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Dezembro/2010 INSTRUÇÕES VOCÊ DEVE ATENÇÃO - Verifique se este caderno: - corresponde a sua opção. - contém 100 questões, numeradas de 1 a 100. Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno. Não serão aceitas reclamações posteriores. - Para cada questão existe apenas UMAresposta certa. - Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a resposta certa. - Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu. - Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo. - Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu. - Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo: - Marque as respostas primeiro a lápis e depois cubra com caneta esferográfica de tinta preta. - Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão. - Responda a todas as questões. - Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de máquina calculadora. - Aduração da prova é de 4 horas, para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas. - Ao témino da prova, chame o fiscal da sala para devolver o Caderno de Questões e sua Folha de Respostas. - Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados. A C D E Conhecimentos MédicosP R O V A GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS/SP Secretaria de Estado da Saúde Seleção Pública Para Residência Médica - 2011 Áreas Básicas e Especialidades com Acesso Direto N do CadernooN de Inscriçãoo ASSINATURA DO CANDIDATO N do Documentoo Nome do Candidato SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CONSELHO DE ENSINO Coordenação de Recursos Humanos Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 MODELO 0000000000000000 MODELO1 00001−0001−0001 2 SUS-RM-Conhecimentos Médicos Medicina Preventiva e Social 1. Em 2009, quase 400.000 casos de dengue foram registra- dos em todas as regiões do Brasil. A identificação precoce dos casos de dengue é de vital importância para assegurar medidas de controle, visando principalmente evitar óbitos. NÃO corresponde às características clínicas da dengue a seguinte afirmação: (A) O espectro clínico da dengue inclui a ocorrência de hepatite, insuficiência hepática, manifestações do sistema nervoso, miocardite, hemorragias graves e choque. (B) A evolução para manifestações hemorrágicas graves pode ser precedida do desaparecimento da febre. (C) Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia podem ser observados por 2 a 6 dias. (D) As formas graves aparecem geralmente em torno do sexto dia de doença, acompanhadas ou não da efer- vescência de febre. (E) Nas crianças, o início da doença pode passar des- percebido e manifestações clínicas aparecerem já como quadros graves. _________________________________________________________ 2. Em 2004 foi criado pelo Governo Federal o Programa Far- mácia Popular do Brasil, com o objetivo de levar medica- mentos essenciais a um baixo custo para mais perto da população, melhorando o acesso e beneficiando uma maior quantidade de pessoas. É correto afirmar que o Programa Farmácia Popular (A) atua exclusivamente com base na rede de farmácias do SUS, em parceria com municípios e estados. (B) atua também em parceria com farmácias e drogarias privadas. (C) atua distribuindo somente medicamentos para as doenças mais prevalentes no Brasil. (D) requer um relatório médico detalhado para dispensar os medicamentos para diabetes. (E) não prevê a inclusão de medicamentos para doen- ças novas como Influenza A (H1N1). _________________________________________________________ 3. São requisitos para se estabelecer um programa de ras- treamento para uma determinada doença, EXCETO: (A) o teste para rastreamento deve ter alta sensibilidade. (B) a doença deve ter alta prevalência na população sob estudo. (C) o governo local deve financiar o programa. (D) a doença deve ser grave. (E) o prognóstico da doença deve ser melhor, se esta for diagnosticada mais precocemente. _________________________________________________________ 4. Em uma amostra aleatória de 500 indivíduos, foi encon- trado que o peso corporal médio era 72 kg, com desvio- padrão = 8 kg. Assumindo que esta variável apresenta dis- tribuição normal, qual é a probabilidade de encontrarmos nesta amostra um indivíduo com peso menor do que 56,3 kg ou maior do que 87,7 kg? (A) 2,5%. (B) 5%. (C) 10%. (D) 20%. (E) 50%. 5. A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Constam entre os fundamentos da Atenção Básica, EXCETO: (A) O acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos com território adscrito de forma a permitir o planejamento e a programação descentralizada em consonância com o princípio da equidade. (B) Articulação das ações de promoção à saúde, pre- venção de agravos e vigilância à saúde. (C) O compromisso de elaborar metodologias e instru- mentos de monitoramento e avaliação da Atenção Básica na esfera municipal. (D) Buscar a viabilização de parcerias com organizações governamentais, não-governamentais e com o setor privado para fortalecimento da Atenção Básica no âmbito do seu território. (E) Participar ativamente das comissões de saúde das câmaras municipais e assembleias legislativas dos estados e municípios. _________________________________________________________ 6. A Declaração de Óbito (DO) é o documento-base do Sis- tema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS). É composta de três vias numeradas se- quencialmente, fornecida pelo Ministério da Saúde e distri- buída pelas Secretarias Estaduais e Municipais de saúde conforme fluxo padronizado para todo o país. Sequência correta de preenchimento das causas do óbito nos campos I e II da DO: (A) Causa imediata ou terminal, Causa intermediária, Causa intermediária, Causa básica da morte, Outros estados patológicos significativos que contribuíram para a morte, não relacionados com o estado patológico que a produziu. (B) Causa básica da morte, Causa imediata ou terminal, Causa intermediária, Causa intermediária, Outros estados patológicos significativos que contribuíram para a morte, não relacionados com o estado pato- lógico que a produziu. (C) Causa intermediária, Causa imediata ou terminal, Causa básica da morte. (D) Causa imediata ou terminal, Causa básica da morte, Causa intermediária, Outros estados patológicos significativos que contribuíram para a morte, relacio- nados com o estado patológico que a produziu. (E) Causa imediata ou terminal, Causa básica da morte, Causa intermediária, Causa intermediária, Outros estados patológicos significativos que contribuíram para a morte, relacionados com o estado patológico que a produziu. _________________________________________________________ 7. Pesquisadores recentemente descobriram que a doença Y é causada pelo vírus X. Qual das medidas abaixo é a maís apropriada para a verificação do impacto da redução da exposição, caso os pesquisadores consigam desenvolver uma vacina contra o vírus X? (A) Risco relativo. (B) Porcentagem do risco atribuível populacional. (C) Fração etiológica entre os expostos. (D) Prevalência. (E) Razão de chances. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 3 8. O Brasil é reconhecido mundialmente pela qualidade do Programa de Controle da epidemia de HIV/AIDS. O indiví- duo infectado pelo HIV (soropositivo) deve ser avaliado por um médico antes de tomar qualquer vacina para se prevenir dedoenças. Dentre as orientações abaixo, NÃO é pertinente para os portadores do HIV: (A) Vacina contra hepatite B é indicada pelo médico, es- pecialmente com base na caracterização de risco do paciente em relação a esta doença. (B) Vacina contra o pneumococo só pode ser admi- nistrada se as células CD4+ estiverem acima de 200/mm3. (C) Vacina contra tétano-difteria: a recomendação geral é de uma dose de reforço a cada 10 anos. (D) Vacina inativada contra o vírus causador da polio- mielite: é preferível à vacina oral, no soropositivo e seus comunicantes próximos. (E) Vacina contra a gripe A H1N1 (gripe suína): deve ser tomada somente quando indicada pelo médico. _________________________________________________________ 9. Foram analisadas publicações indexadas nas bases Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE); Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs); Cochrane e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Não houve delimitação por período. As buscas foram realizadas por dois revisores independentes, definindo-se a estratégia de busca livre com termos “human papillomavirus”, “prevalence” e “Brazil” e os operadores booleanos: “NOT HIV” e “NOT pregnant”. A busca foi realizada em abril de 2009. Com base no texto acima, que seção e tipo de aborda- gem da pesquisa estão sendo representados? (A) Resultados de um estudo baseado em uma série de casos. (B) Introdução de um estudo transversal. (C) Descrição de métodos de um estudo transversal. (D) Introdução de uma meta-análise. (E) Descrição de métodos de uma revisão sistemática. _________________________________________________________ 10. Um operador de andaimes de 30 anos de idade, traba- lhava na construção de um shopping center quando o an- daime caiu de uma altura correspondente a três andares. A ambulância do SAMU chegou ao local em 10 minutos, com uma equipe de enfermeiro e técnico de enfermagem. Durante o trajeto até o hospital mais próximo o operário não resistiu aos ferimentos decorrentes da queda e fa- leceu. Na situação descrita, a declaração de óbito deste operário deve ser assinada pelo médico (A) do hospital para onde o paciente estava sendo le- vado. (B) do SVO para onde o mesmo deveria ter sido levado. (C) da equipe do SAMU que realizou o transporte. (D) do IML para onde o paciente deveria ter sido levado. (E) do convênio da empresa de construção para quem o operário trabalhava. 11. Em 04/01/2008, a Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória do CVE/CCD/SESSP registrou a notificação, via Grupo de Vigilância Epidemiológica de Santos (GVE), da ocorrência de sete casos suspeitos de Doença Menin- gocócica (DM) no município de Guarujá/SP, no período de 14/12/2007 a 03/01/2008. Os casos foram investigados e a situação foi caracterizada como um surto de DM na comunidade Chaparral com coeficiente de incidência de 18,53/100.000 habitantes, cujo risco de adoecimento en- contrava-se na faixa etária de menores de 6 anos e com registro de 1 caso na faixa etária de 15-19 anos. Sobre a vacinação para doença meningocócica, acompa- nhadas de algumas das respectivas limitações, é correta a seguinte afirmação: (A) Vacinação: 2 tipos de vacinas, as polissacárides e as conjugadas. As polissacárides, contra os sorogru- pos A e C da Neisseria meningitidis, e as conjuga- das, disponíveis para os sorogrupos C, A, Y e W135. Limites: não existem vacinas eficazes contra a N. meningitidis do sorogrupo B. As vacinas polissa- cárides induzem a imunidade de curta duração e são pouco imunogênicas nas crianças menores de 2 anos. (B) Vacinação com vacinas conjugadas. As vacinas con- jugadas são disponíveis para os sorogrupos B, C, A, Y e W135. Limites: As vacinas conjugadas A e C são ineficazes para crianças menores de 2 anos e são caras. (C) Vacinação com vacinas de DNA. As vacinas de DNA são efetivas contra os sorogrupos A, C, Y e W135 da Neisseria meningitidis. Limites: Estas vacinas indu- zem a imunidade de longa duração, porém são pou- co imunogênicas nas crianças maiores de 2 anos. (D) Vacinação: 2 tipos de vacinas, as polissacárides e as conjugadas. As polissacárides, contra os sorogru- pos A, B e C da Neisseria meningitidis, e as conju- gadas, disponíveis para os sorogrupos B, C, A, Y e W135. Limites: As vacinas polissacárides induzem a imunidade de curta duração e são pouco imunogê- nicas nas crianças menores de 2 anos. As vacinas conjugadas A, B e C são eficazes para crianças me- nores de 2 anos, porém são mais caras. (E) Vacinação: 2 tipos de vacinas, as polissacárides e de DNA. As polissacárides, contra os sorogrupos A, B e C da Neisseria meningitidis, e as de DNA são disponíveis para os sorogrupos B, C, A, Y e W135. Limites: As vacinas polissacárides induzem a imuni- dade de longa duração e são pouco imunogênicas nas crianças menores de 2 anos. As vacinas de DNA A, B e C são eficazes para crianças menores de 2 anos, porém são mais caras, e as Y e W135 não são licenciadas no Brasil. _________________________________________________________ 12. Qual dos criterios abaixo não faz parte do conjunto de premissas utilizadas para se estabelecer causalidade? (A) Plausibilidade biológica. (B) Força da associação. (C) Efeito dose-resposta. (D) Temporalidade. (E) Nível de significância estatística. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 4 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 13. A Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços cor- respondentes e dá outras providências. O seu art. 2o estabelece “A saúde é um direito fundamental do ser hu- mano, devendo o Estado prover as condições indispen- sáveis ao seu pleno exercício”. De acordo com esta Lei, estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), EXCETO a execução de ações de (A) organização dos setores não-governamentais que atuam na saúde. (B) vigilância epidemiológica. (C) saúde do trabalhador. (D) assistência terapêutica integral, inclusive farmacêu- tica. (E) vigilância sanitária. _________________________________________________________ 14. Para incluir novas doenças e agravos em uma lista de doenças de notificação compulsória, NÃO são levados em consideração a magnitude, (A) o potencial de disseminação, a vulnerabilidade, a transcendência. (B) o potencial de disseminação, os compromissos inter- nacionais, a transcendência. (C) o potencial para causar surtos e epidemias, a disse- minação, os compromissos internacionais, a trans- cendência. (D) o potencial para causar surtos e epidemias, a dispo- nibilidade de vacinas ou tratamentos, os compro- missos internacionais. (E) o potencial para causar surtos e epidemias, os com- promissos internacionais, a transcendência. _________________________________________________________ 15. Uma das propriedades da curva normal é: (A) A área sob a curva é igual a 50%. (B) 90% dos valores da distribuição estão localizados den- tro do intervalo da média + ou − 2 desvios-padrão. (C) A média, a mediana e a moda têm o mesmo valor. (D) 80% dos valores da distribuição estão localizados dentro do intervalo da média + ou − 2 desvios-padrão. (E) A variância é igual ao desvio-padrão. _________________________________________________________ 16. Segundo o GLOBOCAN 2008, uma compilação de dados sobre incidência e mortalidade por câncer, publicado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), os 5 tipos de câncer de maior incidência no sexo feminino (excluindo-se os cânceres de pele não-melanoma) nos países menos desenvolvidos são: (A) mama, colo uterino, pulmão, estômago e cólon/reto. (B) colo uterino, mama, estômago, fígado e pulmão. (C) mama, pulmão, cólon/reto, ovário e endométrio. (D) pulmão, mama, colo uterino,estômago e fígado. (E) colo uterino, mama, endométrio, pulmão e ovário. 17. A avaliação segundo intenção de tratamento é uma estra- tégia de análise utilizada em (A) estudos caso-controle, permitindo a minimização de viés de seleção. (B) ensaios clínicos randomizados, com a finalidade de permitir a análise das perdas de seguimento. (C) estudos de coorte, com a finalidade de permitir a análise das perdas de seguimento. (D) ensaios clínicos randomizados, sendo que sua com- pleta aplicação só e possível se houver dados dispo- níveis sobre a evolução (desfecho) de todos os pa- cientes que foram randomizados. (E) ensaios clínicos, com a finalidade de permitir a análise de grupos não-homogêneos. _________________________________________________________ 18. Na construção de um teste de hipóteses, para análise estatística, é INCORRETO afirmar: (A) O poder do teste estatístico é igual a probabilidade de se rejeitar H0, quando Ha é verdadeira. (B) O valor de p mede a probabilidade de rejeitarmos H0, quando H0 é verdadeira. (C) O nível de significância estatística é a probabilidade de cometermos um erro estatístico tipo II. (D) O nível de significância estatística é a probabilidade de cometermos um erro estatístico tipo I. (E) O poder do teste estatístico é influenciado pelo ta- manho da amostra. _________________________________________________________ 19. Pesquisadores estão interessados em avaliar a associa- ção entre peso ao nascimento e desenvolvimento de obe- sidade na vida adulta. Os desenhos de estudo mais apro- priados para esta avaliação são (A) estudo ecológico e estudo transversal. (B) estudo de coorte retrospectivo e estudo ecológico. (C) estudo transversal e estudo de coorte retrospectivo. (D) estudo de coorte prospectivo e estudo caso-controle. (E) ensaio clínico e estudo caso-controle. _________________________________________________________ 20. Um estudo realizado em 15 países europeus para avaliar a relação entre o consumo de carne vermelha (kg/per capita/ano) e o índice de massa corpórea (IMC), encontrou uma correlação positiva, com um r=0,80 (p=0,03). Com base nestes resultados, é correto afirmar que (A) 80% dos casos de obesidade nestes países podem ser explicados pelo alto consumo de carne vermelha. (B) 80% das pessoas que comem carne vermelha tem alto IMC. (C) o alto consumo de carne vermelha causa obesidade. (D) 64% dos casos de obesidade nestes países podem ser explicados pelo alto consumo de carne vermelha. (E) 64% da variabilidade observada para o IMC pode ser explicada pela variabilidade observada para o consumo de carne vermelha. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 5 Obstetrícia / Ginecologia 21. O tratamento com doxiciclina NÃO apresenta efeito no provável agente etiológico de (A) lesão genital ulcerada indolor de bordas salientes e endurecidas, base avermelhada não purulenta e pre- sença de linfadenopatia inguinal discreta. (B) vesículas coalescentes dolorosas, algumas rotas com exulceração e crostas na vulva. (C) lesões genitais múltiplas exulceradas, dolorosas, com contornos elevados e base com exsudato pu- rulento de odor fétido. (D) gânglio inguinal infartado com supuração e fistuli- zação por orifícios múltiplos. (E) úlcera genital com base granulomatosa de aspecto vermelho vivo e sangramento fácil. Ausência de lin- fadenopatia inguinal. _________________________________________________________ 22. Mulher de 26 anos, usuária de contraceptivo oral combina- do, refere prurido vulvovaginal. Ao exame ginecológico, vulva e vagina hiperemiadas, presença de leucorreia bran- ca espessa em grumos aderentes à mucosa. Conside- rando os achados clínicos descritos, é mais provável que o pH, o resultado do teste das aminas e o agente etiológico sejam, respectivamente, (A) ácido, positivo e fungo. (B) ácido, negativo e fungo. (C) alcalino, positivo e bactéria. (D) alcalino, negativo e fungo. (E) ácido, negativo e bactéria. _________________________________________________________ 23. São fatores de risco para o câncer cérvico-uterino (esca- moso) e para o câncer de mama: Considere: DST = doença sexualmente transmissível. Câncer cérvico- uterino Câncer de mama (A) nuliparidade multiparidade (B) antecedente de DST menarca tardia (C) infecção pelo HPV 16 ou 18 primeiro parto antes dos 25 anos (D) obesidade antecedente familiar de câncer de mama (E) tabagismo menopausa tardia _________________________________________________________ 24. Considere a seguinte etapa na esteroidogênese que ocorre no ovário: aromatização Substância A Substância B É correto afirmar: (A) A ‘Substância A’ corresponde ao colesterol e a ‘Substância B’ à testosterona. (B) Esse processo é estimulado pela ligação do LH aos receptores presentes na célula da teca. (C) Tal etapa ocorre dentro da célula da granulosa sob estímulo do FSH. (D) Esse processo é estimulado pela ligação do LH aos receptores presentes na célula da granulosa. (E) Ocorre na célula da granulosa, sendo que a ‘Subs- tância A’ é o estradiol. 25. Com relação à síndrome dos ovários policísticos, é correto afirmar: (A) O tratamento de primeira linha é realizado por meio de fármacos antiandrogênicos. (B) Os atrasos menstruais e amenorreia são explicados pelos elevados níveis plasmáticos de progesterona que caracterizam a doença. (C) O diagnóstico definitivo exige a presença de poli- cistos ovarianos à ultrassonografia pélvica. (D) O hiperandrogenismo plasmático está presente mes- mo nos quadros leves da doença. (E) Pode-se associar a dificuldades para engravidar, mas a concepção pode acontecer mesmo sem uso de indutores de ovulação. _________________________________________________________ 26. Mulher de 22 anos, solteira, previamente saudável, dá entrada em atendimento de urgência com queixa de dor em baixo ventre há cerca de uma semana. Nega altera- ções urinárias ou gastrointestinais. Está no 8o dia do ciclo menstrual e a última menstruação normal se encerrou há cerca de 4 dias. Questionada, referiu parceiro sexual mas- culino único há três meses, fazendo uso do coito inter- rompido como método anticoncepcional. Apresenta BEG, temperatura axilar de 38,1 °C, dor à palpação do abdome inferior, com descompressão brusca negativa e ruídos hi- droaéreos presentes. Ao exame ginecológico, colo uterino hiperemiado e presença de leucorreia amarelada. Toque vaginal: dor importante à mobilização do colo uterino, sem massas palpáveis. Neste caso (A) o tratamento com anti-inflamatórios não-esteroidais é suficiente em função de se tratar de quadro de salpingite aguda leve autolimitada. (B) a conduta imediata deve ser a laparoscopia de ur- gência para diagnóstico de certeza antes de se instituir antibioticoterapia. (C) após início da antibioticoterapia, deve-se realizar la- paroscopia de urgência para firmar diagnóstico de certeza e, na presença de abscessos pélvicos, pro- cede-se à respectiva drenagem. (D) o quadro clínico é bastante sugestivo de doença in- flamatória pélvica aguda e a antibioticoterapia empí- rica é a melhor abordagem terapêutica inicial para a maioria dos casos desse tipo. (E) a doença inflamatória pélvica aguda não é a primeira hipótese diagnóstica para este caso, pois a paciente apresenta parceiro sexual único. _________________________________________________________ 27. Para casos cuja citologia cérvico-vaginal realizada em exame ginecológico de rotina de mulheres saudáveis na Unidade Básica de Saúde (UBS) revela resultado “cito- logia de lesão intraepitelial de baixo grau” ou “citologia de lesão intraepitelial de alto grau”, a melhor conduta inicial é: Citologia cervico-vaginal compatível com lesão intraepitelial Baixo Grau Alto Grau (A) repetir a citologia em seis meses na UBS realizarcolposcopia com biópsia dirigida (B) repetir a citologia em seis meses na UBS repetir a citologia em seis meses na UBS (C) repetir a citologia imedia- tamente na UBS realizar colposcopia com biópsia dirigida (D) realizar colposcopia com biópsia dirigida realizar conização cer- vical imediata (E) realizar colposcopia com biópsia dirigida realizar cauterização cér- vico-uterina imediata Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 6 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 28. Mulher de 46 anos, 3G 3P 0A, obesa, assintomática, é submetida a exame de ultrassonografia pélvica sob alegação de “exame de rotina”, no qual se relata útero com volume aumentado com 164 cm3 e presença de nódulo miometrial ovalado bem delimitado de localização subserosa em região fúndica posterior e medindo cerca de 4,5 cm de diâmetro, de aspecto sugestivo de mioma. A conduta adequada é (A) indicar miomectomia. (B) indicar histerectomia total ou subtotal. (C) orientá-la e acompanhar com controle ultrassono- gráfico. (D) iniciar tratamento com progestagênio sintético, 14 dias por ciclo. (E) iniciar tratamento com análogos do GnRH. _________________________________________________________ 29. Com relação à endometriose, é correto afirmar: (A) Apesar de antiga, a teoria da menstruação retrógra- da participa da explicação da patogênese da doen- ça, pelo menos parcialmente. (B) O contraceptivo combinado oral está contraindicado, pelo maior risco de recidiva ou progressão da doença. (C) Os análogos do GnRH só devem ser indicados no tratamento quando a terapêutica cirúrgica não puder ser realizada. (D) As técnicas de reprodução assistida (fertilização in vitro) só podem ser indicadas após o tratamento ci- rúrgico da doença. (E) A ultrassonografia pélvica, preferencialmente trans- vaginal, é suficiente para o diagnóstico de certeza quando o quadro clínico é típico. _________________________________________________________ 30. Considere duas mulheres que desejam método anticon- cepcional: Caso A: 37 anos, tabagista de 20 cigarros por dia, dois filhos por parto vaginal. Caso B: 32 anos, nuligesta, antecedente de trombose venosa profunda há alguns anos. Levando em conta apenas as informações clínicas dispo- níveis e os Critérios de Elegibilidade Médica para Métodos Anticoncepcionais da OMS, (A) os métodos hormonais podem ser utilizados sem restrição no Caso B, pois o evento trombótico des- crito não teve associação com fatores hormonais, já que ocorreu fora do período de gestação ou de puer- pério. (B) a mulher do Caso B pode utilizar anticoncepcional hormonal combinado, pois o evento trombótico foi há vários anos. (C) a mulher do Caso A apresenta contraindicação ao uso dos métodos anticoncepcionais hormonais em geral, em função do tabagismo e idade acima dos 35 anos. (D) os métodos anticoncepcionais hormonais, como gru- po, são contraindicados para a mulher do Caso B por aumentarem o risco de novo evento trombótico. (E) a pílula de apenas progestagênio e o dispositivo in- trauterino poderiam ser indicados para a mulher do Caso A. 31. Gestante de 22 anos, sem doenças, internada há dois dias por quadro de rotura prematura de membranas, é encami- nhada ao centro obstétrico em trabalho de parto com 35 semanas. Sobre a profilaxia de infecção neonatal pelo estreptococo do grupo B (EGB) nesta paciente, é correto afirmar: (A) Deve ser prescrita apenas se houver cultura vaginal e retal positivas e recentes para EGB. (B) O antibiótico de escolha é a cefazolina ou eritro- micina. (C) Será realizada apenas se a paciente apresentar febre intraparto. (D) Não deve ser prescrita se a paciente estiver com dilatação superior a 6 cm. (E) Caso esteja indicada, necessita de dose de ataque e manutenção. _________________________________________________________ 32. Sobre os transtornos psíquicos do puerpério, analise as afirmações abaixo: I. A depressão pós-parto ocorre em 1% das pa- cientes, com intensidade máxima nos primeiros seis meses. II. A psicose puerperal é rara e autolimitada, porém a mãe deve ser afastada do recém-nascido durante a fase mais intensa dos sintomas. III. Mais de 70% das mulheres com psicose puerperal têm um episódio subsequente e a medicação de escolha, quando necessária durante a amamen- tação, são os inibidores da mono-amino-oxidase. IV. O blues puerperal ocorre em cerca de 85% das puérperas e desaparece espontaneamente em até duas semanas. Está correto o que se afirma em (A) IV, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e IV, apenas. (D) I, II e III, apenas. (E) I, II, III e IV. _________________________________________________________ 33. A suplementação de ácido fólico (A) previne possíveis defeitos cardíacos fetais. (B) deve ser realizada apenas em pacientes com ante- cedente obstétrico de malformações fetais. (C) não é necessária em pacientes com dieta rica em espinafre, fígado e cereais integrais. (D) tem ação preventiva maior se utilizada durante toda a gestação. (E) em pacientes que utilizam anticonvulsivantes, tem dose recomendada maior do que a usual. _________________________________________________________ 34. Médico recebe plantão com parturiente de 20 anos, 38 se- manas de gestação, sem antecedentes obstétricos ou doenças, no centro obstétrico. Ao avaliá-la, o médico constata vitalidade fetal adequada e altura uterina compa- tível, porém indica cesariana por vício pélvico. Conside- rando a avaliação clínica da bacia obstétrica, as caracte- rísticas que levaram a essa indicação são: (A) promontório sacrovertebral não atingível e pequeno ligamento sacro-ciático = 4 cm. (B) espinhas ciáticas proeminentes e diâmetro bitube- roso = 8 cm. (C) ângulo subpúbico = 90° e diâmetro cóccige-subpú- bico = 9 cm. (D) curvatura sacral infundibular e diâmetro bicris- ta = 31 cm. (E) losango de Michaellis simétrico e diâmetro conju- gado obstétrico estimado em 11 cm. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 7 35. Os sinais clínicos que indicam descompensação de qua- dro cardíaco em gestante de 34 semanas portadora de febre reumática são: (A) sopro sistólico ejetivo 2 em 6+ em foco aórtico e dispneia aos médios esforços. (B) murmúrios vesiculares reduzidos em bases pulmo- nares e sopro sistólico ejetivo 2 em 6+ em foco aórtico. (C) frequência cardíaca de 104 batimentos por minuto e dispneia aos médios esforços. (D) hepatomegalia e frequencia cardíaca de 104 bati- mentos por minuto. (E) murmúrios vesiculares reduzidos em bases pulmo- nares e hepatomegalia. _________________________________________________________ 36. Primigesta com 33 semanas, portadora de asma intermi- tente sem crises há um ano, procura pronto atendimento de obstetrícia com queixa de dor em baixo-ventre há 4 ho- ras, após discussão com vizinha. Ao exame: Pressão ar- terial = 110 × 70 mmHg, eupneica, altura uterina = 31 cm, dinâmica uterina = 2 contrações fracas em 10 minutos, ba- timentos cardíacos fetais = 144 bpm, movimentação fetal ativa. Ao toque: colo esvaecido (médio), dilatado para 3 cm. Ao atendê-la o médico deve (A) prescrever beta-agonista para inibição de trabalho de parto prematuro, se prova de vitalidade fetal nor- mal. (B) pesquisar infecções e prescrever corticoide para maturação pulmonar. (C) acalmar a paciente, explicando que se trata de falso trabalho de parto. (D) solicitar ultrassonografia para avaliar crescimento fe- tal e presença de malformações, reavaliando-a em 60 minutos. (E) encaminhar paciente ao centro obstétrico por se tra- tar de trabalho de parto não inibível. _________________________________________________________ 37. Primípara de 19 anos, 38 semanas, sem doença, chegou à maternidade em trabalho de parto, sendo encaminhada ao centro obstétrico. Ao ser novamente avaliada, cons- tatou-se ausência de contraindicação ao parto vaginale então se iniciou o registro do partograma abaixo. Não ne- cessitou de administração de ocitocina, tampouco foi rea- lizada analgesia de parto. A vitalidade fetal permanece preservada. Partograma D ila ta çã o (c m ) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 De Lee - AM - 3 - 2 - 1 0 + 2 + 1 + 3 + 4 Vulva I II III IV Hodge Dia de Início Hora Real Hora de Registro 1 19 2 20 3 21 4 22 5 23 6 24 7 01 8 02 Nome RG Sobre o acompanhamento desta paciente, é correto afirmar: (A) O fórcipe deve ter sido locado na hora 8 do registro por período expulsivo prolongado. (B) A morosidade da descida da apresentação foi cor- rigida na hora 5 do registro. (C) A amniotomia oportuna deve ter sido realizada entre as horas 5 e 7 do registro. (D) Na hora 2 do registro, a paciente estava em pró- dromo de trabalho de parto. (E) A variedade transversa na hora 3 do registro possui significado patológico. 38. O médico realiza acompanhamento pré-natal de primiges- ta de 36 anos, sem doenças de base, que desenvolveu quadro de doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) com 34 semanas. Mesmo fazendo uso de alfa- metildopa 2 g por dia há 7 dias, a pressão da paciente em repouso alcança 160 × 100 mmHg em duas medidas com intervalo de duas horas, sem outros sintomas. Ela se en- contra com 37 semanas e o crescimento e a vitalidade fetais estão normais. Deve-se (A) indicar o parto pelo quadro clínico materno. (B) manter a medicação anti-hipertensiva após o parto, até controle pressórico. (C) solicitar biópsia renal após puerpério. (D) introduzir pindolol para melhor controle pressórico. (E) administrar sulfato de magnésio pelo risco de evo- lução para eclâmpsia. _________________________________________________________ 39. Médico atende paciente em consulta ambulatorial, sem atraso menstrual, que traz dosagem quantitativa de beta-hCG = 1.500 mUI/mL (TPI) e ultrassonografia trans- vaginal com ausência de saco gestacional intra-útero, sem demais alterações (exames realizados no dia anterior). Após exame físico, constata-se ausência de sinais suges- tivos de gestação. Diagnóstico e conduta: (A) gravidez bioquímica; acompanhar dosagem de beta-hCG até negativação. (B) neoplasia trofoblástica gestacional; solicitar ultrasso- nografia com doppler. (C) gestação ectópica; internação e conduta expectante. (D) abortamento completo; esclarecer à paciente que o nível de beta-hCG está declinando. (E) gestação incipiente; repetir ultrassonografia em 7 dias. _________________________________________________________ 40. Analise o partograma abaixo. Partograma D ila ta çã o (c m ) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 De Lee - AM - 3 - 2 - 1 0 + 2 + 1 + 3 + 4 Vulva I II III IV Hodge Dia de Início Hora Real Hora de Registro 1 2 3 4 5 6 7 8 Nome RG O parto representado I. apresenta fase ativa protraída; II. deve ter distocia corrigida com ocitocina; III. é típico de casos de desproporção feto-pélvica; IV. apresenta dilatação cruzando inadvertidamente a linha de alerta. Está correto o que se afirma em (A) IV, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e IV, apenas. (D) I, II e III, apenas. (E) I, II, III e IV. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 8 SUS-RM-Conhecimentos Médicos Clínica Médica 41. Mulher de 25 anos apresenta nos últimos dias fraqueza progressiva em membros inferiores, superiores e face, fi- cando tetraparética, com arreflexia e dificuldade respira- tória. A ressonância magnética de crânio foi normal e o exame do liquor mostrou 5 células/mm3 e proteína de 160 mg/dL. O provável diagnóstico e a terapia mais indi- cada são, respectivamente, (A) esclerose lateral amiotrófica e interferon. (B) polirradiculoneurite e dexametasona. (C) myasthenia gravis e timectomia. (D) síndrome de Guillain-Barré e plasmaferese. (E) esclerose múltipla e imunoglobulina. _________________________________________________________ 42. A associação correta entre nutrientes e dados clínicos compatíveis com sua deficiência é (A) vitamina A - anemia sideroblástica. (B) vitamina C - petéquias perifoliculares. (C) niacina - cegueira noturna. (D) tiamina - tetania. (E) piridoxina - diarreia. _________________________________________________________ 43. Considere os dois pacientes abaixo: I. Homem com hemorragia subaracnoide e vasoes- pasmo cerebral, complicado com síndrome cerebral perdedora de sal. II. Mulher com tumor cerebral e síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético. A comparação correta entre os dois pacientes é Característica I II (A) sódio urinário > 40 mEq/L geralmente > 100 mEq/L (B) volume urinário normal ou diminuído elevado (C) pressão arterial normal diminuída/ normal (D) pressão venosa central normal diminuída (E) sede aumentada normal ou diminuída _________________________________________________________ 44. Paciente é admitido no pronto-socorro com poliúria, desi- dratação e náusea. Os exames mostram glicemia de 485 mg/dL, sódio de 130 mEq/L, potássio de 3,9 mEq/L e bicarbonato de 12 mEq/L. Após terapia com cloreto de só- dio, insulina regular e bicarbonato de sódio o paciente passa a apresentar fraqueza generalizada, hipoventilação e arritmia cardíaca. A causa mais provável destas compli- cações é (A) hipocalemia. (B) hiponatremia. (C) hipermagnesemia. (D) hipoglicemia. (E) hiperfosfatemia. _________________________________________________________ 45. Gestante assintomática, é avaliada no pré-natal. Apre- senta hemoglobina de 9,8 g/dL, com volume corpuscular médio de 62 fL, 5.500 leucócitos/mm3, 220.000 plaque- tas/mm3. As dosagens de ferro sérico, índice de saturação de transferrina, ferritina, creatinina e eletrólitos são nor- mais. Para confirmar a principal hipótese diagnóstica deve-se solicitar (A) teste de Coombs. (B) mielograma. (C) dosagem de TSH. (D) dosagem de DHL, bilirrubinas e haptoglobina. (E) eletroforese de hemoglobina. 46. Considere 4 pacientes com os seguintes diagnósticos: I. ileite regional; II. gastrite atrófica; III. retocolite ulcerativa inespecífica; IV. intestino curto por ressecção de parte do jejuno. Apresentam maior risco de apresentar marcha atáxica e hemograma mostrando hemoglobina de 7,2 g/dL, VCM de 125 fL e DHL > 3.000 U/L os pacientes (A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e III. (E) II e IV. _________________________________________________________ 47. As nefropatias associadas a lúpus eritematoso sistêmico e à glomerulonefrite pós-estreptocócica têm em comum (A) a excelente resposta terapêutica ao pulso de metil- prednisolona e ciclofosfamida. (B) a evolução frequente com proteinúria superior a 3,5 gramas por dia. (C) a predominância de lesão segmentar e focal à mi- croscopia ótica. (D) o fato de cursarem com redução do nível sérico de complemento. (E) a taxa de evolução para glomerulonefrite crônica com hialinização glomerular. _________________________________________________________ 48. Analisando-se as variantes de insuficiência renal aguda é verdadeira a comparação Exame pré-renal renal (A) relação sérica ureia/ creatinina < 15 > 40 (B) fração de excreção de sódio > 1% < 1% (C) osmolalidade uriná-ria (mOsm/kg) > 500 < 250 (D) densidade urinária cerca de 1010 > 1020 (E) cilindros granulosos hialinos _________________________________________________________ 49. Considere os pacientes abaixo portadores de bacteriúria assintomática: I. Mulher de 50 anos em uso de metformina e gliben- clamida. II. Homem de 65 anos com hiperplasia prostática be- nigna. III. Mulher de 20 anos no segundo trimestre de gravi- dez. IV. Homem de 45 anos no pré-operatório de troca de válvula aórtica. Deverão receber antibioticoterapia os pacientes (A) III e IV. (B) I e II. (C) I e IV. (D) II e IV. (E) II e III. Caderno de Prova’206’, Tipo 001 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 9 50. É correta a comparação entre os achados clínicos e labo- ratoriais dos distúrbios das paratireoides Hiperparatireoidismo Hipoparatireoidismo (A) catarata poliúria (B) calcificações intracranianas obstipação intestinal (C) nefrolitíase sinal de Chvostek (D) parestesias encurtamento do intervalo QTc (E) tetania osteoporose _________________________________________________________ 51. Mulher de 25 anos, apresenta quadro de ansiedade, insô- nia, palpitação e emagrecimento. Os exames revelam TSH < 0,01 mcU/mL, velocidade de hemossedimentação de 3 mm/h, tireoide homogênea e de tamanho normal à ultrassonografia e captação tireoideana de iodo radioativo de 1%. Dos dados abaixo o mais provável nessa paciente é (A) história de uso crônico de levotiroxina. (B) presença de exoftalmo. (C) título elevado de anticorpo antiperoxidase. (D) título elevado de anticorpo antirreceptor de tireotro- fina. (E) alargamento de sela túrcica. _________________________________________________________ 52. Infecção bacteriana persistente, notadamente por Pseudomonas aeruginosa, é uma das principais ca- racterísticas da doença pulmonar causada por (A) deficiência de alfa-1 antitripsina. (B) doença de Wegener. (C) fibrose cística. (D) infecção pelo HIV. (E) bronquite crônica. _________________________________________________________ 53. Um homem de 28 anos procura o médico para tratamento de asma. Queixa-se de tosse frequente e falta de ar. Faz uso irregular de triancinolona 1 a 2 inalações por dia e salbutamol através de um inalador dosimetrado, quando necessário, geralmente 3 a 4 vezes por dia. Nos últimos dias acordou mais de 1 vez por sintomas respiratórios e precisou procurar atendimento no pronto-socorro 2 vezes. Refere refluxo de conteúdo ácido à noite, frequente. Ao exame está confortável com raros sibilos expiratórios bila- teralmente. O teste com expirômetro mostra peak flow de 70% do esperado. Dentre os tratamentos abaixo, NÃO é apropriado para esse paciente, nesse momento, (A) uso diário de um inibidor da bomba de prótons. (B) corticoide inalatório de maior potência em uso re- gular. (C) adicionar um antagonista de receptor de leucotrieno. (D) salbutamol regularmente 4 vezes ao dia. (E) adicionar um beta-agonista de longa duração. 54. Uma mulher de 40 anos é admitida na sala de emergência com queixa de dispneia. O monitor mostra: O diagnóstico é de (A) flutter atrial. (B) bloqueio AV de segundo grau. (C) fibrilação atrial. (D) taquicardia ventricular. (E) bloqueio AV total. _________________________________________________________ 55. São considerados fatores de risco para doença arterial co- ronária, equivalentes à presença de doença coronária es- tabelecida, as alterações abaixo, EXCETO (A) aneurisma de aorta abdominal. (B) hipertensão arterial sistêmica. (C) diabetes mellitus. (D) doença arterial periférica. (E) doença arterial carotídea sintomática. _________________________________________________________ 56. Dentre os esquemas terapêuticos para o tratamento de hi- pertensão de diferentes gravidades em pacientes porta- dores de síndrome metabólica, a PIOR opção é (A) losartana + anlodipina. (B) losartana. (C) captopril + hidroclorotiazida em dose baixa. (D) hidroclorotiazida em dose baixa + atenolol. (E) losartana + anlodipina + carvedilol + hidroclorotiazida em dose baixa. _________________________________________________________ 57. Um homem de 70 anos hipertenso está em tratamento oti- mizado com 4 anti-hipertensivos e não atinge a meta pre- conizada. Faz uso também de outros medicamentos, lista- dos abaixo, com ação pressora, que podem estar interfe- rindo desfavoravelmente no tratamento, EXCETO (A) venlafaxina. (B) predinisona em dose baixa. (C) amitriptilina. (D) ibuprofeno. (E) finasterida. _________________________________________________________ 58. Os patógenos que mais frequentemente causam infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter venoso cen- tral são (A) estafilococos coagulase-negativos. (B) bacilos Gram-negativos. (C) Candida sp. (D) Staphylococcus aureus. (E) germes anaeróbios. _________________________________________________________ 59. Na polimialgia reumática e na fibromialgia espera-se en- contrar, respectivamente, (A) ausência de marcadores laboratoriais e VHS ele- vada. (B) FAN positivo e VHS elevada. (C) fator reumatoide positivo e ausência de marcadores laboratoriais. (D) ANCA positivo e fator reumatoide positivo. (E) VHS elevada e ausência de marcadores laborato- riais. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 10 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 60. Em um paciente com peritonite bacteriana são achados do líquido ascítico que sugerem tratar-se peritonite secun- dária: (A) glicose < 50 mg/dL e concentração de proteí- nas > 1g/dL. (B) polimorfonucleares > 500/mm3 e concentração de proteínas < 1g/dL. (C) glicose > 50 mg/dL e concentração de proteínas < 1 g/dL. (D) polimorfonucleares > 500/mm3 e glicose < 50 mg/dL. (E) glicose > 50 mg/dL e DHL < limite superior da nor- malidade no sangue. _________________________________________________________ Pediatria 61. Um menino de 4 meses de vida é internado em enfermaria de pediatria com diagnóstico de bronquiolite. Para evitar a transmissão da doença no ambiente hospitalar, é correto (A) manter a criança em enfermaria, pois o lactente de 4 meses não transmite a doença, devido à pequena eliminação de vírus no ambiente. (B) recomendar precauções respiratórias de aerossóis, apenas. (C) recomendar precauções respiratórias de gotículas, apenas. (D) recomendar precauções de contato e de gotículas. (E) recomendar precauções de contato, apenas. _________________________________________________________ 62. Dos abaixo citados, o agente mais comum desta doença é (A) parvovírus. (B) adenovírus. (C) vírus Parainfluenza. (D) vírus respiratório sincicial. (E) metapneumovírus. _________________________________________________________ 63. A identificação do agente etiológico pode ser indicada, para elucidação diagnóstica etiológica, durante a inter- nação? (A) Sim, pela sorologia para vírus, no segundo dia de evolução. (B) Sim, pela pesquisa por imunofluorescência, em se- creção de rinofaringe. (C) Sim, pela pesquisa direta com identificação de célu- las com inclusão, características, em secreção de ri- nofaringe. (D) Não, pois a carga viral é pequena nos lactentes jo- vens. (E) Não, pois não há metodologia para identificar o vírus durante o período de internação, apenas com meto- dologia demorada, com cultura de células. 64. A vacina tríplice viral imuniza contra o sarampo, caxumba e rubéola. Quantas doses e em que idades deve ser admi- nistrada, segundo o calendário de imunizações do Minis- tério da Saúde? (A) 2 doses; 8 meses e 10 anos. (B) 2 doses; 12 meses e 4 anos. (C) 2 doses; 12 meses e 10 anos. (D) 3 doses; 8 meses, 4 e 10 anos. (E) 3 doses; 12 meses, 4 e 12 anos. _________________________________________________________ 65. A deficiência seletiva de IgA é uma das mais comuns defi- ciências de imunidade identificadas. Pode-se afirmar que, nestas crianças (A) o prognóstico é de evolução para imunodeficiência combinada em metade dos casos e resolução no restante. (B) existe maior incidência de infecções respiratórias, mas não gastrointestinais. (C) está indicado o uso de imunoglobulina humana intra- venosa mensal. (D) observa-se maior incidência de alergia à proteína do leite de vaca. (E) identifica-se uma predominância do sexo masculino, por ser ligada ao cromossomo X. _________________________________________________________ 66. Uma recém-nascida (RN) de termo, com 53 horas de vida, em aleitamento materno exclusivo,apresenta icterícia que se espalha até a raiz dos membros. A tipagem sanguínea materna é A Rh negativo com pesquisa de anticorpos irre- gulares negativa e da RN é B Rh positivo com teste da antiglobulina direto negativo e eluato negativo. O resultado da bilirrubina indireta foi 9,8 mg% com bilirrubina total de 10,4 mg%. Qual a principal hipótese diagnóstica para esta RN? (A) Icterícia pelo aleitamento materno. (B) Incompatibilidade sanguínea ABO. (C) Incompatibilidade sanguínea Rh. (D) Incompatibilidade sanguínea ABO e Rh. (E) Icterícia fisiológica. _________________________________________________________ 67. O uso de ácido acetilsalicílico em crianças com varicela (A) aumenta o risco de aparecimento de herpes zoster no futuro. (B) deve ser evitado pois favorece o desenvolvimento de varicela hemorrágica. (C) diminui a extensão das lesões e abrevia o período de estado da doença. (D) está contraindicado devido ao risco de Síndrome de Reye. (E) auxilia no controle do processo inflamatório quando existe pneumonite viral. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 11 68. Um menino de 2 anos de idade, saudável e com exce- lente curva de desenvolvimento pondero-estatural, está há 2 semanas com alterações do hábito intestinal, ora com fezes amolecidas e outras com obstipação, após quadro diarreico inicial com 3 dias de duração. O exame de fezes demonstrou a presença de Giardia lamblia. É correto (A) atribuir os sintomas à giardíase e prescrever metro- nidazol durante 5 a 7 dias. (B) atribuir os sintomas à giardíase e prescrever alben- dazol dose única. (C) tratar a giardíase com albendazol em dose única mas investigar outros agentes para as alterações re- feridas. (D) investigar deficiência de IgG e tratar com metroni- dazol durante 3 dias. (E) adotar conduta expectante pois as manifestações são autolimitadas e as drogas muito tóxicas para esta idade. _________________________________________________________ 69. Uma menina de 3 anos de idade é levada ao pronto- socorro com história de fezes amolecidas várias vezes ao dia, há 2 dias, com aparecimento de sangue na data da consulta. Ao exame está hidratada, sem febre e, durante o exame, apresenta convulsão. Os principais agentes que podem estar envolvidos nesse quadro são (A) Shigella dysenteriae e Clostridium difficile. (B) Clostridium difficile e Escherichia coli enteroinvasiva. (C) Shigella dysenteriae e Escherichia coli enteroinva- siva. (D) Clostridium difficile e Campylobacter jejuni. (E) Shigella dysenteriae e Campylobacter jejuni. _________________________________________________________ 70. O uso de mel na alimentação das crianças abaixo de 1 ano de idade está contraindicado devido ao risco de (A) shiguelose. (B) salmonelose. (C) botulismo. (D) amebíase. (E) leptospirose. _________________________________________________________ 71. A escarlatina é uma doença comum e que se manifesta por um rash cutâneo associado a uma infecção de trato respiratório superior. É correto afirmar que (A) a eritromicina é a droga de escolha no tratamento da doença por inativar a ação da toxina. (B) a doença ocorre apenas uma vez, pois existe desen- volvimento de imunidade duradoura. (C) a pesquisa rápida do antígeno bacteriano em swab de orofaringe é negativa nestes casos, pelas ca- racterísticas do agente. (D) o agente envolvido nesta doença não causa doença invasiva, agindo pela produção de toxina sem efeito sistêmico. (E) o estreptococo do grupo A produtor de toxina eritro- gênica é o agente causal. 72. Um menino de 13 anos de idade é levado ao pronto- socorro com febre e dor no joelho. Ao exame está em re- gular estado geral e o médico diagnostica artrite em joelho esquerdo. Como antecedente, havia a referência de queda de bicicleta há 15 dias, sem ferimento cortante, mas com a formação de hematoma em coxa direita, que já está re- solvido. É correto afirmar que (A) o antecedente de trauma fechado sugere hemar- trose tardia, devendo-se realizar punção esvaziadora e instituição precoce de fisioterapia. (B) o antecedente de trauma fechado sugere artrite as- séptica, inflamatória, devendo-se iniciar terapêutica com anti-inflamatório não hormonal. (C) o Staphylococcus aureus é o principal agente envol- vido e deve-se realizar punção diagnóstica da arti- culação. (D) devido ao antecedente de trauma, o principal agente é o Staphylococcus epidermidis, devendo-se realizar punção diagnóstica e esvaziadora da articulação. (E) o antecedente é uma coincidência não guardando relação com a artrite atual que, nessa idade, deve-se principalmente ao Streptococcus pneumoniae. _________________________________________________________ 73. Os pais de um recém-nascido (RN) com 3 dias de vida estão preocupados com a aparência da pele do nariz do filho, que está cheia de pápulas puntiformes com conteúdo branco-amarelado, que se estendem pela lateral do nariz até bochechas e em direção à testa. O médico deve dizer que são (A) glândulas sebáceas hiperplásicas e que desapare- cem nas primeiras semanas de vida, sem necessi- dade de tratamento. (B) glândulas sudoríparas hiperplásicas e que desapare- cem na primeira semana de vida, com compressas com soro frio. (C) ilhotas de células epiteliais denominadas Pérolas de Epstein e que aumentam nas primeiras 3 semanas e vão desaparecendo a seguir, até 1 ano de vida. (D) denominadas “acne do RN” e que são tratadas com aplicação de soro frio e compressas de clorexidine degermante, com regressão em 5 a 7 dias. (E) denominadas “acne do RN” e que refletem a ca- racterística de pele oleosa e o risco de acne no futu- ro, devendo ser tratada com sabonete neutro e água fria. _________________________________________________________ 74. Um menino de 2 semanas de idade é internado com de- sidratação, hiponatremia e hipercalemia. Sem diarreia, em aleitamento materno exclusivo, era o terceiro filho do casal, com uma irmã e um irmão saudáveis com 7 e 5 anos de idade, respectivamente. Ao exame o médico observa criptorquidia bilateral. Deve-se suspeitar de (A) Diabetes insipidus. (B) hiperplasia congênita de supra renal. (C) hipoaldosteronismo primário. (D) malformação nefro-uro-genital. (E) hipogonadismo criptogênico. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 12 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 75. Um lactente de 3 meses de idade apresenta dermatite atópica em face. É correto afirmar que (A) a lesão não é pruriginosa, podendo ser tratada com hidratação, além da retirada do desencadeante. (B) deve-se a um alérgeno inalado, especialmente pó doméstico. (C) existe risco aumentado de desenvolvimento de rinite ou asma no futuro. (D) é uma alteração característica do lactente jovem, não tendo associação com história familiar de alergia. (E) o diagnóstico deve ser confirmado pela presença de altos níveis de IgE sérica. _________________________________________________________ 76. Uma menina de 6 anos de idade está com mal estar, febre alta há 3 dias e conjuntivite. Ao exame o médico observa faringite e linfadenomegalia pré-auricular. Orienta os pais que se trata de febre faringo-conjuntival. O principal agente é (A) herpes zoster. (B) metapneumovírus. (C) rinovírus. (D) herpes simples vírus. (E) adenovírus. _________________________________________________________ 77. São causas de pseudotumor cerebral todas as abaixo, EXCETO (A) hipervitaminose A. (B) hipervitaminose K. (C) hormônio de crescimento. (D) leucemia. (E) lúpus. _________________________________________________________ 78. Na criança, a parada cardiorespiratória é geralmente de origem (A) neurológica. (B) cardíaca. (C) respiratória. (D) metabólica. (E) renal. _________________________________________________________ 79. Considerando a farmacologia das drogasabaixo, a que NÃO necessita de dose de ataque para atingir nível sérico estável é (A) epinefrina. (B) aminofilina. (C) fenobarbital. (D) hidantoína. (E) digoxina. _________________________________________________________ 80. Um escolar de 10 anos, portador de anemia falciforme, é internado com crise vaso-oclusiva e dor muito intensa no toráx e nas costas. Os pais relatam que no último ano o filho foi internado mais de uma vez com crises dolorosas semelhantes e recebeu analgesia com morfina. A melhor conduta no manuseio da dor é (A) administrar analgésicos apenas quando necessário, evitando-se ao máximo o uso de opiáceos. (B) utilizar exclusivamente uma classe de medicação analgésica em doses fixas. (C) utilizar analgésicos, em doses baixas, e acrescentar placebo quando necessário. (D) administrar combinações analgésicas, em doses ple- nas e horários fixos, incluindo opiáceos, até o alívio das dores. (E) evitar o uso de medicações analgésicas para que os sintomas de complicações clínicas não sejam camu- flados. Cirurgia Geral 81. Em relação aos acidentes ofídicos, é correto afirmar: (A) O veneno botrópico (ex.: jararaca) tem atividade in- flamatória aguda, coagulante e hemorrágica. Alguns pacientes podem, raramente, evoluir com síndrome compartimental. (B) Quando o paciente é trazido com torniquete, o mes- mo não deve ser retirado, devido ao risco de miotoxi- cidade do veneno. (C) Os pacientes não devem ser hidratados, para não agravar o grande edema local nem sobrecarregar a função renal. Basta administrar o soro antiofídico específico. (D) Não se conhece, até o momento, reação anafilática pelo soro antiofídico. (E) Não se deve fazer profilaxia do tétano, pois ela pode causar agravamento da lesão tecidual. _________________________________________________________ 82. Um trabalhador em cozinha é ferido em explosão de cal- deira. Tem 18% do total de sua superfície corpórea com queimadura de segundo e terceiro graus. Sabendo-se que a vítima pesa 89 kg, usando o método de Parkland (Baxter) para cálculo da reposição hídrica, é correto dizer que a velocidade de administração intravenosa de crista- loides, em mL/hora, após duas, dez e dezoito horas deve ser aproximadamente de (A) 200, 200 e 400. (B) 200, 400 e 600. (C) 400, 200 e 200. (D) 400, 400 e 400. (E) 600, 400 e 200. _________________________________________________________ 83. Um rapaz de 25 anos sofre ferimentos por projéteis de arma de fogo em abdome. A laparotomia exploradora re- vela lesão estrelada extensa de lobo anatômico direito do fígado, além de lacerações de cólon ascendente, junto à válvula ileocecal e ao ângulo hepático do cólon. A pressão arterial é 70 × 30 mmHg, sob ação de drogas vasoativas. Ocorre sangramento contínuo, violáceo, sem formação de coágulos, difusamente, de todos os ferimentos. A tempe- ratura esofágica é 34 graus Celsius e o pH sanguíneo é 7,20. Medidas que devem ser tomadas imediatamente, para aumentar a probabilidade de sobrevida: (A) pinçamento do hilo hepático (manobra de Pringle), administração de plasma fresco e laparorrafia, com drenagem da cavidade peritoneal. (B) embolização intra-arterial hepática e exteriorização dos ferimentos do cólon por múltiplas ostomias. (C) exploração do ferimento hepático por digitoclasia e sutura dos vasos sangrantes, seguida de colectomia direita com anastomose primária. (D) ressecção sumária do segmento cólico destruído com suturas mecânicas, sem anastomose, tampo- namento do ferimento hepático com compressas e fechamento da pele, eventualmente com sutura con- tínua. (E) exploração da face cruenta hepática e hemostasia com sutura dos vasos e selante sintético, além de ressecção do segmento cólico destruído e matura- ção precoce dos dois cotos intestinais. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 13 84. Uma senhora de 60 anos está em pré-operatório para colecistectomia videolaparoscópica. Nega tomar medica- mentos, exceto produtos fitoterápicos, cujo nome não lem- bra. Produtos naturais que deverão ser suspensos antes da cirurgia, devido ao potencial de aumentarem o risco de sangramento: (A) Valeriana e Kava. (B) Extrato de alho, Ginkgo e Ginseng. (C) Echinacea e Ephedra. (D) Valeriana e erva de São João. (E) Ephedra e chá de quebra-pedra. _________________________________________________________ 85. Assinale a alternativa correta, considerando o aneurisma de artéria poplítea: (A) Tem incidência semelhante no homem e na mulher. (B) A manifestação clínica mais frequente é a rotura, como ocorre no aneurisma de aorta abdominal. (C) O diagnóstico é feito frequentemente quando apare- cem os sintomas isquêmicos. (D) Deve ser operado mesmo quando assintomático, já que o risco de trombose é maior que 90%. (E) A melhor via de acesso para o tratamento cirúrgico é a medial, que facilita a ressecção total do aneurisma. _________________________________________________________ 86. Uma paciente de 80 anos, diabética e hipertensa, dá en- trada no pronto-socorro com dor abdominal difusa, náuseas, vômitos e febre de 38 °C. Última evacuação há três dias. Há um dia não elimina flatos. Apendicectomia há 20 anos. Tem distensão abdominal e dor difusa à palpa- ção. Hemograma: 20.000 leucócitos/mm3. Radiografia de abdome a seguir. Melhor conduta, após correção dos distúrbios hidroeletro- líticos e início de antibioticoterapia: (A) tomografia de abdome, para complementar a avalia- ção e programar a terapêutica. (B) jejum, sonda nasogástrica e observação. (C) preparo para colonoscopia. (D) laparotomia exploradora. (E) angiografia mesentérica. 87. Uma senhora de 65 anos foi submetida, há 20 anos, a correção de hérnia incisional pós-cesárea. Evoluiu com recidiva da hérnia quatro meses após a cirurgia. Refere que o abaulamento da região vem aumentando progres- sivamente, levando a dificuldade para deambular e eva- cuar. Tem diabetes controlado com hipoglicemiante oral e lúpus controlado com corticoide. Índice de massa corpó- rea: 43,5 kg/m2. Tem abdome em avental, com abaula- mento da região infraumbilical e de flanco esquerdo, medindo 55 cm no sentido transversal, 30 cm no sentido longitudinal e 28 cm de altura. A pele tem hiperemia e lesão ulcerada. Foi submetida a hernioplastia com redu- ção do conteúdo do saco herniário (grande omento, cólon transverso e estômago), sutura borda a borda do anel herniário e dermolipectomia. Foi extubada no primeiro pós-operatório, após gasometria normal, colhida com a doente em ventilação mecânica, com fração inspirada de oxigênio de 30%. No segundo pós-operatório, apresenta frequência cardíaca de 140 bpm e respiratória de 42 ipm. PA = 70 × 40 mmHg. Pressão venosa central: +10 cm de água. Oligúria. Causa mais provável da instabilidade: (A) cetoacidose diabética. (B) insuficiência de suprarrenal. (C) sepse abdominal. (D) sangramento intra-abdominal. (E) síndrome compartimental abdominal. _________________________________________________________ 88. Uma senhora de 85 anos, com diabetes e insuficiência renal crônica não dialítica, procura o pronto-socorro com queixa de dor abdominal em hipocôndrio direito e meso- gástrio há um dia. A dor irradia para o dorso. Teve vários episódios de vômitos. Relata sensação de calafrios e urina bastante escurecida. Os familiares notaram que ela está com a pele amarelada. Exame físico: dor em hipocôndrio direito e mesogástrio, sem massas palpáveis, além de icterícia 2+/4+. Primeiros exames que devem ser feitos: (A) colangiorressonância e hemograma. (B) colangiografia endoscópica e amilase. (C) tomografia de abdome com contraste e amilase. (D) ultrassonografia de vias biliares e amilase. (E) ultrassonografia endoscópica e bilirrubinas. _________________________________________________________ 89. A respeito da avaliação pré-operatória,é INCORRETO afirmar: (A) O objetivo principal da avaliação pré-operatória é detectar e corrigir as alterações eventualmente pre- sentes, antes de realizar a operação. (B) Os exames de rotina não baseados em avaliação e suspeita clínica trazem pouca ajuda no cuidado e preparo pré-operatório. (C) Os exames laboratoriais e de imagem são os melho- res métodos para se identificar os fatores de risco. (D) A solicitação de exames exige que o médico tenha conhecimento de sensibilidade, especificidade, ris- cos, custo e relevância clínica. (E) A avaliação do risco no pré-operatório auxilia na decisão pelo melhor procedimento para se obter o maior benefício com o menor risco. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 14 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 90. Um rapaz de 14 anos procura o pronto-socorro com queixa de dor testicular há 4 horas. Relata início súbito: acordou pela dor. Ao exame, tem muita dor em testículo esquerdo, que, à palpação, parece endurecido e edema- ciado. A dor não melhora com a elevação da bolsa escro- tal. O exame de urina não tem alterações. A respeito do problema deste adolescente, é correto afirmar: (A) deve ser tratado com antibiótico e cuidados locais. (B) as sorologias têm papel importante na investigação. (C) a cintilografia dos testículos é fundamental para es- tabelecer o diagnóstico e a conduta. (D) são necessários marcadores tumorais e tomografia de pelve para estadiar a doença. (E) deve ser feita orquidopexia bilateral. _________________________________________________________ Atenção: As questões de números 91 e 92 referem-se ao caso abaixo. Um veículo de passeio, em alta velocidade, colidiu frontalmente com poste de energia elétrica, ficando muito de- formado. O único ocupante é o condutor, sem cinto de segu- rança, que fica preso nas ferragens pelos membros inferiores. Com o impacto, o banco quebrou e a vítima encontra-se pra- ticamente deitada. O veículo possui quatro portas e as duas do lado direito estão abertas. Os bombeiros informam que a cena é segura e que a liberação da vítima provavelmente será de- morada. A vítima é um homem, aparentando 35 anos de idade, com grave trauma de crânio e face. Está inconsciente. Sai grande quantidade de sangue pela boca e pelas narinas. Tem também otorragia bilateral. A respiração é muito ruidosa. 91. Conduta inicial: (A) girar delicadamente a cabeça da vítima para o lado, na tentativa de liberar a via aérea. (B) solicitar a um auxiliar que estabilize a cabeça e abor- dar a via aérea com exploração digital e aspiração. (C) verificar se existe sangramento significativo nos membros inferiores, que estão presos nas ferragens. (D) fazer retirada rápida. (E) fazer intubação traqueal imediata. _________________________________________________________ 92. A retirada da vítima demora. Das alternativas a seguir, in- dique a melhor opção de via aérea definitiva para esta víti- ma: (A) duplo lúmen. (B) máscara laríngea. (C) intubação nasotraqueal. (D) cricotiroideostomia cirúrgica. (E) cricotiroideostomia por punção. 93. Uma mulher de 23 anos tem história crônica de quadros disenteriformes frequentes e vem emagrecendo bastante. Foi diagnosticada colite ulcerativa. O quadro persiste, ape- sar de tratada com esteroides. Melhor opção de trata- mento: (A) manutenção de baixas doses de esteroides e intro- dução de infliximabe. (B) suporte nutricional com dieta enteral. (C) colectomia total com bolsa ileal. (D) substituição do corticoide por azatioprina e meto- trexato. (E) aumento da dose de corticoide. _________________________________________________________ 94. Um paciente de 35 anos, pesando cerca de 70 kg, queixa- se de dor abdominal difusa, leve, há cerca de 10 dias. Amilase sérica: 800 UI/L. Amilase urinária: 120 UI/L. Crea- tinina sérica: 1,4 mg/dL. Creatinina urinária: 1.200 mg/dL. Diagnóstico mais provável: (A) macroamilasemia. (B) pancreatite subaguda recorrente. (C) insuficiência renal borderline. (D) pancreatite idiopática. (E) tumor misto de parótida. _________________________________________________________ 95. Uma senhora de 80 anos, hipertensa, com insuficiência cardíaca classe funcional II, apresenta quadro sugestivo de pancreatite aguda biliar leve. A ultrassonografia mostra microcálculos na vesícula biliar. É submetida inicialmente a tratamento clínico, com boa evolução. Após a normaliza- ção da amilasemia, é feita colangiopancreatografia retró- grada endoscópica, para avaliação e tratamento, uma vez que a paciente é considerada como tendo alto risco para colecistectomia. A colangiografia não demonstra cálculos na via biliar. Feita papilotomia, sem complicações. A conduta adotada foi (A) adequada, pois a taxa de morbimortalidade da cole- cistectomia, nestas condições, é muito elevada. (B) inadequada, porque a paciente continua tendo risco de outras complicações da colelitíase, necessitando de tratamento operatório. (C) adequada, pois, ainda que a doente venha a preci- sar de cirurgia na urgência, o risco passou a ser menos elevado, porque a cirurgia pode agora ser realizada com segurança por acesso minimamente invasivo. (D) inadequada, porque a paciente pode evoluir com novo surto de pancreatite grave e falência de múltiplos órgãos. (E) adequada, porque o risco de novo episódio de pancreatite ou de colangite passou a ser mínimo. _________________________________________________________ 96. A respeito da metodologia para avaliar a pressão intra- abdominal (PIA), é correto afirmar: (A) O exame físico tem acurácia similar à medida da PIA para diagnóstico de hipertensão intra-abdominal. (B) É necessário elevar a cabeceira da cama a 45 graus, para medida mais confiável. (C) Para a medida, é necessário que haja pelo menos 75 mL de líquido na bexiga. (D) O transdutor de pressão deve ser "zerado" no ponto de cruzamento da projeção da linha axilar média com a crista ilíaca. (E) A pressão vesical deve ser mensurada dentro de 15 segundos após a infusão de volume na bexiga. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001 SUS-RM-Conhecimentos Médicos 15 97. Tem indicação absoluta de laparotomia exploradora em neonato com enterocolite necrotizante: (A) eliminação de fezes sanguinolentas. (B) pneumatose intestinal. (C) presença de gás na veia porta. (D) celulite de parede abdominal. (E) pneumoperitônio. _________________________________________________________ 98. Um paciente tem diagnóstico de adenocarcinoma mucino- so bem diferenciado de apêndice, com implantes perito- neais restritos ao quadrante inferior direito. Estadiamento: (A) T4a. (B) T4b. (C) M1a. (D) M1b. (E) M1c. _________________________________________________________ 99. Um rapaz de cerca de 25 anos vem ao pronto-socorro queixando-se de lesão perianal há seis meses. Refere prurido e sangramento esporádico na higienização após a evacuação. Diz estar evitando seu parceiro, por causa do problema. A inspeção da região revela massa com as- pecto de couve-flor, que invade o canal anal. Melhor opção de tratamento, associada a menor taxa de recor- rência: (A) colostomia em alça. (B) solução de podofilina a 25%. (C) cauterização das lesões. (D) imunossupressão. (E) vacina autóloga injetada semanalmente, por seis semanas. _________________________________________________________ 100. Vítima de ferimento por arma branca na região supraclavi- cular direita, próximo à fúrcula esternal, um senhor de 55 anos chega ao pronto-socorro, levado por policiais, cerca de 15 minutos após o trauma. Está agitado e apre- senta sinais de choque. Não tem murmúrio vesicular em hemitórax direito e a expansibilidade está muito diminuída também à esquerda. Intubado por via orotraqueal, é feita drenagem de tórax no quarto espaço intercostal direito, linha axilar média, com dreno tubular de 38 Fr,saindo mais de 2.000 mL de sangue. Obtidos dois acessos veno- sos calibrosos em membro superior esquerdo, é feita re- posição volêmica e pedido sangue O negativo. O paciente é levado à sala de operação e deve ser submetido imedia- tamente a (A) esternotomia. (B) cervicoesternotomia. (C) toracotomia anterolateral direita, possivelmente as- sociada a acesso supraclavicular direito e ester- notomia (incisão em “livro aberto”). (D) toracotomia anterolateral esquerda. (E) toracotomia anterolateral direita. Caderno de Prova ’206’, Tipo 001
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