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Filosofia MEDIEVAL
ENEM
2021
Ronald Honório de Santana
A Filosofia Medieval.
A Filosofia encontra-se com a religião.
Na divisão ocidental, a Idade Média é um período que se
inicia no século V, com a queda do Império Romano do
Ocidente (476), e termina no século XV, com a tomada de
Constantinopla pelos Turcos (1453), que marca o fim do
Império Romano do Oriente.
Os problemas que preocuparam os pensadores e as
correntes filosóficas do período medieval, no entanto,
começaram muito antes, na Antiguidade. Por isso, a filosofia
medieval abarca também filósofos e teólogos antigos, que
contribuíram para elaborar a doutrina Cristã.
A Filosofia encontra-se com a religião.
A expressão “FILOSOFIA MEDIEVAL” pode ainda dar a entender
que existe uma unidade no pensamento filosófico do medievo.
Na verdade, esse período é marcado por inúmeras polêmicas e
controvérsias relacionadas à teoria do conhecimento, à ciência, à
metafísica, à ética, à política e a lógica. O traço comum da maior
parte das correntes filosóficas são os temas místicos e religiosos.
O médio platonismo e o neoplatonismo já apontavam para uma
mudança que se estabeleceu de maneira plena no período
medieval: o pensamento racional se vinculou e se subordinou às
concepções religiosas. Neste contexto, destaca-se o encontro da
filosofia grega com o cristianismo, que vai dar origem ao que se
pode chamar de uma filosofia cristã.
Cronologia representada sem escala 
temporal. 
Filosofia Medieval Patrística
Justino 103- 165 d.C.
Clemente de Alexandria 150- 215 d.C.
Orígenes 185- 254 d.C.
Plotino 205- 270 d.C.
Porfírio 232- 305 d.C. 
Agostinho 354 – 430 d.C.
Fílon de Alexandria 20 a.C. – 50 d.C.
Cronologia representada sem escala temporal. 
Filosofia Medieval Escolástica
Anselmo 1034- 1109 d.C.
Roscelino 1050- 1123 d.C.
Averróis 1126- 1198 d.C.
Maimônides 1135- 1204 d.C.
Alberto Magno 1200- 1280 d.C. 
Guilherme de Ockham 1280 – 1349 d.C.
Avicena 980 – 1037 d.C.
Tomás de Aquino 1224 – 1274 d.C.
Roger Bacon 1214 – 1292 d.C.
A Filosofia Medieval.
A formação da filosofia medieval
Cristianismo como elemento 
fundamental na vida do ser 
humano europeu, 
influenciando 
profundamente os modos 
pelos quais os seres 
humanos vivem, pensam, 
sentem e explicam suas 
vidas. 
A filosofia medieval 
desenvolve-se no interior da 
cultura cristã.
A Filosofia Medieval.
A formação da filosofia medieval
Paulo (9-64): preconização da substituição 
do aparente conhecimento filosófico pela 
verdadeira sabedoria cristã.
A primazia cultural do 
cristianismo impõe a redefinição 
de temas consagrados na 
filosofia antiga (Universo, 
natureza humana, moral) e 
apresenta novos temas à 
especulação racional, como a 
noção de Deus criador.
O problema das relações entre o 
saber revelado do cristianismo e 
o saber racional da especulação 
filosófica.
A Filosofia Medieval.
A formação da filosofia medieval
Filosofia cristã: entendida como 
pesquisa racional sobre os diversos 
temas que dizem respeito aos seres 
humanos; realizada em suas 
articulações com a noção de saber 
revelado.
As disputas teóricas, realizadas nas 
universidades, consistiam em debates 
acerca de problemas filosóficos. 
As soluções oferecidas na polêmica 
sobre os universais: realismo, 
nominalismo e realismo moderado.
A Filosofia Cristã e a Patrística.
A filosofia cristã surgiu da necessidade de defender, 
formular uma doutrina e expandir o cristianismo.
Do século I ao século IX, os Padres da Igreja 
procuraram formular os princípios fundamentais do 
Cristianismo a partir da interação das escrituras 
sagradas. Muitas vezes, nessa elaboração, foram 
utilizados conceitos e formulações da filosofia grega 
para afirmar o cristianismo.
A Filosofia Cristã e a Patrística.
Em muitas escolas filosóficas da antiguidade, as 
concepções místicas já conviviam com a investigação 
racional (como foi o caso de Pitágoras, Platão, Aristóteles, 
Plotino e Fílon). Isso facilitou a utilização de certos 
conceitos filosóficos para a reafirmação do cristianismo. 
Dessa ação, permeada por polêmicas e discussões, foram 
se estabelecendo documentos e autoridades aceitos como 
referências para a igreja Católica. Por ser um processo 
realizado principalmente por padres, esses período ficou 
conhecido como PATRÍSTICA.
Os apologistas adaptaram os textos platônicos, mais 
adequados à nova fé. Os principais temas: a natureza de 
Deus e da alma, a vida futura, o confronto entre o bem e o 
mal, a noção de pecado e de salvação, a questão do tempo.
A Filosofia Cristã e a Patrística.
Na Filosofia Cristã, a especulação racional está 
subordinada aos credos fundamentais da religião cristã. A 
filosofia está delimitada pela revelação, ou seja, pelo 
conhecimento transmitido por Deus ao homem. A verdade 
já está posta, cabe à filosofia auxiliar o homem a seguir o 
caminho da salvação.
Agostinho de Hipona redigiu: Confissões
De magistro A cidade de Deus Sobre a 
trindade
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Agostinho
A obra de Agostinho (354-430) 
assinala a formação da 
filosofia cristã e ocupa 
importante posição no 
pensamento filosófico 
ocidental. 
Apropriando-se de noções 
teóricas do platonismo, 
Agostinho investiga 
profundamente as relações 
entre o ser supremo (Deus 
criador) e os seres imperfeitos 
(as criaturas).
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A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Agostinho
Cidade de Deus e Cidade dos 
Homens:
Dimensões claramente 
distintas, sendo que a 
primeira caracteriza-se pelo 
amor a Deus sobre todas as 
coisas, e a segunda 
caracteriza-se pelo 
desvirtuamento no amor de 
si.
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Agostinho
Deus como ser absoluto e 
supremo: todas as criaturas 
recebem seu ser do criador 
(Deus).
Sendo Deus absolutamente 
bom, o mal não pode ser 
sua criação: o mal não 
existe como ser (negação 
do caráter ontológico do 
mal).
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Agostinho
Um problema filosófico 
formulado em Confissões: qual a 
origem do mal?
Origem do mal: o livre-arbítrio 
humano.
Dotado de inteligência, memória 
e vontade, o ser humano 
escolheu o desvio do bem, o 
mal, amando a si mesmo sobre 
todas as coisas.
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Agostinho
• Memória, vida interior e felicidade;
• Felicidade: inscrita por Deus na memória dos homens e revelando 
a profundidade da vida interior dos seres humanos;
• Verdades: pela luz eterna da razão, são comunicadas por Deus aos 
homens e instaladas em sua memória;
• É possível chegar a Deus pelo homem interior?
• Identidade entre a procura por Deus e a procura pela felicidade. 
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Agostinho
Três estados possíveis diante da 
felicidade: felicidade propriamente 
dita, esperança de felicidade e 
infelicidade. 
O amor universal à felicidade como 
testemunho de sua existência na 
memória. 
Felicidade como verdadeira alegria: 
existe somente na verdade divina.
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Agostinho
As indagações sobre o tempo:
A eternidade de deus.
É descabida a pergunta sobre o que 
fazia Deus antes da criação, porque o 
próprio tempo origina-se apenas com 
a criação.
Com a criação dos seres mutáveis, 
surgem pretérito, presente e futuro.
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Agostinho
Passado, presente e futuro são 
localizados na alma humana: 
presente das coisas passadas, 
presente das coisas presentes e 
presente das coisas futuras.
O tempo adquire significado no 
homem interior.
1. (Enem 2019) De fato, não é porque o homem pode usar a
vontade livre para pecar que se deve supor que Deus a concedeu
para isso. Há, portanto, uma razão pela qual Deus deu ao homem
esta característica, pois sem ela não poderia viver e agir
corretamente. Pode-se compreender, então, que ela foi concedida
ao homem para esse fim,considerando-se que se um homem a
usar para pecar, recairão sobre ele as punições divinas. Ora, isso
seria injusto se a vontade livre tivesse sido dada ao homem não
apenas para agir corretamente, mas também para pecar. Na
verdade, por que deveria ser punido aquele que usasse da sua
vontade para o fim para o qual ela lhe foi dada?
AGOSTINHO. O livre-arbítrio. In: MARCONDES, D. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
Nesse texto, o filósofo cristão Agostinho de Hipona sustenta que
a punição divina tem como fundamento o(a):
a) desvio da postura celibatária.
b) insuficiência da autonomia moral.
c) afastamento das ações de desapego.
d) distanciamento das práticas de sacrifício,
e) violação dos preceitos do Velho Testamento.
2. (Enem 2018) Não é verdade que estão ainda cheios de velhice
espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar o céu e
a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que não
ficou sempre assim no decurso dos séculos, abstendo-se, como antes,
de toda ação? Se existiu em Deus um novo movimento, uma vontade
nova para dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode haver
verdadeira eternidade, se n’Ele aparece uma vontade que antes não
existia?”
AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo
da reflexão filosófica sobre a(s):
a) essência da ética cristã.
b) natureza universal da tradição.
c) certezas inabaláveis da experiência.
d) abrangência da compreensão humana.
e) interpretações da realidade circundante.
3. (Enem PPL 2015) Se os nossos adversários, que admitem a
existência de uma natureza não criada por Deus, o Sumo
Bem, quisessem admitir que essas considerações estão
certas, deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de
atribuir a Deus tanto a autoria dos bens quanto dos males.
Pois sendo Ele fonte suprema da Bondade, nunca poderia ter
criado aquilo que é contrário à sua natureza.
AGOSTINHO. A natureza do Bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005 (adaptado).
Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do mal
porque:
a) o surgimento do mal é anterior à existência de Deus.
b) o mal, enquanto princípio ontológico, independe de Deus.
c) Deus apenas transforma a matéria, que é, por natureza, má.
d) por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal.
e) Deus se limita a administrar a dialética existente entre o bem
e o mal.
4. (Enem 2ª aplicação 2010) “Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e
Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o
filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a
um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de
Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de
Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou
adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que,
perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu
séquito, que,insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo
reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles
estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar em Tebas,
dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se
rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia”.
Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28/08/2010 (adaptado).
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do
determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a
relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão
filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:
a) “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim
mesmo.” (Jean Paul Sartre)
b) “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva
o que quiser.” (Santo Agostinho)
c) “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.”
(Arthur Schopenhauer)
d) “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o
mesmo.” (Michel Foucault)
e) “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e
semelhança.” (Friedrich Nietzsche)
(Enem digital 2020) Sem negar que Deus prevê todos os
acontecimentos futuros, entretanto, nós queremos livremente aquilo
que queremos. Porque, se o objeto da presciência divina é a nossa
vontade, é essa mesma vontade assim prevista que se realizará. Haverá,
pois, um ato de vontade livre, já que Deus vê esse ato livre com
antecedência.
SANTO AGOSTINHO. O livre-arbítrio. São Paulo: Paulus, 1995 (adaptado).
Essa discussão, proposta pelo filósofo Agostinho de Hipona (354-430),
indica que a liberdade humana apresenta uma:
a) natureza condicionada.
b) competência absoluta.
c) aplicação subsidiária.
d) utilização facultativa.
e) autonomia irrestrita.
ESCOLÁSTICA.
Escolástica é o nome dado à filosofia ensinada nas 
escolas cristãs da Europa ocidental durante a Baixa 
Idade Média. Nessas escolas eram ensinadas as artes 
liberais (gramatica, lógica, retorica, geometria, 
aritmética, astronomia e música) e teologia. Os 
estudos estavam voltados para a compreensão da 
verdade revelada. Teve em Tomás de Aquino seu 
principal representante.
ESCOLÁSTICA.
A escolástica sofreu influência decisiva do 
aristotelismo.
As universidades foram importantes como foco de 
fermentação intelectual.
Principais temas da Escolástica
prova da 
existência de 
Deus
criação do 
mundo
verdade
ética
imortalidade 
da alma política.
O Papel das escolas e das Universidades.
A proliferação das ESCOLAS CRISTÃS, no Império 
Carolíngio, é a criação, mais tarde, das Universidades 
contribuíram para o desenvolvimento da cultura e da 
filosofia na Europa medieval. A escolástica 
desenvolveu-se principalmente nas universidades, por 
meio de aulas, polêmicas e debates.
Entre as polêmicas, destacaram-se a dos:
DIALÉTICAS e ANTIDIALÉTICOS: debate sobre a 
participação ou não da razão para compreender e 
justificar as crenças da fé.
REALISTAS e NOMINALISTAS: debate sobre a 
realidade ou não dos conceitos universais.
A Redescoberta e a releitura do Aristotelismo.
A partir de traduções de manuscritos árabes e gregos 
para o latim, a filosofia antiga em especial a obra de 
Aristóteles, foi redescoberta pelo ocidente.
Os escolásticos fizeram uma releitura das teses 
aristotélicas que entravam em confronto com as 
Sagradas Escrituras, adaptação conceitos do sistema 
de Aristóteles ao discurso bíblico cristão. Alguns 
estudiosos chamaram esse processo de Cristianização 
de Aristóteles.
A Síntese entre Razão e Fé.
Alberto Magno e Tomás de Aquino elaboraram uma 
DELIMITAÇÃO e uma SÍNTESE entre a razão (filosofia) 
e a fé(teologia).
À teologia coube o estudo dos mistérios divinos, do 
sobrenatural, das verdades reveladas por Deus, que 
estão registradas na Bíblia. A filosofia teve como 
campo de estudo a natureza e a busca, por meio de 
procedimentos racionais, dos princípios de tudo que 
existe.
Segundo os escolásticos, as verdades adquiridas pela 
fé (verdade) e as verdades adquiridas pela razão 
(filosofia) não se contrapunham. Elas faziam parte de 
uma unidade maior (verdade total) que não era 
diretamente percebida por causa da limitação humana 
em compreender as das verdades divinas.
5. (Enem PPL 2015) TEXTO I: Não é possível passar das trevas
da ignorância para a luz da ciência a não ser lendo, com um
amor sempre mais vivo, as obras dos Antigos. Ladrem os cães,
grunhem os porcos! Nem por isso deixarei de ser um seguidor
dos Antigos. Para eles irão todos os meus cuidados e, todos os
dias, a aurora me encontrará entregue ao seu estudo.
BLOIS, P. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
TEXTO II: A nossa geração tem arraigado o defeito de recusar
admitir tudo o que parece vir dos modernos. Por isso, quando
descubro uma ideia pessoal e quero torná-la pública, atribuo-
a a outrem e declaro: – Foi fulano de tal que o disse, não sou
eu. E para que acreditem totalmentenas minhas opiniões,
digo: – O inventor foi fulano de tal, não sou eu.
BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.
Nos textos são apresentados pontos de vista distintos sobre
as mudanças culturais ocorridas no século XII no Ocidente.
Comparando os textos, os autores discutem o(a):
a) produção do conhecimento face à manutenção dos
argumentos de autoridade da Igreja.
b) caráter dinâmico do pensamento laico frente à estagnação
dos estudos religiosos.
c) surgimento do pensamento científico em oposição à
tradição teológica cristã.
d) desenvolvimento do racionalismo crítico ao opor fé e
razão.
e) construção de um saber teológico científico.
6. (Enem 2012) TEXTO I: Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o
elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras
coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-
se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens
formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas,
transformam-se em água. A água, quando mais condensada,
transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível,
transforma-se em pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado). 
TEXTO II: Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como
criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos.
Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção,
as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se
origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou
dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de
quererem ancorar o mundo numa teia de aranha”.
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para
explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As
teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo
medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que
a) eram baseadas nas ciências da natureza.
b) refutavam as teorias de filósofos da religião.
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
d) postulavam um princípio originário para o mundo.
e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
7. (Enem 2001) O franciscano Roger Bacon foi condenado,
entre 1277 e 1279, por dirigir ataques aos teólogos, por uma
suposta crença na alquimia, na astrologia e no método
experimental, e também por introduzir, no ensino, as ideias
de Aristóteles. Em 1260, Roger Bacon escreveu: "Pode ser que
se fabriquem máquinas graças às quais os maiores navios,
dirigidos por um único homem, se desloquem mais depressa
do que se fossem cheios de remadores; que se construam
carros que avancem a uma velocidade incrível sem a ajuda de
animais; que se fabriquem máquinas voadoras nas quais um
homem (...) bata o ar com asas como um pássaro. Máquinas
que permitam ir ao fundo dos mares e dos rios"
(apud. BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII. São Paulo: Martins Fontes, 1996, vol. 3).
Considerando a dinâmica do processo histórico, pode-se afirmar que as
ideias de Roger Bacon:
a) inseriam-se plenamente no espírito da Idade Média ao privilegiarem
a crença em Deus como o principal meio para antecipar as descobertas
da humanidade.
b) estavam em atraso com relação ao seu tempo ao desconsiderarem os
instrumentos intelectuais oferecidos pela Igreja para o avanço científico
da humanidade.
c) opunham-se ao desencadeamento da Primeira Revolução Industrial,
ao rejeitarem a aplicação da matemática e do método experimental nas
invenções industriais.
d) eram fundamentalmente voltadas para o passado, pois não apenas
seguiam Aristóteles, como também baseavam-se na tradição e na
teologia.
e) inseriam-se num movimento que convergiria mais tarde para o
Renascimento, ao contemplarem a possibilidade de o ser humano
controlar a natureza por meio das invenções.
Filosofia Tomista.
O TOMISMO se apoia nas ideias e na metodologia de 
Aristóteles para demonstrar algumas verdades 
básicas sobre Deus. A primeira delas é a própria 
existência de Deus, que é entendido como o ser ou o 
princípio absoluto. Aquino estabelece uma relação de 
igualdade entre o motor Imóvel de Aristóteles e o 
Deus bíblico. 
Deus é compreendido como o único ser que 
verdadeiramente é, cuja essência e existência são uma 
coisa só. Por ser o único ser de existência autônoma e 
independente, só ele pode criar. 
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Tomás de Aquino
O pensamento de Tomás de 
Aquino (1225-1274) esforça-se 
por compatibilizar pesquisa 
filosófica e fé cristã.
Denominada de escolástica, a 
filosofia de Tomás de Aquino 
recuperou a importância do 
pensamento de Aristóteles.
A razão como caminho para o 
conhecimento da natureza de 
Deus, da hierarquia das 
criaturas e dos meios pelos 
quais os seres racionais podem 
encontrar o Criador.
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Tomás de Aquino
Nossa mente é, inicialmente, uma 
tábula rasa, como uma página em 
branco, que é preenchida pelo 
conteúdo oferecido pela 
experiência.
Apreendemos as coisas sensíveis e 
as transformamos em objetos 
pensáveis, mediante a luz natural de 
nosso intelecto.
O intelecto agente, ocupando-se das 
coisas sensíveis e transformando 
objetos em ideias, não necessita de 
nenhuma luz além da que 
naturalmente possui.
Distinção entre verdades reveladas e verdades racionais.
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Tomás de Aquino
As vias para a demonstração racional da existência 
de Deus
• Primeira via: a tese do primeiro motor imóvel;
• Segunda via: relação de causa e efeito 
(necessidade de uma causa primeira);
• Terceira via: ser necessário (ser que não tenha 
sua existência fundada em nenhum outro ser);
• Quarta via: ser perfeito (gradação entre os seres 
pressupondo um parâmetro máximo de 
perfeição);
• Quinta via: inteligência ordenadora.
A Filosofia Medieval.
• A filosofia cristã de Tomás de Aquino
Essência
Diz respeito ao que algo é,
independentemente da existência ou
não deste algo.
Na criação do mundo por Deus, a
essência precedeu a existência.
Essência de Deus como pura
existência (identidade plena entre
essência divina e existência divina).
Na criação do mundo por Deus, a essência precedeu a existência.
8. (Enem PPL 2019) Tomás de Aquino, filósofo cristão que
viveu no século XIII, afirma: a lei é uma regra ou um preceito
relativo às nossas ações. Ora, a norma suprema dos atos
humanos é a razão. Desse modo, em última análise, a lei está
submetida à razão; é apenas uma formulação das exigências
racionais. Porém, é mister que ela emane da comunidade, ou
de uma pessoa que legitimamente a representa.
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da filosofia cristã. Petrópolis: Vozes, 1991 (adaptado).
No contexto do século XIII, a visão política do filósofo
mencionado retoma o:
a) pensamento idealista de Platão.
b) conformismo estoico de Sêneca.
c) ensinamento místico de Pitágoras.
d) paradigma de vida feliz de Agostinho.
e) conceito de bem comum de Aristóteles.
9. (Enem 2018) Desde que tenhamos compreendido o significado da
palavra “Deus”, sabemos, de imediato, que Deus existe. Com efeito, essa
palavra designa uma coisa de tal ordem que não podemos conceber
nada que lhe seja maior. Ora, o que existe na realidade e no
pensamento é maior do que o que existe apenas no pensamento.
Donde se segue que o objeto designado pela palavra “Deus”, que existe
no pensamento, desde que se entenda essa palavra, também existe na
realidade. Por conseguinte, a existência de Deus é evidente.
TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de Janeiro: Loyola, 2002.
O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás de Aquino
caracterizada por:
a) reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos.
b) sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé.
c) explicar as virtudes teologais pela demonstração.
d)flexibilizar a interpretação oficial dos textos sagrados.
e) justificar pragmaticamente crença livre de dogmas.
10. (Enem PPL 2016) Enquanto o pensamento de
Santo Agostinho representa o desenvolvimento de
uma filosofia cristã inspirada em Platão, o
pensamento de São Tomás reabilita a filosofia de
Aristóteles – até então vista sob suspeita pela Igreja –,
mostrando ser possível desenvolver uma leitura de
Aristóteles compatível com a doutrina cristã. O
aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o
estudo da obra aristotélica e para a legitimação do
interesse pelas ciências naturais, um dos principais
motivos do interesse por Aristóteles nesse período.
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
A Igreja Católica por muito tempo impediu a
divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a obra
aristotélica:
a) valorizar a investigação científica, contrariando
certos dogmas religiosos.
b) declarar a inexistência de Deus, colocando em
dúvida toda a moral religiosa.
c) criticar a Igreja Católica, instigando a criação de
outras instituições religiosas.
d) evocar pensamentos de religiões orientais,
minando a expansão do cristianismo.
e) contribuir para o desenvolvimento de sentimentos
antirreligiosos, seguindo sua teoria política.
11. (Enem 2015) Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é
preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido
fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo
impulso dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por
indústria do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um
fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém,
agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria
diversidade dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, precisa
o homem de um dirigente para o fim.
AQUINO. T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado).
No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime
de governo capaz de:
a) refrear os movimentos religiosos contestatórios.
b) promover a atuação da sociedade civil na vida política.
c) unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum.
d) reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística.
e) dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual.
12. (Enem 1999) Considere os textos a seguir.
(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no
campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade
humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e
perspicaz com o apoio que recebe da fé.
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da igreja católica sobre as relações entre fé e razão, 1998)
As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã.
(São Tomás de Aquino-pensador medieval)
Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que:
a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São
Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas.
b) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois
este colocava a razão natural acima da fé.
c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João
Paulo II.
d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas,
em nossos dias, não tem relação com o pensamento filosófico.
e) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino
procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão.
BONS ESTUDOS
A Sociologia no Brasil.
OUTROS VESTIBULARES.
1. (Unioeste 2020) “(...) Em primeiro lugar, como ninguém pode amar uma
coisa de todo ignorada, deve¬-se examinar com diligência de que natureza é o
amor dos estudantes, entendendo-se por estudantes os que ainda não sabem,
mas desejam saber. Naqueles casos em que a palavra estudo não é usual, podem
existir amores de ouvido: como quando o ânimo se acende em desejo de ver e de
gozar devido à fama de alguma beleza, porque possui uma noção genérica das
belezas corpóreas pelo fato de ter visto muitas delas, e existe no interior dele
algo que aprova o que no exterior é cobiçado. Quando isto acontece, o amor
não é paixão de uma coisa ignorada, pois já conhece seu gênero. Quando
amamos um varão bondoso, cujo rosto nunca vimos, amamo-lo pela notícia das
virtudes que conhecemos na própria verdade”
SANTO AGOSTINHO, De Trinitade, livro 10.
A partir do texto de Santo Agostinho, assinale a alternativa CORRETA.
a) Amamos porque desconhecemos; se conhecemos, não amamos.
b) Em primeiro lugar, não existe amor entre os estudantes.
c) O amor desconhece o seu gênero porque somos livres.
d) Basicamente, os amores de ouvido são superiores.
e) Aquilo que amamos não é de todo ignorado.
A Filosofia Medieval.
2. (Uece 2020) Atente para a seguinte passagem, em que Santo Agostinho se questiona
sobre a origem do mal:
“Quem me criou? Não foi o meu Deus, que é bom, e é também a mesma bondade? Donde
me veio, então, o querer, eu, o mal e não querer o bem? Qual a sua origem, se Deus, que
é bom, fez todas as coisas? Sendo o supremo e sumo Bem, criou bens menores do que
Ele; mas, enfim, o Criador e as criaturas, todos são bons. Donde, pois, vem o mal?”
AGOSTINHO, Santo. Confissões; De magistro. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”. Livro VII. Adaptado.
Sobre esse aspecto da filosofia do bispo de Hipona, considere as seguintes afirmações:
I. Como os maniqueístas, de quem sofreu forte influência, Agostinho afirmava a
existência do Bem e do Mal e que os homens não eram culpados de ações classificadas
como más. O mal lhes era inato, portanto, não havia culpa, mas poderiam obter a
salvação da alma por intermédio da graça divina.
II. Para Agostinho, não se deveria atribuir a Deus a origem do Mal, visto que, como
Sumo Bem, ele não o poderia criar. São os homens os responsáveis pela presença do Mal
e cabe a estes fazerem uso de sua liberdade e escolherem entre a boa e a má ação.
III. Dispondo do livre arbítrio, o ser humano pode optar por bens inferiores. Mas o livre
arbítrio não pode ser visto como um mal em si, pois foi Deus quem o criou. Ter recebido
de Deus uma vontade livre é para o ser humano um grande bem. O mal é o mau uso desse
grande bem. É correto o que se afirma em
a) I, II e III. b) I e III apenas. c) II e III apenas. d) I e II apenas.
A Filosofia Medieval.
3. (Espm 2019) No século XIII surgiu a Escolástica, corrente
filosófica que, a partir de então, dominou o pensamento medieval.
(Rubim Santos Leão de Aquino. História das Sociedades: das Comunidades Primitivas às Sociedades Medievais) 
A Escolástica:
a) teve em Santo Agostinho seu maior expoente e era teocêntrica;
b) teve em Alberto Magno seu maior expoente e refutava o
teocentrismo, pregando o antropocentrismo;
c) teve em Tomás de Aquino seu principal expoente e foi uma
tentativa de harmonizar a razão com a fé;
d) considerava que a razão podia proporcionar uma visão completa
e unificada da natureza ou da sociedade;
e) pregava o recurso racional da força, sendo este mais importante
do que o exercício da virtude ou da fé.
A Filosofia Medieval.
4. (Uece 2019) “Portanto, deve-se dizer que como a lei escrita não
dá força ao direito natural, assim também não pode diminuir-lhe
nem suprimir-lhe a força; pois, a vontade humana não pode mudar
a natureza. Portanto, se a lei escrita contém algo contra o direito
natural, é injusta e não tem força para obrigar. Pois, só há lugar
para o direito positivo, quando, segundo o direito natural, é
indiferente que se proceda de uma maneira ou de outra, como já foi
explicado acima. Por isso, tais textos não hão de chamar leis, mas
corrupções da lei, como já se disse. E portanto, não se deve julgar
de acordo com elas.”
Tomás de Aquino, Suma Teológica, II, Questão 60, Art. 5.
Com base na passagem acima, é correto afirmar que:
a) a lei escrita só é legítima se for baseada no direito natural.
b) o direito positivo não é alei escrita, mas dos costumes.
c) o direito natural só é legítimo se expresso na lei escrita.
d) não há diferença entre direito natural e direito positivo.
A Filosofia Medieval.
5. (Uece 2019) “O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística
fundada e propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que
divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A
matéria é intrinsecamente má e o espírito, intrinsecamente bom. Com a
popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina
fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.”
Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manique%C3%ADsmo.
Contra o maniqueísmo, Agostinho de Hipona (Santo Agostinho) afirmava que:
a) Deus é o Bem absoluto, ao qual se contrapõe o Mal absoluto.
b) as criaturas só são más numa consideração parcial, mas são boas em si
mesmas
c) toda a criação era boa e tornou-se má, pois foi dominada pelo pecado após a
Queda.
d) a totalidade da criação é boa em si mesma, mas singularmente há criaturas
boas e más.
A Filosofia Medieval.
6. (Uece 2019) Em diálogo com Evódio, Santo Agostinho afirma: “parecia a ti,
como dizias, que o livre-arbítrio da vontade não devia nos ter sido dado, visto
que as pessoas servem-se dele para pecar. Eu opunha à tua opinião que não
podemos agir com retidão a não ser pelo livre-arbítrio da vontade. E afirmava
que Deus no-lo deu, sobretudo em vista desse bem. Tu me respondeste que a
vontade livre devia nos ter sido dada do mesmo modo como nos foi dada a
justiça, da qual ninguém pode se servir a não ser com retidão”.
AGOSTINHO. O livre-arbítrio, Introdução, III, 18, 47.
Com base nessa passagem acerca do livre-arbítrio da vontade, em Agostinho, é
correto afirmar que:
a) o livre-arbítrio é o que conduz o homem ao pecado e ao afastamento de Deus.
b) o poder de decisão ‒ arbítrio ‒ da vontade humana é o que permite a ação
moralmente reta.
c) é da vontade de Deus que o homem não tenha capacidade de decidir pelo
pecado, já que o Seu amor pelo homem é maior do que o pecado.
d) a ação justa é aquela que foi praticada com o livre-arbítrio; injusta é aquela
que não ocorreu por meio do livre-arbítrio.
A Filosofia Medieval.
7. (Ufu 2019) Alguns filósofos podem ser considerados realistas e
outros nominalistas, conforme o posicionamento de cada um.
Guilherme de Champeaux (1070-1121 d. C.) foi um filósofo e
teólogo francês, professor na escola da catedral de Notre Dame,
em Paris. Champeaux afirmava que “o universal é não somente
real, mas também essencialmente idêntico na diversidade das
coisas de que é atributo.”
VASCONCELOS, José Antônio. Reflexões: filosofia e cotidiano. São Paulo: edições SM, 2016. p. 212.
A posição de Champeaux, em relação aos universais, é classificada
como:
a) realista, pois compreende que os universais são entes reais.
b) nominalista, pois considera que os universais são apenas nomes.
c) conceptualista, pois aceita que há certa realidade nos universais.
d) indeterminada, pois, para ele, os universais são um problema
sem resolução.
A Filosofia Medieval.
8. (Ufu 2018) Agostinho, em Confissões, diz: "Mas após a leitura
daqueles livros dos platônicos e de ser levado por eles a buscar a
verdade incorpórea, percebi que 'as perfeições invisíveis são
visíveis em suas obras' (Carta de Paulo aos Romanos, 1, 20)".
Agostinho de Hipona. Confissões, livro VII, cap. 20, citado por: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução do autor.
Nesse trecho, podemos perceber como Agostinho:
a) se utilizou da Bíblia para conhecer melhor a filosofia platônica.
b) utiliza a filosofia platônica para refutar os textos bíblicos.
c) separa nitidamente os domínios da filosofia e da religião.
d) foi despertado para o conhecimento de Deus a partir da filosofia
platônica.
A Filosofia Medieval.
9. (Unesp 2016) Não posso dizer o que a alma é com expressões materiais, e posso
afirmar que não tem qualquer tipo de dimensão, não é longa ou larga, ou dotada de
força física, e não tem coisa alguma que entre na composição dos corpos, como
medida e tamanho. Se lhe parece que a alma poderia ser um nada, porque não
apresenta dimensões do corpo, entenderá que justamente por isso ela deve ser tida
em maior consideração, pois é superior às coisas materiais exatamente por isso,
porque não é matéria. É certo que uma árvore é menos significativa que a noção de
justiça. Diria que a justiça não é coisa real, mas um nada? Por conseguinte, se a
justiça não tem dimensões materiais, nem por isso dizemos que é nada. E a alma
ainda parece ser nada por não ter extensão material?
(Santo Agostinho. Sobre a potencialidade da alma, 2015. Adaptado.)
No texto de Santo Agostinho, a prova da existência da alma:
a) desempenha um papel primordialmente retórico, desprovido de pretensões
objetivas.
b) antecipa o empirismo moderno ao valorizar a experiência como origem das ideias.
c) serviu como argumento antiteológico mobilizado contra o pensamento escolástico.
d) é fundamentada no argumento metafísico da primazia da substância imaterial.
e) é acompanhada de pressupostos relativistas no campo da ética e da moralidade.
A Filosofia Medieval.
10. (Espm 2014) Seu principal objetivo era demonstrar, por um
raciocínio lógico formal, a autenticidade dos dogmas cristãos. A
filosofia devia desempenhar um papel auxiliar na realização deste
objetivo. Por isso a tese de que a filosofia está a serviço da teologia.
(Antonio Carlos Wolkmer – Introdução à História do Pensamento Político)
O texto deve ser relacionado com:
a) a filosofia epicurista.
b) a filosofia escolástica.
c) a filosofia iluminista.
d) o socialismo.
e) o positivismo.
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