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Normas Técnicas das Áreas de Saúde e 
Meio Ambiente
Bioética e 
Biossegurança
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
PAULO HERALDO COSTA DO VALLE
AUTORIA
Paulo Heraldo Costa do Valle
Olá. Sou graduado em Fisioterapia, com mestrado e doutorado 
em Fisiologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e uma 
experiência técnica, profissional e acadêmica na área de Saúde há mais 
de 25 anos. 
Trabalhei em várias instituições como a Universidade de Cruz Alta 
(UNICRUZ), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande 
do Sul (UNIJUI), Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), Universidade 
Gama Filho (UGF), Universidade Ibirapuera (UNIb), Universidade Nove de 
Julho (UNINOVE) e Kroton Educacional.
Ainda, trabalhei como consultor ad hoc do MEC para autorização, 
reconhecimento e renovação de cursos de graduação durante dez anos 
e fui membro da Comissão Assessora do Curso de Fisioterapia do Exame 
Nacional de Desempenho do Estudante (Enade).
Também fui membro da Comissão de Qualificação de Cursos 
e da Comissão de Educação do Conselho Federal de Fisioterapia e 
Terapia Ocupacional (COFFITO) e membro da Comissão de Sindicância 
do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO). 
Fui vice-presidente da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia e 
presidente da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia. Além da 
Telesapiens, já produzi conteúdos para a Kroton Educacional, Editora 
Guanabara Koogam, 5G Educacional, Uninter, Delinea, Must, Campanha 
Nacional de Escolas da Comunidade e DPContent.
Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso, trabalho 
junto com a Editora Telesapiens compondo o seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho.
Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento;
REFLITA:
se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a ser 
refletido ou discutido;
ACESSE: 
se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada;
TESTANDO:
quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Normas Técnicas da Área da Saúde .................................................... 10
Normas Técnicas ............................................................................................................................. 10
Associação Brasileira de Normas Técnicas ................................................................. 14
ISO .............................................................................................................................................................. 14
Normas Regulamentadoras .................................................................................................... 16
Comitês de Ética de Pesquisas em Animais e Humanos ............ 21
Resolução nº 466, de 12 de Dezembro de 2012 ....................................................... 21
Comitê de Ética em Pesquisa ................................................................................................22
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) .............................................24
Pesquisa com Animais .................................................................................................................26
Atribuições do Conselho Nacional de Controle de Experimentação 
Animal ...................................................................................................................................27
Orientações Técnicas do Conselho Nacional de Controle de 
Experimentação Animal ..........................................................................................28
Comissões de Ética no uso de Animais .......................................................29
Resíduos Sanitários ....................................................................................32
Formação de Resíduos ...............................................................................................................32
Geradores de Resíduos dos Serviços de Saúde ......................................................33
Atribuições das Empresas Geradores de Resíduos do Serviço de 
Saúde .......................................................................................................................................................34
Substâncias Perigosas .................................................................................................................35
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde ..................... 36
Tipos de Resíduos ......................................................................................................................... 38
Grupo A ............................................................................................................................... 38
Grupo B............................................................................................................................... 40
Grupo C ............................................................................................................................... 41
Grupo D ............................................................................................................................... 41
Grupo E ................................................................................................................................42
Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde ..................44
Resíduos Provenientes dos Serviços de Saúde .......................................................44
Resolução Anvisa nº 306/2004 ............................................................................................44
Resolução Conama nº 358, de 29 de Abril de 2005 ............................................. 46
Plano para Gerenciar os Resíduos Provenientes dos Serviços de 
Saúde ...................................................................................................................................................... 48
Passos para a Elaboração do Plano para Gerenciar os Resíduos 
Provenientes dos Serviços de Saúde .............................................................................. 50
1º Passo – Identificação do Problema .......................................................... 51
2º Passo – Definição da Equipe de Trabalho ........................................... 51
3º Passo – Mobilização da Organização .....................................................52
4º Passo – Diagnóstico da Situação dos Resíduos Sólidos dos 
Serviços de Saúde ......................................................................................................52
5º Passo – Definição de Metas, Objetivos, Período de Implantação 
e Ações Básicas ............................................................................................................53
6º Passo – Elaboração do Plano para Gerenciar os Resíduos 
Provenientes dos Serviços de Saúde............................................................537º Passo – Implementação do Plano de Gerenciamento de 
Resíduos de Serviço de Saúde ..........................................................................54
8º Passo – Avaliação do Plano para Gerenciar os Resíduos 
Provenientes dos Serviços de Saúde............................................................54
8
INTRODUÇÃO
Olá! Você está convidado a continuar este processo de 
conhecimento e aprendizagem. Tenho certeza de que será muito 
enriquecedor e repleto de desafios e estímulos para o seu o crescimento. 
Você é o nosso convidado especial para continuar esta viagem por meio 
do conhecimento. Durante esta trajetória, você se deparará com trilhas 
muito interessantes e desafiadoras em todo este percurso. 
Bioética e Biossegurança
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4 - Normas técnicas das 
áreas de Saúde e Meio Ambiente. Nosso objetivo é auxiliar você no 
desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término 
desta etapa de estudos:
1. Interpretar a as normas técnicas atinentes à área de Saúde.
2. Compreender o papel e a importância do Comitê de Ética para a 
pesquisa em animais e humanos.
3. Avaliar os impactos dos resíduos sanitários e ambientais na saúde 
e no ecossistema.
4. Gerenciar o processo de descarte de resíduos gerados a partir dos 
serviços de Saúde.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
Bioética e Biossegurança
10
Normas Técnicas da Área da Saúde
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos entender como funcionam algumas 
normas técnicas e as trinta e sete normas regulamentadoras. 
Isso será fundamental para o exercício de sua profissão. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então, vamos lá. Avante! .
Normas Técnicas
Antes que possamos falar das normas técnicas propriamente ditas, é 
necessário que tenhamos em mente que “norma” pode ser compreendida 
como os documentos que são firmados por meio de consenso. Isso 
implica dizer que a sua aprovação dependerá da aprovação do organismo 
reconhecido. Dessa forma, tais normas fornecerão regras e instruções 
que devem ser destinadas para uso comum e repetitivo, buscando que 
se obtenha um excelente grau de ordenação inserido e relativo a um dado 
contexto.
Em resumo, as normas são as responsáveis por estabelecer e 
garantir qualidade, segurança e eficiência, tanto para os produtos quanto 
para os serviços.
As normas técnicas são diretrizes elaboradas pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Essas normas estão relacionadas 
ao manuseio, acondicionamento, tratamento, coleta e transporte de todos 
os resíduos que estão relacionados à área da Saúde.
Bioética e Biossegurança
11
Veja, no Quadro 1, algumas normas técnicas:
Quadro 1 – Normas técnicas
NÚMERO NORMAS TÉCNICAS
NBR 7.500
Símbolos de riscos e manuseio para o transporte e 
armazenamento de materiais.
NBR 8.419
Apresentação de projetos de aterros sanitários de 
resíduos sólidos urbanos.
NBR 9.190
Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – 
classificação.
NBR 9.191
Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – 
especificação.
NBR 9.195
Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – 
métodos de ensaio.
NBR 10.004 Resíduos sólidos – classificação.
NBR 10.005 Lixiviação de resíduos – classificação.
NBR 10.006 Solubilização de resíduos – procedimento.
NBR 10.007 Amostragem de resíduos – procedimento.
NBR 10.157
Aterros de resíduos perigosos – critérios para projeto, 
construção e operação – procedimento.
NBR 12.807 Resíduos de serviços de Saúde – terminologia.
NBR 12.808 Resíduos de serviços de Saúde – classificação.
NBR 12.809 Manuseio de resíduos de Saúde – procedimentos.
NBR 12.810 Coleta de resíduos de Saúde – procedimentos.
NBR 12.980
Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos 
sólidos urbanos – terminologia.
NBR 13.055
Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – 
determinação da capacidade volumétrica.
NBR 13.056
Filmes plásticos para sacos plásticos para 
acondicionamento de lixo – verificação de 
transparência. Método de ensaio.
NBR 13.221 Transporte de resíduo.
NBR 13.853
Coletores para resíduos de serviços de Saúde 
perfurantes ou cortantes – requisitos e métodos de 
ensaio.
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
Bioética e Biossegurança
12
Figura 1 – Sede da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
Fonte: Wikimedia Commons.
Para quem não conhece de forma devida a Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), é comum que o seu papel seja relacionado 
apenas às normas que devem ser obedecidas perante a elaboração de 
um artigo ou de um trabalho de conclusão de curso. Contudo, reduzir a 
importância dessa norma a apenas esse papel, por mais relevante que 
ele seja, é injusto e até errado, tendo em vista que a ABNT é incumbida 
de apresentar uma diversidade de normas sobre vários setores da 
nossa sociedade. Assim, pode-se dizer que essa associação também é 
responsável pela organização e pelo desenvolvimento do país.
Desse modo, dentre as áreas que podem ser influenciadas pelas 
normas que são fixadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, 
precisa-se mencionar: a economia, a segurança das pessoas, a qualidade 
dos produtos e o serviço.
Bioética e Biossegurança
13
Em outras palavras, as normas que são estabelecidas e aplicadas 
pela ABNT têm, dentre as suas intenções, solucionar e prevenir problemas. 
Assim, essas normas técnicas se fazem presentes em diversos aspectos 
da vida e do cotidiano das pessoas, tendo papel fundamental para que 
ocorra o crescimento das empresas e do país como um todo.
Diante disso, as normas, em conformidade com o apresentado e 
com aquilo que está contido no site oficial da ABNT, exercem o seguinte 
papel:
 • Promovem o desenvolvimento, a fabricação e o fornecimento de 
produtos e serviços tidos como mais eficientes, mais seguros e 
mais limpos.
 • Facilitam o comércio entre os países buscando estabelecer uma 
maior justiça para eles.
 • Facilitam e tornam a vida mais simples ao buscar soluções para 
problemas comuns.
 • Buscam fornecer uma base técnica para a saúde, segurança 
e legislação ambiental, sem deixar de lado a avaliação da 
conformidade.
 • Responsáveis por fornecer proteção para os consumidores e para 
usuários como um todo, tanto no que se refere aos seus produtos 
quanto aos seus serviços.
 • Procuram compartilhar maneiras de favorecer os avanços 
tecnológicos e a boa prática de gestão com a intenção de que a 
inovação seja alcançada.
Nessa perspectiva, a ABNT promove muitas contribuições para 
a vida humana. Assim, se elas não existem, a organização de diversos 
setores que são tidos como fundamentais para que possamos alcançar a 
nossa qualidade de vida digna seriam atingidos.
Salienta-se que pode ser que existam normas específicas para áreas 
específicas, principalmente quando se leva em consideração aquelas que 
são mais importantes e que afetam a vida e a qualidade delas de forma 
direta, como é o caso das normas que precisam se fazer presentes para 
Bioética e Biossegurança
14
que a segurança do trabalhado seja alcançada, observada e respeitada 
por todos, tanto funcionários quanto empregadores, bem como outras 
funções e profissionais considerados imprescindíveis para a obediência 
dessa norma.
Associação Brasileira de Normas Técnicas
Considerando a importância do papel exercido pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas e a sua imprescindibilidade para a 
determinação de normas fundamentais à vida cotidiana, seja quanto 
aos seus aspectos individuais ou sociais, é interessante que possamos 
entender alguns dos seus aspectos históricos e gerais.
A ABNT foi fundada em 1940, tendo como função principal 
a definição de normas e regras técnicas responsáveis por afetar e 
administrar o comércio, a indústria e as prestações de serviços no Brasil. A 
Associação Brasileira de Normas Técnicas tem vínculo com a International 
Organization for Standardization(ISO).
As normas fixadas pela ABNT são tidas como obrigatórias no cenário 
nacional, já que elas são determinantes até para que sejam firmadas 
relações comerciais e diplomáticas nos países. Assim, as empresas que 
exportam e importam os seus produtos e serviços devem levar em 
consideração tanto as normas que regem o território nacional – sendo 
estas firmadas pela ABNT – quanto as presentes no cenário internacional 
e as que pertencem ao país com o qual estão firmando uma relação, 
quando possível.
ISO
Quando falamos nas normas relativas à ABNT, mencionou-se que 
essas instituições apresentam vínculo com a International Organization for 
Standardization (ISO) e, em razão dessa instituição de caráter internacional 
estabelecer que não podem ser ignoradas em todo o mundo, entende-
se que não se pode deixar de lado a compreensão de uma temática tão 
relevante para o âmbito das normas técnicas.
Bioética e Biossegurança
15
Em português, essa norma pode ser traduzida como a Organização 
Internacional de Padronização. Isso implica dizer que tais normas 
promovem a padronização dos produtos e dos serviços, tendo como base 
as normas internacionais para que seja promovida uma melhoria contínua.
Diante disso, a ISO tem como intenção implementar a melhoria 
dos processos de organização, visando aumentar a confiabilidade dos 
produtos e serviços que são por fornecidos por ela.
Em decorrência da credibilidade atribuída, essas normas não são 
de implementação fácil. Portanto, é necessário que muitos critérios sejam 
atendidos para que as empresas sejam dignas da obtenção do certificado 
atrelado à sua inserção.
O certificado servirá para aumentar a qualidade dos serviços 
prestados pela empresa. Trata-se de uma espécie de garantia para os 
seus clientes, fornecedores, funcionários e consumidores, demonstrando 
que tais empresas são capazes e atreladas a boas práticas.
Contudo, ter um certificado não é apenas expô-lo em uma 
parede, mas implementar, de fato, as suas normas na prática e torná-las 
obrigatórias no exercício de suas funções.
Diante do exposto, a ISO são normas reconhecidas em todo o mundo 
e que são vistas com bons olhos a nível internacional, isso implica dizer 
que todos buscam cumprir o fixado por essas determinações, ou seja, 
se fazem presentes em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, 
independentemente das suas desigualdades, pois cada um deles buscará 
um alto padrão de qualidade para que possa ser visto de forma positiva 
tanto no âmbito nacional quanto internacional.
Além disso, se adequar à ISO significa estar em conformidade com 
uma norma que é obedecida em 164 países e que consegue firmar um 
bom padrão de qualidade em todos eles.
Nessa perspectiva, destaca-se que o alcance da qualidade é 
necessário para que se possa garantir que os produtos e os serviços 
ofertados atinjam o mais alto nível de satisfação dos clientes e promover 
um desenvolvimento com base na sustentabilidade, ou seja, que leve 
Bioética e Biossegurança
16
em consideração questões pertencentes ao âmbito econômico, social e 
ambiental.
Assim, várias são as normas estabelecidas pela Isso, mas merecem 
um destaque especial quatro delas, quais sejam:
 • ISO 9000 – direciona a sua atuação para a adoção e o 
estabelecimento das normas referentes ao sistema de gestão da 
qualidade presente nas empresas. Essa norma engloba outras, 
como a ISO 9001, 9004 e 19011.
 • ISO 9001 – apresenta orientações quanto à qualidade de todos 
os processos internos, o que implica dizer que as empresas que 
adotarem essas normas irão: a) operar com uma maior eficiência; 
b) observar e atender a todos os requisitos legais e regulatórios; c) 
alcançar novos clientes; e d) identificar e solucionar as falhas e os 
riscos que apareçam durante o processo.
 • ISO 14000 – determina as normas referentes à implementação 
e à garantia do sucesso do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) 
presente nas organizações.
 • ISO 17025 – engloba os processos voltados para a certificação dos 
laboratórios dos ensaios e de calibração. Então, por meio dessa 
certificação, é possível que fique comprovado que o laboratório 
efetua as suas tarefas com precisão.
Normas Regulamentadoras
O Ministério do Trabalho, no dia 8 de junho de 1978, por meio da 
Portaria nº 3.214, aprovou as normas relacionadas à Segurança e Medicina 
do Trabalho. Nesse documento, inicialmente foram aprovadas 28 normas 
regulamentadoras e, posteriormente, foram aprovadas mais nove normas 
regulamentadoras, conforme pode ser observado a seguir:
 • NR 29 - Portaria nº 53, de 17 de dezembro de 1997.
 • NR 30 - Portaria nº 34, de 4 de dezembro de 2002.
 • NR 31 - Portaria nº 86, de 3 de março de 2005.
Bioética e Biossegurança
17
 • NR 32 - Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005.
 • NR 33 - Portaria nº 202, de 22 de dezembro de 2005.
 • NR 34 - Portaria nº 200, de 20 de janeiro de 2012.
 • NR 35 - Portaria nº 313, de 25 de março de 2012.
 • NR 36 - Portaria nº 555, de 18 de abril de 2013.
 • NR 37 - Portaria nº 1186, de 05 de fevereiro de 2019.
Figura 2 – Cerimônia de revisão e modernização das Normas Reguladoras da Saúde e 
Segurança do Trabalho
Fonte: Wikimedia Commons.
Portanto, atualmente, existem 37 normas regulamentadoras 
cuja elaboração e modificações são sempre realizadas por meio de 
uma comissão tripartite, constituída por representantes do Governo, 
empregadores e empregados. 
Todas essas normas são obrigatórias para todas as empresas 
brasileiras, públicas e privadas, que são regidas pela Consolidação das 
Leis do Trabalho devendo ser periodicamente revisadas por meio do 
Ministério do Trabalho.
Bioética e Biossegurança
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho
18
Quadro 2 – Normas regulamentadoras
NÚMERO NORMA REGULAMENTADORA
NR 1 Disposições gerais.
NR 2 Inspeção prévia.
NR 3 Embargo ou interdição.
NR 4
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e 
em Medicina do Trabalho (SESMT).
NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
NR 6 Equipamento de proteção individual.
NR 7 Programa de controle médico de Saúde Ocupacional.
NR 8 Edificações.
NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
NR 10 Instalações e serviços em eletricidade.
NR 11
Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio 
de materiais.
NR 12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.
NR 13 Caldeiras e vasos de pressão.
NR 14 Fornos industriais.
NR 15 Atividades e operações insalubres.
NR 16 Atividades e operações perigosas.
NR 17 Ergonomia.
NR 18
Condições e Meio Ambiente de trabalho na indústria da 
construção.
NR 19 Explosivos.
NR 20 Líquidos combustíveis e inflamáveis.
NR 21 Trabalhos a céu aberto.
NR 22 Segurança e saúde ocupacional na mineração.
NR 23 Proteção contra incêndios.
NR 24
Condições sanitárias e de conforto nos locais de 
trabalho.
NR 25 Resíduos industriais.
Bioética e Biossegurança
19
NR 26 Sinalização de segurança.
NR 27
Registro profissional do técnico de segurança do 
trabalho no Ministério do Trabalho.
NR 28 Fiscalização e penalidades.
NR 29
Norma regulamentadora de segurança e saúde no 
trabalho portuário.
NR 30 Segurança e saúde no trabalho aquaviário.
NR 31
Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, 
silvicultura, exploração florestal e aquicultura
NR 32
Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos 
de Saúde.
NR 33 Segurança e saúde no trabalho em espaços confinados.
NR 34
Condições e Meio Ambiente de trabalho na indústria da 
construção e reparação naval.
NR 35 Trabalho em altura.
NR 36
Norma regulamentadora sobre abate e processamento 
de carnes e derivados.
NR 37 Segurança e saúde em plataformas de petróleo.
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
VOCÊ SABIA?
A Norma Regulamentadora nº 37 foi aprovada em 12 de 
dezembro de 2018, por meio da Portaria nº 1.186, que 
aprovou a criação dessanorma após quase dez anos de 
discussão sobre a segurança nas plataformas de petróleo.
Assim, as políticas públicas vêm sendo trabalhadas no sentido 
de normatizar a segurança e a Medicina do Trabalho, os descartes de 
resíduos e a segurança do Meio Ambiente.
Bioética e Biossegurança
20
RESUMINDO:
Nesta competência, você conheceu o que são as normas 
técnicas e as normas regulamentadores e aprendeu o 
que cada uma delas trata. Viu que, atualmente, existem 
37 normas regulamentadores e que essas normas são 
obrigatórias para todas as empresas brasileiras. Além disso, 
você teve a oportunidade de compreender o que é a norma 
em sentido geral, bem como entender o que é a ABNT e 
que a sua função não se relaciona apenas com a produção 
de artigos e trabalhos de conclusão de concurso, já que a 
sua aplicação se faz imprescindível para diversos setores da 
sociedade. Afinal, a ABNT fixa variadas normas destinadas 
à organização e ao alcance do desenvolvimento. Também 
aprendemos qual a relação entre a ABNT e a ISO, abordando 
o conceito, a importância e quais são as principais normas 
relativas a esse instituto presente no âmbito internacional 
e que pode ser aplicado em vários setores e países, tendo 
em vista o alcance dos certificados e, consequentemente, 
das garantias de qualidades atreladas a eles.
Bioética e Biossegurança
21
Comitês de Ética de Pesquisas em Animais 
e Humanos
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos entender a Resolução nº 466, de 
12 de dezembro de 2012, o Comitê de Ética em pesquisa 
e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (com as 
atribuições e as orientações técnicas do Conselho Nacional 
de Controle de Experimentação Animal e as comissões 
de ética no uso de animais). Isso será fundamental para 
o exercício de sua profissão. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante!.
Resolução nº 466, de 12 de Dezembro de 
2012
Antes de abordar os comitês de ética em pesquisa, é fundamental 
frisar que a importante Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996, do 
Ministério da Saúde, considerada um marco no que se refere às diretrizes 
e às normas regulamentadoras para as pesquisas com seres humanos de 
forma direta e indireta, individualmente ou coletivamente, em todos os 
campos profissionais (biológico, cultural, educacional, psíquico e social), 
foi substituída pela Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, que 
está vigente até os dias atuais.
Essa nova resolução trouxe pontos muito importantes com relação:
 • Aos aspectos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos.
 • Ao termo de consentimento livre e esclarecido.
 • Ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).
 • Ao Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).
Nessa perspectiva, a Resolução nº 466/2012 precisa ser cumprida 
perante aquelas pesquisas que envolvem os seres humanos, pois, desse 
modo, serão atendidos os fundamentos éticos e científicos. É importante 
Bioética e Biossegurança
22
destacar que, dentre as diversas exigências presentes nessa resolução, 
indica-se a obrigatoriedade delas aos participantes ou representantes, 
que devem ser esclarecidos quanto aos procedimentos adotados durante 
a efetuação de toda a pesquisa. Para tanto, precisam ser levados em 
consideração tanto os seus riscos quanto os seus benefícios.
Essa resolução também se relaciona com a Bioética, tendo em 
vista que considera a ótica do indivíduo e de suas coletividades. Por 
isso, os princípios dessa área precisam ser considerados, sendo esses: a 
autonomia, a maleficência, a beneficência, a justiça e a equidade. Contudo, 
eles não são os únicos princípios a serem considerados, pois devem 
assegurar os seus direitos e deveres como participantes e integrantes 
vinculados a uma pesquisa. 
Comitê de Ética em Pesquisa
A vida dos seres humanos e dos animais é protegida em diversos 
aspectos e as normas relativas à vida se fazem presentes em vários 
dispositivos, tanto nas normas nacionais quanto internacionais, pois essa é 
uma temática que precisa não só ser debatida, como também respeitada.
Toda pesquisa que envolve seres humanos e animais precisa ser 
submetida a um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Portanto, todas as 
instituições que realizam pesquisas envolvendo seres humanos e animais 
são obrigadas a ter um Comitê de Ética em pesquisa.
Figura 3 – Pesquisa com animais
Fonte: Freepik.
Bioética e Biossegurança
23
Nos casos em que a instituição não tem um Comitê de Ética em 
pesquisa, o pesquisador deve encaminhar o projeto de pesquisa para 
outra instituição que tenha o comitê.
Todo Comitê de Ética em pesquisa deve ser formado por um 
colegiado com número não inferior a sete membros, devendo ser 
composto de profissionais da área da Saúde, exatas, sociais e humanas 
e, pelo menos, por um membro da sociedade representando os usuários.
Todos os membros devem ter liberdade com relação à tomada 
de decisões no exercício de suas funções, mantendo sempre o caráter 
confidencial referente a todas as informações recebidas, não podendo 
sofrer nenhum tipo de pressão por superiores hierárquicos ou por 
indivíduos interessados em uma determinada pesquisa e se isentando de 
qualquer envolvimento financeiro e conflito de interesse.
Diante do exposto, o CEP é um colegiado de natureza interdisciplinar 
e independente que é dotado de relevância pública, sendo que, dentre 
as suas características, pode-se mencionar que eles são consultivos, 
deliberativos e educativos. A sua criação é voltada para a defesa dos 
interesses dos participantes da pesquisa, considerando critérios como 
a sua integridade e a sua dignidade, além das contribuições destinadas 
para o desenvolvimento da pesquisa relativa aos padrões éticos.
Todas as pesquisas que envolvam os seres humanos, tanto 
individuais quanto de forma coletiva, ainda que eles só apareçam em 
uma parte de seu estudo, de forma direta ou indireta, precisarão ser 
submetidas ao comitê de ética. Esse comitê analisará se a pesquisa 
poderá ter continuidade em virtude da proteção aos participantes.
Bioética e Biossegurança
24
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa 
(CONEP)
A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) é uma 
autoridade colegiada vinculada ao Comitê de Ética e pesquisa. 
A função dessa comissão é avaliar os aspectos éticos da pesquisa 
relacionados aos seres humanos, além de adequar e atualizar as normas. 
Nesses casos, pode ser consultada a sociedade em geral sempre que for 
necessário.
Todos os comitês de ética em pesquisa precisam estar registrados 
na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, tendo como função o registro 
e a supervisão do funcionamento dos comitês, podendo ainda cancelar 
os registros e elaborar as diretrizes referentes à acreditação dos comitês 
de ética que estão registrados.
Todas as pesquisas com seres humanos precisam atender aos 
princípios éticos, por exemplo:
 • Autonomia individual.
 • Direito à informação.
 • Consentimento esclarecido.
 • Privacidade.
 • Confidencialidade.
 • Os benefícios da pesquisa devem sempre ser maiores que todos 
os riscos,
 • A participação deve ser livre, voluntária e consciente, sendo 
que o indivíduo não pode ser induzido a participar da pesquisa. 
Não se pode trabalhar em pesquisas com indivíduos que sejam 
dependentes dos próprios pesquisadores, funcionários do 
laboratório e presidiários, visto que esses grupos constituem 
indivíduos que tendem a apresentar grandes dificuldades de 
demonstrar a sua recusa de participação na pesquisa.
Bioética e Biossegurança
25
É necessário que sejam tomados esses cuidados nas pesquisas 
com pacientes hospitalizados, visto que, na maioria dos casos, essas 
pessoas estão vulneráveis e dependentes dos profissionais da Saúde.
O pesquisador é obrigado a estabelecer todas as condições 
necessárias para que o paciente possa aceitar ou recusar a sua participação 
na pesquisa, tendo a liberdade de se recusar a participar, mas isso não 
pode trazer prejuízo ao seutratamento.
Para participar da pesquisa o indivíduo não pode receber nenhuma 
remuneração, pois o pagamento pode impedir a livre decisão do indivíduo 
de participar ou não da pesquisa.
Nos casos em que existe um gasto com a pesquisa, o indivíduo 
avaliado deve ser reembolsado pelo transporte, alimentação, perda do 
dia de trabalho etc.
O pagamento não pode e não deve ser padronizado. Cada 
participante deverá ser reembolsado conforme as suas despesas pessoais 
decorrentes da participação na pesquisa.
É necessário que todos os indivíduos pesquisados sejam 
esclarecidos sobre a natureza da pesquisa, os objetivos, os métodos, 
a duração, os riscos físicos e sociais, os benefícios, a possibilidade de 
liberdade de recusa, a revogação do consentimento dado e a garantia do 
sigilo.
É fundamental que fique claro que o pesquisado tem o direito de 
revogar a sua decisão a qualquer momento sem que tenha prejuízos pela 
assistência que já vem recebendo.
Ainda sobre a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, é 
importante que se tenha em mente que ela se relaciona de forma direta 
com o Conselho Nacional de Saúde (CNS). Além disso, a sua formação 
leva em consideração questões multi e transdisciplinares. Isso significa 
que são diversos os representantes reunidos e que pertencem a outras 
áreas do saber. Assim, a avaliação dos aspectos éticos considerará o 
mesmo assunto sobre diversas óticas.
Bioética e Biossegurança
26
Pesquisa com Animais
O Decreto nº 6.899, de 15 de julho de 2009, é referente à composição 
da Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), 
determinando todas as normas com relação ao funcionamento e criação 
do cadastro das instituições que fazem uso científico com animais, sendo 
criado também o Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais 
(CIUCA).
Essa não é a única legislação incumbida de dispor sobre a utilização 
de animais no meio científico, sendo que as normas dessa modalidade 
de estudo também se manifestam em outros instrumentos legais que 
integram o ordenamento jurídico brasileiro.
Diante disso, a Lei nº 11.794, de 08 de outubro de 2008, também 
chamada de Lei Arouca, tornou possível que os animais fossem criados e 
pudessem ser utilizados durante atividades de pesquisa desde que elas 
fossem devidamente licenciadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. 
Assim, a Lei nº 11.794/2008, em seu art. 1º, determina que:
Art. 1o A criação e a utilização de animais em atividades de 
ensino e pesquisa científica, em todo o território nacional, 
obedece aos critérios estabelecidos nesta Lei.
§ 1o A utilização de animais em atividades educacionais 
fica restrita a:
I – estabelecimentos de Ensino Superior;
II – estabelecimentos de Educação Profissional Técnica de 
nível Médio da área Biomédica.
§ 2o São consideradas como atividades de pesquisa 
científica todas aquelas relacionadas com ciência básica, 
ciência aplicada, desenvolvimento tecnológico, produção 
e controle da qualidade de drogas, medicamentos, 
alimentos, imunobiológicos, instrumentos, ou quaisquer 
outros testados em animais, conforme definido em 
regulamento próprio.
§ 3o Não são consideradas como atividades de pesquisa 
as práticas zootécnicas relacionadas à agropecuária. 
(BRASIL, 2008, on-line)
Bioética e Biossegurança
27
Outra atribuição e determinação importante da Lei nº 11.794/2008 
consiste na criação do Conselho Nacional de Controle de Experimentação 
Animal, também conhecido por meio de sua sigla Concea. Ele é incumbido 
de formular e fiscalizar as normas destinadas à utilização de animais. 
Contudo, essa permissão não implica dizer que os animais serão usados 
de qualquer maneira, mas que essa prática deve envolver uma visão 
humanitária, pois já se sabe que esses seres são capazes de sentir dor.
Diante disso, a Lei nº 11.974/2008 fixa aquilo que pode e o que 
não pode ser feito com os animais, dando atenção especial para as 
questões envolvendo o sofrimento a que eles serão submetidos. Com a 
intenção de alcançar tais objetivos, o Conselho Nacional de Controle de 
Experimentação Animal criou e organiza o Cadastro das Instituições de 
Uso Científico de Animais, pois desse modo será mais fácil ter um controle 
sobre eles e, ao mesmo tempo, efetuar uma fiscalização mais efetiva 
acerca dos estudos que fazem uso dos animais.
A Lei Arouca também exige que sejam criadas Comissões de Ética 
no Uso de Animais, pois assim as instituições desenvolverão atividades 
de ensino e até de pesquisa destinada aos animais e aos direitos que lhes 
pertencem.
Atribuições do Conselho Nacional de Controle de 
Experimentação Animal
As atribuições do Conselho Nacional de Controle de Experimentação 
Animal são as seguintes:
 • Formular e zelar pelo cumprimento das normas relacionadas com 
a utilização humanitária e ética dos animais no ensino e pesquisa 
científica.
 • Credenciar as instituições para a criação ou a utilização de animais 
com finalidade de ensino ou pesquisa científica.
 • Monitorar e avaliar a introdução de técnicas alternativas que 
substituam a utilização de animais em ensino ou pesquisa científica. 
Bioética e Biossegurança
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 • Estabelecer e rever, periodicamente, as normas para uso e 
cuidados com animais para ensino e pesquisa científica, em 
consonância com as convenções internacionais das quais o Brasil 
seja signatário. 
 • Organizar e revisar de forma periódica todas as normas técnicas 
referentes à instalação e ao funcionamento dos centros de criação, 
biotérios e laboratórios de experimentação animal.
 • Organizar e revisar de forma periódica as normas sobre o 
credenciamento de instituições que criem ou utilizem animais 
para ensino e pesquisa.
 • Garantir a atualização dos cadastros quanto aos protocolos 
experimentais ou pedagógicos, utilizáveis para os procedimentos 
de ensino e projetos de pesquisa científica realizados ou em 
andamento no país.
 • Elaboração e submissão junto ao Ministro da Ciência e Tecnologia, 
para aprovação, do regimento interno.
Orientações Técnicas do Conselho Nacional de 
Controle de Experimentação Animal
A Orientação Técnica do Conselho Nacional de Controle de 
Experimentação Animal nº 4, de 20 de março de 2015, apresenta todas as 
responsabilidades que as instituições que produzem ou mantêm animais 
nas atividades relacionadas ao ensino ou pesquisa científica e suas 
Comissões de Ética no Uso de Animais (CEUAs) precisam seguir:
 • A estrutura física deve ser adequada para as pesquisas que serão 
desenvolvidas.
 • Existência de um sistema de registro automatizado, para o 
monitoramento do número de animais produzidos e utilizados na 
instituição, cujos dados deverão compor o relatório das CEUAs.
 • Abertura de contas de endereço eletrônico institucionais 
específicas para a instituição, para as CEUAs e para os biotérios, 
os quais devem ser disponibilizadas ao CONCEA.
Bioética e Biossegurança
29
 • Registro das atividades profissionais realizadas nas CEUAs, 
especificando as horas de trabalho prestadas.
 • Subsídios materiais e financeiros para a formação e atualização 
técnica dos membros das CEUAs, tais como: participação em 
cursos ou eventos relacionados com suas atividades.
Comissões de Ética no uso de Animais
Segundo a Lei nº 11.794/2008, as Comissões de Ética no Uso dos 
Animais são tidas como condição de caráter indispensável para que ocorra 
o credenciamento das instituições que exercem atividades de ensino ou 
de pesquisa destinada aos animais. Nos termos dessa lei, tais comissões 
serão compostas de:
 • Médicos veterinários e biólogos.
 • Docentes e pesquisadores na área específica da qual fazem parte.
 • Uma pessoa que represente a sociedade protetora dos animais de 
forma legal, levando em consideração as disposições relativas ao 
país e àquilo que está exposto em seu regulamento.
Com relação à sua competência, o art. 10 da Lei nº 11.794/2008 
destaca que:
Art. 10. Compete às CEUAs:
I– cumprir e fazer cumprir, no âmbito de suas atribuições, 
o disposto nesta Lei e nas demais normas aplicáveis 
à utilização de animais para ensino e pesquisa, 
especialmente nas resoluções do CONCEA;
II – examinar previamente os procedimentos de ensino e 
pesquisa a serem realizados na instituição à qual esteja 
vinculada, para determinar sua compatibilidade com a 
legislação aplicável;
III – manter cadastro atualizado dos procedimentos de 
ensino e pesquisa realizados, ou em andamento, na 
instituição, enviando cópia ao CONCEA;
IV – manter cadastro dos pesquisadores que realizem 
procedimentos de ensino e pesquisa, enviando cópia ao 
CONCEA;
Bioética e Biossegurança
30
V – expedir, no âmbito de suas atribuições, certificados que 
se fizerem necessários perante órgãos de financiamento 
de pesquisa, periódicos científicos ou outros;
VI – notificar imediatamente ao CONCEA e às autoridades 
sanitárias a ocorrência de qualquer acidente com os 
animais nas instituições credenciadas, fornecendo 
informações que permitam ações saneadoras. (BRASIL, 
2008, on-line)
As comissões de ética no uso de animais têm como função:
 • Proporcionar a todos os membros o acesso irrestrito e igualitário 
aos processos, protocolos em análise, relatórios e a quaisquer 
documentos relativos à sua atividade.
 • Indicar a assinatura, pelos seus membros, de um termo de 
confidencialidade sobre os projetos e/ou protocolos submetidos 
à sua avaliação.
 • Realizar a divulgação dos trabalhos, anualmente, no âmbito de 
suas instituições, expondo seus critérios de avaliação, o balanço 
de projetos, as estratégias de trabalho e o plano de formação de 
seus recursos humanos.
 • Confirmar que os protocolos e projetos envolvendo animais 
estejam de acordo com a legislação vigente.
 • Monitorar de forma periódica a execução dos protocolos e os 
projetos em andamento, estando atento ao nível de dor, sofrimento, 
distresse e invasividade dos procedimentos nos animais.
 • Dedicar-se para que sejam priorizados, quando possível, os 
métodos alternativos na execução dos projetos desenvolvidos 
na instituição, buscando sempre utilizar o princípio dos três “R”: 
replacement, reduction e refinement.
 • Ter uma página na internet para a publicação das informações 
relacionadas aos procedimentos.
 • Disponibilizar os dados atuais dos projetos e dos protocolos em 
execução na instituição, inclusive com o prazo de vigência.
Bioética e Biossegurança
31
Assim, essa Comissão tem como finalidade deixar o mais 
transparente possível a ética no uso de animais em pesquisas, divulgar 
anualmente os trabalhos, dentre outras atribuições.
RESUMINDO:
Nesta competência, você estudou a pesquisa com animais 
e o decreto que a regulamenta. Também conheceu as 
atribuições e as Orientações Técnicas do Conselho Nacional 
de Controle de Experimentação Animal e a Comissões de 
Ética no uso de animais. Além disso, pudemos entender 
aspectos importantes sobre a Resolução nº 466/2012, 
que dispõe sobre as pesquisas que envolvem humanos, 
bem como a obrigatoriedade da permissão de autorização 
por parte do Comitê de Ética para que as pesquisam 
aconteçam dentro das normas esperadas e permitidas em 
nível internacional e nacional. Também destinamos atenção 
especial para o entendimento acerca da importância da 
ética e do atendimento às normas para efetuar pesquisas 
que façam uso dos animais, tendo em vista que os direitos 
desses seres também precisam ser assegurados e 
protegidos.
Bioética e Biossegurança
32
Resíduos Sanitários
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos entender a formação de resíduos, 
quem são os geradores de resíduos dos serviços de 
Saúde, as atribuições das empresas geradoras de resíduos 
do serviço de Saúde, as substâncias perigosas, o plano 
de gerenciamento de resíduos de serviços de Saúde e 
os tipos de resíduos (A, B, C, D e E). Isso será fundamental 
para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante!.
Formação de Resíduos
Após a Revolução Industrial, apareceu a sociedade de consumo, 
sendo necessária, portanto, uma infraestrutura e locais específicos para a 
disposição final dos resíduos sólidos.
Até os dias atuais, a destinação de um local apropriado para o 
despejo de todos os resíduos ainda é um grande problema. Um desses 
casos é o grande aumento da produção dos resíduos não orgânicos, sem 
a decomposição natural, devido à falta de locais para a disposição final.
Infelizmente, o progresso em todo o mundo vem trazendo grandes 
danos ao Meio Ambiente, dentre eles:
 • Aumento da poluição ambiental.
 • Aquecimento global.
 • Contaminação dos reservatórios naturais.
 • Diminuição da camada de ozônio.
Bioética e Biossegurança
33
Geradores de Resíduos dos Serviços de 
Saúde
Foi só no século passado o que Brasil começou a se preocupar 
com o Meio Ambiente. Existem, atualmente, várias questões ambientais 
que podem ser observadas tanto no Brasil como no mundo, devido, em 
grande parte, aos elevados níveis da degradação ambiental e dos agravos 
a saúde do ser humano.
O objetivo fundamental para esse caso é a prevenção da 
contaminação ambiental. Essa importante ação de prevenção pode ser 
atingida por meio de processos considerados ecologicamente corretos, 
com o objetivo de operarem no combate ao ciclo contaminante dos 
resíduos dos serviços da Saúde ao Meio Ambiente.
Figura 4 – Resíduos dos serviços de Saúde
Fonte: Wikimedia Commons.
Bioética e Biossegurança
34
VOCÊ SABIA?
No Brasil, existe uma importante associação sem fim 
lucrativo que representa todas as empresas que trabalham 
com a prestação de serviços de limpeza urbana e manejo 
dos resíduos sólidos e atua de forma conjunta com 
os setores públicos e privados, realizando uma troca 
permanente de informações. Essa associação se chama 
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e 
Resíduos Especiais (Abrelpe). Você pode conhecer mais 
sobre a Abrelpe clicando aqui.
Atribuições das Empresas Geradores de 
Resíduos do Serviço de Saúde
É obrigatório que todas as empresas geradoras de resíduos do 
serviço de Saúde elaborem um plano de gerenciamento de Saúde com 
base nas características dos resíduos e na classificação dos resíduos 
gerados, definindo as diretrizes quanto ao seu manejo. 
Todos as organizações que produzem resíduos de serviços de 
Saúde são regulamentadas por meio da Resolução da Diretoria Colegiada 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nº 222/2018 e pela 
Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 358/2005. 
Os estabelecimentos que produzem resíduos são: 
 • Hospitais.
 • Clínicas médicas.
 • Laboratórios de análises clínicas.
 • Funerárias.
 • Farmácias.
 • Estabelecimentos de ensino e pesquisa.
 • Centros de controle de zoonoses.
 • Distribuidores de produtos farmacêuticos.
Bioética e Biossegurança
http://abrelpe.org.br/
35
 • Importadores de unidades móveis de atendimento à saúde.
 • Serviços de acupuntura.
 • Dentre outros.
Substâncias Perigosas
De acordo com a NBR 10.004 da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), existem algumas substâncias e produtos de várias 
classes que são considerados perigosos, visto que podem oferecer um 
risco potencial a todos os seres vivos e ao Meio Ambiente.
Algumas das características que esses produtos apresentam são:
 • Inflamabilidade.
 • Corrosividade.
 • Reatividade.
 • Toxicidade.
Figura 5 – Símbolo de substâncias radioativas
Fonte: Pixabay.
A responsabilidade do destino de todos os resíduos é sempre de 
quem os gerou, tendo também responsabilidade pelo acompanhamento 
e gerenciamento de todos os resíduos gerados nos serviços de Saúde, 
com o objetivo de preservar da Saúde pública e a qualidade do ambiente.
Bioética e Biossegurança
36
Os tipos de resíduos produzidos nos serviços de Saúde podem ser:
 • Infectantes.
 • Químicos.
 • Perfurocortantes.
 • Resíduos comuns.
Plano de Gerenciamentode Resíduos de 
Serviços de Saúde
O plano de gerenciamento de resíduos dos serviços de Saúde deve 
levar em consideração:
 • Critérios técnicos.
 • Legislação ambiental.
 • Normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza 
urbana.
 • Dentre outros.
Nos casos em que o local é composto de mais de um serviço, por 
meio de alvarás sanitários individualizados, o plano de gerenciamento dos 
resíduos de serviços de Saúde deve ser único e precisa cobrir todos os 
serviços existentes, estando sob a responsabilidade técnica da empresa.
No caso de novos serviços, reformas ou devido a ampliações, 
quando houver a solicitação do alvará sanitário, é necessário que seja 
encaminhado o plano de gerenciamento de resíduos de serviços de 
Saúde em conjunto com o projeto básico de arquitetura para a vigilância 
sanitária do município onde o estabelecimento está instalado.
Também deve existir sempre um responsável para a elaboração e 
a implantação do plano de gerenciamento de resíduos de serviços de 
Saúde, o qual precisa ser devidamente habilitado e registrado no conselho 
de classe.
Bioética e Biossegurança
37
Quando a formação do responsável não for compatível com todos 
os conhecimentos necessários, é permitida a assessoria por meio de 
pessoas qualificadas para desempenhar essa função.
Quanto às empresas que prestam serviços terceirizados, é 
indispensável a apresentação de toda a documentação ambiental 
referente ao tratamento ou disposição final dos resíduos de serviços de 
Saúde. 
Esse cadastro só é emitido pelo órgão responsável pela limpeza 
urbana para a coleta e o transporte dos resíduos. Essa documentação 
deve ser requerida junto aos órgãos públicos responsáveis pela execução 
da coleta, transporte, tratamento ou disposição final dos resíduos de 
serviços de Saúde, identificando se está em conformidade com todas as 
orientações dos órgãos de Meio Ambiente.
Todos os registros relacionados aos procedimentos de venda ou 
doação dos resíduos destinados à reciclagem ou compostagem devem 
ser mantidos até a inspeção seguinte. 
As empresas que dispõem de registros dos medicamentos precisam 
mantê-los atualizados junto à Anvisa, por meio de uma lista com todos os 
produtos que, em função do princípio ativo e da forma farmacêutica, não 
oferecem riscos de manejo e disposição final. 
É necessário que sejam informados o nome comercial, o princípio 
ativo, a forma farmacêutica e o registro do produto. Essa lista deve 
ficar disponível no endereço eletrônico da Anvisa para consulta dos 
geradores de resíduos. Deve-se também apresentar qual será a maneira 
do atendimento às orientações e regulamentações federais, estaduais e 
municipais relacionadas ao gerenciamento dos resíduos de serviços de 
Saúde. 
Além disso, é obrigatória a apresentação de todas as ações a serem 
tomadas no caso de situações de emergência e acidentes, revendo as 
ações relacionadas aos processos referentes à prevenção de Saúde do 
trabalhador.
Bioética e Biossegurança
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Essas empresas precisam assegurar a permanência dos programas 
de capacitação, englobando todos os setores geradores de resíduos 
de serviços de Saúde, bem como os setores de higienização e limpeza, 
comissão de controle de infecção hospitalar, comissões internas de 
Biossegurança, serviços de Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho e comissão interna de prevenção de acidentes.
A monitorização e a avaliação do plano de gerenciamento de 
resíduos de serviços de Saúde também é uma função da empresa 
geradora dos resíduos de serviço de Saúde. Essas empresas precisam 
utilizar instrumentos de avaliação e controle para obter informações do 
tipo:
 • Taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes.
 • Variação da geração de resíduos.
 • Variação da proporção de resíduos entre os grupos existentes.
 • Variação do percentual de reciclagem.
Tipos de Resíduos
Os resíduos são divididos em cinco grupos, chamados de: A, B, C, 
D e E.
Grupo A
Os resíduos que fazem parte do grupo A estão envolvidos com 
uma possível presença de agentes biológicos que apresentam maiores 
características de virulência ou concentração, podendo apresentar um 
alto risco de infecção.
O grupo A é dividido em cinco subgrupos de resíduos, que são: A1, 
A2, A3, A4 e A5. Por meio do quadro a seguir, você pode observar cada 
um dos subgrupos.
Bioética e Biossegurança
39
Quadro 3 – Classificação do subgrupo A
A1
- Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação 
de produtos biológicos, descarte de vacinas de microrganismos 
vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados 
para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos 
de laboratórios de manipulação genética.
- Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou 
animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica, 
microrganismos com relevância epidemiológica e risco de 
disseminação ou agente causador de doença emergente que 
se torne importante com relação ao aspecto epidemiológico 
ou ainda, cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido.
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes 
rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com 
prazo de validade vencido.
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou 
líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do 
processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos 
corpóreos na forma livre.
A2
Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos 
provenientes de animais submetidos a processos de 
experimentação com inoculação de microrganismos. Ainda, 
os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de 
microrganismos de relevância epidemiológica e com risco 
de disseminação, que foram submetidos ou não ao estudo 
anátomo patológico ou confirmação diagnóstica.
A3
Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de 
fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas 
ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional 
menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou 
legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares.
Bioética e Biossegurança
40
A4
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando 
descartados.
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; 
membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de 
pesquisa, dentre outros similares.
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes 
contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes.
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, 
lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que 
gere este tipo de resíduos.
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência 
à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos.
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos 
provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos 
anátomo patológicos ou de confirmação diagnóstica.
- Peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de 
animais não submetidos a processos de experimentação com 
inoculação de microrganismos, bem como suas forrações.
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-
transfusão. 
A5
Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfuro cortantes 
ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à 
saúde de indivíduos ou animais.
NOTA:
O conteúdo do subgrupo A é bastante extenso, por isso, 
gostaríamos de chamar a sua atenção para observar 
novamente o quadro acima e perceber como muitos 
desses resíduos estão presentes diariamente no trabalho 
dos profissionais da Saúde. Portanto, é muito importante 
que você conheça toda a sua classificação.
Grupo B
Os resíduos do grupo B são substâncias químicas que podem 
apresentar risco à saúde pública ou ao Meio Ambiente, de acordo com 
as suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e 
toxicidade, por exemplo:
Bioética e Biossegurança
41
 • Os produtos hormonais, antimicrobianos; antineoplásicos,imunossupressores, digitálicos e imunomoduladores precisam de 
uma atenção especial quando forem descartados por meio dos 
serviços de Saúde, como as farmácias, drogarias e distribuidores 
de medicamentos. Também precisam ser levados em consideração 
os resíduos e os insumos farmacêuticos dos medicamentos 
controlados pela Portaria do Ministério da Saúde nº 344, de 12 de 
maio de 1998, e suas atualizações.
 • Resíduos de desinfetantes, contendo metais pesados, reagentes 
para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por esses.
 • Rejeitos de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
 • Rejeitos dos equipamentos automatizados utilizados em análises 
clínicas e demais produtos considerados perigosos, de acordo 
com a classificação da NBR 10.004 da Associação Brasileira de 
Normas e Técnicas (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
Grupo C
O grupo de resíduos do grupo C está relacionado aos materiais 
decorrentes de atividades humanas que apresentam radionuclídeos 
em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas 
normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), sendo que a 
reutilização não pode ser realizada, por exemplo:
 • Materiais decorrentes dos laboratórios de pesquisa e ensino na 
área de Saúde.
 • Laboratórios de análises clínicas, serviços de Medicina Nuclear e 
radioterapia que tenham radionuclídeos em quantidade maior que 
os limites corretos de eliminação.
Grupo D
Este grupo compreende os resíduos que não apresentam risco 
biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao Meio Ambiente, sendo 
semelhantes aos resíduos domiciliares, por exemplo:
Bioética e Biossegurança
42
 • Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças 
descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente e material 
utilizado em antissepsia.
 • Restos de alimentos e do preparo de alimentos.
 • Restos alimentares do refeitório.
 • Resíduos decorrentes das áreas administrativas.
 • Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
 • Resíduos de gesso provenientes dos cuidados à saúde.
Grupo E
Já os resíduos do grupo E estão associados a materiais 
perfurocortantes ou escarificantes, por exemplo:
 • Lâminas de barbear.
 • Agulhas.
 • Escalpes.
 • Ampolas de vidro.
 • Brocas.
 • Limas endodônticas.
 • Pontas diamantadas.
 • Lâminas de bisturi.
 • Lancetas.
 • Tubos capilares.
 • Micropipetas.
 • Lâminas e lamínulas.
 • Todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório.
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Figura 6 – Materiais perfurocortantes
Fonte: Freepik.
VOCÊ SABIA?
O maior acidente envolvendo o descarte de resíduos dos 
serviços de Saúde no Brasil ocorreu há 32 anos, com o césio 
137, na cidade de Goiânia. Esse acidente é considerado o 
maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares. 
RESUMINDO:
Ao longo deste capítulo, pudemos compreender que 
os impactos promovidos pela Revolução Industrial 
trouxeram consequências para o mundo e a sociedade, 
principalmente do ponto de vista do consumo, já que, em 
decorrência dele, mais resíduos são gerados. Os resíduos 
podem ser de vários tipos e estar atrelados a distintos 
setores sociais, sendo que o descarte inadequado deles 
é prejudicial ao Meio Ambiente. Contudo, existem aqueles 
resíduos que precisam de uma maior atenção, como é o 
caso dos resíduos hospitalares e eletrônicos, pois eles 
promovem mais danos à saúde humana que os demais. 
Diante disso, estudamos também quais são as atribuições 
das empresas geradoras de resíduos do serviço de Saúde 
e quais são as substâncias perigosas, sem deixar de lado a 
abordagem que faz menção ao plano de gerenciamento 
dos resíduos de serviços de Saúde. Por fim, abordamos os 
tipos de resíduos e as suas especificidades.
Bioética e Biossegurança
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Gerenciamento de Resíduos dos Serviços 
de Saúde
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos entender o plano para gerenciar os 
resíduos provenientes dos serviços de Saúde e os 8 passos 
para a elaboração do plano para gerenciar os resíduos 
provenientes dos serviços de Saúde. Isso será fundamental 
para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então, vamos lá. Avante!.
Resíduos Provenientes dos Serviços de 
Saúde
Neste item, será estudado o plano para gerenciar os resíduos 
provenientes dos serviços de Saúde e os oito passos para a elaboração 
do plano para gerenciar os resíduos provenientes dos serviços de Saúde.
O gerenciamento dos resíduos dos serviços de Saúde está 
relacionado à:
 • Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa) nº 306, de 07 de dezembro de 2004.
 • Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 
358, de 29 de abril de 2005.
Resolução Anvisa nº 306/2004
Esta resolução apresenta o regulamento técnico para o 
gerenciamento de resíduos de serviços de Saúde, sendo formada por seis 
artigos, anexos e apêndices.
O anexo desta resolução está dividido em: 
 • História.
 • Abrangência.
Bioética e Biossegurança
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 • Gerenciamento dos resíduos de serviços de Saúde.
 • Responsabilidades.
 • Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de Saúde.
 • Manejo de resíduos dos serviços de Saúde.
 • Segurança ocupacional.
Este regulamento é aplicado para todas as empresas geradoras 
de resíduos de serviços de Saúde, estando relacionado aos(às): serviços 
envolvidos no atendimento à saúde humana ou animal; serviços de 
assistência domiciliar; laboratórios analíticos de produtos para saúde; 
necrotérios, funerárias e serviços em que se realizem atividades de 
embalsamamento; serviços de Medicina Legal; drogarias, farmácias, 
estabelecimentos de ensino e pesquisa da área de Saúde; centros 
de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, 
importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para 
diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de 
acupuntura; e serviços de tatuagem.
Essa resolução foi aprovada pela Anvisa tendo como objetivo 
aperfeiçoar as ações presentes no campo do controle sanitário, 
principalmente no que se destina à área de alimentos, buscando que se 
garanta a proteção e a saúde dos indivíduos e da população como um 
todo.
Assim, a Resolução nº 216/2004 pode ser aplicada a todos os tipos 
de serviços de alimentação, sendo que eles são entendidos como os 
estabelecimentos que manipulam, preparam, fracionam, armazenam, 
distribuem, transportam, vendem e entregam os alimentos que são 
preparados e destinados para o consumo.
Bioética e Biossegurança
46
Figura 7 – Exemplo de serviço de alimentação
Fonte: Pixabay.
Assim, dentre os serviços de alimentação, podem ser citados 
como exemplos: cantinas, bufês, confeitarias, restaurantes, padarias, 
lanchonetes etc. Todavia, não estão inclusas nessa definição as unidades 
de terapia de nutrição enteral nem os bancos de leite humano.
Destaca-se que, além dessa legislação, também é necessário que 
os serviços de alimentação presentes nos estabelecimentos de Saúde 
sigam o exigido pela RDC 52, responsável por implementar alterações 
na Resolução nº 216/2004, sendo incumbida de apresentar disposições 
acerca do regulamento técnico de boas práticas para os serviços de 
alimentação.
Resolução Conama nº 358, de 29 de Abril 
de 2005
Esta resolução aborda o tratamento e a disposição final dos resíduos 
dos serviços de Saúde e dividiu os resíduos em cinco grupos de risco: A, 
B, C, D e E. A Resolução Conama nº 358/2005 é dividida em 32 artigos e 
dois anexos que descrevem cada grupo.
Bioética e Biossegurança
47
Figura 8 – Gerenciamento de resíduos
Fonte: Wikimedia Commons.
Assim, em conformidade com o art. 1º da Resolução Conama nº 
358/2005, determina-se ela será aplicada nas seguintes hipóteses:
Art. 1º  Esta Resolução aplica-se a todos os serviços 
relacionados com o atendimento à saúde humana ou 
animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de 
trabalhos de campo;laboratórios analíticos de produtos 
para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se 
realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e 
somatoconservação); serviços de Medicina Legal; drogarias 
e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos 
de ensino e pesquisa na área de Saúde; centros de controle 
de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; 
importadores, distribuidores e produtores de materiais e 
controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de 
atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de 
tatuagem, entre outros similares.
Parágrafo único. Esta Resolução não se aplica a fontes 
radioativas seladas, que devem seguir as determinações 
da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN, e às 
Bioética e Biossegurança
48
indústrias de produtos para a saúde, que devem observar 
as condições específicas do seu licenciamento ambiental. 
(CONAMA, 2005, on-line)
Essa resolução leva em consideração os princípios de prevenção, 
precaução, poluidor pagador e também considera as correções acerca da 
fonte e da integração de vários dos seus órgãos, tendo como intenção o 
licenciamento e a fiscalização nesse âmbito. Também apresenta, dentre 
as suas intenções, diminuir os riscos ocupacionais presentes no ambiente 
de trabalho, ao mesmo tempo que destina proteção ao trabalhador e à 
população como um todo.
Outra forma de diminuir os resíduos é buscar estimular a minimização 
da produção dos resíduos, assim, dentre as suas recomendações, está a 
substituição dos materiais e dos processos para formas que gerem um 
menor risco e que favoreçam a implementação de ações destinadas para 
a prática da reciclagem.
Plano para Gerenciar os Resíduos 
Provenientes dos Serviços de Saúde
O documento que contém todos os procedimentos relacionados 
à gestão, planejamento e implementação é chamado de Plano de 
Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS).
O principal objetivo desse documento é reduzir a produção dos 
resíduos e proporcionar um encaminhamento mais seguro e eficiente 
com relação aos resíduos gerados, garantindo a todos os trabalhadores 
proteção, manutenção da Saúde pública e do Meio Ambiente. 
Esse documento foi criado por meio da Resolução – RDC/ANVISA 
nº 306, de 7 de dezembro de 2004, que apresenta todas as ações 
relacionadas ao manejo dos Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde (RSSS). 
Todas as etapas de manuseio estão presentes no plano de 
gerenciamento de resíduos de serviço de Saúde, desde o planejamento 
dos recursos físicos, materiais, processo de capacitação dos recursos 
humanos que estão direta ou indiretamente envolvidos nas várias etapas 
do manejo, até a disposição final do resíduo.
Bioética e Biossegurança
49
Esse documento tem uma certa particularidade para cada grupo 
de resíduos e riscos observados, apresentando os aspectos relacionados 
com:
 • Manejo.
 • Segregação.
 • Acondicionamento.
 • Identificação.
 • Transporte interno.
 • Armazenamento temporário.
 • Tratamento.
 • Armazenamento externo.
 • Disposição final do resíduo.
Todo o plano deve ser compatível com as normas locais relacionadas 
à coleta, transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços 
de Saúde.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística, no ano de 2012, havia 83.379 unidades de Saúde no Brasil, 
apresentando uma grande variação entre as atividades e produção 
desses resíduos, relacionada tanto com as características quanto com a 
quantidade dos resíduos gerados todos os dias.
O plano de gerenciamento dos resíduos de serviço de Saúde 
é de responsabilidade do gerador do resíduo, sendo obrigatório que a 
elaboração desse documento seja realizada por meio de profissional de 
nível superior que esteja apto e registrado no seu respectivo conselho de 
classe.
Os setores que devem estar envolvidos na unidade de Saúde são: 
 • Setores de limpeza.
 • Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, assim como os 
departamentos de Medicina do Trabalho e Segurança do Trabalho 
(SESMT).
Bioética e Biossegurança
50
Todas as empresas da Saúde geradoras de resíduos devem 
apresentar aos órgãos competentes de vigilância sanitária, até o dia 31 de 
março de cada ano, a declaração informando o cumprimento de todas as 
exigências, de acordo com as Resoluções Federais Conama n° 358/2005 
e Anvisa n° 306/2004. 
Figura 9 – Logomarca da Anvisa
Fonte: Wikimedia Commons.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável 
pela verificação, fiscalização e orientação das técnicas adequadas para o 
manejo de resíduos sólidos dos serviços de Saúde.
Toda empresa geradora de resíduo é obrigada a manter uma cópia 
do plano de gerenciamento de resíduos de serviço de Saúde disponível 
para consulta sempre que for solicitado por uma autoridade competente 
sanitária ou ambiental, assim como pelos funcionários, pacientes, clientes 
e público em geral. 
Os órgãos de Saúde e do Meio Ambiente poderão solicitar uma 
avaliação do plano de gerenciamento de resíduos de serviço de Saúde 
antes de sua implantação.
Passos para a Elaboração do Plano para 
Gerenciar os Resíduos Provenientes dos 
Serviços de Saúde
Existe uma sequência de passos que pode auxiliar na elaboração 
do plano de gerenciamento de resíduos de serviço de Saúde, conforme 
pode ser observado a seguir.
Bioética e Biossegurança
51
1º Passo – Identificação do Problema
Está relacionado ao reconhecimento do problema e à sinalização 
positiva da administração da empresa para o início do processo. Deve ser 
feita uma avaliação preliminar de todos os resíduos sólidos dos serviços 
de Saúde que são gerados pela empresa e um mapeamento de todas as 
áreas envolvidas.
2º Passo – Definição da Equipe de Trabalho
Deve ser escolhido um profissional competente e preparado para ser 
o responsável pela elaboração e implantação do plano de gerenciamento 
de resíduos de serviço de Saúde, devendo estar inscrito junto ao seu 
conselho de classe. 
Figura 10 – Equipe de trabalho
Fonte: Pixabay.
Posteriormente, deve ser constituída a equipe de trabalho, de 
acordo com a tipificação dos resíduos gerados. O responsável pelo 
plano de gerenciamento de resíduos de serviço de Saúde deve atender 
às exigências do Capítulo IV da RDC nº 306/04. Assim, quanto maior o 
Bioética e Biossegurança
52
tamanho da empresa, maior deve ser o grupo multidisciplinar. A equipe 
como um todo deve estar presente e participar de todas as etapas do 
plano.
3º Passo – Mobilização da Organização
Está relacionado ao envolvimento de toda a empresa para a 
organização e a realização do plano de gerenciamento de resíduos de 
serviço de Saúde, com o objetivo de sensibilizar os funcionários sobre o 
processo que vai ser iniciado, por meio de informações sobre resíduos 
sólidos dos serviços de Saúde e o plano de gerenciamento de resíduos 
de serviço de Saúde. 
Para essa atividade, é fundamental que existam reuniões com todos 
os setores da empresa, assim como conferências, oficinas, dentre outras 
atividades.
4º Passo – Diagnóstico da Situação dos Resíduos 
Sólidos dos Serviços de Saúde
Está relacionado ao estudo da situação da empresa com relação 
aos resíduos sólidos dos serviços de Saúde, possibilitando a identificação 
das condições do estabelecimento, as áreas críticas e o fornecimento dos 
dados necessários para a implantação do plano de gestão.
Deve ser realizado um levantamento das atividades desenvolvidas 
na empresa por meio de visitas em todos os setores, sendo que o 
profissional que for realizar esse levantamento deve ter capacidade 
técnica para conseguir direcionar o melhor local de descarte dos tipos de 
resíduos, além de obter os detalhes sobre os tipos desses resíduos e as 
condições específicas em que são gerados.
Deve-se tomar alguns cuidados no momento da elaboração do 
relatório, por exemplo: ele deve ser de fácil leitura, bastante sintético 
e apresentar apenas as informaçõesconsideradas essenciais, com 
argumentos bastante claros e pertinentes.
Bioética e Biossegurança
53
5º Passo – Definição de Metas, Objetivos, Período 
de Implantação e Ações Básicas
Está relacionado com toda a organização e sistematização de 
informações e ações que serão a base para a implantação do plano para 
gerenciar os resíduos provenientes dos serviços de Saúde. Não se pode 
esquecer que a principal finalidade do plano para gerenciar os resíduos 
provenientes dos serviços de Saúde é proporcionar todas as condições 
necessárias para que haja uma total segurança do processo no manejo 
dos resíduos.
6º Passo – Elaboração do Plano para Gerenciar os 
Resíduos Provenientes dos Serviços de Saúde
Nesse momento, deve ser realizada uma hierarquização de todos 
os problemas que foram diagnosticados, verificando a gravidade ou 
urgência, quais são os custos de sua resolução (financeiros, humanos 
e materiais) e qual será o prazo e o esforço necessário para que isso 
aconteça.
Cada plano de gerenciamento de resíduos de serviço de Saúde 
é único. Assim, no plano, devem ser informados, inicialmente, os dados 
da empresa e a caracterização dos aspectos ambientais, como o 
abastecimento de água, os efluentes líquidos, as emissões gasosas, 
os tipos e quantidades de resíduos gerados, a segregação, os tipos 
de acondicionamento, a coleta e o transporte sólido dos resíduos dos 
serviços de Saúde e os roteiros de coleta. 
Também deve ser levado em consideração o transporte interno e 
externo, o armazenamento temporário dos resíduos sólidos dos serviços 
de Saúde, o armazenamento para a coleta externa dos resíduos sólidos 
dos serviços de Saúde, coleta e transporte, o tratamento dos resíduos 
sólidos dos serviços de Saúde e a disposição final dos resíduos sólidos 
dos serviços de Saúde.
Bioética e Biossegurança
54
7º Passo – Implementação do Plano de 
Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde
Este item abrange todas as ações para a implementação do plano de 
gerenciamento de resíduos de serviço de Saúde. Para que isso aconteça, 
é indispensável que exista a disponibilidade dos recursos financeiros, uma 
equipe técnica capacitada e o comprometimento de todos os funcionários, 
independentemente de sua posição dentro da empresa.
8º Passo – Avaliação do Plano para Gerenciar os 
Resíduos Provenientes dos Serviços de Saúde
O plano de gerenciamento de resíduos de serviço de Saúde deve 
ser avaliado periodicamente por meio da verificação dos resultados 
esperados. Pode-se ainda usar outros indicadores que apresentem melhor 
desempenho e que são mais pertinentes que aqueles estabelecidos.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que foi mostrado? Aprendeu mesmo 
tudo? Agora, só para ter certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vou resumir tudo 
o que foi abordado. Assim, estudamos o gerenciamento de 
resíduos dos serviços de Saúde por meio do plano para 
gerenciar os resíduos provenientes dos serviços de Saúde 
e os passos para a elaboração do plano. de Saúde. Diante 
disso, cada um dos passos foi abordado em conformidade 
com as suas especificidades e a maneira como devem ser 
realizados. Também estudamos as especificidades das 
principais resoluções que regem a destinação dos resíduos 
voltados para o âmbito proteção da Saúde dos indivíduos e 
da população como um todo.
Bioética e Biossegurança
55
REFERÊNCIAS
ANDRADE, M. Z. Segurança em laboratórios químicos e 
biotecnológicos. Caxias do Sul: Educs, 2008.
BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Segurança do trabalho: guia 
prático e didático. São Paulo: Érica, 2014.
BRASIL. Lei nº 11.794, de 8 de outubro de 2008. Regulamenta 
o inciso VII do § 1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelecendo 
procedimentos para o uso científico de animais; revoga a Lei no 6.638, 
de 8 de maio de 1979; e dá outras providências. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 2008. 
CÉSPEDES, L.; ROCHA, F. D. Segurança e 
Medicina do trabalho. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA nº 
358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final 
dos resíduos dos serviços de Saúde e dá outras providências. Conama, 
Brasília, DF, 2005. 
HIRATA, M. H.; HIRATA, R. D. C.; MANCINI FILHO, J. Manual de 
Biossegurança. 2. ed. Barueri: Manole, 2012.
SALIBA, T. M. Saúde e Segurança do Trabalho. São Paulo: LTR, 
2008.
VALLE, P. H. C. do. Bioética e Biossegurança. Londrina: Editora e 
Distribuidora Educacional, 2016.
VEATCH, R. M. Bioética. São Paulo: Pearson, 2014.
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	Normas Técnicas da Área da Saúde
	Normas Técnicas
	Associação Brasileira de Normas Técnicas
	ISO
	Normas Regulamentadoras
	Comitês de Ética de Pesquisas em Animais e Humanos
	Resolução nº 466, de 12 de Dezembro de 2012
	Comitê de Ética em Pesquisa
	Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP)
	Pesquisa com Animais
	Atribuições do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal
	Orientações Técnicas do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal
	Comissões de Ética no uso de Animais
	Resíduos Sanitários
	Formação de Resíduos
	Geradores de Resíduos dos Serviços de Saúde
	Atribuições das Empresas Geradores de Resíduos do Serviço de Saúde
	Substâncias Perigosas
	Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
	Tipos de Resíduos
	Grupo A
	Grupo B
	Grupo C
	Grupo D
	Grupo E
	Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde
	Resíduos Provenientes dos Serviços de Saúde
	Resolução Anvisa nº 306/2004
	Resolução Conama nº 358, de 29 de Abril de 2005
	Plano para Gerenciar os Resíduos Provenientes dos Serviços de Saúde
	Passos para a Elaboração do Plano para Gerenciar os Resíduos Provenientes dos Serviços de Saúde
	1º Passo – Identificação do Problema
	2º Passo – Definição da Equipe de Trabalho
	3º Passo – Mobilização da Organização
	4º Passo – Diagnóstico da Situação dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde
	5º Passo – Definição de Metas, Objetivos, Período de Implantação e Ações Básicas
	6º Passo – Elaboração do Plano para Gerenciar os Resíduos Provenientes dos Serviços de Saúde
	7º Passo – Implementação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde
	8º Passo – Avaliação do Plano para Gerenciar os Resíduos Provenientes dos Serviços de Saúde

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