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ent Filosofia MEDIEVAL ENEM 2021 Ronald Honório de Santana A Filosofia Medieval. A Filosofia encontra-se com a religião. Na divisão ocidental, a Idade Média é um período que se inicia no século V, com a queda do Império Romano do Ocidente (476), e termina no século XV, com a tomada de Constantinopla pelos Turcos (1453), que marca o fim do Império Romano do Oriente. Os problemas que preocuparam os pensadores e as correntes filosóficas do período medieval, no entanto, começaram muito antes, na Antiguidade. Por isso, a filosofia medieval abarca também filósofos e teólogos antigos, que contribuíram para elaborar a doutrina Cristã. A Filosofia encontra-se com a religião. A expressão “FILOSOFIA MEDIEVAL” pode ainda dar a entender que existe uma unidade no pensamento filosófico do medievo. Na verdade, esse período é marcado por inúmeras polêmicas e controvérsias relacionadas à teoria do conhecimento, à ciência, à metafísica, à ética, à política e a lógica. O traço comum da maior parte das correntes filosóficas são os temas místicos e religiosos. O médio platonismo e o neoplatonismo já apontavam para uma mudança que se estabeleceu de maneira plena no período medieval: o pensamento racional se vinculou e se subordinou às concepções religiosas. Neste contexto, destaca-se o encontro da filosofia grega com o cristianismo, que vai dar origem ao que se pode chamar de uma filosofia cristã. Cronologia representada sem escala temporal. Filosofia Medieval Patrística Justino 103- 165 d.C. Clemente de Alexandria 150- 215 d.C. Orígenes 185- 254 d.C. Plotino 205- 270 d.C. Porfírio 232- 305 d.C. Agostinho 354 – 430 d.C. Fílon de Alexandria 20 a.C. – 50 d.C. Cronologia representada sem escala temporal. Filosofia Medieval Escolástica Anselmo 1034- 1109 d.C. Roscelino 1050- 1123 d.C. Averróis 1126- 1198 d.C. Maimônides 1135- 1204 d.C. Alberto Magno 1200- 1280 d.C. Guilherme de Ockham 1280 – 1349 d.C. Avicena 980 – 1037 d.C. Tomás de Aquino 1224 – 1274 d.C. Roger Bacon 1214 – 1292 d.C. A Filosofia Medieval. A formação da filosofia medieval Cristianismo como elemento fundamental na vida do ser humano europeu, influenciando profundamente os modos pelos quais os seres humanos vivem, pensam, sentem e explicam suas vidas. A filosofia medieval desenvolve-se no interior da cultura cristã. A Filosofia Medieval. A formação da filosofia medieval Paulo (9-64): preconização da substituição do aparente conhecimento filosófico pela verdadeira sabedoria cristã. A primazia cultural do cristianismo impõe a redefinição de temas consagrados na filosofia antiga (Universo, natureza humana, moral) e apresenta novos temas à especulação racional, como a noção de Deus criador. O problema das relações entre o saber revelado do cristianismo e o saber racional da especulação filosófica. A Filosofia Medieval. A formação da filosofia medieval Filosofia cristã: entendida como pesquisa racional sobre os diversos temas que dizem respeito aos seres humanos; realizada em suas articulações com a noção de saber revelado. As disputas teóricas, realizadas nas universidades, consistiam em debates acerca de problemas filosóficos. As soluções oferecidas na polêmica sobre os universais: realismo, nominalismo e realismo moderado. A Filosofia Cristã e a Patrística. A filosofia cristã surgiu da necessidade de defender, formular uma doutrina e expandir o cristianismo. Do século I ao século IX, os Padres da Igreja procuraram formular os princípios fundamentais do Cristianismo a partir da interação das escrituras sagradas. Muitas vezes, nessa elaboração, foram utilizados conceitos e formulações da filosofia grega para afirmar o cristianismo. A Filosofia Cristã e a Patrística. Em muitas escolas filosóficas da antiguidade, as concepções místicas já conviviam com a investigação racional (como foi o caso de Pitágoras, Platão, Aristóteles, Plotino e Fílon). Isso facilitou a utilização de certos conceitos filosóficos para a reafirmação do cristianismo. Dessa ação, permeada por polêmicas e discussões, foram se estabelecendo documentos e autoridades aceitos como referências para a igreja Católica. Por ser um processo realizado principalmente por padres, esses período ficou conhecido como PATRÍSTICA. Os apologistas adaptaram os textos platônicos, mais adequados à nova fé. Os principais temas: a natureza de Deus e da alma, a vida futura, o confronto entre o bem e o mal, a noção de pecado e de salvação, a questão do tempo. A Filosofia Cristã e a Patrística. Na Filosofia Cristã, a especulação racional está subordinada aos credos fundamentais da religião cristã. A filosofia está delimitada pela revelação, ou seja, pelo conhecimento transmitido por Deus ao homem. A verdade já está posta, cabe à filosofia auxiliar o homem a seguir o caminho da salvação. Agostinho de Hipona redigiu: Confissões De magistro A cidade de Deus Sobre a trindade A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Agostinho A obra de Agostinho (354-430) assinala a formação da filosofia cristã e ocupa importante posição no pensamento filosófico ocidental. Apropriando-se de noções teóricas do platonismo, Agostinho investiga profundamente as relações entre o ser supremo (Deus criador) e os seres imperfeitos (as criaturas). SA N D R O B O TTIC ELLI. SA N TO A G O STIN H O , C .1 4 8 0. A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Agostinho Cidade de Deus e Cidade dos Homens: Dimensões claramente distintas, sendo que a primeira caracteriza-se pelo amor a Deus sobre todas as coisas, e a segunda caracteriza-se pelo desvirtuamento no amor de si. A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Agostinho Deus como ser absoluto e supremo: todas as criaturas recebem seu ser do criador (Deus). Sendo Deus absolutamente bom, o mal não pode ser sua criação: o mal não existe como ser (negação do caráter ontológico do mal). A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Agostinho Um problema filosófico formulado em Confissões: qual a origem do mal? Origem do mal: o livre-arbítrio humano. Dotado de inteligência, memória e vontade, o ser humano escolheu o desvio do bem, o mal, amando a si mesmo sobre todas as coisas. A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Agostinho • Memória, vida interior e felicidade; • Felicidade: inscrita por Deus na memória dos homens e revelando a profundidade da vida interior dos seres humanos; • Verdades: pela luz eterna da razão, são comunicadas por Deus aos homens e instaladas em sua memória; • É possível chegar a Deus pelo homem interior? • Identidade entre a procura por Deus e a procura pela felicidade. A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Agostinho Três estados possíveis diante da felicidade: felicidade propriamente dita, esperança de felicidade e infelicidade. O amor universal à felicidade como testemunho de sua existência na memória. Felicidade como verdadeira alegria: existe somente na verdade divina. A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Agostinho As indagações sobre o tempo: A eternidade de deus. É descabida a pergunta sobre o que fazia Deus antes da criação, porque o próprio tempo origina-se apenas com a criação. Com a criação dos seres mutáveis, surgem pretérito, presente e futuro. A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Agostinho Passado, presente e futuro são localizados na alma humana: presente das coisas passadas, presente das coisas presentes e presente das coisas futuras. O tempo adquire significado no homem interior. 1. (Enem 2019) De fato, não é porque o homem pode usar a vontade livre para pecar que se deve supor que Deus a concedeu para isso. Há, portanto, uma razão pela qual Deus deu ao homem esta característica, pois sem ela não poderia viver e agir corretamente. Pode-se compreender, então, que ela foi concedida ao homem para esse fim,considerando-se que se um homem a usar para pecar, recairão sobre ele as punições divinas. Ora, isso seria injusto se a vontade livre tivesse sido dada ao homem não apenas para agir corretamente, mas também para pecar. Na verdade, por que deveria ser punido aquele que usasse da sua vontade para o fim para o qual ela lhe foi dada? AGOSTINHO. O livre-arbítrio. In: MARCONDES, D. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. Nesse texto, o filósofo cristão Agostinho de Hipona sustenta que a punição divina tem como fundamento o(a): a) desvio da postura celibatária. b) insuficiência da autonomia moral. c) afastamento das ações de desapego. d) distanciamento das práticas de sacrifício, e) violação dos preceitos do Velho Testamento. 2. (Enem 2018) Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo movimento, uma vontade nova para dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode haver verdadeira eternidade, se n’Ele aparece uma vontade que antes não existia?” AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1984. A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo da reflexão filosófica sobre a(s): a) essência da ética cristã. b) natureza universal da tradição. c) certezas inabaláveis da experiência. d) abrangência da compreensão humana. e) interpretações da realidade circundante. 3. (Enem PPL 2015) Se os nossos adversários, que admitem a existência de uma natureza não criada por Deus, o Sumo Bem, quisessem admitir que essas considerações estão certas, deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de atribuir a Deus tanto a autoria dos bens quanto dos males. Pois sendo Ele fonte suprema da Bondade, nunca poderia ter criado aquilo que é contrário à sua natureza. AGOSTINHO. A natureza do Bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005 (adaptado). Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do mal porque: a) o surgimento do mal é anterior à existência de Deus. b) o mal, enquanto princípio ontológico, independe de Deus. c) Deus apenas transforma a matéria, que é, por natureza, má. d) por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal. e) Deus se limita a administrar a dialética existente entre o bem e o mal. 4. (Enem 2ª aplicação 2010) “Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que,insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar em Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia”. Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28/08/2010 (adaptado). No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é: a) “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” (Jean Paul Sartre) b) “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” (Santo Agostinho) c) “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” (Arthur Schopenhauer) d) “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” (Michel Foucault) e) “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança.” (Friedrich Nietzsche) (Enem digital 2020) Sem negar que Deus prevê todos os acontecimentos futuros, entretanto, nós queremos livremente aquilo que queremos. Porque, se o objeto da presciência divina é a nossa vontade, é essa mesma vontade assim prevista que se realizará. Haverá, pois, um ato de vontade livre, já que Deus vê esse ato livre com antecedência. SANTO AGOSTINHO. O livre-arbítrio. São Paulo: Paulus, 1995 (adaptado). Essa discussão, proposta pelo filósofo Agostinho de Hipona (354-430), indica que a liberdade humana apresenta uma: a) natureza condicionada. b) competência absoluta. c) aplicação subsidiária. d) utilização facultativa. e) autonomia irrestrita. ESCOLÁSTICA. Escolástica é o nome dado à filosofia ensinada nas escolas cristãs da Europa ocidental durante a Baixa Idade Média. Nessas escolas eram ensinadas as artes liberais (gramatica, lógica, retorica, geometria, aritmética, astronomia e música) e teologia. Os estudos estavam voltados para a compreensão da verdade revelada. Teve em Tomás de Aquino seu principal representante. ESCOLÁSTICA. A escolástica sofreu influência decisiva do aristotelismo. As universidades foram importantes como foco de fermentação intelectual. Principais temas da Escolástica prova da existência de Deus criação do mundo verdade ética imortalidade da alma política. O Papel das escolas e das Universidades. A proliferação das ESCOLAS CRISTÃS, no Império Carolíngio, é a criação, mais tarde, das Universidades contribuíram para o desenvolvimento da cultura e da filosofia na Europa medieval. A escolástica desenvolveu-se principalmente nas universidades, por meio de aulas, polêmicas e debates. Entre as polêmicas, destacaram-se a dos: DIALÉTICAS e ANTIDIALÉTICOS: debate sobre a participação ou não da razão para compreender e justificar as crenças da fé. REALISTAS e NOMINALISTAS: debate sobre a realidade ou não dos conceitos universais. A Redescoberta e a releitura do Aristotelismo. A partir de traduções de manuscritos árabes e gregos para o latim, a filosofia antiga em especial a obra de Aristóteles, foi redescoberta pelo ocidente. Os escolásticos fizeram uma releitura das teses aristotélicas que entravam em confronto com as Sagradas Escrituras, adaptação conceitos do sistema de Aristóteles ao discurso bíblico cristão. Alguns estudiosos chamaram esse processo de Cristianização de Aristóteles. A Síntese entre Razão e Fé. Alberto Magno e Tomás de Aquino elaboraram uma DELIMITAÇÃO e uma SÍNTESE entre a razão (filosofia) e a fé(teologia). À teologia coube o estudo dos mistérios divinos, do sobrenatural, das verdades reveladas por Deus, que estão registradas na Bíblia. A filosofia teve como campo de estudo a natureza e a busca, por meio de procedimentos racionais, dos princípios de tudo que existe. Segundo os escolásticos, as verdades adquiridas pela fé (verdade) e as verdades adquiridas pela razão (filosofia) não se contrapunham. Elas faziam parte de uma unidade maior (verdade total) que não era diretamente percebida por causa da limitação humana em compreender as das verdades divinas. 5. (Enem PPL 2015) TEXTO I: Não é possível passar das trevas da ignorância para a luz da ciência a não ser lendo, com um amor sempre mais vivo, as obras dos Antigos. Ladrem os cães, grunhem os porcos! Nem por isso deixarei de ser um seguidor dos Antigos. Para eles irão todos os meus cuidados e, todos os dias, a aurora me encontrará entregue ao seu estudo. BLOIS, P. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. TEXTO II: A nossa geração tem arraigado o defeito de recusar admitir tudo o que parece vir dos modernos. Por isso, quando descubro uma ideia pessoal e quero torná-la pública, atribuo- a a outrem e declaro: – Foi fulano de tal que o disse, não sou eu. E para que acreditem totalmentenas minhas opiniões, digo: – O inventor foi fulano de tal, não sou eu. BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. Nos textos são apresentados pontos de vista distintos sobre as mudanças culturais ocorridas no século XII no Ocidente. Comparando os textos, os autores discutem o(a): a) produção do conhecimento face à manutenção dos argumentos de autoridade da Igreja. b) caráter dinâmico do pensamento laico frente à estagnação dos estudos religiosos. c) surgimento do pensamento científico em oposição à tradição teológica cristã. d) desenvolvimento do racionalismo crítico ao opor fé e razão. e) construção de um saber teológico científico. 6. (Enem 2012) TEXTO I: Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma- se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras. BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado). TEXTO II: Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha”. GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que a) eram baseadas nas ciências da natureza. b) refutavam as teorias de filósofos da religião. c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. d) postulavam um princípio originário para o mundo. e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. 7. (Enem 2001) O franciscano Roger Bacon foi condenado, entre 1277 e 1279, por dirigir ataques aos teólogos, por uma suposta crença na alquimia, na astrologia e no método experimental, e também por introduzir, no ensino, as ideias de Aristóteles. Em 1260, Roger Bacon escreveu: "Pode ser que se fabriquem máquinas graças às quais os maiores navios, dirigidos por um único homem, se desloquem mais depressa do que se fossem cheios de remadores; que se construam carros que avancem a uma velocidade incrível sem a ajuda de animais; que se fabriquem máquinas voadoras nas quais um homem (...) bata o ar com asas como um pássaro. Máquinas que permitam ir ao fundo dos mares e dos rios" (apud. BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII. São Paulo: Martins Fontes, 1996, vol. 3). Considerando a dinâmica do processo histórico, pode-se afirmar que as ideias de Roger Bacon: a) inseriam-se plenamente no espírito da Idade Média ao privilegiarem a crença em Deus como o principal meio para antecipar as descobertas da humanidade. b) estavam em atraso com relação ao seu tempo ao desconsiderarem os instrumentos intelectuais oferecidos pela Igreja para o avanço científico da humanidade. c) opunham-se ao desencadeamento da Primeira Revolução Industrial, ao rejeitarem a aplicação da matemática e do método experimental nas invenções industriais. d) eram fundamentalmente voltadas para o passado, pois não apenas seguiam Aristóteles, como também baseavam-se na tradição e na teologia. e) inseriam-se num movimento que convergiria mais tarde para o Renascimento, ao contemplarem a possibilidade de o ser humano controlar a natureza por meio das invenções. Filosofia Tomista. O TOMISMO se apoia nas ideias e na metodologia de Aristóteles para demonstrar algumas verdades básicas sobre Deus. A primeira delas é a própria existência de Deus, que é entendido como o ser ou o princípio absoluto. Aquino estabelece uma relação de igualdade entre o motor Imóvel de Aristóteles e o Deus bíblico. Deus é compreendido como o único ser que verdadeiramente é, cuja essência e existência são uma coisa só. Por ser o único ser de existência autônoma e independente, só ele pode criar. A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Tomás de Aquino O pensamento de Tomás de Aquino (1225-1274) esforça-se por compatibilizar pesquisa filosófica e fé cristã. Denominada de escolástica, a filosofia de Tomás de Aquino recuperou a importância do pensamento de Aristóteles. A razão como caminho para o conhecimento da natureza de Deus, da hierarquia das criaturas e dos meios pelos quais os seres racionais podem encontrar o Criador. A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Tomás de Aquino Nossa mente é, inicialmente, uma tábula rasa, como uma página em branco, que é preenchida pelo conteúdo oferecido pela experiência. Apreendemos as coisas sensíveis e as transformamos em objetos pensáveis, mediante a luz natural de nosso intelecto. O intelecto agente, ocupando-se das coisas sensíveis e transformando objetos em ideias, não necessita de nenhuma luz além da que naturalmente possui. Distinção entre verdades reveladas e verdades racionais. A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Tomás de Aquino As vias para a demonstração racional da existência de Deus • Primeira via: a tese do primeiro motor imóvel; • Segunda via: relação de causa e efeito (necessidade de uma causa primeira); • Terceira via: ser necessário (ser que não tenha sua existência fundada em nenhum outro ser); • Quarta via: ser perfeito (gradação entre os seres pressupondo um parâmetro máximo de perfeição); • Quinta via: inteligência ordenadora. A Filosofia Medieval. • A filosofia cristã de Tomás de Aquino Essência Diz respeito ao que algo é, independentemente da existência ou não deste algo. Na criação do mundo por Deus, a essência precedeu a existência. Essência de Deus como pura existência (identidade plena entre essência divina e existência divina). Na criação do mundo por Deus, a essência precedeu a existência. 8. (Enem PPL 2019) Tomás de Aquino, filósofo cristão que viveu no século XIII, afirma: a lei é uma regra ou um preceito relativo às nossas ações. Ora, a norma suprema dos atos humanos é a razão. Desse modo, em última análise, a lei está submetida à razão; é apenas uma formulação das exigências racionais. Porém, é mister que ela emane da comunidade, ou de uma pessoa que legitimamente a representa. GILSON, E.; BOEHNER, P. História da filosofia cristã. Petrópolis: Vozes, 1991 (adaptado). No contexto do século XIII, a visão política do filósofo mencionado retoma o: a) pensamento idealista de Platão. b) conformismo estoico de Sêneca. c) ensinamento místico de Pitágoras. d) paradigma de vida feliz de Agostinho. e) conceito de bem comum de Aristóteles. 9. (Enem 2018) Desde que tenhamos compreendido o significado da palavra “Deus”, sabemos, de imediato, que Deus existe. Com efeito, essa palavra designa uma coisa de tal ordem que não podemos conceber nada que lhe seja maior. Ora, o que existe na realidade e no pensamento é maior do que o que existe apenas no pensamento. Donde se segue que o objeto designado pela palavra “Deus”, que existe no pensamento, desde que se entenda essa palavra, também existe na realidade. Por conseguinte, a existência de Deus é evidente. TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de Janeiro: Loyola, 2002. O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás de Aquino caracterizada por: a) reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos. b) sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé. c) explicar as virtudes teologais pela demonstração. d)flexibilizar a interpretação oficial dos textos sagrados. e) justificar pragmaticamente crença livre de dogmas. 10. (Enem PPL 2016) Enquanto o pensamento de Santo Agostinho representa o desenvolvimento de uma filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até então vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser possível desenvolver uma leitura de Aristóteles compatível com a doutrina cristã. O aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o estudo da obra aristotélica e para a legitimação do interesse pelas ciências naturais, um dos principais motivos do interesse por Aristóteles nesse período. MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica: a) valorizar a investigação científica, contrariando certos dogmas religiosos. b) declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa. c) criticar a Igreja Católica, instigando a criação de outras instituições religiosas. d) evocar pensamentos de religiões orientais, minando a expansão do cristianismo. e) contribuir para o desenvolvimento de sentimentos antirreligiosos, seguindo sua teoria política. 11. (Enem 2015) Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim. AQUINO. T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado). No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo capaz de: a) refrear os movimentos religiosos contestatórios. b) promover a atuação da sociedade civil na vida política. c) unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum. d) reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística. e) dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual. 12. (Enem 1999) Considere os textos a seguir. (...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé. (Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da igreja católica sobre as relações entre fé e razão, 1998) As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã. (São Tomás de Aquino-pensador medieval) Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que: a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas. b) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a razão natural acima da fé. c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II. d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem relação com o pensamento filosófico. e) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão. BONS ESTUDOS A Sociologia no Brasil. OUTROS VESTIBULARES. 1. (Unioeste 2020) “(...) Em primeiro lugar, como ninguém pode amar uma coisa de todo ignorada, deve¬-se examinar com diligência de que natureza é o amor dos estudantes, entendendo-se por estudantes os que ainda não sabem, mas desejam saber. Naqueles casos em que a palavra estudo não é usual, podem existir amores de ouvido: como quando o ânimo se acende em desejo de ver e de gozar devido à fama de alguma beleza, porque possui uma noção genérica das belezas corpóreas pelo fato de ter visto muitas delas, e existe no interior dele algo que aprova o que no exterior é cobiçado. Quando isto acontece, o amor não é paixão de uma coisa ignorada, pois já conhece seu gênero. Quando amamos um varão bondoso, cujo rosto nunca vimos, amamo-lo pela notícia das virtudes que conhecemos na própria verdade” SANTO AGOSTINHO, De Trinitade, livro 10. A partir do texto de Santo Agostinho, assinale a alternativa CORRETA. a) Amamos porque desconhecemos; se conhecemos, não amamos. b) Em primeiro lugar, não existe amor entre os estudantes. c) O amor desconhece o seu gênero porque somos livres. d) Basicamente, os amores de ouvido são superiores. e) Aquilo que amamos não é de todo ignorado. A Filosofia Medieval. 2. (Uece 2020) Atente para a seguinte passagem, em que Santo Agostinho se questiona sobre a origem do mal: “Quem me criou? Não foi o meu Deus, que é bom, e é também a mesma bondade? Donde me veio, então, o querer, eu, o mal e não querer o bem? Qual a sua origem, se Deus, que é bom, fez todas as coisas? Sendo o supremo e sumo Bem, criou bens menores do que Ele; mas, enfim, o Criador e as criaturas, todos são bons. Donde, pois, vem o mal?” AGOSTINHO, Santo. Confissões; De magistro. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”. Livro VII. Adaptado. Sobre esse aspecto da filosofia do bispo de Hipona, considere as seguintes afirmações: I. Como os maniqueístas, de quem sofreu forte influência, Agostinho afirmava a existência do Bem e do Mal e que os homens não eram culpados de ações classificadas como más. O mal lhes era inato, portanto, não havia culpa, mas poderiam obter a salvação da alma por intermédio da graça divina. II. Para Agostinho, não se deveria atribuir a Deus a origem do Mal, visto que, como Sumo Bem, ele não o poderia criar. São os homens os responsáveis pela presença do Mal e cabe a estes fazerem uso de sua liberdade e escolherem entre a boa e a má ação. III. Dispondo do livre arbítrio, o ser humano pode optar por bens inferiores. Mas o livre arbítrio não pode ser visto como um mal em si, pois foi Deus quem o criou. Ter recebido de Deus uma vontade livre é para o ser humano um grande bem. O mal é o mau uso desse grande bem. É correto o que se afirma em a) I, II e III. b) I e III apenas. c) II e III apenas. d) I e II apenas. A Filosofia Medieval. 3. (Espm 2019) No século XIII surgiu a Escolástica, corrente filosófica que, a partir de então, dominou o pensamento medieval. (Rubim Santos Leão de Aquino. História das Sociedades: das Comunidades Primitivas às Sociedades Medievais) A Escolástica: a) teve em Santo Agostinho seu maior expoente e era teocêntrica; b) teve em Alberto Magno seu maior expoente e refutava o teocentrismo, pregando o antropocentrismo; c) teve em Tomás de Aquino seu principal expoente e foi uma tentativa de harmonizar a razão com a fé; d) considerava que a razão podia proporcionar uma visão completa e unificada da natureza ou da sociedade; e) pregava o recurso racional da força, sendo este mais importante do que o exercício da virtude ou da fé. A Filosofia Medieval. 4. (Uece 2019) “Portanto, deve-se dizer que como a lei escrita não dá força ao direito natural, assim também não pode diminuir-lhe nem suprimir-lhe a força; pois, a vontade humana não pode mudar a natureza. Portanto, se a lei escrita contém algo contra o direito natural, é injusta e não tem força para obrigar. Pois, só há lugar para o direito positivo, quando, segundo o direito natural, é indiferente que se proceda de uma maneira ou de outra, como já foi explicado acima. Por isso, tais textos não hão de chamar leis, mas corrupções da lei, como já se disse. E portanto, não se deve julgar de acordo com elas.” Tomás de Aquino, Suma Teológica, II, Questão 60, Art. 5. Com base na passagem acima, é correto afirmar que: a) a lei escrita só é legítima se for baseada no direito natural. b) o direito positivo não é alei escrita, mas dos costumes. c) o direito natural só é legítimo se expresso na lei escrita. d) não há diferença entre direito natural e direito positivo. A Filosofia Medieval. 5. (Uece 2019) “O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.” Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manique%C3%ADsmo. Contra o maniqueísmo, Agostinho de Hipona (Santo Agostinho) afirmava que: a) Deus é o Bem absoluto, ao qual se contrapõe o Mal absoluto. b) as criaturas só são más numa consideração parcial, mas são boas em si mesmas c) toda a criação era boa e tornou-se má, pois foi dominada pelo pecado após a Queda. d) a totalidade da criação é boa em si mesma, mas singularmente há criaturas boas e más. A Filosofia Medieval. 6. (Uece 2019) Em diálogo com Evódio, Santo Agostinho afirma: “parecia a ti, como dizias, que o livre-arbítrio da vontade não devia nos ter sido dado, visto que as pessoas servem-se dele para pecar. Eu opunha à tua opinião que não podemos agir com retidão a não ser pelo livre-arbítrio da vontade. E afirmava que Deus no-lo deu, sobretudo em vista desse bem. Tu me respondeste que a vontade livre devia nos ter sido dada do mesmo modo como nos foi dada a justiça, da qual ninguém pode se servir a não ser com retidão”. AGOSTINHO. O livre-arbítrio, Introdução, III, 18, 47. Com base nessa passagem acerca do livre-arbítrio da vontade, em Agostinho, é correto afirmar que: a) o livre-arbítrio é o que conduz o homem ao pecado e ao afastamento de Deus. b) o poder de decisão ‒ arbítrio ‒ da vontade humana é o que permite a ação moralmente reta. c) é da vontade de Deus que o homem não tenha capacidade de decidir pelo pecado, já que o Seu amor pelo homem é maior do que o pecado. d) a ação justa é aquela que foi praticada com o livre-arbítrio; injusta é aquela que não ocorreu por meio do livre-arbítrio. A Filosofia Medieval. 7. (Ufu 2019) Alguns filósofos podem ser considerados realistas e outros nominalistas, conforme o posicionamento de cada um. Guilherme de Champeaux (1070-1121 d. C.) foi um filósofo e teólogo francês, professor na escola da catedral de Notre Dame, em Paris. Champeaux afirmava que “o universal é não somente real, mas também essencialmente idêntico na diversidade das coisas de que é atributo.” VASCONCELOS, José Antônio. Reflexões: filosofia e cotidiano. São Paulo: edições SM, 2016. p. 212. A posição de Champeaux, em relação aos universais, é classificada como: a) realista, pois compreende que os universais são entes reais. b) nominalista, pois considera que os universais são apenas nomes. c) conceptualista, pois aceita que há certa realidade nos universais. d) indeterminada, pois, para ele, os universais são um problema sem resolução. A Filosofia Medieval. 8. (Ufu 2018) Agostinho, em Confissões, diz: "Mas após a leitura daqueles livros dos platônicos e de ser levado por eles a buscar a verdade incorpórea, percebi que 'as perfeições invisíveis são visíveis em suas obras' (Carta de Paulo aos Romanos, 1, 20)". Agostinho de Hipona. Confissões, livro VII, cap. 20, citado por: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução do autor. Nesse trecho, podemos perceber como Agostinho: a) se utilizou da Bíblia para conhecer melhor a filosofia platônica. b) utiliza a filosofia platônica para refutar os textos bíblicos. c) separa nitidamente os domínios da filosofia e da religião. d) foi despertado para o conhecimento de Deus a partir da filosofia platônica. A Filosofia Medieval. 9. (Unesp 2016) Não posso dizer o que a alma é com expressões materiais, e posso afirmar que não tem qualquer tipo de dimensão, não é longa ou larga, ou dotada de força física, e não tem coisa alguma que entre na composição dos corpos, como medida e tamanho. Se lhe parece que a alma poderia ser um nada, porque não apresenta dimensões do corpo, entenderá que justamente por isso ela deve ser tida em maior consideração, pois é superior às coisas materiais exatamente por isso, porque não é matéria. É certo que uma árvore é menos significativa que a noção de justiça. Diria que a justiça não é coisa real, mas um nada? Por conseguinte, se a justiça não tem dimensões materiais, nem por isso dizemos que é nada. E a alma ainda parece ser nada por não ter extensão material? (Santo Agostinho. Sobre a potencialidade da alma, 2015. Adaptado.) No texto de Santo Agostinho, a prova da existência da alma: a) desempenha um papel primordialmente retórico, desprovido de pretensões objetivas. b) antecipa o empirismo moderno ao valorizar a experiência como origem das ideias. c) serviu como argumento antiteológico mobilizado contra o pensamento escolástico. d) é fundamentada no argumento metafísico da primazia da substância imaterial. e) é acompanhada de pressupostos relativistas no campo da ética e da moralidade. A Filosofia Medieval. 10. (Espm 2014) Seu principal objetivo era demonstrar, por um raciocínio lógico formal, a autenticidade dos dogmas cristãos. A filosofia devia desempenhar um papel auxiliar na realização deste objetivo. Por isso a tese de que a filosofia está a serviço da teologia. (Antonio Carlos Wolkmer – Introdução à História do Pensamento Político) O texto deve ser relacionado com: a) a filosofia epicurista. b) a filosofia escolástica. c) a filosofia iluminista. d) o socialismo. e) o positivismo. A Filosofia Medieval. BONS ESTUDOS Slide 1: ent Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61