração principal e a subordinada substantiva. · PONTO: O ponto, por sua vez, é indicado para finalizar uma ideia ou discurso, além do próprio período e abreviações. É opcional em títulos, cabeçalhos e após o nome do autor de uma citação e nos números que indicam ano e CEP. · DOIS PONTOS: Os dois pontos são usados para introduzir uma fala, começar uma determinada enumeração, ainda, antes de alguma explicação (aposto), antes de uma citação. Exemplos: As quatro estações do ano são: verão, outono, primavera e inverno. Juliana exclamou: Minha nossa, como ele é bonito! · PONTO E VÍRGULA: O ponto e vírgula é utilizado quando precisamos separar uma relação de elementos ou, ainda, várias orações que estejam em uma mesma frase. Caso se confunda na hora de utilizar, não se desespere pois, isso é muito comum! Uma dica é pensar no ponto e vírgula como uma pausa mais longa que a vírgula e, ao mesmo tempo, mais curta que o ponto. Separa várias partes do discurso que têm a mesma importância. Separa partes da frase que já estão separadas por vírgula. Separa itens de uma enumeração. Exemplos: O conteúdo programático da prova inclui Direito Constitucional; Direito Penal, Direito Processual Penal e Administração. Mariana preferiu passar as férias no Caribe; não quis se preocupar em tirar documentação. Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, montanhas e cobertor. · PONTO DE INTERROGAÇÃO: Como o próprio nome já diz, o ponto de interrogação é usado para indicar uma pergunta ou questionamento. Pode ser aplicado no final das frases diretas ou indiretas-livres. Exemplos: Você prefere sorvete de morango ou chocolate? Luíza vai ao encontro da mãe à noite? · PONTO DE EXCLAMAÇÃO: O uso do ponto de exclamação indica sentimentos de espanto, entusiasmo, ordem, susto, desejo ou surpresa. Utilizado após interjeições ou vocativos. Exemplos: Eu ganhei na loteria! Maria passou no concurso! João! Há quanto tempo! · ASPAS: As aspas são utilizadas em casos de citações ou para enfatizar expressões ou palavras. Exemplos: Segundo o autor, a “comunicação comunitária é aquela feita pela própria comunidade, diferente das mídias convencionais”. Quando visitei a Argentina, me senti “a milionária” do pedaço. · RETICÊNCIAS: Usamos as reticências quando precisamos indicar situações em que o sentido de algo vai além do que está escrito ou expresso. Também são aplicadas para suprimir textos ou palavras. Exemplos: Ainda não sei como fazer…preciso pensar. No guarda-roupas de Nara, há uma variedade de bolsas, sapatos, sandálias… · TRAVESSÃO: O travessão é o sinal gráfico utilizado para indicar o início de uma fala no diálogo, geralmente, em frases diretas. Também podem substituir dupla vírgula ou parênteses em uma frase. Exemplos: Alberto – motorista da van – pediu que comêssemos antes da viagem. Magali chegou ao padeiro e pediu: - Quero cinco pães, dois bolos e três rosquinhas. · PARENTÊSES: O uso dos parênteses está vinculado às situações onde é necessário acrescentar informações acessórias ou, ainda, isolar alguma explicação. Exemplo: Quando cheguei em casa, meu marido (me casei recentemente), estava esperando pelo almoço. CRASE A crase se refere a junção de duas vogais idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” mais o artigo feminino a(s). Assim, há uso de crase nas seguintes situações: · Antes de palavras femininas, em construções de frases com substantivos e adjetivos que pedem a preposição a, e ainda, com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere. Alguns exemplos são pedir a e agradecer a: Minha irmã nunca está atenta à aula. · Em várias expressões adverbiais, locuções conjuntivas e prepositivas: à noite, à exceçãode, à semelhançade, à deriva, às avessas, às vezes, à toa, à parte, à medida que, à vontade, à frente, à espera de, à procura de, à proporção de, etc. · Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino se houver uma palavra feminina subentendida na frase. Um bom exemplo são as locuções à moda de e à maneira de. · Antes da indicação exata e determinada de horas: Preciso acordar todos os dias às cinco da manhã. · Em várias expressões de modo ou circunstância, como fator de transmissão de clareza na leitura: Estudei a distância – Estudei à distância. · A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo receberão o acento grave se o termo regente exigir complementoregido da preposição “a”. Exemplo: Entregamos a encomenda àquela menina. · Vou A, volto DA, CRASE HÁ; vou A, volto DE, crase pra quê? Vou a Campinas – Volto de Campinas (crase pra quê?) Vou à praia – Volto da praia (crase há) EXCEÇÃO! Quando o nome do lugar estiver especificado, haverá crase, mesmo que seja volto de. Exemplo: Retornarei à São Paulo dos bandeirantes/ Irei à Salvador de Jorge Armado. CASOS EM QUE NÃO HÁ USO DE CRASE: · Antes de substantivos masculinos: Prefiro andar a pé. · Antes de verbos: O engenheiro está começando a planejar meu banheiro. · Antes de grande parte dos pronomes: Desejamos a todos boas festas. EXCEÇÕES! Esta é a notícia à qual me referi. · Em expressões com palavras repetidas, ainda que elas sejam femininas: Fiquei face a face com meu ex-marido. · Antes de palavras femininas no plural e antecedidas pela preposição a: As bolsas de estudo foram dadas a alunas goianas. Entretanto, se os substantivos femininos forem especificados por meio do uso do artigo definido “as”, há uso de crase em função da contração do artigo com a preposição a, portanto a + a = às: As bolsas de estudos foram concedidas às alunas goianas. · Antes de palavras femininas utilizadas em sentido genérico ou indeterminado: Estamos sujeitos a críticas/ Refiro-me a conversas paralelas/ Isso deve ser entregue a alunas. · Antes de numeral, com exceção das horas: O shopping fica a três quilômetros daqui. · Em caso de uso das preposições para, entre, desde e após, não ocorre o uso da crase: O salão só abre após as duas da tarde. · Antes do verbo no infinitivo: Começou a chover. Nos casos a seguir, o uso da crase é facultativo. · Antes de pronomes possessivos; Exemplo: O diretor fez referência a (à) sua empresa · Antes de nomes próprios femininos; Exemplo: Entreguei o caderno a (à) Eliza · Antes de locução prepositiva “até a” Exemplo: A loja ficará aberta até as (às) dezoito horas. Casos específicos: · Antes de nomes de localidades; · Antes da palavra terra; · Antes da palavra casa; MORFOLOGIA É bom lembrar que a Língua Portuguesa é dividida da seguinte forma: · Sintaxe, que estuda a relação entre as palavras dentro das frases. · Fonologia, que estuda o som das palavras, suas sílabas e letras. · Semântica, que estuda o significado das palavras. · Morfologia, que estuda as classes de palavras, suas estruturas e origens. A Morfologia estuda as palavras isoladamente, dividindo-as em classes de palavras, também conhecidas como classes gramaticais. São elas: 1. ARTIGO: O artigo é o termo que vem antes do substantivo, esclarecendo três pontos importantíssimos sobre ele: · Se o substantivo é definido ou indefinido · Se o substantivo é masculino ou feminino · Se o substantivo está no singular ou no plural Exemplos de artigos: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. - Artigo Definido: é utilizado para apontar um ou mais seres especificamente. Exemplo: O homem saiu pela porta. - Artigo Indefinido: deixa oculto a quais ou qual ser se refere. Ele generaliza o substantivo. Exemplo: Um suspeito passou por aqui. 2. ADVÉRBIO Os advérbios nada mais são que palavras que modificam os verbos, os adjetivos e até mesmo outros advérbios. Existem advérbios de 7 tipos: 1. Lugar – abaixo/acima, dentro/fora, adiante/atrás… 2. Tempo – ainda, antes, depois, cedo, tarde, logo… 3. Modo – ademais, depressa, só, também… 4. Negação – não, nada… 5. Afirmação – deveras, sim, certo, certamente… 6. Dúvida – porventura, acaso, talvez… 7. Intensidade – bastante, mais, menos, muito, pouco… É bom ficar atento também às locuções adverbiais. Expressões com duas ou mais palavras que cumprem a mesma função dos advérbios, em qualquer dos 7 tipos citados. 3. ADJETIVO: Ele tem a função de delimitar e qualificar o significado de um substantivo. De maneira geral, podemos dizer que os adjetivos dizem quais são as qualidades de um substantivo. Exemplos: azul, belo, feio, romântico, bom, mau, arredondada. OBS! Muitas vezes há diferença entre a mudança de ordem na frase do adjetivo, por exemplo, se ele vir antes do substantivo ou depois. Exemplo: Ele é um homem alto (alta estatura) / Ele é um alto empresário (ele se destaca entre os demais). Locuções adjetivas: são a junção entre uma preposição e um substantivo, operando na frase como um adjetivo. Exemplos: cachorro de rua, quadro com cupim, arroz de geladeira, livro sem capa. Substantivação do adjetivo: “O fraco sempre sairá por último”. Nesse caso, “fraco” não é adjetivo. A palavra não está qualificando nenhum substantivo. Ele é o próprio substantivo. O adjetivo fraco foi substantivado! Grau do adjetivo: Quando falamos em graus estamos falando das relações entre as qualidades de um ou mais seres. Os graus existentes são o positivo, o comparativo e o superlativo. - Grau Positivo: é o menos conhecido. É o grau que simplesmente enuncia a qualidade de algo. Exemplo: A mulher é linda. - Grau Comparativo: é o grau onde o adjetivo está empregado em uma comparação entre dois ou mais seres. · Grau Comparativo de Igualdade – “A mulher é tão linda quanto o homem”. · Grau Comparativo de Superioridade – “A mulher é mais linda que o homem”. · Grau Comparativo de Inferioridade – “A mulher é menos linda que o homem”. - Grau Superlativo: é utilizado quando se pretende dar ênfase na adjetivação. Existem duas possibilidades de emprego – o Grau Superlativo Absoluto (não faz comparações) e o Grau Superlativo Relativo (faz comparações). · Grau Superlativo Relativo – “A mulher é a mais linda de sua sala” · Grau Superlativo Absoluto – “A mulher é lindíssima!” Importante dizer que no Grau Superlativo Absoluto existem duas possibilidades. A utilização de expressões como “muito linda” ou a utilização do adjetivo modificado, como “lindíssima”. Daí surgem mais duas classificações: · Grau Superlativo Absoluto Sintético – “A mulher é lindíssima!” · Grau Superlativo Absoluto Analítico – “A mulher é muito linda!” 4. CONJUNÇÃO As conjunções são conectivos que ligam duas orações (coordenadas e subordinadas) ou duas palavras de mesma função em uma oração. Exemplos: porque, mas, nem, e, que… Lembre-se que um período é um conjunto de uma ou mais orações que fazem sentido. Veja um período onde a conjunção “e ” é aplicada: Tereza viajou e Manoel ficou triste “Tereza viajou” é uma oração. “Manoel ficou triste” é outra oração. A conjunção “e” faz a conexão entre elas duas. - Conjunções coordenativas: são aquelas que ligam orações de sentido completo ou independente ou termos de oração, que têm a mesma função gramatical. Dividem-se em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. - Conjunções subordinativas: são aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente. As conjunções podem ser integrantes dos substantivos ou adverbiais. OBS! Uma oração que apresenta conjunção é chamada de sindética. A oração que não apresenta conjunção é uma oração assindética. 5. INTERJEIÇÃO: É a expressão que sucinta do pensamento e/ou emoção. Existem 10 tipos de Interjeição: 1. Dor (ai! ui!) 2. Alegria (ah! eh!) 3. Desejo (oxalá! tomara!) 4. Admiração (puxa! quê!) 5. Animação (eia! coragem!) 6. Aplauso (bravo! apoiado!) 7. Aversão (irra! chi!) 8. Apelo (olá! psit! alô! socorro!) 9. Silêncio (psiu! caluda!) 10. Interrogação/Espanto (hem!) 6. NUMERAL: São as palavras que tem função quantificadora definida em uma oração. Enquanto o artigo indefinido “um” fala genericamente de uma quantidade possível de seres, o numeral “um” quantifica exatamente. Veja um exemplo de aplicação do numeral “um”: Eu só comprei uma cama. Uma dica para verificar se o “um” encontrado em uma oração é numeral ou outra classe de palavra é substituí-lo por outro numeral e verificar se faz sentido. No nosso exemplo, faria sentido: Eu só comprei duas camas. Logo, trata-se de um numeral. - Numeral Ordinal: são aqueles que expressam ideia de ordem numa série. Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto etc. OBS! As palavras último, penúltimo, anterior, posterior também indicam posição dos seres, mas são classificadas como adjetivos. - Numeral Cardinal:são aqueles que simplesmente expressam quantidade. Exemplos: um, dois, três, mil, um milhão, três bilhões etc. - Numeral Multiplicativo: numerais que determinam o número de vezes de algo. Exemplos: dobro, triplo, quadruplo etc. - Numeral Fracionário: expressa divisão. Exemplos: meio, terço, doze avos, décimo etc. 7. PRONOME: É uma palavra que substitui ou pode substituir um substantivo. Isso pode acontecer de diversas formas, por isso existem seis tipos de pronome: 1. Pronome pessoal 2. Pronome possessivo 3. Pronome demonstrativo 4. Pronome indefinido 5. Pronome interrogativo 6. Pronome relativo - Pronome Pessoal: é aquele que substitui o nome de alguém em uma construção gramatical. Além disso, ele relaciona o nome a uma das 3 pessoas gramaticais. Eu/nós (1ª pessoa- singular e plural) – a pessoa que fala. Tu/vós (2ª pessoa – singular e plural) – a pessoa com quem falamos. Ele/eles (3ª pessoa – singular e plural) – a pessoa de quem falamos. O pronome pessoal pode ser de três tipos: reto, oblíquo e de tratamento · Pronome Pessoal Reto: é aquele que representa o sujeito do verbo na oração. São eles: eu, tu, ele, nós, vós e eles · Pronome Pessoal Oblíquo: é aquele que tem como função a complementação do verbo. 1ª pessoa do singular – me, mim, migo 2ª pessoa do singular – te, ti, tigo 3ª pessoa do singular – o, a, lhe, se, si, sigo 1ª pessoa do plural – nos, nosco 2ª pessoa do plural – vos, vosco 3ª pessoa do plural – os, as, lhes, se, si, sigo · Pronome Pessoal de Tratamento: é aquele que substitui a terceira pessoa do singular ou do plural (ele/eles). Alguns exemplos de pronome de tratamento: · Você · Vossa Senhoria · Vossa Excelência (presidente da República, bispos, ministros, etc) · Vossa Majestade (reis, rainhas, príncipes) · Vossa Eminência (cardeais) · Vossa Magnificência (reitor de universidade) · Vossa Santidade (papas) · Vossa Reverendíssima (sacerdotes) · Fulano · Cicrano · Beltrano Os pronomes de tratamento são utilizados principalmente em referência a cargos. Enquanto “Sua Majestade” é utilizado para um rei, “Excelentíssimo” é utilizado para um Governador, por exemplo. SUA – FALAR DE ALGUÉM VOSSA – ESTOU FALANDO COM A PRÓPRIA PESSOA / Verbo na 3a pessoa do singular. - Pronomes Possessivos: são aqueles que trazem a ideia de posse, em referência a alguém a quem pertence algo. 1ª Pessoa – Meu (s) / Minha (s) 2ª Pessoa – Teu (s) / Tua (s) 3ª Pessoa – Seu (s) / Sua (s) 1ª Pessoa – Nosso (s) / Nossa (s) 2ª Pessoa – Vosso (s) / Vossa (s) 3ª Pessoa – Seu (s) / Sua (s) - Pronome Indefinido: é aquele que determina o substantivo de maneira vaga. Exemplos: algum, bastante, cada, certo, diferentes, diversos, mais, menos, muito, nenhum, outro, pouco, qualquer, quanto, quem quer, tanto, todo, um, vários. - Pronomes demonstrativos: são utilizados para explicitar a posição de certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Este(s), esta(s), isto – indicam que o objeto está perto da pessoa que fala/ indicam o tempo presente em relação à pessoa que fala- “Esta manhã farei a prova do concurso”. /empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará. Esse(s), essa(s), isso – indicam o tempo passado, porém relativamente próximo à época em que se situa a pessoa que fala – “Essa noite dormi mal”./ utilizados quando se pretende fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou. Aquele(s), aquela(s), aquilo – indicam o que está distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala/ indicam um afastamento no tempo, referido de modo vago ou como tempo remoto –“Naquele tempo, os professores eram valorizados”. Este e aquele são termos empregados quando se quer fazer referência a termos já mencionados: aquele se refere ao termo referido em primeiro lugar e este para o último referido. Exemplo: - Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo; este está bem mais colocado que aquele. OU -Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo, aquele está bem mais colocado que este - Pronome Interrogativo: são aqueles que integram orações interrogativas. Exemplos: que, quem, qual, quanto - Pronome Relativo: é aquele faz referência a um termo de outra oração, que não aquela que ele fez parte. São: o qual, que, quem e cujo. Exemplos de uso do Pronome Relativo: · A mulher, a qual falou comigo, chegou em casa · O cachorro, cuja pata foi curada, está andando · As árvores cujas (ideia de posse) folhas são largas e verdes / As folhas da árvore... · O livro a cujo autor me referi – verbo exige preposição 8. PREPOSIÇÃO: As preposições são conectivos, palavras invariáveis (não têm variação de número, gênero etc) que ligam o complemento à palavra completada. O termo que vem antes de uma preposição é chamado antecedente. O termo que vem depois é chamado consequente. - Preposições Essenciais: são aquelas que só desempenham essa função. Exemplos: de, desde, a, até, para, por, trás, sob, com, contra, perante, sem, ante, após, etc. - Preposições Acidentais: são palavras de outras classes que são empregadas como preposição eventualmente. Exemplos: durante, menos, mediante, salvo, conforme, como, exceto, fora, segundo, senão, visto. - Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última preposição: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, acima de, embaixo de. 9. SUBSTANTIVO: O substantivo é a classe gramatical que utilizamos para dar nome aos objetos e às coisas. A própria origem da palavra “substantivo”, que vem de “substância”, se refere ao fundamento de algo. - Substantivos concretos: são aqueles que nomeiam objetos, coisas, lugares, animais e plantas. – Substantivos abstratos: se referem a fenômenos que têm existência dependente. Ações, sentimentos, estados e qualidades são substantivos abstratos. Exemplos: amor, prazer, ódio, beleza, beijo, amizade. - Substantivos próprios: são aqueles que individualizam um ou mais seres. Assim, os nomes de pessoas e países, por exemplo, são nomes próprios. Exemplo: João, Argentina, Bahia, Magazine Luiza. - Substantivo comum: é aquele aplicado a vários objetos e coisas. Ele não cria identidades específicas nos seres que nomeia. - Substantivo coletivo: Eles fazem referência a uma coleção de objetos, seres ou coisas. Exemplos: laranjal, rebanho, cardume, vinhedo, constelação. - Substantivo primitivo: é aquele que não é derivado de outra palavra. Exemplos: pedra, limão, água, flor. - Substantivos derivados: são aqueles que derivam dos substantivos primitivos. Exemplos: pedrada, limoeiro, aguada, floricultura. - Substantivos compostos: são aqueles que possuem mais de um radical em sua estrutura. Exemplos: guarda-chuva, couve-flor, erva-doce, passatempo. - Substantivos simples: são aqueles que possuem apenas um radical na sua estrutura. Exemplos: computador, mesa, cadeira, garrafa. Flexão de Gênero: · Substantivos biformes: apresentam uma forma para cada gênero. Exemplo: a gata e o gato. · Substantivos uniformes: apresentam uma única forma para designar o gênero feminino e masculino. - Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo se faz com o uso das palavras macho e fêmea. Exemplo: a cobra macho e a cobra fêmea. - Sobrecomuns: referentes a ambos os sexos. Exemplos: a criança, a testemunha, a vítima. - Comum de dois: indicam o sexo da pessoa por meio do uso de artigos. Exemplo: o colega e a colega. 10. VERBO: O verbo é a palavra que expressa a realização de alguma ação, ou o resultado dessa ação. É possível analisar e classificar os verbos em relação a diversos aspectos. Predicação do Verbo: O verbo também é chamado de predicado, já que atribui uma ação a uma coisa ou a uma pessoa. Essa predicação pode ser incompleta ou completa. - Verbo Intransitivo: é aquele de predicação completa, portanto não precisa de um complemento. O verbo “chover”, é um exemplo - “Ontem choveu”. A oração é compreendida semqualquer complemento ao verbo. - Verbo Transitivo: o verbo precisa de um complemento, por não ser de predicação completa. Um exemplo é o verbo “ver” – “Saulo viu a morena”. Na oração acima, dizer apenas que “Saulo viu” ficaria incompleto. Saulo viu o quê? É preciso um complemento, nesse caso, a palavra “morena”. É bom ressaltar que o complemento do verbo transitivo é chamado de objeto. E que os verbos transitivos podem ser considerados transitivos diretos e transitivos indiretos. · Verbo Transitivo Direito é aquele que a ação passa diretamente para a pessoa ou coisa sobre que recai. Exemplo: ver, beber, derrubar. · Verbo Transitivo Indireto é aquele que a ação não passa diretamente para a pessoa ou coisa sobre que recai. Exemplo: gostar, obedecer. O complemento do verbo transitivo direto é o objeto direto. O complemento do verbo transitivo indireto é o objeto indireto. Voz do Verbo: As vozes verbais são ativa, passiva, reflexiva e neutra. - Voz Ativa: é quando a ação verbal é praticada pelo sujeito. Ele é o agente da ação verbal. Exemplo: O rato comeu o queijo. - Voz Passiva: a pessoa ou coisa a quem se atribui a ação verbal recebe a ação, em vez de praticá-la. Exemplo: O carro foi lavado pelo menino. - Voz Reflexiva: pode ser entendida como a união entre a Voz Passiva e a Voz Ativa. O sujeito pratica e, simultaneamente, sofre os efeitos da ação verbal. Exemplo: Tereza cortou-se. - Voz Neutra: É o caso em que o sujeito nem pratica nem recebe a ação verbal. Exemplo: Maria Joaquina é linda. Flexão do Verbo: -Modo Indicativo: a ação expressa pelo verbo é exercida de maneira real e definida, seja numa afirmação, seja numa negação. Exemplos: fazem, compro, mando, tenho, estais, veem. - Modo Subjuntivo: o verbo precisa estar subordinado a um outro verbo para ter sentido. Exemplo: “Quero que estude”. O verbo “estude”, nesse caso, está no modo subjuntivo, pois seu sentido está dependendo do verbo “quero” – uso das palavras quando e se. - Modo Imperativo: é o modo verbal dos “mandões”, pois são utilizados para a passar a ideia de ordem. Exemplo: “Apareça agora em minha frente”. “Apareça” está no modo imperativo – uso da palavra “que”(Presente do Subjuntivo no modo imperativo negativo e no Presente do Subjuntivo no modo afirmativo. No afirmativo, para “tu” e “vós” conjuga-se o tempo no Presente do Indicativo, retirando-se o s). Formas Nominais do Verbo: Os verbos podem se tornar substantivos ou adjetivos. Eles exercem essas funções quando estão em suas formas nominais. São elas: · Gerúndio · Infinitivo · Particípio - Gerúndio: é a forma nominal do verbo terminada em “ndo”, que indica uma ação continuada. Exemplos: amando, vivendo, correndo, fluindo, participando. - Infinitivo: é o “nome” do verbo. Nessa forma, não há variação de modo, tempo, número ou pessoa. Exemplos: crescer, amar, correr, partir, repor, vender. - Particípio: é a forma verbal terminada em “ado/ido”. Exemplos: comprado, vendido, amado, corrompido, mesclado, vivido, construído. Tempo do Verbal: Já que o verbo indica a realização de uma ação, ou o resultado dela, faz muito sentido que exista variações de tempo dessas ações. Afinal, elas podem ser realizadas, ou ter resultados, no passado (ou pretérito), no presente ou no futuro. · Presente · Pretérito imperfeito · Pretérito perfeito · Pretérito mais-que-perfeito · Futuro · Futuro do presente · Futuro do pretérito - Verbo Auxiliar: são auxiliares os verbos que complementam o sentido de outros verbos (chamados principais). São verbos auxiliares na Língua Portuguesa: · Ter · Haver · Ser · Estar Exemplos: “Eu tenho visto muitos pássaros”. “Tenho”, neste caso, cumpre a função de verbo auxiliar. · O verbo haver com sentido de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais) é usado na 3a pessoa do singular. · Os verbos fazer, ser e estar quando indicam tempo, também são usados na 3a pessoa do singular. - Verbos Regulares: são aqueles em que o radical permanece invariável durante toda a sua conjugação. Um verbo regular não modifica sua estrutura quando é modificado nas várias pessoas. Exemplos: louvar, vender, partir. · Eu parto · Tu partes · Ele parte · Nós partimos · Vós partis · Eles partem Em todas as pessoas o radical “part” é mantido. - Verbo Irregular: Ao contrário do verbo regular, o verbo irregular sofre modificações em seu radical quando é conjugado. Exemplos: perder, fazer, ferir, caber. · Eu firo · Tu feres · Ele fere · Nós ferimos · Vós feris · Eles ferem Perceba a mudança no radical. De “fir” para “fer”. - Verbos Anômalos: Existem dois verbos anômalos: Ser e Ir Enquanto os verbos irregulares sofrem mudanças no radical, os verbos anômalos simplesmente mudam de radical. Veja o verbo “ser” conjugado no presente do indicativo: · Eu sou · Tu és · Ele é · Nós somos · Vós sois · Eles são - Verbos Defectivos: Os verbos defectivos são aqueles que possuem deficiência na conjugação. Eles não possuem todas as formas verbais. Exemplos: reaver, precaver, falir. Como conjugar o verbo falir na primeira pessoa? Não existe! - Verbos Abundantes: São os verbos que possuem dupla forma, geralmente no particípio. Veja alguns exemplos: · Findado/findo · Limpado/limpo · Benzido/bento · Envolvido/envolto · Emergido/emerso · Frigido/frito CONCORDÂNCIA VERBAL É a flexão que se faz para que o verbo concorde com o seu sujeito. · Determinado (aquele que se pode identificar com precisão). Divide-se em: a) Simples: constituído de apenas um núcleo (palavra de valor substantivo). Exemplo: O valor das mensalidades do curso preparatório para a carreira jurídica subiu muito no último semestre. b) Sujeito composto: formado por mais de um núcleo: Exemplos: Manuel e Cristina pretendem casar-se. (núcleo) + conjunção aditiva + (núcleo) + predicado - Quando o sujeito composto estiver posposto ao verbo, este poderá concordar com todos os núcleos (plural) ou com o mais próximo (concordância atrativa): Exemplo: Discutiram muito o chefe e o funcionário /Discutiu muito o chefe e o funcionário. - Se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai para o plural: Exemplo: Estimam-se o chefe e o funcionário. · Indeterminado: aquele que não está identificado: a) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto: Exemplos: Falaram bem de você Colocaram o anúncio Alugaram o apartamento. b) Com o “índice de indeterminação do sujeito” se + verbo transitivo indireto (VTI) ou intransitivo (VI) ou de ligação (VL), no singular: Exemplos: Trata-se de casos delicadíssimos. (verbo transitivo indireto) Vive-se melhor fora das cidades grandes. (verbo intransitivo) É-se muito pretensioso na adolescência. (verbo de ligação) · Oração sem sujeito: quando a oração tem apenas o predicado, isto é, o verbo é impessoal. É importante saber quando uma oração não possui sujeito, tendo em vista que o verbo deve se flexionar na terceira pessoa do singular: I - Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Exemplos: Venta muito naquela cidade Amanhã não choverá. II - Verbo haver significando existir, ocorrer: Exemplos: Havia muitas pessoas na sala. Há vários problemas na empresa. Quando esse verbo for o principal numa locução verbal, seu verbo auxiliar não pode se flexionar. Veja: Deve haver vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas objeto direto) Tem havido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas objeto direto) Está havendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas objeto direto) III - Verbos haver e fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno natural: Já faz meses que não viajo com ele. (É a primeira oração que não tem sujeito) Há três anos não vejo minha família. (É a primeira oração que não tem sujeito) IV- Verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicação de tempo. São três horas. Hoje são dez de setembro. Hoje está muito frio. O verbo “ser” temconcordância peculiar e é o único que, mesmo não possuindo sujeito, concorda com o indicador de tempo. CASOS PARTICULARES: 1. Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, a metade de, a maioria de, a maior parte de, a grande parte de, etc.) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou plural. 2. Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de, etc.) seguido de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Exemplo: Cerca de mil pessoas participaram do concurso. 3. Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo. Exemplo: 1% dos alunos faltaram na prova. Porém, quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número da porcentagem. Exemplo: 25% querem mudança. CONCORDÂNCIA NOMINAL A concordância nominal se baseia na relação entre nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). · O adjetivo concorda com o gênero e número quando se refere a um único substantivo. Exemplo: As flores perfumadas secaram. · O adjetivo concorda com o gênero e número com o substantivo mais próximo. Exemplo: Encontramos caídas as roupas e os prendedores/ Encontramos caída a roupa e os prendedores. · O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de nenhum modificador. Exemplo: Água é bom para saúde/ É proibido entrada de.../ É necessário/ É permitido/ É preciso. · O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo. Exemplo: Esta água é boa para a saúde/Proibida a entrada de... · As palavras Anexo, Obrigado, Mesmo, Próprio, Incluso, Quite, concordam em gênero e número com substantivo ou pronome a que se referem. Exemplo: Seguem anexas as documentações requeridas. · As palavras Bastante, Caro, Barato, Longe, quando funcionam como advérbios, são invariáveis. Quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos ou numerais, concordam com o nome a que se referem. Exemplos: As jogadoras estavam bastante cansadas (advérbio) Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho (pronome adjetivo) DICA! Se na frase, pode-se substituir por muitas ou muitos, a palavra bastante deve flexionar para bastantes. · A palavra “meio” quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o nome a que se refere. Exemplo: Pedi meia porção de batata. Quando empregada como advérbio, permanece invariável. Exemplo: A candidata está meio nervosa. NÃO EXISTE MEIA NO SENTIDO DE UM POUCO! - As palavras Alerta e Menos são invariáveis. COLOCAÇÃO PRONOMINAL: Primeiro, devemos nos lembrar de que os pronomes oblíquos átonos “o, a, os, as” cumprem a função de objeto direto (comprei-o.), e os pronomes “lhe, lhes” podem ser objeto indireto (Obedeço-lhe), complemento nominal (Tenho-lhe obediência) e ainda podem ter valor de posse (Doem-lhe as penas). Os pronomes oblíquos átonos são “me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes”. Em função da posição do pronome em relação ao verbo, classifica-se em: - Próclise: antes do verbo (Nada se perde) - Mesóclise: no meio do verbo (Dirigir-lhe-emos a palavra) - Ênclise: depois do verbo (Fugiram-nos as palavras) A regra geral diz que se deve colocar o pronome enclítico, desde que não haja palavra “atrativa” que levará o pronome para antes do verbo (próclise). São fatores de próclise: a) Palavra negativa, desde que não haja pausa entre o verbo e as palavras de negação: Ninguém se mexe / Nada me abala. Obs.: se a palavra negativa preceder um infinitivo não-flexionado, é possível a ênclise: “Calei para não magoá-lo” b) Conjunção subordinativa Ex.: Preciso de que me responda algo. / O homem produz pouco, quando se alimenta mal. c) Pronome ou palavras interrogativas Ex.: Quem me viu ontem? / Queria saber por que te afliges tanto. d) Pronome indefinido, demonstrativo e relativo Ex.: Alguém me ajude a sair daqui / Isso te pertence / Ele que se vestiu de verde está ridículo. e) Advérbio (não seguido de vírgula) e numeral “ambos” Ex.: Aqui se vê muita miséria. Aqui, vê-se muita miséria / Ambos se olharam profundamente. f) Em frases exclamativas (começadas por palavras exclamativas) e optativas (desejo): Deus te guie! / Quanto sangue se derramou inutilmente! g) Sujeitos atrativos. Exemplo: O menino se mostrou interessado/ As professoras se manisfetaram insatisfeitas. Uso de mesóclise: Respeitados os princípios de próclise, há mesóclise caso o verbo esteja nos tempos futuros do indicativo (futuro do presente e futuro do pretérito). Ex.: dar-te-ia = daria + te / dar-te-ei = darei + te Diante da plateia, cantar-se-ia melhor. / Os amigos sinceros sentir-nos-ão saudades. EM CASOS DE INDICAÇÃO DE PRÓCLISE, ESTA PREVALECERÁ SOB A MESÓCLISE! Uso de ênclise: após vírgula REGÊNCIA COM PRONOMES OBLÍQUOS: Os pronomes pessoais oblíquos átonos são “me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, os lhes”. Os pronomes “o, a, os, as” serão os objetos diretos. Ana comprou um livro (comprou-o). Ana comprou uns livros (comprou-os). · Quando esse verbo transitivo direto terminar com “r”, “s” ou “z”, o pronome átono “o” e suas variações receberão “l”. OBS! Com o verbo terminado em “ir”. A retirada do “r” não faz com que haja acento, pois não se acentua oxítona terminada em “i”. Exemplo: Vou partir o bolo/ Vou parti-lo. Porém, acentua-se a palavra que possua hiato em que a segunda vogal seja “i”. Exemplo: A prefeitura vai construir uma ponte/ A prefeitura vai construí-la/ Solicitamos o documento. Solicitamo-lo/ Refiz o documento. Refi-lo. · Quando o verbo transitivo direto terminar com “m” ou sinal de nasalização (~), recebe “n”. Exemplo: Cantam a música/Cantam-na/ Põe a música!/ Põe-na! · Os pronomes “lhe, “lhes” ocupam as funções sintáticas de objeto indireto, complemento nominal, além de poder possuir valor de posse. ATENÇÃO! DIFERENÇA ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL: Complemento nominal: pode completar o sentido de um substantivo, advérbio e adjetivo. É acompanhado de preposição sempre. Completa o sentido de substantivos abstratos apenas. É agente paciente. X Adjunto adnominal: completa o sentido de substantivo apenas. Pode vir ou não acompanhado de preposição. Completa o sentido de substantivos concretos ou abstratos. É agente ativo. FIGURAS DE LINGUAGEM As figuras de Linguagem são recursos linguísticos que têm o intuito de dar ênfase ao discurso, sendo classificados em figuras de som (aliteração, assonância, onomatopeia); de palavras (comparação, metáfora, metonímia, catacrese, perífrase, sinestesia); de pensamento (antítese, paradoxo, eufemismo, ironia, hipérbole, personifição, apóstrofe, gradação) e de sintaxe (elipse, zeugma, silepse, polissíndeto, assíndeto, pleonasmo, anáfora, anacoluto, hipérbato). 1. FIGURAS DE SOM: · Aliteração: repetição de fonemas consonantais com intenção expressiva. · Assonância: Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos (aa, ee, oo): · Onomatopeia: Palavra que imita sons da natureza. · Homeoteleuto: consiste na correspondência fonética das terminações da última sílaba de uma oração ou verso: 2. FIGURAS DE PALAVRAS: · Comparação ou símile: Consiste em comparar dois seres, fazendo uso de conectivos comparativos¹ ligando o elemento comum² aos dois. · Metáfora: Tipo de comparação em que não aparece o conectivo¹ nem o elemento comum² aos seres comparados. · Metonímia ou sinédoque: Troca de uma palavra por outra, havendo entre elas uma relação real, concreta, objetiva. Há vários tipos de metonímia. · Catacrese: é um tipo especial de metáfora. É a extensão de sentido que sofrem determinadas palavras na falta ou desconhecimento do termo apropriado. Essa extensão ocorre com base na analogia. Por isso, ela é uma variação da metáfora. · Perífrase:é o emprego de várias palavras no lugar de poucas ou de uma só. · Sinestesia: Consiste numa fusão de sentidos. Para ficar mais fácil guardar e não ter que decorar, veja a estrutura desta palavra: o prefixo “sin” significa reunião, mistura e “estes(ia) significa sensibilidade, sensação. Assim, sinestesia é a mistura de sensações, de sentidos. · Antonomásia: Quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue. Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio. 3. FIGURAS DE PENSAMENTO: · Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de sentido oposto. · Eufemismo: é suavizaçãoo de uma ideia desagradável. Chamado de linguagem diplomática. · Ironia: consiste em dizer-se o contrário do que se quer. É uma figura muito importante para a interpretação de textos. · Hipérbole: consiste em exagerar as coisas, extrapolando a realidade. · Prosopopeia ou personificação: consiste em se atribuir a um ser inanimado ou a um animal ações próprias dos seres humanos. · Apóstrofe: Chamamento, invocação de alguém ou algo, presente ou ausente. Corresponde ao vocativo da análise sintética. · Gradação: consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou decrescente. Quando a progresso é ascendente, temos o clímax; quando é descendente, o anticlímax. 4. FIGURAS DE SINTAXE: · Elipse ou zeugma: omissão de um termo, geralmente verbo, empregado anteriormente. · Silepse: concordância anormal feita com a ideia que se faz do termo e não com o próprio termo. Pode ser: a) De gÍnero Ex.: Vossa Senhoria é bondoso. A concordância normal seria bondosa, já que Vossa Senhoria é do gênero feminino. Fez-se a concordância com a ideia que se possui, ou seja, trata-se de um homem. b) De número Ex.: O grupo chegou apressado e conversavam em voz alta. O segundo verbo do perÌodo deveria concordar com grupo. Mas a ideia de plural contida no coletivo leva o falante a flexionar o verbo no plural: conversavam. Tal concordância anormal não deve ser feita com o primeiro verbo. c) De pessoa. Ex.: Os brasileiros somos otimistas. Em princÌpio, deverÌamos dizer são, pois o sujeito é de terceira pessoa do plural. Mas, por estar incluÌdo entre os brasileiros, é possível colocar o verbo na primeira pessoa: somos. · Polissíndeto: repetições de conjunções, geralmente o “e”. · Assíndeto: é uma figura caracterizada pela ausência, pela omissão das conjunçõıes coordenativas, resultando no uso de orações coordenadas assindéticas. · Pleonasmo: repetição enfática de um termo ou de uma ideia. · Anáfora: é a repetição intencional de uma ou mais palavras no início de várias frases, criando assim, um efeito de reforço e de coerência. No estudo da coesão, esse recurso é chamado de reiteração. Pela repetição, a palavra ou expressão é enfatizada, é posta em destaque. · Anacoluto: é a quebra da estruturação sintática, de que resulta ficar um termo sem função sintática no período. É parecido com um dos tipos de pleonasmo. · Hipérbole, inversão ou quiasmo: é a inversão da ordem dos termos na oração ou das orações no período. · Hipálage: quando há inversão da posição do adjetivo: uma qualidade que pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase. Resumindo... FIGURAS DE SOM FIGURAS DE PALAVRAS FIGURAS DE PENSAMENTO FIGURAS DE SINTAXE Aliteração Assonância Onomatopeia Homeoteleuto Comparação ou símile Metáfora Metonímia Catacrese Perífrase Sinestesia Antonomásia Antítese Eufemismo Ironia Hiperbóle Prosopopéia ou personificação Apóstrofe Gradação Elipse ou zeugma Silepse Polissíndeto Assíndeto Pleonasmo Anáfora Anacoluto Hipérbole, inversão ou quiasmo Hipálage ANÁLISE SINTÁTICA De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) a classificação dos termos da oração se dá em acessórios, integrantes ou essenciais. Termos essenciais da oração: o sujeito e o predicado. Todas as orações possuem sujeito, mas nenhuma delas existe sem predicado. Termos integrantes da oração: são aqueles que complementam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes. São eles: complementos verbais – objetos diretos e indiretos, agente da passiva e complemento nominal. O complemento nominal vai complementar o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo. Exemplo: “O pai estava orgulhoso dos seus filhos”. O agente da passiva ocorre numa oração passiva e indica o sujeito que praticou a ação do verbo e geralmente tem como núcleo a preposição por e algumas vezes também de. Termos acessórios: a função que eles desempenham é secundaria. Ou seja, eles não são selecionados pelo nome ou verbo e se forem retirados da oração não alteram sua gramática. Existem quatro termos que possuem essa função que são: os adjuntos adverbiais e adnominais, o aposto e o vocativo. Os adjuntos adverbiais descrevem como que ocorreu as situações descritas principalmente as espaciais, temporais e as que têm relação com a ação praticada, o instrumento utilizado, dentre outros. Exemplo: “As meninas saíram apressadas”. Se o termo apressadas for retirado o sentido da frase não é perdido. Os adjuntos adnominais caracterizam o agente da ação, um substantivo. Isso é feito através de adjetivos ou locuções adjetivas, pronomes, numerais ou artigos. Exemplo: “O homem lindo sorriu para a jovem”. Os adjuntos adnominais são: lindo, jovem. O aposto é aquele termo que explica o substantivo. Exemplo: “Sexta, dia 12, é feriado”. O vocativo interpela ou invoca o interlocutor. Sintaticamente, ele não possui relação com qualquer um dos constituintes da frase. Exemplo: ”Filho! Você está bem? · PREDICADO: O predicado refere-se à informação dita sobre o sujeito, podendo ser verbal, nominal ou verbo-nominal. - Predicado verbal: verbo ou locução verbal que é o núcleo do predicado da oração. Exemplos: Bianca fechou a loja cedo/ Estou vendo de comparecer/ Rafael escreveu um livro. - Predicado nominal: possui um nome – substantivo ou adjetivo – como núcleo do predicado, indicando estado ou qualidade. Tem como característica a presença de um verbo de ligação (ser, estar, parecer, ficar, tornar, continuar, permanecer, etc). Exemplos: Ele está triste/ A natureza é linda/ Elas continuam belas. - Predicado verbo-nominal: consiste em um predicado misto. Exemplos: Joana correu apressada/ Nós bebemos água gelada/ Carlos falou sobre o seu novo cargo empolgado. · VERBO E OBJETO: - Verbo transitivo indireto: tem como características a necessidade de um complemento e de uma preposição para fazer sentido na frase. Quando o verbo é transitivo indireto, obrigatoriamente o objeto também será indireto. Exemplos: Eu gosto de música/ Eu aprendo na escola. - Verbo transitivo direto: não exige preposição, mas também precisa de um complemento. Nesse caso, o objeto será direto. Exemplos: Ela caminha todas as manhãs / O garoto comprou uma câmera. - Verbo intransitivo: tem como característica não exigir qualquer complemento e, por isso, não conta com objeto. Exemplos: Ele morreu/ O bebê dormiu/ Nós choramos. - Verbos de Ligação: expressam características de estado ao sujeito. Podem expressar: · Estado permanente: Alice é adulta. · Estado de transição: Rodrigo está desempregado. · Estado de mutação: Fabiana ficou doente. · Estado de continuidade: Eduarda continua linda. · Estado aparente: Tatiana parece bem. PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E POR SUBORDINAÇÃO: O período é composto por uma ou mais orações, sempre com sentido completo. O período também pode ser simples ou composto: · Período simples: Vejo você no sábado. · Período composto: Vejo você no sábado, ou ficarei com muitas saudades. Para saber se um período é simples ou composto, lembre-se de que um período é composto por uma ou mais orações, e a oração é uma frase que possui um verbo. Então, basta contar quantos verbos há na frase. Se for apenas um, o período é simples; se houver dois ou mais, o período é composto. ORAÇÕES COORDENADAS:As orações não mantêm entre si dependência gramatical, são independentes. Existe entre elas, evidentemente, uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não depende da outra. A essas orações independentes, dá-se o nome de orações coordenadas, que podem ser assindéticas ou sindéticas. As orações coordenadas introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas. a) Aditivas: expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas. Por Exemplo: Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções/ Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções. b) Adversativas: exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas. Exemplos: "O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)/ O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria/ Tens razão, contudo controle-se / Renata gostava de cantar, todavia não agradava/ O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória. c) Alternativas: expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas. Exemplos: Diga agora ou cale-se para sempre/ Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza/ Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. d) Conclusivas: exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas. Exemplos: Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar / A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente/ O time venceu, por isso está classificado/ Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente. e) Explicativas: indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas. Exemplos: Vou embora, que cansei de esperá-lo/ Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro/ Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário. Atenção! Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiais causais. Observe a diferença entre elas: - Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior. Por Exemplo: A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.) - Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato. Por Exemplo: Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.) ORAÇÕES SUBORDINADAS: A oração subordinada (termo sintático) é a parte de um enunciado que não tem sentido próprio, mas precisa de uma oração que a subordine, que seja a principal. Exemplo: Eu disse que o livro estava aqui. Três são os tipos de orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais. · SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS: As orações subordinadas substantivas podem ser (6 tipos): - Subjetiva: funciona como sujeito do verbo da oração principal. O verbo da oração principal se apresenta sempre na terceira pessoa do singular e nessa não há sujeito, o sujeito é a oração subordinada. - Objetiva direta: exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, sem auxílio de preposição, indicando o alvo sobre o qual recai a ação desse verbo. - Objetiva indireta: funciona como objeto indireto do verbo da oração principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, com auxílio de preposição, indicando o alvo do processo verbal. - Completiva nominal: funciona como complemento nominal de um nome da oração principal. Está sempre ligada a um nome da oração principal através de preposição. - Predicativa: - Apositiva: · SUBORDINADAS ADJETIVAS: são orações que exercem a função de adjunto adnominal de um termo da oração principal, tendo a mesma função que um adjetivo na estrutura frásica. Começam, maioritariamente, com o pronome relativo que. As orações subordinadas adjetivas são classificadas conforme a sua capacidade de ampliar ou reduzir o sentido do nome a que se refere. a) Explicativa: acrescenta uma informação acessória, ampliando ou esclarecendo um detalhe de um conceito que já se encontra definido. Aparece sempre separada por vírgulas e pode ser retirada da frase sem que haja alteração do sentido da mesma. Exemplos: O leão, que é um animal selvagem, atacou o domador/ A professora Ana Luísa, que é a professora mais nova da escola, não veio trabalhar hoje. b) Especifica: o sentido do nome a que se refere, restringindo seu significado a um ser único, definido por ele. Não existe marca de pausa, como vírgulas, entre este tipo de oração e a oração principal. São indispensáveis para a compreensão da frase. Exemplos: Ele é um dos poucos diretores que é apreciado por todos os funcionários/ Toda comida que é fresca é mais saborosa. · SUBORDINADAS ADVERBIAIS: Funcionam como advérbio da oração principal. As subordnadas adverbiais indicam a circunstância do evento que ocorre na oração principal, o que pode ser identificado pelo sentido das conjunções que as introduzem. As adverbiais podem ser classificadas em: a) Causais (principais conjunções: porque, como, pois que, uma vez que, já que, dado que): explicam a causa, o motivo do acontecimento ocorrido na oração principal. Exemplo: Voltou tarde porque estava na festa. b) Comparativas (principais conjunções: como, tanto como, tanto quanto, mais (do) que, (menos (do) que, assim como): Há uma comparação entre a subordinada e a principal. Exemplo: Paulo é tão estudioso quanto Luana /Aqueles alunos são espertos como águias. c) Consecutivas (principais conjunções: que.. (dependendo de tão, tanto, tal, tamanho): A subordinada exprime a consequência do que aconteceu na principal. Exemplo: A criança tanto pulou que caiu e mordeu a língua. d) Concessivas (principais conjunções: embora, conquanto, ainda que, posto que, (se) bem que, apesar de que, apesar de): quando a subordinada exprime um impedimento, mas mesmo assim, a declaração da principal não se afetará. Exemplo: Mesmo que chova, eu irei à festa. e) Condicionais (principais conjunções: caso, se por ventura, salvo se, sem que, uma vez que, a não ser que, desde que, conquanto que, com a condição que): A subordinada exprime uma condição para que seja efetuado ou não o evento declarado na principal. Exemplo: Se tivesse feito o trabalho, teria conseguido aprovação no curso. f) Conformativas (principais conjunções: conforme, como, segundo, consoante): O fato expresso na subordinada está de conformidade com a declaração da principal. Exemplo: Luana conseguiu redigir o texto conforme a professora pediu. g) Finais (principais conjunções: para que, a fim de que, para, que (=para que), a fim): A subordinada indica a finalidade do que foi expresso na principal. Exemplo: Fizeram a excursão para conhecer os costumes daquela gente. h) Proporcionais (principais conjunções: quanto mais ...(tanto) mais, quanto mais ....(tanto) menos.., à medida que, à proporção que, enquanto): Quando a subordinada se manifesta em proporção à principal. Exemplo: Quanto mais rezo, mais fantasmas me aparecem. i) Temporais (principais conjunções:enquanto, quando, agora que, logo que, sempre que, assim que, antes que, de, depois que, desde que, cada vez que): A subordinada marca o tempo ocorrido na principal. Exemplo: Saiu antes que a esposa chegasse. REGÊNCIA NOMINAL Exemplos: REGÊNCIA VERBAL Exemplos: a) Agradar: transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”. Ela agradou o filho. Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”. O assunto não agradou ao homem. b) Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com a preposição a. Satisfiz as exigências/ Satisfiz às exigências. c) Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar, visitar: transitivos diretos. Estimo o colega/ Adoro meu filho. d) Aspirar: transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”:Aspiramos o ar frio da manhã. Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”: Ele aspira ao cargo. e) Assistir: é transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”. O médico assistiu o paciente. Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste mesmo sentido: O médico assistiu ao paciente. Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”. Meu filho assistiu ao jogo. Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”. Esse direito assiste ao réu. Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”. Seu tio assistia em um sítio. (o termo “em um sítio” é o adjunto adverbial de lugar) Neste sentido, admite o pronome relativo “onde”: Este é o local onde assisto (onde moro). f) Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar: São normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções. Avisei o gerente do problema. Avisei-o do problema. Avisei ao gerente o problema. Avisei-lhe o problema. Avisei o gerente de que havia um problema. Avisei ao gerente que havia um problema. g) Atender: é transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar atenção a, receber alguém, seguir, acatar: Não costuma atender os meus conselhos. O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam/ Não atendeu à observação que lhe fizeram. Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a: Os bombeiros atenderam a muitos chamados/ O médico atendeu aos afogados na praia. h) Chegar: É intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”. Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é admitida na norma culta. Cheguei a Fortaleza/ Cheguei de Fortaleza. Transitivo indireto, quando transmite valor de limite: Seu estudo chegou ao extremo do entendimento. i) Chamar: é transitivo direto com o sentido de “convocar”. Chamei-o aqui. Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”, “apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto), introduzido ou não pela preposição de. Chamei-o louco/ Chamei-o de louco/ Chamei-lhe louco/ Chamei-lhe de louco. A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto; nos dois últimos, predicativo do objeto indireto. j) Custar: é intransitivo, quando indica preço, valor. Os óculos custaram oitocentos reais. Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais. Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”; com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo: Custou ao aluno entender a explicação do professor. Obs: A expressão “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao aluno” é o objeto indireto. (Isso custou ao aluno) k) Esquecer, lembrar, recordar: são transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos): Ele esqueceu o livro/ Lembrou a situação/ Recordou o fato. Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de. Ele se esqueceu do livro/ Lembrou-se da situação/ Recordou-se do fato. No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo “esquecer” não ser uma pessoa, mas uma coisa: Esqueceram-me as palavras de elogio. Essa mesma regência vale para “lembrar”, isto é, há na língua o registro de frases como “Não me lembrou esperá-la”, em que “lembrar” significa “vir à lembrança”. O sujeito de “lembrou” é “esperá-la”, ou seja, esse fato (o ato de esperá-la) não me veio à lembrança. Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e indiretos: Lembrei ao aluno o dia do teste. l) Implicar: é transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”. Seu estudo implicará aprovação. Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”. Implicaram o servidor no processo. Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar antipatia”, “perturbar”. Sempre implicava com o vizinho. m) Morar, residir, situar-se, estabelecer-se pedem adjuntos adverbiais com a preposição em, e não a: Morava na Rua Onofre da Silva. Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto é: onde moro. n) Namorar: transitivo direto: Ela namorou aquele artista. o) Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a. Obedeço ao comando/ Não desobedeçamos à lei. p) Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a (mais raramente, para): Pediu ao dirigente uma solução. Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou sinônimos), clara ou oculta. Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para) q) Perdoar e pagar: são transitivos diretos, se o complemento é coisa. Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa. Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado. Podem aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e indireto: O Brasil pagou a dívida ao FMI/ O FMI perdoará a dívida aos países pobres. Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e inseríssemos a preposição de o verbo passa a ser apenas transitivo direto e o termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que caracteriza o núcleo deste termo. Exemplo: O FMI perdoará a dívida dos países pobres. Observação: “perdoará” é verbo transitivo direto, o termo “a dívida dos países pobres” é o objeto direto, cujo núcleo é “dívida” e “dos países pobres” é o adjunto adnominal. r) Preferir: é transitivo direto: Prefiro biscoitos. Transitivo direto e indireto, com a preposição a: Prefiro vinho a leite. Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de intensidade, nem do que ou que. Assim, está errada a construção como “Prefiro mais vinho do que leite”. s) Presidir: transitivo direto ou indireto. Exemplo: O chefe presidiu a cerimônia/ O chefe presidiu à cerimônia. t) Querer: é transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor de”: Ele quer a verdade. Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma coisa”. É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é exigida a preposição a: A mãe quer muito ao filho. (…quer bem ao filho) u) Responder: é transitivo direto, em relação à própria resposta dada. Exemplo: Responderam que estavam bem. Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta. Exemplo: Respondi ao telegrama. Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto: Respondemos aos parentes que iríamos. v) Visar: é transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”: Ela visou as folhas. Transitivo direto quando significa “mirar”: Visavam um ponto na parede. Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”, “almejar”: Visava à felicidade de todos. OXÍTONAS São acentuadas quando terminadas em: PAROXÍTONAS São acentuadas quando terminadas em: "i(s), um, us, uns, l, n, r, x, ps, ã, ãs,ão, ãos, on, ons, ditongo oral crescente ou, decrescente, seguido ou não de s. OBS: Se ditongo aberto, não se acentua mais! Exemplo: boia, jiboia, proteico, etc. PROPAROXÍTONAS TODAS são acentuadas! Exemplo: líquido, pública, período, etc. a(s), e(s), o(s), em, ens Ditongo aberto ói(s), éi(s), éu(s). LINURXÃO