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TCC - PAOLLA 2023 ADOCAO TARDIA (3)

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1
2
 3 
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
O PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL E OS OBSTÁCULOS DA ADOÇÃO TARDIA 
São Paulo
2023
PAOLLA DE FATIMA PALERMO MORETTO LUCIO
O PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL E OS OBSTÁCULOS DA ADOÇÃO TARDIA 
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de graduação em Direito, apresentado a Universidade Paulista – UNIP
Orientador: Profª Erika Cardoso de Andrade
São Paulo
2023
FICHA CATALOGRÁFICA
	
	
Lucio, Paolla de Fatima Palermo Moretto
	
	Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) - Universidade Paulista Unip, Campus Paraíso São Paulo, 2023
	
	 37: il. ;
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	1. Adoção . 2. Adoção tardia . 3. Orientadora Erika Cardoso de Andrade 4. Universidade Paulista Unip
	
	
	
PAOLLA DE FATIMA PALERMO MORETTO LUCIO
O PROCESSO DE ADOÇÃO NO BRASIL E OS OBSTÁCULOS DA ADOÇÃO TARDIA 
 Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de graduação em Direito, apresentado a Universidade Paulista – UNIP
Aprovado em: ___ de __________ de 2023.
Banca Examinadora:
___________________/___/____
Erika Cardoso de Andrade
___________________/___/____
Examinador 1
___________________/___/____
Examinador 2
AGRADECIMENTOS
Agradeço imensamente aos meus pais Dirceu Lúcio e Marcia Regina Palermo Moretto, uma vez que sem eles nada disso seria possível, que me deram uma segunda chance de ter uma família, amor e carinho, que acima de tudo não me deixaram faltar nada e me deram a as melhores oportunidades. Agradeço também aos meus padrinhos de batismo Marco Antonio Palermo Moretto e Izilda Aparecida Anacoreto que sempre estiveram por perto, me apoiaram e aconselharam em todos os momentos. 
“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar”.
 Martin Luther King
RESUMO
O objeto de estudo desta monografia é o procedimento de adoção e visa apresentar o conceito de adoção no Brasil, incluindo seus pré-requisitos. O objetivo da adoção é reconhecer uma criança nascida de outra pessoa como criança e gozar dos mesmos direitos de uma criança biológica. Deve-se lembrar que adoção tardia é considerada após 2 anos de idade. Perante esse estudo mostraremos as dificuldades que as crianças e os adolescentes enfrentam durante todo processo de adoção no Brasil. É de extrema importância a referência à Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, na qual, a proteção adequada de crianças e adolescentes está prevista no artigo 227 e no artigo 6º.
Palavras-chave: Adoção tardia; Adoção, Crianças e Adolescentes. 
ABSTRACT
The object of study of this monograph is the late adoption procedure and aims to present a brief concept of adoption in Brazil, including its prerequisites. The purpose of adoption is to accept a child born to another person as a child and enjoy the same rights as a biological child. It should be remembered that late adoption is considered after 2 years of age. In view of this study, we will show the difficulties that children and adolescents face throughout the adoption process in Brazil. It is extremely important to refer to the 1988 Constitution of the Federative Republic of Brazil, in which, Adequate protection of children and adolescents is provided for in Article 227 and Article 6.
LISTA DE TABELAS LISTA DE GRÁFICOS. 
Gráfico 1 – Estatística de emprego no Estado de São Paulo no ano 2002 13 
Gráfico 2 – Crescimento da economia brasileira no período de 2002 a 2004 
LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS
 ART. ARTIGO 
CC CÓDIGO CIVIL
 CF CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
CNA CADASTRO NACIONAL DE ADOÇÃO
CNCA CADASTRO NACIONAL DE CRIANÇAS ACOLHIDAS
ECA ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
CNJ CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
1 INTRODUÇÃO	1
2. CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA	2
2.1 Conceito	2
2.2 Adoção à luz do código civil. 1916	3
2.3 Adoção à luz do código de menores.	3
2.5 Adoção à luz do código civil de 2002	4
3. RELAÇÕES DE PARENTESCO	6
3.1 Classificações das Relações de Parentesco	6
4. AS MODALIDADES DE ADOÇÃO.	8
4.1 Adoção à brasileira	8
4.2 Adoção bilateral	8
4.3 Adoção unilateral	8
4.4 Adoção póstuma	9
4.5 Adoção por Tutor ou Curador	9
4.6 Adoção Homoafetiva	10
4.7 Adoção Internacional	10
5. O PROCESSO DE ADOÇÃO.	12
6. A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE ADOÇÃO	14
7. CADASTRO NACIONAL DE ADOÇÃO E SISTEMA NACIONAL DE ADOÇÃO E ACOLHIMENTO	15
8. A IRREVOGABILIDADE DA ADOÇÃO	16
9. ADOÇÃO TARDIA	18
9.1 Conceito	18
9.2 Números	18
9.3 Aspectos sociais	20
9.4 Efeitos da adoção tardia	21
10. CONCLUSÃO	23
10 BIBLIOGRAFIAS	24
11 REFERÊNCIAS	24
1 INTRODUÇÃO
Neste presente estudo o tema abordado será adoção e adoção tardia. O processo de adoção muitas vezes é a única saída para casais que não podem gerar uma criança seja por infertilidade ou problemas de saúde. 
Outras vezes a vontade da adoção seja para aumentar a família, seja ela com filhos biológicos ou não, pessoas que simplesmente possuem vontade de adotar e amparar crianças que foram para instituições. Também não podemos esquecer dos casos de casais homoafetivos que não podem gerar seus filhos e nem sempre tem a opção de realizar procedimentos de fecundação.
Pode ocorrer também em casos de não haver uma família, sendo uma pessoa só que queira ter um filho e não ter um parceiro para gerá-lo. 
Adotar é um ato nobre, de amor, carinho. Adotar é um gesto grandioso, mesmo que não exista um laço sanguíneo entre pais e filhos. Há quem diga que muitas vezes os laços de crianças adotivas com seus pais são mais fortes comparado a pais e filhos biológicos, isso se cria desde o primeiro contato que a criança tem com os pais no início do processo da adoção.
As adoções são feitas por meio do Registro Nacional de Adoções, que permite que os futuros pais adotivos selecionem um perfil de criança/jovem que corresponda ao seu acordo. Os pretendentes traçam um perfil da criança adotada, selecionando idade, cor, sexo, grupo de irmãos e se possui alguma deficiência. Entre as crianças disponíveis para adoção, encontram-se as maiores de 2 anos, que entram na modalidade da adoção tardia. 
A adoção tardia possui o mesmo amparo pelos direitos da adoção, porém, o problema está nos adotantes que esperam em uma fila para ter uma criança que preencha sua expectativa, enquanto os abrigos possuem inúmeras crianças mais velhas que muitas vezes não criam mais expectativa em encontrar uma família. 
No presente estudo utilizaremos bibliografias e artigos, serão abordadas também as leis do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Serão abordados também os mitos e preconceitos em relação a adoção de crianças com mais de dois anos.
2. CONCEITO E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
2.1 Conceito 
De acordo com o Código Civil Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
Podemos definir a adoção como a integração dessas crianças no ambiente familiar e obter a filiação legal de acordo com as regras em vigor no Estatuto da Criança e do Adolescente, que se refere a crianças ou adolescentes cujos pais faleceram ou estão em tratamento químico e psiquiátrico ou, se não for o caso, incapaz ou sem vontade de assumir seus deveres parentais ou forem considerados indignos pelas autoridades competentes.
Diante disso, merece atenção na atuação do Ministério Público, uma instituição que representa anseios sociais, e desenvolve o papel do promotor a dar prioridade à criança e ao adolescente, previsto no art. 277 da Constituição da República e art. 201 do Estatuto da Criança e do Adolescente 
É pertinente destacar o que diz Maria Helena Diniz, (2010, p.522) “Ato jurídico solene pelo qual, observados os requisitos legais, alguém estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que,geralmente, lhe é estranha”.
Adotar é um ato generoso no qual você dá uma segunda chance a essas crianças que foram abandonadas de alguma forma e que precisam de uma família. Tendo em vista que nem cem por cento das adoções são legalizadas, muitas vezes as crianças são criadas por alguém da família ou até mesmo por conhecidos da mãe biológica que não possui condições financeiras para criá-las, vendo uma solução em pessoas próximas para que cuidem e prezem de suas crianças sem ter que presenciar dias em abrigos e passar por dificuldades.
É válido ressaltar que a adoção é um ato irrevogável uma vez que os vínculos de filiação se estabilizam, por isso é essencial que aqueles que desejam adotar uma criança pensem sobre o assunto e estejam convictos do que querem.
2.2 Adoção à luz do código civil. 1916
A situação da adoção no Brasil apenas foi regularizada com o Código Civil de 1916, seus requisitos acabaram não facilitando este ato, apenas poderiam adotar pessoas com idade mínima de cinquenta anos, que não tivessem descendentes legítimos ou legitimados, deveria o mesmo ter dezoito anos a mais que o adotado e caso fosse casado, teria que ter o casamento a mais de cinco anos. (VILELA, 2016). 
A adoção ocorria por meio de um contrato entre partes que estariam interessadas, portanto não havia um controle sob a garantia das crianças adotadas, acabava ocorrendo que muitos desses adotados viviam em situações precárias e muitas vezes eram submetidos a trabalhos escravos, vale ressaltar que os filhos que fossem adotados não poderiam gozar dos mesmos direitos de seus irmãos biológicos. Porém, isso mudou com a Lei 3.133 de 1957 a qual alterou as regras para adoção, como por exemplo, ter o nome dos pais adotantes em certidões de nascimento, e gozar dos mesmos direitos dos filhos biológicos, a redução de idade menina do adotante para trinta anos. Foi permitida também a diminuição da idade entre o adotado e o adotante de dezoito para dezesseis anos e o sobrenome do adotante ao adotado foi permitida. A Lei passou a exigir o consentimento do adotado ou de seu representante. 
Em 1965 a Lei nº 4.655 passou a ser considerada uma das grandes leis que trata sobre a efetivação do adotado em ambiente familiar no qual seria integralizado. Com ela, a legitimação adotiva passou a ser permitida, caso os pais biológicos fossem desconhecidos, bem como o menor que fora abandonado até seus sete anos de idade, o órfão e o filho natural reconhecido apenas por um dos pais que não podia prover a criação do menor. 
As regras continuam as mesmas para os adotantes, apenas foi dispensada a exigência de cinco anos mínimos de matrimônio caso fosse provada a infertilidade de um dos cônjuges. 
2.3 Adoção à luz do código de menores. 
Em 1927 vigorou o Código de Menores, que também era chamado de Código Mellos Mattos em homenagem ao juiz autor do mesmo. Todas as crianças e jovens passavam a visão de perigosos ou passando perigo, seja por carência, abandono ou em situação de rua, em algum momento eram encaminhados para alguma instituição de acolhimento. 
O código de menores ainda traz uma visão conservadora, na qual os menores criminosos representam uma ameaça à sociedade e com isso não era viável que essas crianças ficassem sem assistência e proteção legal. Com o Código de Menores a infância e juventude tornaram-se bens jurídicos protegidos pela legislação brasileira. 
2.4 Adoção à luz da constituição federal de 1988
 Com a promulgação da Constituição Federal de 1988 que trouxe a proteção à maternidade e a infância como princípio fundamental e a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990 o processo de adoção se tornou mais justo, garantindo aos adotados os mesmos direitos de um filho biológicos e pessoas solos passaram a poder adotar caso fossem maiores de 21 anos e com uma diferença de idade mínima de 18 anos entre o adotado e o adotante. 
A partir dessas mudanças e da lei 12.010 o Estado passou a ser defensor do menor abandonado que estivesse em situação vulnerável, cabendo a eles oferecer abrigo e educação até que o menor completasse sua maioridade 
Art. 227 da CF/88. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. § 6º – Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. (BRASIL, 1988).
 2.5 Adoção à luz do código civil de 2002
Até o advento do novo CC em 2002, era o ECA a lei que regulava o instituto da adoção. Assim, após o novo Código, os dispositivos do Estatuto que eram incompatíveis com a nova legislação foram revogados. Mas, no geral, os dispositivos do ECA foram preservados no CC de 2002 que introduziu apenas algumas modificações 
Uma das principais mudanças trazidas pelo novo código Civil de 2002 foi a idade mínima de 18 anos para poder ser adotante (art. 1.618 - “Só a pessoa maior de 18 (dezoito) anos pode adotar”) que, no Código Civil de 1916, era de 30 anos (art. 368), e no Estatuto da Criança e do Adolescente, de 21 anos (art. 42).
Diversas alterações legislativas ocorreram até que se passou a ter um interesse crescente pela criança procurando-se formas de aumentar a proteção da criança e de a proteger com diversos meios.
2.6 Adoção à luz do estatuto da criança e do adolescente e a lei da adoção
O ECA (Lei n.º 8.069) passou a existir a partir de um grupo de juízes durante o governo Collor. Visando o melhor interesse da criança e adolescente com o princípio da prioridade absoluta, reforça que a adoção é uma medida definitiva de inserir um membro em família substituta, na qual se deve priorizar todas as necessidades e interesses da criança ou do adolescente.
Em agosto de 2009 a lei nº 12.010, mais conhecida como Lei da Adoção aprimorou diversos dispositivos do ECA, visando novos incentivos para que crianças e adolescentes retornem ao convívio familiar e tenham um lar adotivo. Foi a partir dela que pessoas solteiras de 16 anos mais velhos que o adotado pudesse adotar, os adotantes deveriam se cadastrar junto ao Cadastro Nacional de Adoção, desde que passassem por uma avaliação para que fosse comprovado a capacidade do adotante educar, dar um lar e toda a assistência necessária ao adotado. 
Outra questão abordada pela nova lei de adoção diz respeito ao tratamento prioritário para aqueles que aguardam adoção. Para os interessados em adotar uma criança com deficiência ou doença crônica, além dos grupos de irmãos, inclui também pessoas com necessidades especiais de saúde. 
A lei favorece o controle em abrigos, a prioridade aos parentes de adotar ou não antes que adotantes nacionais ou estrangeiros pudessem adotar. Nessa nova lei, aplica-se a necessidade de manter os irmãos unidos, não deixando que se separem no ato da adoção.
3. RELAÇÕES DE PARENTESCO
Dias (2016, p.637) Define as relações de parentesco como os laços que surgem a partir da consanguinidade e da afinidade, conectando indivíduos a um determinado grupo familiar. A mesma autora também menciona que, mesmo fazendo parte da família e mantendo laços de afinidade com os parentes do cônjuge, os parceiros e companheiros não são considerados parentes.
Portanto, é possível afirmar que as relações de parentesco são estabelecidas por meio do laço entre duas ou mais pessoas que compartilham o mesmo antepassado, entre o cônjuge ou parceiro e os parentes destes, entre o adotante e o adotado. Além disso, o Código Civil de 2002 também reconhece outras formas de parentesco, como a filiação socioafetiva, que se origina da relação entre o pai institucional e o filho socioafetivo, um fenômeno importante no âmbito familiar.
3.1 Classificações das Relações de Parentesco
Os laços familiarespodem ser estabelecidos de diversas formas, como por exemplo, por meio de relações naturais, civis, biológicas, consanguíneas, por afinidade e em linha reta ou colateral. O parentesco natural se configura quando há uma conexão entre pessoas que descendem de um mesmo ancestral, ou seja, estão unidas pelo vínculo sanguíneo. 
Já o parentesco civil é resultante da adoção, estabelecendo-se uma relação entre o adotante e o adotado, que se estende aos familiares deste último. No entanto, é importante ressaltar que tais distinções são consideradas discriminatórias atualmente, uma vez que, conforme o artigo 227, § 6º da Constituição Federal de 1988, os filhos, sejam eles concebidos dentro ou fora do casamento, ou ainda por meio da adoção, possuem os mesmos direitos e qualificações, não sendo permitida qualquer forma de discriminação em relação à filiação.
Uma relação de parentesco ou de parentesco existe quando as pessoas têm um ancestral comum ou são descendentes umas das outras. Embora a ligação ancestral-natural seja de origem biológica, ela também pode surgir por meio da adoção, que rompe o vínculo entre o filho adotado e sua família consanguínea. Outra forma de estabelecer laços de sangue e linhagem é por meio de uniões estáveis ​​que formam laços matrimoniais e de parentesco.
O parentesco em linha reta são descendentes diretos uns dos outros, como pais, filhos, netos e bisnetos. Tal parentesco leva em conta os laços ancestrais e de linhagem entre as famílias. O parentesco em linha reta é infinito. Tais relações estão definidas no CC/02, artigos 1.591 e 1.594. Existem também os parentes colaterais. Essas englobam os que vem de um tronco, mas não têm descendentes entre eles. Esse parentesco é baseado na herança comum dos pais e não há ligação ascendente ou genealógica entre os parentes. Tal parentesco está disposto nos artigos 1.592 e 1.594, ambos do CC/02.
 Por último temos o parentesco em linha colateral que são as pessoas que derivam de um tronco em comum, mas que não possuem descendência entre elas. Este parentesco baseia-se na herança parental em comum, não havendo vinculação de ascendência e descendência entre os parentes. Tal parentesco está disposto nos artigos 1.592 e 1.594, ambos do CC/02. 
O parentesco por afinidade pode ser estabelecido na linha reta ou na linha colateral. Na linha colateral, o parentesco por afinidade se limita ao segundo grau, incluindo apenas os cônjuges dos irmãos ou irmãs, e esse vínculo é válido apenas enquanto o casamento ou união estável durar. Quando o casamento chega ao fim, seja por divórcio ou falecimento, o parentesco por afinidade também é dissolvido. O artigo 1.595, § 1º do CC/02 trata do parentesco por afinidade na linha colateral.
Já na linha reta, de acordo com o artigo 1.595, § 2º do CC/02, o parentesco por afinidade não é rompido com o fim do casamento ou união estável e engloba os sogros, genro e nora
4. AS MODALIDADES DE ADOÇÃO.
4.1 Adoção à brasileira 
Tal modalidade viola os trâmites judiciais de todo o processo de adoção. Os pais simulam o registo de crianças nascidas de outros pais como se fossem deles, de fato tal ato não se caracteriza como adoção uma vez que não segue as exigências da lei. O artigo 242 do Código penal prevê tal delito 
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil
Também é chamada de “adoção simulada”, expressão empregada pelo STF ao se referir a casais que registram filho alheio, como próprio. Ocorre que a própria legislação deixa que o juiz deixe de aplicar a pena se julgar que o motivo foi nobre. 
4.2 Adoção bilateral 
Prevista no art. 42, Parágrafo 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente, é obrigatório que os adotantes sejam casados e prover a estabilidade. No caso de divorciados, a legislação prevê que os ex-companheiros podem adotar em conjunto, desde que exista vínculos de afinidade e afetividade com o não detentor da guarda.
A estabilidade da família é o elemento fundamental para a futura sentença proferida pelo juiz, assim, será garantido o melhor interesse da criança ou adolescente 
4.3 Adoção unilateral
Ocorre quando homem ou mulher, divorciado ou viúvo que já possui filho, contrai novo matrimônio, possibilitando que o cônjuge ou companheiro possa adotar para construir um vínculo de filiação com o filho de seu cônjuge ou companheiro. Essa modalidade está prevista no artigo 41, parágrafo 1º do ECA. É a partir desta modalidade de adoção que surge a família monoparental.
Para a autora Maria Berenice Dias existem três possibilidades para a adoção unilateral, são elas: quando o filho foi reconhecido por apenas um dos pais, a ele compete autorizar a adoção pelo seu parceiro; reconhecido por ambos os genitores, concordando um deles com a adoção, decai ele do poder familiar; em face do falecimento do pai biológico, pode o órfão ser adotado pelo cônjuge ou parceiro do genitor sobrevivente.
Caso o adotando seja pessoa maior de 12 anos, consiste o artigo 45, §2º do Estatuto da Criança e do Adolescente que existe a necessidade do consentimento do mesmo:
 Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando. (...) §2º Em se tratando de maior de doze anos de idade, será também necessário o seu consentimento
4.4 Adoção póstuma
Prevista no artigo 42, § 6º do ECA, tal modalidade admite-se a concessão do instituto, mesmo que o adotante tenha falecido, porém, desde que anteriormente ao seu falecimento já tenha manifestado sua vontade de adotar, ou seja, já no processo de adoção. Conforme o entendimento do STJ, se for real intenção do falecido em assumir a criança/adolescente como filho deve prevalecer, mesmo que não tenha iniciado o processo de adoção em vida, desde que siga as regras que comprovam a filiação socioafetiva. ⁣
Podem-se verificar os seguintes julgados:
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. ADOÇÃO PÓSTUMA. MANIFESTAÇÃO INEQUÍVOCA DA VONTADE DO ADOTANTE. INEXISTÊNCIA. LAÇO DE AFETIVIDADE EM VIDA. DEMONSTRAÇÃO CABAL. 1. A adoção póstuma é albergada pelo direito brasileiro, nos termos do art. 42, § 6º, do ECA, na hipótese de óbito do adotante, no curso do procedimento de adoção, e a constatação de que este manifestou, em vida, de forma inequívoca, seu desejo de adotar. 2. Para as adoções post mortem, vigem, como comprovação da inequívoca vontade do de cujus em adotar, as mesmas regras que comprovam a filiação socioafetiva: o tratamento do adotando como se filho fosse e o conhecimento público dessa condição. 3. Em situações excepcionais, em que demonstrada a inequívoca vontade em adotar, diante da longa relação de afetividade, pode ser deferida adoção póstuma ainda que o adotante venha a falecer antes de iniciado o processo de adoção. 4. Recurso especial conhecido e provido. APELAÇÃO CÍVEL. REGISTRO CIVIL. PEDIDO DE RESTAURAÇÃO DE ASSENTAMENTO DE NASCIMENTO. ADOÇÃO DEFERIDA À MULHER VIÚVA. FALECIMENTO DO CÔNJUGE VARÃO ANTES DO AJUIZAMENTO DO PROCESSO DE ADOÇÃO. ADOÇÃO PÓSTUMA. POSSIBILIDADE, NO CASO CONCRETO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA DO ART 1.628 DO CÓDIGO CIVIL, EM QUE SE MOSTRA POSSÍVEL RECONHECER A FORMALIZAÇÃO DA ADOÇÃO MESMO QUE NÃO INICIADO O PROCESSO PARA TAL, HAJA VISTA A AUTORA EXERCER DIREITO INDISPONÍVEL PERSONALÍSSIMO E QUE DIZ RESPEITO À DIGNIDADE DO SER HUMANO. VERIFICADA A EXISTÊNCIA DA PATERNIDADE SOCIOAFETIVA. CERTIDÃO DE BATISMO DEMONSTRANDO O INEQUÍVOCO DESEJO DO ADOTANTE DE SER PAI DA AUTORA. CONTEXTO PROBATÓRIO CONSTANTE NOS AUTOS COMPROVANDO A ADOÇÃO TÁCITA PREEXISTENTE. SITUAÇÃO QUE AUTORIZA O RECONHECIMENTO DA FILIAÇÃO PATERNA. Recurso provido.
4.5 Adoção por Tutor ou Curador
Esta modalidade está prevista no artigo 44 no ECA que dispõe: “enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não pode o tutor ou curador adotar o pupilo ou curatelado”, ou seja, o tutor deve comprovar e prestar as contas da administração dos bens do curatelado, nesse caso a prestação de contas serve para mostrar o real interesse na adoção,para ter como filho a criança ou adolescente que o adotante já tenha vínculo.
Rodrigues (2002, p. 151) entende que: 
“Tanto a prestação de contas como o balanço da administração devem ser aprovados pelo juiz. Portanto, estariam impedidos de adotar o tutor ou curador, enquanto não cumprissem estas obrigações impostas pela lei, só poderão fazê-lo quando prestarem contas de sua administração, repondo eventual desfalque no patrimônio do pupilo ou curatelado.”
4.6 Adoção Homoafetiva
As uniões homossexuais são equiparadas às uniões estáveis e as uniões estáveis são reconhecidas como necessárias para a adoção conjunta de acordo com o artigo 42 do ECA. Foi estabelecido um requisito formal para permitir que casais do mesmo sexo se registrem/adotem em conjunto. Não obstante o acima, cada solicitação individual será analisada caso a caso por um tribunal de jurisdição competente que é considerada para possíveis concessões conjuntas. De acordo com os aspectos legais da adoção, não existem obstáculos legais à adoção unilateral de uma pessoa com orientação homossexual. Ou seja, a orientação homossexual do adotante não impede a adoção de menores, levando à formação de famílias monoparentais. Com isso, segue trecho de Dias (2009, pág. 214) 
Não há proibição acerca da adoção por casais do mesmo sexo, pois a faculdade de adotar é tanto do homem quanto da mulher e ambos em conjunto ou isoladamente, independentemente do estado civil. Não importando a orientação sexual do mesmo, devendo ter em vista sempre o bem-estar da criança e do adolescente. Não se deve. Justificar a adoção de uma criança e adolescente tendo em vista a orientação sexual dos adotantes, pois o princípio da igualdade veda a discriminação por orientação sexual, e sim observar sempre o bem-estar e melhor interesse da criança. (Dias, 2009, p.214).]
4.7 Adoção Internacional
Segundo o artigo 51, parágrafo 1º, ECA somente ocorrerá a adoção internacional de criança ou adolescente de nacionalidade brasileira ou que tenha como domicílio o Brasil caso fique comprovado que foram esgotadas todas as possibilidades da criança ou adolescente viver em uma família adotiva brasileira.
 O artigo 51, parágrafo 2°, da Lei 8.069 de 1990 garante a preferência nos casos de adoção aos brasileiros que estão morando em país estrangeiro
A adoção internacional é tratada da mesma forma que a adoção tradicional. Como já foi comentado, essa modalidade somente ocorre se a criança não puder ser incluída na família brasileira, o autor Tarcísio José Martins Costa observa: 
[...] o direito à identidade nacional e à conservação, do qual fazem parte a manutenção dos vínculos com a família e a própria terra, as tradições, a cultura, a língua materna, é um direito essencial da pessoa humana, que se adquire pelo simples fato de nascer com vida [...]. O rompimento deste processo de interação com aqueles igualmente ligados pelas mesmas raízes, só se justifica em caráter de excepcionalidade. Somente depois de exauridas todas as possibilidades de manutenção dos vínculos com a família natural e buscada infrutiferamente, a colocação em família substituta nacional, é que se considera a possibilidade da adoção internacional. (1998, p. 239)
5. O PROCESSO DE ADOÇÃO.
 O processo de adoção é de suma importância para a garantia de um lar saudável, educação e desenvolvimento do adotado. Todo o processo ocorre por meio Judicial, o qual é indispensável para realizar tal ato, os interessados devem entrar no cadastro de adotantes e na fila de espera deste. 
O adotante precisará realizar um curso de preparação psicossocial para ser hábil a adotar. Caso o laudo seja positivo, o juiz sentencia se este será adotado ou não e entra automaticamente para a fila de espera. 
Segundo MARTINS (2010) o processo de adoção pode se dar de forma natural e voluntária. Havendo somente o interesse em adotar e o consenso entre as partes envolvidas. E na forma contenciosa, quando esta é 25 marcada por litígio a ser dirimido pela jurisdição.
 Nesta óptica FURLANETTO (2006) complementa: 
“Não havendo litígio, situação em que há o consentimento dos pais, ou, sendo os progenitores falecidos, ou, ainda, quando já houverem sido destituídos do pátrio poder, previamente, a jurisdição é voluntária. Nestes casos, a instrução judiciária inicia-se com a petição inicial apresentada por advogado. Todavia, por exceção à regra, nos termos do artigo 166 do Estatuto, o pedido poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes, no caso de pais falecidos ou que tiverem sido destituídos do pátrio poder ou ainda, houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em família substituta. Nessa hipótese não haverá necessidade da presença de advogado e o impulso oficial será dado pelo magistrado, com a anuência do Ministério Público.” (FURLANETTO, 2006)
Conclui-se que é indispensável o reconhecimento de possíveis adotantes realmente interessados e que estejam dispostos a prover um lar digno a essas crianças. 
O primeiro pode ser feito de duas formas. A primeira é a elaboração de uma peça para iniciar o processo que deve ser endereçada ao cartório da vara da infância e juventude, é necessária a apresentação de um advogado ou defensor público, que demonstre seu interesse em adotar, um fato importante que não deve ser dispensado é que não é possível adotar através de um procurador. A segunda forma é se cadastrar e preencher o formulário disponibilizado pelo Sistema Nacional de Acolhimento e Adoção (SNA). 
Os adotantes devem participar de um programa oferecido pela Justiça da Infância e Juventude. O curso é apresentado por assistentes sociais, psicólogos e juízes. Tem como objetivo sensibilizar e preparar os candidatos para os aspectos legais, sociais e psicológicos da adoção.
 Em seguida, o estágio de convivência, que nada mais é que a guarda provisória, a qual permite uma adaptação e fará toda a análise de convivência entre as duas partes, garantindo que existam vantagens ao futuro adotado. Hoje o estágio tem duração de um ano, porém, com a Lei 4.655/55 tinha duração de três anos que foi diminuído pelo ECA. O objetivo dessa etapa é a adaptação das partes e só após ser analisada se será possível ou não a adoção.
Por fim, o pedido de adoção será apreciado pelo Ministério Público um relatório conclusivo e irá para decisão final, cabendo ao juiz sentenciar a adoção. 
6. A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO PROCESSO DE ADOÇÃO
Foi próximo ao ano de 1940 que o Serviço Social passou a se aproximar do juizado de Menores, 
O serviço social começou atuar formalmente junto ao juizado de menores no final de 1940, quando ocorreu a I semana de Estudos do Problema de menores, mas especialmente com a criação do serviço de colocação familiar no estado de São Paulo pela lei. N.560, de 27.12.1949. O desenvolvimento deste trabalho foi atribuído aos assistentes sociais, no juizado abrindo um vasto campo para consolidação de suas atividades nesse contexto (FÁVERO; MELÃO; JORGE, 2005, p.62)
Entretanto, o serviço social já desenvolvia suas atividades inicialmente atuando como voluntários no Juizado de Menores para lidar com situações sociais de menores de 18 anos, suas famílias desestruturadas que precisavam de intervenção estatal. (SOARES, 2009).
O papel dos assistentes sociais no judiciário é caracterizado por uma relação contínua e desafiadora com a complexidade da sociedade como um todo contemporâneo, para que ele possa entender e intervir solicitações dentro de sua tomada de decisão.
oferecer suporte à família pretendente à adoção de uma criança, orientando-a sobre os trâmites do processo judicial, encaminhado a grupos de adoção, indicando filmes ou livros sobre o tema e avaliando se a família está apta a assumir os cuidados de um filho através do referido processo. (RAMPAZZO e MATIVE, 2009, p. 20)
Pode-se ressaltar que o papel do assistente social está presente em todas as etapas do processo de adoção, ou seja, antes da institucionalização até o encaminhamento à família adotiva. Esses procedimentossão realizados usando os métodos permitem a observação, investigação e diagnóstico de situações envolvendo crianças/adolescentes e a família substituta
A enorme responsabilidade durante o processo de destituição familiar até a adoção e inserção da criança na família adotiva e a garantia de seus direitos fundamentais, é necessário o envolvimento de diversas instituições, tais como A Vara da Infância e Juventude, o CNJ, MP e sites com CNA e SNA. O assistente social acompanha todo o processo da criança adotada.
Art. 2° A assistência social tem por objetivos; I- a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II- o amparo às crianças e adolescentes carentes; (...) (BRASIL, 1988).
7. CADASTRO NACIONAL DE ADOÇÃO E SISTEMA NACIONAL DE ADOÇÃO E ACOLHIMENTO
O CNA foi desenvolvido em 2008 pela Resolução 54/2008 do CNJ, tal projeto visa auxiliar juízes das Varas da Infância e Juventude consolidando os dados dos pretendentes tendo o acompanhamento e cadastramento de adoções no País. O CNA vem passando por diversas atualizações, as quais os adotantes e adotados podem ser cadastrados no sistema. De acordo com a Resolução CNJ 54/2008, às Corregedorias-gerais da Justiça e os juízes são responsáveis pela alimentação diária do sistema.
Conforme descrição encontrada no próprio site do Conselho Nacional de Justiça: 
O CNA é um sistema de informações, hospedado nos servidores do CNJ, que consolida os dados de todas as Varas da Infância e da Juventude referentes a crianças e adolescentes em condições de serem adotados e a pretendentes habilitados à adoção. Ao centralizar e cruzar informações, o sistema permite a aproximação entre crianças que aguardam por uma família em abrigos brasileiros e pessoas de todos os Estados que tentam uma adoção. O sistema objetiva reduzir a burocracia do processo, pois uma pessoa considerada apta à adoção em sua comarca (área jurisdicional que abrange um ou mais municípios) ficará habilitada a adotar em qualquer outro lugar do país”. (CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2017)
O CNJ aprovou também o SNA em 2019, que visa diminuir o tempo de permanência de crianças em abrigos e priorizar o retorno à família de origem ou adoção.
Com os novos sistemas, as varas de infância e juventude de todo o país se comunicam através delas, facilitando os trâmites de adoção em todo o país. 
8. A IRREVOGABILIDADE DA ADOÇÃO
 Como já mencionado em trechos acima, a adoção é irrevogável. De acordo com o art. 39, parágrafo primeiro do ECA: 
§ 1 A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.
A justiça brasileira não reconhece a “devolução” de uma criança adotada, porém, durante a fase de convivência, a qual a guarda é provisória, caso não haja adaptação entre os adotantes e o adotado existe sim a possibilidade de adoção. 
No entanto, segundo o STJ, pode ser relativo nos casos de adoção unilateral se uma vez comprovado o vínculo entre adotado e adotante fora enfraquecido. O ECA prevê da seguinte forma § 3 o Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando. 
Visto isso, é válido analisar a apelação cível proposta no Tribunal de Justiça de Santa Catarina nº 2011.020805-7, tendo como relator o Desembargador Joel Figueira Júnior, eis a ementa do acórdão:
 Apelação cível. Poder familiar. Destituição. Pais adotivos. Ação ajuizada pelo ministério público. Adoção de casal de irmãos biológicos. Irrenunciabilidade e irrevogabilidade da adoção. Impossibilidade jurídica. Renúncia do poder familiar. Admissibilidade, sem prejuízo da incidência de sanções civis. Aplicação analógica do art. 166 do estatuto da criança e do adolescente. Perda do poder familiar em relação ao casal de irmãos adotados. Desconstituição em face da prática de maus tratos físicos e morais. Castigos imoderados, abuso de autoridade reiterada e conferição de tratamento desigual e discriminatório entre os filhos adotivos e entre estes e o filho biológico dos adotantes. Exegese do art. 227, § 6º da constituição federal c/c art. 3º, 5º, 15, 22, 39, §§ 1º, 2º e art. 47, todos do estatuto da criança e do adolescente c/c art. 1.626, 1634, 1.637 e 1.638, incisos i, ii e iv, todos do código civil. Manutenção dos efeitos civis da adoção. Averbação do julgado à margem do registro civil de nascimento dos menores. Proibição de qualquer espécie de observação. Exegese do art. 163, § único do estatuto da criança e do adolescente c/c art. 227, § 6º da constituição federal. Dano moral causado aos menores. Ilícito civil evidenciado. Obrigação de compensar pecuniariamente os infantes. Aplicação do art. 186 c/c art. 944, ambos do código civil. Juros moratórios. Marco inicial. Data em que a sequência de ilicitudes atinge o seu ápice, matizada, no caso, pelo abandono do filho adotado em juízo e subscrição de termo de renúncia do poder familiar. Exegese do art. 398 do código civil em interpretação sistemática com o art. 407 do mesmo diploma legal. Princípio da congruência. Pertinência entre o pedido e o pronunciamento. Necessidade de flexibilização e relativização das regras processuais clássicas em sede de direito da criança e do adolescente. Mitigação da disposição contida no art. 460 do código de processo civil. Vítimas que, na qualidade de irmãos biológicos e filhos adotivos dos réus merecem receber, equitativamente, a compensação pecuniária pelos danos imateriais sofridos. Hipótese judiciária. Efeito secundário da sentença condenatória. Aplicação do art. 466 do código de processo civil
No voto do relator, observamos que há uma certa preocupação que é a devolução dos filhos ao poder público e a tentativa de defesa da revogabilidade da adoção aos casos de devolução de crianças. Deixa claro o relator que os pais adotantes devem sofrer sanções. 
Portanto, conclui-se que tal exceção visa pela proteção e interesse no menor adotado.
9. ADOÇÃO TARDIA
 9.1 Conceito 
 O ato de adotar, se inicia cheio de expectativas para a criação de uma família, porém, quando casais entram com o processo de adoção, as expectativas estão relacionadas a crianças menores de 2-3 anos, na maioria das vezes, por medo de uma criança maior não se acostumar ou até mesmo não criar vínculos com os pais adotivos, essas crianças consideradas “mais velhas” para serem adotadas por fim acabam em orfanatos e em casa de apoio muitas vezes até completar sua maioridade. 
Outro fator importante é que o adotante tem preferências para crianças sem doenças, sem irmãos e meninas. De acordo com a pesquisa do SNA, a realidade do Brasil hoje em dia é que a maior parte das crianças têm mais de 3 anos, são meninos e com pelo menos um irmão. Tal fato cria um descompasso com a expectativa dos adotantes. 
Diante disso, diz Vargas (1998, p.01), em seu artigo intitulado Adoção Tardia traz que: 
"Tardia" é um adjetivo usado para designar a adoção de crianças maiores. Considera-se maior a criança que já consegue se perceber diferenciada do outro e do mundo, ou seja, a criança que não é mais um bebê, que tem uma certa independência do adulto para satisfação de suas necessidades básicas. Vários autores consideram a faixa etária entre dois e três anos como um limite entre a adoção precoce e a adoção tardia.”
São diversos os motivos para essas crianças maiores para um abrigo, muitas vezes o rompimento da família, a pobreza e dificuldade para criação do filho, com isso, continua Vargas (1998, p. 35) 
“Ou foram abandonadas tardiamente pelas mães, que por circunstâncias pessoais ou socioeconômicas, não puderam continuar se encarregando delas ou foram retiradas dos pais pelo poder judiciário, que os julgou incapazes de mantê-las em seu pátrio poder, ou, ainda, foram ‘esquecidas’ pelo Estado desde muito pequenas em ‘orfanatos’ que, na realidade, abrigam uma minoria de órfãos [...].”
9.2 NúmerosUm levantamento feito em 2020 pelo CNJ aponta 31.851 crianças em abrigos em todo o brasil, sendo elas 28.071 maiores de 2 anos, vejamos:
Fonte: SNA – Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (2020)
Fonte: SNA – Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (2020)
Com base no gráfico, podemos observar que existem 2.830 crianças acolhidas entre 2 e 4 anos, entre 14 e 16 anos a soma chega a 4.522 crianças e adolescentes. Logo, o maior percentual é de crianças maiores. Não existem dúvidas que crianças maiores enfrentam dificuldade para serem adotadas. 
É válido ressaltar que o processo de adoção pode levar anos, com isso A Lei nº 12.010 de 2009 trouxe novas medidas estipulando um prazo para que as crianças permaneçam em abrigos por determinado tempo. Porém, tal lei não é cumprida rigorosamente. 
 De acordo com Vargas (1998, p. 39):
“Adotar é um pouco difícil, pelo motivo de convivência com pessoas que nunca tivemos contato ser sempre um empecilho. Ficar obrigado a ter que receber, aceitar o outro em sua integridade, com seus problemas, pois também temos dificuldades e limitações. Esse amor que suporta tudo, que se fala que só Deus pode nos amar assim, muitas pessoas não têm essa capacidade, pelo simples motivo de possuímos problemas em receber e amar o que não conhecemos, sem medo e sem explicações.”
9.3 Aspectos sociais
Como já mencionado acima, existem diversos pontos que levam os interessados a não adotar crianças maiores e acabam dificultando o processo de adoção. Pais adotantes podem questionar o passado da criança e acreditam que, quanto mais velha ela for, mais difícil será a chance de se acostumar com a nova família. De fato, muitas crianças que se encontram em abrigos, passaram por momentos difíceis em suas vidas, não só o abandono, mas muitas vezes eram maltratadas pelas famílias biológicas, tiveram privação de afeto entre outros problemas que terão sim que ser reconstruídos com amor e paciência com a chegada de uma nova família. 
Mesmo após a adoção, já com a guarda definitiva, pais adotivos podem se preocupar com o fato de a criança querer saber sobre seu passado e família biológica, vale ressaltar que tal situação está prevista no ECA art. 48. 
"O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 anos". Parágrafo único: "O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica".
A curiosidade e vontade da criança deve ser respeitada e aconselha-se que os pais contem sua origem desde pequenos, para evitar esse tipo de conflito quando maiores. Outro fator que pode levar os pais adotivos é a dificuldade de educar essas crianças, uma vez que elas já entendem as coisas. 
Vargas (1998, p. 145, 146) afirma em relatos de mães as quais seus filhos apresentaram comportamentos regressivos, queriam colo, mamar no peito, algumas que tiveram comportamentos agressivos entre outros, vale ressaltar que são processos comuns, pois estas crianças estão sendo inseridas em uma nova família, com novos costumes consequentemente todos desses aspectos mexem com o psicológico delas. As famílias acreditam que a criança já tenha sua personalidade e caráter formado, consequentemente tendo mau comportamento e creem que será difícil de mudar essa situação. 
Outro ponto que dificulta o processo da adoção é a preferência por crianças brancas e sem doenças, os números do CNJ apontam que 6.8% das crianças possuem problema de saúde, 16,99% são negras, 48,86% são pardas, 33,48% são brancas, 0,3% pertencem à raça amarela e 0,36% são indígenas. 
Estes fatores apresentados acima não passam de mitos enraizados pelos adotantes que acabam levando como verdade sendo que filhos biológicos e filhos adotivos possuem os mesmos direitos.
9.4 Efeitos da adoção tardia 
Quanto mais demorado for o processo de encontrar uma família adequada para a criança/adolescente, menos ela desfrutará de todo o afeto de que precisa e que pode oferecer, também deixa de ter acesso a uma boa educação, saúde, boa convivência familiar e direitos básicos sociais, de lazer e garantias constitucionais. Em uma sentença do Tribunal de Justiça de Minas Gerais podemos observar as garantias do adotado. Vejamos abaixo a Apelação Civil 1.0637.10.008537-1/001
Apelação Cível - Adoção - Melhor Interesse do Menor - Prevalência sobre a Lista de Cadastro de Adotantes - Adoção por quem detém a Guarda Provisória - Vínculo de Afinidade - Possibilidade. O comando que determina que a autoridade judiciária deverá manter em cada comarca ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção, art. 50 do ECA, vem para atender ao disposto no art. 34 do mesmo Estatuto, isto é, como meio facilitador para estimular a alocação dos menores em famílias substitutas, não tendo, contudo, o condão de vincular o juiz à observância de ordem de preferência ou filas de espera, porventura, existentes entre aqueles que queiram adotar, vez que tal ""ordem"" não pode se sobrepor aos interesses do menor. (TJMG - Apelação Cível 1.0637.10.008537-1/001, Relator(a): Des.(a) Dárcio Lopardi Mendes, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 03/05/2012, publicação da súmula em 25/05/2012).
Observa-se também a Apelação Cível 1.0313.10.011321-3/002, 
Adoção. Menor. Guarda de fato. Cadastro de adotantes. Ordem cronológica. Observância. Princípio do Melhor interesse do menor. Cassação da decisão. A aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente tem por escopo conferir seriedade e idoneidade aos pedidos de adoção, com prévia e competente seleção de adotantes em procedimento de habilitação, visando, principalmente, à preservação do princípio do prioritário interesse do menor. A afeição e a afinidade são critérios legais para tornar o respectivo titular cliente preferencial da adoção. Recurso provido. (TJMG - Apelação Cível 1.0313.10.011321-3/002, Relator(a): Des.(a) Almeida Melo, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 07/04/2011, publicação da súmula em 11/04/2011).
É cabível a reflexão e estudo sobre as consequências que o menor pode sofrer em decorrência da demora no processo de adoção, vejamos o que diz Fonseca.
O princípio resume-se no fato de que todos os atos relacionados à criança deverão considerar os seus melhores interesses. O Estado deverá prover proteção e cuidado adequados quando os pais ou responsáveis não o fizerem. O melhor interesse, portanto, deve ser identificado com os direitos reconhecidos e originados na Convenção (dos Direitos das Crianças), sendo que, na sua aplicação, a proteção dos direitos da criança e do adolescente sobreleva sobre qualquer outro cálculo de benefício coletivo. (FONSECA, 2012, p.12).
10. CONCLUSÃO 
O principal objeto de análise do trabalho monográfico apresentado e concluído é o instituto da adoção com foco na adoção tardia. A adoção nada mais é do que trazer uma criança abandonada para dentro da família, trazendo um vínculo de amor e carinho para a vida dos envolvidos. 
Ao estudarmos a trajetória histórica em relação à adoção, pudemos entender a importância das leis discutidas neste estudo para transformar crianças e jovens em pessoas de direitos, sujeitas a sanções para aqueles que os violam.
A adoção é um ato volitivo, que afeta fatores sociológicos e não biológicos. É entendida como um ato de amor por parte do adotante e uma oportunidade para o adotado constituir família. Nessa perspectiva, os integrantes dos movimentos sociais lutam pelos direitos das minorias, principalmente daquelas que não se enquadram no modelo oferecido pela sociedade.7
Conclui- se que existem grandes barreiras que não passam de mitos e medos para adotar uma criança maior de 2 anos, a criação de vínculo com uma criança mais velha independe de idade e não se torna menos amorosa do que com uma criança mais nova. 
Neste contexto, o conceito de família mudou e novos parâmetros donúcleo familiar foram integrados. Portanto, tanto na adoção convencional quanto na adoção tardia, a possibilidade de sucesso na colocação de uma criança ou adolescente em uma família adotiva depende de sua confiabilidade, carinho, amor e estabilidade entre eles.
 Desse modo, encerra-se esta monografia.
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2 BRASIL. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Apelação Cível nº 2011.020805-7. Primeira Câmara de Direito de Civil. Relator: Desembargador João Silveira Júnior. Publicado no DJ: 20/08/2011. Disponível em: https://www.tjsc.jus.br/ 07 mai 2023
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