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Geopolítica clássica

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Geopolítica clássica – resumo de ideias
Mapa geopolítico de Mahan visualizava uma lista com seis elementos fundamentais da supremacia naval – posição geográfica, formação física, extensão territorial, tamanho da população, caráter do povo e caráter do governo. Baseando-se nesses aspectos, Mahan visualizou os Estados Unidos como o sucessor geopolítico do Império Britânico. 
Mahan compreendia que os EUA, como a Grã-Bretanha, era, em termos geopolíticos, uma ilha à margem da massa continental da Eurásia, onde a segurança poderia ser ameaçada por uma potência hostil ou aliança entre potências que adquirissem controle político sobre centros de poder no continente. 
Mackinder enxergou o equilíbrio de poder eurasiático; Spykman o equilíbrio de poder global e o peso dos EUA nos rumos eurasiáticos. 
O mapa geopolítico de Spykman destaca dois aspectos centrais:
1- A importância da posição dos EUA no Hemisfério Ocidental com base em sua projeção global como grande potência: sem o domínio hemisférico, não lograriam, na expressão de Mearsheimer, estar “free to roam”, livres para atuar no plano global. 
2- O papel essencial das bordas eurasiáticas (“rimland”) para o equilíbrio de forças internacionais, dado o papel dos EUA como grande potência mundial
Spykman enxerga a geografia do Hemisfério Ocidental com os olhos da geopolítica. 
O Brasil e os EUA compartilhavam o mesmo interesse de segurança e estabilidade hemisférica. 
Mackinder construiu uma teoria que tem na geoestratégia a chave para a hegemonia mundial. Tido como o “propugnador do poder terrestre”, criou conceitos que foram reproduzidos por praticamente todos os demais geopolíticos pivot área, world island., anel insular, anel interior ou marginal e, principalmente, Heartland. 
Mahan acredita que a chave para a hegemonia mundial estaria no controle das rotas marítimas. A posse de tal área seria indispensável para um Estado que almejasse tornar-se uma potência mundial. Pode ser considerado “o evangelista do poder marítimo”. 
Haushofer esboçou uma “ordem mundial ideal”, que consistiria na divisão do mundo em quatro “blocos” ou zonas continentais, a saber: zona de influência alemã, zona de influência dos Estados Unidos, zona de influência da Rússia e zona de influência do Japão. 
Ratzel foi o precursor da Teoria do Estado Orgânico, ou teoria Organicista. Assim centrou sua análise da geografia humana e em particular da política sobre os princípios da ciência natural e da biologia.
Dentre os autores que mais se destacaram nesta escola estava Mackinder que desenvolveu a teoria do ‘coração continental’, região central da Eurásia que não poderia ser atacada por uma potência marítima e que teria o potencial de dominar todo o mundo através de sua fortaleza continental.
Ao final do século XIX, período em que os Estados priorizavam e buscavam incessantemente a obtenção de poder, com uma política imperialista e de expansão territorial, surgiu o primeiro conceito estratégico de projeção mundial com base na questão do mar. 
Kjellén tinha como preocupação fundamental o poderio mundial, assim, definiu a geopolítica como “a ciência que estuda o Estado como organismo geográfico”
Coube ao Mahan o pioneirismo na teoria do poder marítimo.
Mackinder procurava nos mapas a explicação dos acontecimentos políticos internacionais. Criou os conceitos de Ilha Mundial, Heartland, mundo insular, mundo continental e Midland ocean. 
Os estudos de Haushofer foram focados em 5 partes principais: 1- Autarquia (o ideal de autossuficiência nacional no sentido econômico); 2- Espaço vital (lebensraum) – direito que uma nação tem de ampliar o espaço para sua população, levando em conta todos os recursos naturais e humanos nele encontrados; 3- Pan-regiões – áreas supercontinentais que permitiram a realização do ideal de autarquia; 4- Poder Terrestre versus Poder Marítimo – inspirado nas concepções de Mackinder. No aspecto global do mundo a Eurásia-África é a principal ilha mundial, podendo ser considerada a mais poderosa de todas as combinações terrestres. Verificou que a Alemanha era potência terrestre e tinha fácil acesso ao mar enquanto a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) não, assim, se dominassem a Heartland com a URSS, depois o “Crescente Interior” e depois o “Crescente Exterior”, então conquistariam o mundo; e 5) Fronteiras – é um campo de batalha. A expressão das condições do poder político em um momento considerado. Ainda, conforme propagavam os discípulos de Haushofer, as fronteiras alemãs, de antes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), estavam traçadas de acordo com princípios “justos”, “naturais”, “nacionais” e “históricos”. 
Deixou como grande contribuição para a Geopolítica a Teoria das Pan-Regiões, onde dividia-se o mundo em quatro grandes regiões: a Euráfrica, liderada pela Alemanha, a Pan-América, sob liderança dos EUA, a Pan-Rússia liderada pela grande nação do Heartland, e a Pan-Ásia que seria liderada pelos Japoneses. Esses Estados-Líderes dominariam os Estados dependentes do sul, classificados apenas como fornecedores de matéria-prima.
Teorias do poder terrestre = Mackinder
Teorias do poder marítimo = Mahan
Mackinder
No seu notável trabalho “O pivô geográfico da História” (1904), caracteriza-se como área pivô uma área básica central, que ficaria dentro da “Ilha Mundial” (World Island), localizada em parte da Europa e parte da Ásia). E na região central dessa área pivô ficaria o Heartland, ou seja, a terra-coração (onde a Rússia é a maior parte), que concentrava o poder geoestratégico do mundo – correspondente à Europa Oriental de hoje.
Considerava que quem dominasse essa parte da Europa Oriental (Heartland) teria o controle da área pivô (coração continental); quem dominasse a área pivô controlaria a “ilha mundial” e quem controlasse a “ilha mundial” dominaria o mundo
Ainda, segundo Mackinder, quem explorasse e, por conseguinte, controlasse os imensos recursos daquela região (a região pivô – Pivot Área – entrincheirada no Velho Continente) teria um inestimável poder terrestre, podendo resistir ao poder marítimo, que possuía um raio de ação limitado às ilhas próximas e regiões costeiras da Eurásia. Caso o poder terrestre pudesse obter uma frente oceânica isso lhe possibilitaria possuir um forte poder marítimo e esse novo poder anfíbio (sem igual no continente eurasiático) seria suficiente para concorrer com o poder marítimo vigente (á época o inglês) – o que poderia vir a acontecer caso a Alemanha, o mais poderoso Estado Continental à época, se aliasse à Rússia que controlava a região-pivô = Mackinder era a favor de um alinhamento entre Alemanha e Rússia
Sua concepção teórica acerca do Midland Ocean antecipou dois grandes eventos que afetariam sobremaneira o cenário mundial. O primeiro foi o desembarque das forças aliadas ocidentais na Normandia, em 1944. O segundo, foi o advento da Guerra Fria (1947-1989), que dividiu o hemisfério norte e estruturou os blocos de poder em dois grandes eixos: o Midland Ocean e o Heartland. Logo, a criação da OTAN possibilitou a URSS controlar por completo o Heartland eurasiano.

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