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CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR – PARAÍBA DO SUL RODRIGO SOARES MARTINS MATRICULA 1700035 RESENHA DO FILME-DOCUMENTÁRIO “ERA O HOTEL CAMBRIDGE” E DO CURTA “ENTRE A POLÍTICA E O MERCADO” PARAÍBA DO SUL 2020 Desabrigados. Desprotegidos. Abandonados. Esses são apenas uns dos diversos adjetivos que definem a maior parte da nossa população brasileira. Infelizmente o cenário é assustador, pois onde se há muitos lugares vazios e abandonados também se há pessoas sem um lar. Em Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé, conhecemos a história de um grupo de pessoas com um objetivo em comum: a conquista de um lar. Podemos observar uma realidade dura e cruel daqueles que vieram ao país em busca de condições melhores como africanos, mexicanos, israelenses, além de brasileiros que mesmo dentro de seu próprio país não possuem condições de moradia própria. Além de nos comover, a narrativa nos convida a participar e a buscar por diretos que estes possuem por lei, como o dispositivo presente no art.6° da nossa Constituição Federal. Podemos buscar na história, que em seus quatros séculos de escravidão e maneira como foi abolida nós levarão ao aprofundamento amplificação das desigualdades sociais e descriminação dos pobres com total falta de apoio do poder público em acolher e solucionar essas questões, o que temos hoje são exemplos de verdadeiros cortiços na desigualdade urbanas brasileiras aonde o capitalismo dita as regras no desenvolvimento urbano nacional. Fica evidencia no filme a total incapacidade do poder público de ao menos gerir essas situações de conflito, batalha e disputa por moradias minimamente adequadas, aonde ferramentas de soluções temos e nós como Arquitetos e Urbanistas juntamente com sociedade civil entre outras entidades deverias impor soluções práticas e desbaratar nossa burocracia Legislativa e Executiva. São Paulo é dos exemplos de tentativa de solução de alguns destes fatos, utilizando de leis, decretos, plano diretor, PEUC, ZEIS, Estatuto da Cidade, participação de associações e ONGs na participação e comprimento no direito à moradia ainda sim se mostra ineficaz na medida de impacto nas vidas dos desamparados. O dispositivo legal é direto ao dizer que o dono do imóvel urbano que não esteja na posse de outrem não pode abandona-lo, sob pena de perde-lo sem qualquer direito a indenização. Portanto, se o lugar está abandonado e uma pessoa o ocupa, fica de responsabilidade desta pessoa cuidar e mantê-lo em ordem, tornando-se assim o seu próprio lar. No documentário “Entre a Política e o Mercado” temos na vida real o exemplo de um deslocamento, exclusão e abandono habitacional em Realengo no Rio de Janeiro. Na ilusão dos grandes eventos das Olimpíadas, Copa do Mundo e área de riscos deram legitimação as práticas de remoção tão pouco humanas, tratando os moradores como coisas, assim como lá nós seus quatro séculos atrás. Temos esse mesmo exemplo em Três Rios no bairro Habitat aonde famílias são deslocadas e abandonadas a quilômetros de distância de centro urbano, com total falta de equipamentos de cultura, lazer, escola, posto de saúde, serviços como mercado, padaria, açougue, entre outros assim para ter esses serviços terá que percorrer 05 (cinco quilômetros) até local centro da cidade. Ainda tem agravante de tão longe que foram alocados estão no território de Paraíba do Sul entre a divisa de municípios, porem foi executado, planejado e implantado pela Prefeitura de Municipal de Três Rios, os moradores sofrem com toda discriminação e exclusão social e desamparo das políticas públicas em todos os âmbitos. Podemos verificar que este assunto gera grande potencial de conflito aonde soluções temos e estão à disposição, porem temos que colocar em pratica, exigir comprimentos das leis e motivar engajar a sociedade em soluções efetivas por uma sociedade igualmente atendida e fortalecida em todas suas prerrogativas. Imagem 01: Google
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