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Prévia do material em texto

3ª SEMANA3ª SEMANA
 Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. 
Proibido qualquer tipo de repasse. 
1 
DIA 18/04: Segunda-Feira 
TRABALHO: REMUNERAÇÃO E SALÁRIO (CLT) 
Ler do Art. 457 ao 500 da CLT. 
Outros artigos importantes: 
1. Art. 457 CLT - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que
receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo
empregador.
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu
pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado,
não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista
e previdenciário.
Exemplo: 
OAB XXXII - Desde abril de 2019, Denilson é empregado em uma indústria de cosméticos, com carteira 
profissional assinada. No último contracheque de Denilson verifica-se o pagamento das seguintes parcelas: 
abono, prêmio, comissão e diária para viagem. 
Considerando essa situação, assinale a opção que indica a verba que, de acordo com a CLT, integra o salário 
e constitui base de incidência de encargo trabalhista. 
A) Abono.
B) Prêmio.
C) Comissão.
D) Diária para viagem.
Resposta: Letra C
§3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como
também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição
aos empregados.
Súmula n. 354 do TST 
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, 
integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, 
adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. 
Art.58 Art.58-A Art.59 Art. 457 Art. 462 Art.507-B Art.611-A Art.620 
 Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. 
Proibido qualquer tipo de repasse. 
2 
Não confunda: Remuneração (soma dos pagamentos feitos pelo empregador e terceiros) com 
Salário (pagamentos feitos pelo empregador). 
 Ano: 2018 Banca: FGV - XXVI - Primeira Fase 
Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$ 4.000,00 
mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e previdência oferecido e 
aceito pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com suas atividades de caixa, computando-
se o desempenho para suas metas e da agência. Os produtos em referência não eram do banco, mas, sim, 
da Seguradora Múltiplo S/A, empresa do mesmo grupo econômico do empregador de Jorge. 
Diante disso, observando o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, bem como as disposições da 
CLT, assinale a afirmativa correta. 
Resposta: Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de Jorge. 
Obs: As principais parcelas salariais são: salário-base, 13º, adicionais em geral, comissões. 
2. O que não é considerado salário: Art. 458 §2 da CLT.
Art.458 §2º: Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes
utilidades concedidas pelo empregador: 
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, 
para a prestação do serviço; 
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a 
matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; 
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte 
público; 
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; 
V – seguros de vida e de acidentes pessoais; 
VI – previdência privada; 
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura 
Obs: O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. 
 Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. 
Proibido qualquer tipo de repasse. 
3 
§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se
destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por
cento) do salário-contratual.
Resumindo: 
Salário- Utilidade: Urbano Rural 
Habitação 25% 20% 
Alimentação 20% 25% 
Obs: A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando 
indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja 
ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. 
3. Descontos Salariais.
Descontos Salariais 
Regra: Veda-se os descontos no salário. 
Exceções: 
• Previsão legal/ contrato coletivo
• Adiantamentos
• Dano doloso
• Dano culposo (desde que autorizado pelo empregado)
• Descontos salariais com a autorização prévia e por escrito (exemplos: planos de assistência
odontológica, médico-hospitalar, seguro...)
Descontos Salariais – Domésticos – LC 150 
Art. 18. É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento 
de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com transporte, hospedagem e 
alimentação em caso de acompanhamento em viagem. 
§ 1º É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado em caso de adiantamento
salarial e, mediante acordo escrito entre as partes, para a inclusão do empregado em planos de assistência
médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de previdência privada , não podendo a dedução
ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário.
§ 2º Poderão ser descontadas as despesas com moradia de que trata o caput deste artigo quando essa se
referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, desde que essa possibilidade
tenha sido expressamente acordada entre as partes.
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Proibido qualquer tipo de repasse. 
4 
4. Princípio da irredutibilidade salarial – Art. 7º, VI, CF.
Veda-se a redução do salário nominal pelo empregador. 
Exceção: 
• Autorização por negociação coletiva.
• Não se aplica para parcelas de salário condição (pagas em virtude de condição mais gravosa ou
circunstâncias temporárias).
Exemplo: O trabalhador somente faz jus ao pagamento do adicional de insalubridade enquanto permanecer 
exposto a agentes de risco à sua saúde, independentemente do tempo em que percebeu o aludido adicional. 
Súmula 248 do TST. 
A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na 
satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. 
5. Décimo Terceiro Salário
- Constituição Federal: Art. 7º, VIII.
- O décimo terceiro será pago pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano, compensada a
importância que, a título de adiantamento, o empregado houver recebido na forma do artigo seguinte. 
- Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adiantamento da
gratificação referida no artigo precedente, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo
empregado no mês anterior.
- Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente,
a supressão ou a redução dos seguintes direitos: V - valor nominal do décimo terceiro salário;
 Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXX - Primeira Fase 
Reinaldo é empregado da padaria Cruz de Prata Ltda., na qual exerce a função de auxiliar de padeiro,com 
jornada de segunda a sexta-feira, das 12h às 17h, e pausa alimentar de 15 minutos. Aproxima-se o final do 
ano, e Reinaldo aguarda ansiosamente pelo pagamento do 13º salário, pois pretende utilizá-lo para comprar 
uma televisão. A respeito do 13º salário, assinale a afirmativa correta. 
Resposta: A gratificação natalina deve ser paga em duas parcelas, sendo a primeira entre os meses de 
fevereiro e novembro e a segunda, até o dia 20 de dezembro de cada ano. 
6. Artigo 486 da CLT: fato do príncipe.
Art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade
municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da
atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável.
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7.Memorizar o artigo 4º, §2º da CLT: não é considerado tempo a disposição do empregador. 
Art 4º§ 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período 
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 
1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em 
caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas 
dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: 
I-práticas religiosas; 
II - descanso; 
III - lazer; 
IV - estudo; 
V - alimentação; 
VI - atividades de relacionamento social; 
VII - higiene pessoal; 
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. 
 
8. Saber sobre o intervalo intrajornada (artigo 71, §4º da CLT). 
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a 
empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, 
com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. 
9. Insalubridade e Periculosidade 
Insalubridade Periculosidade 
Base de cálculo: salário-mínimo Incide sobre o salário básico 
Adicional: 
Grau mínimo: 10% 
Grau médio: 20% 
Grau máximo: 40% 
Adicional: 
30% 
 
• Art.193 da CLT: 
São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério 
do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado 
em virtude de exposição permanente do trabalhador a: 
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; 
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou 
patrimonial; 
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por 
cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da 
empresa. 
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6 
 
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. 
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos 
ao vigilante por meio de acordo coletivo. 
§ 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. 
 
Exemplo: 
OAB XXX - Edimilson é vigia noturno em um condomínio residencial de apartamentos. Paulo é vigilante 
armado de uma agência bancária. Letícia é motociclista de entregas de uma empresa de logística. Avalie os 
três casos apresentados e, observadas as regras da CLT, assinale a afirmativa correta. 
Resposta: Paulo e Letícia exercem atividade perigosa e fazem jus ao adicional de periculosidade. A atividade 
de Edimilson não é considerada perigosa, e, por isso, ele não deve receber adicional. 
 
10. Equiparação Salarial – Súmula 6 TST e Art. 461 CLT 
Requisitos: 
a) Identidade de função 
b) Identidade de empregador 
c) Identidade de estabelecimento 
d) Simultaneidade no exercício da função 
e) Diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. 
f) Diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos. 
 
O que afasta a equiparação salarial? 
a) Perfeição técnica 
b) Produtividade 
c) Existência de quadro de carreira ou plano de cargos e salários. 
 
 
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Sugestão: Faça no mínimo 15 questões 
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ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES: 
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8 
 
DIA 19/04: Terça-Feira 
PROCESSO DO TRABALHO: ATOS, TERMOS E PRAZOS 
Ementa: Atos processuais. Prazos processuais. Das custas. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
CLT: ART.770 ao 782 CLT 
 
O que você deve saber? 
 
Revisando competência 
 
1. Súmula 15 do STJ: “Compete à Justiça Estadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidente do 
trabalho”. 
2. Súmula 363 STJ: "Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por 
profissional liberal contra cliente". 
3. Art. 114 da CF/88: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VII as ações relativas às penalidades 
administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. 
4.Art. 643, § 3º, da CLT: A justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as ações entre 
trabalhadores portuários e os operadores ou o Órgão Gestor de Mão de Obra. 
5. Súmula nº 420 do TST: “Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e 
Vara do Trabalho a ele vinculada.” 
 
Atos processuais 
 
6.Art. 770 CLT - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, 
e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
7.Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo 
e inclusão do dia do vencimento. 
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóteses: 
I - quando o juízo entender necessário; 
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
 
8.Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 
de janeiro, inclusive. 
Art.94 Art.111 Art.112 Art.114 Art.115 
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9 
 
§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério 
Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições 
durante o período previsto no caput deste artigo. 
§ 2º Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento . 
9. OJ-SBDI1-140. DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE. 
DESERÇÃO (nova redação em decorrência do CPC de 2015). 
Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal , somente haverá 
deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, 
o recorrente não complementar e comprovar o valor devido. 
10.Súmula 16 do TST: Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. 
O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
 
11.Art. 790-B CLT: A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da partesucumbente na 
pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. 
12.Súmula 341 do TST: A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos 
respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. 
MACETE: 
PERITO - Quem paga é a parte SUCUMBENTE, MESMO beneficiário da JUSTIÇA GRATUITA. 
INTÉRPRETE - Quem paga é a parte SUCUMBENTE, SALVO se beneficiário da JUSTIÇA GRATUITA. 
PERITO ASSISTENTE - Quem paga é a PARTE, AINDA que VENCEDORA. 
 
13.Súmula 460 do TST: É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz 
os requisitos indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício. 
14.SÚMULA 461 TST: É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, 
pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015). 
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ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES: 
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DIA 20/04: Quarta-Feira 
EMPRESARIAL: TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL 
Ementa: A empresa. Empresário. Estabelecimento Empresarial. Nome Empresarial. Registro e escrituração. 
 
Leitura obrigatória: Arts. 966 a 980 CC e Arts. 1142 a 1.168 CC 
 
Código Civil 
 
Art.966 Art.967 Art.971 Art.974 Art.975 Art.979 
Art.980 Art.1145 Art.1153 Art.1156 - - 
 
O que você deve saber? 
1. Conceito de empresário: 
 
Art. 966, CC. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para 
a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, 
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
2. Inscrição do empresário: 
 
É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes 
do início de sua atividade. 
 
Exemplo: 
OAB XXIX - Luzia Betim pretende iniciar uma sociedade empresária em nome próprio. Para tanto, procura 
assessoria jurídica quanto à necessidade de inscrição no Registro Empresarial para regularidade de exercício 
da empresa. 
Na condição de consultor(a), você responderá que a inscrição do empresário individual é 
Resposta: obrigatória antes do início da atividade. 
 
 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as 
formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas 
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12 
 
Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao 
empresário sujeito a registro. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo à associação que desenvolva atividade 
futebolística em caráter habitual e profissional, caso em que, com a inscrição, será considerada 
empresária, para todos os efeitos. (Incluído pela Lei nº 14.193, de 2021) 
 Exame XX - O engenheiro agrônomo Zacarias é proprietário de quatro fazendas onde ele 
realiza, em nome próprio, a exploração de culturas de soja e milho, bem como criação intensiva de gado. A 
atividade em todas as fazendas é voltada para exportação, com emprego intenso de tecnologia e insumos 
de alto custo. Zacarias não está registrado na Junta Comercial. 
Com base nessas informações, é correto afirmar que 
Resposta: Zacarias, mesmo que exerça uma empresa, não será considerado empresário pelo fato de não 
ter realizado seu registro na Junta Comercial. 
 
3. Capacidade do Empresário 
Art. 972 CC . Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil 
e não forem legalmente impedidos. 
São impedidos: 
• Falido não reabilitado 
• Condenados pela prática de crime cuja pena vede à atividade empresarial; 
• Servidores Públicos 
• Magistrados 
• Membros do Ministério Público 
• Militares da ativa 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, 
responderá pelas obrigações contraídas. 
Obs: As obrigações assumidas pelo legalmente impedido NÃO SÃO NULAS, tendo plena validade em relação 
a terceiro que com ele contrate. 
 Exame XIII- Olímpio Noronha é servidor público militar ativo e, concomitantemente, exerce 
pessoalmente atividade econômica organizada sem ter sua firma inscrita na Junta Comercial. 
Em relação às obrigações assumidas por Olímpio Noronha, assinale a alternativa correta. 
Resposta: São válidas tanto as obrigações assumidas no exercício da empresa quanto estranhas a essa 
atividade e por elas Olímpio Noronha responderá ilimitadamente. 
 
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13 
 
4. Incapaz como empresário: Art. 974 e SS. 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido , continuar a empresa antes 
exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
 
1) Excepcional 
2) Poderá apenas CONTINUAR uma empresa já existente 
3) Autorização Judicial? Obrigatória 
4) Devem ser representados ou assistidos 
5) Não podem exercer a administração 
6) Capital totalmente integralizado 
7) Seus bens respondem pelas dívidas? Não. Exceto se forem empregados na atividade. 
 
Art. 975 CC - Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder 
exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes. 
 
5. Do empresário casado – Art. 978 do CC. 
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de 
bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. 
 
 Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
- XVII - Primeira Fase 
Paulo, casado no regime de comunhão parcial com Jacobina, é empresário enquadrado como 
microempreendedor individual (MEI). O varão pretende gravar com hipoteca o imóvel onde está situado seu 
estabelecimento, que serve exclusivamente aos fins da empresa. De acordo com o Código Civil, assinale a 
opção correta. 
Resposta: Paulo pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, gravar 
com hipoteca os imóveis que integram o seu estabelecimento. 
 
6. Estabelecimento comercial 
 
Art. 1.145 CC - Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da 
alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, 
de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. 
 
Exemplo: 
O empresário individual José de Freitas alienou seu estabelecimento a outro empresário mediante os termos 
de um contrato escrito, averbado à margem de sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, 
publicado na imprensa oficial, mas não lhe restaram bens suficientes para solver o seu passivo. 
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14 
 
Em relação à alienação do estabelecimento empresarial nessas condições, sua eficácia depende 
Resposta: do pagamento a todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em 
trinta dias a partir de sua notificação. 
 
7. Sucessão empresarial - Art. 1.146 CC - O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos 
débitos anterioresà transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor 
primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da 
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
Exemplo: 
OAB XXXI - As sociedades empresárias Y e J celebraram contrato tendo por objeto a alienação do 
estabelecimento da primeira, situado em Antônio Dias/MG. Na data da assinatura do contrato, dentre outros 
débitos regularmente contabilizados, constava uma nota promissória vencida havia três meses no valor de 
R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). O contrato não tem nenhuma cláusula quanto à existência de 
solidariedade entre as partes, tanto pelos débitos vencidos quanto pelos vincendos. 
Sabendo-se que, em 15/10/2018, após averbação na Junta Comercial competente, houve publicação do 
contrato na imprensa oficial e, tomando por base comparativa o dia 15/01/2020, o alienante 
Resposta: não responderá pelo débito vencido com o adquirente diante do decurso de mais de 1 (um) ano 
da publicação do contrato na imprensa oficial. 
 
 
• Cláusula de não restabelecimento ou não concorrência: Art. 1.147. Não havendo autorização 
expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco 
anos subsequentes à transferência. 
• Sub-rogação do adquirente nos contratos: Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência 
importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, 
se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da 
publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do 
alienante. 
8. Do registro: 
Art. 1.153. Cumpre à autoridade competente, antes de efetivar o registro, verificar a autenticidade e a 
legitimidade do signatário do requerimento, bem como fiscalizar a observância das prescrições 
legais concernentes ao ato ou aos documentos apresentados. 
Parágrafo único. Das irregularidades encontradas deve ser notificado o requerente, que, se for o caso, poderá 
saná-las, obedecendo às formalidades da lei. 
 
 Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. 
Proibido qualquer tipo de repasse. 
 
15 
 
Exemplo: 
OAB XIX - Servidor da Junta Comercial verificou que o requerimento de alteração contratual de uma 
sociedade limitada com vinte e dois sócios e sede no município de Solidão não foi assinado pelo 
administrador, mas por mandatário da sociedade, com poderes específicos. O requerimento foi instruído 
com uma nova versão do contrato social desacompanhada da ata da deliberação que a aprovou. O referido 
servidor determinou que fosse sanada a pretensa irregularidade. 
 
Com base nessas informações, assinale a afirmativa correta. 
 
Resposta: O servidor agiu corretamente porque cumpre à autoridade competente, antes de efetivar o 
registro, fiscalizar a observância das prescrições legais concernentes ao ato ou aos documentos 
apresentados; havendo irregularidades, deve ser notificado o requerente para saná-las. 
 
9. Nome empresarial: 
 
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se 
quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. 
 
Exemplo: 
 
OAB XXVI - Cruz Machado pretende iniciar o exercício individual de empresa e adotar como firma, 
exclusivamente, o nome pelo qual é conhecido pela população de sua cidade – “Monsenhor”. De acordo 
com as informações acima e as regras legais de formação de nome empresarial para o empresário individual, 
assinale a afirmativa correta. 
Resposta: A pretensão de Cruz Machado não é possível, pois o empresário individual opera sob firma 
constituída por seu nome, completo ou abreviado. 
 
Obs: Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. 
 
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DIA 21/04: Quinta-Feira 
CIVIL: Dos Fatos Jurídicos*Arts.104 ao 188* 
Leitura obrigatória do Código Civil: 
Art.105 Art.107 Art. 111 Art.113§1º Art.114 Art.121 Art.122 Art.125 Art.126 Art.127 
Art.130 Art.132 Art.137 Art.138 Art.139 Art.143 Art.144 Art.145 Art.151 Art.156 
Art.157 Art.158 Art.162 Art.165 Art.167 Art.168 Art.171 Art.178 Art.179 Art.188 
 
1.Art. 156 Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a 
pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente 
onerosa. 
 
Veja como caiu em prova 
OAB XXI - Durante uma viagem aérea, Eliseu foi acometido de um mal súbito, que demandava atendimento 
imediato. O piloto dirigiu o avião para o aeroporto mais próximo, mas a aterrissagem não ocorreria a tempo 
de salvar Eliseu. Um passageiro ofereceu seus conhecimentos médicos para atender Eliseu, mas demandou 
pagamento bastante superior ao valor de mercado, sob a alegação de que se encontrava de férias. Os 
termos do passageiro foram prontamente aceitos por Eliseu. Recuperado do mal que o atingiu, para evitar 
a cobrança dos valores avençados, Eliseu pode pretender a anulação do acordo firmado com o outro 
passageiro, alegando 
Resposta: Estado de perigo. 
 
 
2. Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga 
a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta . 
 
Veja como caiu em prova: 
Exame XXXI João, único herdeiro de seu avô Leonardo, recebeu, por ocasião da abertura da sucessão 
deste último, todos os seus bens, inclusive uma casa repleta de antiguidades. Necessitando de dinheiro 
para quitar suas dívidas, uma das primeiras providências de João foi alienar uma pintura antiga que sempre 
estivera exposta na sala da casa, por um valor módico, ao primeiro comprador que encontrou. João, 
semanas depois, leu nos jornais a notícia de que reaparecera no mercado de arte uma pintura valiosíssima 
de um célebre artista plástico. Sua surpresa foi enorme ao descobrir que se tratava da pintura que ele 
alienara, com valor milhares de vezes maior do que o por ela cobrado. Por isso, pretende pleitear a 
invalidação da alienação. 
Resposta correta: O negócio jurídico de alienação da pintura celebrado por João está viciado por lesão e 
chegou a produzir seus efeitos regulares, no momento de sua celebração. 
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Não confunda: 
Estado de perigo Lesão 
Há dolo da outra parte Independe do conhecimento da outra parte 
Pessoal Patrimonial 
Excessiva onerosidade Desproporcionalidade na prestação 
 
 
3. Art. 166 CC - É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. 
 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância 
e na forma. 
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos apessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou 
transmitem; 
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; 
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. 
 
4. Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro 
substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do 
negócio. 
 
5. Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio 
jurídico; 
 
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-
se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato. 
 
6. Art.188 Não constituem atos ilícitos: II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, 
a fim de remover perigo iminente. 
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Observação: 
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do 
perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram. 
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor 
do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. 
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado 
XXXIII - Primeira Fase - Daniel, habilitado e dentro do limite de velocidade, dirigia seu carro na BR 101 
quando uma criança atravessou a pista, à sua frente. Daniel, para evitar o atropelamento da criança, saiu 
de sua faixa de rolamento e colidiu com o carro de Mário, taxista, que estava a serviço e não teve nenhuma 
culpa no acidente. 
Daniel se nega ao pagamento de qualquer valor a Mário por alegar que a responsabilidade, em verdade, 
seria de José, pai da criança. 
A respeito da responsabilidade de Daniel pelos danos causados no acidente em análise, assinale a 
afirmativa correta. Resposta: Ele não praticou ato ilícito mas, ainda assim, terá que indenizar Mário. 
 
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DIA 22/04: Sexta-Feira: 
Tributário: Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar 
Constituição Federal : Arts. 150 - 152 
Súmulas: Súmula Vinculante 50; Súmula vinculante 57; Súmula 730, STF; Súmula 160, STJ 
 
1. As limitações constitucionais ao poder de tributar se dividem em duas: PRINCÍPIOS e IMUNIDADES. 
> Previsão na Constituição Federal; 
> Importante saber sobre as exceções a legalidade, anterioridade e anterioridade nonagesimal. 
 
* Constituição Federal: 
Art. 150, CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; → Princípio da LEGALIDADE 
 
 
 
 
 
 
Trata-se de LEI ORDINÁRIA. Sempre que houver menção a "Lei"será a Lei ordinária. Lembre que a CF elenca 
taxativamente as hipóteses da Lei Complementar, sendo assim, quando for necessário Lei complementar, será 
expressamente mencionado. 
No mesmo sentido, o Art. 97, CTN: 
Art. 97: Somente a lei pode estabelecer: 
II - a majoração de tributos, ou sua redução 
ATENÇÃO: § 2º: Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do 
valor monetário da respectiva base de cálculo. 
Súmula 160 STJ: É defeso (proibido), ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao 
índice oficial de correção monetária. 
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2. Exceções à legalidade: 
 
3. Princípio da Igualdade ou Isonomia. 
Art. 150,II, CF: Vedação: instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, 
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
4. Art. 150,III CF – Vedação: cobrar tributos: 
a) → Princípio da Irretroatividade Tributária 
Vedação de cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado; 
Art. 153, § 1º CF - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar 
as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. 
São eles: II, IE, IPI e IOF. 
*Desse princípio, derivam dois subprincípios: 
1. Princípio da Interpretação Objetiva do Fato Gerador: 
 
Arts.118 e 126 do CTN: Deve-se interpretar o fato gerador pelo aspecto objetivo, desconsiderando aspectos 
subjetivos atinentes à pessoa destinatária da cobrança do tributo. 
 
2. Princípio da Capacidade Tributária 
Art. 145§ 1, CF: Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte. 
 
ATENÇÃO: 
STF (RE 406.955-AgR): Todos os tributos submetem-se ao princípio da capacidade contributiva (precedentes), ao 
menos em relação a um de seus três aspectos (objetivo, subjetivo e proporcional), independentemente de 
classificação extraída de critérios puramente econômicos. 
 No mesmo sentido, o art. 144, CTN: o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e 
rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 
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Proibido qualquer tipo de repasse. 
 
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b) Princípio da ANTERIORIDADE anual 
Vedação - cobrar tributos: No mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou; 
c) Princípio da ANTERIORIDADE NONAGESIMAL 
Vedação cobrar tributos: antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
ATENÇÃO: O marco temporal para começar a contagem da anterioridade/noventena é a publicação da Lei. 
5. Exceções à anterioridade e a anterioridade nonagesimal 
 
ANTERIORIDADE ANTERIORIDADE 
NONAGESIMAL 
AMBAS 
IPI 
 IPVA e IPTU ( base de cálculo) 
II II II 
IE IE IE 
IOF IOF IOF 
Empréstimo Compulsório Empréstimo Compulsório Empréstimo Compulsório 
Imp. Extraordinário de Guerra Imp. Extraordinário de Guerra Imp. Extraordinário de Guerra 
Exceção - hipóteses de retroação da norma: 
Art. 144, §1, CTN: alteração em aspectos formais do lançamento - instituição de novos critérios de 
apuração ou processos de fiscalização - ampliação dos poderes de investigação - outorga ao crédito maiores privilégios 
ou garantias; 
§2: tributos lançados por período certo de tempo ou com fatos geradores periódicos . 
Ex: O IPTU – considera-se ocorrido o fato gerador em 1 de janeiro de cada ano; 
Art. 106, CTN: - lei interpretativa, que se limita a explicar o entendimento que se deva dar à norma – 
retroage em qualquer caso; - lei mais benéfica, quantoàs infrações, desde que o ato não esteja 
definitivamente julgado. 
Súmula Vinculante 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao 
princípio da anterioridade. 
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ATENÇÃO: Sobre os empréstimos compulsórios → Só constitui exceção às anterioridades quando 
for decorrente de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa 
ou sua iminência. 
6. Princípio da Vedação do Confisco: 
Art.150,IV – Vedação: - utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
7. Princípio da Não-limitação ao Tráfego: 
 
- estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder 
Público; 
 
 
8. Imunidades Tributárias - Vedado: Art.150 VI - instituir impostos sobre: 
 
 
 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 
* PATRIMÔNIO, RENDA E SERVIÇOS VINCULADOS ÀS ATIVIDADES ESSENCIAIS → 
Para o STF basta que os recursos estejam sendo revertidos às atividades essenciais. 
 
 
 
 
 
Confisco: é a tributação excessiva, capaz de aniquilar o patrimônio do sujeito passivo. 
OBS: A aferição é feita pelo Poder Judiciário, uma vez provocado pelo contribuinte. 
 
ATENÇÃO: o princípio do não confisco se estende às MULTAS. 
Exceção: 
1. De ordem constitucional: Pedágios (utilização ou conservação das rodovias) 
2. De ordem doutrinária: ICMS (circulação de mercadorias) exigido pelas autoridades fiscais nos Postos de 
Fiscalização nas divisas dos Estados. 
SIMPLIFICANDO: nesses casos, não são considerados como limitações ao tráfego. 
• A imunidade tributária é uma "INCOMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA"; 
• A Imunidade NÃO exime o contribuinte do cumprimento das OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS, apenas 
das PRINCIPAIS 
• É uma hipótese de NÃO INCIDÊNCIA → O fato gerador sequer ocorre! 
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envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 
 
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b) templos de qualquer culto; → Imunidade Religiosa 
 
 
 
c) → Imunidade aos partido políticos, entidades dos trabalhadores, instituições de educação e 
assistência social. 
Art. 150, VI, “c”: patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das 
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem 
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
 
 
d) → Imunidade Cultural: livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
 
 
* Alcança todas as religiões , pois o estado é LAICO. 
* Abrange: imóveis (ainda que locado a terceiros) e os cemitérios (são extensões da entidade religiosa) 
ATENÇÃO: PARA O STF, a Maçonaria NÃO É ALCANÇADA pela imunidade religiosa (uma vez que 
não se professa qualquer religião). 
ATENÇÃO: 
As instituições de educação têm que atender os requisitos da Lei Complementar (CTN) e a assistência 
social serem sem fins lucrativos. São eles: 
a) Não distribuírem patrimônio ou renda, aplicarem integralmente no país seus recursos na 
manutenção dos seus objetivos institucionais 
b) manter a escrituração em livros revestidos de formalidades 
OBS: A cobrança de mensalidades NÃO descarta a imunidade (desde que não haja distribuição). 
 
*** NÃO SÃO IMUNES → Os sindicatos dos Empregadores e Setores/Categorias Econômicas 
OBS: O ensino de Língua Estrangeira é considerado atividade educacional → também é IMUNE. 
SÚMULA 730, STF: A Imunidade confere às instituições de assistência social só alcança as entidades 
fechadas de previdência social PRIVADA se não houver contribuição dos beneficiários. 
* É vedado à União, Estados, DF e Municípios instituir IMPOSTOS (não abrange outras espécies 
tributárias) sobre LIVROS, JORNAIS E PERIÓDICOS + PAPEL DESTINADO A SUA IMPRESSÃO 
 
* É considerada como uma cláusula pétrea, pois protege a liberdade de expressão! 
 
ATENÇÃO - PARA O STF: 
* Abrange: filmes e papéis fotográficos necessários, álbuns de figurinhas, livros eletrônicos e seus 
suportes para leitura. 
*NÃO abrange: Serviços de composição gráfica ou de impressão onerosos/serviços de distribuição. 
 
Súmula vinculante 57: A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se à 
importação e comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (e-book) e dos suportes 
exclusivamente utilizados para fixá-los, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que 
possuam funcionalidades acessórias. 
 Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de 
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Art. 150 § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas 
e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a 
suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a 
renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. 
9. Art .151, I, CF: É vedado à União: Princípio da Unformidade Geográfica: 
 
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou 
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico 
entre as diferentes regiões do País; 
 
* OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
A) Princípio da Seletividade: 
 
IPI SERÁ seletivo 
ICMS PODERÁ ser seletivo 
 
B) Instituição ou majoração de impostos por Medida Provisória 
 
 
No mesmo sentido, o art.19, III, CF: Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
Exceção: Incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio socioeconômico entre as diferentes regiões 
do Brasil. Afinal, constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil reduzir as desigualdades 
sociais e regionais (art. 3, III, CF). 
Art. 62 § 2º da CF: Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os 
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte 
Exceção: II, IE, IPI, IOF e Imposto Extraordinário de Guerra. 
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C) Contribuições sociais e Princípio da Anterioridade 
 
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Art. 195 § 6º da CF: As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após 
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se 
lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b" (Exceção à Anterioridade anual). 
SIMPLIFICANDO: Precisa aguardar noventa dias, respeitando a anterioridade nonagesimal, mas não 
precisa aguardar o exercício financeiro seguinte (anterioridade anual). 
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