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Doenças Eritematodescamativas

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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Médica / Dermato 
 → Psoríase: 
 É uma doença inflamatória sistêmica, 
 crônica, recidivante que se apresenta 
 principalmente por meio de lesões cutâneas. 
 O HLA-Cw6 está fortemente 
 associado, principalmente a formas mais 
 graves. 
 Apresenta associação com síndrome 
 metabólica, diabetes mellitus, doença 
 cardiovascular, doença inflamatória intestinal 
 e até o surgimento de alguns tipos de câncer 
 Epidemio: 
 ● Incidência: Mulheres = homens 
 ● Pico entre 20 e 30 anos e outro dos 
 50 aos 60 anos 
 ● É mais comum em caucasianos 
 Fisiopatologia: 
 Pode ser ocasionado por fatores 
 genéticos, imunológicos, emocionais, 
 medicamentos, ou agentes infecciosos. 
 Levando a um quadro de Inflamação 
 dermoepidérmica + hiperproliferação e 
 dos ceratinócitos na epiderme. 
 Em peles normais, o tempo de 
 renovação cutânea é de 28 dias, enquanto, 
 em pacientes com psoríase, é de 7 dias. 
 Fatores Desencadeantes: 
 O fator externo mais conhecido é o 
 trauma mecânico . 
 Dentre os fatores sistêmicos que 
 desencadeiam psoríase, temos 
 principalmente infecções e fármacos. As 
 infecções geralmente são bacterianas 
 (principalmentes estreptocócicas). 
 E Drogas - alguns fármacos, como 
 lítio, betabloqueadores, antiinflamatórios não 
 esteroidais (AINEs) e principalmente a 
 redução abrupta de corticoides sistêmicos . 
 Quadro Clínico: 
 ● Placas bem definidas 
 ● Eritematosas 
 ● Com escamas prateadas e aderidas 
 As lesões se distribuem-se de forma 
 simétrica. E acometem principalmente o 
 couro cabeludo, cotovelo, joelhos, região 
 sacral periumbilical e região palmoplantar. 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Médica / Dermato 
 Em geral, as lesões NÃO são 
 pruriginosas. 
 Os sinais semiológicos que utilizamos 
 na psoríase é o Sinal de Auspitz (ou do 
 orvalho sangrento) e o sinal da vela. 
 O sinal de Auspitz consiste em saída 
 de pequena quantidade de sangue quando 
 raspamos e retiramos a escama da lesão de 
 psoríase. 
 Jã o sinal da vela quando consiste em 
 saída de escamas de forma estratificada 
 como se estivéssemos raspando uma vela. 
 → Psoríase Gutata: 
 É típica da infância e geralmente 
 surge abruptamente após uma infecção 
 estreptocócica. 
 Essa infecção mais comumente é 
 uma faringoamigdalite, porém também pode 
 ser cutânea. 
 Clinicamente, são pápulas e 
 pequenas placas arredondadas 
 disseminadas pelo tegumento. Há menos 
 descamação do que na psoríase em placas. 
 Em situações normais, há resolução 
 espontânea em dois a três meses, mas 
 ocasionalmente persiste e evolui para forma 
 em placas. 
 → Psoríase Eritrodérmica: 
 Eritrodermia é um termo utilizado 
 para referir-se a eritema e descamação 
 generalizados que envolvem mais de 80% da 
 superfície corporal de um indivíduo. 
 Portanto, na psoríase eritrodérmica, o 
 paciente apresenta-se com eritema e 
 descamação difusa . 
 As questões de prova, sobre esse 
 tema são semelhantes e abordam um 
 paciente com psoríase que fez uso de 
 corticoide sistêmico, suspendeu 
 abruptamente e evoluiu com eritrodermia. 
 → Psoríase Ungueal: 
 Há comprometimento ungueal em até 80% 
 dos pacientes com psoríase. 
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 Resumo Rayanne Persi - ano 2023 - Clínica Médica / Dermato 
 Em geral, as unhas dos quirodáctilos 
 são mais afetadas do que as unhas dos 
 pododáctilos. 
 As alterações ungueais mais 
 características são a mancha em óleo 
 (mancha amarelada na unha) e os pittings 
 ungueais (pequenas depressões ungueais. 
 O acometimento ungueal tem forte 
 relação com a artrite psoriásica, em especial 
 no acometimento de interfalangeanas distais, 
 com a maioria dos casos ocorrendo dentro 
 do contexto poliarticular. 
 → Tratamento: 
 Os pacientes com psoríase leve, sem 
 acometimento articular são, por regra, 
 tratados com medicações tópicas. 
 Os pacientes com psoríase 
 moderada/grave ou com artrite psoriásica 
 são tratados de forma sistêmica → Os 
 corticoides tópicos são as drogas mais 
 utilizadas. 
 As drogas utilizadas para tratamento 
 sistêmico da psoríase são: metotrexato, 
 ciclosporina, acitretina (não utilizar em 
 mulheres em idade fértil) e imunobiológicos. 
 NÃO devemos utilizar corticoides 
 sistêmicos para o tratamento da 
 psoríase!!! 
 → Pitiríase Rósea de Gilbert: 
 A pitiríase rósea de Gilbert é uma erupção 
 papuloescamosa aguda. 
 Há associação com infecção pelo 
 herpesvirus humano 7 (HHV-7) e, em menor 
 grau, pelo HHV-6 
 Epidemio: 
 ● mais frequência adolescentes e 
 adultos saudáveis 
 ● Entre os 10 - 35 anos 
 Quadro Clínico: 
 Há surgimento de uma placa 
 solitária de cor salmão que mede de 2-4 cm 
 e descamação na parte interna da lesão 
 (“medalhão-mãe”). 
 Posteriormente, há uma erupção de 
 diversas placas ovaladas, semelhantes ao 
 medalhão, porém de menor tamanho. 
 Essa erupção geralmente segue as 
 linhas de força da pele e, no dorso, 
 tipicamente adquire a distribuição chamada 
 de “árvore de Natal”, já a face, palmas e 
 plantas são quase sempre poupadas. Na 
 maioria das vezes, o quadro é 
 assintomático. 
 A erupção dura até 8 semanas e 
 resolve-se espontaneamente, portanto não é 
 necessário tratamento. 
 Diagnóstico Diferencial: 
 ● Sífilis secundária.

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