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@aryannalinhares professoraaryannalinhares @aryannalinhares professoraaryannalinhares 37º EXAME DA OAB - SEGUNDA FASE EM DIREITO DO TRABALHO Curso: 2ª Fase OAB XXXVII - 37º Exame - Direito do Trabalho (código: 143603) Link: https://bit.ly/2fase37 Para levar no dia da prova: CLT organizada, Aryanna Linhares e Rafael Tonassi, 32ª edição, ed. Juspodivm. Link: https://bit.ly/cltary32 Para estudar e acompanhar as aulas: Trabalho – Prática – 2ª fase OAB, Aryanna Linhares, 17ª edição, ed. Juspodivm. Link: https://bit.ly/livro2faseoab Para levar no dia da prova: Livro de Súmulas e OJs, Aryanna Linhares, Élisson Miessa e Henrique Correia, 19ª edição, ed. Juspodivm. Link: https://bit.ly/livrodesumulasoab https://bit.ly/2fase37 https://bit.ly/cltary32 https://bit.ly/livro2faseoab https://bit.ly/livrodesumulasoab @aryannalinhares professoraaryannalinhares CASO 1: Nos autos da Reclamação Trabalhista nº 007, movida por Cynthia em face da sociedade empresária Voleibom Ltda, em trâmite perante a 30a Vara do Trabalho do Rio de Janeiro/RJ, a dinâmica dos fatos e os pedidos foram articulados da seguinte maneira: Cynthia trabalhou na empresa em questão de 25/10/2018 a 29/12/2021 e ganhava mensalmente o valor correspondente a dois salários-mínimos. Na reclamação trabalhista, Cynthia sustenta que sua jornada de trabalho era de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, com 30 minutos de intervalo por força de acordo coletivo de trabalho. Postula a nulidade da norma coletiva por contrariar a lei e a condenação da reclamada ao pagamento de 30 minutos de intervalo, acrescidos do adicional de 50%. Diante dessa narrativa, apresente a peça pertinente na melhor defesa dos interesses da reclamada. Legislação Art. 611-A, CLT. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas. Art. 7º, CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho. Resolução: @aryannalinhares professoraaryannalinhares Contestação I - MÉRITO 1 – Intervalo Intrajornada A reclamante postulou a nulidade da cláusula do acordo coletivo de trabalho que reduzia o intervalo intrajornada para 30 minutos, bem como a condenação da reclamada ao pagamento de 30 minutos diários acrescidos do adicional de 50%. Não assiste razão à reclamante, pois, nos termos do art. 611-A, III, da CLT, o acordo coletivo de trabalho tem prevalência sobre a lei quando dispuser sobre intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas. Ressalte-se que o art. 7º, XXVI da CF, assegura o reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho. Diante do exposto, requer a improcedência do pedido da reclamante. @aryannalinhares professoraaryannalinhares CASO 2: Carla ajuizou reclamação trabalhista em face de seu ex-empregador, a empresa Kate Spade. A reclamação de nº 007, tramita na 13ª Vara do Trabalho de Curitiba, Paraná. A dinâmica dos fatos e dos pedidos foram articulados da seguinte maneira: Carla postulou a integração dos R$ 500,00 que recebia mensalmente a título de ajuda de custo. Diante dessa narrativa, apresente a peça pertinente na melhor defesa dos interesses da reclamada. Legislação Art. 457, CLT. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. Resolução: Contestação I – MÉRITO 1 – Ajuda de Custo @aryannalinhares professoraaryannalinhares Carla postula a integração dos R$ 500,00 que recebia mensalmente a título de ajuda de custo, bem como seus reflexos. Não assiste razão à reclamante, pois, nos termos do art. 457, § 2º, da CLT, as importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo não integram a remuneração do empregado. Diante do exposto, requer a improcedência do pedido, bem como, dos reflexos postulados. @aryannalinhares professoraaryannalinhares CASO 3 Leonardo da Vinci trabalhou para a sociedade empresária Milão Ltda., localizada no Rio de Janeiro, como auxiliar de produção, de 06/12/2020 a 30/07/2021, quando foi dispensado sem justa causa, recebendo as verbas da ruptura contratual. Quando Leonardo se ausentou, em 2020, para comparecer ao enterro do seu tio que falecera, teve três dias descontados de sua remuneração. Em 2021, seu supervisor imediato, Michelangelo, saiu de férias e Leonardo Da Vinci o substituiu por 30 dias, sem receber nada a mais por isso. Por ocasião do exame demissional, o setor médico da empresa informou que Leonardo estava apto para a dispensa. Legislação Súmula 159, TST. SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO. I. Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. Resolução: Reclamação Trabalhista I – MÉRITO 1 – Diferenças Salariais Em 2021, Michelangelo, supervisor imediato do Da Vinci, saiu de férias e Leonardo o substituiu por 30 dias, sem receber nada a mais por isso. @aryannalinhares professoraaryannalinhares Nos termos da Súmula 159, I, do TST, enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento das diferenças salariais. @aryannalinhares professoraaryannalinhares CASO 4 Em face da sentença abaixo, você, na qualidade de advogado(a) do reclamante, deverá interpor o recurso cabível para a instância superior. “FGTS SOBRE O AVISO-PRÉVIO INDENIZADO – O reclamante persegue a verba em exame ao argumento de ser este o entendimento do Colendo TST. Não procede o pedido, uma vez que o entendimento do referido Tribunal é o de que apenas sobre o aviso-prévio trabalhado incide tal verba. Indefiro. Diante do exposto, julgo parcialmente procedentes os pedidos, na forma da fundamentação, que integra este decisum. Custas de R$ 400,00 calculadas sobre o valor da condenação R$ 20.000,00. Intimem-se.” Legislação Súmula 305, TST. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO. INCIDÊNCIA SOBRE O AVISO PRÉVIO. O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. Resolução: Recurso Ordinário I – MÉRITO 1 – FGTS sobre o aviso-prévio indenizado O juiz julgou improcedente o pedido de incidência do FGTS sobre o aviso- prévio indenizado feito pelo do reclamante, sob o argumento de que o @aryannalinhares professoraaryannalinhares entendimento do Colendo TST é no sentido de que apenas sobre o aviso-prévio trabalhado incide tal verba. A sentença não merece ser mantida, pois, nos termos da Súmula 305 do TST, o FGTS incide sobre o aviso-prévio indenizado. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para incluir na condenação o FGTS postulado. @aryannalinhares professoraaryannalinharesCASO 5 Você foi contratado(a) como advogado(a) pela sociedade empresária Vai na Fé Ltda., que lhe exibe cópia de sentença, publicada no dia anterior, prolatada pelo juízo da 50ª Vara do Trabalho de Recife/PE, em reclamação trabalhista movida por José Incrédulo. O juiz deferiu o pedido de adicional de periculosidade, visto que restou comprovado pela prova pericial que o reclamante tinha contato eventual com inflamáveis. Diante do exposto, elabore a medida judicial adequada para a defesa dos interesses da sociedade empresária. As custas foram fixadas em R$ xxx, sobre o valor arbitrado à condenação de R$ xxxx. Legislação Súmula 364, TST. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE. I. Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. Resolução: Recurso Ordinário I – MÉRITO 1 – Adicional de periculosidade O juízo a quo deferiu o pedido de adicional de periculosidade, uma vez que restou comprovado que o reclamante tinha contato eventual com inflamáveis. @aryannalinhares professoraaryannalinhares A sentença não merece ser mantida, pois, com fulcro na Súmula 364, I, do TST, o adicional de periculosidade é indevido quando o contato dá-se de forma eventual. Diante do exposto, requer a reforma da sentença para julgar improcedente o pedido.