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ÍNDICE 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 2 
2 . PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL: RETROSPECTIVA DOS FATOS MARCANTES.................... 2 
2.1. Evolução da Proteção Ambiental - Estágios de Relacionamento ............................................... 7 
3 NORMAS AMBIENTAIS INTERNACIONAIS .......................................................................... 8 
3.1 ISO – International Organization for Standardization .................................................................... 8 
3.2 SÉRIE ISO 14000 ............................................................................................................................. 9 
3.3 Sistemas de Gestão e Sistemas Integrados ................................................................................ 12 
4 O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E SEUS BENEFÍCIOS ........................................... 15 
4.1. Plano de Ação para a Implantação .............................................................................................. 17 
4.2. Conceitos Referentes ao Sistema de Gestão Ambiental ........................................................... 20 
5 ELEMENTOS DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ....................................................... 22 
5.1 Requisitos Gerais ............................................................................................................................ 22 
5.2 Política Ambiental ........................................................................................................................... 23 
5. 3 Planejamento ................................................................................................................................. 24 
5.4 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO .............................................................................................. 27 
5.5 VERIFICAÇÃO ................................................................................................................................ 33 
5.6 ANÁLISE PELA ADMINISTRAÇÃO .............................................................................................. 37 
6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ......................................................................................... 38 
Anexo 1 - Tabela comparativa das correspondências entre as normas ................................ 39 
Anexo 2 – Lista de Comitês técnicos da ISO ........................................................................ 40 
Anexo 3 – Mudanças da NBR 14001:2004 ............................................................................ 43 
Anexo 4 – Exercício identificação de aspectos e impactos ambientais ................................ 46 
 
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1. INTRODUÇÃO 
As organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em atingir e 
demonstrar um comprometimento ambiental sólido, através do controle dos impactos ambientais 
das suas atividades, produtos ou serviços, tendo em consideração a sua política e objetivos 
ambientais. Estas preocupações surgem no contexto do aparecimento de legislação cada vez mais 
restritiva, do desenvolvimento de políticas econômicas e de outras medidas que fomentam cada 
vez mais a proteção ambiental, e de um crescimento generalizado das preocupações das partes 
interessadas sobre as questões ambientais, incluindo o desenvolvimento sustentável. 
As Normas Internacionais referentes à gestão ambiental destinam-se a proporcionar às 
organizações os elementos de um sistema eficaz de gestão ambiental, que possam ser integrados 
com outros requisitos de gestão, a fim de ajudar essas organizações a atingir os objetivos 
ambientais e econômicos. 
O comprometimento e a preocupação com o meio ambiente tem ganhado muita 
importância, tanto pelas contribuições dos legisladores, através da crescente evolução do Direito 
Ambiental, como também pelo aumento da complexidade e dos custos dos problemas ambientais. 
Conseqüentemente tem ocorrido nas organizações uma gama de múltiplas tarefas e 
responsabilidades ambientais, que surgem como medidas isoladas em virtude de desafios 
momentâneos ou situações de emergência. O resultado geral, freqüentemente não é muito 
eficiente, pois geralmente é fruto de uma coleção de medidas ambientais isoladas, distribuídas 
entre vários cargos e responsabilidades. Esta visão fragmentada, dificilmente permitirá que 
medidas não sistematizadas atuem com eficiência nas reais causas, ela geralmente apenas reduz 
ou mascara os efeitos adversos temporariamente. 
Portanto, é dentro deste cenário que deve ser considerado o desenvolvimento do Sistema 
de Gestão Ambiental - SGA, pois ele serve para a sistematização das medidas ambientais e para a 
melhoria da eficiência do compromisso ambiental das organizações. 
 
2 . PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL: RETROSPECTIVA DOS FATOS MARCANTES 
A utilização descontrolada dos recursos naturais renováveis e não renováveis acrescidas 
da explosão demográfica, despertou ao longo dos anos, uma consciência da necessidade de 
preservação do meio ambiente. 
Nas décadas de 40 e 50 foram marcadas pelo desafio dos aliados na reconstrução após a II 
Guerra Mundial motivando o estabelecimento de um sistema econômico internacional e a fundação 
das primeiras associações de proteção ambiental. Em 1952 Londres foi envolvida pelo smog – 
poluição atmosférica de origem industrial que causou a morte de milhares de pessoas marcando 
os primeiros efeitos significativos da poluição industrial, estimulando debates sobre a qualidade do 
ar e a aprovação da lei do ar puro em 1956. 
A década de 60 evidencia a preocupação da comunidade internacional com os limites do 
desenvolvimento do planeta, quando começaram as discussões sobre os riscos da degradação do 
meio ambiente pelo homem. Nos Estados Unidos, com a criação da Agencia de Proteção 
ambiental (EPA) e aprovação das Leis: Clean Air Act, Clean Water Act, Toxic Substance 
Control Act. 
Em 1962, com a publicação do livro Silent Spring (Primavera Silenciosa) da jornalista 
norte-americana Rachel Carson, desencadeou o processo de discussão acerca dos efeitos das 
ações humanas no ambiente, a perda da qualidade de vida derivada do uso indiscriminado de 
produtos químicos e seus efeitos sobre a vida e os recursos naturais, resultando em pressão para 
que os políticos agissem e em uma profunda mudança na atitude do povo americano com relação 
à necessidade de normas ambientais federais. 
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No Brasil em 1965 foi promulgada a leis federal 4771/65 que instituiu o código florestal 
brasileiro e em 1967 a Lei 5197/67 sobre a proteção da fauna. 
Em 1968 foi criado o clube de Roma, por especialistas de diversas áreas e nacionalidades, 
para discutir a crescente crise do ambiente humano e buscar soluções para os problemas 
ambientais. 
A década de 70 foi marcada por um lado pelo clima de reação e isolamento desencadeado 
pela Crise do petróleo e do modelo energético vigente, que despertou a procura de novas fontes 
de energia e de uma utilização mais racional. De outro lado, as discussões levaram a ONU a 
promover uma Conferência sobre o Meio Ambiente Humano (Primeira conferência da ONU sobre 
as relações entre o homem e o Meio Ambiente) em 1972. Marco para o surgimento de políticas de 
gerenciamento ambiental. Discutiram-se questões como a defesa e melhoria do meio ambiente 
para as gerações presentes e futuras.- 26 princípios sobre nossa responsabilidade, os cuidados e 
manutenção do planeta. Esta conferência gerou a Declaração sobre o Ambiente Humano e 
estabeleceu o Plano de Ação Mundial com o objetivo de inspirar e orientar a humanidade para a 
preservação e melhoriado ambiente humano. Preocupações: Crescimento populacional, aumento 
dos níveis de poluição e o esgotamento dos recursos naturais. Nesta ocasião, representantes do 
governo brasileiro defenderam o desenvolvimento econômico a qualquer preço. 
Neste mesmo ano foi criado um mecanismo institucional para tratar das questões 
ambientais no âmbito das Nações Unidas - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
(PNUMA), com sede em Nairóbi, Kenya. E Dennis Meadows e os pesquisadores do “Clube de 
Roma” publicaram o relatório “The Limits of Growth” (Os limites do crescimento), denunciando 
que o crescente consumo mundial ocasionaria um possível colapso. O estudo concluía que, 
mantidos os níveis de industrialização, poluição, produção de alimentos e exploração dos recursos 
naturais, o limite de desenvolvimento do planeta seria atingido, no máximo, em 100 anos, 
provocando uma repentina diminuição da população mundial e da capacidade industrial. 
Em 1973, o canadense Maurice Strong lançou o conceito de “eco-desenvolvimento”, 
referia-se principalmente às regiões subdesenvolvidas, envolvendo uma crítica à sociedade 
industrial, sendo a precursora do conceito de desenvolvimento sustentável. Os caminhos do eco-
desenvolvimento seriam seis: satisfação das necessidades básicas; solidariedade com as 
gerações futuras; participação da população envolvida; preservação dos recursos naturais e do 
meio ambiente; elaboração de um sistema social que garanta emprego, segurança social e 
respeito a outras culturas; programas de educação. Neste mesmo ano no Brasil foi criada a 
Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA, sendo o primeiro organismo brasileiro de ação 
nacional, orientado para a gestão integrada do meio ambiente. Proposta em 1973 a Ecologia 
Profunda por Arne Naess e no Brasil se desencadeava o movimento ecológico brasileiro com a 
criação da AGAPAN (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural). 
Em 1978 a iniciativa alemã do selo ecológico “Anjo Azul” (mais informações http://blauer-
engel.de) utilizado desde então como símbolo para produtos ou serviços com impacto ambiental 
reduzido ou positivo. Estes produtos devem manter as características de funcionalidade e 
segurança com os similares e considerando todos os aspectos ambientais inclusive a preservação 
de recursos naturais com vantagens ambientais. 
No Brasil, os fatos marcantes na evolução das regulamentações foram: a aprovação da Lei 
6.938 da Política Nacional de Meio Ambiente Brasileira, em 31/08/81; Em 1986 o Conselho 
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) aprova a Resolução n°001/86 que estabelece as 
responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para o uso e implementação da 
avaliação de impacto ambiental (AIA) como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio 
Ambiente. E a Constituição Federal Brasileira foi promulgada em 5 de outubro de 1988, 
contendo pela primeira vez um capítulo sobre o meio ambiente e vários outros artigos afins. 
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Os acidentes ambientais ocorridos nas décadas de 70 e 80 desencadearam um dramático 
crescimento da conscientização ambiental, que direcionaram na década de 90 para os verdadeiros 
impactos ambientais causados pelos pequenos e acumulativos poluentes lançados muitas vezes 
dentro dos padrões das regulamentações ambientais. 
Os principais acidentes foram: 1976 - Solveso na Itália caracterizado pelo vazamento 
acidental de dioxina; em 1979 o vazamento nuclear na Usina de Three Mile Island - Estados 
Unidos; em 1984 ocorreu o acidente em Bhopal – Índia, vazamento de 40 toneladas de isocianato 
de metila (de 2500 a 5000 mortes e mais de 200 feridos); vazamento nuclear na usina de 
Chernobyl – Rússia; no Brasil em 1987, contaminação com Césio 137 em Goiânia (4 pessoas 
mortas e 249 contaminadas). 
Antes dos anos 80, a proteção ambiental era vista como uma questão marginal, custosa e 
muito indesejável, a ser evitada; seus opositores argumentavam que ela diminuía a vantagem 
competitiva da empresa, evidencia uma postura reativa das empresas com relação aos danos 
ambientais e suas sanções legais. 
Esta postura nos anos 80, passou de defensiva e reativa para ativa e criativa, visualizando 
os custos com a proteção ambiental como um investimento para o futuro, a empresas assumem 
responsabilidades pela proteção ambiental como lema, passando a administrar com consciência 
ecológica. As motivações das empresas para proteger o meio ambiente são demonstradas na 
figura 1 a seguir. 
Figura 1. Motivações das empresas para proteger o meio ambiente. Fonte: CALLENBACH (1993). 
Nesta década ainda, na Alemanha o conceito de administração foi gradativamente ampliado 
incluindo dimensão ecológica, introduzindo práticas, programas de reciclagem e economia de 
energia. Como os critérios da Produção Limpa (Clean Production), proposta pela organização 
ambientalista internacional Greenpeace, na campanha para mudança mais profunda do 
comportamento industrial. 
Já em 1982, na Conferência de Nairóbi - Quênia, uma nova e importante preocupação 
entrava em cena: os problemas ambientais globais, que davam indícios de que o nível das 
atividades humanas (a economia global) já estava excedendo, em algumas áreas, a capacidade de 
assimilação da biosfera. Isto é, que alguns resíduos das atividades humanas ultrapassavam a 
capacidade de regeneração natural, sendo acumulados no ar, nas águas e nos solos. Portanto, à 
preocupação com o esgotamento das fontes de recursos naturais se somava a preocupação com 
os limites de absorção dos resíduos das atividades humanas, muito mais difícil e mais complicada 
de se controlar. 
 
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Exigências legais
Proteção dos 
interesses da empresa
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The International Network for Environmental Management
(Rede Internacional para a Administração Ambiental)
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No final de 1983, a Assembléia Geral das Nações Unidas criou, a pedido do PNUMA, a 
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, presidida pela Sra. Gro H. 
Brundtland. O Relatório Brundtland, com o título “Nosso Futuro Comum”, foi apresentado à 
Organização das Nações Unidas (ONU) em 1987, avaliando a interação dos conceitos de meio 
ambiente e desenvolvimento, fornecendo subsídios para que fossem tomadas ações efetivas para 
controlar os efeitos da contaminação ambiental, buscando o desenvolvimento sustentável. Os 
principais problemas identificados foram desmatamento, a pobreza, mudanças climáticas , extinção 
de espécies, o endividamento, e a destruição da camada de ozônio. Em 1984 resultante do 
acidente em Bhopal na Índia, a Canadien Chemical Producer Association – CCPA criou o 
programa de Atuação Responsável para as industrias químicas. A Atuação Responsável vem 
sendo implantada em diversos países, tornando-se um instrumento de gerenciamento ambiental e 
de prevenção de acidentes. 
Estabeleceu-se em 1988 a Comissão sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente da 
América Latina e Caribe, que em 1991 publicou a “Nossa Própria Agenda”. 
A agência da ONU dedicada ao meio ambiente - PNUMA - Programa das Nações Unidas 
para o Meio Ambiente, a partir de 1989, criou o programa de Produção Mais Limpa (Cleaner 
Production). 
Nos Estados Unidos, em 1990 a CERES – Coalition for EnvirommentalyResponsible 
Economics (Coalizão para a economia ambientalmente responsável) estabeleceu os princípios 
básicos de responsabilidade ecológica (Callenbach, 1993. p.45). Em 1991 foi publicada a "Carta 
Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável", pela Câmara Internacional do Comércio - ICC. 
E lançamento do documento "Mudando o Rumo: Uma Perspectiva Empresarial Global sobre 
Desenvolvimento e Meio Ambiente" pelo BCDS (Business Council on Sustainable 
Development). Incremento da filosofia preservacionista no mundo, contabilizando adesões e 
iniciativas das mais diversas origens. Neste ano ainda, a ISO (International Organization for 
Stardadization) constitui o Grupo Estratégico Consultivo sobre o meio ambiente (SAGE). 
Em 03 de junho de 1992 começava no Rio de Janeiro a maior conferência (30 mil pessoas) 
planetária sobre o meio ambiente e desenvolvimento econômico já realizado pela humanidade: a 
Rio-92. Pela primeira vez, estadistas e representantes de organizações não-governamentais, a voz 
da sociedade civil, reuniam-se para discutir o futuro do planeta. Documentos resultantes desta 
conferência: Carta da Terra, declaração sobre florestas, convenção sobre diversidade biológica, 
Quadro sobre mudanças climáticas, Agenda 21. Slogan: Pensar em termos globais, agir em 
termos locais. 
Em 1993, lançamento da norma BS 7750 – British Standarts Institution (BSI), com versão 
final em 1994. Baseada nos 16 princípios da Carta empresarial da Câmara de Comércio 
Internacional – ICC. Em 29 de junho de 1993 a oficialização do Regulamento (EWG) 1836/93 na 
Europa sobre a participação voluntária das empresas do setor industrial no sistema comunitário 
para a gestão ambiental, e a verificação ambiental organizacional (auditoria), denominado de 
“EMAS – Eco Management and Audit Scheme”. Bem como criação de um comitê técnico 
ISO/TC207, para a elaboração das normas ISO 14000, no Brasil foi criado o Grupo de Apoio à 
Normalização Ambiental (GANA) ligado a Associação Brasileira de Normas Técnica – ABNT. 
Criação do Ministério do Meio Ambiente dos Recursos hídrico e da Amazônia Legal, em 1994. 
Em 13 de abril de 1995 a validação EMAS foi oficializada para todos os estados da 
Comunidade Européia (CE), validação com caráter jurídico. 
Em outubro de 1996 entrou a validação da ISO 14001 ou seja, é aprovada e publicada 
como norma internacional. As Empresas podem ser certificadas pela ISO 14001 atestando que 
possuem um Sistema de Gestão Ambiental estruturado e implementado. Países ou mesmo 
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empresas isoladas podem exigir de seus fornecedores a certificação ISO 14001 como garantia de 
produção com preocupação ambiental. 
Em 1997, a realização da Conferência sobre Mudança no clima, em Kyoto no Japão, 
também conhecida como “Rio + 5”. Fórum ambiental, iniciativa da sociedade civil para avaliar o 
que foi feito no planeta para preservar os recursos naturais desde o Rio 92. O documento oficial 
chamado como Protocolo de Kyoto, estabelecendo uma meta média de cerca de 6% de redução 
de gases de efeito estufa nos países industrializados no período de 2008 a 2012. Em paralelo 
foram discutidos no Brasil, os rumos da política ecológica nacional, Agenda 21 brasileira. 
Em 1998 foi aprovada no Brasil a Lei n°°°°9605/98 – Crimes Ambientais: co-
responsabilidade dos envolvidos, responsabilidade da pessoa jurídica, sanções e 
responsabilidades dos funcionários públicos. 
Na Holanda (Haia) em 2000, realizou-se a VI convenção - Quatro Nações Unidas sobre 
Mudança Global do Clima, resultando o desenvolvimento do Mecanismo de Desenvolvimento 
Limpo (MDL), o qual representa um acordo entre países participantes visando a redução na 
emissão de poluentes atmosféricos. 
Em 2001 é aprovado o Regulamento 761/01 que estabelece as sugestões modificadas do 
Regulamento (CE) do Parlamento Europeu e do Conselho sobre a participação voluntária de 
organizações num sistema comunitário para o sistema de gestão ambiental e auditoria (EMAS) – 
chamado de EMAS II. 
Decorridos trinta anos desde a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente Humano ocorreu uma nova mobilização em escala mundial, convocando para a terceira 
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. São os dois documentos 
resultantes da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (World Summit on 
Sustainable Development), realizada em Joanesburgo - África do Sul em setembro de 2002: 
Declaração de Joanesburgo e Plano de Implementação (2002). Conhecida também como 
Joanesburgo 2002, Rio+10 ou Cúpula da Terra II pois foi realizada dez anos depois da Rio-92 para 
avaliar a implementação da Agenda 21 e dos demais acordos da primeira Cúpula da Terra. 
O dia 16 de fevereiro de 2005 marcou o início de um esforço mundial para redução do 
aquecimento global, com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto. Ratificado por 141 países 
(incluindo o Brasil), o Protocolo determina que países industrializados reduzam em 5,2% as 
emissões de gases-estufa entre 2008 e 2012, tendo como base o nível de emissões registradas 
em 1990; estabelecerá o Comércio Internacional de Carbono, permitindo que países 
industrializados adquiram ou vendam cotas de emissão. Concluído em 11 de dezembro de 1997 
em Kyoto, no Japão, o documento impõe a redução das emissões de seis gases causadores de 
efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento do planeta: CO2 (dióxido de carbono ou gás 
carbônico), CH4 (metano), protóxido de nitrogênio (N20) e três gases flúor (HFC, PFC e SF6). 
Nesta data, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL entrará em ação, encorajando 
investimentos em países menos desenvolvidos que promovam o desenvolvimento sustentável e o 
Fundo de Adaptação do Protocolo começará a auxiliar os países em desenvolvimento a se 
adaptarem às restrições do Protocolo. O recente relatório final do Painel Intergovernamental das 
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (ONU, 2007) deixou evidenciado que as alterações do 
clima no mundo são um fato cientificamente comprovado e que existem grandes riscos de longo 
prazo, entre os quais o derretimento das calotas de gelo na Groenlândia e no oeste da Antártida, a 
enorme perda de biodiversidade e as mudanças no curso da corrente do Golfo, que irão alterar 
seriamente os padrões climáticos e se constituir um risco para a humanidade como um todo. 
A conciliação do desenvolvimento humano e a conservação da biodiversidade e dos 
recursos naturais passam por soluções criativas — com democracia e utilização de técnicas 
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adequadas — que viabilizem o desenvolvimento sustentável, a justiça social, a proteção ambiental 
e a eficiência econômica. 
 
2.1. Evolução da Proteção Ambiental - Estágios de Relacionamento 
A capacidade que os seres humanos tem de interferir na natureza, para dela retirar o seu 
sustento e sobrevivência, permitiu a exploração e consumo de recursos por muito tempo sem que 
se pensasse em sua conservação, somente a poucas décadas, em decorrência de catástrofes 
ambientais, índices alarmantes de poluição e da constatação de que os limites da natureza 
estavam sendo superados é que se iniciou um movimento em favor da utilização racional destes 
recursos. Isto se deve aos estágios de relacionamentos, pelos quais o ser humano vem passando 
em decorrência de sua evolução através dos tempos. 
1º estágio - Caracterizado pela preocupação com as forças da natureza e desejo de segurança 
relacionado ao medo e ao respeito. Gerou a cooperação mútua e a organização social. Ex.: povos 
primitivos e indígenas atuais. O trabalho para o sustento do grupo gera mais segurança. Pouca 
interferência nos ecossistemas da época. O homem retirava da natureza o estritamentenecessário 
para a sua sobrevivência. 
2º estágio – Definido como crescimento autoconfiante – ocorre a adaptação do meio às 
necessidades do homem. Alguns fenômenos podem ser previstos e até compreendidos. 
Domesticação de algumas espécies de animais selvagens. Aparecimento de atividades agrícolas 
garantindo alimento para todos. Início do crescimento populacional. 
3º estágio - Agressão e conquista – desenvolvimento, urbanização, industrialização e mineração 
intensiva (extrativismo), progresso a qualquer custo. A especialização é incorporada ao processo 
de desenvolvimento. A preocupação básica ainda é a adaptação do meio às necessidades 
humanas, desenvolvimento de tecnologias para a conquista de espaços. 
4ºestágio – Responsabilidade social, ética ambiental e consciência coletiva – ajustamento do 
homem e suas necessidades às características do meio. 
 
ÉPOCA ESTÁGIO ATITUDES 
ANTES DOS ANOS 
70 
RECONHECIMENTO Saneamento básico 
Pouco conhecimento relativo a impactos ambientais 
e resíduos perigosos. 
Existência limitada de requisitos e padrões 
ambientais. 
ANOS 70 CONTROLE 
(Remediação) 
Controle da Poluição industrial (água, ar, ruído) 
Gestão reativa, Filosofia de controle pontual (end-of-
pipe). 
ANOS 80 PLANEJAMENTO 
(Prevenção) 
Estudos de Impactos Ambientais 
Gerenciamento de resíduos sólidos. 
Controle da poluição do Solo. 
Minimização de resíduos 
ANOS 90 SISTEMA DE 
CONCEITOS 
(sustentabilidade) 
Atuação responsável 
Gerenciamento Integrado 
(meio ambiente + Segurança + Saúde) 
Auditoria Ambiental 
Avaliação do Ciclo de Vida do Produto 
Sistema de Gerenciamento Ambiental 
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3 NORMAS AMBIENTAIS INTERNACIONAIS 
3.1 ISO – International Organization for Standardization 
É uma federação mundial de entidades nacionais de normalização, não governamental que 
congrega mais de 140 países, representando praticamente 95% da produção industrial do mundo. 
Fundada em 23 de Fevereiro de 1947, com sede em Genebra, na Suíça, com o objetivo principal 
de criar normas internacionais que representem e traduzam o consenso dos diferentes países do 
mundo para homogeneização de procedimentos, medidas, materiais, uso, etc. 
INFCO
DEVCO
COPOLCO
CASCO
COMITÊS
ASSESS.
ASSEMBLÉIA
GERAL
Grupo de
Trabalho
(WG)
Comitê Técnico
(TC)
Grupo AD HOC
de Assessores
Junta de Gestão Técnica
(TMB)
Secretaria
Central
CONSELHO
......
......
Comitê Técnico
(TC)
Grupo de
Trabalho
(WG)
Subcomitê
(SC)
Subcomitê
(SC)
Comitê Técnico
(TC)
Grupo de
Trabalho
(WG)
......
 
Figura 2 Estrutura da ISO 
 
Como uma instituição normalizadora internacional, ela elabora e avalia normas através de 
vários comitês técnicos, compostos por especialistas dos diversos países membros. 
Em relação às propostas de normas ambientais, o Comitê Técnico especialmente 
designado para o assunto foi o de número 207 (TC-207), entitulado Gestão Ambiental que passou 
a elaborar normas de orientação gerencial para as organizações em relação ao meio ambiente. O 
TC-207 conta com a participação de cerca de 56 países. Este comitê está interrelacionado com o 
comitê responsável pelas normas Internacional de qualidade (TC-176). 
O Brasil participa da ISO através da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
A ABNT é uma sociedade privada, sem fins lucrativos, fundada em 1940 e reconhecida pelo 
governo brasileiro como o Fórum Nacional de Normalização. Seu objetivo principal é promover a 
elaboração de normas em diversos domínios de atividades. Além disso, a ABNT pode efetuar a 
certificação de produtos e sistemas. 
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OrgânicaOrgânica
Comitês
brasileiros
Comitês
brasileiros
Assembléia
Geral
Conselho
Deliberativo
Conselho
Fiscal
Comissão de
Certificação
Conselho
Técnico
Comitês
Brasileiros
Comitês
Técnicos de
Certificação
FuncionalFuncional
Diretor
Geral
Diretor
Rel. Externas
Diretor
Administ.
Diretor
Técnico
Gerência
de
Certificação
Gerência
de
Normalização
Gerências
Regionais
 
Figura 3 Estrutura da ABNT 
 
A associação também foi fundadora da ISO em 1947, e, portanto, considerada como 
membro "P", ou seja, com direito a voto no fórum internacional de normalização. O Comitê técnico 
da ABNT – CB 38 – Gestão ambiental, acompanha e participa das proposições formuladas pelos 
vários subgrupos que compõe o TC 207. O CB 38 tem por objetivo evitar que a nova série de 
normas ISO venha a ser tendenciosa prestigiando práticas aplicáveis ao primeiro mundo, o qual é 
o real consumidor de 80% da matéria-prima e das energias globais. 
3.2 SÉRIE ISO 14000 
A Série ISO 14000 são resultado de um processo evolutivo iniciado em 1978 com a 
iniciativa alemã do selo ecológico “Anjo Azul“, em 1992 utilizando a experiência com a norma 
britânica BS 7750, com versão definitiva publicada em fevereiro de 1994. 
 
Fonte: adaptação Nigel Croft 
Figura 4 Esquema evolutivo das normas do sistema de gestão ambiental 
 
 
 
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A Série ISO 14000 é um grupo de normas que fornecem ferramentas e estabelecem um 
padrão de Sistemas de Gestão Ambiental. Através dela, a empresa poderá sistematizar a sua 
gestão através de uma política ambiental que vise à melhoria contínua em relação ao meio 
ambiente. 
De forma simplificada, a ISO Série 14000 esta representada na figura abaixo: 
 
Fonte: http://www.iso.ch/iso/en/prods-services/otherpubs/iso14000/index.html 
Figura 5 – Família ISO 14000 
 
A Série ISO 14000 tem orientação similar a Série ISO 9000, as siglas caracterizam os 
estágios em que as normas estão, pois esta série ainda está em desenvolvimento e sujeitas a 
alterações. 
As siglas são: AWI - Item aprovado; CD - Rascunho do comitê ,DAM - Rascunho da 
emenda, DIS - Rascunho do Padrão Internacional(ISO), FDIS - Rascunho Final do Padrão 
Internacional, NWIP - Trabalho novo em progresso; PWI - Item preliminar, WD - Rascunho de 
Trabalho. 
As normas que compõe esta série são: 
• ISO 14001:2004 - Sistemas de Gestão Ambiental - Requisitos com orientação para uso 
• ISO 14004:2004- Sistemas de Gestão Ambiental - Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas 
e técnicas de apoio 
• ISO/CD 14005 - Sistemas de Gestão Ambiental - Diretrizes para estágios de implementação 
do Sistemas de Gestão Ambiental, incluindo o uso da avaliação do desempenho ambiental. 
• ISO 19011:2002 – Diretrizes para auditoria em sistema de gestão da qualidade e ou ambiental 
• ISO 14015:2001 - Gestão Ambiental - Análise ambiental de lugares e organizações 
• ISO 14020:2000- Rotulagem e declarações ambientais - Princípios gerais 
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• ISO 14021:1999- Rotulagem e declarações ambientais - Auto declaração das exigências 
ambientais (Tipo II Rotulagem Ambiental) 
• ISO 14024:1999- Rotulagem e declarações ambientais - Tipo I Rotulagem ambiental - 
princípios e procedimentos 
• ISO 14025:2006 - Rotulagem e declarações ambientais - Tipo III Declarações ambientais – 
princípios e procedimentos 
• ISO 14031:1999- Gestão Ambiental- Avaliação do desempenho ambiental- Diretrizes 
• ISO/TR 14032:1999- Gestão Ambiental - Exemplos de avaliação de desempenho ambiental- 
(EPE) 
• ISO 14040:2006- Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida- Princípios e estrutura 
• ISO 14044:2006 - Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida – Requerimentos e diretrizes 
• ISO/TR 14047: 2003 - Gestão Ambiental- Análise do ciclo de vida- Exemplos de aplicação da 
ISO14042 
• ISO/TS 14048:2002 - Gestão Ambiental - Análise do ciclo de vida - Formato dos dados da 
documentação 
• ISO/TR 14049:2000 - Gestão Ambiental - Análise do ciclo de vida - Exemplos de aplicação da 
ISO 14041, definição de metas e escopo e analise do inventário 
• ISO 14050:2002 - Gestão Ambiental- vocabulário (Revisão ISO/DIS 14050) 
• ISO/TR 14062: 2002 - Gestão ambiental - Integrando dos aspectos ambientais no projeto e 
desenvolvimento de produtos 
• ISO 14063:2006- Gestão ambiental – Comunicações ambiental – Diretrizes e exemplos 
• ISO 14064 – 1:2006 – Gases de efeito estufa - Parte 1: Especificação e orientação a 
organizações para quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases 
de efeito estufa 
• ISO 14064 - 2:2006 - Gases de efeito estufa - Parte 2: Especificação e orientação a projetos 
para quantificação, monitoramento e elaboração de relatórios das reduções de emissões ou da 
melhoria das remoções de gases de efeito estufa 
• ISO 14064-3: 2006 Gases de efeito estufa - Parte 3: Especificação e orientação para a 
validação e verificação de declarações relativas a gases de efeito estufa 
• ISO 14065: 2007 Gases de efeito estufa -- Especificação para organismos de validação e 
verificação de declarações relativas a gases de efeito estufa para uso em acreditação 
(Greenhouse gases -- Requirements for greenhouse gas validation and verification bodies for 
use in accreditation or other forms of recognition) 
• ISO/WD 14066 - Greenhouse gases -- Competency requirements for greenhouse gas validators 
and verifiers document 
• Guia ISO 64:1997 - Guia para inclusão dos aspectos ambientais na padronização dos Produtos 
(revisão ISO/DGuide 64) 
 
Fonte para atualização : 
http://www.iso.org/iso/iso_catalogue/catalogue_tc/catalogue_tc_browse.htm?commid=54808
&published=on&development=on 
 
A elaboração da série ISO 14000 está evoluindo rapidamente. Esta velocidade deve-se, em 
grande parte, ao compromisso da organização (ISO) de acompanhar o ritmo da unificação 
européia, cujos países já dispõem de regulamentos ambientais e necessitam agora de 
uniformização. Logo, a ISO 14000 deverá ter um impacto maior que a ISO 9000, pois com a 
globalização da economia mundial e a formação de blocos regionais, que já dispõem de 
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regulamentos ambientais que facilitarão na integração, contribui para o crescimento do comércio 
internacional. 
A ISO 14000 ajudará no monitoramento das atividades em relação ao meio ambiente e a 
medir a utilização de recursos, além de auxiliar a planejar e controlar mecanismos de melhoria. É 
também objetivos, preparação de critérios para a avaliação da qualidade e eficácia das relações 
entre empresas e o meio ambiente. Ou seja, com a publicação da série ISO 14000 espera-se a 
harmonização dos procedimentos, aplicáveis internacionalmente, que efetivamente expressem os 
requisitos fundamentais das boas práticas de gerenciamento ambiental. 
 
3.3 Sistemas de Gestão e Sistemas Integrados 
 As normas para modelos de demonstração de sistemas de gestão servem em primeiro 
lugar para facilitar as organizações a estruturação do sistema, determinando os elementos que 
compõe um sistema de gestão. Contudo, as normas não contem exigências de como uma 
organização realiza e implementa os elementos na pratica. 
Alguns conceitos: 
Sistema: “Conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos” (definição da NBR ISO 
9000:2000-3.2.1). Esses “elementos” incluem:“Hardware (equipamentos); “Software” ( métodos); 
“Humanware” (pessoas) 
Gestão: “Atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização” (definição da NBR ISO 
9000:2000-3.2.6) 
Sistema de Gestão: “Sistema para estabelecer políticas e objetivos, e para atingir esses objetivos” 
(definição da NBR ISO 9000:2000-3.2.2) 
Auditoria do Sistema
NBR ISO 19011
Especificação
ISO 9001
Diretrizes
ISO 9004
ISO 9000
Qualidade
Auditoria do Sistema
NBR ISO 19011
Especificação
ISO 14001
Diretrizes
ISO 14004
ISO 14000
Meio Ambiente
Auditoria do Sistema
Ferramenta
Especificação
Demonstração
Recomendações
Gestão
Outras Normas
Outras Áreas?
Sistemas de Gestão
 
Figura 5 – Exemplos de estrutura das normas de sistemas de gestão 
 
As normas mais conhecidas de sistemas de gestão são: 
• Gestão da Qualidade: NBR ISO 9001, QS 9000 (setor automobilístico), TL 9000 (setor de 
telecomunicações). 
• Gestão Ambiental: NBR ISO 14001, BS7750 e EMAS - Environmental Management And Audit 
Scheme. 
• Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional: BS 8800, OHSAS 18001 e OHSAS 18002. 
• Outros: AS 8000 (Responsabilidade Social), Boas praticas de fabricação, boas praticas de 
laboratórios, etc. 
As normas de gestão possuem elementos chaves comuns que facilitam a implantação de 
sistemas integrados de gestão: 
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� Estrutura Organizacional 
� Processos sistemáticos e recursos associados 
� Metodologia de medição e avaliação 
� Processos de análise crítica 
 
A seguir serão discutido as delimitações das normas de gestão da qualidade, ambiental e 
saúde e segurança ocupacional. 
 
a) Sistemas de Gestão da Qualidade – NBR ISO 9001 
A NBR ISO 9001:2000 define exigências a um sistema de gestão da qualidade, quando uma 
organização deve fazer o seguinte: 
• Demonstrar a sua capacidade para a constante disponibilizado de produtos que atendam aos 
requisitos dos clientes, os regulamentares e os da própria organização, e 
• Demonstrar que atingem à satisfação do cliente através de uma aplicação eficiente do 
sistema, inclusive dos processos para a melhoria continua e para o impedimento de não-
conformidades. 
O objetivo é a capabilidade de desempenho dos fornecedores para poder disponibilizar 
produtos condizentes com a qualidade para a satisfação dos clientes. 
As partes interessadas, conforme definição na NBR ISO 9000:2000 item 3.3.7, definida 
como : “pessoa ou grupo que tem um interesse no desempenho ou no sucesso de uma 
organização.” A serie ISO 9000 não cobre todas as exigências de todas as partes interessadas da 
mesma forma, concentram as suas instruções e exigências à satisfação do cliente. A parte 
interessada principal é o cliente, ao passo que os proprietários, colaboradores, subcontratados e 
público são alcançados apenas de forma intermediaria pela NBR ISO 9001:2000. 
O objeto de verificação a ser observado pelo auditor no âmbito de uma certificação é o 
produto de oferta a ser fornecido, enquanto resíduos e efluentes podem ser produtos 
(secundários) de uma organização e não atingem diretamente o cliente. Os aspectos de meio 
ambiente e segurança somente são registrados se o cliente pressupõe características especiais do 
produto ou quando existem prescrições legais. 
 
b) Sistemas de Gestão Ambiental – NBR ISO 14001:2004 
O objetivo da NBR ISO 14001:2004 é a melhoria continua do sistema de gestão 
ambiental, a redução e prevenção da poluição e o atendimento aos requisitos legais 
aplicáveis. 
Se os sistemas de gestão da qualidade conforme a NBR ISO 9001:2000 se referem 
principalmente aos interesses dos clientes, no sistema de gestão ambiental é muito mais 
abrangente. Portanto, as partes interessadas podem ser: os proprietários, acionistas, 
colaboradores, subcontratados, vizinhança, órgãos ambientais, publico em geral, etc. 
O objeto da verificação de um sistema de gestão ambiental é a redução da poluição ou 
dos impactos ambientais de suas atividades, processos, produtos e serviços de uma 
organização que influenciem ao meio ambiente (inter-relacionamento). O sistema de gestão 
ambiental é uma ferramenta que permite a organização atingir e sistematicamente controlar o nível 
de desempenho ambiental porela mesma estabelecido em sua Política, objetivos e metas 
ambientais. 
 
c) Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional – OHSAS 18001:2007 
A OHSAS 18001 foi publicada na Inglaterra em 1999, contém requisitos certificáveis que 
vieram para atender a uma demanda do mercado internacional, que exige cada vez mais o 
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atendimento aos critérios básicos de segurança e saúde ocupacional no ambiente de trabalho. 
Originaria da norma BS8800 no Reino Unido, norma guia para a implementação deste sistema, foi 
revisada em 2007 visando uma maior harmonização com a NBR ISO 14001:2004. 
O objetivo básico é o aumento da segurança do trabalho e da proteção da saúde dos 
empregados como também a preservação ambiental operacional ligada à segurança do trabalho 
nos contratantes. Do ponto de vista do contratante apresenta-se como o sistema de gestão para a 
melhoria da segurança do trabalho. 
As partes interessadas são em primeiro lugar os colaboradores de uma organização 
expostos aos riscos no local de trabalho. Orientam-se em primeiro lugar a proteção do empregador 
e conseqüentemente a garantia de condições de trabalho seguras e não prejudiciais à saúde. 
Minimizando os riscos, reduzindo os acidentes e doenças ocupacionais, os tempos de parada e 
conseqüentemente os custos associados. 
O objeto da verificação são as condições no local de trabalho sob consideração dos possíveis 
riscos para o empregado (e eventualmente do meio ambiente). 
 
3.3.2 SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO - SIG. 
 
“Um sistema de gestão que integra todos os componentes de um negócio num único 
sistema coerente, para permitir o alcance de seu propósito e missão”. 
(definição do Institute of Quality Assurance) 
“Um sistema de gestão que integra dois ou mais desses elementos:” 
 
• Qualidade (ISO 9001); 
• Ambiental (ISO 14001); 
• Saúde e Segurança do trabalho (OHSAS 18001); 
• Responsabilidade Social (AS 8000); 
• Segurança de Informações (ISO 17799); 
• Normas setoriais específicas baseadas na ISO 9000 (Automotivo, Telecomunicações, 
Educação, Aeroespacial, Produtos Farmacêuticos, Serviços de Saúde, Alimentos e 
Bebidas.) 
Razões para adotar um sistema integrado de gestão: 
• Redução de duplicidade e de riscos 
• Otimização e harmonização de objetivos 
• Eliminação de responsabilidades e relacionamentos conflitantes 
• Enfoque em metas do negócio 
 
Como desenvolver um Sistema Integrado de Gestão? 
• Aspectos básicos: 
• Entender o negócio 
• Identificar os processos principais 
• Entender o relacionamento causa e efeito 
� Qualidade do produto 
� Aspectos / impactos ambientais 
� Fatores de Saúde e Segurança 
� Social 
� Financeiro 
• Executar análise de risco 
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• Avaliar a legislação 
• Incluir componentes administrativos (sistema) 
 
Elementos chaves para o sucesso: 
• Incluir: 
� Forte liderança da alta administração 
� Boa comunicação entre todos os níveis 
� O envolvimento de pessoas 
� Melhoria contínua 
• A abordagem de Processos e o modelo PDCA fornecem uma metodologia indispensável 
• Conhecimento profundo do “Negócio” 
 
Como Integrar os sistemas 
Várias abordagens podem ser adotadas dependendo da situação atual da organização 
� Conversão de sistemas existentes 
� Fusão de Sistemas 
� Abordagem de engenharia de sistemas 
 
BENEFÍCIOS: 
A construção de um sistema coerente que: 
� atende as necessidades comerciais, organizacionais; 
� seja enxuto, flexível e dinâmico, permitindo agilidade nas modificações. 
� não amarra a organização a uma norma específica, as Normas utilizadas como meio para 
identificar tarefas e processos. 
� foco no processo do negócio (total) e não nas disciplinas separada. 
 
Metodologia existente para integração de sistemas: 
� Norma Espanhola UNE 66177 (AENOR) – Guia para a integração dos sistemas de gestão 
(Qualidade, ambiental e Saúde e Segurança) - Publicada em junho de 2005 
Primeira norma a abordar a integração de sistemas de gestão Abordagem por processos 
(desenvolvimento, implantação e avaliação do processo de integração) 
Sugere 03 possíveis métodos de integração em função da maturidade 
 
 
4 O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E SEUS BENEFÍCIOS 
 
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL: 
“A parte do sistema de gestão de uma organização (3.16) utilizada para desenvolver e implementar 
sua política ambiental (3.11) e para gerenciar seus aspectos ambientais (3.6).” (NBR ISO 
14001:2004 – 3.8). 
 
NOTA 1 Um sistema da gestão é um conjunto de elementos inter-relacionados utilizados para 
estabelecer a política e os objetivos e para atingir esses objetivos. 
NOTA 2 Um sistema da gestão inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, 
responsabilidades, práticas, procedimentos (3.19), processos e recursos. 
De acordo com a NBR ISO 14001:2004, o Sistema de Gestão Ambiental - SGA é a parte de 
um sistema da gestão de uma organização utilizada para desenvolver e implementar sua política 
ambiental e para gerenciar seus aspectos ambientais. 
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O sistema de gestão ambiental visa proporcionar a uma organização a garantia de que seu 
desempenho não apenas atende, mas continuará a tender, aos requisitos legais e aos de sua 
própria política. 
A NBR ISO 14001:2004 considera que a gestão ambiental abrange, como parte da função 
gerencial total, todos os setores da organização necessários ao planejamento, execução, revisão e 
desenvolvimento da política ambiental da organização. 
A partir deste conceito surgem três características da gestão ambiental: 
• sistema de gestão ambiental não se trata de uma tarefa especial limitada a um ou mais 
responsáveis ambientais na organização, mas trata-se de um componente integrante da 
missão administrativa geral e dos responsáveis pelas atividades de produção. Isso significa que 
todos os setores da administração e da produção precisam ser integrados no desenvolvimento 
e implementação do SGA; 
• Há uma relação direta com o desenvolvimento da Política Ambiental da organização. O SGA é 
a expressão da própria vontade organizacional e das prioridades da organização no setor 
ambiental. As exigências e opiniões externas entram nesta formação de vontade através do 
cumprimento das leis e normas ambientais relevantes que são exigidas como objetivos 
mínimos. Elas não substituem a definição consciente das prioridades e objetivos da 
organização; 
• SGA não é somente a expressão da consciência e vontade da organização, mas também, um 
instrumento para introduzir, executar e monitorar a política ambiental. E a política ambiental 
prevê como diretriz o enquadramento sistemático, que num plano operativo deve ser 
estabelecido, executado e gerenciado por meio de programas e medidas concretas. 
Ou seja, o SGA representa uma forma sistemática de revisar e melhorar as operações para 
obter um melhor desempenho ambiental. O SGA ajuda a organização a obter melhor cumprimento 
dos requisitos legais e outras normas e regulamentações aplicáveis, a utilizar os materiais de 
forma mais racional e eficiente, melhorar os processos, reduzindo custos e tornando-se mais 
competitiva. Portanto, o SGA cria primeiramente um senso de bons negócios, ajudando-a a 
identificar as causas dos problemas ambientais, de forma a eliminá-los, gerando retorno financeiro 
por meio da redução de custos. 
Pode-se dizer que o SGA é um investimento de longo prazo que ajuda a organização a ser 
mais efetiva no cumprimento dos objetivos e metas ambientais, permite uma melhoria nos 
negócios a partir do momento em que mantém clientes e atrainovos, pois representa uma 
ferramenta que agrega valor aos produtos e serviços oferecidos. 
Ao implementar o SGA verifica-se que as decisões, modificações e melhorias ocorrem na 
própria planta e que na verdade os elementos do SGA são comuns a outros sistemas de 
gerenciamento existentes, como sistema de gestão da qualidade e de saúde e segurança, por 
exemplo. 
A chave para o SGA efetivo é o desenvolvimento do mesmo de forma sistematizada, 
planejando, controlando, medindo e melhorando os esforços ambientais. Melhorias ambientais 
potenciais e redução de custos, podem ser obtidos através da revisão e melhoria dos processos de 
gerenciamento da organização. E ainda mais importante, nem todos os problemas ambientais são 
resolvidos através da instalação de equipamentos de controle de poluição de alto custo. 
Fica claro que o planejamento e implementação de SGA envolve muito trabalho. Porém as 
empresas que desenvolvem seu SGA percebem que ele representa um bom caminho para 
mudanças positivas. 
Os motivos e as razões para a estruturação e certificação de um SGA podem parecer muito 
variáveis em casos concretos individuais. Em primeiro plano está a finalidade de assegurar a 
permanente capacidade de competitividade da organização em face das crescentes exigências 
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ambientais de órgãos públicos, clientes, bancos, seguradoras e da sociedade em geral. A isto 
acrescenta-se a questão de que as exigências poderão ser interpretadas como um risco às 
atividades implantadas e posições alcançadas, ou poderão ser interpretadas como uma chance e 
possibilidade de destaque através de uma ecoestratégia. Em função da interpretação o SGA é 
concebido como um instrumento defensivo de segurança ou como um instrumento de destaque 
ambiental da organização. 
Pode-se diferenciar alguns benefícios internos e externos de um SGA. 
Um fato que deve ser considerado, é que as organizações de pequeno e médio porte têm 
vantagens sobre as grandes organizações no que diz respeito à implementação do SGA. Nas 
empresas menores, as linhas de comunicação são geralmente menores, as estruturas 
organizacionais são menos complexas, as pessoas possuem múltiplas funções e o acesso ao 
gerenciamento é simples. Portanto, estas colocações podem representar vantagens reais para a 
efetiva implementação do SGA. 
Custos e benefícios do desenvolvimento e implementação do SGA 
Custos Benefícios Internos Benefícios Externos 
• Tempo de trabalho dos 
empregados 
• Consultoria 
• Treinamento 
• infra-estrutura para a 
prevenção 
• Melhoria do desempenho ambiental 
• Novos clientes e mercados 
• Melhoria da eficiência e redução dos 
custos 
• Melhoria da moral dos empregados 
• Redução de esforços com treinamento 
de novos empregados 
• Prevenção de riscos e situações de 
emergências. 
• Melhoria da imagem perante a 
sociedade 
• Fortalecimento da competitividade 
• Facilidade em bancos e seguradoras, 
acesso a capital 
• Facilidade de relacionamento com 
órgãos ambientais e comunidade 
• Melhoria do desempenho ambiental 
• Cumprimento de normas e legislação. 
 
4.1. Plano de Ação para a Implantação 
A construção de um SGA pode soar como uma grande dificuldade. O tempo e os recursos 
geralmente são escassos, porém podem ser muito bem aproveitados se utilizados de forma 
adequada. Uma das formas de fazer isso é através de um plano de ação simples e eficaz. Os 
principais passos para construir o Plano de Ação são apresentados de diferentes formas por 
diferentes autores. 
Uma das formas de implementação de SGA foi desenvolvida pela US EPA, 2001, 
apresentam o Plano de Ação dividido em duas fases : 
D E F I N E O S O B J E T I V O S D A O R G A N I Z A Ç Ã O
O B T E R O
C O M P R O M I S S O
D A A L T A
D I R E Ç Ã O
S E L E C I O N E U M
L Í D E R
D E F I N I R A E Q U I P E
D E
I M P L E M E N T A Ç Ã O
R E A L I Z A R
R E U N I Ã O D E
L A N Ç A M E N T O
C O N D U Z I R
A N Á L I S E
P R E L I M I N A R
D E S E N V O L V E R
P R O J E T O /P L A N O
D E A Ç Ã O
O B T E R
R E C U R S O S
E N V O L V I M E N T O
I N I C I A L D O S
C O L A B O R A D O R E S
M O N I T O R A R E
C O M U N I C A R
P R O G R E S S O S 
Figura 6 – Fase preparatória – Planejamento inicial do SGA 
Outra metodologia de implementação de SGA foi desenvolvida pela BRI Inc., 1999 para as 
indústrias do Canadá. A metodologia é denominada “20 Passos para a Implementação do SGA”. O 
sistema dos 20 passos tem sido aplicado em empresas individuais e também em grupo. 
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Os 20 Passos propostos desenvolvem-se durante 12 meses, sendo que no décimo 
segundo mês a empresa está apta a se candidatar para a Certificação. Como apresentado na 
Figura 7 a seguir, a metodologia baseia-se nos Requisitos da ISO 14001:1996, servindo apenas 
como exemplo. 
 Fase Mês Elemento 
20 Auditoria de certificação pela NBR ISO 
14001 
12 
19 Definir equipes para o gerenciamento das 
não-conformidades 
 4.5.2 
18 Conduzir Auditoria de Pré-Certificação 4.5.4 
17 Avaliar eficácia do SGA no meio ambiente e 
nos negócios através da análise crítica 
 4.6 
16 Conduzir auditorias internas - registro e 
comunicação das NCR’s para ação 
 4.5.4 
15 Identificar as necessidades e realizar 
treinamentos 
 4.4.2 
14 Finalizar a política e desenvolver os procedimentos 4.4.4 
13 Desenvolver Controle de documentos para Política, 
procedimentos e registros 
 4.4.5 
12 Desenvolver o Programa de Gestão Ambiental 4.3.4 
11 Obter o comprometimento de todos em relação à 
Política e aos Objetivos ambientais 
 4.4.2 
10 Estabelecer Objetivos e Metas ambientais 4.3.3 
9 Determinar a conformidade legal e as Não-Conformidades 4.3.2 
8 Revisar a legislação, regulamentações e outros requisitos 
pertinentes 
 4.3.2 
7 Determinar os aspectos e impactos significativos. 
Desenvolver a Política Ambiental 
 4.3.1 e 4.2 
6 Desenvolver fluxogramas das atividades, produtos e serviços e 
identificar aspectos e impactos ambientais 
 4.3.1 
5 Desenvolver Plano de Implementação 4.3 
4 Definir equipe de implementação e definir as responsabilidades 4.4.1 
3 Conduzir um GAP Analysis em relação à Norma NBR ISO 14001 4.3 
2 Documentar as razões da alta administração para a implementação do 
SGA - base para a avaliação da eficácia. 
 4.1 
1 Obter o comprometimento da alta administração 1 4.1 
Figura 7 - 20 Passos para Implementação de SGA - BRI Inc, 1999 – Exemplo da 14001:1996 
 
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A primeira atividade para a implementação do SGA é a obtenção do comprometimento da 
alta administração, fundamental para o suporte do SGA. A alta administração tem que entender os 
benefícios do SGA. O comprometimento da alta administração e sua visão tem que ser clara e 
comunicada a todos na empresa. 
As pequenas e médias empresas não podem se dar ao luxo de escolher múltiplos 
candidatos como líderes de equipe de implementação de SGA. Porém a escolha do líder nestas 
empresas pode representar um ponto crítico. O líder da implementação tem que ter autoridade, 
entender o funcionamento da empresa e ter habilidades de gerenciamento. O líder deve ser o 
pensador do SGA e ter tempo disponível para projetá-lo e construí-lo. 
Este líder deverá preparar a estrutura e o orçamento preliminares para desenvolver o SGA. 
Os custos devem compreender o tempo dos empregados utilizado no SGA, treinamento, 
consultoria, materiais e possivelmente equipamentos, além de outros. 
A equipe responsável pela implementação do SGA deve identificar e acessarresultados, 
oportunidades e processos existentes. As equipes devem se reunir freqüentemente, principalmente 
no início do processo. 
Os empregados representam a grande fonte de conhecimento dos problemas ambientais e 
de saúde e segurança relativos as suas áreas de trabalho, bem como a respeito da efetividade dos 
processos e procedimentos em operação. Eles podem auxiliar a equipe de implementação a 
elaborar os procedimentos. Portanto, o envolvimento de todos os empregados é fundamental para 
o bom andamento do SGA. 
IDENTIFICAR
 REQUISITOS
LEGAIS E OUTROS
IDENTIFICAR E
AVALIAR ASPECTOS
 E IMPACTOS
 (PRODUTOS,
OPERAÇÕES E
 ATIVIDADES)
DEFINIR VISÃO DAS
PARTES
INTERESSADAS
ELABORE A
POLÍTICA
AMBIENTAL
DEFINIR PAPÉIS E
RESPONSABILIDADES
CHAVES
ESTABELECER
OBJETIVOS E
METAS
PROGRAMAS DE
GESTÃO
AMBIENTAL
IDENTIFICA
CONTROLES
OPERACIONAIS
IDENTIFICAR
NECESSIDADE
DE MONITORA-
MENTO E
MEDIÇÃO
ESTABELECER
PROCEDI-
MENTOS PARA
AÇÃO
CORRETIVA/
PREVENTIVA,
CONTROLE DE
DOCUMENTOS
E REGISTROS
ESTABELECER
CONTROLE
OPERACIONAL
E MONITORA-
MENTO DO
PROCESSO
DEFINIR
PAPÉIS E
RESPONSABILIDADES
PARA OPERAÇÕES
ESPECIFICAS
CONSCIENTIZAÇÃO
 INICIAL DOS
COLABORADORES
DEFINIR
 PROCEDIMENTOS
PREPARA
A DOCUMENTAÇÃO
DO SGA (MANUAL)
CONDUZ
TREINAMENTO
ESPECÍFICO AOS
 COLABORADORES
CONDUZ AUDITORIA
INTERNA DO SGA
CONDUZ A ANÁLISE
CRÍTICA PELA
 DIREÇÃO
 
Figura 8 – Fase preparatória – Construção e implantação do SGA 
 
A revisão preliminar para avaliar o SGA que está sendo implementado e compará-lo com 
critérios de implementação existentes, como por exemplo, a NBR ISO 14001. Ou seja, avaliar a 
estrutura e os procedimentos, a política, os impactos ambientais, programas de treinamento, entre 
outros fatores. Consiste em avaliar para poder determinar quais elementos do SGA estão 
adequados e quais devem ser melhorados. 
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O Plano de Ação poderá ser modificado em função dos resultados obtidos na avaliação 
preliminar. A modificação do Plano de Ação deverá descreverem detalhes as ações necessárias, 
os responsáveis, os recursos necessários e quando o trabalho deverá ser completado. Neste 
ponto, a empresa já está pronta para desenvolver os procedimentos e outros documentos do 
sistema. Ao construir o SGA é preciso certificar-se de que o sistema é flexível. 
Assim que os procedimentos e outros documentos estiverem prontos é possível iniciar a 
implementação do sistema. 
É preciso treinar os empregados a respeito dos conceitos de SGA, principalmente no que 
diz respeito a aspectos e impactos das atividades, produtos e serviços, novos procedimentos, 
modificações nos procedimentos existentes e também a respeito das novas responsabilidades. 
Após o SGA estar em operação, verifique a possibilidade de avaliação do desempenho do 
mesmo. Isto pode ser conseguido através de auditorias periódicas, realização de monitoramentos 
e medições. A avaliação do desempenho do SGA proporciona a oportunidade de melhorar o SGA 
e o desempenho ambiental da empresa o tempo todo. 
 
4.2. Conceitos Referentes ao Sistema de Gestão Ambiental 
A definição mais simplificada de SGA é que ele representa um ciclo contínuo de 
planejamento, implementação, revisão e melhoria das ações da organização para que possam ser 
cumpridas as obrigações ambientais. O SGA não acontece por acaso, ele necessita de ações que 
suportem o mesmo. 
Para melhorar o desempenho ambiental, a organização tem que avaliar não apenas quais são as 
ocorrências, mas também porque elas ocorrem. A maioria dos modelos de gerenciamento 
baseiam-se no princípio de melhoria contínua, no conhecido ciclo da qualidade ou PDCA: planejar, 
fazer, checar e agir, como apresentado na Figura 5. 
 
POLÍTICA 
AMBIENTAL 
PPLLAANNEEJJAAMMEENNTTOO 
IMPLEMENTAÇÃO 
E OPERAÇÃO 
VERIFICAÇÃO 
 
 
ANÁLISE 
 PELA 
ADMINISTRAÇÃO 
MELHORIA 
CONTÍNUA 
 
Figura 9 – Modelo do SGA - Fonte:- NBR ISO 14001: 2004 
 
A idéia central embutida em um SGA é simples: as organizações devem estar em 
condições de controlar os efeitos ambientais de suas próprias atividades, produtos e serviços e 
reduzir sistematicamente os impactos ambientais causados. Somente assim pode-se evitar gastos 
dispendiosos com recuperação ambiental ou medidas rápidas de adaptação a exigências de 
órgãos públicos, clientes ou da sociedade. Desta forma, pode-se evitar também investidas 
reguladoras freqüentes do Estado ou ainda explorar o tema meio ambiente para colocar a 
organização em evidência. A condição para isso, como também em outras áreas, é a existência de 
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sistemas de gestão apropriados, que permitam reconhecer os problemas ambientais e tomar 
medidas para superá-los. 
As exigências do SGA em todas as normas existentes, NBR ISO 14001, EMAS ou BS 7750, são 
basicamente: 
• Análise dos efeitos ambientais das atividades, produtos, serviços para uma avaliação e 
fiscalização sistemática dos aspectos ambientais relevantes; 
• Cumprimento permanente de todos os requisitos legais e outros requisitos na área ambiental; 
• Fixação de objetivos e programas continuados; 
• Criação de condições organizacionais e de pessoal necessárias para poder atingir efetivamente 
os objetivos; 
• Efetuar regularmente auditorias ambientais para julgar a validade de todo o SGA e possibilitar a 
avaliação de sua capacidade de desempenho pela administração; 
• Garantia da melhoria contínua do SGA e do desempenho ambiental desejado. 
Portanto os cinco principais estágios do SGA definidos pela NBR ISO 14001:2004 são: 
 
Política Ambiental – a administração se compromete com a melhoria ambiental e estabelece a 
política ambiental da empresa. 
Planejamento - a empresa conduz a revisão de suas operações, identifica os aspectos e 
impactos e os requisitos legais e ambientais, estabelece os objetivos, avalia alternativas, define as 
metas e elabora o plano para alcançar as metas propostas. 
Implementação e Operação – a empresa inicia o desenvolvimento do plano de ação 
estabelecendo responsabilidades, desenvolvendo treinamentos, comunicação, procedimentos 
operacionais e o plano de emergência, verificando se as metas ambientais propostas estão sendo 
alcançadas. 
Verificação – a empresa avalia através do monitoramento das operações e de medições, se as 
metas estão sendo alcançadas. Se não estiverem sendo alcançadas, são realizadas as ações 
corretivas. 
Análise pela administração– através da análise o SGA é modificado objetivando otimizar a sua 
efetividade. O estágio de análise do SGA cria um ciclo de melhoria contínua. 
Para construir e sustentar um SGA efetivo, deve se comunicar a todos os empregados a 
importância de: 
• Fazer do meio ambiente uma prioridade da organização, pensando na gestão ambiental efetiva 
como um fator fundamental para a sobrevivência; 
• Construir a gestão ambiental em todos os lugares, pensando nas atividades, produtos e 
serviços; 
• Olhar os problemas como oportunidades, identificando-os, determinando a raiz da causa dos 
mesmos e prevenindo sua recorrência. 
O conceito de melhoria contínua reconhece que o problema poderá ocorrer, porém a 
organização comprometida aprende com os erros e se previne para que não ocorram novamente 
em situações futuras. 
O SGA tem que ser dinâmico permitindo a rápida adaptação às mudanças nos negócios 
ambientais, desta forma o SGA tem que ser flexível e simples. Isto auxilia o SGA a ser 
compreendido e incorporado pelas pessoas que trabalham na implementação. 
Em algumas organizações a implementação do SGA pode sofrer resistência por parte de 
algumas pessoas, por estas considerarem que ele representa burocracia, custos e aumento na 
jornada de trabalho. Podem ocorrer resistências devido às mudançase às novas 
responsabilidades. Para conseguir vencer estes obstáculos, é preciso ter certeza de que todos 
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entendem porque a organização necessita do SGA efetivo e como ele pode ajudar no controle dos 
impactos ambientais e conseqüentemente dos custos. Manter as pessoas envolvidas no projeto e 
implementação do SGA demonstra o comprometimento da organização com o meio ambiente e 
ajuda a verificar que ele é realista, prático e que agrega valor. 
Implementando ou melhorando o SGA, a organização vai entender como gerenciar os 
compromissos ambientais e como encontrar melhores soluções. 
 
5 ELEMENTOS DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 
 
5.1 Requisitos Gerais 
Como explicado anteriormente, o SGA pode ser construído com base no ciclo da qualidade 
(PDCA): Planejar, Fazer, Checar e Agir, de forma a garantir que os fluxos do mesmo estejam 
sendo identificados, controlados e monitorados. Usando esta sistemática há como verificar se o 
desempenho do SGA está sempre melhorando. 
A NBR ISO 14001:2004 define que a organização deve estabelecer, documentar, implementar, 
manter e continuamente melhorar um sistema da gestão ambiental em conformidade com os 
requisitos desta Norma e determinar como ela irá atender a esses requisitos. 
A organização deve definir e documentar o escopo de seu sistema da gestão ambiental. 
Esta norma especifica os requisitos para que um SGA capacite uma organização a desenvolver e 
implementar política e objetivos que levem em consideração requisitos legais e informações sobre 
os aspectos ambientais significativos. 
Esta norma não estabelece requisitos absolutos para o desempenho ambiental, dos 
comprometimentos, expressos na política ambiental, de estar em conformidade com os requisitos 
legais e outros requisitos aos quais a organização tenha subscrito, com a prevenção da poluição e 
com a melhoria contínua. 
O nível de detalhe e complexidade do SGA, a extensão de sua documentação e dos recursos 
dedicados a ele irão depender de fatores como: escopo do sistema, o porte da organização e a 
natureza de suas atividades, produtos e serviços. (NBR ISO 14001:2004 – Introdução) 
A utilização da ISO 14001:2004 deve-se aos seguintes fatos: 
• A ISO 14001 é aceita internacionalmente; 
• As organizações podem ser questionadas no que diz respeito a demonstrar conformidade com 
a ISO 14001, como condição de negócio em alguns mercados; 
• A Norma é consistente com os elementos chave encontrados em muitos modelos de SGA. 
As principais características da ISO 14001:2004 são: 
� Baseado na metodologia PDCA; 
� Visa a prevenção da poluição; 
� Requer a Identificação e avaliação dos aspectos e impactos; 
� Introduz a necessidade de comunicação com partes externas; 
� Abordagem de processos (9001:2000); 
� Melhoria contínua. 
O SGA apresenta alguns princípios fundamentais: 
• Auto-Responsabilidade - o sistema cria um estímulo para a percepção da responsabilidade 
ambiental da organização através do estabelecimento de um procedimento estruturado que 
permita o controle dos efeitos ambientais, bem como a melhoria do desempenho ambiental das 
atividades, produtos e serviços da organização. 
• Responsabilidade da Direção - a implementação do SGA e o alcance das metas ambientais 
é uma responsabilidade da alta administração da organização. O reconhecimento da 
responsabilidade ambiental da organização está no início de um circulo de direção , controle e 
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auditoria, e com a obrigação de checar e avaliar periodicamente a eficácia das medidas, bem 
como a constante adequação das metas e medidas de proteção ambiental, sendo o círculo 
novamente fechado pela alta administração. 
• Melhoria Contínua - de acordo com a própria norma, a melhoria contínua compreende o 
processo de aprimoramento constante do sistema de gestão ambiental, visando atingir 
melhorias do desempenho ambiental global de acordo com a política ambiental da 
organização. O objetivo deste processo é a melhoria do desempenho ambiental, no qual se 
consideram resultados mensuráveis relativos aos efeitos ambientais causados pela 
organização e não propriamente a melhoria do SGA. As melhorias não precisam 
necessariamente acontecer em todas as áreas das atividades simultaneamente, cabendo à 
organização indicar as prioridades. 
 
5.2 Política Ambiental 
A Política Ambiental é o primeiro elemento no contexto da NBR ISO 14001. Ela representa 
o compromisso da empresa e da administração para com o meio ambiente. A Política fundamenta 
o SGA promovendo uma visão unificada dos princípios empregados e subcontratados. 
A Política Ambiental é a força motriz para a implementação e aprimoramento do SGA de 
uma organização, permitindo que seu desempenho ambiental seja mantido e potencialmente 
aperfeiçoado. Recomenda-se que esta política reflita o comprometimento da alta administração 
com o atendimento aos requisitos legais aplicáveis e outros requisitos, com a prevenção de 
poluição e com a melhoria contínua. Definida e documentada pela alta administração. A Política 
Ambiental constitui a base sobre a qual a organização estabelece seus objetivos e metas. (NBR 
ISO 14001:2004 – Anexo A2) 
A Política deve contemplar três compromissos básicos: 
• Melhoria contínua; 
• Prevenção da Poluição; 
• Atender aos requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos. 
A Política ambiental tem três funções específicas: 
• Ela é a expressão específica da autoconsciência ambiental e representa o auto 
comprometimento da direção da organização. A política ambiental atua tanto interna quanto 
externamente; 
• Efeito interno da política ambiental deriva das condições de contorno e balizamento para as 
decisões e ações ambientalmente relevantes na organização, devido a isso ela proporciona 
orientação e transmite segurança de postura; 
Efeito externo da política ambiental baseia-se na documentação da responsabilidade ambiental, 
visando a construção de imagem de confiabilidade para os grupos de interesse importantes para a 
organização. 
Requisito da ISO 14001 
1. Requisito: A política ambiental deve ser: 
• definida 
• implementada 
• mantida 
 
2. requisito (formal): A política ambiental deve: 
• ser definida pela alta direção 
• documentada 
• comunicada a todos que trabalhem na organização ou que atuem em seu 
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• disponibilizada ao público 
 
3. Requisito (conteúdo): A política ambiental deve conter: 
• um comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção da 
poluição 
• um comprometimento em atender aos requisitos legais aplicáveis e outros 
requisitos subscritos pela organização que se relacionem a seus aspectos 
ambientais, 
• a estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e metas 
ambientais 
Além disso, deve estar assegurado que a política ambiental é adequada à 
natureza e escala e impactos ambientais de suas atividades. 
 
5. 3 Planejamento 
Elementos de planejamento conforme a ISO 14001 
• Aspectos ambientais 
• Requisitos legais e outros 
• Objetivos ,metas Programa(s) de gestão ambiental 
 
Recomenda-se que a etapa de planejamento seja dividida em duas fases: a avaliação 
ambiental inicial e a tomada de decisão. O objetivo da análise ambiental é a realização de um 
inventário e avaliação da situação ambiental da empresa e seus aspectos e impactos mais 
relevantes. Com base nestes resultados são definidos os objetivos, metas e programas que devem 
ser perseguidos, devendo as linhas gerais estar definidas na política ambiental, funcionando desta 
forma como enquadramento.5.3.1 Identificação de Aspectos e Impactos 
Um pressuposto para o planejamento dirigido é a análise minuciosa da situação ambiental 
inicial. Para planejar e controlar seus impactos ambientais, uma organização tem que saber 
primeiramente quais são estes impactos. Porém, além de saber quais são os impactos é preciso 
saber como eles são gerados. Impactos ambientais são resultados de atividades relacionadas à 
operação, inclusive produto e serviços de uma organização. 
Assim como em programas de prevenção de poluição, a identificação e o gerenciamento dos 
aspectos ambientais pode gerar impactos positivos e melhorar o desempenho ambiental. 
O SGA inclui procedimentos para identificar os aspectos da organização que ela possa controlar 
ou sobre os quais ela possa ter influência. 
A relação entre aspectos e impactos ambientais é uma relação de causa e efeito. O termo aspecto 
é neutro, podendo ser positivo ou negativo. 
Alguns itens devem ser considerados durante o processo de identificação de aspectos: 
• Emissões atmosféricas; 
• Resíduos sólidos e perigosos; 
• Contaminação do solo; 
• Efluentes líquidos com lançamento em corpos d’água; 
• Uso e ocupação do solo; 
• Uso de matérias-primas e recursos naturais; 
• Condições normais e anormais, como partidas de operação, paralisações, emergências. 
• Outras questões locais relativas ao meio ambiente e à comunidade. 
 
 
 
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Requisito da ISO 14001 
1. Requisito: Estabelecer e Implementar procedimentos para: 
• Identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, 
dentro do escopo do SGA. 
• Determinar os aspectos e impactos ambientais significativos 
2. requisito: • Consideração dos aspectos ambientais com impacto significativos no 
estabelecimento, implementação e manutenção do SGA 
3. Requisito: • Documentar essa informações e mantê-las atualizadas. 
 
5.3.2 Requisitos Legais e Outros 
Paralelamente aos aspectos e impactos ambientais, deve-se considerar, inclusive para 
efeito de planejamento, os diversos requisitos que são impostos pela legislação, pelos órgãos 
públicos e por instituições que sejam importantes para a organização. Estes requisitos devem ser 
conhecidos pela organização para que sejam levados em conta em tomadas de decisão. 
Para estar de acordo com os requisitos legais que se aplicam à organização, é preciso primeiro 
saber quais são as regras e como elas afetam as atividades, produtos e serviços da mesma. É 
importante considerar também os custos com o não cumprimento dos requisitos legais, em termos 
de dinheiro, imagem pública e danos ao meio ambiente podem ser muito elevados. 
A organização necessita identificar os requisitos legais que são aplicáveis aos seus aspectos 
ambientais. 
Estes podem incluir: 
a) requisitos legais nacionais e internacionais, 
b) requisitos legais estaduais/municipais/departamentais, 
c) requisitos legais do governo local. 
 
Exemplos de outros requisitos que uma organização pode subscrever incluem, se aplicável: 
� acordos com autoridades públicas, 
� acordos com clientes, 
� diretrizes de natureza não-regulamentar, 
� princípios voluntários ou códigos de prática, 
� etiquetagem ambiental voluntária ou compromissos de administração do produto, 
� requisitos de associações de classe, 
� acordos com grupos comunitários ou organizações não-governamentais, 
� compromissos públicos da organização ou de sua matriz, 
� requisitos corporativos/da empresa. 
 
A determinação de como os requisitos legais e outros se aplicam aos aspectos ambientais de 
uma organização é usualmente realizada no processo de identificação desses mesmos requisitos. 
Portanto, não se faz necessário ter um procedimento em separado ou adicional para fazer esta 
determinação. 
Requisito da ISO 14001 
1. Requisito: Implantar sistema para: 
• identificar e ter acesso a requisitos legais aplicáveis e a outros requisitos 
subscritos pela organização, relacionados aos seus aspectos ambientais 
• determinar como esses requisitos se aplicam aos seus aspectos ambientais 
• assegurar que esses requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos 
pela organização sejam levados em consideração no estabelecimento, 
implementação e manutenção de seu sistema da gestão ambiental 
 
 
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5.3.3 Objetivos, Metas e Programas 
Os objetivos gerais da política ambiental estabelecem um quadro para as decisões e ações 
ambientais relevantes no plano executivo. Porém, os objetivos são genéricos e para que se tornem 
aplicáveis é preciso que sejam convertidos em metas concretas em áreas pré-definidas dentro da 
organização. Os objetivos e metas têm a função de transformar proposta em ação. Eles devem ser 
considerados no planejamento estratégico da empresa, podendo facilitar a integração do sistema 
de gestão ambiental aos outros processos de gerenciamento dos negócios. 
Deve-se determinar quais objetivos e metas são apropriados para a empresa. Os objetivos podem 
ser direcionados à toda a empresa ou aplicados a unidades ou atividades individuais. Para definir 
os objetivos é preciso ter em mente a Política Ambiental, e seus três compromissos básicos 
apresentados anteriormente: comprometimento, melhoria, prevenção. Não existe padrão definido 
para objetivos e metas. Os objetivos e metas devem refletir o que a empresa faz e o que ela 
pretende atingir (o que queremos?) em termos de meio ambiente. Até o momento verificou-se os 
fundamentos do SGA, definindo o que a organização quer atingir na área ambiental. Para que os 
objetivos e metas sejam atingidos é preciso implantar o Programa de Gestão Ambiental - PGA, ou 
seja, deve-se estabelecer por meio de programas concretos o caminho pelo qual os objetivos 
devem ser alcançados. 
A relação entre objetivos e metas ambientais e programa de gestão ambiental deve ser 
entendida como um processo de concretização progressiva. 
Os programas de gestão ambiental estabelecem como devem ser atingidos (Como atingimos 
isto?) os objetivos ambientais da organização. Desta forma, têm a função de realização dos 
objetivos por meio de medidas concretas e diretamente operáveis em locais claramente definidos, 
dentro da organização. 
Requisito da ISO 14001 
Requisito: Os objetivos, metas e programas devem ser: 
• Estabelecidos 
• Implementados 
• Mantidos 
• Documentados 
Estabelecer, implementar e manter programa(s) para atingir seus objetivos e metas 
com inclusão de 
• Responsabilidade em cada função e nível pertinente da organização 
• Meios 
• prazos 
 
Outros requisitos: • Os objetivos e metas devem ser mensuráveis, quando exeqüível, e coerentes 
com a política ambiental, incluindo-se os comprometimentos com a prevenção 
de poluição, com o atendimento aos requisitos legais e outros requisitos 
subscritos pela organização e com a melhoria contínua. 
• Consideração de: 
• Requisitos legais e outros requisitos por ela subscritos 
• Aspectos ambientais significativos 
• Opções tecnológicas 
• Requisitos financeiros, operacionais e comerciais 
• Visão das partes interessadas 
 
 
 
 
 
 
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Apresenta-se a seguir alguns exemplos de objetivos e as metas correlatas: 
Objetivos Metas 
• Redução no uso de energia • Reduzir o uso de eletricidade em 10% em 2000 
• Redução no uso de produtos 
químicos perigosos 
• Eliminar o uso de CFC em 2000 
• Reduzir o consumo de Compostos Orgânicos Voláteis 
• Redução da geração de 
resíduos perigosos 
• Redução dos resíduos com cromo em 50% em 2001 
• Melhorar a conscientização 
dos empregados no que diz 
respeito

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