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1 
 
 
CERTIFICAÇÃO ISSO 14001 
1 
 
 
Sumário 
Sumário ........................................................................................................... 1 
FACUMINAS.................................................................................................... 3 
Definições/Conceito ......................................................................................... 4 
Desenvolvimento Sustentavél.......................................................................... 4 
A Utilização Eficiente dos Recursos Naturais .............................................. 4 
Ecoequidade e Ecoeficiência ........................................................................... 5 
Economia e Meio Ambiente ......................................................................... 6 
Certificação ...................................................................................................... 6 
ISO 14001 e 14004 .......................................................................................... 7 
Requisitos gerais da ISO 14001 ................................................................... 8 
Auditoria Ambiental ........................................................................................ 11 
Tipos de Auditoria Ambiental ..................................................................... 12 
Etapas de Auditoria Ambiental ................................................................... 12 
SISTEMA BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÃO – SBC .................................... 14 
Credenciamento (acreditação) ................................................................... 15 
Certificação de Conformidade .................................................................... 15 
Tipos de Certificação: .................................................................................... 15 
Certificação Compulsória ........................................................................... 15 
Certificação Voluntária ............................................................................... 16 
Avaliação do Fornecedor ........................................................................... 16 
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia ..... 16 
Finalidades ................................................................................................. 16 
Responsabilidades ..................................................................................... 17 
O INMETRO atua no SBC com as seguintes funções e responsabilidades:
.............................................................................................................................. 17 
 Exerce a função de organismo de acreditação do SBC de forma 
transparente, não discriminatória e independente das demais atividades referentes 
à sua área de competência, em harmonia com as práticas internacionais vigentes 
e em conformidade com os princípios e políticas adotadas no âmbito do Sistema.
 17 
2 
 
 
 Representa o SBC nos foros nacionais, regionais e internacionais, 
visando o reconhecimento internacional do sistema. ........................................... 17 
Organismo de Certificação Credenciado (Acreditado) – OCC ................... 17 
Finalidades ................................................................................................. 17 
Organismo de Certificação de Sistemas da Qualidade – OCS .................. 18 
Organismo de Certificação de Sistema de Gestão Ambiental – OCA ........ 18 
Organismo de Certificação de Produto – OCP........................................... 18 
Organismo de Certificação de Pessoal – OPC .......................................... 18 
Responsabilidades ..................................................................................... 19 
Organismo de Treinamento Acreditado – OTC .......................................... 19 
Finalidades ................................................................................................. 19 
Responsabilidades ..................................................................................... 19 
Regulamento do Credenciamento (acreditação) ........................................ 20 
Recursos advindos do SBC ....................................................................... 20 
Promoção do SBC ..................................................................................... 20 
Educação para o consumo ........................................................................ 21 
Reconhecimento Internacional ................................................................... 21 
AUDITORIAS DA QUALIDADE E AMBIENTAL ......................................... 22 
O QUE É AUDITADO EM UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ........ 24 
Política Ambiental ...................................................................................... 24 
Planejamento ............................................................................................. 24 
Aspectos ambientais .................................................................................. 24 
Identificação e avaliação de impactos relacionados a aspectos ambientais
.............................................................................................................................. 25 
Exemplos de identificação e avaliação de impactos ambientais ................ 25 
Exemplos de objetivos e metas ambientais ............................................... 25 
Programa de Gestão Ambiental ................................................................. 26 
Exemplo de Programa de Gestão Ambiental ............................................. 26 
Referências ................................................................................................... 27 
 
3 
 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Definições/Conceito 
Desenvolvimento Sustentavél 
 
O conceito de desenvolvimento sustentável ficou conhecido em 1987 através 
do relatório Brundtland que apontou a incompatibilidade entre desenvolvimento 
sustentável e os atuais padrões de produção e consumo e a composição entre meio 
ambiente e questões sociais o relatório de Brundtland define desenvolvimento como 
processo que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade 
das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. (BRUNDTLAND, 1987). 
A Utilização Eficiente dos Recursos Naturais 
 
Com o crescimento da economia mundial e o aumento da população (9 bilhões 
de habitantes até 2050) os recursos naturais vão se esgotar( CAVALCANTI, 2012, 
p.1). A água, o solo, o ar puro são recursos vitais para a saúde e a qualidade de vida, 
mas a sua disponibilidade é limitada. 
O crescente aumento da obtenção de alguns recursos vai contribuir para a sua 
escassez e para o aumento dos preços, que afetarão a economia mundial. É 
necessáriauma gestão mais eficiente dos recursos durante todo o seu ciclo de vida, 
desde a extração até à eliminação, passando pelo transporte, a transformação e o 
consumo. 
 Neste contexto é necessário promover a eficiência na utilização de recursos, 
produzindo mais valia utilizando menos matéria prima e alterando os padrões de 
consumo. Deste modo, os riscos de escassez de recursos serão minimizados, 
mantendo os impactos ambientais dentro de níveis aceitáveis. 
Os custos sociais e ambientais advindos da produção em escala mundial pela 
moderna indústria são enormes, mas a sociedade civil começou a resistir e a exigir a 
internalização dos custos ambientais causados pelas atividades econômicas. A 
pressão de ONG’s e movimentos populares sobre empresas e governos tem sido 
intensa ao exigirem proteção contra dejetos tóxicos, fumaça, água e ar poluído 
somados a obsolescência de equipamentos industriais e processos geradores de 
5 
 
 
insustentabilidade. As inovações tecnológicas na indústria trouxeram consigo a 
possibilidade de manipulação de matérias primas e um sem numero de problemas 
socioambientais chamados de “custos sociais”. Dado a gravidade do problema, a 
sociedade começou a pressionar e resistir exigindo a incorporação dos custos 
ambientais ocasionados pelas atividades econômicas. 
As questões envolvendo os problemas ambientais, o esgotamento 
de recursos naturais não renováveis e o crescimento econômico 
desvinculado do desenvolvimento sustentável tornaram-se uma grande 
preocupação mundial nos últimos anos, o que tem levado tanto governantes 
quanto as sociedades civis e as próprias organizações a proporem diferentes 
medidas para a preservação do planeta e, consequente, sobrevivência das 
gerações futuras (LUNARDI, 2012, p.1). 
 
O uso ineficiente de insumos prejudica o meio ambiente, além de resultar em 
maiores custos para as organizações e perder vantagens competitivas. Organizações 
que não buscam a eficiência e a atualização de conhecimentos referentes à 
sustentabilidade econômica de suas atividades tende a aumentar os custos de 
produção e de operação, prejudicando o resultado financeiro da empresa (KIM; KO, 
2010 p 8). 
Por outro lado, as organizações que seus processos industriais afetam o meio 
ambiente sofrem pressões externas para a solução do problema e passam a ser 
responsáveis pela redução de impactos e adoção de posturas menos degradantes 
(LUCAS, 2010). 
 
Ecoequidade e Ecoeficiência 
Com o rápido avanço tecnológico nos sistemas informacionais a literatura tem 
destacado diferentes vantagens de ser verde. Segundo Brooks et.al. (2010), existem 
duas grandes categorias de benefícios: os ambientais e os financeiros. Os benefícios 
ambientais relacionam-se aos objetivos de ecoequidade que refere-se à igualdade de 
direitos entre as gerações atuais e futuras aos recursos ambientais disponíveis. A 
ecoequidade é a maneira pela qual se faz o gerenciamento dos impactos causados 
no meio ambiente, suprindo as necessidades de agora sem comprometer as de 
amanhã. Por sua vez, a ecoeficiência refere-se à entrega de produtos e serviços com 
preços competitivos que satisfazem as necessidades e trazem qualidade de vida, 
6 
 
 
reduzindo progressivamente os 5 impactos ecológicos e a quantidade de recursos 
utilizados no ciclo de vida dos produtos e serviço (LUCAS, 2010). 
Economia e Meio Ambiente 
A degradação do meio ambiente está associada aos interesses de quem 
produz, ou seja, do grande capital, que não leva em consideração a questão 
ambiental nos investimentos e na produção (LUNARDI, 2014). No mercado global os 
interesses do grande capital estão acima da preservação ambiental ainda que neste 
século surjam organizações sinceramente preocupadas com o meio ambiente e o 
cuidado com as gerações futuras, e invariavelmente convertem a natureza em um 
produto, dentro da lógica da ampliação ao consumo, existindo uma contradição entre 
mercado e preservação ambiental, neste sentido, Lucas afirma: 
[...] o capitalismo para nutrir capacidade de manter-se coerente com 
seus instintos expansivos parece conceder ao longo da história pouca 
seriedade e prioridade fundamental para associar-se o ambientalismo com o 
combate à pobreza. O calcanhar de Aquiles da política ambientalista consiste 
em proporcionar qualidade de vida em termos de igualdade de acesso e 
proteção aos bens naturais não renováveis. Ou seja, a pobreza tem se 
pautado na modernidade também como uma das circunstancias de 
degradação ambiental qualificada. Ora, esta reflexão esta evidenciada aqui 
jamais com o intuito de servir para a discriminação dos pobres ou 
criminalização da pobreza (LUCAS, 2010, p.37). 
A deterioração ambiental resultou da aceleração do processo de produção e 
consumo dos países centrais baseados na exploração intensa do trabalho e dos 
recursos naturais disponíveis. Para os ambientalistas a destruição do meio ambiente 
está associada a falta de consciência por parte de governos e empresas preocupados 
com o desenvolvimento a qualquer custo, o que gera um passivo ambientam de 
enormes proporções (FOSTER, 2010). 
Certificação 
As preocupações com o meio ambiente fizeram com que fossem criadas 
normas técnicas visando à melhoria continua da qualidade ambiental. Assim, as 
organizações administram seus produtos e processos com o objetivo de evitar 
agressões ao meio ambiente, gerenciando riscos e resíduos gerados nos processos 
produtivos. 
Com sede em Genebra, Suíça, a International Organization for Standardization 
(ISO) é uma organização não governamental especializada com membros de 111 
7 
 
 
países. Suas normas são voluntárias, no entanto, os associados frequentemente as 
tornam obrigatórias. (FORTE, 2007). 
Com a crescente preocupação da sociedade em relação aos danos ambientais 
provocados pela industrialização crescente, a ISO começou a trabalhar os aspectos 
da gestão ambiental. Em 1996 foram criadas as normas relativas a gestão ambiental 
dentro da série 14000, publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT) revisadas em 1999 e concluídas em 2006 identificadas como NBR ISO 14001: 
2004 – Sistema de Gestão Ambiental (SGA): requisitos com orientações para uso. O 
quadro 1 apresenta esta e as demais normas relativas às organizações. 
 
O quadro 1 aponta que normas de um SGA indicam os meios para que o 
produto, serviço e ou processo sejam ambientalmente sustentáveis, ou ainda, não 
possam alterar ou agredir o meio ambiente. 
ISO 14001 e 14004 
A norma ISO 14001 está fundamentada na metodologia PDCA (Plan - Do - 
Check - Act), isto é, no ciclo planejar, fazer, checar e agir. Este ciclo pôde ser 
observado na Figura 2. Esta metodologia é uma ferramenta eficaz para as 
organizações identificarem e gerenciarem riscos ambientais como parte de sua 
prática cotidiana. A norma faz com que as organizações se comprometam com a 
prevenção da poluição e cuidados com seus processos produtivos como parte do ciclo 
normal de gestão empresarial. 
8 
 
 
Cajazeira (1998) apud Forte (2007) entende a ISO 14001 como “parte do 
Sistema de Gerenciamento Global que inclui a estrutura organizacional, o 
planejamento de atividades, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e 
recursos para o desenvolvimento, implantação, alcance, revisão e manutenção da 
política ambiental”. 
Esta norma é de adesão voluntária que contem os requisitos para implantação 
de um sistema de gestão ambiental em uma organização, podendo ser aplicado em 
qualquer atividade, tanto em grandes ou pequenas empresas. As empresas que a 
adotam promovem melhoria contínua em seu desempenho ambiental. A ISO 14001 
é uma norma de gerenciamento e não de produto, ela não estabelece indicadores 
pré-definidos havendo a necessidade da própria empresa construa metas e 
indicadores conforme o ramo de atividade, condição material ou financeira. O 
processo de certificação é resultado de uma série de ações empresariaisvisando a 
diminuição dos impactos ambientais. 
Após a primeira certificação da ISO 14001, semestralmente ocorrem auditorias 
externas de manutenção. Entretanto, a renovação da certificação ocorre a cada três 
anos. A organização que possui certificação ISSO 14001 preenche os requisitos da 
norma funcionando dentro de padrões exigidos, mas não garante desempenho 
ambiental excelente, mas sim tem compromisso com a melhoria contínua. 
 Para obter a certificação, a empresa deve implementar todos os requisitos da 
ISO 14001 mesmo que tenha que buscar conceitos e informações na ISO 14004. A 
ISO 14004 é uma norma de orientação baseadas em exemplos e descrições 
relacionadas a implantação de 9 sistemas de gestão ambiental. A ISO 14001 e ISO 
14004 compartilham conceitos e definições. A seguir serão listados os requisitos 
indicados pela ISO 14001 uma vez que a Auditoria Ambiental está pautada nestes. 
Requisitos gerais da ISO 14001 
A organização que pretende obter a certificação ISO 14001, deve estabelecer, 
documentar, programar, manter e sempre melhorar o SGA, promovendo melhoria 
contínua e conformidade ambiental e demonstrando- a terceiros. Segundo Forte 
(2007) “a empresa tem liberdade e flexibilidade para programar o SGA em 
departamentos específicos, ou em atividades específicas ou em toda organização”. 
9 
 
 
A norma é viável e pode ser obtida por qualquer empresa, independente do 
porte ou da atividade desenvolvida. Nesse processo a ISO 14001 requer que a 
organização programe um SGA que: 
 Promova uma política ambiental apropriada; 
 Encontre os aspectos ambientais decorrentes de suas atividades, produtos 
e serviços passados, existentes ou planejados, para determinar os impactos 
ambientais significativos; 
 Identifique os requisitos legais aplicáveis e outros subscritos; 
 Determine prioridades e estabeleça objetivos e metas ambientais 
apropriadas; 
 Estabeleça uma estrutura e programas para implementar a política e atingir 
objetivos e metas; 
 Ajude as atividades de planejamento, controle, monitoramento, ação 
preventiva e corretiva, auditoria e análise, para assegurar que a política seja 
obedecida e que o SGA permaneça apropriado; e 
 Seja competente de adaptar-se às mudanças de circunstâncias (FORTE, 
2007). 
A política ambiental da organização tem que ter uma apresentação clara e 
objetiva que seja de fácil divulgação pela mídia, devendo todos seus stakeholders ter 
conhecimento da mesma. A finalidade da norma é a transparência das ações da 
organização. Os requisitos do SGA, conforme a norma ISO 14001:2004, estão 
expostos no Quadro 2, exceto os requisitos gerais já apresentados. 
10 
 
 
 
 
A norma ISO14001 foi idealizada com o propósito de compatibilizar a proteção 
ambiental e prevenção à poluição com o crescimento socioeconômico de uma 
organização. Na prática, consiste numa forma eficaz da soma do desenvolvimento 
organizacional com a gestão ambiental. A introdução do sistema de gestão ambiental 
resulta no aprimoramento do desempenho ambiental. 
 Atualmente, as normas sobre auditorias ambientais no Brasil são as NBR 
19011/2002 e CONAMA 306/2002 e apresentam os seguintes benefícios em 
comparação com as ISO 14000: 
 Maior aplicabilidade à realização de auditorias internas e também maior 
utilização pelas empresas de pequeno e médio porte; 
Abordagem mais flexível das qualificações do auditor e da seleção da equipe 
de auditoria; 
Aplicabilidade a auditorias unificadas, encurtando assim a lacuna entre as 
ferramentas de gestão da qualidade e as ferramentas de gestão ambiental (CAMPOS; 
LERÍPIO, 2009). 
11 
 
 
Pode-se observar a partir daí que gestão ambiental nada mais é que o 
planejamento das atividades, matéria prima, recursos e ações sob controle de 
diretrizes que estarão analisando o impacto de cada decisão no meio ambiente. Para 
a população, clientes, funcionários e sociedade no geral, a certificação é um 
documento que comprova que a empresa possui implantado um Sistema de gestão 
ambiental tendo como propósito a melhoria contínua. 
Auditoria Ambiental 
A auditoria surge como técnica utilizada para apurar a dignidade das 
demonstrações para que terceiros interessados pudessem ter segurança em suas 
tomadas de decisões. Rodrigues; Mirek; Rosa, 2011 traz a seguinte definição: A 
auditoria como um importante elemento de gestão das organizações procura manter 
a empresa informada sobre suas atividades operacionais, úteis e suficientes para a 
sustentação ao processo de tomada de decisão(Rodrigues; Mirek; Rosa, 2011). 
A auditoria surgiu nos EUA a partir “da realização de auditoria voluntária na 
década de 1970” (Campos; Leripio, 2009). Hoje vários autores procuram definir a 
auditoria ambiental, pois são consideradas grandes ferramentas de gestão ambiental. 
Para Machado apud Forte (2007) a auditoria ambiental “é o procedimento de 
exame e avaliação periódica ou ocasional do comportamento de uma empresa em 
relação o meio ambiente. Pode ser pública ou privada, conforme seja determinada 
e/ou realizada pelo Poder Público ou pela própria empresa” 
 
A NBR ISO 14010 fornece um conceito mais completo que é usado pela 
Resolução CONAMA 306/2002, em seu anexo I, que define auditoria como um: 
Processo sistemático e documentado de verificação, executado para 
obter e avaliar, de forma objetiva, evidências que determinem se as 
atividades, eventos, sistemas de gestão e condições ambientais 
especificados ou as informações relacionadas a estes estão em 
conformidade com os critérios de auditoria estabelecidos nesta Resolução, e 
para comunicar os resultados desse processo (RODRIGUES, MIREK, ROSA, 
2014 p. 3 apud BRASIL, 2002). 
Esta definição permite compreender a abrangência da auditoria ambiental e 
sua importância na avaliação da gestão das empresas, além de sua importância para 
a fiscalização dos processos a serem seguidos pela empresa. O processo de auditoria 
12 
 
 
é sempre documentado, para futuras revisões e avaliação para aprimoramento da 
gestão ambiental. 
Tipos de Auditoria Ambiental 
A auditoria ambiental pode ser apresentada de diversas formas de acordo com 
seu objetivo principal. Cada tipo de auditoria avalia uma área, segue as tipologias 
aplicáveis nas entidades privadas no Quadro 3, que mostra os tipos de auditoria e 
discrimina o que avalia. 
 
As tipologias citadas mostram que auditoria ambiental pode ter várias 
finalidades legais, políticas, econômicas e gerenciais. Cada tipo de auditoria tem 
ligação com uma finalidade, é obrigação do auditor, definir o tipo de auditoria que a 
empresa necessita para que possa alcançar seus objetivos. 
Etapas de Auditoria Ambiental 
A auditoria ambiental é feita por intermédio de etapas, que podem variar de 
acordo com o tipo de auditoria, abaixo segue as etapas da auditoria ambiental: 
13 
 
 
1° Etapa: Segundo Cardoso, Amaral (2011) “primeiramente é importante a 
definição de um escopo da auditoria entre o cliente e a equipe de auditoria, pois isto 
configura o tipo de auditoria que será realizada”. Rodrigues, Mirek e Rosa apud 
Campos e Lerípio (2009) definem a primeira etapa como: 
Planejamento da auditoria. Contempla a definição dos objetivos e 
escopo (foco) da auditoria, a definição dos critérios a serem utilizados como 
referência e a definição dos recursos necessários. O seu objetivo define o 
tipo de auditoria a ser realizada (RODRIGUES, MIREK, ROSA apud 
CAMPOS, LERÍPIO, 2009 p.15). 
Nesta etapa o auditor definirá o que o cliente quer quais as áreas da empresa 
a ser estudada, e quais caminhos seguir, será feito também o planejamento da 
auditoria com prazo estimado para o término da mesma e as áreas de observação. 
2° Etapa: Na segunda etapa é elaborado o plano de auditoria que segundo 
Rodrigues, Mirek e Rosa apud Campos e Lerípio (2009) constituem na: 
Preparação da auditoria. Compreende a definição da equipe de 
auditoria, análise preliminar de documentos,elaboração do plano de 
auditoria e dos instrumentos para sua realização (protocolo e lista de 
verificação) e estudo da legislação e normas aplicáveis à auditoria. A 
preparação ou elaboração dos instrumentos necessários, cartas, 
memorandos, questionários, listas de verificação, ou a adaptação dos 
instrumentos já existentes são fundamentais ao sucesso da auditoria 
(RODRIGUES, MIREK e ROSA apud CAMPOS e LERÍPIO 2009 p.15). 
Nesta etapa é feito um estudo do tipo de auditoria que será realizado, quais 
serão os instrumentos, legislações e diretrizes a serem usadas. Esta etapa é 
importante, pois ela que indicará se a próxima etapa estará sendo cumprida com 
qualidade. 
3° Etapa: Na terceira etapa é executada a auditoria que conforme Rodrigues, 
Mirek e Rosa apud Campos e Lerípio (2009) é: 
Constituída por quatro atividades: reunião de abertura; coleta e 
avaliação das evidências; constatações (de conformidade ou não 
conformidade); e reunião de encerramento e de apresentação dos resultados. 
Seu objetivo é obtenção, análise e avaliação de evidências (informações 
física, documentais, comportamentais, verbais) em relação ao cumprimento 
dos critérios estabelecidos para a auditoria. A coleta de evidências pode 
envolver o exame de documentos, entrevistas e observações (RODRIGUES, 
MIREK e ROSA apud CAMPOS e LERÍPIO 2009 p. 15). 
Nesta fase será feita a reunião de abertura e haverá também a coleta de dado 
da organização para avaliar as conformidades e não conformidades da organização, 
tudo deve ser registrado pelo auditor. 
14 
 
 
4° Etapa: Na quarta e última etapa é executado o relatório final de auditoria 
que conforme Rodrigues, Mirek e Rosa apud Campos e Lerípio (2009) é a... 
Fase de informação dos resultados da auditoria. Contempla a 
definição do conteúdo, formato e distribuição do relatório e a definição do 
plano de ação. O Plano de Ação deve conter as não conformidades, as ações 
corretivas e seu acompanhamento pela equipe de auditoria. (RODRIGUES, 
MIREK e ROSA apud CAMPOS e LERÍPIO 2009 p. 15). 
 
Nesta última fase o relatório redigido pelo auditor tem que ser imparcial, ou 
seja, não pode haver a opinião do mesmo, deve haver um plano de ação conciso e 
objetivo, as conformidades e não conformidades também devem estar redigidas de 
acordo com a situação da organização, e os procedimentos devem ser 
acompanhados pela equipe de auditoria. 
SISTEMA BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÃO – SBC 
O SBC foi instituído pelo CONMETRO pela Resolução 08/1992 (revista pela 
Resolução 02/1997) para estabelecer uma estrutura de certificação de conformidade 
adequada às necessidades do Brasil. 
O SBC é um poderoso instrumento para o desenvolvimento industrial, para o 
incremento das exportações e para a defesa do consumidor. A certificação de 
conformidade induz à busca contínua da melhoria da qualidade. As empresas que se 
engajam neste movimento orientam-se para assegurar a qualidade dos seus produtos, 
processos e serviços, beneficiando-se com a melhoria da produtividade e aumento 
da competitividade. 
A CERTIFICAÇÃO é um indicador para os consumidores de que o produto, processo 
ou serviço atende a padrões mínimos de qualidade 
 Em relação às trocas comerciais, no âmbito dos blocos econômicos, é 
particularmente importante a certificação de conformidade. É cada vez mais usual o 
caráter compulsório da certificação para a comercialização de produtos que se 
relacionam com a saúde, a segurança e o meio ambiente. A livre circulação de bens 
e serviços só se viabiliza integralmente se os países envolvidos mantiverem sistemas 
de certificação compatíveis e mutuamente reconhecidos. 
15 
 
 
Credenciamento (acreditação) 
É o reconhecimento formal, concedido por um organismo autorizado, de que uma 
entidade tem competência técnica para realizar serviços específicos. 
O organismo de credenciamento do SBC é o INMETRO, cabendo às entidades 
por ele credenciadas a condução das atividades de certificação de conformidade e de 
treinamento de pessoal. 
Certificação de Conformidade 
Documento emitido pelo organismo de certificação, acreditado pela 
Coordenação Geral de Credenciamento do INMETRO, de acordo com as regras de 
um sistema de certificação e que atesta a qualidade de um sistema, processo, produto 
ou serviço. O documento é emitido com base em normas elaboradas por entidades 
reconhecidas 
Mesmo no caso de certificação de conformidade usando regulamentação 
técnica, as normas elaboradas por entidades reconhecidas no âmbito do SINMETRO 
devem ser utilizadas como sua base no âmbito do SINMETRO ou com base em 
regulamentos técnicos emitidos por órgãos regulamentadores oficiais. 
A CERTIFICAÇÃO DE CONFORMIDADE é um documento de espectro abrangente 
que pode certificar qualquer material, componente, equipamento, interface, 
protocolo, procedimento, função, método e atividade de organismos ou pessoas. 
 
As entidades ou empresas interessadas na certificação de conformidade de 
seus processos, produtos ou serviços, no âmbito do SBC, devem procurar a 
orientação de um organismo de certificação acreditado pela Coordenação Geral de 
Credenciamento do INMETRO. 
Tipos de Certificação: 
Certificação Compulsória 
A CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA é um serviço prestado aos órgãos 
regulamentadores oficiais. Deve ser executada com base no regulamento técnico 
16 
 
 
indicado no documento que a criou e complementada por regra específica de 
certificação. 
 
A certificação compulsória dá prioridade às questões de segurança, de 
interesse do país e do cidadão, abrangendo as questões relativas aos animais, 
vegetais, proteção da saúde, do meio ambiente e temas correlatos. 
 Pode ser aceita a participação de organismos estrangeiros na certificação 
compulsória, desde que haja equivalência comprovada ou acordo de reconhecimento 
recíproco entre o sistema que o credenciou e o sistema de acreditação administrado 
pelo INMETRO. 
Certificação Voluntária 
A CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA é decisão exclusiva do solicitante e tem como 
objetivo garantir a conformidade de processos, produtos e serviços às normas 
elaboradas por entidades reconhecidas no âmbito do SINMETRO. Portanto, a 
certificação voluntária, no âmbito do SBC, deve ser executada com base nas normas 
brasileiras, regionais ou internacionais, dentro do conceito de níveis de normalização. 
Em situações específicas, normas estrangeiras e de consórcios podem também ser 
utilizadas. 
 
Avaliação do Fornecedor 
As empresas e associações de classe que desejarem ter seus fornecedores 
certificados, no âmbito do SBC, incluindo requisitos adicionais próprios, devem: 
-Utilizar os diversos organismos acreditados no âmbito do SINMETRO. 
-Utilizar metodologias, critérios e procedimentos compatíveis com aqueles 
estabelecidos no âmbito do SBC. 
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia 
Finalidades 
O INMETRO é o ÚNICO organismo de acreditação e responsável pelo 
reconhecimento internacional do SBC – Sistema Brasileiro de Certificação. 
17 
 
 
O Brasil segue o exemplo dos sistemas mais modernos, onde somente um 
organismo de acreditação por país ou economia é reconhecido e onde há uma clara 
separação entre as atividades de certificação e de acreditação. 
Responsabilidades 
O INMETRO atua no SBC com as seguintes funções e responsabilidades: 
 Exerce a função de organismo de acreditação do SBC de forma 
transparente, não discriminatória e independente das demais 
atividades referentes à sua área de competência, em harmonia com as 
práticas internacionais vigentes e em conformidade com os princípios 
e políticas adotadas no âmbito do Sistema. 
 Representa o SBC nos foros nacionais, regionais e internacionais, 
visando o reconhecimento internacional do sistema. 
 Adota princípios, implementa políticas, estabelece critérios e prepara 
os documentos necessários ao credenciamento dos organismos de 
certificação de produtos, sistemas, serviços, pessoale de organismos 
de treinamento, no âmbito do SBC. 
 Concede, mantém, reduz, suspende e cancela o credenciamento de 
organismos de certificação, no âmbito do SBC. 
 Exerce a secretaria executiva do CBAC. 
 Coordena, no âmbito do governo, a certificação compulsória. 
 Articula, com os demais órgãos públicos as ações que garantam o 
efetivo cumprimento da certificação compulsória. 
Organismo de Certificação Credenciado (Acreditado) – OCC 
Finalidades 
Os OCC são as entidades que conduzem e concedem a certificação de 
conformidade. 
São organismos acreditados com base nos princípios e políticas adotados no 
âmbito do SBC e nos critérios, procedimentos e regulamentos estabelecidos pelo 
INMETRO. 
18 
 
 
Os organismos de certificação acreditados pelo INMETRO podem fazer 
acordos de reconhecimento de suas atividades com organismos de outros sistemas 
estrangeiros, para que suas certificações sejam aceitas mutuamente, desde que haja 
garantia de que tais certificações sejam realizadas segundo regras equivalentes às 
utilizadas no SBC. São organismos de certificação integrantes do SBC os descritos a 
seguir. 
Organismo de Certificação de Sistemas da Qualidade – OCS 
São organismos que conduzem e concedem a certificação de conformidade 
com base na norma ABNT ISO 9001. 
Os critérios adotados pelo INMETRO para a acreditação desses organismos 
são baseados no ABNT ISO/IEC Guia 62 e orientações específicas. 
Os OCS ainda podem ser acreditados segundo critérios adicionais das 
montadoras automotivas. 
Organismo de Certificação de Sistema de Gestão Ambiental – OCA 
São organismos que conduzem e concedem a certificação de conformidade, 
com base na norma ISO 14001. 
 Os critérios adotados pelo INMETRO para a acreditação desses organismos, 
são baseados no ABNT-ISO/IEC Guia 62 e demais orientações internacionais. 
 
Organismo de Certificação de Produto – OCP 
 
São organismos que conduzem e concedem a certificação de conformidade de 
produtos nas áreas voluntária e compulsória, com base em regulamentos técnicos ou 
normas nacionais, regionais e internacionais, estrangeiras e de consórcio. 
Os critérios adotados pelo INMETRO para a acreditação desses organismos 
são baseados no ABNT ISO/IEC Guia 65 e orientações internacionais específicas. 
Organismo de Certificação de Pessoal – OPC 
São organismos que conduzem e concedem a certificação do pessoal utilizado 
no SBC. O INMETRO tem como base dos critérios para o credenciamento desses 
19 
 
 
organismos, aqueles estabelecidos no ABNT ISO/IEC Guia 62 e orientações 
internacionais específicas. 
Responsabilidades 
Cabe ao OCC: 
 Exercer e acompanhar as atividades de certificação de acordo com os 
princípios e rotinas estabelecidos no âmbito do SBC. 
 Atender continuamente aos requisitos de acreditação estabelecidos 
pelo INMETRO. 
Qualquer entidade, independentemente de sua origem, pode ser acreditada 
como organismo de certificação, desde que atenda aos princípios e políticas do SBC 
e os critérios, regulamentos e procedimentos estabelecidos pelo INMETRO. 
 Na área de certificação voluntária, o OCC pode buscar o reconhecimento de 
entidades estrangeiras similares por meio de convênios, associações e 
subcontratações. 
É vedada a participação do OCC na atividade de CONSULTORIA, de acordo com as 
normas e guias ABNT ISO/IEC e as recomendações dos foros internacionais 
Organismo de Treinamento Acreditado – OTC 
Finalidades 
São organismos acreditados pelo INMETRO que conduzem o treinamento de 
pessoal no âmbito do SBC. O INMETRO tem como bases dos critérios para o 
credenciamento desses organismos, aqueles estabelecidos nas normas específicas 
internacionais. 
Responsabilidades 
Cabe ao OTC: 
 Exercer e acompanhar as atividades de treinamento de acordo com os 
requisitos estabelecidos no âmbito do SBC. 
 Atender continuamente os requisitos de credenciamento estabelecidos 
pelo INMETRO. 
 
20 
 
 
O OTC pode buscar o reconhecimento mútuo com entidades estrangeiras 
similares, por meio de convênios, associações e subcontratações. Qualquer entidade, 
independentemente de sua origem, pode ser credenciada como organismo de 
certificação, desde que atenda aos princípios e políticas do SBC e os critérios, 
regulamentos e procedimentos estabelecidos pelo INMETRO. 
Regulamento do Credenciamento (acreditação) 
 
A Diretoria de Credenciamento e Qualidade – DQUAL do INMETRO é quem 
administra a concessão, manutenção, extensão, suspensão, redução e cancelamento 
do credenciamento, por delegação de poderes do presidente do INMETRO. 
A acreditação dos organismos do SBC é regida por contrato assinado entre a 
organização acreditada e o INMETRO, com validade de 4 anos. 
A acreditação está condicionada à realização de auditoria testemunha e à 
correção das não conformidades eventualmente constatadas. Esse processo tem 
prazo máximo de 180 dias para se encerrar, a contar da data do recebimento da 
solicitação. 
Os preços da concessão e manutenção do credenciamento estão à disposição 
de todos e podem ser obtidos junto ao INMETRO. 
 
Recursos advindos do SBC 
 
Visando manter a auto sustentação do sistema, os recursos aportados ao 
INMETRO por suas atividades são aplicados no próprio SBC. Fazem parte, também, 
dos recursos do INMETRO as receitas advindas de multas e taxas referentes à 
fiscalização da certificação compulsória. 
 
Promoção do SBC 
 
21 
 
 
O poder de compra do estado é utilizado, sempre que possível, como elemento 
indutor do uso da certificação de conformidade. As entidades envolvidas no SBC têm 
o compromisso de promover a certificação de conformidade. 
 O governo, através das suas instituições, apoia e fomenta as atividades do 
SBC visando a sua consolidação, fortalecimento e reconhecimento internacional. 
Educação para o consumo 
O INMETRO mantém um conjunto de ações integradas com os órgãos públicos 
e com a iniciativa privada, constituído de programas de educação para o consumo, 
com os seguintes objetivos: 
 Consolidar na sociedade brasileira a valorização dos benefícios da 
certificação da qualidade de processos, produtos e serviços oferecidos 
aos consumidores. 
 Reforçar, junto aos fornecedores, o compromisso de considerar as 
exigências da certificação da qualidade dos seus processos, produtos e 
serviços. 
O INMETRO apoia-se nas entidades integrantes do SBC para a 
implementação dos citados programas. 
Reconhecimento Internacional 
É meta prioritária do INMETRO o reconhecimento internacional dos programas de 
acreditação e certificação do SBC, visto que eles são cada vez mais necessários ao 
incremento do comércio internacional. Isto é possível, através de acordos bilaterais 
e multilaterais com organismos de outros países ou blocos regionais. 
 
 
Com esta finalidade o INMETRO representa o SBC nos seguintes foros 
internacionais de credenciamento e certificação: 
 IAF – International Accreditation Forum. 
IAAC – Inter American Accreditation Cooperation. 
IATCA – International Auditor and Training Certification Association. 
22 
 
 
 
AUDITORIAS DA QUALIDADE E AMBIENTAL 
 
Em Vancouver - Canadá, janeiro de 2002, promoveu-se o avanço em direção 
da harmonização das Normas de Gestão da Qualidade e Ambiental, visando atender 
aos setores produtivos que reivindicam regra única para implementação de Sistemas 
de Qualidade e Ambiental. 
A Norma ISO 19.011 oferece orientações para a Gestão de Programas de 
Auditorias, a condução de auditorias internas/externas de Sistemas de Gestão da 
Qualidade e Ambiental, bem como avaliar a competência dos auditores. Ela juntou 
em uma única Norma todas as Normas de Auditoria da Qualidade (ISO 10.010 partes 
1, 2 e 3) e ambiental (ISO 14.010, 14.011 e 14.012). 
 
As Normas Internacionais das Séries ISO 9000 e ISO 14000 enfatizam a importância 
das auditorias como ferramenta de gestão utilizadas no monitoramento e verificação 
da implementaçãoefetiva das políticas da qualidade e/ou ambientais de uma 
Organização. 
 
A ISO 19011 apresentou inovações como o “Managing an audit programme”, 
ilustrado com a aplicação do Fluxograma do ciclo PDCA, sendo aplicável a 
organizações de diversos tipos e portes. 
O documento encontra-se na forma de norma sob a titulação ISO 19011 – 
Auditoria em Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental. 
 
A AUDITORIA caracteriza-se basicamente por: 
 
 Averiguar (preventiva). 
23 
 
 
 Prover exame analítico que segue o desenvolvimento das operações 
durante todo o ciclo. (Amostra). 
 Tomar como base requisitos de normas – Modelo. 
 Avaliar riscos. 
 Agir por amostragem. 
 Apontar conformidades ou não conformidades. 
 Recomendar melhorias. 
 Considerar informações existentes. 
 
As AUDITORIAS não são obrigatórias e são feitas normalmente por grandes 
empresas de forma voluntária. Em algumas situações podem ser usadas como uma 
ferramenta de gestão para melhorar seu desempenho ambiental ou seu sistema de 
gestão. 
Para tornar-se um auditor, faz-se necessário a realização de cursos, comprovação 
de conhecimentos e habilidades, mas, a norma específica não traz a necessidade de 
curso superior (NBR ISO 19011). Entretanto, no Brasil, foi regulamentada a questão 
da formação, instituindo se a necessidade da formação superior completa. 
 
Na realização das AUDITORIAS não há formalidades. O auditor é um 
profissional contratado e pago para realizar a auditoria, sendo que o cliente pode ser 
a própria empresa ou uma empresa interessada em conhecer as não conformidades 
e passivos de outra empresa (um fornecedor ou uma empresa a ser comprada). 
Quanto aos relatórios de auditoria, não há modelo pré-definido (a não ser que 
o cliente exija). São comuns o uso de fotos para auxiliar na explicação das não 
conformidades e quanto a roteiro específico, as AUDITORIAS normalmente dispõem 
de questionários, checklists, protocolos de legislação, mas, nenhum instrumento é 
obrigatório. 
24 
 
 
O QUE É AUDITADO EM UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 
Política Ambiental 
Uma organização deve definir sua política ambiental e assegurar 
comprometimento com melhoria do Meio Ambiente. 
 y Ser apropriada à natureza e escala dos impactos ambientais de seus 
produtos, atividades ou serviços. 
 Ser comprometida com prevenção à poluição. 
 Atender à legislação ambiental. 
 Prover estrutura para fixação e revisão dos objetivos e metas 
ambientais. 
 Ser documentada, implementada, mantida e comunicada a todos da 
organização. 
 Estar disponível para o público. 
Planejamento 
Uma organização deve formular um plano para satisfazer sua Política 
Ambiental. 
 Aspectos Ambientais. 
 Legislação. 
 Objetivos e Metas. 
 Programas de Gestão Ambiental. 
Aspectos ambientais 
 Estabelecer e manter procedimentos para identificação dos aspectos 
ambientais de suas atividades, produtos e serviços. 
 Assegurar que as mitigações dos impactos ambientais relacionados 
aos aspectos ambientais sejam consideradas na fixação de objetivos e 
metas. 
 Manter estas informações sempre atualizadas. 
25 
 
 
Identificação e avaliação de impactos relacionados a aspectos 
ambientais 
 A atividade selecionada deve ser a mais abrangente possível para um 
exame significativo e pequena o suficiente para o entendimento. 
 Identificar, tanto quanto possível, os principais aspectos ambientais 
associados à atividade selecionada. 
 Identificar, tanto quanto possível, atuais ou potenciais, positivos ou 
negativos, impactos associados aos aspectos ambientais. 
 Avaliar a significância dos impactos ambientais. 
 
Exemplos de identificação e avaliação de impactos ambientais 
 
Exemplo 1: 
Atividade: manuseio de produtos perigosos 
Aspecto ambiental: risco de vazamento / acidente 
Impacto ambiental: contaminação do solo/água 
 
Exemplo 2: 
 
Atividade: manutenção de veículos 
Aspecto Ambiental: emissões pelo escapamento 
Impacto Ambiental: poluição do ar 
 
Exemplos de objetivos e metas ambientais 
Exemplo 1: 
Objetivo: redução de energia consumida 
26 
 
 
Meta: reduzir 10% no próximo ano 
Exemplo 2: 
Objetivo: reusar/reciclar resíduos metálicos 
Meta: aumentar 10% neste ano o reuso/reciclagem de resíduos 
metálicos 
Programa de Gestão Ambiental 
 Estabelecer e manter programas para satisfazer os objetivos e metas 
ambientais. 
 Designar responsáveis em cada nível e função. 
 Prover meios e estabelecer cronogramas. 
Exemplo de Programa de Gestão Ambiental 
 Política: conservação de recursos naturais. 
 Objetivo: minimizar uso de água. 
 Meta: em um ano reduzir em 15% o consumo de água. 
 Programa: reusar água. Ação: instalar equipamento para recircular a 
água do equipamento A para o equipamento B. 
27 
 
 
Referências 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 
14001:1996 - sistemas de gestão ambiental - especificações e diretrizes para 
uso. Rio de Janeiro, 1996. ATTIE; W. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 1986. 
 
______.______. Resolução CONAMA nº 306, de 5 de julho de 2002. 
Licenciamento Ambiental – Normas e procedimentos. Brasília, DF, D.O.U., n. 138, 
de 19 de julho de 2002, Seção I, p. 75-76. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 
14001:1996 - sistemas de gestão ambiental - especificações e diretrizes para 
uso. Rio de Janeiro, 1996. ATTIE; W. Auditoria interna. São Paulo: Atlas, 1986. 
 
CAMPOS, L. M. S.; LERÍPIO, A. A. Auditoria Ambiental: uma ferramenta de 
gestão. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
CAVALCANTI, C. Sustentabilidade: mantra ou escolha moral? uma 
abordagem ecológico-econômica. 2012, 
 
Disponível em https://cetesb.sp.gov.br/posgraduacao/wp-
content/uploads/sites/33/2017/08/Apostila-Fiscaliza%C3%A7%C3%A3o-
Per%C3%ADcia-e-Auditoria-Ambiental.pdf, acessado em 15 de março de 2020,às 
22horas e 46minutos. 
 
FORTE, A. P. S. O. Auditoria ambiental: um estudo de caso em uma 
empresa de geração de energia elétrica. Trabalho de Conclusão de Curso. 
Universidade Federal de Santa Catarina. Santa Catarina, 2007. 
 
FOSTER, J. B. A ecologia de Marx: materialismo e natureza. Tradução de 
Maria Tereza Machado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. 
 
KIM, Y. S.; KO, M. Identifying Green IT Leaders with Financial and 
Environmental Performance Indicators. AMCIS 2010 Proceedings. Paper 54, 
28 
 
 
2010. 
 
LUCAS, T. S. A sustentabilidade na área tecnológica. Trabalho de 
Conclusão de Curso. Fatec Zona Leste. São Paulo, 2010. 
 
LUNARDI, G. L.; SIMOES, R.; FRIO, R. S. TI Verde: uma análise dos 
principais benefícios e práticas utilizadas pelas organizações. REAd. Rev. 
eletrôn. adm. (Porto Alegre) [online]. 2014, vol.20, n.1, pp. 1-30. ISSN 1413-2311. 
 
RODRIGUES; L. A., MIREK; Z. M., ROSA, R. C. S. Auditoria ambiental e 
sua contribuição no processo de gestão.

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