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SUS SP - 2011

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Dezembro/2010
INSTRUÇÕES
VOCÊ DEVE
ATENÇÃO
- Verifique se este caderno:
- corresponde a sua opção.
- contém 100 questões, numeradas de 1 a 100.
Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.
Não serão aceitas reclamações posteriores.
- Para cada questão existe apenas UMAresposta certa.
- Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a resposta certa.
- Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu.
- Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.
- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:
- Marque as respostas primeiro a lápis e depois cubra com caneta esferográfica de tinta preta.
- Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.
- Responda a todas as questões.
- Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de máquina calculadora.
- Aduração da prova é de 4 horas, para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas.
- Ao témino da prova, chame o fiscal da sala para devolver o Caderno de Questões e sua Folha de Respostas.
- Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.
A C D E
Conhecimentos MédicosP R O V A
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS/SP
Secretaria de Estado da Saúde
Seleção Pública Para Residência Médica - 2011
Áreas Básicas e Especialidades com Acesso Direto
N do CadernooN de Inscriçãoo
ASSINATURA DO CANDIDATO
N do Documentoo
Nome do Candidato
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
CONSELHO DE ENSINO
Coordenação de Recursos Humanos
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 MODELO
0000000000000000
MODELO1
00001−0001−0001
 
2 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 
 
Medicina Preventiva e Social 
 
1. Em 2009, quase 400.000 casos de dengue foram registra-
dos em todas as regiões do Brasil. A identificação precoce 
dos casos de dengue é de vital importância para assegurar 
medidas de controle, visando principalmente evitar óbitos. 
NÃO corresponde às características clínicas da dengue a 
seguinte afirmação: 
 
(A) O espectro clínico da dengue inclui a ocorrência de 
hepatite, insuficiência hepática, manifestações do 
sistema nervoso, miocardite, hemorragias graves e 
choque. 
 
(B) A evolução para manifestações hemorrágicas graves 
pode ser precedida do desaparecimento da febre. 
 
(C) Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia podem ser 
observados por 2 a 6 dias. 
 
(D) As formas graves aparecem geralmente em torno do 
sexto dia de doença, acompanhadas ou não da efer-
vescência de febre. 
 
(E) Nas crianças, o início da doença pode passar des-
percebido e manifestações clínicas aparecerem já 
como quadros graves. 
_________________________________________________________ 
 
2. Em 2004 foi criado pelo Governo Federal o Programa Far-
mácia Popular do Brasil, com o objetivo de levar medica-
mentos essenciais a um baixo custo para mais perto da 
população, melhorando o acesso e beneficiando uma 
maior quantidade de pessoas. 
 
É correto afirmar que o Programa Farmácia Popular 
 
(A) atua exclusivamente com base na rede de farmácias 
do SUS, em parceria com municípios e estados. 
 
(B) atua também em parceria com farmácias e drogarias 
privadas. 
 
(C) atua distribuindo somente medicamentos para as 
doenças mais prevalentes no Brasil. 
 
(D) requer um relatório médico detalhado para dispensar 
os medicamentos para diabetes. 
 
(E) não prevê a inclusão de medicamentos para doen-
ças novas como Influenza A (H1N1). 
_________________________________________________________ 
 
3. São requisitos para se estabelecer um programa de ras-
treamento para uma determinada doença, EXCETO: 
 
(A) o teste para rastreamento deve ter alta sensibilidade. 
 
(B) a doença deve ter alta prevalência na população sob 
estudo. 
 
(C) o governo local deve financiar o programa. 
 
(D) a doença deve ser grave. 
 
(E) o prognóstico da doença deve ser melhor, se esta 
for diagnosticada mais precocemente. 
_________________________________________________________ 
 
4. Em uma amostra aleatória de 500 indivíduos, foi encon-
trado que o peso corporal médio era 72 kg, com desvio-
padrão = 8 kg. Assumindo que esta variável apresenta dis-
tribuição normal, qual é a probabilidade de encontrarmos 
nesta amostra um indivíduo com peso menor do que 
56,3 kg ou maior do que 87,7 kg? 
 
(A) 2,5%. 
(B) 5%. 
(C) 10%. 
(D) 20%. 
(E) 50%. 
5. A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações 
de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a 
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, 
o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção 
da saúde. A Atenção Básica tem a Saúde da Família como 
estratégia prioritária para sua organização de acordo com 
os preceitos do Sistema Único de Saúde. 
Constam entre os fundamentos da Atenção Básica, 
EXCETO: 
 
(A) O acesso universal e contínuo a serviços de saúde 
de qualidade e resolutivos com território adscrito de 
forma a permitir o planejamento e a programação 
descentralizada em consonância com o princípio da 
equidade. 
 
(B) Articulação das ações de promoção à saúde, pre-
venção de agravos e vigilância à saúde. 
 
(C) O compromisso de elaborar metodologias e instru-
mentos de monitoramento e avaliação da Atenção 
Básica na esfera municipal. 
 
(D) Buscar a viabilização de parcerias com organizações 
governamentais, não-governamentais e com o setor 
privado para fortalecimento da Atenção Básica no 
âmbito do seu território. 
 
(E) Participar ativamente das comissões de saúde das 
câmaras municipais e assembleias legislativas dos 
estados e municípios. 
_________________________________________________________ 
 
6. A Declaração de Óbito (DO) é o documento-base do Sis-
tema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da 
Saúde (SIM/MS). É composta de três vias numeradas se-
quencialmente, fornecida pelo Ministério da Saúde e distri-
buída pelas Secretarias Estaduais e Municipais de saúde 
conforme fluxo padronizado para todo o país. 
Sequência correta de preenchimento das causas do óbito 
nos campos I e II da DO: 
 
(A) Causa imediata ou terminal, Causa intermediária, 
Causa intermediária, Causa básica da morte, Outros 
estados patológicos significativos que contribuíram 
para a morte, não relacionados com o estado 
patológico que a produziu. 
 
(B) Causa básica da morte, Causa imediata ou terminal, 
Causa intermediária, Causa intermediária, Outros 
estados patológicos significativos que contribuíram 
para a morte, não relacionados com o estado pato-
lógico que a produziu. 
 
(C) Causa intermediária, Causa imediata ou terminal, 
Causa básica da morte. 
 
(D) Causa imediata ou terminal, Causa básica da morte, 
Causa intermediária, Outros estados patológicos 
significativos que contribuíram para a morte, relacio-
nados com o estado patológico que a produziu. 
 
(E) Causa imediata ou terminal, Causa básica da morte, 
Causa intermediária, Causa intermediária, Outros 
estados patológicos significativos que contribuíram 
para a morte, relacionados com o estado patológico 
que a produziu. 
_________________________________________________________ 
 
7. Pesquisadores recentemente descobriram que a doença Y 
é causada pelo vírus X. Qual das medidas abaixo é a maís 
apropriada para a verificação do impacto da redução da 
exposição, caso os pesquisadores consigam desenvolver 
uma vacina contra o vírus X? 
 
(A) Risco relativo. 
(B) Porcentagem do risco atribuível populacional. 
(C) Fração etiológica entre os expostos. 
(D) Prevalência. 
(E) Razão de chances. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
SUS-RM-Conhecimentos Médicos 3 
8. O Brasil é reconhecido mundialmente pela qualidade do 
Programa de Controle da epidemia de HIV/AIDS. O indiví-
duo infectado pelo HIV (soropositivo) deve ser avaliado 
por um médico antes de tomar qualquer vacina para se 
prevenir dedoenças. 
Dentre as orientações abaixo, NÃO é pertinente para os 
portadores do HIV: 
 
(A) Vacina contra hepatite B é indicada pelo médico, es-
pecialmente com base na caracterização de risco do 
paciente em relação a esta doença. 
 
(B) Vacina contra o pneumococo só pode ser admi-
nistrada se as células CD4+ estiverem acima de 
200/mm3. 
 
(C) Vacina contra tétano-difteria: a recomendação geral 
é de uma dose de reforço a cada 10 anos. 
 
(D) Vacina inativada contra o vírus causador da polio-
mielite: é preferível à vacina oral, no soropositivo e 
seus comunicantes próximos. 
 
(E) Vacina contra a gripe A H1N1 (gripe suína): deve ser 
tomada somente quando indicada pelo médico. 
_________________________________________________________ 
 
9. Foram analisadas publicações indexadas nas bases 
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online 
(MEDLINE); Literatura Latino-americana e do Caribe em 
Ciências da Saúde (Lilacs); Cochrane e Scientific 
Electronic Library Online (SciELO). Não houve delimitação 
por período. As buscas foram realizadas por dois revisores 
independentes, definindo-se a estratégia de busca livre 
com termos “human papillomavirus”, “prevalence” e 
“Brazil” e os operadores booleanos: “NOT HIV” e “NOT 
pregnant”. A busca foi realizada em abril de 2009. 
 
Com base no texto acima, que seção e tipo de aborda-
gem da pesquisa estão sendo representados? 
 
(A) Resultados de um estudo baseado em uma série de 
casos. 
 
(B) Introdução de um estudo transversal. 
 
(C) Descrição de métodos de um estudo transversal. 
 
(D) Introdução de uma meta-análise. 
 
(E) Descrição de métodos de uma revisão sistemática. 
_________________________________________________________ 
 
10. Um operador de andaimes de 30 anos de idade, traba-
lhava na construção de um shopping center quando o an-
daime caiu de uma altura correspondente a três andares. 
A ambulância do SAMU chegou ao local em 10 minutos, 
com uma equipe de enfermeiro e técnico de enfermagem. 
Durante o trajeto até o hospital mais próximo o operário 
não resistiu aos ferimentos decorrentes da queda e fa-
leceu. 
Na situação descrita, a declaração de óbito deste operário 
deve ser assinada pelo médico 
 
(A) do hospital para onde o paciente estava sendo le-
vado. 
 
(B) do SVO para onde o mesmo deveria ter sido levado. 
 
(C) da equipe do SAMU que realizou o transporte. 
 
(D) do IML para onde o paciente deveria ter sido levado. 
 
(E) do convênio da empresa de construção para quem o 
operário trabalhava. 
11. Em 04/01/2008, a Divisão de Doenças de Transmissão 
Respiratória do CVE/CCD/SESSP registrou a notificação, 
via Grupo de Vigilância Epidemiológica de Santos (GVE), 
da ocorrência de sete casos suspeitos de Doença Menin-
gocócica (DM) no município de Guarujá/SP, no período de 
14/12/2007 a 03/01/2008. Os casos foram investigados e 
a situação foi caracterizada como um surto de DM na 
comunidade Chaparral com coeficiente de incidência de 
18,53/100.000 habitantes, cujo risco de adoecimento en-
contrava-se na faixa etária de menores de 6 anos e com 
registro de 1 caso na faixa etária de 15-19 anos. 
 
Sobre a vacinação para doença meningocócica, acompa-
nhadas de algumas das respectivas limitações, é correta a 
seguinte afirmação: 
 
(A) Vacinação: 2 tipos de vacinas, as polissacárides e 
as conjugadas. As polissacárides, contra os sorogru-
pos A e C da Neisseria meningitidis, e as conjuga-
das, disponíveis para os sorogrupos C, A, Y e W135. 
Limites: não existem vacinas eficazes contra a 
N. meningitidis do sorogrupo B. As vacinas polissa-
cárides induzem a imunidade de curta duração e são 
pouco imunogênicas nas crianças menores de 
2 anos. 
 
(B) Vacinação com vacinas conjugadas. As vacinas con-
jugadas são disponíveis para os sorogrupos B, C, A, 
Y e W135. Limites: As vacinas conjugadas A e C são 
ineficazes para crianças menores de 2 anos e são 
caras. 
 
(C) Vacinação com vacinas de DNA. As vacinas de DNA 
são efetivas contra os sorogrupos A, C, Y e W135 da 
Neisseria meningitidis. Limites: Estas vacinas indu-
zem a imunidade de longa duração, porém são pou-
co imunogênicas nas crianças maiores de 2 anos. 
 
(D) Vacinação: 2 tipos de vacinas, as polissacárides e 
as conjugadas. As polissacárides, contra os sorogru-
pos A, B e C da Neisseria meningitidis, e as conju-
gadas, disponíveis para os sorogrupos B, C, A, Y e 
W135. Limites: As vacinas polissacárides induzem a 
imunidade de curta duração e são pouco imunogê-
nicas nas crianças menores de 2 anos. As vacinas 
conjugadas A, B e C são eficazes para crianças me-
nores de 2 anos, porém são mais caras. 
 
(E) Vacinação: 2 tipos de vacinas, as polissacárides e 
de DNA. As polissacárides, contra os sorogrupos A, 
B e C da Neisseria meningitidis, e as de DNA são 
disponíveis para os sorogrupos B, C, A, Y e W135. 
Limites: As vacinas polissacárides induzem a imuni-
dade de longa duração e são pouco imunogênicas 
nas crianças menores de 2 anos. As vacinas de 
DNA A, B e C são eficazes para crianças menores 
de 2 anos, porém são mais caras, e as Y e W135 
não são licenciadas no Brasil. 
_________________________________________________________ 
 
12. Qual dos criterios abaixo não faz parte do conjunto de 
premissas utilizadas para se estabelecer causalidade? 
 
(A) Plausibilidade biológica. 
(B) Força da associação. 
(C) Efeito dose-resposta. 
(D) Temporalidade. 
(E) Nível de significância estatística. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
4 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 
13. A Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre 
as condições para promoção, proteção e recuperação da 
saúde, a organização e o funcionamento dos serviços cor-
respondentes e dá outras providências. O seu art. 2o 
estabelece “A saúde é um direito fundamental do ser hu-
mano, devendo o Estado prover as condições indispen-
sáveis ao seu pleno exercício”. 
 
De acordo com esta Lei, estão incluídas ainda no campo 
de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), EXCETO a 
execução de ações de 
 
(A) organização dos setores não-governamentais que 
atuam na saúde. 
 
(B) vigilância epidemiológica. 
 
(C) saúde do trabalhador. 
 
(D) assistência terapêutica integral, inclusive farmacêu-
tica. 
 
(E) vigilância sanitária. 
_________________________________________________________ 
 
14. Para incluir novas doenças e agravos em uma lista de 
doenças de notificação compulsória, NÃO são levados em 
consideração a magnitude, 
 
(A) o potencial de disseminação, a vulnerabilidade, a 
transcendência. 
 
(B) o potencial de disseminação, os compromissos inter-
nacionais, a transcendência. 
 
(C) o potencial para causar surtos e epidemias, a disse-
minação, os compromissos internacionais, a trans-
cendência. 
 
(D) o potencial para causar surtos e epidemias, a dispo-
nibilidade de vacinas ou tratamentos, os compro-
missos internacionais. 
 
(E) o potencial para causar surtos e epidemias, os com-
promissos internacionais, a transcendência. 
_________________________________________________________ 
 
15. Uma das propriedades da curva normal é: 
 
(A) A área sob a curva é igual a 50%. 
 
(B) 90% dos valores da distribuição estão localizados den-
tro do intervalo da média + ou − 2 desvios-padrão. 
 
(C) A média, a mediana e a moda têm o mesmo valor. 
 
(D) 80% dos valores da distribuição estão localizados 
dentro do intervalo da média + ou − 2 desvios-padrão. 
 
(E) A variância é igual ao desvio-padrão. 
_________________________________________________________ 
 
16. Segundo o GLOBOCAN 2008, uma compilação de dados 
sobre incidência e mortalidade por câncer, publicado pela 
Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), os 
5 tipos de câncer de maior incidência no sexo feminino 
(excluindo-se os cânceres de pele não-melanoma) nos 
países menos desenvolvidos são: 
 
(A) mama, colo uterino, pulmão, estômago e cólon/reto. 
(B) colo uterino, mama, estômago, fígado e pulmão. 
(C) mama, pulmão, cólon/reto, ovário e endométrio. 
(D) pulmão, mama, colo uterino,estômago e fígado. 
(E) colo uterino, mama, endométrio, pulmão e ovário. 
17. A avaliação segundo intenção de tratamento é uma estra-
tégia de análise utilizada em 
 
(A) estudos caso-controle, permitindo a minimização de 
viés de seleção. 
 
(B) ensaios clínicos randomizados, com a finalidade de 
permitir a análise das perdas de seguimento. 
 
(C) estudos de coorte, com a finalidade de permitir a 
análise das perdas de seguimento. 
 
(D) ensaios clínicos randomizados, sendo que sua com-
pleta aplicação só e possível se houver dados dispo-
níveis sobre a evolução (desfecho) de todos os pa-
cientes que foram randomizados. 
 
(E) ensaios clínicos, com a finalidade de permitir a 
análise de grupos não-homogêneos. 
_________________________________________________________ 
 
18. Na construção de um teste de hipóteses, para análise 
estatística, é INCORRETO afirmar: 
 
(A) O poder do teste estatístico é igual a probabilidade 
de se rejeitar H0, quando Ha é verdadeira. 
 
(B) O valor de p mede a probabilidade de rejeitarmos 
H0, quando H0 é verdadeira. 
 
(C) O nível de significância estatística é a probabilidade 
de cometermos um erro estatístico tipo II. 
 
(D) O nível de significância estatística é a probabilidade 
de cometermos um erro estatístico tipo I. 
 
(E) O poder do teste estatístico é influenciado pelo ta-
manho da amostra. 
_________________________________________________________ 
 
19. Pesquisadores estão interessados em avaliar a associa-
ção entre peso ao nascimento e desenvolvimento de obe-
sidade na vida adulta. Os desenhos de estudo mais apro-
priados para esta avaliação são 
 
(A) estudo ecológico e estudo transversal. 
(B) estudo de coorte retrospectivo e estudo ecológico. 
(C) estudo transversal e estudo de coorte retrospectivo. 
(D) estudo de coorte prospectivo e estudo caso-controle. 
(E) ensaio clínico e estudo caso-controle. 
_________________________________________________________ 
 
20. Um estudo realizado em 15 países europeus para 
avaliar a relação entre o consumo de carne vermelha 
(kg/per capita/ano) e o índice de massa corpórea (IMC), 
encontrou uma correlação positiva, com um r=0,80 (p=0,03). 
Com base nestes resultados, é correto afirmar que 
 
(A) 80% dos casos de obesidade nestes países podem 
ser explicados pelo alto consumo de carne vermelha. 
 
(B) 80% das pessoas que comem carne vermelha tem 
alto IMC. 
 
(C) o alto consumo de carne vermelha causa obesidade. 
 
(D) 64% dos casos de obesidade nestes países podem 
ser explicados pelo alto consumo de carne vermelha. 
 
(E) 64% da variabilidade observada para o IMC pode 
ser explicada pela variabilidade observada para o 
consumo de carne vermelha. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
SUS-RM-Conhecimentos Médicos 5 
 
Obstetrícia / Ginecologia 
 
21. O tratamento com doxiciclina NÃO apresenta efeito no 
provável agente etiológico de 
 
(A) lesão genital ulcerada indolor de bordas salientes e 
endurecidas, base avermelhada não purulenta e pre-
sença de linfadenopatia inguinal discreta. 
 
(B) vesículas coalescentes dolorosas, algumas rotas 
com exulceração e crostas na vulva. 
 
(C) lesões genitais múltiplas exulceradas, dolorosas, 
com contornos elevados e base com exsudato pu-
rulento de odor fétido. 
 
(D) gânglio inguinal infartado com supuração e fistuli-
zação por orifícios múltiplos. 
 
(E) úlcera genital com base granulomatosa de aspecto 
vermelho vivo e sangramento fácil. Ausência de lin-
fadenopatia inguinal. 
_________________________________________________________ 
 
22. Mulher de 26 anos, usuária de contraceptivo oral combina-
do, refere prurido vulvovaginal. Ao exame ginecológico, 
vulva e vagina hiperemiadas, presença de leucorreia bran-
ca espessa em grumos aderentes à mucosa. Conside-
rando os achados clínicos descritos, é mais provável que 
o pH, o resultado do teste das aminas e o agente 
etiológico sejam, respectivamente, 
 
(A) ácido, positivo e fungo. 
(B) ácido, negativo e fungo. 
(C) alcalino, positivo e bactéria. 
(D) alcalino, negativo e fungo. 
(E) ácido, negativo e bactéria. 
_________________________________________________________ 
 
23. São fatores de risco para o câncer cérvico-uterino (esca-
moso) e para o câncer de mama: 
 Considere: 
 DST = doença sexualmente transmissível. 
 
 Câncer cérvico-
uterino Câncer de mama 
(A) nuliparidade multiparidade 
(B) antecedente de DST menarca tardia 
(C) infecção pelo HPV 16 
ou 18 
primeiro parto antes dos 
25 anos 
(D) obesidade antecedente familiar de câncer de mama 
(E) tabagismo menopausa tardia 
_________________________________________________________ 
 
24. Considere a seguinte etapa na esteroidogênese que 
ocorre no ovário: 
 
 
 aromatização 
Substância A Substância B 
 
 
É correto afirmar: 
 
(A) A ‘Substância A’ corresponde ao colesterol e a 
‘Substância B’ à testosterona. 
 
(B) Esse processo é estimulado pela ligação do LH aos 
receptores presentes na célula da teca. 
 
(C) Tal etapa ocorre dentro da célula da granulosa sob 
estímulo do FSH. 
 
(D) Esse processo é estimulado pela ligação do LH aos 
receptores presentes na célula da granulosa. 
 
(E) Ocorre na célula da granulosa, sendo que a ‘Subs-
tância A’ é o estradiol. 
25. Com relação à síndrome dos ovários policísticos, é correto 
afirmar: 
 
(A) O tratamento de primeira linha é realizado por meio 
de fármacos antiandrogênicos. 
 
(B) Os atrasos menstruais e amenorreia são explicados 
pelos elevados níveis plasmáticos de progesterona 
que caracterizam a doença. 
 
(C) O diagnóstico definitivo exige a presença de poli-
cistos ovarianos à ultrassonografia pélvica. 
 
(D) O hiperandrogenismo plasmático está presente mes-
mo nos quadros leves da doença. 
 
(E) Pode-se associar a dificuldades para engravidar, 
mas a concepção pode acontecer mesmo sem uso 
de indutores de ovulação. 
_________________________________________________________ 
 
26. Mulher de 22 anos, solteira, previamente saudável, dá 
entrada em atendimento de urgência com queixa de dor 
em baixo ventre há cerca de uma semana. Nega altera-
ções urinárias ou gastrointestinais. Está no 8o dia do ciclo 
menstrual e a última menstruação normal se encerrou há 
cerca de 4 dias. Questionada, referiu parceiro sexual mas-
culino único há três meses, fazendo uso do coito inter-
rompido como método anticoncepcional. Apresenta BEG, 
temperatura axilar de 38,1 °C, dor à palpação do abdome 
inferior, com descompressão brusca negativa e ruídos hi-
droaéreos presentes. Ao exame ginecológico, colo uterino 
hiperemiado e presença de leucorreia amarelada. Toque 
vaginal: dor importante à mobilização do colo uterino, sem 
massas palpáveis. Neste caso 
 
(A) o tratamento com anti-inflamatórios não-esteroidais 
é suficiente em função de se tratar de quadro de 
salpingite aguda leve autolimitada. 
 
(B) a conduta imediata deve ser a laparoscopia de ur-
gência para diagnóstico de certeza antes de se 
instituir antibioticoterapia. 
 
(C) após início da antibioticoterapia, deve-se realizar la-
paroscopia de urgência para firmar diagnóstico de 
certeza e, na presença de abscessos pélvicos, pro-
cede-se à respectiva drenagem. 
 
(D) o quadro clínico é bastante sugestivo de doença in-
flamatória pélvica aguda e a antibioticoterapia empí-
rica é a melhor abordagem terapêutica inicial para a 
maioria dos casos desse tipo. 
 
(E) a doença inflamatória pélvica aguda não é a primeira 
hipótese diagnóstica para este caso, pois a paciente 
apresenta parceiro sexual único. 
_________________________________________________________ 
 
27. Para casos cuja citologia cérvico-vaginal realizada em 
exame ginecológico de rotina de mulheres saudáveis na 
Unidade Básica de Saúde (UBS) revela resultado “cito-
logia de lesão intraepitelial de baixo grau” ou “citologia de 
lesão intraepitelial de alto grau”, a melhor conduta inicial é: 
 
 
Citologia cervico-vaginal compatível 
com lesão intraepitelial 
 Baixo Grau Alto Grau 
(A) repetir a citologia em seis meses na UBS 
realizarcolposcopia com 
biópsia dirigida 
(B) repetir a citologia em seis meses na UBS 
repetir a citologia em 
seis meses na UBS 
(C) repetir a citologia imedia-
tamente na UBS 
realizar colposcopia com 
biópsia dirigida 
(D) realizar colposcopia com biópsia dirigida 
realizar conização cer-
vical imediata 
(E) realizar colposcopia com biópsia dirigida 
realizar cauterização cér-
vico-uterina imediata 
 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
6 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 
28. Mulher de 46 anos, 3G 3P 0A, obesa, assintomática, é 
submetida a exame de ultrassonografia pélvica sob 
alegação de “exame de rotina”, no qual se relata útero 
com volume aumentado com 164 cm3 e presença de 
nódulo miometrial ovalado bem delimitado de localização 
subserosa em região fúndica posterior e medindo cerca de 
4,5 cm de diâmetro, de aspecto sugestivo de mioma. A 
conduta adequada é 
 
(A) indicar miomectomia. 
 
(B) indicar histerectomia total ou subtotal. 
 
(C) orientá-la e acompanhar com controle ultrassono-
gráfico. 
 
(D) iniciar tratamento com progestagênio sintético, 14 dias 
por ciclo. 
 
(E) iniciar tratamento com análogos do GnRH. 
_________________________________________________________ 
 
29. Com relação à endometriose, é correto afirmar: 
 
(A) Apesar de antiga, a teoria da menstruação retrógra-
da participa da explicação da patogênese da doen-
ça, pelo menos parcialmente. 
 
(B) O contraceptivo combinado oral está contraindicado, 
pelo maior risco de recidiva ou progressão da 
doença. 
 
(C) Os análogos do GnRH só devem ser indicados no 
tratamento quando a terapêutica cirúrgica não puder 
ser realizada. 
 
(D) As técnicas de reprodução assistida (fertilização in 
vitro) só podem ser indicadas após o tratamento ci-
rúrgico da doença. 
 
(E) A ultrassonografia pélvica, preferencialmente trans-
vaginal, é suficiente para o diagnóstico de certeza 
quando o quadro clínico é típico. 
_________________________________________________________ 
 
30. Considere duas mulheres que desejam método anticon-
cepcional: 
 
Caso A: 37 anos, tabagista de 20 cigarros por dia, dois 
filhos por parto vaginal. 
 
Caso B: 32 anos, nuligesta, antecedente de trombose 
venosa profunda há alguns anos. 
 
Levando em conta apenas as informações clínicas dispo-
níveis e os Critérios de Elegibilidade Médica para Métodos 
Anticoncepcionais da OMS, 
 
(A) os métodos hormonais podem ser utilizados sem 
restrição no Caso B, pois o evento trombótico des-
crito não teve associação com fatores hormonais, já 
que ocorreu fora do período de gestação ou de puer-
pério. 
 
(B) a mulher do Caso B pode utilizar anticoncepcional 
hormonal combinado, pois o evento trombótico foi há 
vários anos. 
 
(C) a mulher do Caso A apresenta contraindicação ao 
uso dos métodos anticoncepcionais hormonais em 
geral, em função do tabagismo e idade acima dos 
35 anos. 
 
(D) os métodos anticoncepcionais hormonais, como gru-
po, são contraindicados para a mulher do Caso B 
por aumentarem o risco de novo evento trombótico. 
 
(E) a pílula de apenas progestagênio e o dispositivo in-
trauterino poderiam ser indicados para a mulher do 
Caso A. 
31. Gestante de 22 anos, sem doenças, internada há dois dias 
por quadro de rotura prematura de membranas, é encami-
nhada ao centro obstétrico em trabalho de parto com 
35 semanas. Sobre a profilaxia de infecção neonatal pelo 
estreptococo do grupo B (EGB) nesta paciente, é correto 
afirmar: 
(A) Deve ser prescrita apenas se houver cultura vaginal 
e retal positivas e recentes para EGB. 
(B) O antibiótico de escolha é a cefazolina ou eritro-
micina. 
(C) Será realizada apenas se a paciente apresentar 
febre intraparto. 
(D) Não deve ser prescrita se a paciente estiver com 
dilatação superior a 6 cm. 
(E) Caso esteja indicada, necessita de dose de ataque e 
manutenção. _________________________________________________________ 
 
32. Sobre os transtornos psíquicos do puerpério, analise as 
afirmações abaixo: 
 I. A depressão pós-parto ocorre em 1% das pa-
cientes, com intensidade máxima nos primeiros 
seis meses. 
 II. A psicose puerperal é rara e autolimitada, porém a 
mãe deve ser afastada do recém-nascido durante a 
fase mais intensa dos sintomas. 
 III. Mais de 70% das mulheres com psicose puerperal 
têm um episódio subsequente e a medicação de 
escolha, quando necessária durante a amamen-
tação, são os inibidores da mono-amino-oxidase. 
 IV. O blues puerperal ocorre em cerca de 85% das 
puérperas e desaparece espontaneamente em até 
duas semanas. 
Está correto o que se afirma em 
(A) IV, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) II e IV, apenas. 
(D) I, II e III, apenas. 
(E) I, II, III e IV. 
_________________________________________________________ 
 
33. A suplementação de ácido fólico 
(A) previne possíveis defeitos cardíacos fetais. 
(B) deve ser realizada apenas em pacientes com ante-
cedente obstétrico de malformações fetais. 
(C) não é necessária em pacientes com dieta rica em 
espinafre, fígado e cereais integrais. 
(D) tem ação preventiva maior se utilizada durante toda 
a gestação. 
(E) em pacientes que utilizam anticonvulsivantes, tem 
dose recomendada maior do que a usual. _________________________________________________________ 
 
34. Médico recebe plantão com parturiente de 20 anos, 38 se-
manas de gestação, sem antecedentes obstétricos ou 
doenças, no centro obstétrico. Ao avaliá-la, o médico 
constata vitalidade fetal adequada e altura uterina compa-
tível, porém indica cesariana por vício pélvico. Conside-
rando a avaliação clínica da bacia obstétrica, as caracte-
rísticas que levaram a essa indicação são: 
(A) promontório sacrovertebral não atingível e pequeno 
ligamento sacro-ciático = 4 cm. 
(B) espinhas ciáticas proeminentes e diâmetro bitube-
roso = 8 cm. 
(C) ângulo subpúbico = 90° e diâmetro cóccige-subpú-
bico = 9 cm. 
(D) curvatura sacral infundibular e diâmetro bicris-
ta = 31 cm. 
(E) losango de Michaellis simétrico e diâmetro conju-
gado obstétrico estimado em 11 cm. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
SUS-RM-Conhecimentos Médicos 7 
35. Os sinais clínicos que indicam descompensação de qua-
dro cardíaco em gestante de 34 semanas portadora de 
febre reumática são: 
(A) sopro sistólico ejetivo 2 em 6+ em foco aórtico e 
dispneia aos médios esforços. 
(B) murmúrios vesiculares reduzidos em bases pulmo-
nares e sopro sistólico ejetivo 2 em 6+ em foco 
aórtico. 
(C) frequência cardíaca de 104 batimentos por minuto e 
dispneia aos médios esforços. 
(D) hepatomegalia e frequencia cardíaca de 104 bati-
mentos por minuto. 
(E) murmúrios vesiculares reduzidos em bases pulmo-
nares e hepatomegalia. 
_________________________________________________________ 
 
36. Primigesta com 33 semanas, portadora de asma intermi-
tente sem crises há um ano, procura pronto atendimento 
de obstetrícia com queixa de dor em baixo-ventre há 4 ho-
ras, após discussão com vizinha. Ao exame: Pressão ar-
terial = 110 × 70 mmHg, eupneica, altura uterina = 31 cm, 
dinâmica uterina = 2 contrações fracas em 10 minutos, ba-
timentos cardíacos fetais = 144 bpm, movimentação fetal 
ativa. Ao toque: colo esvaecido (médio), dilatado para 
3 cm. Ao atendê-la o médico deve 
(A) prescrever beta-agonista para inibição de trabalho 
de parto prematuro, se prova de vitalidade fetal nor-
mal. 
(B) pesquisar infecções e prescrever corticoide para 
maturação pulmonar. 
(C) acalmar a paciente, explicando que se trata de falso 
trabalho de parto. 
(D) solicitar ultrassonografia para avaliar crescimento fe-
tal e presença de malformações, reavaliando-a em 
60 minutos. 
(E) encaminhar paciente ao centro obstétrico por se tra-
tar de trabalho de parto não inibível. 
_________________________________________________________ 
 
37. Primípara de 19 anos, 38 semanas, sem doença, chegou 
à maternidade em trabalho de parto, sendo encaminhada 
ao centro obstétrico. Ao ser novamente avaliada, cons-
tatou-se ausência de contraindicação ao parto vaginale 
então se iniciou o registro do partograma abaixo. Não ne-
cessitou de administração de ocitocina, tampouco foi rea-
lizada analgesia de parto. A vitalidade fetal permanece 
preservada. 
Partograma
D
ila
ta
çã
o
(c
m
)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
De Lee
- AM
- 3
- 2
- 1
0
+ 2
+ 1
+ 3
+ 4
Vulva
I
II
III
IV
Hodge
Dia de Início
Hora Real
Hora de
Registro
1
19
2
20
3
21
4
22
5
23
6
24
7
01
8
02
Nome RG
 
Sobre o acompanhamento desta paciente, é correto 
afirmar: 
(A) O fórcipe deve ter sido locado na hora 8 do registro 
por período expulsivo prolongado. 
(B) A morosidade da descida da apresentação foi cor-
rigida na hora 5 do registro. 
(C) A amniotomia oportuna deve ter sido realizada entre 
as horas 5 e 7 do registro. 
(D) Na hora 2 do registro, a paciente estava em pró-
dromo de trabalho de parto. 
(E) A variedade transversa na hora 3 do registro possui 
significado patológico. 
38. O médico realiza acompanhamento pré-natal de primiges-
ta de 36 anos, sem doenças de base, que desenvolveu 
quadro de doença hipertensiva específica da gestação 
(DHEG) com 34 semanas. Mesmo fazendo uso de alfa-
metildopa 2 g por dia há 7 dias, a pressão da paciente em 
repouso alcança 160 × 100 mmHg em duas medidas com 
intervalo de duas horas, sem outros sintomas. Ela se en-
contra com 37 semanas e o crescimento e a vitalidade 
fetais estão normais. Deve-se 
 
(A) indicar o parto pelo quadro clínico materno. 
 
(B) manter a medicação anti-hipertensiva após o parto, 
até controle pressórico. 
 
(C) solicitar biópsia renal após puerpério. 
 
(D) introduzir pindolol para melhor controle pressórico. 
 
(E) administrar sulfato de magnésio pelo risco de evo-
lução para eclâmpsia. 
_________________________________________________________ 
 
39. Médico atende paciente em consulta ambulatorial, sem 
atraso menstrual, que traz dosagem quantitativa de 
beta-hCG = 1.500 mUI/mL (TPI) e ultrassonografia trans-
vaginal com ausência de saco gestacional intra-útero, sem 
demais alterações (exames realizados no dia anterior). 
Após exame físico, constata-se ausência de sinais suges-
tivos de gestação. Diagnóstico e conduta: 
 
(A) gravidez bioquímica; acompanhar dosagem de 
beta-hCG até negativação. 
 
(B) neoplasia trofoblástica gestacional; solicitar ultrasso-
nografia com doppler. 
 
(C) gestação ectópica; internação e conduta expectante. 
 
(D) abortamento completo; esclarecer à paciente que o 
nível de beta-hCG está declinando. 
 
(E) gestação incipiente; repetir ultrassonografia em 
7 dias. 
_________________________________________________________ 
 
40. Analise o partograma abaixo. 
 
Partograma
D
ila
ta
çã
o
(c
m
)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
De Lee
- AM
- 3
- 2
- 1
0
+ 2
+ 1
+ 3
+ 4
Vulva
I
II
III
IV
Hodge
Dia de Início
Hora Real
Hora de
Registro
1 2 3 4 5 6 7 8
Nome RG
 
 O parto representado 
 
 I. apresenta fase ativa protraída; 
 
 II. deve ter distocia corrigida com ocitocina; 
 
 III. é típico de casos de desproporção feto-pélvica; 
 
 IV. apresenta dilatação cruzando inadvertidamente a 
linha de alerta. 
 
Está correto o que se afirma em 
 
(A) IV, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) II e IV, apenas. 
(D) I, II e III, apenas. 
(E) I, II, III e IV. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
8 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 
 
Clínica Médica 
 
41. Mulher de 25 anos apresenta nos últimos dias fraqueza 
progressiva em membros inferiores, superiores e face, fi-
cando tetraparética, com arreflexia e dificuldade respira-
tória. A ressonância magnética de crânio foi normal e o 
exame do liquor mostrou 5 células/mm3 e proteína de 
160 mg/dL. O provável diagnóstico e a terapia mais indi-
cada são, respectivamente, 
 
(A) esclerose lateral amiotrófica e interferon. 
(B) polirradiculoneurite e dexametasona. 
(C) myasthenia gravis e timectomia. 
(D) síndrome de Guillain-Barré e plasmaferese. 
(E) esclerose múltipla e imunoglobulina. 
_________________________________________________________ 
 
42. A associação correta entre nutrientes e dados clínicos 
compatíveis com sua deficiência é 
 
(A) vitamina A - anemia sideroblástica. 
(B) vitamina C - petéquias perifoliculares. 
(C) niacina - cegueira noturna. 
(D) tiamina - tetania. 
(E) piridoxina - diarreia. 
_________________________________________________________ 
 
43. Considere os dois pacientes abaixo: 
 
 I. Homem com hemorragia subaracnoide e vasoes-
pasmo cerebral, complicado com síndrome cerebral 
perdedora de sal. 
 
 II. Mulher com tumor cerebral e síndrome da secreção 
inapropriada de hormônio antidiurético. 
 
A comparação correta entre os dois pacientes é 
 
 Característica I II 
(A) sódio urinário > 40 mEq/L geralmente > 100 mEq/L 
(B) volume urinário normal ou diminuído elevado 
(C) pressão arterial normal diminuída/ normal 
(D) pressão venosa 
central 
normal diminuída 
(E) sede aumentada normal ou diminuída 
 
_________________________________________________________ 
 
44. Paciente é admitido no pronto-socorro com poliúria, desi-
dratação e náusea. Os exames mostram glicemia de 
485 mg/dL, sódio de 130 mEq/L, potássio de 3,9 mEq/L e 
bicarbonato de 12 mEq/L. Após terapia com cloreto de só-
dio, insulina regular e bicarbonato de sódio o paciente 
passa a apresentar fraqueza generalizada, hipoventilação 
e arritmia cardíaca. A causa mais provável destas compli-
cações é 
 
(A) hipocalemia. 
(B) hiponatremia. 
(C) hipermagnesemia. 
(D) hipoglicemia. 
(E) hiperfosfatemia. 
_________________________________________________________ 
 
45. Gestante assintomática, é avaliada no pré-natal. Apre-
senta hemoglobina de 9,8 g/dL, com volume corpuscular 
médio de 62 fL, 5.500 leucócitos/mm3, 220.000 plaque-
tas/mm3. As dosagens de ferro sérico, índice de saturação 
de transferrina, ferritina, creatinina e eletrólitos são nor-
mais. Para confirmar a principal hipótese diagnóstica 
deve-se solicitar 
 
(A) teste de Coombs. 
(B) mielograma. 
(C) dosagem de TSH. 
(D) dosagem de DHL, bilirrubinas e haptoglobina. 
(E) eletroforese de hemoglobina. 
46. Considere 4 pacientes com os seguintes diagnósticos: 
 
 I. ileite regional; 
 II. gastrite atrófica; 
 III. retocolite ulcerativa inespecífica; 
 IV. intestino curto por ressecção de parte do jejuno. 
 
Apresentam maior risco de apresentar marcha atáxica e 
hemograma mostrando hemoglobina de 7,2 g/dL, VCM de 
125 fL e DHL > 3.000 U/L os pacientes 
 
(A) I e II. 
(B) I e III. 
(C) I e IV. 
(D) II e III. 
(E) II e IV. 
_________________________________________________________ 
 
47. As nefropatias associadas a lúpus eritematoso sistêmico 
e à glomerulonefrite pós-estreptocócica têm em comum 
 
(A) a excelente resposta terapêutica ao pulso de metil-
prednisolona e ciclofosfamida. 
 
(B) a evolução frequente com proteinúria superior a 
3,5 gramas por dia. 
 
(C) a predominância de lesão segmentar e focal à mi-
croscopia ótica. 
 
(D) o fato de cursarem com redução do nível sérico de 
complemento. 
 
(E) a taxa de evolução para glomerulonefrite crônica 
com hialinização glomerular. 
_________________________________________________________ 
 
48. Analisando-se as variantes de insuficiência renal aguda é 
verdadeira a comparação 
 
 Exame pré-renal renal 
(A) relação sérica ureia/ creatinina < 15 > 40 
(B) fração de excreção de sódio > 1% < 1% 
(C) osmolalidade uriná-ria (mOsm/kg) > 500 < 250 
(D) densidade urinária cerca de 1010 > 1020 
(E) cilindros granulosos hialinos 
 
_________________________________________________________ 
 
49. Considere os pacientes abaixo portadores de bacteriúria 
assintomática: 
 
 I. Mulher de 50 anos em uso de metformina e gliben-
clamida. 
 
 II. Homem de 65 anos com hiperplasia prostática be-
nigna. 
 
 III. Mulher de 20 anos no segundo trimestre de gravi-
dez. 
 
 IV. Homem de 45 anos no pré-operatório de troca de 
válvula aórtica. 
 
Deverão receber antibioticoterapia os pacientes 
 
(A) III e IV. 
(B) I e II. 
(C) I e IV. 
(D) II e IV. 
(E) II e III. 
Caderno de Prova’206’, Tipo 001
 
SUS-RM-Conhecimentos Médicos 9 
50. É correta a comparação entre os achados clínicos e labo-
ratoriais dos distúrbios das paratireoides 
 
 Hiperparatireoidismo Hipoparatireoidismo 
(A) catarata poliúria 
(B) calcificações intracranianas obstipação intestinal 
(C) nefrolitíase sinal de Chvostek 
(D) parestesias encurtamento do intervalo QTc 
(E) tetania osteoporose 
 
_________________________________________________________ 
 
51. Mulher de 25 anos, apresenta quadro de ansiedade, insô-
nia, palpitação e emagrecimento. Os exames revelam 
TSH < 0,01 mcU/mL, velocidade de hemossedimentação 
de 3 mm/h, tireoide homogênea e de tamanho normal à 
ultrassonografia e captação tireoideana de iodo radioativo 
de 1%. Dos dados abaixo o mais provável nessa paciente 
é 
 
(A) história de uso crônico de levotiroxina. 
 
(B) presença de exoftalmo. 
 
(C) título elevado de anticorpo antiperoxidase. 
 
(D) título elevado de anticorpo antirreceptor de tireotro-
fina. 
 
(E) alargamento de sela túrcica. 
_________________________________________________________ 
 
52. Infecção bacteriana persistente, notadamente por 
Pseudomonas aeruginosa, é uma das principais ca-
racterísticas da doença pulmonar causada por 
 
(A) deficiência de alfa-1 antitripsina. 
(B) doença de Wegener. 
(C) fibrose cística. 
(D) infecção pelo HIV. 
(E) bronquite crônica. 
_________________________________________________________ 
 
53. Um homem de 28 anos procura o médico para tratamento 
de asma. Queixa-se de tosse frequente e falta de ar. Faz 
uso irregular de triancinolona 1 a 2 inalações por dia e 
salbutamol através de um inalador dosimetrado, quando 
necessário, geralmente 3 a 4 vezes por dia. Nos últimos 
dias acordou mais de 1 vez por sintomas respiratórios e 
precisou procurar atendimento no pronto-socorro 2 vezes. 
Refere refluxo de conteúdo ácido à noite, frequente. Ao 
exame está confortável com raros sibilos expiratórios bila-
teralmente. O teste com expirômetro mostra peak flow de 
70% do esperado. Dentre os tratamentos abaixo, NÃO é 
apropriado para esse paciente, nesse momento, 
 
(A) uso diário de um inibidor da bomba de prótons. 
 
(B) corticoide inalatório de maior potência em uso re-
gular. 
 
(C) adicionar um antagonista de receptor de leucotrieno. 
 
(D) salbutamol regularmente 4 vezes ao dia. 
 
(E) adicionar um beta-agonista de longa duração. 
54. Uma mulher de 40 anos é admitida na sala de emergência 
com queixa de dispneia. O monitor mostra: 
 
 
O diagnóstico é de 
 
(A) flutter atrial. 
(B) bloqueio AV de segundo grau. 
(C) fibrilação atrial. 
(D) taquicardia ventricular. 
(E) bloqueio AV total. 
_________________________________________________________ 
 
55. São considerados fatores de risco para doença arterial co-
ronária, equivalentes à presença de doença coronária es-
tabelecida, as alterações abaixo, EXCETO 
 
(A) aneurisma de aorta abdominal. 
(B) hipertensão arterial sistêmica. 
(C) diabetes mellitus. 
(D) doença arterial periférica. 
(E) doença arterial carotídea sintomática. 
_________________________________________________________ 
 
56. Dentre os esquemas terapêuticos para o tratamento de hi-
pertensão de diferentes gravidades em pacientes porta-
dores de síndrome metabólica, a PIOR opção é 
 
(A) losartana + anlodipina. 
 
(B) losartana. 
 
(C) captopril + hidroclorotiazida em dose baixa. 
 
(D) hidroclorotiazida em dose baixa + atenolol. 
 
(E) losartana + anlodipina + carvedilol + hidroclorotiazida 
em dose baixa. 
_________________________________________________________ 
 
57. Um homem de 70 anos hipertenso está em tratamento oti-
mizado com 4 anti-hipertensivos e não atinge a meta pre-
conizada. Faz uso também de outros medicamentos, lista-
dos abaixo, com ação pressora, que podem estar interfe-
rindo desfavoravelmente no tratamento, EXCETO 
 
(A) venlafaxina. 
(B) predinisona em dose baixa. 
(C) amitriptilina. 
(D) ibuprofeno. 
(E) finasterida. 
_________________________________________________________ 
 
58. Os patógenos que mais frequentemente causam infecção 
da corrente sanguínea relacionada a cateter venoso cen-
tral são 
 
(A) estafilococos coagulase-negativos. 
(B) bacilos Gram-negativos. 
(C) Candida sp. 
(D) Staphylococcus aureus. 
(E) germes anaeróbios. 
_________________________________________________________ 
 
59. Na polimialgia reumática e na fibromialgia espera-se en-
contrar, respectivamente, 
 
(A) ausência de marcadores laboratoriais e VHS ele-
vada. 
 
(B) FAN positivo e VHS elevada. 
 
(C) fator reumatoide positivo e ausência de marcadores 
laboratoriais. 
 
(D) ANCA positivo e fator reumatoide positivo. 
 
(E) VHS elevada e ausência de marcadores laborato-
riais. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
10 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 
60. Em um paciente com peritonite bacteriana são achados do 
líquido ascítico que sugerem tratar-se peritonite secun-
dária: 
 
(A) glicose < 50 mg/dL e concentração de proteí-
nas > 1g/dL. 
 
(B) polimorfonucleares > 500/mm3 e concentração de 
proteínas < 1g/dL. 
 
(C) glicose > 50 mg/dL e concentração de proteínas 
< 1 g/dL. 
 
(D) polimorfonucleares > 500/mm3 e glicose < 50 mg/dL. 
 
(E) glicose > 50 mg/dL e DHL < limite superior da nor-
malidade no sangue. 
_________________________________________________________ 
 
 
Pediatria 
 
61. Um menino de 4 meses de vida é internado em enfermaria 
de pediatria com diagnóstico de bronquiolite. Para evitar a 
transmissão da doença no ambiente hospitalar, é correto 
 
(A) manter a criança em enfermaria, pois o lactente de 
4 meses não transmite a doença, devido à pequena 
eliminação de vírus no ambiente. 
 
(B) recomendar precauções respiratórias de aerossóis, 
apenas. 
 
(C) recomendar precauções respiratórias de gotículas, 
apenas. 
 
(D) recomendar precauções de contato e de gotículas. 
 
(E) recomendar precauções de contato, apenas. 
_________________________________________________________ 
 
62. Dos abaixo citados, o agente mais comum desta doença é 
 
(A) parvovírus. 
(B) adenovírus. 
(C) vírus Parainfluenza. 
(D) vírus respiratório sincicial. 
(E) metapneumovírus. 
_________________________________________________________ 
 
63. A identificação do agente etiológico pode ser indicada, 
para elucidação diagnóstica etiológica, durante a inter-
nação? 
 
(A) Sim, pela sorologia para vírus, no segundo dia de 
evolução. 
 
(B) Sim, pela pesquisa por imunofluorescência, em se-
creção de rinofaringe. 
 
(C) Sim, pela pesquisa direta com identificação de célu-
las com inclusão, características, em secreção de ri-
nofaringe. 
 
(D) Não, pois a carga viral é pequena nos lactentes jo-
vens. 
 
(E) Não, pois não há metodologia para identificar o vírus 
durante o período de internação, apenas com meto-
dologia demorada, com cultura de células. 
64. A vacina tríplice viral imuniza contra o sarampo, caxumba 
e rubéola. Quantas doses e em que idades deve ser admi-
nistrada, segundo o calendário de imunizações do Minis-
tério da Saúde? 
 
(A) 2 doses; 8 meses e 10 anos. 
(B) 2 doses; 12 meses e 4 anos. 
(C) 2 doses; 12 meses e 10 anos. 
(D) 3 doses; 8 meses, 4 e 10 anos. 
(E) 3 doses; 12 meses, 4 e 12 anos. 
_________________________________________________________ 
 
65. A deficiência seletiva de IgA é uma das mais comuns defi-
ciências de imunidade identificadas. Pode-se afirmar que, 
nestas crianças 
 
(A) o prognóstico é de evolução para imunodeficiência 
combinada em metade dos casos e resolução no 
restante. 
 
(B) existe maior incidência de infecções respiratórias, 
mas não gastrointestinais. 
 
(C) está indicado o uso de imunoglobulina humana intra-
venosa mensal. 
 
(D) observa-se maior incidência de alergia à proteína do 
leite de vaca. 
 
(E) identifica-se uma predominância do sexo masculino, 
por ser ligada ao cromossomo X. 
_________________________________________________________ 
 
66. Uma recém-nascida (RN) de termo, com 53 horas de vida, 
em aleitamento materno exclusivo,apresenta icterícia que 
se espalha até a raiz dos membros. A tipagem sanguínea 
materna é A Rh negativo com pesquisa de anticorpos irre-
gulares negativa e da RN é B Rh positivo com teste da 
antiglobulina direto negativo e eluato negativo. O resultado 
da bilirrubina indireta foi 9,8 mg% com bilirrubina total 
de 10,4 mg%. 
 
Qual a principal hipótese diagnóstica para esta RN? 
 
(A) Icterícia pelo aleitamento materno. 
(B) Incompatibilidade sanguínea ABO. 
(C) Incompatibilidade sanguínea Rh. 
(D) Incompatibilidade sanguínea ABO e Rh. 
(E) Icterícia fisiológica. 
_________________________________________________________ 
 
67. O uso de ácido acetilsalicílico em crianças com varicela 
 
(A) aumenta o risco de aparecimento de herpes zoster 
no futuro. 
 
(B) deve ser evitado pois favorece o desenvolvimento de 
varicela hemorrágica. 
 
(C) diminui a extensão das lesões e abrevia o período 
de estado da doença. 
 
(D) está contraindicado devido ao risco de Síndrome de 
Reye. 
 
(E) auxilia no controle do processo inflamatório quando 
existe pneumonite viral. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
SUS-RM-Conhecimentos Médicos 11 
68. Um menino de 2 anos de idade, saudável e com exce-
lente curva de desenvolvimento pondero-estatural, está há 
2 semanas com alterações do hábito intestinal, ora com 
fezes amolecidas e outras com obstipação, após quadro 
diarreico inicial com 3 dias de duração. O exame de fezes 
demonstrou a presença de Giardia lamblia. É correto 
 
(A) atribuir os sintomas à giardíase e prescrever metro-
nidazol durante 5 a 7 dias. 
 
(B) atribuir os sintomas à giardíase e prescrever alben-
dazol dose única. 
 
(C) tratar a giardíase com albendazol em dose única 
mas investigar outros agentes para as alterações re-
feridas. 
 
(D) investigar deficiência de IgG e tratar com metroni-
dazol durante 3 dias. 
 
(E) adotar conduta expectante pois as manifestações 
são autolimitadas e as drogas muito tóxicas para 
esta idade. 
_________________________________________________________ 
 
69. Uma menina de 3 anos de idade é levada ao pronto-
socorro com história de fezes amolecidas várias vezes ao 
dia, há 2 dias, com aparecimento de sangue na data da 
consulta. Ao exame está hidratada, sem febre e, durante o 
exame, apresenta convulsão. Os principais agentes que 
podem estar envolvidos nesse quadro são 
 
(A) Shigella dysenteriae e Clostridium difficile. 
 
(B) Clostridium difficile e Escherichia coli enteroinvasiva. 
 
(C) Shigella dysenteriae e Escherichia coli enteroinva-
siva. 
 
(D) Clostridium difficile e Campylobacter jejuni. 
 
(E) Shigella dysenteriae e Campylobacter jejuni. 
_________________________________________________________ 
 
70. O uso de mel na alimentação das crianças abaixo de 
1 ano de idade está contraindicado devido ao risco de 
 
(A) shiguelose. 
(B) salmonelose. 
(C) botulismo. 
(D) amebíase. 
(E) leptospirose. 
_________________________________________________________ 
 
71. A escarlatina é uma doença comum e que se manifesta 
por um rash cutâneo associado a uma infecção de trato 
respiratório superior. É correto afirmar que 
 
(A) a eritromicina é a droga de escolha no tratamento da 
doença por inativar a ação da toxina. 
 
(B) a doença ocorre apenas uma vez, pois existe desen-
volvimento de imunidade duradoura. 
 
(C) a pesquisa rápida do antígeno bacteriano em swab 
de orofaringe é negativa nestes casos, pelas ca-
racterísticas do agente. 
 
(D) o agente envolvido nesta doença não causa doença 
invasiva, agindo pela produção de toxina sem efeito 
sistêmico. 
 
(E) o estreptococo do grupo A produtor de toxina eritro-
gênica é o agente causal. 
72. Um menino de 13 anos de idade é levado ao pronto-
socorro com febre e dor no joelho. Ao exame está em re-
gular estado geral e o médico diagnostica artrite em joelho 
esquerdo. Como antecedente, havia a referência de queda 
de bicicleta há 15 dias, sem ferimento cortante, mas com a 
formação de hematoma em coxa direita, que já está re-
solvido. É correto afirmar que 
 
(A) o antecedente de trauma fechado sugere hemar-
trose tardia, devendo-se realizar punção esvaziadora 
e instituição precoce de fisioterapia. 
 
(B) o antecedente de trauma fechado sugere artrite as-
séptica, inflamatória, devendo-se iniciar terapêutica 
com anti-inflamatório não hormonal. 
 
(C) o Staphylococcus aureus é o principal agente envol-
vido e deve-se realizar punção diagnóstica da arti-
culação. 
 
(D) devido ao antecedente de trauma, o principal agente 
é o Staphylococcus epidermidis, devendo-se realizar 
punção diagnóstica e esvaziadora da articulação. 
 
(E) o antecedente é uma coincidência não guardando 
relação com a artrite atual que, nessa idade, deve-se 
principalmente ao Streptococcus pneumoniae. 
_________________________________________________________ 
 
73. Os pais de um recém-nascido (RN) com 3 dias de vida 
estão preocupados com a aparência da pele do nariz do 
filho, que está cheia de pápulas puntiformes com conteúdo 
branco-amarelado, que se estendem pela lateral do nariz 
até bochechas e em direção à testa. O médico deve dizer 
que são 
 
(A) glândulas sebáceas hiperplásicas e que desapare-
cem nas primeiras semanas de vida, sem necessi-
dade de tratamento. 
 
(B) glândulas sudoríparas hiperplásicas e que desapare-
cem na primeira semana de vida, com compressas 
com soro frio. 
 
(C) ilhotas de células epiteliais denominadas Pérolas de 
Epstein e que aumentam nas primeiras 3 semanas e 
vão desaparecendo a seguir, até 1 ano de vida. 
 
(D) denominadas “acne do RN” e que são tratadas com 
aplicação de soro frio e compressas de clorexidine 
degermante, com regressão em 5 a 7 dias. 
 
(E) denominadas “acne do RN” e que refletem a ca-
racterística de pele oleosa e o risco de acne no futu-
ro, devendo ser tratada com sabonete neutro e água 
fria. 
_________________________________________________________ 
 
74. Um menino de 2 semanas de idade é internado com de-
sidratação, hiponatremia e hipercalemia. Sem diarreia, em 
aleitamento materno exclusivo, era o terceiro filho do 
casal, com uma irmã e um irmão saudáveis com 7 e 
5 anos de idade, respectivamente. Ao exame o médico 
observa criptorquidia bilateral. Deve-se suspeitar de 
 
(A) Diabetes insipidus. 
(B) hiperplasia congênita de supra renal. 
(C) hipoaldosteronismo primário. 
(D) malformação nefro-uro-genital. 
(E) hipogonadismo criptogênico. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
12 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 
75. Um lactente de 3 meses de idade apresenta dermatite 
atópica em face. É correto afirmar que 
 
(A) a lesão não é pruriginosa, podendo ser tratada com 
hidratação, além da retirada do desencadeante. 
(B) deve-se a um alérgeno inalado, especialmente pó 
doméstico. 
(C) existe risco aumentado de desenvolvimento de rinite 
ou asma no futuro. 
(D) é uma alteração característica do lactente jovem, não 
tendo associação com história familiar de alergia. 
(E) o diagnóstico deve ser confirmado pela presença de 
altos níveis de IgE sérica. 
_________________________________________________________ 
 
76. Uma menina de 6 anos de idade está com mal estar, febre 
alta há 3 dias e conjuntivite. Ao exame o médico observa 
faringite e linfadenomegalia pré-auricular. Orienta os pais 
que se trata de febre faringo-conjuntival. O principal 
agente é 
 
(A) herpes zoster. 
(B) metapneumovírus. 
(C) rinovírus. 
(D) herpes simples vírus. 
(E) adenovírus. 
_________________________________________________________ 
 
77. São causas de pseudotumor cerebral todas as abaixo, 
EXCETO 
 
(A) hipervitaminose A. 
(B) hipervitaminose K. 
(C) hormônio de crescimento. 
(D) leucemia. 
(E) lúpus. 
_________________________________________________________ 
 
78. Na criança, a parada cardiorespiratória é geralmente de 
origem 
 
(A) neurológica. 
(B) cardíaca. 
(C) respiratória. 
(D) metabólica. 
(E) renal. 
_________________________________________________________ 
 
79. Considerando a farmacologia das drogasabaixo, a que 
NÃO necessita de dose de ataque para atingir nível sérico 
estável é 
 
(A) epinefrina. 
(B) aminofilina. 
(C) fenobarbital. 
(D) hidantoína. 
(E) digoxina. 
_________________________________________________________ 
 
80. Um escolar de 10 anos, portador de anemia falciforme, é 
internado com crise vaso-oclusiva e dor muito intensa no 
toráx e nas costas. Os pais relatam que no último ano o 
filho foi internado mais de uma vez com crises dolorosas 
semelhantes e recebeu analgesia com morfina. A melhor 
conduta no manuseio da dor é 
 
(A) administrar analgésicos apenas quando necessário, 
evitando-se ao máximo o uso de opiáceos. 
(B) utilizar exclusivamente uma classe de medicação 
analgésica em doses fixas. 
(C) utilizar analgésicos, em doses baixas, e acrescentar 
placebo quando necessário. 
(D) administrar combinações analgésicas, em doses ple-
nas e horários fixos, incluindo opiáceos, até o alívio 
das dores. 
(E) evitar o uso de medicações analgésicas para que os 
sintomas de complicações clínicas não sejam camu-
flados. 
 
Cirurgia Geral 
 
81. Em relação aos acidentes ofídicos, é correto afirmar: 
 
(A) O veneno botrópico (ex.: jararaca) tem atividade in-
flamatória aguda, coagulante e hemorrágica. Alguns 
pacientes podem, raramente, evoluir com síndrome 
compartimental. 
 
(B) Quando o paciente é trazido com torniquete, o mes-
mo não deve ser retirado, devido ao risco de miotoxi-
cidade do veneno. 
 
(C) Os pacientes não devem ser hidratados, para não 
agravar o grande edema local nem sobrecarregar a 
função renal. Basta administrar o soro antiofídico 
específico. 
 
(D) Não se conhece, até o momento, reação anafilática 
pelo soro antiofídico. 
 
(E) Não se deve fazer profilaxia do tétano, pois ela pode 
causar agravamento da lesão tecidual. 
_________________________________________________________ 
 
82. Um trabalhador em cozinha é ferido em explosão de cal-
deira. Tem 18% do total de sua superfície corpórea com 
queimadura de segundo e terceiro graus. Sabendo-se que 
a vítima pesa 89 kg, usando o método de Parkland 
(Baxter) para cálculo da reposição hídrica, é correto dizer 
que a velocidade de administração intravenosa de crista-
loides, em mL/hora, após duas, dez e dezoito horas deve 
ser aproximadamente de 
 
(A) 200, 200 e 400. 
(B) 200, 400 e 600. 
(C) 400, 200 e 200. 
(D) 400, 400 e 400. 
(E) 600, 400 e 200. 
_________________________________________________________ 
 
83. Um rapaz de 25 anos sofre ferimentos por projéteis de 
arma de fogo em abdome. A laparotomia exploradora re-
vela lesão estrelada extensa de lobo anatômico direito do 
fígado, além de lacerações de cólon ascendente, junto à 
válvula ileocecal e ao ângulo hepático do cólon. A pressão 
arterial é 70 × 30 mmHg, sob ação de drogas vasoativas. 
Ocorre sangramento contínuo, violáceo, sem formação de 
coágulos, difusamente, de todos os ferimentos. A tempe-
ratura esofágica é 34 graus Celsius e o pH sanguíneo 
é 7,20. Medidas que devem ser tomadas imediatamente, 
para aumentar a probabilidade de sobrevida: 
 
(A) pinçamento do hilo hepático (manobra de Pringle), 
administração de plasma fresco e laparorrafia, com 
drenagem da cavidade peritoneal. 
 
(B) embolização intra-arterial hepática e exteriorização 
dos ferimentos do cólon por múltiplas ostomias. 
 
(C) exploração do ferimento hepático por digitoclasia e 
sutura dos vasos sangrantes, seguida de colectomia 
direita com anastomose primária. 
 
(D) ressecção sumária do segmento cólico destruído 
com suturas mecânicas, sem anastomose, tampo-
namento do ferimento hepático com compressas e 
fechamento da pele, eventualmente com sutura con-
tínua. 
 
(E) exploração da face cruenta hepática e hemostasia 
com sutura dos vasos e selante sintético, além de 
ressecção do segmento cólico destruído e matura-
ção precoce dos dois cotos intestinais. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
SUS-RM-Conhecimentos Médicos 13 
84. Uma senhora de 60 anos está em pré-operatório para 
colecistectomia videolaparoscópica. Nega tomar medica-
mentos, exceto produtos fitoterápicos, cujo nome não lem-
bra. Produtos naturais que deverão ser suspensos antes 
da cirurgia, devido ao potencial de aumentarem o risco de 
sangramento: 
 
(A) Valeriana e Kava. 
(B) Extrato de alho, Ginkgo e Ginseng. 
(C) Echinacea e Ephedra. 
(D) Valeriana e erva de São João. 
(E) Ephedra e chá de quebra-pedra. 
_________________________________________________________ 
 
85. Assinale a alternativa correta, considerando o aneurisma 
de artéria poplítea: 
 
(A) Tem incidência semelhante no homem e na mulher. 
 
(B) A manifestação clínica mais frequente é a rotura, 
como ocorre no aneurisma de aorta abdominal. 
 
(C) O diagnóstico é feito frequentemente quando apare-
cem os sintomas isquêmicos. 
 
(D) Deve ser operado mesmo quando assintomático, já 
que o risco de trombose é maior que 90%. 
 
(E) A melhor via de acesso para o tratamento cirúrgico é 
a medial, que facilita a ressecção total do aneurisma. 
_________________________________________________________ 
 
86. Uma paciente de 80 anos, diabética e hipertensa, dá en-
trada no pronto-socorro com dor abdominal difusa, 
náuseas, vômitos e febre de 38 °C. Última evacuação há 
três dias. Há um dia não elimina flatos. Apendicectomia há 
20 anos. Tem distensão abdominal e dor difusa à palpa-
ção. Hemograma: 20.000 leucócitos/mm3. Radiografia de 
abdome a seguir. 
 
 
 
Melhor conduta, após correção dos distúrbios hidroeletro-
líticos e início de antibioticoterapia: 
 
(A) tomografia de abdome, para complementar a avalia-
ção e programar a terapêutica. 
 
(B) jejum, sonda nasogástrica e observação. 
 
(C) preparo para colonoscopia. 
 
(D) laparotomia exploradora. 
 
(E) angiografia mesentérica. 
87. Uma senhora de 65 anos foi submetida, há 20 anos, a 
correção de hérnia incisional pós-cesárea. Evoluiu com 
recidiva da hérnia quatro meses após a cirurgia. Refere 
que o abaulamento da região vem aumentando progres-
sivamente, levando a dificuldade para deambular e eva-
cuar. Tem diabetes controlado com hipoglicemiante oral e 
lúpus controlado com corticoide. Índice de massa corpó-
rea: 43,5 kg/m2. Tem abdome em avental, com abaula-
mento da região infraumbilical e de flanco esquerdo, 
medindo 55 cm no sentido transversal, 30 cm no sentido 
longitudinal e 28 cm de altura. A pele tem hiperemia e 
lesão ulcerada. Foi submetida a hernioplastia com redu-
ção do conteúdo do saco herniário (grande omento, cólon 
transverso e estômago), sutura borda a borda do anel 
herniário e dermolipectomia. Foi extubada no primeiro 
pós-operatório, após gasometria normal, colhida com a 
doente em ventilação mecânica, com fração inspirada de 
oxigênio de 30%. No segundo pós-operatório, apresenta 
frequência cardíaca de 140 bpm e respiratória de 42 ipm. 
PA = 70 × 40 mmHg. Pressão venosa central: +10 cm de 
água. Oligúria. Causa mais provável da instabilidade: 
 
(A) cetoacidose diabética. 
(B) insuficiência de suprarrenal. 
(C) sepse abdominal. 
(D) sangramento intra-abdominal. 
(E) síndrome compartimental abdominal. 
_________________________________________________________ 
 
88. Uma senhora de 85 anos, com diabetes e insuficiência 
renal crônica não dialítica, procura o pronto-socorro com 
queixa de dor abdominal em hipocôndrio direito e meso-
gástrio há um dia. A dor irradia para o dorso. Teve vários 
episódios de vômitos. Relata sensação de calafrios e urina 
bastante escurecida. Os familiares notaram que ela está 
com a pele amarelada. Exame físico: dor em hipocôndrio 
direito e mesogástrio, sem massas palpáveis, além de 
icterícia 2+/4+. Primeiros exames que devem ser feitos: 
 
(A) colangiorressonância e hemograma. 
(B) colangiografia endoscópica e amilase. 
(C) tomografia de abdome com contraste e amilase. 
(D) ultrassonografia de vias biliares e amilase. 
(E) ultrassonografia endoscópica e bilirrubinas. 
_________________________________________________________ 
 
89. A respeito da avaliação pré-operatória,é INCORRETO 
afirmar: 
 
(A) O objetivo principal da avaliação pré-operatória é 
detectar e corrigir as alterações eventualmente pre-
sentes, antes de realizar a operação. 
 
(B) Os exames de rotina não baseados em avaliação e 
suspeita clínica trazem pouca ajuda no cuidado e 
preparo pré-operatório. 
 
(C) Os exames laboratoriais e de imagem são os melho-
res métodos para se identificar os fatores de risco. 
 
(D) A solicitação de exames exige que o médico tenha 
conhecimento de sensibilidade, especificidade, ris-
cos, custo e relevância clínica. 
 
(E) A avaliação do risco no pré-operatório auxilia na 
decisão pelo melhor procedimento para se obter o 
maior benefício com o menor risco. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
14 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 
90. Um rapaz de 14 anos procura o pronto-socorro com 
queixa de dor testicular há 4 horas. Relata início súbito: 
acordou pela dor. Ao exame, tem muita dor em testículo 
esquerdo, que, à palpação, parece endurecido e edema-
ciado. A dor não melhora com a elevação da bolsa escro-
tal. O exame de urina não tem alterações. A respeito do 
problema deste adolescente, é correto afirmar: 
 
(A) deve ser tratado com antibiótico e cuidados locais. 
 
(B) as sorologias têm papel importante na investigação. 
 
(C) a cintilografia dos testículos é fundamental para es-
tabelecer o diagnóstico e a conduta. 
 
(D) são necessários marcadores tumorais e tomografia 
de pelve para estadiar a doença. 
 
(E) deve ser feita orquidopexia bilateral. 
_________________________________________________________ 
 
Atenção: As questões de números 91 e 92 referem-se ao 
caso abaixo. 
 
Um veículo de passeio, em alta velocidade, colidiu 
frontalmente com poste de energia elétrica, ficando muito de-
formado. O único ocupante é o condutor, sem cinto de segu-
rança, que fica preso nas ferragens pelos membros inferiores. 
Com o impacto, o banco quebrou e a vítima encontra-se pra-
ticamente deitada. O veículo possui quatro portas e as duas do 
lado direito estão abertas. Os bombeiros informam que a cena é 
segura e que a liberação da vítima provavelmente será de-
morada. A vítima é um homem, aparentando 35 anos de idade, 
com grave trauma de crânio e face. Está inconsciente. Sai 
grande quantidade de sangue pela boca e pelas narinas. Tem 
também otorragia bilateral. A respiração é muito ruidosa. 
 
91. Conduta inicial: 
 
(A) girar delicadamente a cabeça da vítima para o lado, 
na tentativa de liberar a via aérea. 
 
(B) solicitar a um auxiliar que estabilize a cabeça e abor-
dar a via aérea com exploração digital e aspiração. 
 
(C) verificar se existe sangramento significativo nos 
membros inferiores, que estão presos nas ferragens. 
 
(D) fazer retirada rápida. 
 
(E) fazer intubação traqueal imediata. 
_________________________________________________________ 
 
92. A retirada da vítima demora. Das alternativas a seguir, in-
dique a melhor opção de via aérea definitiva para esta víti-
ma: 
 
(A) duplo lúmen. 
(B) máscara laríngea. 
(C) intubação nasotraqueal. 
(D) cricotiroideostomia cirúrgica. 
(E) cricotiroideostomia por punção. 
93. Uma mulher de 23 anos tem história crônica de quadros 
disenteriformes frequentes e vem emagrecendo bastante. 
Foi diagnosticada colite ulcerativa. O quadro persiste, ape-
sar de tratada com esteroides. Melhor opção de trata-
mento: 
 
(A) manutenção de baixas doses de esteroides e intro-
dução de infliximabe. 
 
(B) suporte nutricional com dieta enteral. 
 
(C) colectomia total com bolsa ileal. 
 
(D) substituição do corticoide por azatioprina e meto-
trexato. 
 
(E) aumento da dose de corticoide. 
_________________________________________________________ 
 
94. Um paciente de 35 anos, pesando cerca de 70 kg, queixa-
se de dor abdominal difusa, leve, há cerca de 10 dias. 
Amilase sérica: 800 UI/L. Amilase urinária: 120 UI/L. Crea-
tinina sérica: 1,4 mg/dL. Creatinina urinária: 1.200 mg/dL. 
Diagnóstico mais provável: 
 
(A) macroamilasemia. 
(B) pancreatite subaguda recorrente. 
(C) insuficiência renal borderline. 
(D) pancreatite idiopática. 
(E) tumor misto de parótida. 
_________________________________________________________ 
 
95. Uma senhora de 80 anos, hipertensa, com insuficiência 
cardíaca classe funcional II, apresenta quadro sugestivo 
de pancreatite aguda biliar leve. A ultrassonografia mostra 
microcálculos na vesícula biliar. É submetida inicialmente 
a tratamento clínico, com boa evolução. Após a normaliza-
ção da amilasemia, é feita colangiopancreatografia retró-
grada endoscópica, para avaliação e tratamento, uma vez 
que a paciente é considerada como tendo alto risco para 
colecistectomia. A colangiografia não demonstra cálculos 
na via biliar. Feita papilotomia, sem complicações. A 
conduta adotada foi 
 
(A) adequada, pois a taxa de morbimortalidade da cole-
cistectomia, nestas condições, é muito elevada. 
 
(B) inadequada, porque a paciente continua tendo risco 
de outras complicações da colelitíase, necessitando 
de tratamento operatório. 
 
(C) adequada, pois, ainda que a doente venha a preci-
sar de cirurgia na urgência, o risco passou a ser 
menos elevado, porque a cirurgia pode agora ser 
realizada com segurança por acesso minimamente 
invasivo. 
 
(D) inadequada, porque a paciente pode evoluir com novo 
surto de pancreatite grave e falência de múltiplos 
órgãos. 
 
(E) adequada, porque o risco de novo episódio de 
pancreatite ou de colangite passou a ser mínimo. 
_________________________________________________________ 
 
96. A respeito da metodologia para avaliar a pressão intra-
abdominal (PIA), é correto afirmar: 
 
(A) O exame físico tem acurácia similar à medida da PIA 
para diagnóstico de hipertensão intra-abdominal. 
 
(B) É necessário elevar a cabeceira da cama a 45 graus, 
para medida mais confiável. 
 
(C) Para a medida, é necessário que haja pelo menos 
75 mL de líquido na bexiga. 
 
(D) O transdutor de pressão deve ser "zerado" no ponto 
de cruzamento da projeção da linha axilar média 
com a crista ilíaca. 
 
(E) A pressão vesical deve ser mensurada dentro de 
15 segundos após a infusão de volume na bexiga. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
 
SUS-RM-Conhecimentos Médicos 15 
97. Tem indicação absoluta de laparotomia exploradora em 
neonato com enterocolite necrotizante: 
 
(A) eliminação de fezes sanguinolentas. 
(B) pneumatose intestinal. 
(C) presença de gás na veia porta. 
(D) celulite de parede abdominal. 
(E) pneumoperitônio. 
_________________________________________________________ 
 
98. Um paciente tem diagnóstico de adenocarcinoma mucino-
so bem diferenciado de apêndice, com implantes perito-
neais restritos ao quadrante inferior direito. Estadiamento: 
 
(A) T4a. 
(B) T4b. 
(C) M1a. 
(D) M1b. 
(E) M1c. 
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99. Um rapaz de cerca de 25 anos vem ao pronto-socorro 
queixando-se de lesão perianal há seis meses. Refere 
prurido e sangramento esporádico na higienização após a 
evacuação. Diz estar evitando seu parceiro, por causa do 
problema. A inspeção da região revela massa com as-
pecto de couve-flor, que invade o canal anal. Melhor 
opção de tratamento, associada a menor taxa de recor-
rência: 
 
(A) colostomia em alça. 
 
(B) solução de podofilina a 25%. 
 
(C) cauterização das lesões. 
 
(D) imunossupressão. 
 
(E) vacina autóloga injetada semanalmente, por seis 
semanas. 
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100. Vítima de ferimento por arma branca na região supraclavi-
cular direita, próximo à fúrcula esternal, um senhor de 
55 anos chega ao pronto-socorro, levado por policiais, 
cerca de 15 minutos após o trauma. Está agitado e apre-
senta sinais de choque. Não tem murmúrio vesicular em 
hemitórax direito e a expansibilidade está muito diminuída 
também à esquerda. Intubado por via orotraqueal, é feita 
drenagem de tórax no quarto espaço intercostal direito, 
linha axilar média, com dreno tubular de 38 Fr,saindo 
mais de 2.000 mL de sangue. Obtidos dois acessos veno-
sos calibrosos em membro superior esquerdo, é feita re-
posição volêmica e pedido sangue O negativo. O paciente 
é levado à sala de operação e deve ser submetido imedia-
tamente a 
 
(A) esternotomia. 
 
(B) cervicoesternotomia. 
 
(C) toracotomia anterolateral direita, possivelmente as-
sociada a acesso supraclavicular direito e ester-
notomia (incisão em “livro aberto”). 
 
(D) toracotomia anterolateral esquerda. 
 
(E) toracotomia anterolateral direita. 
Caderno de Prova ’206’, Tipo 001

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